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Deixou traços nas principais religiões mundiais como o judaísmo, cristianismo e islamismo
através das seguintes crenças:
Imortalidade da alma
Vinda de um Messias
Juízo final
A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas
fora de seu contexto social. O indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o
mal em seu cotidiano, como pode também ser punido após a morte caso escolha o lado do
mal. Os mortos são considerados impuros, então não são enterrados, pois consideram a terra,
o fogo e a água sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves de rapina.
Textos religiosos
O principal texto religioso do zoroastrismo é o Avesta. Julga-se que a actual forma do Avesta
corresponde a apenas uma parte de Avesta original, que teria sido destruído em resultado da
invasão de Alexandre o Grande.
O Avesta divide-se em várias secções, das quais a principal é o Iasna ("Sacrifícios"). O Iasna
inclui os Gatas, hinos que se julga terem sido compostos pelo próprio Zaratustra. O Visperede
é essencialmente um complemento do Iasna. O Vendidade é a secção que contém as regras de
pureza da religião, podendo ser comparado ao Levítico da Bíblia. Os Yashts são hinos
dedicados às divindades.
Para além do Avesta, existem os textos em palavi, escritos na sua maior parte no século IX.
Escatologia individual
A escatologia individual do zoroastrismo afirma que, três dias após a morte, a alma chega à
Ponte Cinvat. A alma de cada pessoa percepciona, então, a materialização dos seus actos
(daena): uma alma que praticou boas acções vê uma bela virgem de quinze anos, enquanto
que a alma de uma pessoa má vê uma megera.
Cada alma será julgada pelos deuses Mithra, Sraosha e Rashnu. As almas boas poderão
atravessar a ponte, enquanto que as más serão lançadas para o inferno; as almas que
praticaram uma quantidade idêntica de boas e más acções são enviadas para o Hamestagan,
uma espécie de purgatório.
As almas elevam-se ao céu através de três etapas: as estrelas, a Lua e o Sol, que
correspondem, respectivamente, aos bons pensamentos, boas palavras e boas ações. O
destino final é o Anagra Raosha, o reino das luzes infinitas.
Sacerdócio
Os sacerdotes de grau inferior recebem o nome de ervad. Neste grau inicial, é preciso
conhecer de cor as escrituras do zoroastrismo, bem como a lei; desempenham apenas uma
função de assistente nas cerimónias mais importantes da religião. Acima de si, encontra-se o
mobed,[7] e, por sua vez, acima deste, o dastur, que é responsável pela administração de um
ou vários templos, por vezes comparado ao bispo do cristianismo.
Locais de culto
Estes edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara onde se conserva
o fogo sagrado, que arde numa pira metálica colocada sobre uma plataforma de pedra. Os
sacerdotes zoroastrianos visitam o fogo cinco vezes por dia e procuram mantê-lo aceso,
fazendo oferendas de sândalo purificado. Recitam também orações perante o fogo com a boca
tapada por um tecido, de modo a não contaminarem o fogo. Este respeito pelo fogo sagrado
levou a que os zoroastrianos fossem chamados de "adoradores de fogo", o que constitui um
erro, na medida em que o fogo não é adorado em si, mas como um símbolo da sabedoria e luz
divina de Aúra-Masda. Os templos de fogo mais importantes do Irão e da Índia mantêm uma
chama de fogo sagrado a arder perpetuamente.
Rituais