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Seção III

AUDITORIA EM
DOCUMENTOS E
LIVROS FISCAIS
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Até o presente momento não há uma definição jurídica para o que seja e o que
não seja documento fiscal. Existe sim uma listagem que identifica os
documentos tidos por fiscais para o ICMS, mas esta mesma listagem não
encerra a totalidade de documentos, nem mesmo define o que seja documento.
Assim, quando expomos este tema, temos que nos aventurar a considerar,
para fins didáticos, três hipóteses. Em primeiro plano, viriam os documentos
fiscais, assim entendidos aqueles identificados na legislação específica como
tais. Em segundo lugar, um grupo de documentos por nos identificados que
mesmo sendo semelhantes aqueles, não foram identificados na legislação,
mas, por serem idênticos aos ali tratados nos também os trataremos como
fiscais. Em terceiro, aparecem documentos comerciais ou jurídicos, mesmo não
sendo fiscais, sua apreciação e conhecimento são indispensáveis ao
tratamento dos documentos ficais.

De uma ligeira apreciação do Art. 127 do Decreto 24.569/1997, tomaríamos a


interpretação de que documentos fiscais são aqueles emitidos pelos
contribuintes do ICMS, para acobertar suas operações e prestações.
Entretanto, temos de considerar que esta definição limitaria o conceito de
“documento fiscal” à operacionalização do ICMS, e sabemos que os demais
tributos têm seus próprios documentos.

Ainda resta considerar que, em algumas operações sujeitas a certo imposto, o


mesmo documento possa vir a ser tratado por outro imposto. Mas tarde,
quando estudarmos o processo de importação, concluiremos que um mesmo
documento, a “declaração de importação”, é utilizado para a cobrança de
diversos tributos, inclusive do ICMS, e ressaltamos o fato de este documento
não estar identificado entre os documentos fiscais.

Assim sendo, precisamos adotar um determinado cuidado com o tratamento


dos documentos fiscais, e é este o objetivo desta seção.

Já quanto aos livros fiscais não temos esta problemática, posto que a
legislação específica disciplina quais livros são obrigatoriamente escriturados,
disciplinando ainda a metodologia de sua escrituração, seja de forma manual,
mecanizada ou eletrônica.

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1 – Aspectos Gerais sobre Documentos Fiscais

a. Identificação dos documentos fiscais

São documentos fiscais, para fins da comercialização das mercadorias, da


prestação de serviços e do tratamento do ICMS, tanto a crédito, quanto a
débito, aqueles cuja emissão é de obrigação dos contribuintes do imposto, em
conformidade com as operações que pratiquem, e independentemente do meio
ou da forma utilizada para sua emissão. Esta definição está contida no Art. 127
do Decreto 24.569/97 (RICMS). São eles:

Tabela 0035 – Documentos Fiscais


Modelo Documento
I 1 ou 1-A Nota Fiscal
II 2 Nota Fiscal de Venda a Consumidor.
III 3 Cupom Fiscal emitido por equipamento emissor de cupom fiscal (ECF).
IV 4 Nota Fiscal de Produtor.
V 6 Nota Fiscal / Conta de Energia Elétrica.
VI 7 Nota Fiscal de Serviço de Transporte.
VII 8 Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas.
VIII 9 Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas.
IX 10 Conhecimento Aéreo.
X 11 Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas.
XI 13 Bilhete de Passagem Rodoviário.
XII 14 Bilhete de Passagem Aquaviário.
XIII 15 Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem.
XIV 16 Bilhete de Passagem Ferroviário.
XV 17 Despacho de Transporte.
XVI 18 Resumo de Movimento Diário.
XVII 20 Ordem de Coleta de Cargas.
XVIII 21 Nota Fiscal de Serviço de Comunicação.
XIX 22 Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação.
XX 23 Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais.
XXI 24 Autorização de Carregamento e Transporte.
XXII 25 Manifesto de Carga

Estes documentos serão, preferencialmente, confeccionados em


estabelecimentos gráficos, mediante prévia autorização do Fisco Estadual.
Estão dispensados desta autorização prévia:
• Cupom Fiscal emitido por equipamento emissor de cupom fiscal (ECF);
• Nota Fiscal / Conta de Energia Elétrica;
• Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem;
• Bilhete de Passagem Ferroviário;
• Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais; e.
• Manifesto de Carga

Os documentos podem ainda ser gerados e emitidos por meio de


processamento eletrônico de dados, desde que pelo uso de sistemas
previamente autorizados pelo Fisco.

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A emissão dos documentos fiscais deve ser efetivada por processamento


eletrônico, mecanográfico ou manual, de forma bem legível, sempre exigida a
replicação dos dizeres em todas as vias de cada documento, podendo a
fazenda passar a exigir a utilização de carbono dupla-face, quando considerar
necessário.

Agora faça distinção entre dois elementos padrões relacionados a esta matéria:

• Impressão é processo de confecção de documentos, seja em blocos,


seja em formulários contínuos, seja em outros instrumentos, segundo
regramento estabelecido na legislação especifica.
• Emissão é p processo de geração do documento para que este acoberte
a operação a que se refere, e dê validade ao negócio nele identificado.

Neste momento, esta surgindo no território nacional uma nova forma de tratar
estes documentos. Trata-se da Nota Fiscal Eletrônica – Nfe, que dispensa a
impressão do documento fiscal, exigindo apenas sua geração por meio de
chancela do Fisco. Nesta chancela, o documento é autorizado, a ser emitido
eletronicamente, dispensada a emissão de documento e de sua impressão.

A emissão dos documentos dar-se-á:


• Após o fornecimento mensal, tratando-se de Nota Fiscal / Conta de
Energia Elétrica.
• Antes do início da prestação do serviço:
o Nota Fiscal de Serviço de Transporte;
o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas;
o Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas;
o Conhecimento Aéreo;
o Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas;
o Bilhete de Passagem Rodoviário;
o Bilhete de Passagem Aquaviário;
o Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem;
o Bilhete de Passagem Ferroviário;
o Despacho de Transporte;
o Nota Fiscal de Serviço de Comunicação e
o Autorização de Carregamento e Transporte
• Por ocasião da prestação do serviço, tratando-se de Nota Fiscal de
Serviço de Comunicação;
• Por serviço prestado, ou ao final do período estabelecido, tratando-se de
Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação;
• Diariamente, após a prestação do serviço, tratando-se de Bilhete de
Passagem Ferroviário.
• Quanto à nota fiscal ou ao cupom fiscal, identificados nos itens I a IV da
Tabela acima, sua emissão se dará:
o Antes de iniciada a saída da mercadoria ou bem do
estabelecimento;

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o No momento do fornecimento dos elementos nela contidos para


consumo do adquirente;
o Antes da tradição real ou simbólica, quando da transmissão da
propriedade da mercadoria sem trânsito pelo estabelecimento;
o No momento da entrada de mercadorias ou bens, nos casos em
que importa a emissão deste documento; ·.
o Em complementação a outra nota fiscal, anteriormente emitida.

Este mesmo artigo, especificamente, não estabeleceu o momento da emissão


de Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais e nem o do Manifesto
de Carga. Quanto ao Manifesto de Carga, considerando a necessidade de sua
emissão para cargas fracionadas121, questionamos que deveria ser emitido
após o carregamento do veículo, ou até antes deste carregamento, mas após a
emissão dos Conhecimentos de Transporte, com cargas diversas para um
mesmo veículo.

Já acerca da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais,


informamos que sua emissão dar-se-á antes do pagamento de tributos, cujo
recolhimento se faça por meio desta. Informamos, ainda, que em um capítulo
específico deste manual trataremos da matéria. Hoje sua emissão se dá em
documento eletrônico, gerado com código de barras no padrão FEBRABAN, no
Sistema GNRE, desenvolvido e mantido pelo Estado de Pernambuco e
disponibilizado para todo o país.

Entre as regras de admissibilidade deste documento, o Estado do Ceará não


aceita sua geração de documento gerado por meio manual ou mecanográfico,
somente os gerados em sistema eletrônico, e nem nos códigos de receita e
situações abaixo indicados, hipóteses em que deve ser gerado, em substituição
à GNRE, Documento de Arrecadação Estadual - DAE, nos respectivos códigos
de receita:
• Código da GNRE: 15000-0 – Auto de Infração, código de Receita do
DAE, 1040;
• Código da GNRE: 10004-8 – Substituição Tributária por Apuração,
quando em atraso, código de Receita do DAE, 1058;
• Código da GNRE: 10005-6 – Importação, quando em atraso, código de
Receita do DAE, 1082;
• Código da GNRE: 10004-8 – Substituição Tributária por Operação,
quando em atraso, código de Receita do DAE, 1058.

Estamos desestimulando o processamento manual de documentos gerados


eletronicamente, nos casos em que a instituição financeira arrecada, autentica
o documento, porém, não procede à leitura do código de barras.

As regras de admissibilidade acima tratadas já estão disponíveis no Sistema


GNRE, desde outubro de 2006, e a geração do DAE correspondente também
está disponível na Internet, no Site www.sefaz.ce.gov.br, na página Dae
Eletrônico.

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Entende-se por carga fracionada aquela que corresponder a mais de um conhecimento de
transporte.

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Figura 0003 – Página do Site da Sefaz-CE

Figura 0004 – GNRE

Observe os documentos
GNRE e DAE gerados
eletronicamente para
pagamento de ICMS
Substituição Tributária por
Apuração e ICMS Auto de
Infração, respectivamente.

O segundo documento deve ser gerado em obediência às restrições de


admissão de GNRE.

Figura 0005 – Documento de


Arrecadação

Os artigos 144 e 145 do Decreto 24.569/1997, que disciplinam a emissão de


GNRE, estão desatualizados, segundo as últimas decisões adotadas pela
Coordenadoria de Administração Tributária - CATRI, para a admissibilidade do
documento, especialmente no tocante ao Art. 145, Inciso II, do § 1o e nos §§ 3o,

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4o e 5o. As vedações supra somente afetam o documento de arrecadação


quando o Estado credor do imposto for o Ceará.

Mesmo não estando identificada na listagem do caput do Art. 127,


demonstrada na Tabela anterior, constituem documentos fiscais a Autorização
para a Impressão de Documentos Fiscais (Art. 146 – 152), a Nota Fiscal Avulsa
(Art. 187 – 188), Conhecimento de Transporte Avulso (Art. 213 – 214) e o
Conhecimento de Transporte Rodoviário Avulso (215 – 216). Ressaltamos que
a emissão destes documentos não é de responsabilidade do contribuinte, como
tratado no início desta Seção, e sim do Fisco estadual, em diversas
circunstâncias, mas sempre a pedido do contribuinte.

Observamos que na nomenclatura de alguns dos documentos alinhados no


parágrafo anterior, encontramos a palavra “avulso”. No Art. 130 do mesmo
decreto, temos a autorização para confeccionar documentos avulsos apenas
nos Modelos 1, 1 A, 4, 8, 9, 10 e 15, mas a utilização destes documentos é
limitada, como veremos especificamente no tratamento de cada documento.

Estranhamos o fato de não constar na relação de documentos identificados no


Art. 127, já citado, o Documento de Arrecadação Estadual de que trata a
Instrução Normativa no 05/2000. Consideramos que este documento também é
documento fiscal.

Também estranhamos a ausência, na relação do Art. 127, dos documentos


Autorização para Impressão de Documentos Fiscais – AIDF, o Pedido de
Autorização para Impressão de Documentos Fiscais – PAIDF e o Pedido de
Aquisição de Formulário de Segurança - PAFS, de que tratam os Art. 145 a
152, que são, também, documentos fiscais.

Estes capítulos específicos do regulamento do ICMS não tratam dos demais


documentos gerados pelo contribuinte ou pelo Fisco, em relação aos regimes
especiais de tributação, nas disposições dos Art. 67 e 68 da Lei 12.670/1996,
ou aqueles encontrados nas seções e subseções do Livro Terceiro122 do
RICMS. Entre os quais destacamos:
• Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição
Tributária – GIA-ST (Art. 444, §4o);
• Tabela de preço a consumidor final, citada em diversos regimes de
substituição tributária;
• Relatório das operações com algodão, Art. 574 e Art. 605, § 4o;
• Aquisição do Governo Federal – AGF, Art 619, Inciso VI;
• Declaração de Exoneração do ICMS, Art. 680;
• Comprovação da Entrada do Produto no Estabelecimento Destinatário,
Art. 700;
• Termo de Autorização e Controle, Art. 716;
• Demonstrativo de Apuração do ICMS, Art. 723 e 796;
• Anotação de Responsabilidade Técnica, Art. 728, § 3o;
• Relatório de Embarque de Passageiros, Art 776;
122
Estes documentos serão examinados na Sessão própria, onde trataremos dos regimes
especiais de tributação.

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• Extrato de Faturamento e Guia de Transporte de Valores, Art. 789 e 790;


• Despacho de Cargas, Art. 792 a 799;
• Declaração de Tráfego e de Prestação de Serviços – DRAFT, Art. 800, §
14; e
• Demais documentos constantes da sistemática de Equipamento Emissor
de Cupom Fiscal.

Além dos documentos fiscais, diversos outros documentos podem ser


utilizados na ação como prova da infração. Estes documentos podem ser
emitidos por meio de processamento eletrônico de dados, como já tratados na
seção anterior, mas também podem ser emitidos manualmente, conforme
disciplina a legislação pertinente. Tanto no primeiro como no segundo caso,
alguns documentos carecem de autorização123 para serem impressos e aí se
tornarem disponíveis para emissão.

b. Emissão e Impressão de Documentos Fiscais

Em princípio, precisamos estabelecer a diferença técnica entre emissão e


impressão de documentos fiscais. O primeiro, o ato de emitir o documento, na
verdade não ocorre em primeiro lugar. Este é o ato praticado pelo contribuinte
fornecedor da mercadoria ou prestador do serviço e deve ocorrer no momento
definido na legislação específica para a operação ou prestação. Corresponde à
entrega da mercadoria ou à prestação do serviço. A emissão é ato
intransferível, podendo, no entanto, ser delegado a preposto ou mandatário. A
emissão de um documento depende da logística de funcionamento do
estabelecimento e ocorre nos formatos:
• Manual;
• Mecanizado;
• Datilografado; ou
• Eletrônico.

A impressão é o ato de empresas gráficas, previamente credenciadas, e


corresponde à confecção do documento. Deste ato depende o ato de emitir. A
impressão de documentos fiscais, por estabelecimentos credenciados,
somente pode ocorrer após a autorização do Fisco, a pedido do contribuinte
usuário.

Por sua vez, a impressão de documentos fiscais, salvo raras exceções, pode
ocorrer:
• em blocos;
• em jogos;
• em formulários; ou
• em folhas soltas.

Somente podem imprimir documentos fiscais os estabelecimentos gráficos,


ainda que do próprio usuário, após a autorização expedida pelo Fisco, no
documento denominado Autorização para Impressão de Documentos Fiscais.
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Apenas os documentos referidos nos incisos III, XIII, XIV, XX e XXII não necessitam de
Autorização para Impressão de Documentos Fiscais.

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Este documento, por sua vez, somente será expedido se comprovada a


regularidade fiscal do requerente, em atendimento ao Pedido de Autorização
para Impressão de Documentos Fiscais ou ao Pedido de Aquisição de
Formulário de Segurança. Este material está disciplinado nos Art. 146 a 152
do Decreto 24.569/1997.

O estabelecimento gráfico autorizado a imprimir os documentos fiscais se


obriga a fazê-lo conforme determinado na autorização, devendo ainda apor o
selo de autenticidade na primeira via de cada documento impresso, salvo
naqueles que a norma específica dispensa da selagem.

O documento fiscal impresso deverá conter sua própria data de validade, não
mais podendo ser emitido depois de expirado o prazo previsto.

c. Selos Fiscais

A legislação tributária, em geral, faz uso de ferramentas de controle, seja da


operação seja de produção, quando pretende atingir efeitos próprios, nela
definidos. Uma das ferramentas utilizadas é a criação de selos fiscais.

A Secretaria da Receita Federal, como instrumento de controle da produção de


cigarros e de bebidas alcoólicas, utiliza-se da geração e distribuição de selos
próprios, a serem apostos pelo industrial fabricante em cada unidade produzida
da mercadoria, e a distribuição destes selos resulta no controle de produção e
na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, na forma da
legislação específica.

Figura 0006 – Selo Fiscal de Cigarros

Figura 0007 – Selo Fiscal


de Bebidas Alcoólicas

Figura 0008 – Selo de Trânsito

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Os Estados, mesmo que não seja de forma integrada, estabeleceram, aqui e


ali, por meio da legislação específica, o selo fiscal como controle, não da
produção, mas da circulação de mercadorias e da confecção de documentos
fiscais. O primeiro selo, denominado selo de trânsito, é afixado na 1a e na 3a
vias das notas fiscais de operação interestadual, em nossas unidades de
divisa, ou em outros locais de controle do trânsito de mercadorias.

Figura 0009 – Selo de Trânsito

Diversas informações relacionadas


com a cobrança do ICMS na
operação de entrada foram
processadas e os impostos devidos,
no caso das operações das Notas
Fiscais 072885 e 292201,
identificadas nos selos acima
fixados, foram lançados a crédito do
adquirente para posterior recolhimento. Conforme disciplina o Art. 157 do
RICMS:
“Art. 157. A aplicação do Selo de Trânsito será obrigatória para todas as
atividades econômicas na comprovação de operações de entradas e saídas
de mercadorias”.

O selo fiscal de trânsito é um poderoso instrumento de acompanhamento e


controle das operações de entrada e saída em nosso território, sendo o
responsável pela manutenção dos dados do Sistema Cometa, visto na seção
anterior.

As informações recepcionadas em nossos postos de divisa, ou em outras


unidades fazendárias, são de grande utilidade no acompanhamento de outros
procedimentos fiscais. Como exemplo, citamos o ressarcimento do ICMS pago
por substituição tributária e a fiscalização de contribuintes substitutos.

O segundo selo é utilizado por todas as unidades da Federação, conforme


determinação do Sistema Integrado de Informações Econômico-Fiscais-
SINIEF. Chamado de selo fiscal de autenticidade, deve ser afixado, pelo
estabelecimento gráfico autorizado a imprimir os documentos fiscais, na
primeira via de cada documento confeccionado.

O selo fiscal de autenticidade compreende elemento indispensável ao controle


de documentos, e está
disciplinado nos Art. 153 a 161
do RIMS.

Figura 0010 – Selo Fiscal de

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Autenticidade

Apesar de toda a exigibilidade de controle na confecção de documentos,


alguns deles ficam dispensados da aposição do selo de autenticidade,
conforme dispõe o Parágrafo Único do Art. 155 do Decreto 24.569/1997, in
verbis:

“Art. 155. A aplicação do Selo Fiscal de Autenticidade dar-se-á nos


documentos fiscais a que se refere o artigo 127, inclusive formulário
contínuo e os autorizados através de regimes especiais.
Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade prevista neste artigo:
I - Nota Fiscal de Venda a Consumidor e sua substituição legal;
II - Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica;
III - Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas;
IV - Bilhetes de Passagens;
V - Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação;
VI - Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais(GNR);
VII - Manifesto de Cargas;
VIII - Cupom Fiscal emitido por ECF e sua substituição legal;
IX - Formulário de Segurança destinado à Impressão e Emissão
Simultânea de Documentos Fiscais.
X - Despacho de Transporte;
XI - Resumo de Movimento Diário;
XII - Ordem de Coleta de Cargas;
XIII - Autorização de Carregamento e Transporte.
XIV -Nota Fiscal, modelos l e l-A, quando autorizadas para
contribuintes enquadrados no regime de recolhimento "OUTROS".

Art. 156. O Selo Fiscal de Autenticidade será aposto na primeira via do


documento fiscal pelo estabelecimento gráfico credenciado, para controle
de sua impressão e autenticidade pelo Fisco.
Parágrafo único. O contribuinte deverá registrar, no ato da emissão do
documento, a série e o número do selo fiscal aposto na sua primeira via,
devendo ficar de forma legível em todas as demais, além de apor, sobre o
Selo Fiscal de Autenticidade, o número do documento fiscal e a data da saída
da mercadoria.”

O selo de autenticidade deve ser aposto na primeira via do documento fiscal


impresso, cabendo ao contribuinte, no momento da emissão, registrar a
identificação do selo nas demais vias do documento. Este regramento não
impede que tal informação já esteja impressa nas demais vias, dispensando o
emitente de escrever tal informação.

A confecção de selos fiscais será autorizada pela Secretaria da Fazenda,


mediante credenciamento do estabelecimento gráfico, a requerimento deste.

d. Documentos Inidôneos

Considera-se inidôneo124, segundo o Art. 131 do Decreto 24.569/97, o


documento que:

"...não preencher os seus requisitos fundamentais de validade e


eficácia ou for comprovadamente expedido com dolo, fraude ou

124
Fazer circularização nos caso de suspeita de documento inidôneo. Considera-se também
inidôneo o documento extraviado, após a publicação do respectivo ato declaratório.

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simulação, ou, ainda quando:


I - Omita indicações que impossibilitem a perfeita identificação da
operação ou prestação;
II - Não se refira a uma efetiva saída de mercadoria ou prestação de
serviço, salvo os casos previstos na legislação;
III - contenha declarações inexatas ou que não guardem compatibilidade
com a operação ou prestação efetivamente realizada;

IV - esteja preenchido de forma ilegível ou apresente emendas ou


rasuras que lhe prejudiquem a clareza;
V - seja emitido por contribuinte fictício ou que não mais exerça suas
atividades;
VI - não for o legalmente exigido para a operação ou prestação, salvo o
emitido por contribuinte deste Estado e que não implique em redução ou
exclusão do pagamento do imposto;
VII - emitido:
a) após expirado o prazo de validade;
b) após ser excluída do CGF a inscrição do emitente;
c) por equipamento de uso fiscal, sem a devida autorização do Fisco;
VIII - sendo retido por falta da 1ª via, tenha expirado o prazo de 03 (três)
dias, sem a devida regularização.
IX - o documento fiscal que não contiver o Selo Fiscal de Autenticidade
ou for selado com inobservância das exigências legais, desde que
impressos para contribuintes deste Estado;
X - o documento fiscal que não contiver o Selo Fiscal de Trânsito
envolvendo todas as interestaduais nos termos do artigo 157."

Uma das infrações mais comuns na emissão manual de documentos inidôneos


tem sido conhecida como o “calçar a nota”, onde uma folha de papel rígido
separa as vias a serem entregues ao contribuinte daquelas a serem
escrituradas e exibidas ao Fisco. O adquirente recebe sua nota fiscal contendo
a verdade de sua compra, mas escrita fiscal recebe outra informação. Uma das
formas de provar esta fraude é a circularização, mediante a qual você confere
os documentos recebidos pelos adquirentes, com as vias escrituradas, e prova
a fraude.

Esta fraude mais comum em documentos preenchidos por datilografia ou


mecanografia, ao contrário dos documentos emitidos por meio de
processamento eletrônico de dados.

A circularização pode ser feita por intimação direta do agente do Fisco ao


contribuinte envolvido com as operações em questão. Cabe ao agente do Fisco
comunicar ao Orientador da Célula de Execução da Administração Tributária,
órgão local do contribuinte intimado, devendo lavrar este procedimento no Livro
de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.

Na inviabilidade de intimação e coleta direta, o agente do Fisco poderá optar


pela solicitação de Procedimento Administrativo para a coleta dos documentos
de que necessita.

Além da infração acima indicada, destacamos os requisitos de validade comum


aos diversos documentos fiscais, sem os quais podem ser considerados
inidôneos:
a. Identificação das circunstâncias que garantem a isenção, a imunidade

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tributária, a não incidência, o diferimento, ou a suspensão do ICMS ou


IPI;
b. Numeração seqüencial, em ordem crescente em todas as suas vias;
c. Utilização correta das séries, para as operações a que se destinam;
d. Ausência da correta identificação do Código da Situação Tributária -
CST, nas notas fiscais modelo 1 ou 1A;

e. Documento fiscal como instrumento de correção ou de ajuste

O material está tratado no Art. 135 do Decreto 24.569/97 e consiste na


autorização, já expressa na legislação tributária, para que o contribuinte emita
documentos fiscais como correção a outro documento anteriormente emitido.

“Art. 135 Sem prejuízo de outras hipóteses, será emitido o documento


fiscal correspondente:
I- no reajustamento de preços, em virtude de contrato de que decorra
acréscimo no valor da operação ou prestação;
II- na regularização, em virtude da diferença de preço ou de quantidade
da mercadoria objeto da operação ou da prestação, quando efetuada no
período de apuração em que tenha sido emitido o documento fiscal
originário;
III- para lançamento do ICMS não pago na época própria, em virtude de
erro de cálculo, quando a regularização ocorrer no período de apuração
do imposto, em que tenha sido emitido o documento fiscal originário;”

Façamos alguns questionamentos sobre a redação do artigo transcrito, para


que possamos entender a intenção do legislador ao redigi-los, na forma como
estão postos:
• As três hipóteses previstas alcançam à operação cujo documento fiscal
for de emissão própria do contribuinte, aí entendida a operação de
saída, e em raros casos a operação de entrada, quando a nota fiscal for
de sua emissão.125 Não cabe, portanto, reajustamento ou correção de
operações de entrada, interna ou interestadual, quando a mercadoria
estiver acompanhada da documentação fiscal própria.
• O reajustamento de preços previsto no Inciso I do Art. 135 implica na
existência de um contrato, e ainda em que em suas cláusulas permitam
o reajustamento de preços pretéritos, o que não é comum nos contratos
mercantis. Também, verificadas as duas condições, a emissão do
documento a que se refere o reajuste deve ser imediata, sendo
conferido o prazo de três dias para tal prática, conforme dispõe o §. 1o
do Art. 135. Esta limitação de prazo não impede emissões
extemporâneas do documento. Igualmente, ressalte-se que, nestes
casos, o imposto resultante do ajuste encontra-se em mora, cabendo o
seu ajustamento na forma da legislação específica.
• Nas hipóteses tratadas nos Incisos II e III, a limitação constante na
própria redação dos incisos é que a emissão do documento deva ocorrer
dentro do período de apuração do imposto. Da mesma forma, cabe a
atualização monetária para emissões extemporâneas, mas o tratamento

125
Como exemplo, temos a operação de importação e a aquisição de sucatas, em que ambas,
em seus regramentos, exigem a nota fiscal de entrada, emitida pelo contribuinte importador ou
adquirente.

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desta já está disciplinado no §. 2o do Art. 135, que exige o recolhimento


do imposto ajustado em documento de arrecadação próprio. Os
documentos devem fazer referência um ao outro, pelo que entendemos
que para cada documento fiscal emitido, deva constar um documento de
arrecadação específico.126
• Ainda quanto às hipóteses previstas nos Incisos II e III, supra, mesmo
não constando da redação do §. 2o do Art. 135, ressaltamos que quando
a nota fiscal não for emitida no período de apuração, o imposto se torna
em mora, devendo ser adotadas as medidas corretas para sua
atualização na forma da legislação específica.

f. Documentos cancelados

O cancelamento de um documento é o ato do contribuinte emissor de garantir


ao Fisco que a operação nele indicada não aconteceu. Este deve ser um dos
grandes objetos de nossa ação fiscal, haja vista ser comum constatarmos
documentos cancelados, depois de provada a circulação da mercadoria nele
identificada. Para inibir esta infração, o legislador exigiu que todas as vias
devem ser conservadas no talonário ou no encadernamento do formulário
contínuo, com declaração dos motivos que determinaram o cancelamento (Art.
138 RICMS).

Constituem infração a esta norma elementos simples, como o retirar do


canhoto, carimbos por instituições fiscalizadoras no trânsito e perda de vias,
entre outros.

Identificada infração a esta norma, torna-se necessária a apresentação de


prova material, que somente se constitui com o próprio documento cancelado,
e nunca com suas cópias reprográficas.

g. Documentos fiscais no estabelecimento

Os documentos deverão ser mantidos no próprio estabelecimento (§ 4º Art. 133


e Art. 143 RICMS), deste não podendo ser retirados, salvo quando apreendidos
ou por autorização do Fisco, sendo que cada estabelecimento (matriz, filial,
sucursal, agência, depósito ou qualquer outro) terá seus formulários e/ou
talonários próprios.

Normas específicas podem autorizar a guarda e a manutenção dos


documentos em local diverso do estabelecimento, como por exemplo uma
central de administração da empresa, um escritório, ou outro ponto diferente do

126
Até o presente momento, não há código de receita específico, nem metodologia para
geração de documento de arrecadação de que trata este instituto.

145
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

estabelecimento, mas que assuma para o Fisco Estadual a responsabilidade


pela manutenção e a guarda da documentação. Este fato tem ocorrido
mediante a concessão de regimes especiais pela celebração de termos de
acordo.

Mesmo não estando disciplinada na legislação tributária, considera-se


extensão do estabelecimento, para fins de responsabilidade pela guarda dos
documentos, os escritórios de contabilidade, mediante contratação específica.

A partir de janeiro de 2001, com a vigência da Lei 13.082/2000, a maior parte


dos documentos fiscais passou a ser exigida por meio de processamento
eletrônico de dados, sendo que, além da via do documento, a empresa deve
manter bancos de dados relativos aos mesmos e às regras de funcionamento
do sistema.

Todavia, no Art. 141 encontramos dispositivo que, mesmo vedando a


transferibilidade, permite sua emissão por mandatário ou preposto. Não temos
conhecimento desta prática, nem sua funcionalidade, mas a legislação permite
que o contribuinte nomeie preposto ou mandatário para emitir e guardar
documentos fiscais. Neste mesmo artigo, fica determinada a apreensão do
documento encontrado com pessoa não autorizada, aí compreendendo o
contribuinte, o preposto e o mandatário. Regras para o funcionamento destes
institutos são encontradas na legislação civil e trabalhista.

Ainda sobre esta matéria, o Art. 143 define que a guarda dos documentos deva
ocorrer no estabelecimento, e quando não mais destinados à utilização, nos
casos definidos, comanda sua entrega ao Fisco.

h. Extravio de documentos fiscais

A norma específica não traz um conceito ao termo extravio. Resta-nos a tarefa


de resgatá-lo nos compêndios, dicionários e outras ferramentas próprias de
tratamento da linguagem técnica.

Deve ser comunicado até 05 (cinco) dias após a data em que se constatar
o fato por parte do contribuinte encomendante ou o estabelecimento
gráfico (Art 142 RICMS).Os documentos fiscais e formulários contínuos
perdem a validade jurídica após a data da publicação do comunicado de
extravio no DOE.

2 – Os Documentos Fiscais

a- Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A

Segundo explica Maria Helena Diniz, a nota fiscal é "o documento exigido
pela legislação fiscal que comprova uma compra, com indicação do preço,
e serve de controle ao Fisco de toda e qualquer operação realizada pela

146
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

empresa-contribuinte que constitua fato gerador de tributo ou tenha


relevância para a fiscalização tributária".127

Como se verifica no tocante ao ICMS, a nota fiscal tem como principal finalidade
a comprovação da efetividade de uma operação, e a conseqüente comprovação
da circulação de mercadoria ou efetivação da prestação do serviço.

É ainda o instrumento hábil e capaz de regularizar a mercadoria ou serviço,


dando-lhe uma origem e um destino, razão pela qual o transporte de mercadoria
sem nota fiscal responsabiliza o transportador, detentor ou possuidor pela
irregularidade, como se de fato fosse o real proprietário. O art. 131 do RICMS-
CE encerra entre os elementos que enquadram as hipóteses em que a nota fiscal
é considerada inidônea pelo Fisco. É ainda por este motivo que a legislação
tributária determina ao adquirente da mercadoria ou tomador do serviço que exija
a emissão do competente documento fiscal.

Muito embora o imposto seja exigível a partir do momento da ocorrência de seu


fato gerador, a nota fiscal é o documento fundamental para identificar o sujeito
passivo, identificar o valor tributado e o imposto debitado, e sua eventual falta
resulta por conseqüência na falta de recolhimento do imposto, quando a
operação for tributada. Quando em operação não tributada, a falta de emissão
da nota fiscal resulta no descumprimento de obrigação acessória.

Nos termos do art. 23 da Lei Complementar n° 87/199 6, o direito ao crédito do


ICMS, para efeito de compensação, respeitando o princípio da não
cumulatividade, somente é reconhecido ao estabelecimento que tenha
adquirido a mercadoria ou tomado o serviço, condicionando-se à idoneidade da
documentação fiscal.

Os Art. 169 a 203 disciplinam que as notas fiscais deverão ser emitidas por todos
os contribuintes do ICMS, apresentando suas características, requisitos para
sua emissão, seus tipos, séries e modelos, quantidade de vias e destinação
das mesmas, etc. Ressalte-se que a obrigatoriedade da utilização das notas
fiscais e suas características fundamentais são de competência exclusiva de
convênios elaborados pelos Estados e pelo Distrito Federal, através do Sistema
Integrado de Informações Econômico-Fiscais-SINIEF.

“O art. 170 do RICMS estabelece a relação de campos próprios da nota


fiscal128 modelo 1 e 1-A, divididos nos seguintes quadros:
I - quadro "emitente";

127
Dicionário Jurídico. Ed. Saraiva, São Paulo, 1998, pág. 377
128
A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, terá numeração independente para cada série ou modelo e
será emitida, no mínimo, em 04 (quatro) vias. Na nota fiscal emitida relativamente à saída de
mercadoria em retorno ou em devolução deverão ser indicados, ainda, no campo "Informações
Complementares", o número, a data da emissão e o valor da operação do documento original.

147
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

II - quadro "destinatário/remetente";
III - quadro "fatura", se adotado pelo emitente;
IV - quadro "dados do produto";
V - quadro "cálculo do imposto";
VI - quadro "transportador/volume transportados";
VII - quadro "dados adicionais";
VIII - no rodapé ou na lateral direita da nota fiscal: o nome, o endereço e
os úmeros de inscrição estadual e no CGC, do impressor da nota; a data
e a quantidade da impressão; número de ordem da primeira e da última
nota impressa e respectiva série, quando for o caso, e o número da
AIDF;
IX - comprovante de entrega dos produtos, que poderá ser dispensado
mediante solicitação e indicação na AIDF, e, quando utilizado, deverá
integrar apenas a 1ª via da nota fiscal, na forma de canhoto destacável.”

Figura 0011 – Nota Fiscal


Modelo I

Este documento deve ainda ser emitido pelo próprio contribuinte, em


substituição à antiga Série E129, para as operações de entrada, nos casos
especificados no Art. 180 a 183 do Decreto 24.569/1997, in verbis:

129
Esta série já se encontra excluída de nossa legislação, não fazendo mais parte de nenhum
documento.

148
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

“Art. 180. O contribuinte, excetuado o produtor agropecuário, emitirá


Nota Fiscal, modelo um ou 1-A, sempre que em seu estabelecimento
entrarem mercadoria ou bem, real ou simbolicamente:
I - novos ou usados, remetidos a qualquer título, por particular,
produtor agropecuário, ou pessoa físicas ou jurídicas não obrigadas a
emissão de documento fiscal;
II - em retorno, quando remetidos por profissional autônomo ou avulso
os quais tenham sido enviados para industrialização;
III - em retorno de exposição ou feira para as quais tenham sido
remetidos exclusivamente para fins de exposição ao público;
IV - em retorno de remessa feita para venda fora do estabelecimento,
inclusive por meio de veículo;
V - importados diretamente do exterior, bem como os arrematados em
leilão ou adquiridos em concorrência promovida pelo Poder Público;
VI - em outras hipóteses previstas na legislação.
§1º O documento previsto neste artigo servirá para acobertar o trânsito
de mercadoria ou bem até o local do estabelecimento emitente, nas
seguintes hipóteses:
I - quando o estabelecimento destinatário assumir o encargo de retirar
ou de transportar bem ou mercadoria, a qualquer título, remetidos por
particular ou por produtor agropecuário;
II - nos retornos a que se referem os incisos II e III do caput;
III - na hipótese do inciso V, inclusive quando o transporte tiver que ser
feito parceladamente.
§ 2º O campo "Hora da Saída" e "Canhoto de Recebimento", quando
houver, somente serão preenchidos quando a nota fiscal acobertar o
transporte de mercadoria ou bem.
§ 3º A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, será também emitida por
contribuinte, em operação interna, no caso de retorno de mercadoria ou
bem não entregues ao destinatário, hipótese em que conterá as
indicações do número, da série, quando houver, e data da emissão
do documento originário.
§ 4º Na hipótese do inciso III do § 1º, cada operação de transporte, a
partir da segunda, será acompanhada pelo documento de desembaraço
e por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A referente à parcela remetida, na qual
se mencionará o número e a data da nota fiscal a que se refere o caput,
bem como a declaração de que o ICMS foi recolhido ou desonerado.
§ 5º A repartição competente do Fisco Federal em que se processar o
desembaraço da mercadoria ou bem a que se refere o inciso V,
destinará, obrigatoriamente, uma via do documento de desembaraço ao
Fisco do Estado em que se localizar o estabelecimento importador ou
arrematante.
§ 6º Na hipótese do inciso V, caput a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A
utilizada na entrada de mercadoria ou bem conterá, ainda, a identificação
da repartição onde se processou o desembaraço, bem como o número e
a data do documento de desembaraço.
§ 7º A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A poderá ser emitida, ainda, pelo
tomador de serviços de transporte, para atendimento ao disposto no § 6º
do artigo 269, no último dia de cada mês, hipótese em que a emissão
será individualizada em relação:
I - ao Código Fiscal de Operação e Prestação (CFOP);
II - à situação tributária da prestação: tributada, amparada por não-
incidência, isenta ou com diferimento ou suspensão do ICMS;
III - à alíquota aplicada.
§ 8º A nota fiscal emitida nos termos do parágrafo anterior conterá:
I - a indicação dos requisitos individualizadores previstos no parágrafo
anterior;
II - a expressão: "emitida nos termos do § 7º do artigo 180";
III - em relação às prestações de serviços englobadas, os valores
totais:

149
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

a) das prestações;
b) das respectivas bases de cálculo do imposto;
c) do imposto destacado.
§ 9º Salvo disposição em contrário, a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A,
utilizada em entrada de mercadoria e bem, somente acobertará a
circulação na operação interna.
§ 10. A nota fiscal a que se refere o caput, salvo disposição em contrário,
não será exigida na entrada de mercadoria ou bem acobertados por
Nota Fiscal Avulsa ou Nota Fiscal de Produtor, quando destinados ao
adquirente.
Art. 181. No caso de emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em
entrada de mercadoria ou bem, por processamento eletrônico de dados,
a 2ª via do documento emitido, deverá ser arquivada separadamente da
relativa à saída.
Parágrafo único. Nos demais casos, sem prejuízo do disposto no caput,
reservar bloco ou faixa de numeração sequencial de jogos soltos ou
formulários contínuos, anotando o fato no livro Registro de Utilização de
Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.
Art. 182. A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, utilizada na entrada de
mercadoria ou bem, será emitida, conforme o caso:
I - no momento em que a mercadoria ou bem entrarem no
estabelecimento;
II - no momento da aquisição da propriedade, quando a mercadoria ou
bem não devam transitar pelo estabelecimento do adquirente;
III - antes de iniciada a remessa, nos casos previstos no § 1º do artigo
180.
Parágrafo único. A emissão da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, na hipótese
do inciso I do § 1º do artigo 180, não exclui a obrigatoriedade da emissão
da Nota Fiscal de Produtor.
Art. 183. A Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, utilizada em entrada de
mercadoria ou bem será emitida, no mínimo, em 4 (quatro) vias, que
terão a seguintes destinação:
I - a 1ª via, entregue ou enviada ao remetente para acompanhar a
mercadoria no seu transporte, e será arquivada pelo emitente;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente;
III - a 3ª via, remetida, pelo emitente, ao órgão local da sua
circunscrição fiscal;
IV - a 4ª via pertencerá, em qualquer hipótese, ao remetente da
mercadoria ou bem.
Parágrafo único. Na hipótese do § 8º, do artigo 180, a nota fiscal será
emitida, no mínimo, em 3 (três) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via ficará em poder do emitente juntamente com os
conhecimentos de transporte;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente;
III - a 3ª via, remetida pelo emitente ao órgão local de sua circunscrição
fiscal;
§ 5º O disposto no caput não se aplica:
I - quando o adquirente, mesmo não sendo contribuite do imposto, esteja
inscrito no cadastro de contribuintes, hipótese em que será emitida a
Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou a Nota Fiscal de Produtor;
II - às operações realizadas por estabelecimento que realize venda de
veículos sujeitos a licenciamento por órgão oficial;
III - às operações realizadas fora do estabelecimento;
IV - às operações realizadas por concessionárias ou permissionárias de
serviço público relacionadas com fornecimento de energia, de gás
canalizado e distribuição de água;
V - às prestações de serviços de transporte de carga e valores e de
comunicações;
VI - às operações realizadas por contribuinte, pessoa natural ou jurídica,
com receita bruta anual de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais),

150
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

sem estabelecimento fixo ou permanente, portando o seu estoque de


mercadorias, com ou sem utilização de veículo, que exerça atividade
comercial na condição de barraqueiro, ambulante, feirante, mascate,
tenda e similares;
VII - a contribuinte que utilize a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida por
sistema eletrônico de processamento de dados, cujo percentual das
vendas no atacado representem, pelo menos, 90% (noventa por cento)
do total das vendas do estabelecimento;
VIII - às operações realizadas por contribuintes enquadrados na
Classificação Nacional de Atividades Econômico-Fiscais - CNAE 5247-
7/00 - comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP), que operem
exclusivamente com GLP.
§ 6º As especificações do equipamento ECF de que trata este artigo são
as definidas em convênio específico.
§ 7º Nos casos fortuitos ou por motivo de força maior, tais como falta de
energia elétrica, quebra, furto do equipamento, em que o contribuinte
esteja impossibilitado de emitir pelo equipamento ECF o respectivo
cupom fiscal ou a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em
substituição aos mesmos, será permitida a emissão por qualquer outro
meio, inclusive o manual, da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou da Nota
Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, devendo ser anotado no livro
Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termo de Ocorrências
(RUDFTO), modelo 6:
I - motivo e data da ocorrência;
II - números, inicial e final, dos documentos fiscais emitidos.
§ 8º Para fins de apuração do imposto, quando da ocorrência dos casos
previstos nos §§ 5º e 7º deste artigo e caput do art. 394, os documentos
emitidos deverão ser escriturados em linhas específicas, diferentes das
utilizadas para escrituração dos Cupons Fiscais e Notas Fiscais de
Venda a Consumidor emitidas por ECF.
Redação original:
§ 8º Para fins de apuração do imposto, quando da ocorrência dos casos
previstos nos §§ 5º e 7º e no art. 394, os documentos emitidos deverão
ser escriturados em linhas específicas, diferentes das utilizadas para
escrituração dos cupons fiscais e Notas Fiscais de Venda a Consumidor
emitidas por ECF.
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se igualmente às prestações de
serviços de transporte de passageiro."”

b- Nota Fiscal de Venda a Consumidor

151
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Segundo as disposições do Art. 177 do Decreto 24.569/1997, este


documento130 deve ser emitido por meio de equipamento eletrônico, em
substituição ao Cupom Fiscal. Nele, fica vedado o destaque do ICMS, bem
como o crédito decorrente da operação a qual acoberta, posto se destinar a
pessoa física, ou a pessoa jurídica não contribuinte do imposto.

Figura 0012 – Nota Fiscal de Venda a Consumidor emitida em substituição ao cupom que não é
fiscal
“Art. 177. Nas operações em que o adquirente seja pessoa física ou
jurídica não contribuinte do imposto estadual, será emitido o Cupom
Fiscal ou, no lugar deste, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo
2, em ambos os casos, emitidos por equipamento Emissor de Cupom
Fiscal (ECF).
§ 1º O estabelecimento que for também contribuinte do IPI deverá
atender à legislação própria.
§ 2º É vedado o destaque do ICMS na Nota Fiscal de Venda a
Consumidor.
§ 3º O cupom emitido por equipamento anteriormente autorizado para
uso fiscal supre o cupom fiscal emitido por ECF, conforme dispuser a
legislação.
§ 4º Sem prejuízo do disposto no § 1º, na venda a prazo e para entrega
de mercadoria em domicílio do consumidor adquirente, localizado neste
Estado, poderá ser emitido cupom fiscal por ECF, desde que conste no
documento, impressas pelo próprio equipamento ou por meio gráfico
indelével, as seguintes informações:
§ 4º Sem prejuízo do disposto no § 1º, na venda a prazo e para entrega
de mercadoria em domicílio do consumidor adquirente, localizado neste
Estado, poderá ser emitido cupom fiscal por ECF, desde que conste no
verso do documento, por meio gráfico indelével:
I - identificação e o endereço do consumidor adquirente;
II - data e hora da saída das mercadorias do estabelecimento do
emitente;

130
O caput do art. 177 foi alterado pelo Decreto nº 25.631, de 24 de setembro de 1999, com a
seguinte redação: "Art. 177. Na venda a consumidor poderá, em substituição à Nota
Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ser autorizada a emissão, por ECF, de cupom fiscal ou, no lugar
deste, a emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, Anexo IX." Já a
redação original assim dispunha: “Art. 177. Na venda a vista a consumidor em que a
mercadoria for retirada pelo comprador, poderá em substituição à Nota Fiscal, modelo 1
ou 1-A, ser autorizada a emissão, por ECF, de cupom fiscal ou, no lugar deste, a
emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, Anexo IX.”

152
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

III - no caso de venda a prazo, informações relativas a preço à vista,


preço final, quantidade, valor e datas de vencimento das prestações, e a
expressão "VENDA A PRAZO";
IV - código previsto na cláusula quadragésima quinta do Convênio ICMS
nº 156, de 7 de dezembro de 1994, e a descrição das mercadorias objeto
da operação, ainda que resumida.”

Com a instituição do ECF, este documento fiscal vem sendo substituído pelo
Cupom Fiscal, na forma da legislação específica.

c- O Cupom Fiscal

Este documento será tratado com especificidade na Seção V deste Manual,


onde trataremos de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal e todos os seus
derivados.

d- Nota Fiscal do Produtor

A Instrução Normativa nº 19/1998 estabelece a figura do produtor rural,


permitindo o cadastramento de pessoas físicas, nesta condição, dispensando
deste contribuinte a inscrição do estabelecimento no CNPJ. Para tais
contribuintes foi criado um documento próprio, denominado “Nota Fiscal do
Produtor”, cujo regramento se encontra nos Art. 184 a 186 do Decreto
24.569/1997, in verbis:

"Art. 184. O estabelecimento produtor agropecuário e o produtor rural -


pessoa física - emitirá Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, Anexo X:
I - sempre que promover a saída de mercadoria;
II - na transmissão da propriedade de mercadoria;
III - em outras hipóteses previstas na legislação.
§ 1º A Nota Fiscal de Produtor conterá as seguintes indicações
tipograficamente impressas:
I - denominação "Nota Fiscal de Produtor";
II - número de ordem e número da via;
III - nome, endereço e os números de inscrição no CGF e no CGC ou
CPF do emitente, quando for o caso;
IV - prazo de validade;
V - o nome, o endereço e os números de inscrição estadual e no CGC,
do impressor da nota, a data e a quantidade da impressão, o número de
ordem da primeira e da última nota impressa e o número da AIDF;
VI - demais composições tipográficas do modelo, constantes de
palavras, expressões, linhas e retângulos;
VII - as indicações dos incisos I, II, III, IV e V serão impressas.
§ 2.º Os produtores rurais enquadrados no regime de recolhimento
"outros" serão autorizados a emitir Nota Fiscal de Produtor, porém com o
campo a ser destacado o ICMS devidamente tarjado, bem como a
aposição da expressão: "ESTE DOCUMENTO NÃO GERA CRÉDITO
DO ICMS".
Art. 185. Na Nota Fiscal de Produtor serão lançados, nos locais
próprios, os seguintes elementos:
I - data de emissão e de saída efetiva de mercadoria do
estabelecimento;
II - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC, do
destinatário, ou sua qualificação, se não inscrito;
III - natureza da operação e o respectivo código fiscal;

153
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

IV - discriminação da mercadoria por quantidade, unidade, espécie,


qualidade, marca, tipo e demais elementos que permitam a sua perfeita
identificação;
V - preço unitário da mercadoria, seu valor parcial e valor total da
operação, bem como a base de cálculo, na falta daquele ou dele
diferente;
VI - destaque do ICMS, quando for o caso;
VII - nome da empresa transportadora, ou do transportador autônomo, e
seus endereços;
VIII - número da placa do veículo, município e Estado de emplacamento,
quando se tratar de transportador autônomo.
§ 1º Os dados referidos no inciso V poderão ser dispensados quando a
mercadoria estiver sujeita a posterior fixação de preço, indicando-se no
documento essa circunstância.
§ 2º A Nota Fiscal de Produtor não conterá indicação de série ou
subsérie.
Art. 186. Na saída de mercadoria de estabelecimento de produtor
agropecuário, a Nota Fiscal de Produtor será emitida:
I - em 4 (quatro) vias, que terão a mesma destinação prevista no artigo
171, quando a mercadoria se destinar a estabelecimento localizado
neste Estado ou no exterior;
II - em 4 (quatro) vias, que terão a mesma destinação prevista no artigo
172, quando a mercadoria se destinar a estabelecimento localizado em
outro Estado.
Parágrafo único. Na hipótese de saída para o exterior, se o embarque se
processar em outro Estado, será emitida uma via adicional, que será
entregue ao Fisco estadual do local de embarque.”

Para o produtor rural que não obtiver inscrição no CGF, nesta condição, ou que
mesmo sendo inscrito não solicitar a impressão de documentos fiscais, por
meio de PAIDF, o documento fiscal próprio é a nota fiscal avulsa, que
veremos a seguir.

Observamos ainda que o documento ora apreciado não estão dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

e- Nota Fiscal Avulsa

Não é papel do Fisco emitir qualquer tipo de documento fiscal, sendo esta uma
obrigação típica dos próprios contribuintes, com autorização dada pelo Fisco
para sua impressão e emissão. Todavia, há circunstâncias que ensejam a
necessidade de emissão destes documentos pelo próprio Fisco, denominados
de "Avulsos". Estas circunstâncias estão previstas na legislação tributária.

Cabe ressaltarmos que a emissão da Nota Fiscal Avulsa objetiva o controle das
operações relacionadas com o ICMS, ainda que não sofra a incidência deste
imposto, quando da impossibilidade da emissão de nota fiscal por quem de
direito.

Havendo destaque do ICMS, o agente do Fisco deve adotar todos os cuidados

154
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

para que o imposto seja recolhido antes da expedição da nota.131 O Art. 187 do
RICMS trata da matéria, nos seguintes termos:

“Art. 187. A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, impressa com a denominação


"Avulsa", Anexo XI, será emitida pelo Fisco, em operação com
mercadoria ou bem, nas seguintes hipóteses:
I - promovida por produtor, desde que não possua nota fiscal própria;
II - promovida por repartição pública, inclusive autarquia federal,
estadual e municipal, quando não obrigadas à inscrição no CGF;
III - promovida por pessoas não inscritas no CGF;
IV - quando se proceder à complementação do ICMS que vier
destacado na nota fiscal originária;
V - regularização ou liberação em trânsito que tenha sido objeto de
ação fiscal;
VI - qualquer caso em que não se exija a nota fiscal própria, inclusive
em operação promovida por não contribuinte do ICMS.
"Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às operações
realizadas com aparelhos celulares, exceto quando se tratar de
importação."

Não deve ser cobrado o ICMS destacado na Nota Fiscal Avulsa, na hipótese de
o imposto ser integralmente compensado com o imposto constante do
documento fiscal relativo à operação anterior, inclusive, em casos de devolução
de mercadoria.

Observamos que o documento ora apreciado não está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

f- Nota Fiscal Conta de Energia Elétrica

Este documento, gerado por meio de processamento eletrônico e emitido em


uma única via, ou seja, apenas uma via de nota fiscal para ser entregue ao
contribuinte, sendo que a segunda via deve ser mantida em arquivo eletrônico
e entregue ao Fisco, desta forma. Este documento fiscal é objeto de tratamento
do Convênio ICMS 115/2003, no tocante às obrigações acessórias da
prestadora do serviço.

Em nosso Estado, este documento é emitido exclusivamente pela Companhia


Energética do Ceará – Coelce, que centraliza a distribuição de energia a partir
de um só de seus estabelecimentos, inscrito sob o CGF 06.105848-3. O
documento será emitido após o fornecimento mensal do produto. O Art. 189 do
Decreto 24.569/1997 disciplina a geração deste documento:

“Art. 189. A Nota Fiscal Conta de Energia Elétrica, modelo 6, Anexo XII,
será utilizada por qualquer estabelecimento que promover saída de
energia elétrica e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Nota Fiscal Conta de Energia Elétrica",
II - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
III - identificação do destinatário: nome, endereço e os números de
inscrição estadual e no CGC, se for o caso;”

131
Havendo destaque do ICMS na Nota Fiscal Avulsa, esta somente produzirá efeito fiscal se
acompanhada de documento de arrecadação, que a ela faça referência explícita.

155
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

IV – número de ordem, série, subsérie e o número da via;


V - datas da leitura e da apresentação ao destinatário;
VI - discriminação do produto;
VII - valor do consumo/demanda;
VIII - acréscimos a qualquer título;
IX - valor total da operação;
X - base de cálculo do ICMS;
XI - alíquota aplicável;
XII - valor do ICMS.
XIII – Código Fiscal de Operação e Prestação (CFOP);
XIV – nome, endereço, número de inscrição no CGF e no CNPJ, do
impressor da nota fiscal, data, quantidade de impressão, número de
ordem da primeira e da última nota fiscal impressa e respectiva série e
subsérie, se for a hipótese
e o número da AIDF;
XV – prazo de validade.

Figura 0013 – Nota Fiscal Conta de


Energia Elétrica

Observamos ainda
que o documento ora
apreciado está
dispensado da fixação
de selo de
autenticidade em sua
primeira via.

g- Nota Fiscal Eletrônica

156
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

A partir da implementação deste documento, os estabelecimentos sujeitos à


sua emissão passarão a dispor de uma novidade significativa. Não mais terão a
obrigação de emitir e guardar documentos fiscais, posto serem os mesmos
gerados eletronicamente, mas obrigam à manutenção e à guarda de arquivos
eletrônicos.

Como substituto do documento, resta apenas um estrato para simples


conferencia, que em si, não tem valor fiscal.

Muito ainda há de se aprender deste projeto, mas ainda não é fato, apesar de
caminhar para urgente implementação em todo o território nacional,
alcançando apenas algumas atividades econômicas.

h- Nota Fiscal de Serviço de Comunicação

Documento fiscal a ser utilizado por qualquer estabelecimento que preste


serviço de comunicação. Os Art. 196 a 200 do Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplinam a formatação deste documento:

“Art. 196. A Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21, Anexo


XIV, será utilizada por qualquer estabelecimento que preste serviço de
comunicação e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Nota Fiscal de Serviço de Comunicação";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - código fiscal da prestação;
IV - data de emissão;
V - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
VI - identificação do destinatário: nome, endereço e os números de
inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VII - discriminação do serviço prestado, de modo que permita sua
perfeita identificação;
VIII - valor do serviço, bem como dos acréscimos cobrados a qualquer
título;
IX - valor total da prestação;
X - base de cálculo do ICMS;
XI - alíquota aplicável;
XII - valor do ICMS;
XIII - data ou período da prestação do serviço;
XIV - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série
e subsérie, e o número da AIDF;
XV - prazo de validade.
Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, V, XIV e XV serão
impressas e o documento será de tamanho não inferior a 14,8 x 21,0
cm, em qualquer sentido.
Art. 197. Na prestação interna, a Nota Fiscal de Serviço de
Comunicação, será emitida, no mínimo, em 3 (três) vias, que terão a
seguinte destinação:
I - a 1ª via, entregue ao usuário do serviço;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente;
III - a 3ª via, remetida ao órgão local de seu domicílio fiscal;
Parágrafo único. O Fisco poderá exigir vias adicionais.

157
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Art. 198. Na prestação interestadual, a Nota Fiscal de Serviço de


Comunicação, será emitida, no mínimo, em 4 (quatro) vias, que terão a
seguinte destinação:
I - a 1ª via, entregue ao usuário do serviço;
II - a 2ª via, para fins de controle do Fisco do Estado de destino;
III - a 3ª via, remetida ao órgão local de seu domicílio fiscal;
IV - a 4ª via, arquivada pelo emitente.
Art. 199. Na prestação internacional poderão ser exigidas tantas vias
quantas forem necessárias para o controle dos demais órgãos
fiscalizadores.
Art. 200. Na impossibilidade de emissão de uma nota fiscal para cada
um dos serviços prestados, estes poderão ser englobados em um único
documento, abrangendo um período nunca superior ao fixado para
apuração do imposto.”

Por serviço de comunicação, na forma do Caput do Art. 196, entenda-se o


serviço definido no Inciso VII do Art. 2a da Lei 12.670/1996, in verbis:

“Art. 2o. São hipóteses de incidência do ICMS:


.
.
.
VII - as prestações onerosas de serviço de comunicação, por qualquer
meio. Inclusive a geração, a emissão, a transmissão, a retransmissão, a
repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
.
.
.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

i- Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação

Assim como a Nota Fiscal Conta de Energia Elétrica, este documento deve ser
gerado por meio de processamento eletrônico e emitido em uma única via, isto
é, apenas uma via de nota fiscal para ser entregue ao contribuinte, sendo que a
segunda via deve ser mantida em arquivo eletrônico e entregue ao Fisco, desta
forma. Este documento fiscal é objeto de tratamento do Convênio ICMS
115/2003, no tocante às obrigações acessórias da prestadora do serviço.

Os Art. 201 a 203 do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação


deste documento:

“Art. 201. A Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação, modelo 22,


Anexo XV, será utilizada por qualquer estabelecimento que preste
serviço de telecomunicação e conterá, no mínimo, as seguintes
indicações:
I - denominação "Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - classe do usuário do serviço: residencial ou não-residencial;
IV - identificação do emitente: nome, endereço, e os números de
inscrição no CGF e no CGC;

158
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

132
V – identificação do usuário : nome, endereço, e os números de
inscrição no CGF e no CNPJ ou no CPF;
VI - discriminação do serviço prestado de modo que permita sua perfeita
identificação;
VII - valor do serviço, bem como outros valores cobrados a qualquer
título;
VIII - valor total da prestação;
IX - base de cálculo do ICMS;
X - alíquota aplicável;
XI - valor do ICMS;
XII - data ou período da prestação do serviço.
NOTA: O art. 1º, inciso V, do Decreto nº 26.738, de 12/09/2002,
acrescentou o inciso XIII ao art. 201, nos seguintes termos:
XIII - Código Fiscal de Operação e Prestação (CFOP);
XIV – nome, endereço, número de inscrição no CGF e no CNPJ, do
impressor da nota fiscal, data, quantidade de impressão, número de
ordem da primeira e da última nota fiscal impressa e respectiva série e
subsérie, se for a hipótese e o número da AIDF;
V – prazo de validade.
Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, IV, XIV E XV serão
impressas e o documento será de tamanho não inferior a 15cm x 9cm
em qualquer sentido.” (NR)
Art. 202. A Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação será emitida, no
mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via, entregue ao
usuário;
II - a 2ª via ficará em poder
do emitente.
Parágrafo único. A 2ª via
poderá ser dispensada, a
critério do Fisco, desde que o
estabelecimento emitente
mantenha em arquivo
magnético ou listagem os
dados relativos à Nota Fiscal
de Serviço de
Telecomunicação.
Art. 203. Na impossibilidade
de emissão de uma nota
fiscal para cada um dos
serviços prestados, estes
poderão ser englobados em
um único documento,
abrangendo um período
nunca superior ao fixado
para apuração do imposto.”

Figura 0014 – Nota Fiscal de Serviço de


Telecomunicação

Observamos ainda que o


documento ora apreciado
está dispensado da
fixação de selo de
autenticidade em sua
primeira via.
132
O art. 1º, inciso V, do Decreto nº 26.738, de 12/09/2002, deu nova redação ao inciso V do
art. 201, cuja redação original era: “identificação do usuário: nome e o endereço”.

159
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

j- Os Documentos do Transportador

O serviço de transporte de pessoas e de cargas dispõe de um vasto conjunto


de documentos que devem ser apreciados para conhecimento da regularidade
das prestações deste serviço. Além do serviço normal, temos os serviços
especiais que adicionam documentos que não serão tratados nesta seção, mas
apenas em seção própria que tratar dos regimes especiais de tributação.

a) Nota Fiscal de Serviço de Transporte

Este documento não se confunde com o conhecimento de transporte, de


responsabilidade das transportadoras. Sua emissão é principalmente da
responsabilidade de agências de viagem e de turismo, de transporte de valores
e transporte ferroviário. Observe as disposições dos Art. 190 a 195 do Decreto
24.569/1997, in verbis:

“Art. 190. A Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, Anexo XIII,


será utilizada, por:
I - agência de viagem ou qualquer transportador que executarem
serviço de transporte intermunicipal, interestadual e internacional de
turista e de outras pessoas, em veículos próprios ou afretados;
II - transportador de valores, para englobar, em relação a cada tomador
de serviço, as prestações realizadas, no período de apuração do
imposto;
III - transportador ferroviário de cargas, para englobar, em relação a
cada tomador de serviço, as prestações realizadas no período de
apuração do imposto;
IV - transportador de passageiros, para englobar, no final do período de
apuração do imposto, os documentos de excesso de bagagem
emitidos durante o mês, nas condições do artigo 258.
Art. 191. O documento referido no artigo anterior conterá, no
mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Nota Fiscal de Serviço de Transporte";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo CFOP;
IV - data da emissão;
V - identificação do emitente: nome, endereço, e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
VI - identificação do usuário: nome, endereço, e os números de
inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VII - percurso;
VIII - identificação do veículo transportador;
IX - discriminação do serviço prestado, de modo que permita sua
perfeita identificação;
X - valor do serviço prestado e dos acréscimos a qualquer título;
XI - valor total da prestação;
XII - base de cálculo do ICMS;
XIII - alíquota aplicável;
XIV - valor do ICMS;
XV - nome, endereço, número de inscrição no CGF e no CGC, do
impressor da nota fiscal, data, quantidade de impressão, número de
ordem da primeira e da última nota fiscal impressa e respectiva série
e subsérie, e o número da AIDF;
XVI - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, V, XV e XVI serão impressas.
§ 2º A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será de tamanho não inferior
a 14,8 x 21,0 cm, em qualquer sentido.

160
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

§ 3º A exigência prevista no inciso VI não se aplica aos casos do inciso


IV do artigo 190.
§ 4º O disposto nos incisos VII e VIII não se aplica às hipóteses previstas
nos incisos II a IV do artigo 190.
Art. 192. A Nota Fiscal de Serviço de Transporte será emitida antes do
início da prestação do serviço.
§ 1º Será obrigatória a emissão de uma nota fiscal por veículo, para
cada viagem contratada.
§ 2º No caso de execução com contrato individual, será facultada a
emissão de uma única Nota Fiscal de Serviço de Transporte, nos termos
dos artigos 193 e 194, por veículo, hipótese em que a 1ª via será
arquivada no estabelecimento do emitente, a ela sendo anexada,
autorização do DERT ou DNER, quando se tratar de transporte
rodoviário.
§ 3º No transporte de pessoa com característica de transporte
metropolitano mediante contrato, poderá ser postergada a emissão da
Nota Fiscal de Serviço de Transporte, até o final do período de apuração
do imposto, desde que devidamente autorizada pelo Fisco.
Art. 193. Na prestação interna, a Nota Fiscal de Serviço de Transporte
será emitida, no mínimo, em 3 (três) vias, que terão a seguinte
destinação:
I - a 1ª via, entregue ao contratante ou usuário;
II - a 2ª via, acompanhará o transporte para fins de fiscalização;
III - a 3ª via, arquivada pelo emitente.
Parágrafo único. Relativamente ao documento de que trata este artigo,
nas hipóteses dos incisos II a IV do artigo 190, a emissão será, no
mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via será entregue ao contribuinte ou usuário, nos casos dos
incisos II e III, e permanecerá em poder do emitente, no caso do inciso
IV;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente;
Art. 194. Na prestação interestadual, a Nota Fiscal de Serviço de
Transporte será emitida, no mínimo, em 4 (quatro) vias, que terão a
seguinte destinação:
I - a 1ª via, entregue ao contratante ou usuário;
II - a 2ª via, acompanhará o transporte, para fins de controle do Estado
de destino;
III - a 3ª via, acompanhará o transporte até o posto fiscal de saída
deste Estado, onde será retida para ser enviada à repartição fiscal de
origem;
IV - a 4ª via, arquivada pelo emitente.
Parágrafo único. Relativamente ao documento de que trata este artigo,
nas hipóteses dos incisos II a IV do artigo 190, a emissão será, no
mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via será entregue ao contratante ou usuário, nos casos dos
incisos II e III, e permanecerá em poder do emitente no caso do inciso
IV;
II - a 2ª via será arquivada pelo emitente.
Art. 195. Na prestação de serviço internacional:
I - na forma do artigo anterior, se a prestação se iniciar neste Estado;
II - com uma via adicional, quando se iniciar em outra unidade da
Federação, para ser entregue ao Fisco do local de embarque.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado não está dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

161
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

b) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador rodoviário de cargas, no


transporte intermunicipal, interestadual ou internacional.

“Art. 204. O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo


8, Anexo XVI, será utilizado por qualquer transportador que executar
serviço de transporte rodoviário intermunicipal, interestadual e
internacional, de cargas, em veículo próprio ou afretado, e conterá, no
mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo CFOP;
IV - local e data da emissão;
V - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição, no CGF e no CGC;
VI - identificação do remetente e do destinatário: nomes, endereços, e
os números de inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VII - percurso: local da coleta ou de recebimento e o da entrega;
VIII - quantidade e espécie dos volumes ou das peças;
IX - número da nota fiscal, o valor e a natureza da carga, bem como a
quantidade em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l);
X - identificação do veículo transportador: placa, local e Estado;
XI - condições do frete: pago ou a pagar;
XII - valores dos componentes do frete;
XIII - dados relativos a redespacho e ao consignatário, se for o caso;
XIV - valor total da prestação;
XV - base de cálculo do ICMS;
XVI - alíquota aplicável;
XVII - valor do ICMS;
XVIII - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas
série e subsérie, e o número da AIDF;
XIX - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, V, XVIII e XIX serão impressas.
§ 2º O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas será de
tamanho não inferior a 9,90 x 21,00 cm, em qualquer sentido.
§ 3º No transporte de carga fracionada, assim entendida a que
corresponda a mais de um conhecimento de transporte, serão
dispensadas as indicações do inciso X deste artigo, e a do artigo 252
caput, bem como as vias dos conhecimentos mencionados na alínea
"c" dos incisos I e II do artigo seguinte, desde que seja emitido manifesto
de carga, por veículo utilizado, antes do início da prestação do serviço.
§ 4º Fica facultada a emissão de um único Conhecimento de Transporte
Rodoviário de Cargas, englobando diversas notas fiscais do mesmo
tomador, desde que sob condição CIF e sejam relacionadas em
manifesto de cargas.
Art. 205. O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo
8, será emitido:
I - na prestação de serviço para destinatário, localizado neste Estado,
em 4 (quatro) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;
c) a 3ª via, remetida ao órgão local do seu domicílio fiscal;
d) a 4ª via, arquivada pelo emitente;
II - na prestação de serviços para destinatário localizado em outro
Estado, em 5 (cinco) vias, com a seguinte destinação:

162
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;


b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá
ser entregue ao destinatário;
c) a 3ª via acompanhará o transporte para fins de controle do Fisco
de destino;
d) a 4ª via acompanhará o transporte até o posto fiscal de saída deste
Estado, onde será retida para ser remetida à repartição de origem;
e) a 5ª via, arquivada pelo emitente;
III - na prestação de serviços internacionais:
a) na forma do inciso anterior, se a prestação se iniciar neste Estado;
b) com uma via adicional, quando se iniciar em outra unidade da
Federação, para ser entregue ao Fisco do local de embarque.
Art. 206. O Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas poderá
ser dispensado nos seguintes casos:
I - no transporte de carga própria, desde que se faça acompanhar da
nota fiscal correspondente e nela contenha corretamente os dados do
veículo transportador e a expressão: "transporte de carga própria";
II - no transporte de mercadoria pelo próprio vendedor, desde que se
faça acompanhar da nota fiscal correspondente e nela contenha,
corretamente, os dados do veículo transportador e o valor do frete esteja
destacado do valor da mercadoria;
III - na hipótese do inciso anterior não se exigirá o destaque do valor
referente ao frete nas prestações relativas às operações de venda com
preço CIF, devendo constar na nota fiscal que acompanhar a
mercadoria, a expressão: "frete incluído no preço da mercadoria.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado não está dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

c) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador aquaviário de cargas, no


transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 207 e 208 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento e o
destino de suas vias:

“Art. 207. O Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo


9, Anexo XVII, será utilizado por qualquer transportador que executar
serviço de transporte aquaviário intermunicipal, interestadual e
internacional, de cargas, e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo código
fiscal;
IV - local e data da emissão;
V - identificação do armador: nome, endereço e os números de inscrição,
no CGF e no CGC;
VI - identificação da embarcação;
VII - número da viagem;
VIII - porto de embarque;
IX - porto de desembarque;
X - porto de transbordo, se for o caso;
XI - identificação do embarcador;
XII - identificação do remetente e do destinatário: nomes, endereços, e
os números de inscrição estadual e no CGC ou CPF;
XIII - identificação do consignatário: nome, endereço e os números de
inscrição estadual e no CGC, se for o caso;

163
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

XIV - identificação da carga transportada: discriminação da mercadoria,


código, marca, número, quantidade, espécie, volume, unidade de medida
em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l) e o valor;
XV - valores dos componentes do frete;
XVI - valor total da prestação;
XVII - alíquota aplicável;
XVIII - valor do ICMS;
XIX - local e data do embarque;
XX - indicação do frete: pago ou a pagar;
XXI - assinatura do armador ou agente;
XXII - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série
e subsérie, e o número da AIDF;
XXIII - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, V, XXII e XXIII serão impressas.
§ 2º O Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas será de
tamanho não inferior a 21,0 x 30,0 cm, em qualquer sentido.
Art. 208. O Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, será
emitido:
I - na prestação de serviço para destinatário localizado neste Estado,
em 4 (quatro) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;
c) a 3ª via, remetida à repartição do seu domicílio fiscal;
d) a 4ª via, arquivada pelo emitente;
II - na prestação de serviço para destinatário localizado em outro
Estado, em (cinco) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;
c) a 3ª via acompanhará o transporte para fins de controle do Fisco
de destino;
d) a 4ª via acompanhará o transporte até o posto fiscal de saída deste
Estado, onde será retida para ser remetida à repartição de origem;
e) a 5ª via, arquivada pelo emitente;
III - na prestação de serviço internacional:
a) na forma do inciso anterior, se a prestação se iniciar neste Estado;
b) com uma via adicional, quando se iniciar em outra unidade da
Federação, para ser entregue ao Fisco do local de embarque.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

d) Conhecimento Aéreo

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador aéreo de cargas, no


transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 209 e 210 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento e o
destino de suas vias:

“Art. 209. O Conhecimento Aéreo, modelo 10, Anexo XVIII, será


utilizado pela empresa que executar serviço de transporte aéreo
intermunicipal, interestadual e internacional de cargas, e conterá, no
mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Conhecimento Aéreo";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;

164
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

III - natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo CFOP;


IV - local e data da emissão;
V - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
VI - identificação do remetente: nome, endereço, e os números de
inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VII - identificação do destinatário: nome, endereço e os números de
inscrição, estadual e no CGC, se for o caso;
VIII - local de origem;
IX - local de destino;
X - quantidade e a espécie de volumes ou de peças;
XI - número da nota fiscal, valor e a natureza da carga, bem como a
quantidade em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l);
XII - valores dos componentes do frete;
XIII - valor total da prestação;
XIV - base de cálculo do ICMS;
XV - alíquota aplicável;
XVI - valor do ICMS;
XVII - indicação do frete: pago ou a pagar;
XVIII - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série
e subsérie, e o número da AIDF.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, V e XVIII serão impressas.
§ 2º O Conhecimento Aéreo será de tamanho não inferior a 14,8 x 21,0
cm, em qualquer sentido.
Art. 210. O Conhecimento Aéreo, será emitido:
I - na prestação de serviço para destinatário, localizado neste Estado,
em 4 (quatro) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá
ser entregue ao destinatário;
c) a 3ª via, remetida ao órgão local do seu domicílio fiscal;
d) a 4ª via , arquivada pelo emitente;
II - na prestação de serviços para destinatário localizado em outro
Estado, em 5 (cinco) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;
c) a 3ª via acompanhará o transporte para fins de controle do Fisco de
destino;
d) a 4ª via, retida pelo Fisco do local do embarque, para ser remetida à
repartição do domicílio fiscal do emitente;
e) a 5ª via, arquivada pelo emitente;
III - na prestação de serviço internacional:
a) na forma do inciso anterior, se a prestação se iniciar neste Estado;
b) com uma via adicional, quando se iniciar em outra unidade da
Federação, para ser entregue ao Fisco do local de embarque.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado não está dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

165
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

e) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador ferroviário de cargas, no


transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 211 e 212 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento e o
destino de suas vias:

Art. 211. O Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo


11, anexo XIX, será utilizado pelo transportador que executar serviço de
transporte ferroviário intermunicipal, interestadual e internacional de
cargas e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - natureza da prestação do serviço, acrescida do respectivo CFOP;
IV - local e data da emissão;
V - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
VI - identificação do remetente: nome, endereço, e os números e
inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VII - identificação do destinatário: nome, endereço e os números de
inscrição estadual e no CGC, se for o caso;
VIII - procedência;
IX - destino;
X - condição de carregamento e a identificação do vagão;
XI - via de encaminhamento;
XII - quantidade e a espécie de volumes ou de peças;
XIII - número da nota fiscal, valor e a natureza da carga, bem como a
quantidade em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l);
XIV - valores dos componentes do frete, destacados dos não
tributáveis, podendo os de cada grupo serem lançados
englobadamente;
XV - valor total da prestação;
XVI - base de cálculo do ICMS;
XVII - alíquota aplicável;
XVIII - valor do ICMS;
XIX - indicação do frete: pago ou a pagar;
XX - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie, e o número da AIDF;
XXI - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, V, XX e XXI serão impressas.
§ 2º O Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas será de
tamanho não inferior a 19,0 x 28,0 cm, em qualquer sentido.
Art. 212. O Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas será
emitido:
I - na prestação de serviço para destinatário, localizado neste Estado,
em 4 (quatro) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;
c) a 3ª via, remetida ao órgão local do seu domicílio;
d) a 4ª via, arquivada pelo emitente;
II - na prestação de serviços para destinatário localizado em outro
Estado, em 5 (cinco) vias, com a seguinte destinação:
a) a 1ª via, entregue ao tomador do serviço;
b) a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, quando deverá ser
entregue ao destinatário;

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Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

c) a 3ª via acompanhará o transporte para fins de controle do Fisco de


destino;
d) a 4ª via, retida pelo Fisco do local do embarque, para ser remetida
à repartição do domicílio fiscal do emitente;
e) a 5ª via, arquivada pelo emitente;
III - na prestação de serviço internacional:
a) na forma do inciso anterior, se a prestação se iniciar neste Estado;
b) com uma via adicional, quando se iniciar em outra unidade da
Federação, para ser entregue ao Fisco do local de embarque.

Observamos ainda que o documento ora apreciado não está dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

f) Bilhete de Passagem Rodoviário

Documento fiscal a ser emitido pelo


transportador rodoviário de
passageiros, no transporte
intermunicipal, interestadual ou
internacional. Os Art. 230 e 231 do
Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplinam a formatação deste
documento e o destino de suas vias.

Figura 0015 – Bilhete de Passagem

“Art. 230. O Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13, Anexo XXVI,


será utilizado por transportador que executar serviço de transporte
rodoviário intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros e
conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Bilhete de Passagem Rodoviário";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - datas da emissão e da hora do embarque;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - percurso;
VI - valor do serviço, bem como dos acréscimos a qualquer título;
VII - valor total da prestação;
VIII - local ou o respectivo código da matriz, filial, agência, posto ou
veículo onde for emitido o bilhete de passagem;
IX - observação: "O passageiro manterá em seu poder este bilhete
para fins de fiscalização em viagem";
X - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie e o número da AIDF;
XI - prazo de validade.
Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, IV, IX, X e XI serão
impressas, e o documento será de tamanho não inferior a 5,20 x 7,40
cm, em qualquer sentido.
Art. 231. O Bilhete de Passagem Rodoviário será emitido, no mínimo, em
2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via ficará em poder do emitente;

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Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

II - a 2ª via será entregue ao passageiro, que deverá conservá-la


durante a viagem.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

g) Bilhete de Passagem Aquaviário

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador aquaviário de passageiros,


no transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 232 e 233
do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento
e o destino de suas vias:

“Art. 232. O Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14, Anexo XXVII,


será utilizado por transportador que executar serviço de transporte
aquaviário intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros e
conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Bilhete de Passagem Aquaviário";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - datas da emissão e da hora do embarque;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - percurso;
VI - valores do serviço e dos acréscimos a qualquer título;
VII - valor total da prestação;
VIII - local de emissão;
IX - observação: "O passageiro manterá em seu poder este bilhete
para fins de fiscalização em viagem;
X - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série
e subsérie e o número da AIDF;
XI - prazo de validade.
Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, IV, IX, X e XI serão
impressas, e o documento será de tamanho não inferior a 5,2 x 7,4 cm,
em qualquer sentido.
Art. 233. O Bilhete de Passagem Aquaviário será emitido, no mínimo, em
2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via ficará em poder do emitente;
II - a 2ª via, entregue ao passageiro, que deverá conservá-la durante a
viagem.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

h) Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador aéreo de passageiros, no


transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 234 a 235 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento e o
destino de suas vias:

Art. 234. O Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem, modelo 15, Anexo


XXVIII, será utilizado por transportador que executar serviço de
transporte aeroviário intermunicipal, interestadual e internacional de
passageiros e conterá, no mínimo, as seguintes indicações:

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Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

I - denominação "Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem";


II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - data e local de emissão;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - identificação do vôo e da classe;
VI - local, data, hora do embarque e o local de destino e, quando
houver, o do retorno;
VII - nome do passageiro;
VIII - valores do serviço e dos acréscimos a qualquer título;
IX - valor total da prestação;
X - observação: "O passageiro manterá em seu poder este bilhete para
fins de fiscalização em viagem";
XI - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie e o número da AIDF, quando exigido;
Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, IV, X e XI serão
impressas, e o documento será de tamanho não inferior a 8,0 x 18,5 cm,
em qualquer sentido.
Art. 235. O Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem será emitido, no
mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via ficará em poder do emitente;
II - a 2ª via, entregue ao passageiro, que deverá conservá-la durante
a viagem.
Parágrafo único. Poderão ser acrescidas vias adicionais para os casos
de mais de um destino ou retorno, no mesmo bilhete.

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

i) Bilhete de Passagem Ferroviário

Documento fiscal a ser emitido pelo transportador ferroviário de passageiros,


no transporte intermunicipal, interestadual ou internacional. Os Art. 236 e 237
do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento
e o destino de suas vias:

“Art. 236. O Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16, Anexo XXIX,


será utilizado por transportador que executar serviço de transporte
ferroviário intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros e
conterá, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Bilhete de Passagem Ferroviário";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - datas da emissão e da data e hora do embarque;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - percurso;
VI - valores do serviço e dos acréscimos a qualquer título;
VII - valor total da prestação;
VIII - local de emissão;
IX - observação: "O passageiro manterá em seu poder este bilhete
para fins de fiscalização em viagem";
X - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas
série e subsérie e o número da AIDF;

169
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Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Parágrafo único. As indicações dos incisos I, II, IV, IX e X serão


impressas e o documento será de tamanho não inferior a 5,2 x 7,4
cm, em qualquer sentido.
Art. 237. O Bilhete de Passagem Ferroviário será emitido, no mínimo,
em 2 (duas) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via ficará em poder do emitente;
II - a 2ª via, entregue ao passageiro, que deverá conservá-la durante a
viagem.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

j) Despacho de Transporte

Documento fiscal utilizado por transportador que contratar o serviço autônomo


para complementar a execução do serviço diverso do original, cujo preço tenha
sido cobrado até o destino da carga, em substituição ao conhecimento
apropriado. Os Art. 224 e 225 do Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplinam a formatação deste documento e o destino de suas vias:

“Art. 224. O Despacho de Transporte, modelo 17, Anexo XXIV, será


emitido pela empresa transportadora que contratar transportador
autônomo para complementar a execução do serviço em meio de
transporte diverso do original, cujo preço tenha sido cobrado até o
destino da carga, em substituição ao conhecimento apropriado.
Parágrafo único. Somente será permitida a adoção do documento
previsto neste artigo em prestação interestadual, se a empresa
contratante possuir estabelecimento inscrito neste Estado.
Art. 225. O documento referido no artigo anterior conterá, no mínimo, as
seguintes indicações:
I - denominação "Despacho de Transporte";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - local e data da emissão;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - procedência;
VI - destino;
VII - remetente;
VIII - informações relativas ao conhecimento originário e o número de
cargas desmembradas;
IX - número da nota fiscal, valor e natureza da carga, bem como a
quantidade em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l);
X - identificação do transportador: nome, CPF, inscrição no INSS, placa
do veículo/UF, número do certificado de registro do veículo, número da
carteira de habilitação e endereço completo;
XI - cálculo do frete pago ao transportador: valor do frete, INSS
reembolsado, IR-fonte e valor líquido pago, e o valor do ICMS retido;
XII - assinatura do transportador;
XIII - assinatura do emitente;
XIV - nome, endereço, números de inscrição, estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie, e o número da AIDF;
XV - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, IV, XIV e XV serão impressas.
§ 2º O Despacho de Transporte será emitido antes do início da prestação
do serviço e individualizado para cada veículo, no mínimo, em 3 (três)
vias, que terão a seguinte destinação:

170
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

I - a 1ª e 2ª vias serão entregues ao transportador;


II - a 3ª via, arquivada pelo emitente.
§ 3º Quando for contratada complementação e transporte por empresa
estabelecida em Estado diverso do da execução do serviço, a 1ª via do
documento, após o transporte, será enviada à empresa contratante, para
efeito de apropriação do crédito do imposto retido.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

k) Resumo de Movimento Diário

Documento fiscal utilizado por transportador que mantiver uma única inscrição
neste Estado, para fins de escrituração de documento emitido por agência,
posto, filial ou no próprio veículo.

Este documento é também utilizado para englobar bilhetes de passagem pelas


empresas de transportes de passageiros com inscrição centralizada, cuja
venda das passagens seja feita nos postos, agências de passagens, etc. Os
Art. 238 a 240 do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação
deste documento e o destino de suas vias:

“Art. 238. O Resumo de Movimento Diário, modelo 18, Anexo XXX, será
utilizado por empresa transportadora que mantiver uma única inscrição
neste Estado, para fins de escrituração de documento emitido por
agência, posto, filial ou veículo e conterá, no mínimo, as seguintes
indicações:
I - denominação "Resumo de Movimento Diário";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - data de emissão;
IV - identificação do estabelecimento centralizador: nome, endereço e os
números de inscrição no CGF e no CGC;
V - identificação do emitente: nome endereço e os números de inscrição
no CGF e no CGC;
VI - numeração, série e subsérie dos documentos emitidos e a
denominação do documento;
VII - valor contábil;
VIII - codificação: contábil e fiscal;
IX - os valores fiscais: base de cálculo, alíquota e imposto debitado;
X - os valores fiscais sem débito do imposto: isento ou não tributado e
outros;
XI - soma das colunas IX e X;
XII - campo destinado a observações;
XIII - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie e o número da AIDF.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, IV, e XIII serão impressas e o
documento será de tamanho não inferior a 21,0 x 29,5 cm, em qualquer
sentido.
§ 2º Na hipótese do inciso III do artigo 246, a indicação prevista no
inciso VI deste artigo, será substituída pelo número registrado no
contador na primeira e na última viagem, bem como pelo número de
voltas a 0 (zero), quando ultrapassada a sua capacidade de acumulação.
Art. 239. O Resumo de Movimento Diário deverá ser emitido
diariamente, no mínimo, em 2 (duas) vias, que terão a seguinte
destinação:

171
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

I - a 1ª via será enviada pelo emitente ao estabelecimento centralizador,


para lançamento no livro Registro de Saídas, que deverá mantê-la à
disposição do Fisco;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente.
Art. 240. Cada estabelecimento, seja matriz, filial, agência ou posto emitirá
o Resumo de Movimento Diário, de acordo com a distribuição efetuada
pelo estabelecimento centralizador, lançada no Livro Registro de
Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.”

Este documento é dispensado da fixação de selo de autenticidade

l) Ordem de Coleta de Cargas

Documento fiscal utilizado por transportador que executa serviço de coleta de


cargas no endereço do remetente. O Art. 223 do Decreto 24.569/1997, in
verbis, disciplina a formatação deste documento e o destino de suas vias:

“Art. 223. O estabelecimento transportador que executar serviço de


coleta de cargas no endereço do remetente emitirá o documento
"Ordem de Coleta de Cargas", modelo 20, Anexo XXIII, que conterá, no
mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Ordem de Coleta de Cargas";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - local e data de emissão;
IV - identificação do emitente: nome e o endereço;
V - identificação do cliente: nome e o endereço;
VI - quantidade de volumes a serem coletados;
VII - número e data do documento fiscal que acompanhar a mercadoria
ou bem;
VII - assinatura do recebedor;
IX - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e
subsérie, e o número da AIDF;
X - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, IV, IX e X serão impressas e o
documento de tamanho não inferior a 14,8 x 21,0 cm, em qualquer
sentido.
§ 2º A Ordem de Coleta de Cargas será emitida antes da coleta da
mercadoria ou bem e destinar-se-á a documentar o trânsito ou
transporte interno da carga coletada, do endereço do remetente até o do
transportador, onde será emitido o respectivo Conhecimento de
Transporte.
§ 3º Quando do recebimento da carga no estabelecimento do
transportador que promoveu a coleta, será emitido, obrigatoriamente, o
conhecimento de transporte correspondente a cada carga coletada.
§ 4º Quando da coleta de mercadoria ou bem, a ordem de Coleta de
Cargas será emitida, no mínimo, em 3 (três) vias, que terão a seguinte
destinação:
I - a 1ª via acompanhará a carga coletada desde o endereço do
remetente até o do transportador, devendo ser arquivada após a
emissão do respectivo conhecimento;
II - a 2ª via, entregue ao remetente;
III - a 3ª via, arquivada pelo emitente.
§ 5º Fica dispensada a Ordem de Coleta de Cargas, desde que a coleta
seja no mesmo município em que esteja sediado o transportador, e a
mercadoria ou bem estejam acompanhados de nota fiscal com indicação
do transportador como responsável pelo frete.”

172
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

m) Conhecimento de Transporte Avulso

Assim como a Nota Fiscal Avulsa, já tratada neste capítulo, cabe ao agente do
Fisco providenciar a emissão de Conhecimento de Transporte Avulso, para as
operações iniciadas neste Estado, promovidas por pessoas físicas, ou por
pessoas jurídicas sem inscrição no CGF e outros casos definidos na legislação
específica. Deve o agente adotar os cuidados necessários para que o
documento não seja expedido antes do recolhimento do ICMS nele destacado,
quando for o caso. Os Art. 213 e 214 do Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplinam a formatação deste documento e o destino de suas vias:

“Art. 213. O Conhecimento de Transporte Avulso, série única, Anexo XX,


será emitido pelos órgãos e agentes fiscais, em substituição ao
Conhecimento Aquaviário de Cargas e o Conhecimento Aéreo, quando;
I - o serviço for prestado por pessoa física ou jurídica, autônoma ou
não, não inscrita no CGF;
II - a prestação do serviço tiver início onde o contribuinte não possua
estabelecimento inscrito, nem conhecimento de transporte de
estabelecimento com inscrição no CGF em outro município deste
Estado;
III - o serviço for prestado por contribuinte que, mesmo sendo
inscrito no CGF neste Estado, não tenha como atividade econômica
principal a prestação de serviço de transporte, salvo a hipótese de carga
própria.
Art. 214. O Conhecimento de Transporte Avulso, será emitido, no
mínimo em 4 (quatro) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via, ao tomador do serviço;
II - a 2ª via acompanhará o transporte até o destino, podendo servir de
comprovante de entrega;
III - a 3ª via, arquivo do órgão emitente;
IV - a 4ª via acompanhará o transporte e destinar-se-á ao controle do
Fisco local nas prestações internas, ou ao do Estado destinatário, nas
interestaduais.

Observamos ainda que o documento ora apreciado não está dispensado da


fixação de selo de autenticidade em sua primeira via.

n) Autorização para Carregamento e Transporte

Documento fiscal emitido por empresa de transporte de cargas a granel, de


combustível líquido ou gasoso e de produto químico ou petroquímico, que no
momento da contratação do serviço não conheça os dados relativos a peso ou
distância, necessários à determinação do valor da prestação do serviço, para
posterior emissão de Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas,
devendo a Autorização para Carregamento e Transporte ser emitido antes do
Conhecimento de Transporte. O Conhecimento, por sua vez, deverá ser
emitido em até 10 dias da emissão da Autorização. Os Art. 217 a 222 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplinam a formatação deste documento e o
destino de suas vias e o tratamento a ser dado na emissão do Conhecimento
de Transporte:

173
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

“Art. 217. A Autorização para Carregamento e Transporte, modelo 24,


Anexo XXII, poderá ser utilizada por empresa de transporte de cargas a
granel, de combustível líquido ou gasoso e de produto químico ou
petroquímico, que no momento da contratação do serviço não conheça
os dados relativos a peso ou distância, necessários à determinação do
valor da prestação do serviço, para posterior emissão de Conhecimento
de Transporte Rodoviário de Cargas.
Art. 218. O documento referido no artigo anterior conterá, no mínimo, as
seguintes indicações:
I - denominação "Autorização de Carregamento e Transporte";
II - número de ordem, série, subsérie e o número da via;
III - local e data da emissão;
IV - identificação do emitente: nome, endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
V - identificação do remetente: nome, endereço, e os números de
inscrição estadual e no CGC ou CPF;
VI - identificação relativa ao consignatário;
VII - número da nota fiscal, valor e a natureza da carga, bem como a
quantidade em quilograma (kg), metro cúbico (m3) ou litro (l);
VIII - local de carga e descarga, com as respectivas datas, horários e
quilometragem inicial e final;
IX - assinatura do emitente e do destinatário;
X - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do
impressor do documento, data, quantidade de impressão, número de
ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas
série e subsérie, e o número da AIDF;
XI - prazo de validade.
§ 1º As indicações dos incisos I, II, IV, X e XI serão impressas.
§ 2º A Autorização de Carregamento e Transporte será de tamanho não
inferior a 14,8 x 21,0 cm, em qualquer sentido.
§ 3º Na Autorização para Carregamento e Transporte deverá ser
anotado o número, a data e a série do Conhecimento Rodoviário de
Cargas e a indicação que a sua emissão ocorreu na forma deste artigo.
§ 4º Os dados relativos ao peso real, data e horário da descarga e
quilometragem final, serão preenchidos por ocasião da entrega da
carga.
Art. 219. A Autorização de Carregamento e Transporte será emitida, no
mínimo, em 6 (seis) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via será acompanhará o transporte e retornará ao emitente para
emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas,
devendo ser arquivada juntamente com a via fixa do conhecimento;
II - a 2ª via acompanhará o transporte para fins de controle do Fisco
do Estado de origem;
III - a 3ª via, entregue ao destinatário;
IV - a 4ª via, entregue ao remetente;
V - a 5ª via acompanhará o transporte e destinar-se-á ao controle do
Fisco do Estado de destino;
VI - a 6ª via, arquivada pelo emitente.
Art. 220. O transportador deverá emitir o Conhecimento de Transporte
Rodoviário de Cargas correspondente à Autorização para Carregamento
e Transporte no momento do retorno da 1ª via deste documento, cujo
prazo não poderá ser superior a 10 (dez) dias, contados da data de sua
emissão.
Parágrafo único. Para fins de apuração e recolhimento do ICMS será
considerada a data da emissão da Autorização para Carregamento e
Transporte.
Art. 221. A utilização pelo transportador do regime de que trata esta
Seção fica vinculada:
I - à prévia inscrição no CGF;

174
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

II - à apresentação das informações econômico-fiscais previstas na


legislação;
III - recolhimento do tributo devido, na forma e prazos estabelecidos.
Art. 222. O descumprimento das obrigações tributárias poderá implicar
na exclusão do contribuinte do exercício da faculdade prevista nesta
Seção.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

o) Manifesto de Carga

Documento fiscal utilizado no transporte de carga fracionada, assim entendida


a que corresponder a mais de um Conhecimento de Transporte, no mesmo
veículo utilizado. Os Art. 226 e 227 do Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplinam a formatação deste documento e o destino de suas vias:

“Art. 226. O Manifesto de Carga, modelo 25, Anexo XXV, será utilizado
no transporte de carga fracionada, assim entendida a que corresponder
a mais de um Conhecimento de Transporte, por veículo utilizado,
contendo no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação "Manifesto de Carga";
II - número de ordem;
III - identificação do emitente: nome, endereço, números de inscrição no
CGF e no CGC;
IV - local e data da emissão;
V - identificação do veículo transportador, local e unidade da
Federação;
VI - identificação do condutor do veículo;
VII - números de ordem, as séries e subséries dos conhecimentos de
Transporte;
VIII - números das notas fiscais;
IX - nome do remetente;
X - nome do destinatário;
XI - valor das mercadorias.
Art. 227. O documento referido no artigo anterior será emitido, no
mínimo, em 3 (três) vias, que terão a seguinte destinação:
I - a 1ª via acompanhará o transporte e servirá para uso do
transportador;
II - a 2ª via acompanhará o transporte para fins de fiscalização e
poderá ser retida pelo Fisco;
III - a 3ª via, arquivada pelo emitente.”

Observamos ainda que o documento ora apreciado está dispensado da fixação


de selo de autenticidade em sua primeira via.

175
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

p) Outras Informações relativas ao transporte e respectivos


documentos

Ainda dispomos de outros instrumentos de controle necessários à boa


prestação do serviço e à satisfação do cliente.

1. Facilidade ao transporte de passageiros

O transporte de passageiros, em consonância com o disposto no Art. 246 do


Decreto 24.569/1997, dispõe de outras formas de efetuar a prestação de seus
serviços, inclusive com o uso de equipamento fiscal, sendo indispensável a
autorização do Fisco a requerimento do interessado.

“Art. 246. O estabelecimento que prestar serviço de transporte de


passageiros poderá:
I - emitir bilhete de passagem mediante perfuração, picotamento ou
assinalação, em todas as vias, os dados relativos à viagem, contendo
impressas, além das indicações exigidas, os nomes das localidades e
paradas autorizadas, obedecendo a seqüência das seções permitidas
pelos órgãos concedentes;
II - emitir bilhetes de passagem por meio de equipamento de uso fiscal,
desde que:
a) o procedimento tenha sido autorizado pelo Fisco mediante pedido
formulado nos termos da legislação pertinente;
b) sejam lançados no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais
e Termos de Ocorrências, os dados exigidos na alínea anterior;
c) os cupons contenham as indicações exigidas pela legi1slação
específica;
III - efetuar a cobrança da passagem por meio de contadores (catraca ou
similar) com dispositivo de irreversibilidade, desde que o procedimento
tenha sido autorizado pelo Fisco, mediante pedido contendo os dados
identificadores dos equipamentos, a forma de registro das prestações no
livro fiscal próprio e os locais em que serão utilizados (agência, filial,
posto ou veículo), na hipótese de transporte em linha com preço único."

2. O Transporte Intermodal

Por transporte intermodal se entenda aquele prestado por mais de uma via ou
meio de transporte. Exemplo: A mercadoria sai de nossa fábrica, em Juazeiro
do Norte, em três vagões, formato containeres de 40 pés, de um trem de carga
e segue até o Porto do Pecém, onde é colocada a bordo de um navio
cargueiro, com destino à cidade de Santos. Lá chegando, cada container é
colocado sobre a carroceria de um caminhão, que trafega pela Rodovia BR
101, até a cidade de São Bernardo, onde se situa o destinatário de nossa
mercadoria. Para o caso em tela, foram utilizados: transporte ferroviário,
transporte aquaviário e transporte rodoviário, em trechos distintos e bem
resolvidos do serviço.

Quando ocorrer contrato de transporte dessa forma, além de observar o


disposto nos diversos comandos da legislação supra para cada conhecimento
de transporte, deverá ser observado o disposto no Art. 229 do Decreto
24.569/1997, in verbis:

176
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

“Art. 229. No transporte intermodal o conhecimento será emitido pelo


preço total do serviço, devendo o imposto ser recolhido à unidade da
Federação onde se iniciar a prestação, observando o seguinte:
I - o conhecimento de transporte poderá ser acrescido dos elementos
necessários à caracterização do serviço, incluídos dados referentes ao
veículo transportador e a indicação de sua modalidade;
II - no inicio de cada modalidade de transporte será emitido o
conhecimento de transporte correspondente ao serviço executado;
III - para fins de apuração do imposto, será lançado, a débito, o valor do
conhecimento intermodal e, a crédito, o do conhecimento emitido quando
da realização de cada modalidade da prestação.”

3. A Inscrição Centralizada

Outra facilidade conferida pelo Fisco ao transportador é a possibilidade de


manter diversos estabelecimentos neste Estado com apenas uma inscrição
estadual, simplificando o processo cadastral e reduzindo os custos burocráticos
relacionados com o cumprimento das obrigações tributárias. A centralização
exige que o estabelecimento centralizador cumpra a totalidade das obrigações
acessórias das demais filiais aqui estabelecidas. Para tanto, devem ser
observadas, ainda, as disposições do Art. 241 do Decreto 24.569/1997, in
verbis:

“Art. 241. As empresas prestadoras de serviço de transporte poderão, a


critério do Fisco, manter uma única inscrição neste Estado, desde que:
I - no campo "observações" ou no verso da AIDF sejam indicados os
locais, mesmo que através de código, em que serão emitidos os
documentos fiscais;
II - o estabelecimento inscrito mantenha controle de distribuição dos
documentos fiscais para os diversos locais de emissão;
III - o estabelecimento inscrito centralize os registros e as informações
fiscais e mantenha, à disposição do Fisco, os documentos relativos a
todos os locais envolvidos;
IV - emita o Resumo de Movimento Diário, por local de início da
prestação de serviço.
Parágrafo único. As empresas de transportes poderão emitir, por
Estado, o Resumo de Movimento Diário, na sede da empresa, com base
em demonstrativo de venda de bilhete de passagem, ou
conhecimentos emitidos por agência, posto, filial ou veículo, desde
que a escrituração seja feita nos livros próprios de cada Estado.”

4. O Redespacho

Na operação com mercadoria recebida por um transportador, para redespacho,


será observado o disposto no Art. 241 do Decreto 24.569/1997, in verbis:

Art. 228. Quando o serviço de transporte de carga for efetuado por


redespacho, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
I - o transportador que receber a carga para redespacho:
a) emitirá o conhecimento de transporte, lançando o frete e o imposto
correspondente ao serviço que lhe couber executar, bem como os
dados relativos ao redespacho;
b) anexará à 2ª via do conhecimento de transporte, emitido na forma da
alínea anterior, a 2ª via do conhecimento de transporte que acobertou a
prestação do serviço até o seu estabelecimento, os quais
acompanharão a carga até o seu destino;

177
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

c) entregará ou remeterá a 1ª via do conhecimento de transporte, emitido


na forma da alínea "a" deste inciso, ao transportador contratante do
redespacho, dentro de 05 (cinco) dias, contados da data do
recebimento da carga;
II - o transportador contratante do redespacho:
a) anotará na via do conhecimento que fica em seu poder (emitente),
referente à carga redespachada, o nome e endereço de quem aceitou o
redespacho, bem como o número, a série e subsérie e a data do
conhecimento referido na alínea "a" do inciso I, deste artigo;
b) arquivará em pasta própria os conhecimentos recebidos do
transportador para o qual redespachou a carga, para efeito de
comprovação de crédito do ICMS, quando for o caso.

5. Outras disposições relacionadas ao transporte

Os Art. 242 a 259 do Decreto 24.569/1997, in verbis, estabelecem diversas


regras e limitações ao serviço de transporte, sua cobrança, e inclusive a
dispensa de emissão dos respectivos conhecimentos:

“Art. 242. Constitui serviço de transporte de pessoas aquele efetuado


mediante preço, percurso, horário prefixado ou não, assim como
qualquer outra forma contratual por autônomo, particular ou empresa
transportadora.
Art. 243. Constitui serviço de transporte de cargas aquele através do
qual são transportados bem, mercadoria e valores por empresa
transportadora, transportador autônomo ou qualquer pessoa física ou
jurídica, independentemente de preço ou remuneração.
Art. 244. Quando a prestação do serviço de transporte for efetuada por
empresa transportadora e se relacionar a uma operação de circulação de
mercadoria com preço CIF, será obrigatório o acompanhamento da
carga pelo conhecimento de transporte e o valor do frete será
incorporado ao preço da mercadoria, hipótese em que o imposto será
calculado sobre o valor total, devendo constar na nota fiscal, a
expressão "frete incluído no preço da mercadoria".
NOTA: O art. 2º do Decreto nº 28.395, de 21/09/2006, renumerou o
parágrafo único em § 1º e acrescentou o § 2º ao art. 244º, nos seguintes
termos:
§ 1º Na hipótese deste artigo, o conhecimento de transporte será emitido
pelo transportador e o imposto correspondente se constituirá credito
fiscal para o remetente, quando este for contribuinte do imposto.
§ 2º Mediante solicitação do contratante, tomador do serviço, a
Secretaria da Fazenda, na forma dos artigos 567 e 568, poderá autorizar
a dispensa do conhecimento de transporte a cada prestação, para, no
mínimo, uma única emissão globalizando as prestações de serviços
realizadas durante o mês, sem destaque do imposto, desde que:
I - na nota fiscal, acobertadora da operação, conste a dispensa do
conhecimento de transporte a cada prestação, seguido da indicação do
número e data do termo de acordo celebrado;
II - no contrato da prestação do serviço, conste explicitamente, que o
contratante, tomador do serviço, será o responsável pelo recolhimento
do imposto correspondente mediante a inclusão do valor da mencionada
prestação no valor da operação por ele realizada.
Art. 245. Na prestação de serviço de transporte de carga, o contribuinte
do ICMS poderá creditar-se do imposto referente à prestação de serviço
de transporte contratada com transportador autônomo e relativas à
circulação de bem ou mercadoria com preço CIF, quando couber.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o contribuinte emitirá nota
fiscal com destaque do imposto sobre valor total, fazendo constar no seu
corpo a expressão: "frete incluído no preço da mercadoria".

178
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Art. 246. O estabelecimento que prestar serviço de transporte de


passageiros poderá:
I - emitir bilhete de passagem mediante perfuração, picotamento ou
assinalação, em todas as vias, os dados relativos à viagem, contendo
impressas, além das indicações exigidas, os nomes das localidades e
paradas autorizadas, obedecendo a sequência das seções permitidas
pelos órgãos concedentes;
II - emitir bilhetes de passagem por meio de equipamento de uso fiscal,
desde que:
a) o procedimento tenha sido autorizado pelo Fisco mediante pedido
formulado nos termos da legislação pertinente;
b) sejam lançados no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais
e Termos de Ocorrências, os dados exigidos na alínea anterior;
c) os cupons contenham as indicações exigidas pela legislação
específica;
III - efetuar a cobrança da passagem por meio de contadores (catraca
ou similar) com dispositivo de irreversibilidade, desde que o
procedimento tenha sido autorizado pelo Fisco, mediante pedido
contendo os dados identificadores dos equipamentos, a forma de registro
das prestações no livro fiscal próprio e os locais em que serão utilizados
(agência, filial, posto ou veículo), na hipótese de transporte em linha
com preço único.
Parágrafo único. O transportador de passageiro, estabelecido neste
Estado, que remeter blocos de bilhetes de passagem para serem
vendidos em outras unidades da Federação, deverá anotar no livro
Registro de utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências o
número inicial e final dos Bilhetes remetidos e o local onde serão
emitidos, inclusive do Resumo do Movimento Diário.
Art. 247. A emissão dos conhecimentos de transporte, modelos 8 a 11,
poderá ser dispensada pelo Fisco estadual, a cada prestação, na
hipótese de transporte vinculado a contrato que envolva repetidas
prestações de serviço, sendo obrigatório que:
I - na nota fiscal, acobertadora da carga, constem a dispensa e a
indicação do respectivo despacho concessório;
II - o condutor do veículo, porte, para exibição ao Fisco, o original ou
cópia reprográfica do documento mencionado no inciso anterior.
Parágrafo único. A emissão de conhecimento de transporte, na forma
deste artigo, não poderá ultrapassar o período de apuração
correspondente à prestação do serviço.
Art. 248. No retorno de mercadoria ou bem, que por qualquer motivo
não foi entregue ao destinatário, o conhecimento de transporte original
servirá para acobertar a prestação de retorno ao remetente, desde que
observado o motivo no seu verso.
Art. 249. Para efeito de emissão de documento fiscal, não caracteriza
início de nova prestação de serviço de transporte o caso de transbordo
de cargas, de turistas ou outras pessoas ou de passageiros, realizado
pela empresa transportadora, ainda que através de estabelecimento
situado no mesmo ou em outro Estado, desde que seja utilizado veículo,
como definido no artigo 253 deste Decreto, e que no documento fiscal
respectivo sejam mencionados o local de transbordo e as condições
que o ensejaram.
Art. 250. Na hipótese de cancelamento de bilhete de passagem,
havendo restituição de valor ao usuário, o documento fiscal deverá
conter assinatura, identificação e endereço do adquirente que solicitou
o cancelamento, bem como a do chefe da agência, posto ou veículo que
efetuou a venda, com a devida justificativa.
Parágrafo único. Os bilhetes de passagem cancelados na forma deste
artigo, caso já tenham sido escriturados deverão constar em
demonstrativo próprio, elaborado no final do período da apuração, para
fins de dedução do seu valor da base de cálculo do imposto.

179
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Art. 251. As primeiras vias dos conhecimentos de transporte de que


tratam as Seções I, II, III e IV do Capítulo VII deste Livro, deverão ser
entregues ao tomador do serviço até o momento de sua conclusão.
§ 1º Na impossibilidade de ser cumprido o prazo estabelecido no caput, a
entrega poderá ser feita, no máximo, até o 3º (terceiro) dia do mês
subsequente ao da prestação.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, tomador é aquele que realizar o
pagamento do preço do serviço contratado.
Art. 252. O transportador que subcontratar outro transportador para dar
início à execução do serviço, emitirá conhecimento de transporte,
fazendo constar no campo "Observações" deste ou, se for o caso, do
Manifesto de Carga, a expressão: "Transporte subcontratado", seguido
da identificação do veículo e do seu proprietário.
§ 1º Entende-se por subcontratação, para efeito da legislação do ICMS,
aquela firmada na origem da prestação do serviço, por opção do
transportador de não realizar o serviço em veículo próprio.
§ 2º Para fins exclusivos do ICMS, fica a empresa subcontratada
dispensada da emissão de conhecimento de transporte, sendo a
prestação do serviço acobertada pelo conhecimento referido no caput
deste artigo.
Art. 253. Para efeito do disposto nesta Seção, considera-se veículo
próprio, além do que se achar registrado em nome da pessoa, aquele
por ela operado em regime de locação ou a qualquer título.
Parágrafo único. Considera-se regime de locação ou forma similar as
hipóteses em que o contrato respectivo assegure ao locatário a posse
contínua do veículo, e que possa utilizá-lo como próprio, durante todo o
tempo de duração do contrato, nunca inferior a 30 (trinta) dias,
constando, no mínimo:
I - qualificação dos contratantes;
II - identificação do veículo;
III - prazo de duração;
IV - condições de pagamento.
Art. 254. Na prestação de serviço de transporte de mercadoria abrangida
por benefício fiscal, com destino à Zona Franca de Manaus, havendo
necessidade de utilização de via adicional, esta poderá ser substituída
por cópia reprográfica da 1ª via do documento de transporte.
Art. 255. Na prestação internacional poderão ser exigidas tantas vias do
conhecimento de transporte quantas forem necessárias para o controle
dos demais órgãos fiscalizadores.
Art. 256. No transporte internacional, o conhecimento de transporte
poderá ser redigido em língua estrangeira, bem como os valores
expressos em moeda estrangeira, segundo acordos internacionais.
Art. 257. No caso de haver excesso de bagagem, a empresa de
transporte de passageiros emitirá, para cada prestação, o conhecimento
apropriado.
Art. 258. Em substituição ao documento referido no artigo anterior,
poderá a empresa emitir, ao final do período de apuração, uma única
Nota Fiscal de Serviço de Transporte, englobando as prestações
relativas a excesso de bagagem ocorridas no período de apuração,
desde que, para cada prestação, seja emitido documento da própria
empresa, contendo, no mínimo, as seguintes indicações:
I - denominação do documento, que deverá conter a expressão:
"Excesso de Bagagem";
II - identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de
inscrição no CGF e no CGC;
III - número de ordem e o número da via;
IV - preço do serviço;
V - local e data da emissão;

180
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

VI - nome, endereço, números de inscrição estadual e no CGC do


impressor do documento, data e quantidade de impressão e o número de
ordem do primeiro e do último documento impresso.
§ 1º As indicações dos incisos I, II e VI serão impressas.
§ 2º A Nota Fiscal de Serviço de Transporte, emitida na forma deste
artigo conterá, além dos requisitos exigidos, a numeração dos
documentos de excesso de bagagem a que se referem.
Art. 259. O documento de excesso de bagagem será emitido antes do
início da prestação do serviço, no mínimo, em 2 (duas) vias que terão a
seguinte destinação:
I - a 1ª via, entregue ao usuário do serviço;
II - a 2ª via, arquivada pelo emitente.

181
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

3 – Os Livros Fiscais

Como livros fiscais. compreendemos previamente encadernados, chancelados


e escritos manualmente nas diversas modalidades, para registrar as operações
e prestações realizadas e apurar, periodicamente, o imposto, de forma
sistemática. Podem também ser escriturados de forma mecanográfica ou
eletrônica, conforme dispuser a autorização do fisco para estes livros.

a. Livros Fiscais Obrigatórios

Os contribuintes e as pessoas obrigadas à inscrição deverão manter, em cada


um dos estabelecimentos, os seguintes livros fiscais (Art. 260 RICMS), de
conformidade com as operações que realizarem:

Modelo Livro
1 Registro de Entradas
1-A Registro de Entradas
2 Registro de Saídas
2-A Registro de Saídas
3 Registro de Controle da Produção133 e do Estoque
4 Registro do Selo Especial de Controle
5 Registro de Impressão de Documentos Fiscais
6 Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências
7 Registro de Inventário
8 Registro de Apuração do IPI
9 Registro de Apuração do ICMS
Tabela 0036 – Livros Fiscais

Os livros fiscais somente poderão ser usados se visados, em consonância ao


disposto no § 2º Art. 261 do Decreto 24.569/1997, in verbis, pela repartição
competente do domicílio do contribuinte, ou se registrados na Junta Comercial.

Art. 261. Os livros fiscais serão impressos tipograficamente e terão suas


folhas numeradas em ordem crescente.
.
.
.
§ 2º Os livros fiscais somente poderão ser usados se visados pela
repartição competente do domicílio do contribuinte ou registrados na
Junta Comercial.

Fica dispensado do visto de que trata este parágrafo o livro fiscal gerado por
meio de processamento eletrônico de dados, quando autorizado pelo Fisco na
forma dos Art. 285 a 287, já tratados na Seção anterior deste manual.

A escrituração dos lançamentos nos livros fiscais134 não pode atrasar por mais

133
O livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque será utilizado por
estabelecimento industrial ou a ele equiparado pela legislação federal e por atacadista,
podendo, a critério do Fisco, ser exigido de estabelecimento de contribuinte de outros setores,
com as adaptações necessárias.
134
O contribuinte, ressalvado o que estiver expressamente desobrigado, deverá manter
escrituração fiscal, ainda que efetue operação não sujeita ao ICMS.

182
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

de 05 (cinco) dias, ressalvados os livros a que forem atribuídos prazos


especiais.

b. Extravio de livros fiscais

Na hipótese de perda ou extravio de livros fiscais (Art. 266 RICMS), deve-se


intimar o contribuinte a comprovar o montante das operações escrituradas nos
referidos livros, para efeito de verificação do pagamento do tributo. Caso não
haja comprovação, o montante das operações deverá ser arbitrado, pelos
meios ao alcance da autoridade fiscal, computando-se, para efeito de apuração
da diferença de impostos, os recolhimentos devidamente comprovados pelo
contribuinte ou pelos registros da SEFAZ.

c. Conhecendo os Livros Fiscais


1. Livro Registro de Entradas

O Livro Registro de Entradas135 destina-se à escrituração dos documentos


fiscais relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de
serviços de transporte e de comunicação efetuadas a qualquer título pelo
estabelecimento, mesmo que as mercadorias que não transitarem pelo
estabelecimento adquirente. O Art. 269 do Decreto 24.569/1997, in verbis,
disciplina a formação deste livro e a estrutura de cada campo a ser registrado.

“Art. 269. O livro Registro de Entradas, modelos 1 ou 1-A, Anexos XXXI


e XXXII, destina-se à escrituração dos documentos fiscais relativos às
entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de
transporte e de comunicação efetuadas a qualquer título pelo
estabelecimento.
§ 1º Serão também escriturados os documentos fiscais relativos às
aquisições de mercadorias que não transitarem pelo estabelecimento
adquirente, bem como os pertinentes aos serviços utilizados nessas
operações.
§ 2º Os lançamentos serão feitos separadamente para cada operação ou
prestação, obedecendo à ordem cronológica das entradas efetivas no
estabelecimento ou da utilização dos serviços, ou, na hipótese do
parágrafo anterior, da data da aquisição ou do desembaraço aduaneiro.
§ 3º Os registros serão feitos documento por documento, sendo
desdobrados em tantas linhas quantas forem as naturezas das
operações ou prestações, segundo o CFOP, nas colunas próprias, da
seguinte forma:
I - coluna "Data da Entrada": data da entrada efetiva da mercadoria ou
bem no estabelecimento ou da aquisição do serviço, ou, na hipótese do
§ 2º, data da aquisição ou do desembaraço aduaneiro;
II - coluna sob o título "Documento Fiscal": espécie, série e subsérie,
número e data do documento fiscal correspondente à operação ou
prestação, bem como o nome do emitente e seus números de inscrição,
estadual e no CGC, facultada ao contribuinte a escrituração dos dois
últimos itens;
III - coluna "Procedência": abreviatura da outra unidade da Federação,
se for o caso, onde se localizar o estabelecimento emitente;

135
Os lançamentos serão feitos separadamente para cada operação ou prestação,
obedecendo à ordem cronológica das entradas efetivas no estabelecimento ou da utilização
dos serviços, ou, na hipótese do parágrafo anterior, da data da aquisição ou do desembaraço
aduaneiro.

183
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

IV - coluna "Valor Contábil": valor total constante do documento fiscal;


V - colunas sob o título "Codificação":
a) coluna "Código Contábil": o mesmo que o contribuinte utilizar no seu
plano de contas contábil;
b) coluna "Código Fiscal";
VI - colunas sob os títulos "ICMS - Valores Fiscais" e "Operações com
Crédito do Imposto":
a) coluna "Base de Cálculo": valor sobre o qual incide o ICMS;
b) coluna "Alíquota": alíquota do ICMS que foi aplicada sobre a base de
cálculo indicada na alínea anterior;
c) coluna "Imposto Creditado": montante do imposto creditado;
VII - colunas sob os títulos "ICMS - Valores Fiscais" e "Operações sem
Crédito do Imposto":
a) coluna "Isenta ou não Tributada": valor da operação, deduzida a
parcela do IPI se consignada no documento fiscal, quando se tratar de
entrada de mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente tenha
sido beneficiada com isenção do ICMS ou esteja amparada por
imunidade ou não-incidência, bem como o valor da parcela
correspondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;
b) coluna "Outras": valor da operação, deduzida a parcela do IPI, se
consignada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de
mercadoria que não confira ao estabelecimento destinatário crédito do
ICMS, ou quando se tratar de entrada de mercadoria cuja saída do
estabelecimento remetente tenha sido beneficiada com diferimento ou
suspensão do ICMS;
VIII - colunas sob os títulos "IPI - Valores Fiscais" e "Operações com
Crédito do Imposto":
a) coluna "Base de Cálculo": valor sobre o qual incida o IPI;
b) coluna "Imposto Creditado": montante do imposto creditado;
IX - colunas sob os títulos "IPI - Valores Fiscais" e "Operações sem
Crédito do Imposto":
a) coluna "Isenta ou não Tributada": valor da operação, quando se tratar
de entrada de mercadoria cuja saída do estabelecimento remetente
tenha sido beneficiada com isenção do IPI ou esteja amparada por
imunidade ou não-incidência, bem como o valor da parcela
correspondente à redução da base de cálculo, quando for o caso;
b) coluna "Outras": valor da operação, deduzida a parcela do IPI, se
consignada no documento fiscal, quando se tratar de entrada de
mercadoria que não confira ao estabelecimento destinatário crédito do
IPI, ou quando se tratar de entrada de mercadoria cuja saída do
estabelecimento remetente tenha sido beneficiada com suspensão do
IPI;
X - Coluna "Observações": anotações diversas, inclusive valores do
ICMS retido e de sua base de cálculo, quando determinado pela
legislação.
§ 4º A escrituração do livro deverá ser encerrada no último dia de cada
mês.
§ 5º Os documentos fiscais relativos às entradas de material de consumo
poderão ser totalizados segundo a natureza da operação, para efeito de
lançamento global no último dia do período de apuração.
§ 6º Os documentos fiscais relativos à utilização de serviço de transporte
poderão ser lançados englobadamente, pelo total mensal, obedecido o
disposto no § 7º do artigo 180.
§ 7º O estabelecimento prestador de serviço de transporte que optar por
redução da tributação condicionada ao não aproveitamento de créditos
fiscais poderá escriturar os documentos correspondentes à aquisição de
mercadoria totalizando-os segundo a natureza da operação e a alíquota
aplicada, para efeito de lançamento global no último dia do período de
apuração.”

184
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2. Livro Registro de Saídas

O livro Registro de Saídas136 destina-se à escrituração das operações de


saídas de mercadorias ou bens e de prestação de serviços de transporte e de
comunicação, a qualquer título, efetuadas pelo estabelecimento, mesmo que as
mercadorias ou bens não tenham por ele transitado. O Art. 270 do Decreto
24.569/1997, in verbis, disciplina a formação deste livro e a estrutura de cada
campo a ser registrado:

“Art. 270. O livro Registro de Saídas, modelos 2 ou 2-A, Anexos XXXIII e


XXXIV, destina-se à escrituração do movimento de saídas de
mercadorias ou bens e de prestação de serviços de transporte e de
comunicação, a qualquer título, efetuadas pelo estabelecimento.
§ 1º Serão também escriturados os documentos fiscais relativos às
transmissões de propriedade de mercadorias ou bens que não tenham
transitado pelo estabelecimento, bem como os pertinentes aos serviços
utilizados nessas operações.
§ 2º A escrituração será feita em ordem cronológica, segundo a data de
emissão dos documentos fiscais, pelos totais diários das operações e
prestações de mesma natureza, de acordo com o CFOP, permitido o
registro conjunto dos documentos, de numeração seguida, da mesma
série e subsérie.
§ 3º A escrituração será feita, nas colunas próprias, da seguinte forma:
I - colunas sob o título "Documento Fiscal": espécie, série e subsérie,
números inicial e final e data do documento fiscal emitido;
II - coluna "Valor Contábil": valor total constante dos documentos
fiscais;
III - colunas sob o título "Codificação":
a) coluna "Código Contábil": o mesmo que o contribuinte utilizar no seu
plano de contas contábil;
b) coluna "Código Fiscal": o previsto no § 2º ;
IV - colunas sob os títulos "ICMS - Valores Fiscais" e "Operações com
Débito do Imposto":
a) coluna "Base de Cálculo": valor sobre o qual incide o ICMS;
b) coluna "Alíquota": alíquota do ICMS que foi aplicada sobre a base de
cálculo indicada na alínea anterior;
c) coluna "Imposto Debitado": montante do imposto debitado;
V - colunas sob os títulos "ICMS - Valores Fiscais" e "Operações sem
Débito do Imposto":
a) coluna "Isenta ou Não Tributada": valor da operação, deduzida a
parcela do IPI, se consignada no documento fiscal, quando se tratar de
mercadoria cuja saída do estabelecimento tenha sido beneficiada com
isenção do ICMS ou esteja amparada por imunidade ou não-incidência,
bem como valor da parcela correspondente à redução da base de
cálculo, quando for o caso, e sobre prestação de serviço, nas mesmas
condições;
b) coluna "Outras": valor da operação, deduzida a parcela do IPI, se
consignada no documento fiscal, quando se tratar de mercadoria cuja
saída do estabelecimento tenha sido beneficiada com diferimento ou
suspensão do ICMS;
VI - colunas sob os títulos "IPI - Valores Fiscais" e "Operações com
Débito do Imposto":
a) coluna "Base de Cálculo": valor sobre o qual incide o IPI;

136
A escrituração será feita em ordem cronológica, segundo a data de emissão dos
documentos fiscais, pelos totais diários das operações e prestações de mesma natureza, de
acordo com o CFOP, permitido o registro conjunto dos documentos, de numeração seguida da
mesma série e subsérie.

185
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

b) coluna "Imposto Debitado": montante do imposto debitado;


VII - colunas sob os títulos "IPI - Valores Fiscais" e "Operações sem
Débito do Imposto":
a) coluna "Isenta ou Não Tributada": valor da operação, quando se tratar
de mercadoria cuja saída do estabelecimento tenha sido beneficiada
com isenção do IPI ou esteja amparada por imunidade ou não-
incidência, bem como valor da parcela correspondente à redução da
base de cálculo, quando for o caso;
b) coluna "Outras": valor da operação, deduzida a parcela do IPI, se
consignada no documento fiscal, quando se tratar de mercadoria cuja
saída do estabelecimento tenha sido beneficiada com suspensão IPI;
VIII - coluna "Observações": anotações diversas, inclusive valores do
ICMS retido e de sua base de cálculo, quando determinado pela
legislação.
§ 4º A escrituração do livro deverá ser encerrada no último dia de cada
mês.”

3. Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque

O Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque137 destina-se à


escrituração dos documentos fiscais e dos documentos de uso interno do
estabelecimento, correspondentes às entradas e saídas, à produção, bem
como às quantidades referentes aos estoques de mercadorias, ou seja,
destina-se às indústrias ou equiparados. O Art. 271 do Decreto 24.569/1997, in
verbis, disciplina a formação deste livro e a estrutura de cada campo a ser
registrado:

“Art. 271. O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque,


modelo 3, Anexo XXXV, destina-se à escrituração dos documentos
fiscais e dos documentos de uso interno do estabelecimento,
correspondentes às entradas e saídas, à produção, bem como às
quantidades referentes aos estoques de mercadorias.
§ 1º Os lançamentos serão feitos operação a operação, devendo ser
utilizada uma folha para cada espécie, marca, tipo e modelo de
mercadoria, nos quadros e nas colunas próprios, da seguinte forma:
I - Quadro "Produto": identificação da mercadoria,
II - Quadro "Unidade": especificação da unidade (quilograma, metro, litro,
dúzia), de acordo com a legislação do IPI;
III - Quadro "Classificação Fiscal": indicação da posição, inciso e
subinciso e alíquota previstos pela legislação do IPI;
IV - Colunas sob o título "Documento": espécie, série e subsérie do
respectivo documento fiscal ou documento de uso interno do
estabelecimento, correspondente a cada operação;
V - colunas sob o título "Lançamento": número e folha do livro Registro
de Entradas ou do livro Registro de Saídas em que o documento fiscal
tenha sido lançado, bem como a respectiva codificação contábil e fiscal,
quando for o caso;
VI - colunas sob o título "Entradas":
a) coluna "Produção- No próprio Estabelecimento": quantidade do
produto industrializado no próprio estabelecimento;

137
O livro referido neste artigo poderá, a critério da autoridade competente do Fisco Estadual
do órgão local do domicílio do contribuinte, ser substituído por fichas, desde que: I - impressas
com os mesmos elementos do livro substituído; II - numeradas tipograficamente, observando-
se, quanto à numeração, o disposto no artigo 261; III - prévia e individualmente autenticadas
pelo Fisco.

186
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

b) coluna "Produção - Em outro Estabelecimento": quantidade do produto


industrializado em outro estabelecimento da mesma empresa ou de
terceiro, com mercadoria anteriormente remetida para esse fim;
c) coluna "Diversas": quantidade de mercadoria não classificada nas
alíneas anteriores, inclusive a recebida de outro estabelecimento da
mesma empresa ou de terceiro para industrialização e posterior retorno,
consignando-se o fato, nesta última hipótese, na coluna "Observações";
d) coluna "Valor": base de cálculo do IPI, quando a entrada da
mercadoria originar crédito desse imposto, ou caso contrário, inclusive
nas hipóteses de isenção, imunidade ou não-incidência do IPI, será
registrado o valor total atribuído à mercadoria;
e) coluna "IPI": valor do imposto creditado, quando couber;
VII - colunas sob o título "Saídas":
a) coluna "Produção - No Próprio Estabelecimento": em se tratando de
matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, a
quantidade remetida do almoxarifado para o setor de fabricação, para
industrialização no próprio estabelecimento, e, em se tratando de
produto acabado, a quantidade saída, a qualquer título, do produto
industrializado no próprio estabelecimento;
b) coluna "Produção - Em outro Estabelecimento": em se tratando de
matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, a
quantidade saída para industrialização em outro estabelecimento da
mesma empresa ou de terceiro, quando o produto industrializado deva
retornar ao estabelecimento remetente; e, em se tratando de produto
acabado, a quantidade saída, a qualquer título, do produto
industrializado em estabelecimento de terceiro;
c) coluna "Diversas": quantidade de mercadorias saídas, a qualquer
título, não compreendidas nas alíneas anteriores;
d) coluna "Valor": base de cálculo do IPI, sendo registrado o valor total
atribuído às mercadorias quando a saída estiver amparada por isenção,
imunidade ou não-incidência;
e) coluna "IPI": valor do imposto, quando devido;
VIII - coluna "Estoque": quantidade em estoque, após cada lançamento
de entrada ou de saída;
IX - coluna "Observações": anotações diversas.
§ 2º Quando se tratar de industrialização no próprio estabelecimento,
será dispensada a indicação dos valores relativos às operações
indicadas na alínea "a" do inciso VI e na primeira parte da alínea "a" do
inciso VII do parágrafo anterior.
§ 3º Não serão escrituradas neste livro as entradas de mercadorias a
serem integradas ao ativo permanente ou destinadas a uso do
estabelecimento.
§ 4º O disposto no inciso III do § 1º não se aplica ao estabelecimento
comercial não equiparado ao industrial.
§ 5º A Receita Federal poderá autorizar o industrial ou contribuinte a ele
equiparado a agrupar, por ocasião do lançamento, produtos diversos
numa mesma folha, quando ocuparem a mesma posição da Tabela
anexa ao Regulamento do IPI.
§ 6º O livro referido neste artigo poderá, a critério da autoridade
competente do Fisco Estadual do órgão local do domicílio do
contribuinte, ser substituído por fichas, desde que:
I - impressas com os mesmos elementos do livro substituído;
II - numeradas tipograficamente, observando-se, quanto à numeração,
o disposto no artigo 261;
III - prévia e individualmente autenticadas pelo Fisco.
§ 7º O estabelecimento que optar pela substituição deverá manter,
sempre atualizada, uma ficha-índice.
§ 8º Na hipótese do parágrafo anterior, deverá ainda ser previamente
visada pela repartição fiscal competente do domicílio do contribuinte a
ficha-índice de utilização das fichas de controle da produção e do

187
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

estoque, na qual, observada a ordem numérica crescente, será


registrada a utilização de cada ficha.
§ 9º A escrituração do livro mencionado no caput ou das fichas referidas
nos §§ 6º e 7º não poderá atrasar-se por mais de 15 (quinze) dias.
§ 10. No último dia de cada mês deverão ser somadas as quantidades e
valores constantes das colunas "Entradas" e "Saídas", acusando o saldo
das quantidades em estoque, que será transportado para o mês
seguinte.”

4. Livro Registro do Selo Especial de Controle

Este livro se destina ao registro de selos especiais de controle do IPI, ora


compreendidos o Selo Fiscal de Cigarros e o Selo Fiscal de Bebidas
Alcoólicas, vistos nesta Seção. Apenas os estabelecimentos industriais, cujas
regras definidas pelo IPI exigem, são obrigados a escriturar este livro. O Art.
272 do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplina a formação deste livro e a
estrutura de cada campo a ser registrado:

Art. 272. O livro Registro do Selo Especial de Controle, modelo 4, Anexo


XXXVI, destina-se à escrituração dos dados relativos ao recebimento e à
utilização do selo especial de controle, previsto pela legislação do IPI.
Parágrafo único. Os lançamentos serão feitos operação a operação, em
ordem cronológica quanto às entradas e saídas do selo especial de
controle, devendo ser utilizada uma folha para cada espécie de selo, nas
colunas próprias, da seguinte forma:
I - coluna "Data": dia, mês e ano do lançamento respectivo;
II - colunas sob o título "Entradas":
a) coluna "Guia Número": número da guia de requisição de selos;
b) coluna "Quantidade": quantidade de selos requisitados pela respectiva
guia;
c) coluna "Numeração dos Selos": numeração, se houver, dos selos
recebidos da repartição fiscal;
III - colunas sob o título "Saídas":
a) coluna "Nota Fiscal": número, série e subsérie da nota fiscal emitida,
referente à saída das mercadorias do estabelecimento;
b) coluna "Quantidade Utilizada": quantidade de selos utilizada nas
mercadorias saídas do estabelecimento;
c) coluna "Quantidade Recolhida à Repartição": quantidade de selos
recolhida à repartição, por qualquer motivo;
d) coluna "Numeração dos Selos": numeração, se houver, dos selos
utilizados ou recolhidos à repartição;
IV - colunas sob o título "Saldo Existente":
a) coluna "Quantidade": quantidade de selos existentes após cada
lançamento feito nas colunas sob o título "Entradas" ou nas colunas sob
o título "Saídas";
b) coluna "Numeração dos Selos": numeração, se houver, dos selos
correspondentes ao saldo existente;
V - Coluna "Observações": anotações diversas.

188
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Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

5. Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais

Este livro se destina ao registro da efetiva impressão de documentos fiscais


após a autorização do Fisco, independentemente da exigência de selo fiscal de
autenticidade. O Art. 273 do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplina a
formação deste livro e a estrutura de cada campo a ser registrado:

“Art. 273. O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo


5, Anexo XXXVII, destina-se à escrituração das impressões de
documentos fiscais referidos no artigo 127, para terceiro ou para o
próprio estabelecimento impressor.
Parágrafo único. Os lançamentos serão feitos operação a operação, em
ordem cronológica das saídas dos documentos fiscais confeccionados
ou de sua elaboração, no caso de serem utilizados pelo próprio
estabelecimento, nas colunas próprias, da seguinte forma:
I - coluna "Autorização de Impressão - Número": número da AIDF,
quando exigida pelo Fisco, para posterior confecção dos documentos
fiscais;
II - colunas sob o título "Comprador":
a) coluna "Número de Inscrição": número de inscrição estadual e no
CGC;
b) coluna "Nome": nome do contribuinte usuário do documento fiscal
confeccionado;
c) coluna "Endereço": identificação do local do estabelecimento do
contribuinte usuário do documento fiscal confeccionado;
III - colunas sob o título "Impressos":
a) coluna "Espécie": espécie do documento fiscal confeccionado, notas
fiscais, conhecimentos de transportes, bilhetes de passagens ou outros;
b) coluna "Tipo": tipo do documento fiscal confeccionado: talonário, folha
solta, formulário contínuo, ou outros;
c) coluna "Série e Subsérie": série e subsérie correspondente ao
documento fiscal confeccionado;
d) coluna "Numeração": números dos documentos fiscais
confeccionados; no caso de impressão de documentos fiscais sem
numeração tipográfica sob regime especial, tal circunstância deverá
constar da coluna "Observações";
IV - colunas sob o título "Entregas":
a) coluna "Data": dia, mês e ano da efetiva entrega dos documentos
fiscais confeccionados ao contribuinte usuário;
b) coluna "Notas Fiscais": série e o número da nota fiscal emitida pelo
estabelecimento gráfico e relativa à saída dos documentos fiscais
confeccionados;
V - coluna "Observações": anotações diversas.”

6. Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e


Termos de Ocorrências

Este livro se destina ao registro de documentos fiscais, quando recebidos do


estabelecimento gráfico e de termos fiscais emitidos pelo Fisco, inclusive as
anotações de ocorrências fiscais, ainda que não se relacionem propriamente
com a auditoria. Como exemplo, a retirada de documentos por um agente
fiscalizador, ainda que não propriamente do ICMS. O Art. 274 do Decreto
24.569/1997, in verbis, disciplina a formação deste livro e a estrutura de cada
campo a ser registrado:

189
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Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Art. 274. O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos


de Ocorrências, modelo 6, Anexo XXXVIII, destina-se à escrituração das
entradas de documentos fiscais citados no artigo anterior,
confeccionados por estabelecimentos gráficos ou pelo próprio
contribuinte usuário do documento fiscal respectivo, bem como à
lavratura, pelo Fisco, de termos de ocorrências.
§ 1º Os lançamen\tos serão feitos operação a operação, em ordem
cronológica da respectiva aquisição ou confecção própria do documento
fiscal, devendo ser utilizada uma folha para cada espécie, modelo, série
e subsérie de documento fiscal, nos quadros e colunas próprios, da
seguinte forma:
I - Quadro "Espécie": espécie do documento fiscal confeccionado, nota
fiscais, conhecimento de transportes, bilhetes de passagens ou outros;
II - Quadro "Série e Subsérie": série e subsérie correspondentes ao
documento fiscal confeccionado;
III - Quadro "Tipo": tipo do documento fiscal confeccionado, talonário,
folha solta, formulário contínuo ou outro;
IV - Quadro "Finalidade da Utilização": fins a que se destina o
documento fiscal - vendas a contribuintes, vendas a não contribuintes,
vendas a contribuintes de outras unidades da Federação ou outras;
V - coluna "Autorização de Impressão": número da AIDF;
VI - coluna "Impressos - Numeração": números dos documentos fiscais
confeccionados, devendo, no caso de impressão de documentos fiscais
sem numeração tipográfica sob regime especial, constar da coluna
"Observações" o registro de tal circunstância;
VII - colunas sob o título "Fornecedor":
a) coluna "Nome": nome do contribuinte que confeccionou os
documentos fiscais;
b) coluna "Endereço": a identificação do local do estabelecimento
impressor;
c) coluna "Inscrição": números da inscrição estadual e no CGC do
estabelecimento impressor;
VIII - colunas sob o título "Recebimento":
a) coluna "Data": dia, mês e ano do efetivo recebimento dos documentos
fiscais confeccionados;
b) coluna "Nota Fiscal": modelo, série e número da nota fiscal emitida
pelo estabelecimento impressor por ocasião da saída dos documentos
fiscais confeccionados;
IX - coluna "Observações": anotações diversas, inclusive:
a) extravio, perda ou inutilização de documentos fiscais;
b) supressão de série e subsérie;
c) entrega de documentos fiscais à repartição fiscal para serem
inutilizados.
§ 2º Do total de folhas deste livro, cinquenta por cento, no mínimo, serão
destinadas para lavratura, pelo Fisco, de termos de ocorrências,
devendo tais folhas ser numeradas, impressas e incluídas no final do
livro.

7. Livro Registro de Inventário

O livro Registro de Inventário138 destina-se a arrolar, pelos seus valores e com


especificações que permitam sua perfeita identificação, as mercadorias,
matérias-primas, produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos
manufaturados e produtos em fabricação existentes no estabelecimento à

138
De acordo com o § 6º do Art 275, a escrituração deverá ser efetuada dentro de 60
(sessenta) dias contados da data do balanço, para os estabelecimentos com escrita contábil,
ou do último dia do ano civil, para os estabelecimentos sem escrita contábil.

190
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

época do balanço. Incluem-se, também, materiais do estabelecimento em


poder de terceiros e de terceiros em poder do estabelecimento. O Art. 275 do
Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplina a formação deste livro e a estrutura
de cada campo a ser registrado:

“Art. 275. O livro Registro de Inventário, modelo 7, Anexo XXXIX,


destina-se a arrolar, pelos seus valores e com especificações que
permitam sua perfeita identificação, as mercadorias, matérias-primas,
produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos
manufaturados e produtos em fabricação existentes no estabelecimento
à época do balanço.
139
§ 1º No livro referido neste artigo serão também arroladas,
separadamente, em grupos, segundo a ordenação da TIPI, da tabela "b"
tributação pelo ICMS, referida no parágrafo único do art. 137 e pelo
código do item do produto atribuído pelo estabelecimento.
§ 2º Os lançamentos serão feitos, nas colunas próprias, da seguinte
forma:
I - coluna "Classificação Fiscal": posição, inciso e subinciso em que as
mercadorias estejam classificadas na TIPI;
II - coluna "Discriminação": especificação que permita a perfeita
identificação das mercadorias, tais como: espécie, marca, tipo e modelo;
III - coluna "Quantidade": quantidade em estoque na data do balanço;
IV - coluna "Unidade": especificação da unidade (quilograma, metro,
litro, dúzia), de acordo com a legislação do IPI;
V - coluna sob o título "Valor":
a) coluna "Unitário": valor de cada unidade de mercadoria pelo custo de
aquisição ou de fabricação ou pelo preço corrente no mercado ou bolsa,
prevalecendo o critério da estimação pelo preço corrente, quando este
for inferior ao preço de custo; no caso de matéria-prima ou produto em
fabricação, o valor será o seu preço de custo;
b) coluna "Parcial": valor correspondente ao resultado da multiplicação
da "quantidade" pelo "valor unitário";
c) coluna "Total": valor correspondente ao somatório dos "valores
parciais" constantes da mesma posição, inciso e subposição e item
referidos no inciso I;
VI - coluna "Observações": anotações diversas.
§ 3º Após o arrolamento, deverá ser consignado o valor total de cada
grupo mencionado no caput e no §1º e, ainda, o total geral do estoque
existente.
§ 4º O disposto no § 1º e no inciso I do § 2º não se aplica ao
estabelecimento comercial não equiparado ao industrial.
§ 5º Se a empresa não estiver obrigada à escrita contábil, o inventário de
mercadorias será levantado em cada estabelecimento no último dia do
ano civil.
§ 6º A escrituração deverá ser efetuada dentro de 60 (sessenta) dias
contados da data do balanço referido no caput ou do último dia do ano
civil, no caso do parágrafo anterior.”

139
: O art. 1º, inciso X, do Decreto nº 27.318, de 29/12/2003, alterou o § 1º do art. 275.
Redação original: ” No livro referido neste artigo serão também arroladas, separadamente, em
grupo segundo a ordenação da TIPI: I - as mercadorias, matérias-primas, produtos
intermediários, materiais de embalagem e os produtos manufaturados pertencentes ao
estabelecimento, em poder de terceiro; II - as mercadorias, matérias-primas, produtos
intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e os produtos em
fabricação de terceiro em poder do estabelecimento.

191
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

8. Livro Registro de Apuração do ICMS

O livro Registro de Apuração do ICMS (Art. 276 RICMS) destina-se a registrar,


mensalmente, os totais dos valores contábeis e fiscais das operações de
entrada e saída, relativamente ao imposto, extraídos dos livros próprios e
agrupados segundo o CFOP, os débitos e créditos fiscais do imposto
procedentes de qualquer origem, a apuração dos saldos e os dados relativos
aos documentos de arrecadação e do ICMS efetivamente recolhido. O Art. 276
do Decreto 24.569/1997, in verbis, disciplina a formação deste livro e a
estrutura de cada campo a ser registrado:

Art. 276. O livro Registro de Apuração do ICMS, modelo 9, Anexo XL,


obedecidas as especificações respectivas, destina-se a registrar,
mensalmente:
I - os totais dos valores contábeis e fiscais das operações de entrada e
saída relativas ao imposto, extraídos dos livros próprios e agrupados
segundo o CFOP;
II - os débitos e os créditos fiscais do imposto, a apuração dos saldos e
os dados relativos aos documentos de arrecadação e às guias de
informação e apuração do ICMS e de recolhimento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo, aplica-se também, no que
couber, na apuração do imposto incidente sobre os serviços de
transporte e de comunicação.

192
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

4 – As Guias de Apuração e Informação

Ao longo dos tempos, o Fisco vem utilizando esta ferramenta para registrar as
informações prestadas pelo contribuinte e fazer o lançamento do ICMS.
Conforme as disposições dos Art. 142 a 150 do Código Tributário Nacional,
uma das modalidades do lançamento do crédito tributário é a de homologação,
e para o ICMS a homologação se dá, tácita ou expressamente, sobre os
valores declarados pelo contribuinte. As guias são instrumentos declaratórios,
através dos quais, o contribuinte informa o imposto apurado e se compromete a
recolhê-lo no prazo dado pela norma específica.

Além de instrumento declaratório do imposto apurado a cada período, as guias


também são utilizadas para prestar outras informações ao Fisco, e quando
estas são estatuídas, periodicamente, tornam-se obrigação acessória do
contribuinte.

Estas são as principais guias:

Tabela 0037 – Guias de Apuração e Informação


Guia Fundamento Finalidade
GIM Art 277 a Guia de Informação e Apuração do ICMS
279 Devida pelo estabelecimento enquadrado nos regimes de
recolhimentos Normal ou EPP, a ser entregue por período de
apuração, vigente até 31 de dezembro de 2004
GIEF Art. 280 Guia Anual de Informações Econômico-Fiscais
Devida pelo estabelecimento enquadrado nos regimes de
recolhimentos Normal ou EPP, a ser entregue por exercício
financeiro, vigente até 31 de dezembro de 2004
GIVAF Art 281 Guia Informativa do Valor Adicionado Fiscal
Preenchida pelo Núcleo de Execução da Administração
Tributária
GIDEC Art 282 Guia Informativa de Documentos Fiscais Emitidos ou
Cancelados
Exigida de qualquer contribuinte para o qual tenha sido
autorizada a impressão de documento fiscal, por período de
apuração, vigente até 31 de dezembro de 2004
DIV Art 283 Documento Informativo de Vendas
Exigida do contribuinte inscrito no CGF, que efetuar
operações relativas ao ICMS, destinadas às prefeituras,
câmaras municipais e órgãos da administração direta, e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Estado do Ceará.
DIDF Art. 284 Declaração de Impressão de Documentos Fiscais
Exigida do estabelecimento gráfico credenciado pela
Secretaria da Fazenda para confeccionar documentos fiscais.
GIAST Art. 444 Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS
Substituição Tributária.
Exigida, por período, do contribuinte estabelecido em outra
UF e inscrito em nosso CGF, na condição de contribuinte
substituto.

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Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

4 – Outros documentos

Do exame de documentos, dispomos de uma boa listagem de documentos


comerciais, jurídicos e financeiros que mesmo não estando identificados na
listagem dos documentos de que trata o Art. 127 do RICMS são de grande
utilidade na apreciação dos negócios das empresas e na apuração de suas
infrações à legislação tributária.

Apesar de ser impossível alcançar todos os documentos desta natureza,


resgatemos para fins didáticos, aqueles que se relacionam mais
proximamente da atividade comercial e da prestação de serviço. Assim
resgatamos os documentos identificados na Tabela 0038 a seguir. Não
citaremos nesta tabela os documentos formais da ação fiscal propriamente
dito que serão estudados em tópico especifico de outra seção.

Tabela 0038 – Outros Documentos

Documento Finalidade
Nota Fiscal de Documento fiscal regido pela legislação do ISS, que deve ser emito
Serviços pelas empresas que prestam serviços sujeitos a este tributo.
Contrato de Seguro Documento utilizado para regularizar a tomada e prestação de seguro
seja a pessoas, imóveis ou coisas.
Contrato de Câmbio Documento utilizado contração de câmbio, seja na compra, seja na
venda de moedas estrangeiras, podendo ser utilizado para operações
com o comércio exterior, ou apenas para transações financeiras
internacionais.
Contrato de Documento utilizado na contração de empréstimos, seja a médio, curto
empréstimo ou longo prazo.
Contrato de aluguel Documento utilizado na contração de bens móveis ou imóveis, pela
modalidade de aluguel, mediante a contraprestação pecuniária,
periódica devidamente estabelecida.
Declaração de Documento utilizado na operação de importação de mercadorias ou
Importação bens, de forma definitiva ou temporária, independentemente da
contraprestação pecuniária. Constitui documento fiscal para um bom
volume dos tributos federais, e mesmo não estando na listagem do Art.
127 do RICMS é também documento fiscal para o ICMS.
Declaração de Documento utilizado na operação de exportação de mercadorias ou
Exportação bens, de forma definitiva ou temporária, independentemente do
recebimento da contraprestação pecuniária. Constitui documento fiscal
para um bom volume dos tributos federais, e mesmo não estando na
listagem do Art. 127 do RICMS é também documento fiscal para o
ICMS.
Declaração de Documento utilizado pela Secretaria da Receita Federal para
Imposto de Renda recepcionar as informações de pessoas físicas sujeitas à legislação do
Pessoa Física Imposto de Renda, devendo esta ser apresentada anualmente, como
ajuste ao que já fora retido a cada mês e recolhidos pelos patrões e
pagadores.
Declaração de Documento utilizado pela Secretaria da Receita Federal para
Imposto de Renda recepcionar as informações de pessoas jurídicas sujeitas à legislação
Pessoa Jurídica do Imposto de Renda, devendo esta ser apresentada anualmente, como
instrumento de declaração dos valores auferidos e dos lucros obtidos.

194
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Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Declaração do Documento utilizado pela Secretaria da Receita Federal para


Imposto Retido na recepcionar as informações de pessoas físicas e jurídicas obrigadas, na
Fonte condição de contribuinte substituto, a reter e recolher o Imposto de
Renda das pessoas físicas e jurídicas a quem estiverem pagando
quando da tomada de serviços destas pessoas.
Licença de Documento formulado pela Secretaria do Comércio Exterior para
Importação autorizar, previamente, a importação de mercadorias, quando a
legislação aduaneira exigir tal procedimento antes da importação.140
Comprovante de Documento expedido pela Secretaria da Receita Federal, depois de
Importação concluído o desembaraço aduaneiro de importações.
Contrato Social Documento formulado entre pessoas físicas ou jurídicas para disciplinar
a constituição de uma atividade especifica, na forma de sociedade de
pessoas, como disciplinam os artigos específicos do Código Comercial
Brasileiro.
Estatuto Documento formulado em assembléia de membros de um corpo
societário nas sociedades por ações ou empresas similares.141
Contrato de Documento utilizado na contração de serviços de pessoas, quando esta
Prestação de Serviço contratação não se subordinar às regras da Consolidação das Leis
Trabalhistas.
Recibo Documento utilizado para registrar um recebimento ou um pagamento
efetuado pela empresa o que importa na imediata saída ou entrada do
numerário nele identificado.
Cheque Ordem de pagamento à vista. Documento pelo qual a empresa autoriza
a instituição financeira a pagar ao seu possuidor, ou nominado, o valor
nele descrito.
Promissória Promessa de Pagamento. Documento por meio do qual o devedor se
compromete a liquidar junto ao credor, na data especificada, o valor
nele descrito.
Movimento Diário de Extrato da movimentação financeira do estabelecimento, para
Caixa determinado dia. Pode ser emitido centralizado, individualizado, ou
misto.142

Na apreciação destes documentos o agente do Fisco deve adotar para não


provocar uma super avaliação de receita ou de despesas, quando o registro
contábil ou fiscal das operações neles contidas ou por eles pactuadas estiver
registradas por outros documentos reconhecidos como fiscais.

140
A ausência deste procedimento embaraça o processo de importação e resulta na aplicação
de penalidade própria, ao importador.
141
Existem entidades formadas por agrupamento de pessoas, mesmo não sendo comerciais,
cujas deliberações se dão em assembléia e são registradas em atas, passando a fazer parte de
seus estatutos, quando for o caso.
142
Quando emitido de forma centralizado, um único documento resume todos os recebimentos
e pagamentos efetuados no dia. Se individualizado, cada unidade de caixa gera seu próprio
documento, não tendo um documento centralizador. Se misto, cada unidade de caixa gera seu
próprio documento, mas há um documento que centraliza ou totaliza todos os outros, de forma
que o total de movimento deste último corresponde à soma de todos os demais documentos
para o mesmo dia.

195
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

5 – Análise Sugerida

Na apreciação dos livros e dos documentos fiscais, chamamos sua atenção


para a execução dos passos 14 a 28 que não ajudarão a identificar as
infrações tributárias relacionadas com a matéria.

Passo 014 – Verificar a existência dos Livros Fiscais Obrigatórios, sua


localização, vistos, registros e outras formalidades. Passo obrigatório.

Passo 015 – Verificar a tempestividade da escrituração dos livros fiscais. Passo


opcional. Passo obrigatório.

Passo 016 – Verificar o extravio143 de livros144 fiscais, atentando para o imposto


recolhido, ou não, pelo estabelecimento e, se for o caso, proceder ao
arbitramento. Passo opcional.

Passo 017 – Verificar o extravio145 de livros146 fiscais, atentando para o imposto


recolhido, ou não, pelo estabelecimento e, se for o caso, proceder ao
arbitramento. Passo opcional.

Passo 018 - Conferir os somatórios147 e as transposições dos valores em cada


livro e os totalizadores de um para outro livro. Passo obrigatório, quando
emitidos manualmente. Identificação de livros em que estes erros se
encontram, suas respectivas páginas, e os erros, sempre que os valores do
débito tiverem sido reduzidos ou aumentados os valores do crédito.

Passo 019 - Verificar a escrita de documentos de entrada, no respectivo livro,


observando com atenção especial as operações sujeitas a regimes especiais
de tributação, entre eles as operações com ativos imobilizados, de bens para
consumo, de importação, sujeitas à substituição tributária, e sujeitas à
antecipação tributária. Passo obrigatório. Identificação de diversas infrações
relacionadas a entradas de mercadorias e à aquisição de bens e serviços e
com o aproveitamento de crédito tributário.

143
Na hipótese de perda ou extravio de livros fiscais, deve-se intimar o contribuinte a
comprovar o montante das operações escrituradas ou que deveriam ter sido escrituradas nos
referidos livros, para efeito de verificação do pagamento do tributo. Caso não haja
comprovação, o montante das operações deverá ser arbitrado, pelos meios ao alcance da
autoridade fiscal, computando-se, para efeito de apuração da diferença de imposto, os
recolhimentos devidamente comprovados pelo contribuinte ou pelos registros da SEFAZ.
144
A escrituração dos lançamentos nos livros fiscais não pode atrasar por mais de 05 (cinco)
dias, ressalvados os livros a que forem atribuídos prazos especiais.
145
Na hipótese de perda ou extravio de livros fiscais, deve-se intimar o contribuinte a
comprovar o montante das operações escrituradas ou que deveriam ter sido escrituradas nos
referidos livros, para efeito de verificação do pagamento do tributo. Caso não haja
comprovação, o montante das operações deverá ser arbitrado, pelos meios ao alcance da
autoridade fiscal, computando-se, para efeito de apuração da diferença de imposto, os
recolhimentos devidamente comprovados pelo contribuinte ou pelos registros da SEFAZ.
146
A escrituração dos lançamentos nos livros fiscais não pode atrasar por mais de 05 (cinco)
dias, ressalvados os livros a que forem atribuídos prazos especiais.
147
Conferir, nos livros, não lavrado por PED, a soma das colunas Valor Contábil, Base de
Cálculo e Valor do ICMS do Livro Registro de Entradas, procurando por divergências.

196
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Passo 020 - Verificar o preenchimento148, a escrituração e a conformidade com


as formalidades de documentos149 fiscais de saída, inclusive sua validade e
autenticidade, e seu destino150 para avaliar a existência de elementos que
importem na ausência do débito do imposto, quando devido. Passo obrigatório.
Identificação de diversas infrações relacionadas à saída de mercadorias e à
prestação de serviços e com a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 021 - Verificar a correspondência entre os documentos utilizados no


serviço de transporte e os Conhecimentos de Transporte ou Bilhetes de
Passagem. Passo opcional. Identificação de diversas infrações relacionadas à
prestação de serviços e com a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 022 - Verificar cancelamentos de documentos sem a devida justificativa


e o desfazimento de operações forjado, através do cancelamento de
documentos. Passo obrigatório. Identificação de diversas infrações
relacionadas à saída de mercadorias e à prestação de serviços e com a
apuração do imposto nelas incidente.

Passo 023 - Verificar a freqüência de valores inexpressivos. Passo opcional.


Identificação de infrações relacionadas à saída de mercadorias e à prestação
de serviços e com a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 024 - Verificar a origem e veracidade dos valores em Estornos de


Crédito, Estornos de Débitos, Outros Créditos e Outros Débitos e a sua real
execução, quando os mesmos forem exigíveis. Passo obrigatório. Identificação
de infrações relacionadas à saída de mercadorias e à prestação de serviços e
com a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 025 - Verificar a transposição e saldo credor do período anterior, quando


for o caso. Passo obrigatório. Identificação de infrações relacionadas à saída
de mercadorias e à prestação de serviços e com a apuração do imposto nelas
incidente.

Passo 026 – Verificar a transposição de valores do Livro de Apuração do ICMS


para a Guia de Informação e Apuração. Passo obrigatório. Identificação de
infrações relacionadas à saída de mercadorias e à prestação de serviços e com
a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 027 – Quando o saldo apurado for devedor, verificar o documento151 de


arrecadação e seu ingresso no Sistema Receita da SEFAZ. Passo obrigatório.
Identificação de infrações relacionadas à saída de mercadorias e à prestação

148
Verificar o preenchimento dos campos, nos devidos quadros, que identifiquem perfeitamente
as operações, com atenção especial aos quadros Destinatário, Remetente e Dados do
Produto.
149
Conferir com o sistema de controle de documentos da SEFAZ e AIDFs (SID), verificando a
existência de intervalos autorizados para o contribuinte e o prazo de validade dos documentos.
150
Verificar a inscrição no CGF do destinatário.
151
Quando o documento de arrecadação apresentado, para o pagamento do imposto apurado na GIM, for
a Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais – GNRE, o agente do Fisco deverá comunicar a
Catri/Cecoi para fazer o processamento da mesma no sistema GIM.

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Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

de serviços e com a apuração do imposto nelas incidente.

Passo 028 – Verificar a existência de documentos tidos por não fiscais que
demonstrem a existência de receita ou despesa omitida pelo contribuinte
fiscalizado e apreciar efeitos destes documentos no efetivo recolhimento do
ICMS.

O desenvolvimento desses passos, de forma isolada ou conjunta, pode auxiliar


ao agente na identificação das seguintes infrações:
i. Faltar o estabelecimento com a escrituração de livros fiscais.
ii. Manter o estabelecimento a escrita de livros fiscais em atraso.
iii. Deixar ser retirado do estabelecimento, livros fiscais, sem justificativa
legal.
iv. Manter o escritório de contabilidade a escrita de livros fiscais em
atraso.
v. Deixar o escritório de contabilidade, ser retirado do estabelecimento,
livros fiscais, sem justificativa legal.
vi. Faltar o estabelecimento com o cumprimento de formalidades
necessárias para a escrituração de livros fiscais.
vii. Faltar o escritório de contabilidade, com o cumprimento de
formalidades necessárias para a escrituração de livros fiscais.
viii. Crédito tributário arbitrado em decorrência de extravio de livros
fiscais.
ix. Faltar o estabelecimento com o recolhimento do ICMS decorrente de
erros verificados nos livros fiscais, quando da soma das colunas, da
transcrição de documentos, da transposição de e de outros
procedimentos incorretos152 relativos à escrituração de livros fiscais.
x. Aproveitar o estabelecimento o crédito do ICMS de forma antecipada,
relativamente, quando o documento foi escriturado antes de sua
efetiva entrada no estabelecimento.
xi. Aproveitar o estabelecimento o crédito do ICMS de forma indevida,
quando do registro do documento em duplicidade.
xii. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido153 do ICMS, cujo
lançamento se deu em valores maiores do que os destacados nos
respectivos documentos.
xiii. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido154 do ICMS, cujo
lançamento se deu em valores maiores do que os permitidos pela
legislação específica.
xiv. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido, posto que em
operações cujo documento155 fiscal seja considerado ou declarado
inidôneo.
152
Registrar como infração apenas os erros de soma que importarem na diminuição do valor do
imposto a recolher.
153
Mesmo que na operação anterior o imposto seja devido e venha destacado no documento
fiscal, seu crédito pode ser indevido quando, por alguma razão, a legislação tributária assim o
considerar.
154
Mesmo que na operação anterior o imposto seja devido e venha destacado no documento
fiscal, seu crédito pode ser indevido quando, por alguma razão, a legislação tributária assim o
considerar.
155
Identificar documentos emitidos por contribuintes baixados ou excluídos do CGF para
considerá-los inidôneo.

198
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

xv. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido, posto que em


operações com vedação expressa do crédito tributário.
xvi. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido, posto que em
operações em que não exista a 1a via do documento fiscal.
xvii. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido, posto que em
operações relativa à aquisição de energia, serviço de transporte e
comunicação não vinculada a operações sujeitas ao ICMS.
xviii. Aproveitar o estabelecimento o crédito indevido, posto que em
operações cujas saídas subseqüentes não sejam tributadas.
xix. Deixar o estabelecimento de escriturar de documento fiscal de
entrada156.
xx. Usar o estabelecimento documento fiscal emitido por terceiro, com
fraude devidamente comprovada, com aproveitamento do crédito.
xxi. Usar o estabelecimento documento fiscal emitido por terceiro, sem
fraude devidamente comprovada, com aproveitamento do crédito.
xxii. Usar o estabelecimento documento fiscal destinado a outro
estabelecimento.
xxiii. Arbitrar o agente do Fisco, o imposto devido, e conseqüência da
quebra do seqüencial da numeração dos documentos157 utilizados.
xxiv. Emitir o estabelecimento documento inidôneo posto que após o
vencimento da AIDF.
xxv. Emitir o estabelecimento documento inidôneo, posto que sem a
prévia autorização.
xxvi. Emitir o estabelecimento documento inidôneo, posto que seu
preenchimento se deu de forma que não identifique perfeitamente a
operação ou prestação.
xxvii. Emitir o estabelecimento documento inidôneo, posto que com
preenchimento incorreto, incompleto ou em desacordo com a
legislação específica.
xxviii. Emitir o estabelecimento documento inidôneo, posto que destinado a
contribuintes baixados, excluídos ou cassados ou com inscrição
suspensa.
xxix. Emitir o estabelecimento documento inidôneo, posto que o mesmo
não tenha validade jurídica, e abrem possibilidade de aproveitamento
de crédito por terceiros.
xxx. Emitir o estabelecimento o documento fiscal com fraude.
xxxi. Emitir o estabelecimento o documento fiscal com simulação.
xxxii. Deixar o estabelecimento de comunicar ao fisco o extravio de
documentos seus.
xxxiii. Deixar o escritório de contabilidade de comunicar ao fisco o extravio
de documentos sob sua guarda.
xxxiv. Falsificar o estabelecimento gráfico selos de autenticidade.
xxxv. Utilizar o estabelecimento gráfico selo de autenticidade falsificado,
por si ou por outrem, para a impressão de documentos fiscais.
xxxvi. Emitir o estabelecimento documentos com numeração paralela.

156
Deve ser considerada como tal aquela que importe na omissão de entrada da mercadoria,
de forma a não permitir o acompanhamento correta do estoque.
157
Devem ser levantados todos os documentos que não estejam na seqüência para
arbitramento do imposto.

199
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

xxxvii. Emitir o estabelecimento documentos não fiscais, em substituição


àqueles.
xxxviii. Emitir o estabelecimento documentos físicos com mesma numeração
modelo e série para operações diversas.
xxxix. Lançar o estabelecimento o débito do imposto em valores a menor
do que o destacado no respectivo documento.
xl. Registrar o estabelecimento operações com redução de base de
cálculo, sem identificação da disposição específica na legislação.
xli. Registrar o estabelecimento operações sem débito do imposto, sem
identificação da disposição específica na legislação.
xlii. Registrar o estabelecimento operações com alíquota inferior à
devida, sem identificação da disposição específica na legislação.
xliii. Manter o estabelecimento conhecimentos de transporte ou bilhetes
de passagem não englobados em Resumo Movimento Diário.
xliv. Deixar de registrar o conhecimento de frete em seu manifesto para
fugir ao pagamento de imposto.
xlv. Deixar de registrar o conhecimento de frete na escrita fiscal, para
fugir ao pagamento de imposto.
xlvi. Cancelar o estabelecimento operações forjadas ou falsificadas para
fugir ao pagamento do imposto.
xlvii. Simular saídas158 para equilibrar ou ajustar a variação do estoque.
xlviii. Deixar o estabelecimento de promover o estorno de crédito ou ICMS,
ou faze-lo de em valor insuficiente ao exigido.
xlix. Promover o estabelecimento o estorno indevido de débito.
l. Faltar o estabelecimento com o recolhimento do imposto
devidamente apurado.
li. Utilizar o estabelecimento, documento falsificado para a
comprovação do recolhimento do imposto apurado.
lii. Deixar a instituição financeira de recolher aos cofres públicos o
tributo por ela arrecada.
liii. Deixar o agente arrecadador ou a instituição de promover o
recolhimento do tributo por ele arrecadado.

158
Se necessário, proceder a circularização com os destinatários.

200
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Índice desta Seção


Auditoria em documentos e livros fiscais 132
Aspectos Gerais sobre Documentos Fiscais 134
Identificação dos documentos fiscais 134
Emissão e Impressão de Documentos Fiscais 139
Selos Fiscais 140
Documentos Inidôneos 143
Documento fiscal como instrumento de correção ou de ajuste 144
Documentos cancelados 145
Documentos fiscais no estabelecimento 146
Extravio de documentos fiscais 146
Os Documentos Fiscais 147
Nota Fiscal Modelo 1 ou 1A 147
Nota Fiscal de Venda a Consumidor 152
Cupom Fiscal 153
Nota Fiscal do Produtor 153
Nota Fiscal Avulsa 154
Nota Fiscal Conta de Energia Elétrica 155
Nota Fiscal eletrônica 157
Nota Fiscal de Serviço de Comunicação 157
Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicação 158
Os Documentos do Transportador 160
Nota Fiscal de Serviço de Transporte 160
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas 162
Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas 163
Conhecimento Aéreo 164
Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas 166
Bilhete de Passagem Rodoviário 167
Bilhete de Passagem Aquaviário 168
Bilhete de Passagem e Nota de Bagagem 168
Bilhete de Passagem Ferroviário 169
Despacho de Transporte 170
Resumo de Movimento Diário 171
Ordem de Coleta de Cargas 172
Conhecimento de Transporte Avulso 173
Autorização para Carregamento e Transporte 173
Manifesto de Carga 175
Outras Informações relativas ao transporte e respectivos documentos 176
Facilidade ao transporte de passageiros 176
O Transporte Intermodal 176
A Inscrição Centralizada 177
O Redespacho 177
Outras disposições relacionadas ao transporte 178
Os Livros Fiscais 182
Livros Fiscais Obrigatórios 182

201
Manual da Auditoria Fiscal
Seção III - AUDITORIA EM DOCUMENTOS E LIVROS FISCAIS

Extravio de livros fiscais 183


Conhecendo os Livros Fiscais 183
Livro Registro de Entradas 183
Livro Registro de Saídas 185
Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque 186
Livro Registro do Selo Especial de Controle 188
Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais 189
Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências 189
Livro Registro de Inventário 190
Livro Registro de Apuração do ICMS 192
As Guias de Apuração e Informação 193
Outros Documentos 193
Análise Sugerida 196

202

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