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TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

CONTROLADA HIDRAULICAMENTE – PARTE 2

O fluido hidráulico é um componente crítico na operação de uma transmissão automática. É utilizado para
transferir força dentro do conversor de torque e provê a pressão necessária para aplicar nas várias embreagens
e cintas.

Arrefecer, lubrificar e limpar os componentes da transmissão. Essas são as funções do fluido. Antes de completá-
lo ou substitui-lo, no entanto, certifique-se de estar utilizando o tipo correto. O uso de um fluido incompatível
com a transmissão poderá mudar suas características e danificá-la. Nem sempre o fluido que serve no sistema
de direção hidráulica pode ser utilizado para a transmissão.
Para saber o tipo correto, consulte o manual do proprietário do veículo, um profissional que conheça a
transmissão, o fabricante ou o concessionário.

Radiadores – O fluido é arrefecido por um radiador de óleo específico para a transmissão, localizado na maioria
das vezes junto com o radiador do sistema de arrefecimento do veículo. O fluido aquecido troca seu calor com o
ar ambiente por meio das aletas e pelo líquido do sistema de arrefecimento do veículo.

Se o fluido da transmissão superaquecer, perderá sua capacidade de arrefecer e lubrificar e vai alterar as
características de mudança das marchas. Portanto, quando o sistema de arrefecimento apresentar problemas,
tais como uma válvula termostática emperrada ou junta de cabeçote avariada, por exemplo, o funcionamento da
transmissão automática poderá ser afetado, levando ao diagnóstico de que a peça está defeituosa. No entanto,
o problema estará em outra parte.

Por este motivo, o sistema de arrefecimento deve ser checado cuidadosamente quando uma transmissão
automática apresentar problemas de mudança de marchas. Nas transmissões mais modernas, seu radiador está
separado do radiador do sistema de arrefecimento, facilitando o diagnóstico. A faixa de operação normal do
fluido é de 85oC a 110oC. Algumas das causas mais comuns de superaquecimento da transmissão podem ser
reboque de trailers, dirigir em estradas montanhosas, alta temperatura ambiente, nível de fluido excessivamente
baixo ou alto, problemas com o sistema de arrefecimento do veículo, utilização de marcha errada.
Nível de fluido – Uma transmissão automática operada corretamente não deve consumir fluido durante seu
trabalho. Contudo, é uma boa prática inspecionar o nível do fluido periodicamente, para evitar perdas por
vazamento. Ao mesmo tempo, a condição do fluido também deve ser verificada.

As transmissões automáticas variam, respeitando o procedimento apropriado para verificação de seu fluido.
Consulte o manual do proprietário para se familiarizar com as técnicas recomendadas pelo fabricante.

Os procedimentos mais comuns para se fazer uma verificação efetiva são:

1. Aquecer previamente a transmissão, andando com o veículo por pelo menos 10km.
2. Colocar o carro em um piso plano.
3. Posicionar a alavanca seletora de marchas em “P”.
4. Manter o veículo em marcha lenta durante a verificação.
5. O nível deverá estar entre as marcas “C” (Cold,Frio) e “H” (Hot,Quente) ou entre os pontos mínimo e
máximo da marcação “Quente”. Não é recomendada a verificação do nível com o motor frio.

Se o nível do fluido estiver baixo, certifique-se de adicionar somente a quantidade necessária para alcançar a
marca correta. Se o nível estiver acima do normal, retire o excesso imediatamente. O excesso é mais prejudicial
que a falta, porque causa cavitação e perda de pressão nos componentes da transmissão, gerando desgaste.

O fluido também deverá ser examinado quando:

1. Apresentar um aspecto leitoso. Essa aparência indica que o fluido foi contaminado com água. Nesse
caso, o primeiro passo é descobrir como a água entrou na transmissão. Pode ser porque o veículo
passou por enchente ou porque o sistema de arrefecimento está com problemas. Antes de substituir o
fluido, o defeito precisa ser sanado.
2. Aspecto demasiadamente escuro e com cheiro de queimado. Provavelmente, existem partículas
provenientes dos discos múltiplos ou cintas. Nessa situação, não adianta substituir somente o fluido,
uma vez que a transmissão está comprometida e deverá ser reparada.
3. Fluido escuro e com cheiro característico indica desgaste normal da transmissão, devendo ser
substituído por outro de mesmas características. Em uso normal, a troca do fluido deve acontecer a
cada 50.000 km.

Para realizar a inspeção, utilizar um pano branco limpo, sem fiapos, que facilita a visualização do fluido.

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