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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO


COORDENADORIA DE PESQUISA

RELATÓRIO FINAL
PIBIC

Título do Projeto: Efeitos da sazonalidade pluvi-fluviométrica e do uso e ocupação do solo na


qualidade da água em rios com reservatórios: o caso da pch sítio grande
Título do Plano de Efeitos da sazonalidade pluvi-fluviométrica e do uso e ocupação do solo na
Trabalho: qualidade da água em rios com reservatórios: o caso da pch sítio grande

Bolsista: Jossy Mara Simões Cardoso

Orientador: Wanderley de Jesus Souza

RESUMO
Os diversos usos múltiplos dos recursos hídricos tem provocado a ocorrência de conflitos entre os variados
usuários de água. Nesse contexto, a bacia hidrográfica se destaca como a unidade territorial da gestão e do
planejamento, mas, para isso, é necessário conhecer e entender a dinâmica dos usos e ocupações do solo e sua
contribuição para poluição dos recursos hídricos. Conhecer também, os fatores hidrológicos como intensidade e
duração das precipitações; e, regime pluviométrico e fluviométrico anual. A forma como estes fatores se
relacionam na bacia podem contribuir para a poluição dos cursos hídricos em maior ou menor quantidade.
Levando em conta o exposto acima, esta pesquisa realizou um diagnóstico ambiental na bacia do Rio das
Fêmeas, a fim de se analisar a variação qualitativa e quantitativa da água do referido rio, considerando as
interferências naturais e antrópicas. Para tanto, realizou-se as seguintes atividades de pesquisa na bacia: obtenção
e avaliação das características morfométricas, utilizando geotecnologias como técnicas de apoio; análise da
ocupação do solo para os anos de 2008, 2011 e 2012, através da classificação supervisionada; caracterização
pluvi-fluviométrica, utilizando série histórica com 29 anos dados (1985 a 2013); e, análise dos efeitos da
ocupação do solo na qualidade da água do Rio das Fêmeas, utilizando-se de 20 parâmetros físicos, químicos e
microbiológicos monitorados pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia em quatro
campanhas durante os anos de 2011 e 2012. Na análise da ocupação do solo, observou-se que em todos os
trechos, exceto o T3, houve aumento de área antropizada de 2008 a 2012. Na caracterização pluvi-fluviométrica
anual e mensal, percebeu-se uma tendência geral de redução para as duas variáveis hidrológicas. Na análise da
qualidade da água observou-se que a maioria dos parâmetros situou-se abaixo do valor máximo permitido,
conforme referenciados na literatura. Este trabalho foi desenvolvido em parceria com pesquisadores do mestrado
da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), e teve como objetivo avaliar a interferência sazonal da
precipitação na vazão do rio e na qualidade da água no trecho do Rio das Fêmeas, onde se encontra localizada a
PCH Sítio Grande na bacia do Rio das Fêmeas - BRF, município de São Desiderio – BA. Como frutos, obteve-se
uma dissertação de mestrado de duas publicações.

Palavras-chave: bacia hidrográfica, Rio das Fêmeas, geotecnologias.

1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, vem ocorrendo vários fóruns de discussão sobre questões relacionadas ao uso dos recursos
hídricos em função do crescimento demográfico e econômico do Brasil. Além do aumento da demanda, que tem
gerado conflitos de utilização em várias regiões do país, houve progressiva degradação da qualidade das águas
dos rios em virtude da intensificação das atividades industriais, agropecuárias e de mineração (BRASIL, 2013).
De acordo com Tundisi (2006) todos os usos múltiplos da água produzem impactos complexos e com efeitos
diretos e indiretos na economia, na saúde humana, no abastecimento público e na qualidade de vida das
populações humanas e na biodiversidade.
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Pensando em uma adequada gestão dos recursos hídricos os legisladores brasileiros aprovaram a Lei 9.433/97 a
qual institui a Política Nacional de Recursos Hídricos – PNRH. Segundo essa Lei, a unidade territorial onde deve
se dar o gerenciamento dos recursos hídricos para atuação e implementação da PNRH é a bacia hidrográfica.
As bacias hidrográficas constituem unidades ambientais de fundamental importância nos estudos
interdisciplinares, visando o seu manejo sustentável. A gestão eficiente desta unidade é um fator básico e
fundamental para o planejamento e uso racional de seus recursos naturais, principalmente o manejo eficaz da
água que é um recurso de vital importância para os seres vivos (DE SÀ et al., 2012).
A adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento se faz indispensável, não apenas pelos aspectos
hidrológicos, como também, pelo fato de que dentro de uma bacia ocorrem inúmeras interações entre aspectos
bióticos, abióticos e antrópicos que influenciam direta e indiretamente a dinâmica dos recursos hídricos,
fazendo-se necessário o conhecimento de todos esses aspectos (características morfométricas, climáticas,
pedológicas, geomorfológicas, bem como, o uso e ocupação dos solos) e das respostas do ambiente as alterações
dos mesmos (SILVA et al., 2015).
Tendo em vista a necessidade de uma gestão adequada dos recursos hídricos, o monitoramento ambiental da
qualidade destes recursos é um importante instrumento para qualquer processo de gerenciamento, assegurando o
acompanhamento das pressões antrópicas, do estado da água e ambientes aquáticos e das respostas ou resultados
do sistema de gestão e ações efetivadas no controle e proteção dos recursos hídricos (MAGALHÃES JÚNIOR,
2007).
Nesse âmbito, esse projeto teve como objetivo geral avaliar os efeitos da sazonalidade pluvi-fluviométrica e do
uso e ocupação do solo na qualidade da água à jusante do reservatório da PCH Sítio Grande localizada na bacia
do Rio das Fêmeas - BRF, município de São Desiderio – BA; e objetivos específicos: Investigar a influência
qualitativa da sazonalidade pluvi-fluviométrica sobre os parâmetros da qualidade da água avaliados; e realizar a
identificação dos usos e ocupação no entorno da área estuda e correlacioná-los com os parâmetros de qualidade
da água no trecho.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Área de Estudo
A Sub-bacia hidrográfica do rio das Fêmeas localiza-se entre os paralelos 11° 15’ S e 13º 30’S e os meridianos
43º 45’W e 46º 30’W, dentro da bacia do rio Grande, e possui uma área de 5.825 km², que compreende 42% do
município de São Desidério, no oeste do estado da Bahia, como mostra a Figura 1 abaixo. A vegetação
dominante na sub-bacia é o cerrado e os solos predominantes são os Latossolos. O clima da região classifica-se
como Aw (Köppen) (clima tropical com chuvas de verão), com temperatura média anual de 23,2 °C, e umidade
média relativa do ar variando entre 45% a 79%.

Figura 1: Localização da Bacia do Rio das Fêmeas.


Fonte: Silva, 2015.

2.2 Caracterização pluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas


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- Obtenção e tratamento dos dados


Para se proceder ao preenchimento de falhas dos dados pluviométricos, selecionaram-se oito estações
pluviométricas da rede da Agência Nacional de Águas - ANA (Figura 2; Tabela 1), dos quais três deles
encontram-se instalados na sub-bacia do rio das Fêmeas e cinco em bacias hidrográficas vizinhas. A sub-bacia
em questão não dispõe de muitas estações pluviométricas cadastradas no banco de dados da ANA, e entre as
existentes muitas apresentam falhas e outras apresentam períodos de dados curtos. Dessa forma, optou-se por
selecionar as que apresentaram períodos de dados entre os anos 1985 a 2013, possibilitando o preenchimento das
falhas de uma série temporal de 28 anos. Nessas condições apenas três estações localizadas na sub-bacia foram
selecionadas, no entanto, sabe-se que postos pluviométricos de bacias hidrográficas vizinhas podem apresentar
áreas de influência dentro de outra bacia, assim através do polígono de Thiessen (Figura 2) foi possível traçar
estas áreas de influência e selecionar os outros cinco postos utilizados para a realização do presente trabalho.

Figura 2: Localização e Áreas de Influência das Estações Pluviométricas Utilizadas.

Tabela 1: Informações sobre as estações pluviométricas.

Código Estação Operador Latitude Longitude Município/UF


Audora do Audora do
01246001 ANA/CPRM 12°42’50” 46º24’31”
Norte Tocantins-TO
São Domingos-
01346000 São Domingos ANA/CPRM 13º23’51” 46º18’57”
GO
São Desidério-
01245007 Sítio Grande ANA/CPRM 12º25’50” 45º05’09”
BA
São Desidério-
01245005 Derocal ANA/CPRM 12º24’41” 45º07’13”
BA
São Desidério-
01245015 Roda Velha ANA/CPRM 12º45’55” 45º56’38”
BA
01245014 Fazenda Johá ANA/CPRM 12º07’32” 45º48’39” Barreiras-BA
Fazenda
01245004 ANA/CPRM 12º08’05” 45º06’15” Barreiras-BA
Redenção
01346007 Fazenda Prainha ANA/CPRM 13º19’49” 46º03’44” Correntina-BA

Para o preenchimento das falhas utilizou-se o Método de Ponderação Regional descrito por Bertoni e Tucci
(2007) apresentado pela Equação 1. O método da ponderação regional é geralmente utilizado para o
3

preenchimento de séries mensais e anuais. Para o preenchimento das séries mensais foi importante selecionar
postos vizinhos àqueles que apresentaram falhas, visto que estes auxiliaram na determinação dos valores que
complementaram as séries.
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1 M M M 
Px   x Pa  x Pb  x Pc  equação (1)
3  Ma Mb Mc 

Em que,
Px = precipitação mensal na estação com falha;
Mx = precipitação anual na estação com falha;
Ma, Mb, Mc = precipitação anual nas estações vizinhas; e
Pa, Pb, Pc = precipitação mensal nas estações vizinhas no mês a ser corrigido.

A homogeneidade dos dados pluviométricos foi determinada através do método das duplas massas desenvolvido
pela Geological Survey (USA), o qual visa corrigir erros sistemáticos. Posteriormente ao preenchimento de
falhas e análise de homogeneidade procedeu-se a espacialização da precipitação média anual na sub-bacia
hidrográfica utilizando-se o método de interpolação inverso do quadrado da distância (IQD) com o auxilio do
ArcGIS 10.
Para o preenchimento das falhas realizou-se primeiramente a caracterização das mesmas. Assim, observou-se a
existência de 84 falhas no período de 1985 a 2013, correspondendo a 24, 2% dos dados, sendo que as mesmas
ocorreram principalmente no ano de 2006.
Seguido o preenchimento das falhas nas séries mensais de cada estação, procedeu-se a análise de homogeneidade
pelo método das duplas massas. Sendo assim, utilizando o Excel, foram calculados os totais anuais acumulados e
posteriormente os valores foram plotados no sistema cartesiano, em um gráfico do tipo dispersão, no qual o eixo
das ordenadas (Y) corresponde aos valores das precipitações anuais acumuladas de cada posto e no eixo das
abscissas (X) os totais médios da precipitação anual acumulada da bacia em questão.

2.3 Caracterização fluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas


Para a caracterização fluviométrica, utilizou-se a estação Derocal (código 46455000), localizada nas
coordenadas 12°24’38” de latitude sul e 45°07’20” de longitude oeste, a qual apresenta uma série com 29 anos
de dados de vazões (1985-2013), o que permitiu uma boa análise do comportamento das mesmas mediante as
alterações ocorridas na bacia. A série histórica da estação Derocal foi obtida através do banco de dados da ANA,
no entanto, durante a análise da série foram identificados erros nos valores de vazões a partir do ano de 2011,
devido ao assoreamento das réguas linimétricas observado no referido posto. Com base nisso, foi solicitada à
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), órgão administrador da estação, os dados corrigidos, os
quais foram acrescentados aos dados anteriormente obtidos, complementando assim a série histórica. A série
histórica de vazões diárias apresentou 30 falhas distribuídas entres os anos de1986, 1995, 2010 e 2011, as quais
foram preenchidas através do método linear, antes da realização das análises. O regime hidrológico do Rio das
Fêmeas foi descrito pelas características diárias, mensais e anuais, através de análises gráficas e posteriormente
foram comparados ao regime pluviométrico da área.

2.4 Caracterização da ocupação do solo da bacia


O estudo da evolução da ocupação da bacia buscou avaliar o padrão de mudanças ocorridas para os mesmos
períodos utilizados na avaliação da qualidade da água, sendo assim, utilizadas imagens dos anos de 2011 e 2012,
período referente aos dados medidos. Avaliou-se também o ano de 2008, visto que para esse ano (como também
para 2011) foi realizada a análise de reflectância onde foi estimado o comportamento de alguns parâmetros.
As imagens utilizadas para a área de estudo passaram pela etapa de seleção, seguida pelos processos de
composição colorida, correção geométrica, classificação e edição matricial. Após todo esse processo foi feita a
quantificação das classes especificadas e a geração de mapas e gráficos para a comparação dos processos de
ocupação - nos 4 (quatro) trechos utilizados na avaliação da qualidade da água - entre os anos de 2008, 2011 e
2012.

- Seleção de imagens
A evolução temporal da ocupação da bacia do Rio das Fêmeas foi observada através do processo da classificação
supervisionada. Para tanto, utilizou-se imagens dos satélites Landsat 5, sensor TM (Thematic Mapper) e IRS-P6,
também conhecido como RESOURCESAT-1 do sensor LISS-III. As imagens do Landsat e do IRS-P6 foram
obtidas do catálogo de imagens do INPE. Na Tabela 2 estão apresentados os dados de cada imagem.

Tabela 2: Informações das imagens de satélite utilizadas.

DATA DO
ANO SATÉLITE ÓRBITA/PONTO
IMAGEAMENTO
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2008 Landsat 5 220/69 24/07/2008


2011 Landsat 5 220/69 02/08/2011
2012 IRS-P6 329/85; 329/86; 330/85; 330/86 10/07/2012; 15/07/2012

A escolha dos períodos de avaliação do processo de evolução da ocupação da bacia basearam-se no estudo de
alteração hidrológica, que utilizou o ano de 2008 como separador entre os período pré e pós-impacto e nas
campanhas de qualidade de água, realizadas em 2011 e 2012.

- Composição Colorida
As imagens são originalmente formadas no modo monocromático, em que cada detector é sensível à
determinada faixa do comprimento de onda. O olho humano é sensível apenas na região do visível, neste aspecto
o processo da composição colorida foi realizado para deixar os alvos da imagem perceptíveis ao olho humano. O
processo da composição colorida das imagens foi realizado no software ArcGIS 9.3, utilizando-se as bandas
TM1, TM2, TM3, TM4, TM5, e TM7, (no caso do Landsat 5). No satélite IRS-P6 a composição foi feito com as
todas as bandas.

- Correção geométrica das imagens


Para a correção geométrica das imagens utilizadas na pesquisa, empregou-se a técnica de registro “imagem para
imagem”, utilizando como referência a imagem ortorretificada GeoCover 2000, para garantir que as coordenadas
geográficas das mesmas fossem correspondentes às coordenadas da área estudada. Este método consiste na
coleta de pontos de controle na imagem a ser registrada e na imagem de referencia. Dessa forma, foram
distribuídos em cada imagem cerca de 10 pontos correspondentes a alvos constantes, bem distribuídos, e
facilmente identificados nas duas imagens. O software utilizado para essa operação foi o ArcGIS 9.3.

- Processo de Classificação
Nesta etapa, as imagens orbitais passaram pelo processo de classificação automática do tipo supervisionada, pelo
fato de se ter conhecimento da área estudada. Assim, com a utilização do software Erdas Imagine 2010, a área de
estudo foi classificada em duas classes: Classe I, correspondente a áreas antropizadas e Classe II referentes a
áreas naturais.
A Classe I englobou as áreas desmatadas, com atividades agrícolas, aglomerados populacionais e queimadas
com limites definidos. Já a Classe II, referente à vegetação natural, englobou os cursos d’água da bacia do Rio
das Fêmeas, todos os tipos de formações naturais, áreas regeneradas e queimadas sem limites definidos (ou seja,
de ocorrência natural, fenômeno típico do Cerrado).
Para definição das Classes I e II foram indicados ao classificador o que caracterizava determinada classe, ou seja,
foram definidas as assinaturas através do comando Classifer > Signature editor > AOI. Dessa forma, para cada
uma das classes foram definidas amostras simples, cuja média entre elas permitiu a definição de uma amostra
composta que foi utilizada no processo de classificação, o qual foi feito através do comando Classify >
Supervised. A fim de melhorar a separabilidade entre as Classes I e II utilizou-se nas imagens, um filtro
majoritário de 5x5, também com a utilização do software Erdas Imagine 2010.
O classificador utilizado nesse processo foi o Máxima Verossimilhança (MaxVer) que é muito utilizado em
sensoriamento remoto para classificação digital de imagens multiespectrais e que segundo Meneses e Almeida
(2012), considera a ponderação das distâncias entre as médias dos valores dos pixels das classes, utilizando
parâmetros estatísticos.

- Edição Matricial e Tabulação dos dados


Ao final do processo de classificação, realizou-se uma inspeção visual das imagens utilizadas, com o objetivo de
encontrar erros apresentados pelo classificador, visto que todo processo de classificação automática está sujeito a
erros. Um tipo de erro que pode acontecer é, por exemplo, uma área agrícola ser classificada como natural em
virtude de diferenças nos valores de reflectância, pois na imagem a área agrícola pode estar representada em
diferentes estágios, como, solo exposto, vegetação seca ou densa que possuem reflectâncias distintas. Para
correção das inconsistências e melhoramento da qualidade da classificação das imagens foi realizado o processo
de edição matricial através do software Erdas Imagine 2010 e posterior confecção dos mapas temáticos do
processo de ocupação.
Após a finalização dos mapas realizou-se a tabulação dos dados das classes definidas na área de estudo, através
do software ArcGIS 9.3, no qual foi feita a quantificação das áreas a partir da utilização da ferramenta Tabulate
Area. Com a conclusão da tabulação dos dados das classes, foram gerados gráficos, com auxílio do Excel, que
quantificaram o padrão de alteração das classes representadas nas imagens classificadas, entre os quatro trechos
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avaliados.

2.5 Análise dos parâmetros de qualidade da água medidos


Os parâmetros físico, químicos e microbiológicos, da qualidade da água avaliados nos trechos do rio foram
fornecidos pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia – INEMA. Para obtenção dos dados
foram realizadas quatro campanhas de amostragem, duas no período seco (C1- Agosto de 2011 e C4-junho de
2012) e, duas no período chuvoso (C2-novembro 2011 e C3-março de 2012), considerando-se as condições de
tempo favoráveis, sem ocorrência de chuvas nas 24h que antecederam as coletas. Como observado, as
campanhas foram interrompidas em 2012 e até o presente momento não foram retomadas, sendo assim, não
existe disponibilidade de dados antes e depois desse período que abranja os 12 pontos de amostragens.
As amostras foram realizadas pela CONAGUA, - empresa que trabalha sob os requisitos do sistema de gestão da
qualidade ISO 17025 (ISO - Organização Internacional para Padronização), atendendo aos padrões de qualidade
do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e Rede Brasileira de
Laboratórios (REBLAS) - analisadas em conformidade com os procedimentos recomendados no Standard
Methods for Examination of Water and Wastewater, AWWA/APHA - (2005) e classificadas com base na
Resolução CONAMA 357/2005 para rios de Classe 2.
Os parâmetros físico, químicos e microbiológicos avaliados foram: Alcalinidade, Cádmio Total, Cálcio Total,
Carbono Orgânico Total e Dissolvido, Chumbo Total, Cloreto, Clorofila “a”, Cobalto Total, Cor Verdadeira,
Demanda Bioquímica de Oxigênio, Demanda Química de Oxigênio, Feofitina, Ferro Total, Fosfato Total,
Fósforo Total, Magnésio Total, Mercúrio Total, Nitrato, Nitrito, Nitrogênio amoniacal Total, Óleos e Graxas,
Pesticidas Organoclorados em água, Organofosforados e Carbamatos Totais, Potássio Total, Salinidade, Sódio
Total, Sólidos Suspensos Totais e Sólidos Totais Dissolvidos, Sulfato Total, Sulfeto (H2S dissociado), Bactérias
Heterotróficas e Coliformes Termotolerantes, sendo estes analisados em laboratório, enquanto que o Oxigênio
Dissolvido, Potencial Hidrogeniônico (pH), Condutividade Elétrica, Temperatura da Água, Transparência da
Água e Turbidez foram analisados em campo.
Devido ao grande volume de dados disponíveis, o projeto selecionou 20 (vinte) parâmetros entre os físicos,
químicos e microbiológicos (Tabela 3), levando em consideração as características da área em questão e tendo os
devidos cuidados para que os parâmetros selecionados, de fato viessem a traçar um panorama da qualidade da
água do trecho do Rio das Fêmeas em estudo.

Tabela 3: Parâmetros físico-químicos e microbiológicos estudados nesse projeto.

LIMITE DE
PARÂMETROS
QUANTIFICAÇÃO
Carbono orgânico total 0,2 mg L-1
Clorofila “a” --
Compostos Organofosforados e
0,15 % IAE
carbanatos totais
Demanda Bioquímica de
0,30 mg L-1
Oxigênio
Demanda Química de Oxigênio 0,03 mg L-1
Fósforo total 0,004 mg L-1
Nitratos 0,10 mg L-1
Nitrogênio Amoniacal total 0,002 mg L-1
Bactérias heterotróficas --
Coliformes termotolerantes --
Alcalidade 1,00 mg L-1
Cálcio total 0,08 mg L-1
Chumbo total 0,003 mg L-1
Cloreto total 0,5 mg L-1
Potássio total 0,01 mg L-1
Sódio total 0,10 mg L-1
Turbidez 0,21 UNT
Sólidos totais dissolvidos 1,00 mg L-1
Sólidos suspensos totais 1,00 mg L-1
Cor verdadeira 1,00 mg Pt L-1
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3. RESULTADOS
3.1 Caracterização pluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas
Na Tabela 4 apresentam-se as caraterísticas das estações utilizadas nesta pesquisa.

Tabela 4: Caracterização das Falhas das Séries Históricas Utilizadas.


N° % DE
CÓDIGO ESTAÇÃO PÉRIODOS DE FALHAS
DE FALHAS FALHAS
Jan/2000; Out a Dez/2006;
01246001 Audora do Norte 15 4,31 Jan a Ago/2007; Abr e Mai/2008;
Jan/2011.
Jan e Fev/2000; Nov a Dez/2006;
01346000 São Domingos 14 4
Jan a Ago/2007; Mai/2008.
01245007 Sítio Grande 1 0,29 Mai/2009
01245005 Derocal 4 1,15 Jun e Jul/2006; Mai/2009; Out/2011
Set a Nov/2007; Jul e Ago/2004;
01245015 Roda Velha 19 5,56 Fev/2005; Jul a Dez/2005; fev a
Jun/2006; Abr/2007; Ago/2008;
Ago/1999; Mai e Dez/2003; Abr a
01245014 Fazenda Johá 8 2,3
Jul/2006; Mai/2009
Abr/1991; Jul/2001; Abr a Jul/2006;
01245004 Fazenda Redenção 8 2,3
Mai/2009; Out/2012
Out e Nov/2002; Nov e Dez/2003;
01346007 Fazenda Prainha 15 4,31 Maio/2004; Mar a Jun/2006; Set a
Dez/2006; Jan e Fev/2007.
TOTAL - 84 24,22 -

Na Figura 3 apresentam-se as curvas das duplas massas para todos os postos pluviométricos estudados, nas quais
foi analisada, em cada estação, a consistência da série histórica com a média das estações vizinhas, e logo abaixo
a Tabela 5 apresenta os coeficientes de determinação (r²) obtidos para cada estação.

Figura 3: Análise de homogeneidade dos dados de precipitação.

Tabela 5: Valores dos coeficientes de determinação (r²) e equação da reta


CÓDIGO ESTAÇÃO r² EQUAÇÃO
01246001 Audora do Norte 0,9979 y = 0,6969x - 456,67
01346000 São Domingos 0,9996 y = 1,0221x - 61,04
01245007 Sítio Grande 0,9995 y = 0,8814x + 488,98
01245005 Derocal 0,9974 y = 0,8195x - 643,85
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01245015 Roda Velha 0,9985 y = 0,986x + 33,703


01245014 Fazenda Johá 0,9995 y = 1,0125x - 205,31
01245004 Fazenda Redenção 0,9975 y= 0,7345x - 250,66
01346007 Fazenda Prainha 0,9994 y = 1,0666x + 667,28

Na Figura 4 apresenta-se a variabilidade espacial das precipitações na sub-bacia hidrográfica do Rio das Fêmeas.

Figura 4: Distribuição da precipitação média anual na Sub-bacia do rio das Fêmeas, BA.

3.2 Caracterização fluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas


Na Figura 5 apresentam-se os dados de precipitações médias anuais para a área de estudo no período de 1985 a
2013.
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Figura 5: Precipitações médias anuais na bacia do Rio das Fêmeas no período de 1985 a 2013.

A próxima figura apresentam as vazões (Q) médias, mínimas e máximas anuais para o período de 1985 a 2013.

Figura 6: Vazões anuais na bacia do Rio das Fêmeas no período de (1985 a 2013).

3.3 Caracterização da ocupação do solo da bacia


A Figura 7 mostra a localização dos trechos avaliados nessa pesquisa e a evolução do processo de ocupação da
bacia através do aumento e diminuição das classes I e II, área antropizada e área natural, respectivamente.
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Figura 7: Localização dos trechos avaliados e o processo de ocupação do solo nos anos de 2008, 2011 e 2012.

3.4 Condições pluvi-fluviométricas nos períodos de análise dos parâmetros de qualidade da água
A Figura abaixo mostra a relação entre a quantidade de vazão e precipitação na época das análises dos
parâmetros de qualidade da água.

Figura 8: Períodos de realização das campanhas de amostragem e condições pluvifluviométricas locais.

4. DISCUSSÃO
4.1 Caracterização pluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas
Pela Tabela 4 pode-se observar que as estações Sítio Grande, Derocal e Roda Velha, que se localizam dentro da
sub-bacia do Rio das Fêmeas, apresentaram falhas variando de 0,29 a 5,56%. As estações (Audora do Norte, São
Domingos Fazenda Johá, Fazenda Redenção e fazenda Prainha) que se encontram fora da sub-bacia
apresentaram índice de falha variando de 2,3 a 4,31%. Embora o percentual de falhas de todas as estações tenha
sido baixo, o preenchimento é necessário para avaliação dos dados pluviométricos.
Através da Figura 3 observou-se que para todas as estações uma consistência das séries históricas, visto que estas
apresentaram comportamento linear e os coeficientes de determinação (r²) obtidos estavam todos próximos de 1
(Tabela 5), garantindo assim uma boa homogeneidade dos dados preenchidos.
A Figura43 mostra que os valores médios anuais de precipitação variaram entre 976,9 mm a 1.744,8 mm. Pode-
se observar que o gradiente de precipitação tende a aumentar da foz, que se localiza no município de São
Desidério (BA), em direção às nascentes da sub-bacia, região que limita com os estados de Tocantins e Goiás.
Os valores de precipitação condizem com estudos já realizados na área que apresentam valores semelhantes aos
das médias anuais encontradas, conforme Pimentel et al. (2000) que encontrou médias anuais entre 1.100 e 1.700
mm.ano-¹.

4.2 Caracterização fluviométrica da Bacia do Rio das Fêmeas


A precipitação (PPT) média anual, baseando no ano civil (período 1985 a 2013), foi de 1.179,85 mm -1ano-1, com
desvio padrão de 216,06 mm ano-1. A precipitação máxima foi registrada para o ano de 1992 com valor de
1.627,68 mm ano-1 e a mínima para o ano de 1990 com valor de 737,32 mm ano-1. Apesar do ano de 1992 ter
apresentado o maior valor de precipitação para o período avaliado é possível notar na Figura 5, que o valor
correspondente teve um comportamento atípico, visto que no geral observa-se uma tendência de diminuição das
precipitações ao longo dos anos, situação esta verificada também por Albuquerque (2009). Observa-se que a
Equação que descreve o comportamento das precipitações ao logo dos anos apresenta uma reta do tipo y = -
ax+b, com coeficiente de inclinação negativo, tendendo à redução dos valores.
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COORDENADORIA DE PESQUISA

Na Figura 6 deve-se dar atenção especial a partir de 1992, pois entre os anos de 1992 e 2013, as vazões médias
variaram entre 64,72 m³ s-1e 37,27m³ s-1, respectivamente. As mínimas variaram entre 46,01 m³ s-1e 24,20 m³ s-
1
, correspondente aos anos de 1992 e 2011, respectivamente, e as máximas variaram entre 173,17 m³ s -1 e 58,18
m³ s-1, correspondentes aos anos de 1992 e 2008, respectivamente.

4.3 Caracterização da ocupação do solo da bacia


Observa-se através da Figura 7 acima que o processo de ocupação da bacia no ano de 2008 já era bastante
intenso principalmente na porção oeste da mesma, expandindo-se aos poucos para as porções mais a leste, à
medida que as áreas mais a oeste já se encontram intensamente ocupadas.
Outra característica interessante observada entre os mapas de ocupação de 2008, 2011 e 2012 é que a classe II
(área antropizada), principalmente no trecho T1, apresentou polígonos com formas bem delimitadas e retilíneas,
que evidenciam a predominância de áreas agrícolas na região, como também algumas formas circulares, as quais
caracterizam áreas com irrigação do tipo pivô-central. O que pode justificar a grande aptidão agrícola do trecho é
o fato deste ter predominância de latossolos, que segundo Ker (2013), constituem a classe de solo de maior
utilização agrícola no país.
Na Figura 7 verifica-se ainda, que nos demais trechos (T2, T3 e T4) localizados mais a leste da bacia, o processo
de ocupação ocorreu de forma mais discreta e com uma menor velocidade que a observada no trecho T1. Nesses
trechos verificaram-se apenas pequenas manchas de antropização, sem formas definidas, visto que neles a
atividade agrícola não ocorre na mesma escala observada no trecho T1, o que pode ser devido ao tipo de solo,
visto que na área há ocorrência de neossolos quatzarênicos, que de acordo com Coelho et. al. (2002) apresentam
grandes limitações ao uso agrícola devido a sua textura arenosa, a baixa agregação de partículas, a baixa
fertilidade e aos altos teores de alumínio; bem como às características do relevo, que na área dos trechos T2, T3
e T4 apresenta-se com maiores declividades, o que aumenta a velocidade de escoamento superficial, diminui a
retenção de água no solo, sendo mais suscetíveis a processos erosivos, caso não haja um manejo adequado do
solo.

4.4 Análise dos parâmetros de qualidade da água medidos


As condições observadas para o período de realização das campanhas de amostragem da qualidade da água estão
demonstradas na Figura 8, onde se verifica a existência de períodos sazonais distintos (seco e chuvoso), cujas
condições de precipitação e vazão apresentaram comportamentos diferentes.
As campanhas C2 e C3 apesar de terem sido realizadas em períodos chuvosos apresentaram precipitações com
intensidades bem distintas, sendo que no mês de novembro/2011, período de realização de C2, a precipitação foi
oito vezes superior (335,20 mm) a registrada para C3 (41,00 mm) que ocorreu em março/2012. Isso significou
aumento na vazão mensal que em novembro/2011 foi de 52,49 m3s-1 e em março/2012 foi de 43,50 m3s-1. Para
os meses de realização das campanhas C1 (Agosto/2011) e C4 (Julho/2012), por sua vez, não houve precipitação
e as vazões mantiveram - se bem próximas, C1 (32,62 m3s-1) e C4 (33,15 m3s-1) e abaixo da registrada para as
campanhas C2 e C3.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (máximo 15)


BRASIL. Agencia Nacional de Águas. Módulo 1 – Política Nacional de Recursos Hídricos: fundamentos,
objetivos e diretrizes. 2013.

BRASIL. Lei nº 9433. 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, Cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Brasília, 1997. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br>. Acesso em: 20 jul. 2015

COELHO, M.R. O Recurso Natural Solo. In: MANZATTO, C. V. et al. Uso agrícola dos solos brasileiros. Rio
de Janeiro: Embrapa Solos, 2002. p.1-11.

DE SÁ, T. F. F. et al. Bacias hidrográficas e gestão ambiental integrada através de sig. Anais 8º Simpósio
brasileiro de captação e manejo de água da chuva. Campina Grande-PB. 2012.

KER, J. C. Latossolos do Brasil: uma revisão. Revista Geonomos, v. 5, n. 1, p.17-24, 2013.

MAGALHÃES JÚNIOR, A. P. Indicadores ambientais e recursos hídricos: realidade e perspectivas para


o Brasil a partir da experiência francesa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 688p.
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COORDENADORIA DE PESQUISA

SILVA, N. S. et al. Análise das características morfométricas e de susceptibilidade a enchentes da sub-


bacia do Rio das Fêmeas, Oeste da Bahia com uso de Geotecnologias. Anais XVII Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto - SBSR, João Pessoa-PB, Brasil, 25 a 29 de abril de 2015, INPE.

PIMENTEL, A. L. et al. Estimativa da recarga do aquífero Urucuia na sub-bacia das Fêmeas – Oeste da
Bahia, utilizando separação de hidrogramas. In: ALBUQUERQUE. , A.C.L.A. Estimativa de recarga da bacia
do Rio das Fêmeas através de métodos manuais e automáticos. 2009. 101f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Florestal), Universidade Brasília, Brasília, DF.

TUNDISI, J. G. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista USP, São Paulo, n.70, p. 24-
35, jun./ago. 2006. Disponível em: <http://www.usp.br/revistausp/70/03-josegalizia.pdf>. Acesso em: 28 ago.
2015.

6. ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO


1. Obtenção dos dados hidrológicos de estações pluviométricas da Bacia do Rio das Fêmeas e estações vizinhas;
2. Tratamento dos dados hidrológicos através do preenchimento de falhas; 3. Análises dos dados de qualidade da
água do Rio das Fêmeas; 4. Cruzamento dos dados de chuva com qualidade da água; 5. Revisões de Literatura;
6. Escrever artigos; 7. Obtenção de imagens de satélites do INPE e de banco de dados de outros projetos
acadêmicos da UFOB referente aos anos de 2008 a 2014 da área que compreende a BRF; 8. Tratamento das
imagens através de composição colorida, corte, edição matricial, aplicação de filtro, cálculos de área e outros
com o auxílio do software ArcGIS 9.3 e do Erdas Image 2010.

7. PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES CIENTÍFICAS E PUBLICAÇÕES


Participação no III Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental. Neste mesmo congresso o trabalho
ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA E ESPACIALIZAÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES NA SUB-BACIA DO RIO
DAS FÊMEAS, BA, do qual fui coautora, foi selecionado para apresentação oral.
Publicação do artigo intitulado ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS E DE
SUSCEPTIBILIDADE A ENCHENTES DA SUB-BACIA DO RIO DAS FÊMEAS, OESTE DA BAHIA COM
USO DE GEOTECNOLOGIAS no XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto – SBSR, qual também
fui coautora.

8. DIFICULDADES ENCONTRADAS / CAUSAS E PROCEDIMENTOS PARA SUPERÁ-LAS


A falta de dados em muitos momentos foi o principal empecilho no avanço das pesquisas. Para driblar este
quesito, optamos por muita persistência as pessoas e/ou órgãos cabíveis.
Outro problema a se destacar foi a dificuldade de acesso a internet nos laboratórios. Ora por ter caído ora por
problemas técnicos nos computadores ou velocidades muito baixas. Comunicamos os problemas aos técnicos da
manutenção e ao professor responsável pelo laboratório. A resolução não foi imediata, mas concluída.
Ainda com relação a tecnologias, já no final da pesquisa, o programa Erdas Image 2010 ficou sem licença por
várias vezes. A pesquisa ficou bastante desgastada nesse momento, pois nós não conseguíamos avançar dia após
dia. Comunicamos ao professor responsável pelo laboratório de geoprocessamento e o mesmo encaminhou as
demandas aos técnicos. Eles resolveram o problema após dias de espera.
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PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
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Barreiras, 13 de agosto de 2015.

Orientador (a)

Secretaria do Programa
Rua José Seabra de Lemos 316, Recanto dos
Pássaros, CEP: 47808-021
Tel.: (77) 3614-3513
E-mail: pibic@ufob.edu.br

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