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Macroeconomia I

II. Informação Macroeconómica


(agregados macroeconómicos)
Ano lectivo 2008/09

1G202

1. Medição da actividade económica

Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Setembro 2008

I.N.E., Contas Nacionais Trimestrais, Setembro 2008

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 2

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
1. Medição da actividade económica

Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Setembro 2008

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2. Produto, desemprego e preços


2.1 O produto como medida da actividade económica

O Produto…
Realização da produção…
„ Trabalho
„ Capital
„ Outros (terra, tecnologia,...)
A repartição do rendimento…
„ Primária (salários, lucros, rendas, juros…)
„ Secundária
A utilização do rendimento, a despesa…
„ Consumo
„ Investimento
„ Importações…
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2.1 O produto como medida da actividade económica

Š Produto real Vs. produto nominal; produto a preços constantes


Vs. produto a preços correntes

Š Produto interno bruto (PIB) Vs. Produto nacional bruto (PNB)

Š Produto (real) efectivo Vs. Produto (real) potencial (ou natural)


„ o produto potencial representa o nível sustentado máximo de produto que
uma economia pode gerar, dados os recursos produtivos disponíveis e as
condições legais e institucionais;
„ quando o produto cresce acima do produto potencial a inflação tende a
aumentar, enquanto que um produto abaixo do potencial tende a conduzir a
um desemprego mais elevado;
„ empiricamente corresponde à tendência extraída da evolução efectiva do
produto.
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2.1 O produto como medida da actividade económica

PIB (real) efectivo vs PIB (real) potencial na zona Euro


106 Euros (base 1995) PIB real PIB potencial
1650000
1600000
1550000
1500000
1450000
1400000
1350000
1300000
1250000
1200000
1150000
1100000
1050000
1000000
950000
900000
850000
800000
750000
1973Q2

1974Q3

1975Q4
1977Q1

1978Q2

1979Q3
1980Q4

1982Q1

1983Q2
1984Q3

1985Q4

1987Q1
1988Q2

1989Q3

1990Q4
1992Q1

1993Q2

1994Q3
1995Q4

1997Q1

1998Q2
1999Q3

2000Q4

2002Q1
2003Q2

Fonte: EUROSTAT
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2.1 O produto como medida da actividade económica

output-gap ou hiato do produto :


Taxa de crescimento do PIB (real) efectivo –
Taxa de crescimento do PIB (real) potencial

%
Output-gap na zona Euro
3,00

2,00

1,00

0,00

-1,00

-2,00

-3,00
1973Q2

1974Q3

1975Q4

1977Q1

1978Q2

1979Q3

1980Q4

1982Q1

1983Q2

1984Q3

1985Q4

1987Q1

1988Q2

1989Q3

1990Q4

1992Q1

1993Q2

1994Q3

1995Q4

1997Q1

1998Q2

1999Q3

2000Q4

2002Q1

2003Q2
Output gap na áre a do e uro (2ºT 1973 - 4ºT 2003) Fonte: EUROSTAT

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Output-gap e…
2.2 Desemprego

Portugal

Fonte: GORDON, Fig. 1.2


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2.2 Desemprego

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2.2 Desemprego
… definições
Š População total: compreende o conjunto das pessoas,
nacionais ou estrangeiras, estabelecidas de forma permanente
no território económico do país, mesmo que se encontrem
temporariamente ausentes:
População activa + População inactiva

Š População inactiva: conjunto de indivíduos, qualquer que


seja a sua idade, que no período de referência não podem ser
considerados economicamente activos, isto é, não estão
empregados nem desempregados (estudantes, reformados, quem
não quer trabalhar…)
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2.2 Desemprego
… definições
Š População em idade activa: população com condições potenciais para
trabalhar; não é consensual a definição entre as diferentes entidades de
produção de estatística mas, normalmente, é identificada com a população
entre os 15 e os 64 anos de idade ou simplesmente com idade superior a 15
anos (o I.N.E. costuma adoptar esta última definição)

Š População activa: conjunto de indivíduos com idade mínima especificada


(15 anos) que, no período de referência, constituem a mão-de-obra
disponível para a produção de bens e serviços e que entram no circuito
económico = População empregada + População desempregada

Š Taxa de Actividade = População activa/População total

Š Taxa de Actividade, 15 ou mais anos = População activa/População


em idade activa
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2.2 Desemprego
… definições
Š Desempregado: indivíduo, com uma idade mínima especificada (15 anos) que, no
período de referência, se encontra simultaneamente nas situações seguintes:
a) não tem emprego
b) está imediatamente apto/disponível para trabalhar
c) procura activamente emprego (centro de emprego, agências privadas,
anúncios, iniciativas para criação de próprio emprego…)

Š Desempregado de longa duração: Trabalhador sem emprego, disponível para o


trabalho e à procura de emprego há 12 meses ou mais

Š Taxa de Desemprego = População desempregada/População activa


Š Taxa de Desemprego de longa duração = População desempregada de longa
duração/População activa
Š Taxa de Emprego = População Empregada/População em idade activa

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2.2 Desemprego
… em Portugal
Emprego em Portugal (1998) Emprego em Portugal (2007)

47,9% 47,0% 48,8%


49,6%

Empregados
2,5% Desempregados 4,2%
População Inactiva

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
População Activa 5.096 5.136 5.226 5.325 5.408 5.460 5.488 5.545 5.587 5.618
Empregados 4.844 4.910 5.021 5.112 5.137 5.118 5.123 5.123 5.160 5.170
Desempregados 252 226 206 214 271 342 365 422 428 449
População Inactiva 5.020 5.020 4.985 4.959 4.950 4.975 5.016 5.018 4.999 4.986
População Total 10.129 10.167 10.223 10.294 10.366 10.445 10.509 10.563 10.586 10.605
Taxa de Actividade 50,3% 50,5% 51,1% 51,7% 52,2% 52,3% 52,2% 52,5% 52,8% 53,0%
Taxa de Desemprego 4,9% 4,4% 3,9% 4,0% 5,0% 6,3% 6,7% 7,6% 7,7% 8,0%
Estatísticas de Emprego e Desemprego em Portugal (Fonte: Instituto Nacional de Estatística ).
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2.2 Desemprego
… em Portugal
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Pop. Residente 10.129 10.167 10.223 10.294 10.366 10.445 10.509 10.563 10.586 10.604
Homens 4.884 4.905 4.934 4.971 5.009 5.052 5.087 5.115 5.125 5.133
Mulheres 5.244 5.263 5.289 5.323 5.357 5.393 5.421 5.448 5.461 5.471
Pop. Residente (15 e +) 8.445 8.505 8.577 8.654 8.724 8.800 8.863 8.912 8.942 8.975
Homens 4.021 4.053 4.091 4.132 4.168 4.209 4.243 4.268 4.285 4.291
Mulheres 4.424 4.452 4.486 4.522 4.556 4.591 4.620 4.644 4.665 4.677
População Activa 5.096 5.136 5.226 5.325 5.408 5.460 5.488 5.545 5.587 5.618
Homens 2.805 2.818 2.855 2.901 2.938 2.948 2.957 2.964 2.984 2.986
Mulheres 2.291 2.318 2.372 2.424 2.470 2.512 2.531 2.581 2.603 2.632
Empregados 4.844 4.910 5.021 5.112 5.137 5.118 5.123 5.123 5.160 5.170
Homens 2.694 2.709 2.765 2.810 2.816 2.787 2.784 2.765 2.790 2.789
Mulheres 2.149 2.201 2.256 2.302 2.321 2.331 2.339 2.357 2.370 2.380
Desempregados 251,9 225,8 205,5 213,5 270,5 342,3 365,0 422,3 427,8 448,6
Homens 110,6 108,9 89,3 91,6 121,4 160,9 172,9 198,1 194,8 196,8
Mulheres 141,3 116,9 116,2 122,0 149,1 181,4 192,2 224,1 233,1 251,8
Taxa de Actividade 50,3% 50,5% 51,1% 51,7% 52,2% 52,3% 52,2% 52,5% 52,8% 53,0%
Homens 57,4% 57,5% 57,9% 58,4% 58,7% 58,4% 58,1% 57,9% 58,2% 58,2%
Mulheres 43,7% 44,0% 44,8% 45,5% 46,1% 46,6% 46,7% 47,4% 47,7% 48,1%
Taxa de Emprego 57,4% 57,7% 58,5% 59,1% 58,9% 58,2% 57,8% 57,5% 57,7% 57,6%
Homens 67,0% 66,8% 67,6% 68,0% 67,6% 66,2% 65,6% 64,8% 65,1% 65,0%
Mulheres 48,6% 49,4% 50,3% 50,9% 50,9% 50,8% 50,6% 50,8% 50,8% 50,9%
Taxa de Desemprego 4,9% 4,4% 3,9% 4,0% 5,0% 6,3% 6,7% 7,6% 7,7% 8,0%
Homens 3,9% 3,9% 3,1% 3,1% 4,1% 5,5% 5,8% 6,7% 6,5% 6,6%
Mulheres 6,2% 5,0% 4,9% 5,0% 6,0% 7,2% 7,6% 8,7% 9,0% 9,6%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística .
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2.2 Desemprego
… em Portugal

Taxa de desemprego

9.0
8.0 7.7
7.6
7.0 6.7
6.0 6.3
5.0 4.9 5.0
4.4
4.0 3.9 4.0 2º trimestre de
3.0 2008: 7,3%
2.0
1.0
0.0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

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2.2 Desemprego
… em Portugal

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2.2 Desemprego
… em Portugal

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2.2 Desemprego
… em Portugal

Portugal: taxa de desemprego (esq.) e taxa de actividade (dir.), %


9 54
8 52

7 50
6 48

5 46

4 44

3 42

2 40
1975

1977

1979

1981

1983

1985

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

Taxa de actividade (dir) Taxa de desemprego (esq)

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2.2 Desemprego
… em Portugal

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2.2 Desemprego
… em Portugal
Taxa de desemprego – por regiões

Construído com base em dados do INE (2007)
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2.2 Desemprego
… em Portugal
Taxa de desemprego – por escalão etário

Construído com base em dados do INE (2007)
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2.2 Desemprego
… em Portugal
Taxa de desemprego – por nível de escolaridade

Construído com base em dados do INE (2007)
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2.2 Desemprego
… em Portugal

Fonte: INE, Estatísticas do emprego

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2.2 Desemprego
… impacto económico e social

Custos do desemprego:

Š São óbvios para os desempregados e respectivas famílias,


acrescidos ao custo associado à perda de qualificações

Š Para os empregados, devido ao facto de usualmente implicar mais


contribuições (Estado social) e mais insegurança (laboral, tensão
social, criminalidade)

Š Para o bem estar das gerações actuais e futuras, pois estão a


produzir-se menos bens e serviços do que seria possível produzir
tendo em conta os recursos disponíveis (desperdício de recursos)
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2.2 Desemprego
… impacto económico e social

Os custos do desemprego são parcialmente compensados


por:

Š Acréscimo de produtividade futura dos indivíduos


temporariamente desempregados (empregos antigos
serão geralmente menos produtivos que os novos
empregos)

Š Mais tempo de lazer ao dispor dos indivíduos


desempregados

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2.2 Desemprego
... tipos de desemprego
Š Desemprego voluntário Vs. Desemprego involuntário

Š Desemprego efectivo ou observado (U) = Desemprego natural (UN,


componente de longo prazo) + Desemprego cíclico (UC, componente de
curto prazo)

Š Desemprego natural = desemprego subjacente ao produto potencial, i.e.,


desemprego que ocorreria independentemente das flutuações cíclicas (ciclos
económicos); resulta, fundamentalmente do enquadramento
institucional/legal do mercado do trabalho ou da ineficiência no processo de
job-matching

Š Desemprego cíclico: desvio, no curto prazo, do desemprego observado em


relação ao desemprego natural Î UC = U – UN

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2.2 Desemprego
... tipos de desemprego

Š Desemprego natural =
Desemprego estrutural + Desemprego friccional

Š Desemprego Estrutural: desemprego involuntário que resulta da


incapacidade do salário real se ajustar ao nível salarial de equilíbrio

Š Ou seja, existe desemprego estrutural quando o salário real é


superior ao de equilíbrio Ö rigidez do salário real à baixa:
z Salários mínimos;
z Salários de eficiência;
z Negociação colectiva – sindicatos.

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2.2 Desemprego
... tipos de desemprego
Š Desemprego friccional: desemprego que ocorre durante a
transição entre postos de trabalho e que resulta da dinâmica do
mercado do trabalho no processo normal de criação e destruição de
empregos.

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2.2 Desemprego
... a Lei de Okun

Š Lei de Okun: relação empírica entre o desemprego cíclico (desvio,


no curto prazo, do desemprego observado relativamente ao
desemprego natural) e o output gap (desvio do produto
relativamente ao produto potencial), segundo a qual um desemprego
cíclico positivo está associado a um “output gap” negativo, e vice-
versa:
u − u N = β ⋅ ( y − y N ), sendo β < 0

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2.2 Desemprego
... a Lei de Okun
Portugal (1983-2003)

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2.3 Inflação

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 31

2.3 Inflação
… o que é?

Š Taxa de inflação (= Taxa de variação do nível médio de preços): a


inflação é um processo persistente, relativamente generalizado de
aumento dos preços, observado ao longo de um dado período de
tempo

Š Inflação é a subida generalizada e sustentada dos preços

Š A inflação é um fenómeno que, basicamente, surgiu após a II Guerra Mundial

Š O nível de preços cresce permanentemente e a inflação média é positiva

Š A inflação foi substancialmente mais elevada no final dos anos 70 e início dos
anos 80, tendo vindo a cair desde os anos 90

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 32

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2.3 Inflação
… o que é?
Alguns valores recentes da taxa de inflação…

Portugal

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2.3 Inflação
… o que é?
Inflação: Portugal Vs. Área Euro…

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2.3 Inflação
… problemas associados
Š A inflação reduz a competitividade externa Î quebra nas exportações Î
perda de postos de trabalho directamente nas empresas exportadoras e,
indirectamente, noutras devido ao encadeamento produtivo

Š A inflação reduz o poder de compra dos rendimentos, principalmente


daqueles que não são ajustados de forma regular (e.g., pensões de
reforma, taxas de juro…) e tem efeitos sobre a redistribuição de riqueza e
rendimentos

Š A inflação tem efeitos directos nefastos, mas também indirectos, resultantes


das medidas de política económica para a controlar

Š Genericamente, a inflação distorce a comparabilidade de uma grandeza


monetária entre 2 momentos de tempo separados por um período
inflacionista…
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 35

2.3 Inflação
… problemas associados
Exemplo: Rentabilidade de um investimento

Š Depósito a prazo de 5000 euros a um ano…


„ No final do período recebe 5250 euros e a inflação foi de 3%

„ Taxa de juro nominal (crescimento nominal do capital investido)?

(5250/5000 - 1)*100 = 5%

„ Taxa de juro real (crescimento real do capital investido)?

Valor capitalizado a preços correntes = 5000*1,05 = 5250

Valor capitalizado a preços constantes (ano base: ano de investimento)=

= 5250/1,03 = 5097,09

Taxa de juro real? (5097,09/5 000 – 1)*100 = 1,94%

Š Taxa de juro real ≅ Taxa de juro nominal – Taxa de inflação


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 36

(estes diapositivos não constituem manual da


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2.3 Inflação
… como se mede?

Š A inflação é calculada com base em indicadores sintéticos que


captam a evolução dos preços – variação dos índices de preços

Š Número índice: é uma relação entre dois valores, geralmente


referidos a dois momentos de tempo distintos

„ Facilita a leitura da evolução no tempo de uma variável

„ Facilita a comparabilidade entre a evolução de diversas variáveis


de ordens de grandeza díspares

Š O índice de preços é um número índice que representa a


evolução temporal de determinado(s) preço(s)
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2.3 Inflação
… como se mede?
Š Índice de Preços: Média ponderada, pelas quantidades, de preços
de bens e serviços por referência a um dado ano base. Os
ponderadores, referentes às quantidades, podem ser fixos (índice
de Laspeyres) ou variáveis (índice de Paasche)

Š Utilizando um índice de preços conseguimos transformar uma


grandeza nominal numa grandeza real:
Grandeza nominal
Grandeza real =
índice de preços

Š Taxa de inflação entre t-1 e t =

= (It/It-1 – 1)*100

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 38

(estes diapositivos não constituem manual da


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2.3 Inflação
… índices de preços

1. Índice de preços no consumidor (IPC): é uma medida da variação


média, ao longo do tempo, dos preços pagos pelos consumidores residentes
por um determinado cabaz de bens e serviços (produzidos internamente ou
importados)
2. Índice de preços no produtor (IPP): mede o nível de preços por grosso
ao nível do produtor
3. Índice Harmonizado de preços no consumidor (IHPC): é o índice de
preços mais apropriado para comparações dentro da União Europeia; o seu
desenvolvimento decorre da necessidade, expressa no Tratado da União
Europeia, de medir a evolução dos preços numa base comparável em todos
os Estados-membros
4. Índice de preços implícitos no PIB ou deflator do PIB: reflecte o preço
médio de todos os bens e serviços finais produzidos internamente

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 39

2.3 Inflação
… IPC Vs. deflator do PIB
Deflator do PIB IPC

Valores mais
elevados da taxa
de variação anual
Tx var. IPC do IPC
relativamente à
taxa de variação
anual do deflator
do PIB reflectem
uma maior
aceleração no
preço médio dos
produtos
importados
relativamente aos
Taxas de Inflação: Deflator do PIB e Índice de Preços no Consumidor produzidos
Portugal, 1960-2000 (taxas de variação anuais, %)
Deflat

internamente
Tx. Var. anual

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 40

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
2.3 Inflação
… IPC Vs. IHPC
Š Motivação para o IHPC: cálculo da uma taxa de inflação
uniforme/comparável para a UE

Š Cada Estado-Membro calcula o seu IHPC

Š IHPC: Média dos IHPC nacionais ponderada pelo Consumo


final de cada país no Consumo final total da UE

Š É uma “extensão” do IPC para incluir despesas de não


residentes no território económico: a estrutura do IPC é
ajustada pela despesa final dos não residentes (ex. turismo)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 41

2.3 Inflação
… medidas da inflação
Variação mensal, variação homóloga e variação média dos últimos 12 meses

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 42

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
2.3 Inflação
… medidas da inflação
Taxa de inflação mensal (tim):

índice mês ( n ) − índice mês ( n − 1) ⎡ índice mês ( n ) ⎤


tim = x100 = ⎢ − 1⎥ x100
índice mês ( n − 1) ⎣ índice mês ( n − 1) ⎦

Taxa de inflação homóloga (tih):

índice mês ( n) ano( N ) − índice mês (n) ano( N − 1)


tih = x100
índice mês (n) ano( N − 1)

Taxa de inflação média dos últimos 12 meses (tiM12):

⎛ ∑ índices dos últimos 12 meses até ( n) do ano( N ) ⎞


tiM 12 = ⎜ − 1⎟ x100
⎜ ∑ índices de12 meses até (n) do ano( N − 1) ⎟
⎝ ⎠

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 43

2.3 Inflação
… tipos de inflação
1. Inflação moderada: é caracterizada pelo aumento lento e previsível dos
preços; pode definir-se como uma inflação anual de um só dígito; a maior
parte dos países industriais passou por inflação moderada na última década
(entre 0% e 4%)

2. Hiperinflação: geralmente considera-se hiperinflação quando os preços


crescem a um ritmo anual superior a 50%; exemplos recentes de
hiperinflação ocorreram, nas décadas de 80 e 90, em muitos países da
América Latina: Brasil, Argentina, Bolívia, Perú, México são alguns dos
países que apresentaram taxas de inflação anuais de 3 e, até, 4 digitos;
também alguns países do leste da Europa tiveram episódios recentes de
hiperinflação: Rússia, (ex) Jugoslávia, Ucrânia, Polónia…

3. Deflação: Diminuição generalizada e sustentada dos preços; aconteceu


recentemente no Japão; pode ser muito prejudicial para a economia, pois
desincentiva a produção e a inovação, e, por exemplo, agrava o valor real
das taxas de juro, o que tende a retrair o investimento e o consumo
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 44

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
2.3 Inflação
… tipos de inflação

Š Inflação pelo lado da procura e inflação pelos custos

Š Inflação pelo lado da procura: resulta de choques na procura


real, e.g., aumento das expectativas sobre o rendimento futuro,
alteração de preferências por produtos domésticos Î pressão
sobre a oferta de bens e serviços

Š Inflação pelos custos: a que resulta de aumentos nos custos de


produção, i.e., aumentos dos preços dos inputs (ex., choque
petrolífero), da mão de obra (reclamações salariais mais
agressivas) e que pode resultar mesmo de medidas de política
económica
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 45

2.3 Inflação
… tipos de inflação

Š Inflação importada…

Š Resulta de um aumento de preços nos mercados internacionais Î afecta


o nível de preços interno do país importador
z grau de abertura do país
z utilização do(s) bem(s) importado(s) como input em múltiplos ramos
de actividade

Š Pode igualmente resultar de acção de política económica Î uma


desvalorização da moeda nacional (política cambial) provoca um
encarecimento das importações porque o mesmo preço em moeda
estrangeira traduz-se num preço mais elevado em moeda nacional

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 46

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
2.3 Inflação
… e desinflação

Variação do IHPC – Portugal 1988-2008

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 47

2.3 Inflação
… output-gap e lei de Okun

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 48

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
2.3 Inflação
… e desemprego: a curva de Phillips

Baseado na evidência empírica, A. W. Phillips mostrou


que existia uma relação inversa entre desemprego e
variação dos salários nominais (inflação salarial)
Inflação

Esse trade-off entre desemprego e inflação ficou


conhecido por
A
Curva de Phillips
Mas, na década de 70, surge
B o problema da estagflação…

Desemprego

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 49

Exercício nº 4

Considere os seguintes dados referentes ao Índice de Preços no Consumidor


em 2002 e 2003:

a) Calcule a taxa de inflação mensal de Abril 2003 e interprete o seu


significado.

b) Calcule a taxa de inflação homóloga de Dezembro 2003 e interprete o seu


significado.

c) Verifique em que meses, durante aqueles dois anos, ocorreu o fenómeno


de deflação mensal.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 50

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Exercício nº 4

Considere os seguintes dados referentes ao Índice de Preços no Consumidor


em 2002 e 2003:

d) Calcule a taxa de inflação média em 2003. Qual o significado do valor a


que chegou?

e) Se o crescimento dos salários em 2003 tiver sido, em média, de 2%, o que


terá acontecido ao poder de compra dos trabalhadores?

f) Recalcule o IPC mensal para 2003, usando Junho de 2003 como mês de
base.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 51

Exercício nº 2

Imagine uma economia onde são produzidos e consumidos apenas dois bens
(o bem A e o bem B) com preços dados por pA e pB. Os preços e as
quantidades (qA e qB) destes bens para o ano base (ano 0) e para os três anos
seguintes encontram-se no quadro que se segue:

Com base na informação prestada, responda às seguintes questões:


a) Calcule, separadamente, o índice de preços para o bem A e para o bem B.
b) Calcule o índice agregado de preços desta economia, seguindo a
metodologia de Laspeyres, e admitindo que os ponderadores são as
quantidades produzidas e consumidas.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 52

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Exercício nº 2

c) Calcule o índice agregado de preços desta economia, seguindo a


metodologia de Paasche, e admitindo que os ponderadores são as
quantidades produzidas e consumidas.
d) Calcule as taxas de inflação dos anos 1, 2 e 3 com base nos índices obtidos
nas duas alíneas anteriores.
e) Considere um Ano 4 com os seguintes valores: qA=50; qB=80; pA=2.3;
pB=1.4. Calcule os índices de preços pelas duas metodologias. O que
conclui em termos de inflação?

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 53

3. As Contas Nacionais
3.1 Definições gerais
Š A Contabilidade Nacional fornece uma representação
coerente, de uma forma simplificada, agregada e
quantificada, das operações económicas efectuadas por
múltiplos agentes económicos, num dado espaço
geográfico (território económico), durante um dado
período de tempo (fluxos)

Š Funções: tratando-se de uma forma de descrever a


realidade económica, fornece evidência empírica no sentido
de se:
i. verificar/validar a teoria económica e efectuar previsões;
ii. definir políticas económicas e avaliar a sua eficácia (função que
está na base do surgimento da CN);
iii. estabelecer comparações entre diferentes economias
(surgimento de sistemas de contas normalizadas; ex.: SEC).
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 54

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.1 Definições gerais
… território económico

Š Área geográfica do Continente e Ilhas, excluindo os “enclaves


extraterritoriais” (território geográfico utilizado por administrações
públicas de outros países, instituições comunitárias e organizações
internacionais, em virtude de tratados internacionais ou de acordos
entre Estados: e.g., embaixadas, consulados, bases militares,...)
Š Espaço aéreo nacional e águas territoriais
Š “Enclaves territoriais”
Š Jazigos mineiros em águas internacionais exploradas por agentes
económicos residentes

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 55

3.1 Definições gerais


… agentes económicos
Š Critério de residência: agentes económicos que têm um centro
de interesse no território económico, ie, que efectuam e
pretendem continuar a realizar operações e actividades
económicas a uma escala significativa, quer
indefinidamente, quer por um período de tempo definido
mas longo (um ano ou mais) no território económico; sectores
residentes Vs. resto do mundo (exterior) Nota: A propriedade de terrenos e edifícios no território
económico é considerada suficiente para que o proprietário tenha um centro de interesse ecnómico nesse território.

Š Agregação:
„ Por ramo de actividade (nomenclatura das actividades
económicas)
„ Por sector institucional
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 56

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
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3.1 Definições gerais
… agentes económicos

Ramo de actividade Sector institucional

unidades que dispõem de contabilidade


unidades de produção homogénea, i.e.,
completa e que gozam de autonomia no
caracterizadas por uma actividade
exercício da sua função principal
produtiva única
(autonomia na afectação dos seus recursos)

agentes agrupados por:


agentes agrupados por:
função principal, recursos principais e
inputs,
tipo de produtos produzidos (produção
processos produtivos
mercantil, produção para auto-emprego final,
e produtos finais homogéneos
outra produção não mercantil) comuns

e.g., Lacticínios, Agricultura e Caça, e.g., Famílias, Empresas, Administrações


Têxteis e Vestuário,… Públicas…

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 57

3.1 Definições gerais


… agentes económicos
Sectores Institucionais Sectores Institucionais Tipo de
Função Principal Recursos Principais
-Simplificados- CN - Portugal produto

Produção de bens e serviços


Sociedades não Financeiras Receitas das vendas Mercantil
não financeiros
Realizam operações de
Juros líquidos da
financiamento, i.e., captam e
intermediação financeira
Empresas Sociedades Financeiras (inclui aplicam recursos financeiros por Mercantil
e receitas de serviços
Sociedades de Seguros e conta própria e/ou actividades
prestados
Fundos de Pensões*) financeiras auxiliares
Transformação de riscos
Prémios contratuais* Mercantil*
individuais em colectivos*
Remunerações do
trabalho, rendimentos de
Sector Consumir empresa e propriedade, -
Privado transferências de outros
sectores
Famílias
Mercantil;
produtos para
Famílias Produção de bens e serviços Receitas das vendas
utilização final
própria
Produção de bens e serviços às
Contribuições
famílias, gratuitamente ou a
voluntárias das famílias; Outros
preços pouco significativos
ISFLSF rendimentos de empresa produtos não
(sindicatos, bombeiros
(Instituições Sem Fins Lucrativos ao e propriedade; mercantis
voluntários, partidos políticos,
transferências públicas
Serviço das Famílias) clubes desportivos, …)
Produção de bens e serviços
para satisfação de necessidades Outros
Sector Público Administrações Públicas individuais e colectivas; Receitas Fiscais produtos não
Redistribuição do rendimento e mercantis
riqueza nacionais
não é caracterizado por uma única função principal, nem por recursos
principais específicos
Resto do Mundo
agrupa todas as unidades não residentes na medida em que efectuem
operações com unidades institucionais residentes

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 58

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.1 Definições gerais
… operações económicas

Š As CN contabilizam operações realizadas (e avaliadas) durante um


determinado período de tempo: variáveis fluxo (ex. investimento,
rendimento, défice orçamental)
vs
Variáveis stock: grandezas avaliadas num dado momento de tempo (ex.
stock de capital, riqueza, dívida pública)

Nota: as variáveis stock são de difícil quantificação porque exigem medição


directa, realizada com frequência reduzida (de muitos em muitos anos). Os
valores para os períodos intermédios (ex. entre census) são calculados com
base nos fluxos que os alimentam/desgastam.

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 59

3.1 Definições gerais


… operações económicas

Š Operações de produção: descrevem a produção, transformação,


circulação e utilização de um bem ou serviço (e.g., Produção,
Consumo, Investimento, Consumo Intermédio,…)
Š Operações de distribuição: descrevem a distribuição e
redistribuição (distribuição secundária) do valor criado pela
actividade produtiva (e.g., salários, rendas, juros, impostos,…)
Š Operações de acumulação/capital: descrevem alterações nos
activos e passivos não financeiros (e.g., Investimento, Poupança,…)
Š Operações sobre instrumentos financeiros: descrevem
alterações nos activos e passivos financeiros e monetários (e.g.,
variação de créditos, variação de moeda e depósitos,…)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 60

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Operações representadas no circuito económico…
(remunerações - CSSe) + rendas + juros + lucros distribuídos

Famílias
Empresas
lucros não distribuídos + amortizações + CSSe
Rendimento pessoal RLE + Transf.
ΣVABramos Correntes líquidas

Impostos Dir. (Tdf)+


Impostos indirectos + Cont. Seg. Soc. (CSSf) Resto do Mundo
líquidos de subsídios - Transferências - JDP RLE + Transf. Correntes

C+I+G+X-Q= Sector público Juros (crédito à habitação, etc)


= DI Rendimento disponível e transferências
do sector público Impostos Directos
(Tde) + CSSe
Consumo Rend. disponível das famílias
Público (G) Poupança Rend. disponível das empresas
C+I+G-Q sector público (Sg)
Exportações BeS (X)

Poupança das famílias (Sf) Poupança


Consumo
C+I+G Privado (C) Privada (Sp)
Poupança das empresas (Sbe)
Resto do Mundo Importações de BeS (Q)
(X - Q) C+I
Mercados financeiros
Investimento (I)
(empresas, sector público) Sp + Sg => I
(Sp + Sg - I)

3.1 Definições gerais


… operações económicas

Š Representadas em quadros síntese…


„ Quadros de informação geral
z Principais agregados macroeconómicos
z PIB pelas ópticas da despesa e produção, a preços correntes e constantes,…

„ Quadros fundamentais
z Quadro de Contas Económicas Integradas (QCEI): registo, por sector institucional, das
operações económicas, incluindo resumo das operações financeiras (Conta Financeira)
z Quadro de Recursos e Empregos (QRE): registo, por ramo de actividade, das operações
de produção e de distribuição primária de rendimentos

„ Quadros complementares
z Informação detalhada relativa a variáveis-chave das contas nacionais
Š FBC

Š Emprego e remunerações

Š Contribuições e prestações sociais

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 62

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.1 Definições gerais
… algumas limitações
Š Dados publicados com desfasamento temporal e sujeitos
a revisões
Š Lacunas e erros
„ Economia informal/paralela/subterrânea
„ Escassez de fontes
„ Erros de medição
„ Neste contexto…
z Prefere-se muitas vezes a análise das taxas de variação
percentual à análise dos níveis das variáveis
z As comparações entre países com estruturas e níveis de
desenvolvimento diferentes é muito falível, pois também os
erros e lacunas tendem a ser muito distintos

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 63

3.2 Produto Interno Bruto


(PIB)

Š O PIB definições
mede a actividade produtiva agregada de um
país/região; valor dos bens e serviços produzidos no território
económico durante um determinado período de tempo
Š PIB Vs. PIL: a diferença reside nas amortizações
PIB = PIL + Amort.
Š PIBpm Vs. PIBcf: o valor de mercado do produto e o custo
dos factores que lhe deram origem
PIBpm = PIBcf + impostos indirectos – subsídios à produção
PIBpm = PIBcf + impostos indirectos líquidos
(Ti = imp. sb. produtos + imp. sb. produção + imp. sb. importação)
Š PIB Vs. PNB: o território de localização dos factores
produtivos Vs. o critério de residência dos agentes
proprietários dos factores de produção
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 64

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 65

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… as ópticas de cálculo
O PIB pode ser calculado segundo 3 ópticas distintas,
correspondentes a 3 momentos distintos do circuito económico: a
produção, a correspondente distribuição dos rendimentos e a
utilização desses rendimentos…
9 Óptica do Valor Acrescentado ou da Produção: valor dos bens
e serviços finais criados (produzidos de novo); a actividade produtiva
da economia gera valor acrescentado (VA) Î Σ VA…
9 Óptica do Rendimento: o VA gerado é fonte de rendimento que é
distribuído pelos factores produtivos que contribuíram para a sua
realização Î Σ rendimentos dos factores…; o rendimento interno…
9 Óptica da Despesa: os rendimentos gerados pela actividade
produtiva são empregues na aquisição e utilização final de bens e
serviços Î Σ vendas finais…; a despesa interna…

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 66

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… as ópticas de cálculo
Exemplo: Decomposição do VA na venda de um barril de cerveja ao consumidor por €100
= PIB
Agricultor (venda de cevada) 10
Produtor de energia 20 Salários – 20
Lucros - 15
Produtor do vasilhame 5
∑Custos 35
Preço de venda do barril de cerveja ao armazenista 80
Salários – 30
Valor acrescentado da cervejeira 45 Rendas – 10
Lucros - 5
Preço de venda do barril ao retalhista 90
Valor acrescentado do armazenista 10 Rendas – 5
Lucros - 5
Preço de venda ao público 100
Salários – 5
Valor acrescentado do retalhista 10
Lucros - 5
Notas:
Š Por simplificação não se consideraram os inputs do agricultor, do produtor de energia, do produtor
do vasilhame, do armazenista e do retalhista, pelo que se admite que no caso dos 3 primeiros o
valor acrescentado corresponde ao preço de venda à cervejeira
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 67

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… óptica da produção
⇒ Valor dos bens e serviços finais produzidos dentro do território
económico nacional, durante um determinado período de tempo

Š PIB resulta do somatório de valores acrescentados: o valor


acrescentado é a diferença entre o valor das vendas totais (VBP:
valor bruto da produção) e o custo dos bens intermédios (CI:
consumos intermédios)
Š PIB = ∑VAi = ∑(VAB−CI)i está avaliado a preços base, i.e., já
inclui o valor dos impostos sobre a produção líquidos de subsídios à
produção

PIBpm = ∑VAi + Imp.


Imp. sb.
sb. produtos + Imp.
Imp. Sb.
Sb. importaç
importação

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 68

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… óptica do rendimento
⇒ Valor dos rendimentos brutos gerados dentro do território económico
nacional, durante um determinado período de tempo

Š PIB resulta do somatório de rendimentos gerados no processo


produtivo interno (exclui rendimentos gerados no resto do mundo):
remunerações do trabalho (inclui salários e contribuições para a SS),
rendas, juros e lucros
Š PIB = ∑ rendimentos está avaliado ao custo dos factores

Remuneraç
Remunerações + rendas + juros + lucros = RI

RI = Rendimento Interno = PILcf


(valor dos rendimentos que remuneram directamente os factores produtivos)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 69

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… óptica do rendimento

Š EBE (Excedente Bruto de Exploração): Rendimentos gerados pelos


factores produtivos na actividade económica interna, à excepção das
rem. do trabalho → Rendas, Juros e Lucros (inclui tb amortizações)

Rem.
Rem. + EBE = PIBcf = RI + amort.
amort.

PIBpm = RI + amortizaç
amortizações + imp.
imp. indirectos lí
líquidos

PIBpm = Rem.
Rem. + EBE + Ti – Z

Ti = Impostos indirectos (sb. produtos (IVA…), produção e importação)


Z = Subsídios à produção

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 70

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… óptica da despesa
⇒ Valor da utilização final de bens e serviços produzidos dentro do
território económico nacional, durante um determinado período
de tempo

Š PIB resulta do somatório de utilizações finais (vendas finais):


consumo privado (C) e público (G), investimento (I), exportações
(X)… mas só nos interessa a produção efectuada no território
económico nacional Î temos que retirar as importações (Q)
Š PIB = ∑ vendas finais está avaliado a preços de mercado

C + I + G + X – Q = DI

DI = Despesa Interna = PIBpm


despesa efectuada por residentes e não residentes em bens e serviços finais produzidos internamente
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 71

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… óptica da despesa

Š O PIB não deve ser confundido com vendas totais da economia


(VBP), excluindo-se
„ os bens de consumo intermédio (vendas intermédias) de forma a
evitar dupla contagem
„ as transacções de bens usados (por exemplo, re-venda de uma
casa)

Š CFN = Consumo Final Nacional = C + G: valor das despesas em bens e


serviços de consumo final realizadas, dentro e fora do território económico,
pelos agentes económicos residentes

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 72

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
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bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… óptica da despesa
Š C: valor das despesas realizadas pelas famílias em bens e serviços
finais; inclui bens não duradouros e duradouros (excepto imóveis,
contabilizados no I); inclui bens produzidos no exterior

Š G: valor das despesas em bens e serviços finais efectuadas pelo


sector público - dado pelo custo de produção (ex., o ensino público é
contabilizado no PIB como a soma dos salários dos professores e
funcionários, custos de electricidade, equipamentos informáticos,
rendas de edifícios, etc.), deduzido da parcela directamente
imputável às famílias e contabilizada em C (taxas moderadoras,
propinas…); não inclui transferências sem contrapartida (ex. subsídio
de desemprego; rendimento social de inserção;…)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 73

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… óptica da despesa
I= FBC = FBCF + variação de stocks/existências: despesas em
bens e serviços cuja utilização não se esgota no período de aquisição

Š FBCF = FLCF + Amort.: Despesas realizadas em bens e serviços


de investimento (duradouros) incluindo as amortizações (casas,
máquinas, equipamentos, estradas, hospitais, escolas...); inclui os
serviços de assistência técnica e o investimento em bens adquiridos
ao RM

Š variação de existências = Stockfinal - Stockinicial (matérias primas,


produtos em curso de fabrico, produtos acabados) = variação
voluntária + involuntária de stocks
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 74

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
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3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… óptica da despesa

Absorção ou procura interna: C + G + I Î despesa efectuada por


agentes económicos residentes em bens e serviços internos e
externos

X – Q: procura externa líquida (exportações de bens e serviços


líquidas de importações de bens e serviços)

Š as exportações ou procura externa contam-se como vendas finais,


independentemente da forma como vão ser usadas no exterior

Š as importações respeitam a bens e serviços finais que são


fornecidos pelo RM
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 75

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… óptica da despesa

Fonte:
I.N.E.

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 76

(estes diapositivos não constituem manual da


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frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… ópticas

Equivalência entre as 3 ópticas:


Š O valor de mercado dos B&S produzidos durante um determinado período de
tempo (óptica da produção) é, por definição, igual ao montante que os
agentes têm que gastar para os comprar (óptica da despesa), logo

Óptica da produção ⇔ Óptica da despesa

Š Mas os agentes (incluindo o Estado) gastam (óptica da despesa) aquilo que


receberam, ou seja, as remunerações auferidas pelos trabalhadores, os
impostos líquidos pagos ao Estado e o EBE (óptica do rendimento)

Óptica da despesa ⇔ Óptica do rendimento

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 77

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… PIB Vs. PNB
Š O PIB é agregado com base na localização da actividade (onde são
utilizados os factores produtivos) Î mede a produção realizada dentro do
território económico por factores produtivos residentes e não residentes Î
critério fundamental é o território de localização dos factores de
produção

Š O PNB é agregado com base na sede do proprietário dos factores de


produção Î mede a produção realizada por factores produtivos residentes
dentro ou fora do território económico Î critério fundamental é o local de
residência dos proprietários dos factores de produção
PNB = PIB + RLE
RLE = Rendimentos Líquidos do Exterior: rendimentos de empresa e
propriedade (rendas, juros e lucros) e remunerações do trabalho recebidos
do resto do mundo, deduzidos dos fluxos de saída equivalentes
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 78

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… PIB Vs. PNB

PIBpm vs PNBpm (Portugal, preços correntes, em milhões


de euros)
160000
150000
140000
130000
120000 PIBpm
110000 PNBpm
100000
90000
80000
96

97

98

99

00

01

02

03

04

05

06
19

19

19

19

20

20

20

20

20

20

20
Valores calculados com base no Relatório Anual do Banco de Portugal (2006)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 79

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… considerações adicionais
Š O PIB não é, necessariamente, uma medida de bem-estar…
„ a poluição e outras agressões ao ambiente não são contabilizadas no PIB
„ o tempo de lazer não é contabilizado…
„ os serviços públicos são contabilizado pelo custo de produção e não pelo
preço de mercado (proporcionam níveis de bem estar superiores aos
registados)…

Š O PIB só inclui as transacções de mercado sujeitas a registo Î


fiabilidade?
„ exclui actividades que não passam pelos canais legais (economia paralela)
„ ou que não chegam ao mercado, isto é, as que criam bens e serviços
destinados a auto-consumo: agricultura de subsistência, actividades de dona
de casa, hobbies como pintura, desenho, bricolage, jardinagem…
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 80

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
(…) economia paralela

Estimativas da dimensão da economia paralela (em % do PIB)

Africa Central Europe


Nigeria, Egypt 68-76% Hungary, Bulgaria, Poland 20-28%
Tunisia, Morocco 39-45% Czech Republic, Romania, Slovakia 9-16%

Latin America Former Soviet Union


Mexico, Peru 40-60% Belarus, Georgia, Ukraine 28-43%
Chile, Brazil, Venezuela 25-35% Baltic States, Russia 20-27%

Asia OECD
Thailand 70% Belgium, Greece, Italy, Spain, Portugal 24-30%
Philippines, Malaysia, Korea 38-50% All others 13-23%
Hong Kong, Singapore 13% Austria, Japan, USA, Switzerland 8-10%

Source: Schneider and Enste (2000)


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 81

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… comparabilidade geográfica
Š O PIB per capita é uma medida de rendimento (fluxo) e não de riqueza
(stock)
„ Um pequeno país produtor de petróleo pode ter um PIB per capita superior, por
ex., ao do Reino Unido; o Reino Unido poderá, no entanto ser mais rico em virtude
da acumulação de riqueza ao longo de séculos

Š Nos países subdesenvolvidos, grande parte das transacções não são


registadas no PIB (economia paralela, auto-consumo, troca directa)
Š Uma comparação directa com base na taxa de câmbio introduz
distorções (ex. volatilidade cambial, nos países mais pobres os preços
são mais baixos, etc.)

Î PIB per capita corrigido pela paridade dos poderes de compra


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 82

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… comparabilidade geográfica
Š PIB corrigido pela PPC: PIB corrigido pelos níveis de
preços dos países, o que permite comparar o poder de
compra associado a esse produto/rendimento

Š Tomemos o seguinte exemplo:


„ PIBpc país A: 1000€; PIBpc país B: 1500€
„ Preço de um cabaz de bens típicos no consumo do país A: 10€
„ Preço de um cabaz de bens típicos no consumo do país B: 15€
„ No país A, em média, cada indivíduo pode adquirir 10 cabazes
„ No país B, em média, cada indivíduo pode adquirir 10 cabazes

O poder de compra é idêntico nos dois países


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 83

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… comparabilidade temporal

Š Como se somam laranjas, automóveis, serviços bancários, etc., para


obter o PIB?

Š Cálculo do PIB assumindo apenas 2 bens (A e B):

PIB = P A Q A + P B Q B , em que P = preço unitário; Q =


quantidade

Î Isto será o PIB nominal (ou a preços correntes)

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 84

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… PIB real Vs. PIB nominal
Š PIB real: Distingue se a variação no PIB nominal se deve à variação
nos preços ou à variação nas quantidades produzidas…

Š (…) Para efeitos do cálculo da variação real do PIB, calcula-se o PIB


usando os preços observados num dado ano base (ano 0), P0:

PIBt = P0A QtA + P0B QtB

Î Trata-se do PIB medido a preços constantes

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 85

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… PIB real Vs. PIB nominal
Portugal - PIB nominal Vs. PIB real
170
Milhares de milhões de Euros

160

150

140

130

120
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008(p)
PIB nominal PIB real Fonte: I.N.E.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 86

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… PIB real Vs. PIB nominal

Š Deflator do PIB (índice):


PIB no min al
Deflator PIB = x 100
PIB real
i.e., o deflator do PIB = [(ΣPtiQti)/(ΣP0iQti)]*100 é um índice de Paasche

Š A inflação medida pelo deflactor do PIB:


π = [(deflator do PIBt/ deflator do PIBt-1) – 1]
Logo,
(1 + n)/(1 + g) = (1 + π) ⇔ π = n - g – πg
Assumindo πg ≈ 0,
π=n–g
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 87

3.2 Produto Interno Bruto (PIB)


… PIB real Vs. PIB nominal

Euro area: annual rates of growth


Nominal GDP Real GDP GDP deflator

1990 7.7 3.0 4.7


1991 9.6 1.7 7.9
1992 4.2 1.2 3.0
1993 0.3 -0.4 0.7
1994 4.8 2.8 2.0
1995 4.0 2.4 1.6
1996 5.0 1.6 3.4
1997 5.3 2.5 2.8
1998 4.7 2.9 1.8
1999 5.1 2.7 2.4
2000 6.4 3.4 3.0
2001 3.3 1.6 1.7
2002 3.4 1.5 1.9
Source: Eurostat

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 88

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.2 Produto Interno Bruto (PIB)
… IPC Vs. deflator do PIB

IPC Deflator do PIB

Índice de Laspeyres Índice de Paasche

Mede os preços médios dos bens e Mede os preços médios de todos os


serviços adquiridos pelos consumidores bens e serviços produzidos
(com base num cabaz representativo)

Inclui os bens e serviços importados a Respeita apenas aos bens e serviços


título de consumo produzidos internamente

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 89

3.3 Outros agregados


… rendimento disponível
Já sabemos que:

i. PIBpm = C + G + I + X – Q = Σ(VA) + imp. produto + imp.


Import. = Rem. Trab. + EBE + Ti – Z
ii. Rendimento Interno (RI) = PILcf = PIBpm – Amort. – Ti + Z
iii. Despesa Interna (DI) = PIBpm = RI + Amort. + Ti – Z
iv. Procura Interna (PI) = Absorção = C + G + I = PIBpm – (X – Q)
v. Procura Externa (PE) = X; Procura Externa Líquida (PEL) = X – Q
vi. Procura Global (PG) = PI + PE = C + G + I + X = PIBpm + Q
vii. PNBpm = PIBpm + RLE
viii. RN = PNLcf = RI + RLE; DN = PNBpm = DI + RLE

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 90

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.3 Outros agregados
… rendimento disponível
Rendimento Disponível (RD):

Š Rendimento que cada agente/sector tem para afectar a consumo e


poupança, depois de efectuadas todas as operações de distribuição
e redistribuição de rendimento Î Y – T

Rendimento Disponível das Famílias (RDFAM):

Š RDFAM = RI + RLE – Lucros não distribuídos – CSSEMP – IRC +


Transferências correntes para as famílias (transferências sem

contrapartida do SPA e do RM) – Impostos directos sb. familías (IRS…)

– CSSFAM
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 91

3.3 Outros agregados


… rendimento disponível

Rendimento Pessoal:

Š Rendimento Pessoal = RDFAM + TdFAM + CSSFAM = RN – Lucros não


distribuídos – CSSEMP – IRC + Transf. Correntes para famílias

Rendimento Disponível Bruto da Nação (RDBN):

Š Rendimento que a Nação (agentes residentes) tem para afectar a


consumo e poupança, depois de efectuadas todas as operações de
distribuição e redistribuição de rendimento

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 92

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.3 Outros agregados
… rendimento disponível
RDBN (criação):
Š RDBN = PIBpm + RLE + Transferências correntes líquidas
recebidas do RM (transferências recebidas – transferências pagas)=
= PNBpm + Transferências correntes líquidas recebidas do RM

„ Transferências correntes ≡ transferências unilaterais (sem contrapartida)


de rendimento destinadas a financiar operações correntes (normalmente
despesas em consumo); ex. remessas de emigrantes, subsídios
recebidos do RM e impostos pagos ao RM

RDBN (utilização):
Š RDBN = C + G + Spri + Spúb = CFN + (Spri + Spúb) = CFN + SbN

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 93

3.3 Outros agregados


… identidade contabilística fundamental
Š Então:
RDBN = PIBpm + RLE + TCLRM = CFN + SbN
Š Logo,
C + G + I + X – Q + RLE + TCLRM = C + G + Spri + Spúb
I = Spri + Spúb + (Q – X – RLE – TCLRM)
I = Spri + Spúb + Sext

Igualdade entre investimento e poupança

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 94

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.3 Outros agregados
… identidade contabilística fundamental

Š A identidade contabilística fundamental relaciona, por definição, as


poupanças líquidas dos diferentes sectores da economia
„ Se Spriv > I, o sector privado como um todo é um credor líquido (tem
uma poupança líquida positiva)
„ Se Spúb < 0 (saldo orçamental < 0), o sector público tem que pedir
emprestado Î emissão de dívida pública a residentes ou não residentes
„ SbN > I Î Sext < 0 Î o país vive abaixo das suas possibilidades
„ SbN < I Î Sext > 0 Î o país vive acima das suas possibilidades

Š A Spriv pode ser usada para investimento, para financiar o défice


orçamental (− Spúb) e/ou para financiar o exterior…

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 95

3.3 Outros agregados


… identidade contabilística fundamental

Š Trata-se de uma mera identidade contabilística, não sendo possível,


sem outros dados, determinar causalidades entre os três tipos de
poupança
„ Podemos identificar se os sectores residentes estão a viver acima
ou abaixo das suas possibilidades…
„ Podemos identificar qual o sector residente que mais contribui
para uma poupança externa positiva…
„ Mas não conseguimos explicar relações de causalidade…

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 96

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.3 Outros agregados
… identidade contabilística fundamental
Poupança, Investimento e Bal. Corrente em Portugal, em % PIB, preços correntes (1995-2005)

35,0%

30,0%
FORMAÇÃO BRUTA DE
CAPITAL
25,0%

20,0%
POUPANÇA NACIONAL
BRUTA
15,0%

10,0%

5,0%

0,0%
1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005
-5,0%

BALANÇA
-10,0% CORRENTE

-15,0%

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 97

3.3 Outros agregados


… identidade contabilística fundamental
The accounting identity in 2002 (% of GDP)
S-I T-G
SOcorrente X-
- Z = CA
BCorrente
USA -1.4 -3.4 -4.8
Japan 9.9 -7.1 2.8
European Union 2.9 -2.0 0.9

Belgium 4.7 0.0 4.7


Denmark 1.1 1.8 2.9
France 5.3 -3.2 2.1

Germany 6.1 -3.6 2.5


Italy 2.0 -2.5 -0.5
Netherlands 3.2 -1.1 2.1
Portugal -7.2 -0.4 -7.6
Spain -2.5 -0.1 -2.6
Sweden 3.0 1.1 4.1
UK 0.5 -1.3 -0.8

Source: BP, OECD Economic Outlook 2003/01

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 98

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
3.3 Outros agregados
… Spúb e Sext

Spú
Spúb

saldo orçamental Î SPA Î orçamento de Estado Î dívida pública

Sext

balança corrente Î RM Î balança de pagamentos

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 99

4. Orçamento de Estado

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 100

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.1 Introdução
… entidades do SPA no OE

Š As entidades que constituem o Sector Público Administrativo (SPA) e


entram no orçamento de Estado

„ Administração central

z Estado (governo)

z Fundos e Serviços Autónomos

„ Administração Regional e Local

„ Segurança Social

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 101

4.1 Introdução
… funções do SPA

Š Funções económicas do SPA:


ƒ fornecer bens e serviços públicos (não rivalidade e não exclusão
Î e.g., segurança pública, defesa nacional, justiça,…)
ƒ realizar a distribuição secundária de rendimentos (eficiência Vs.
equidade)
ƒ estabilização macroeconómica e regulação

Š O sector público precisa de recolher receitas para financiar as


despesas inerentes ao cumprimento destas funções Î o
orçamento de estado
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 102

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… saldo orçamental primário

Saldo Orçamental Primário:


Š Saldo Orçamental Primário = Receitas – Despesas, excluindo o
serviço da dívida pública:
T–G
ƒ T = Impostos – TR
ƒ TR = transferências para o sector privado (e.g., subsídio de
desemprego, pensões de reforma, benefícios de assistência social como
o rendimento mínimo de inserção, subsídios pagos às empresas…)
ƒ G = despesas em bens e serviços públicos (e.g., gastos em
equipamentos hospitalares, vencimentos dos funcionários públicos,
FBCF…)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 103

4.2 O saldo orçamental


… saldo orçamental total ou global
Š Se G >T, o sector público recorre a endividamento Î o sector
público tem que suportar os encargos do financiamento Î juros da
dívida pública (ou serviço da dívida)

Saldo Orçamental total/global no período t:


(SOt) = (T – G)t – rg Dt-1
ƒ rg = taxa de juro
ƒ D = dívida pública
ƒ rg Dt-1 = juros de dívida pública

Š SO > 0 Î superávite ou excedente orçamental


Š SO < 0 Î défice orçamental
Š SO = 0 Î equilíbrio orçamental
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 104

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… saldo orçamental corrente

Š O Saldo Orçamental reflecte, assim, a Capacidade ou Necessidade de


Financiamento do sector público:

SO = Poupança do Sector Público (Spúb) +


+ Receitas de capital –
– Despesas de capital (inclui despesas de investimento público)

= CAP/NEC Financiamento do sector público

Š Spúb = Receitas correntes – Despesas correntes = SO corrente


(inclui serviço da dívida)

Š Regra de ouro das finanças públicas: SO corrente equilibrado

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 105

4.2 O saldo orçamental


… alguns valores
Saldo Orçamental
Saldo Orçamental Primário (% do PIB) Primário (%PIB)
4 Portugal
1970 2.7
1975 -4.0
2 1980 -5.0
1985 -2.2
0 1990 2.0
1995 0.8
2000 0.1
-2 2001 -1.3
2002 0.0
-4 2003 -0.2
2004 -0.7
2005 -3.4
-6 2006 -1.1
1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2007 0.3

Portugal 7 Major OECD Countries EURO 12


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 106

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… alguns valores

Saldo Orçamental, % PIB Saldo Orçamental


(%PIB)
4
Portugal
2
1970 2.3
1975 -4.6
0 1980 -7.6
1985 -9.1
-2 1990 -6.6
1995 -5.5
-4 2000 -2.9
2001 -4.3
-6 2002 -2.9
2003 -2.9
-8
2004 -3.3
-10
2005 -6.1
2006 -3.9
1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002
2007 -2.6
2008(P) -2.4
-2,2
Portugal 7 Major OECD Countries EURO 12

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 107

4.2 O saldo orçamental


… alguns valores
Receitas e Despesas das Administrações Públicas (2006)
(Estrutura em % do PIB)

Despesas Correntes 42.7 Receitas Correntes 41.2


Pessoal 13.5 Receitas fiscais 36.7
Consumo intermédio 4.0 Impostos sobre o rendimento e património 8.9
Juros da dívida 2.8 Impostos sobre as famílias 5.7
Transferências correntes 22.4 Impostos sobre as empresas 3.2
para as famílias 18.7 Contribuições sociais 12.5
para as empresas (subsídios) 1.4 Impostos sobre a produção e importação 15.4
outras transferências 2.3 dos quais:
IVA 8.7
Impostos sobre produtos petrolíferos 2.1
Imposto automóvel 0.8
Vendas de bens e serviços 2.3
Poupança Pública = Saldo Orçamental Corrente -1.5 Outras receitas correntes 2.3

Despesas de Capital 3.4 Receitas de Capital 1.0


FBCF 2.3 Impostos de Capital n.d.
Outras despesas de capital 1.1 Transferências da União Europeia n.d.
Capacidade de Financiamento = Saldo Orçamental total -3.9 Outras transferências de capital n.d.
(Saldo Orçamental Primário) -1.1
Fonte: Banco de Portugal (2006), Relatório Anual
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 108

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… alguns valores
Saldo Orçamental, % PIB
Country 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003
Austria 1,2 -2,4 -1,7 -2,8 -2,4 -5,3 -1,7 0,1 -0,4 -1,4
Belgium -2,1 -5,4 -9,5 -10,2 -6,8 -4,4 0,1 0,5 0,0 0,2
Germany 0,2 -5,8 -2,9 -1,1 -2,0 -3,3 1,3 -2,8 -3,5 -3,9
Denmark 5,0 -1,3 -2,4 -1,4 -1,0 -2,3 2,5 2,8 1,6 1,2

Spain 0,9 0,1 -2,6 -7,0 -3,9 -6,6 -0,9 -0,4 -0,1 0,3
Finland 3,9 5,1 3,9 3,5 5,5 -3,9 7,1 5,2 4,3 2,1
France 1,2 -1,6 0,0 -3,0 -2,1 -5,5 -1,4 -1,5 -3,3 -4,1
United Kingdom 2,6 -4,6 -3,3 -2,9 -1,6 -5,8 3,9 0,7 -1,6 -3,2
Greece 0,7 -2,9 -2,6 -11,6 -15,7 -10,2 -2,0 -1,4 -1,5 -3,0
Ireland -11,7 -10,4 -2,8 -2,1 4,4 1,1 -0,1 0,2
Italy -3,9 -12,4 -7,1 -12,7 -11,8 -7,6 -0,7 -2,7 -2,4 -2,5
Japan 1,2 -2,0 -3,2 -0,6 2,0 -4,7 -7,5 -6,1 -7,9 -8,0

Netherlands -1,1 -2,4 -3,8 -3,3 -5,3 -4,2 2,2 0,0 -1,6 -3,2
Sweden 4,4 2,8 -4,1 -3,8 3,8 -6,9 5,1 2,9 -0,3 0,5
United States -2,0 -5,2 -2,6 -5,0 -4,2 -3,1 1,6 -0,2 -3,3 -4,8

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 109

4.2 O saldo orçamental


… outros conceitos
Š Saldo orçamental excluindo medidas extraordinárias/temporárias e
irrepetíveis:
„ efeitos das medidas temporárias: efeitos sobre o SO resultantes de
medidas que não podem ser utilizadas de forma recorrente (e.g.,
privatizações, venda de património, vendas de licenças de redes móveis
e TV digital, cessão de créditos tributários)
„ Saldo total ajustado de medidas temporárias = Saldo Total – Efeitos das
medidas temporárias

Š Saldo orçamental corrigido de flutuações cíclicas:


„ A conjuntura influencia, “automaticamente”, o SO sem que haja
qualquer intervenção do sector público (e.g., numa recessão os
impostos recebidos tendem a diminuir e o subsídios de desemprego
pagos a aumentar) Î efeitos do ciclo
„ Saldo total ajustado do ciclo = Saldo Total – Efeitos do ciclo
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 110

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… outros conceitos

+ - + 0

+ - 0 -

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 111

4.2 O saldo orçamental


… estabilizadores automáticos

Š Observa-se que a maior parte dos países apresenta um saldo


orçamental que é, normalmente, deficitário, o que pode ser
consequência do objectivo - Estabilização Macroeconómica:

Š Agentes económicos têm preferência por níveis de consumo estáveis


(alisamento do consumo) ⇒ Isto também acontece relativamente
aos bens e serviços públicos ⇒ Manutenção ou agravamento
das despesas correntes numa recessão
Š A manutenção ou agravamento das receitas via impostos,
penalizaria proporcionalmente mais o rendimento em fases de
recessão ⇒ os impostos são normalmente estabelecidos em
proporção ao rendimento ⇒ Redução das receitas correntes
numa recessão

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 112

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.2 O saldo orçamental
… estabilizadores automáticos

Š Para além de políticas activas de estabilização também existem os


estabilizadores automáticos:

Š Algumas rubricas do SO reagem, automaticamente (sem actuação


activa das autoridades), à situação conjuntural de forma a reduzir a
amplitude das flutuações cíclicas

Š Exemplos típicos são os impostos (nomeadamente impostos directos


sobre o rendimento) e o subsídio de desemprego

Défices tendem a aumentar numa recessão,


sem que sejam compensados nas fases de expansão

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 113

4.2 O saldo orçamental


… financiamento dos défices

O financiamento dos défices:


défice orçamentalt = – SOt = (G – T)t + rg Dt-1

Š Pode ser financiado por:


Š Emissão de Dívida Pública Î emissão de bilhetes do tesouro e
obrigações do tesouro que são adquiridos pelo sector privado ou
pelo exterior

Š Financiamento monetário: emissão de moeda pelo Banco


Central, por contrapartida de crédito directo ao sector público ou
de aquisição de títulos de dívida pública Î monetarização da
dívida pública ou senhoriagem Î inflação
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 114

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.3 A dívida pública
… dívida Vs. défice

Como vimos,
(SOt) = (T – G)t – rg Dt-1 = − ΔDt
Com ΔDt = variação da dívida pública no período t

Š SO > 0 Î ΔDt < 0 Î diminuição da dívida pública


Š SO < 0 Î ΔDt > 0 Î aumento da dívida pública

Ou seja,
Dt = Dt-1 + ΔDt = Σ (−SOi ), i = 0, … , t

Š A dívida pública resulta de uma acumulação sucessiva de défices


orçamentais e do respectivo financiamento

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 115

4.3 A dívida pública


… dinâmica da dívida
Dinâmica da dívida pública:
ΔDt = (G – T)t + rg Dt-1

Š Mesmo com equilíbrio do SO primário, a dívida tende a crescer, à


taxa rg, devido aos encargos financeiros associados à dívida
acumulada (dívida “explosiva”)

Š Para que ΔDt = 0 (estabilização absoluta da dívida) é necessário:

(T – G)t = SOPt = rg Dt-1

Š Quanto mais tarde se estabelecer como meta a estabilização da


dívida, maior o valor a estabilizar e, consequentemente, maior o
valor que o SO primário deve observar
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 116

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.3 A dívida pública
… dinâmica da dívida
Š Mas, na prática, quando se fala em estabilização da dívida pública
fala-se na sua estabilização relativa, i.e., na estabilização do peso
da dívida pública no PIB:

⎛D⎞ 1 D
Δ⎜ ⎟ = ΔD − 2 ΔY ⇔
⎝Y ⎠ Y Y
⎛ D ⎞ G − T + rg D D
⇔ Δ⎜ ⎟ = − y⇔
⎝ ⎠
Y Y Y
⎛ D ⎞ G −T
+ (rg − y )
D
⇔ Δ⎜ ⎟ =
⎝Y ⎠ Y Y
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 117

4.3 A dívida pública


… dinâmica da dívida
Š Conclusões:
Š Se o saldo orçamental primário (SOP) for nulo, o rácio entre
dívida pública e produto tende a evoluir à taxa (rg – y)
Š Se y > rg: T – G = 0 é suficiente para diminuir o rácio D/Y; o
rácio da dívida pode inclusivamente diminuir mesmo na presença
de défices orçamentais primários
Š Se rg > y: o processo pode ser explosivo; são necessários saldos
primários positivos para reverter a situação
Š Logo a estabilização relativa implica:

⎛D⎞ T −G D
Δ⎜ ⎟ = 0 ⇒ = (rg − y )
⎝Y ⎠ Y Y
Š Desde que y > 0, o SOP necessário para estabilizar o rácio D/Y
é menor do que o SOP necessário para estabilizar D
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 118

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.3 A dívida pública
… alguns valores
Dívida Pública
Dívida Pública, % PIB (%PIB)
Portugal
90
1970 18.0
80 1975 22.0
70 1980 32.0
60 1985 56.0
1990 58.0
50
1995 64.0
40
2000 50.5
30 2001 52.9
20 2002 55.6
10 2003 56.8
0
2004 58.2
2005 63.6
1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002
2006 64.7
Portugal 7 Major OECD Countries EURO 12 2007 63.6
2008(P) 63.4
Fonte: INE, Banco de Portugal
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica (relatório anual 2007) 119

4.3 A dívida pública


… alguns valores
Dívida Pública, % PIB
1970 1980 1990 2000 2004

Austria 18.8 36.1 57.2 66.8 65.8


Belgium 63.3 76.2 129.1 109.6 98.6
Denmark n.a. 47.0 70.8 54.3 47.8
Finland n.a. 13.8 16.6 53.5 44.9
France n.a. 30.1 39.5 65.4 71.2
Germany 17.9 31.1 41.5 60.5 66.5
Greece 18.8 22.8 79.6 106.2 98.7
Ireland n.a. n.a. 94.2 39.3 31.4
Italy 41.3 63.3 112.8 124.3 118.3
Japan 11.9 54.3 68.3 133.0 164.1
Netherlands 49.7 45.4 77.0 55.8 52.7
Norway 41.5 38.9 29.2 30.0 20.0
Spain n.a. 19.9 48.8 72.4 62.6
Sweden 29.7 46.1 45.7 64.2 58.3
UK 77.6 54.3 44.4 51.5 51.9
USA 49.2 45.2 66.6 58.8 65.7

Source: OECD Economic Outlook


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 120

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.3 A dívida pública
… acumulação sucessiva de défices

Š Porque existe uma tendência para a acumulação sucessiva


de défices orçamentais?
i. Existem eleições periódicas, pelo que há um adiamento contínuo
sobre qual Governo vai recair a estabilização da dívida pública
ii. Efeito miopia dos eleitores: os benefícios de um défice “hoje” são
claros e visíveis para os eleitores, enquanto o custo associado
aos impostos a cobrar “amanhã” é distante, não totalmente
conhecido e excessivamente penalizado pelo factor desconto
iii. A geração que vai pagar a dívida (mais jovem ou ainda
inexistente) muitas vezes não é a geração relevante para
maximizar os votos, i.e., não tem representatividade política

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 121

4.3 A dívida pública


… acumulação sucessiva de défices
iv. Quanto menores as probabilidades de re-eleição, maior a
tentação de acelerar o crescimento dos gastos públicos em
períodos de pré-campanha e durante a campanha eleitoral -
não é o Governo actual que vai “herdar” os problemas por ele
gerados… (ciclos político-económicos)

Acumulação de dívida pública

Š Mas o ideal será uma dívida pública nula?

Š Necessidade de regras que equilibrem os custos “futuros” e


benefícios “presentes” de um défice orçamental Î P.E.C.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 122

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.3 A dívida pública
… o P.E.C.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento:
Š Objectivo: Garantir a manutenção de finanças públicas saudáveis,
criando condições para a estabilidade de preços e, através desta,
condições para um crescimento sustentado conducente à criação de
emprego
Š Regras:
Š Um Estado-membro da UEM não pode incorrer num défice
orçamental superior ao valor de referência de 3% do PIB do ano
correspondente
Š O rácio da dívida pública no PIB deverá ser inferior ao valor de
referência de 60% do PIB ou deverá encontrar-se em diminuição
significativa e estar a aproximar-se, de forma satisfatória, do valor
de referência
Š Estabelecimento do “objectivo de médio prazo de uma posição
orçamental próxima do equilíbrio ou excedentária”
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 123

4.3 A dívida pública


… o P.E.C.
O P. E. C. após revisão em Março de 2005:
Š O P.E.C. admite que se exceda o valor de referência para o rácio do
défice, mas apenas em casos excepcionais e temporários
(nomeadamente quando resulta de uma depressão “severa” ou
quando se deve a factores exógenos, não controláveis pelas
autoridades de política)
Š Prevê penalizações para o desrespeito das regras (procedimentos
por défice excessivo):
ƒ Um país que ultrapasse o valor de referência de 3% está sujeito a
sanções se não resolver a situação no prazo de um ano: um
depósito não remunerado junto da Comissão Europeia, convertido
em multa no prazo de dois anos se a situação não for corrigida
ƒ As multas e os juros dos depósitos revertem a favor dos Estados-
membros cumpridores, na proporção do PNB de cada um no PNB
total dos países elegíveis
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 124

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
4.4 A política orçamental

Š Política orçamental é a alteração por parte das autoridades


(governo) das variáveis orçamentais, ou seja, das receitas e das
despesas públicas
Š As políticas orçamentais dizem-se expansionistas ou restritivas
(contraccionistas) consoante o seu efeito sobre o produto:
„ Uma política expansionista tem impactos positivos sobre o produto:
regra geral, Δ+ gastos públicos ou Δ− impostos Î Δ+ procura interna
(via consumo ou investimento no caso dos impostos) Î Δ+ produto
„ Uma política restritiva tem impactos negativos sobre o produto:
regra geral, Δ− gastos públicos ou Δ+ impostos Î Δ− procura interna
Î Δ− produto
Š Sob certas condições, uma consolidação orçamental pode ter efeitos
expansionistas Î efeitos não Keynesianos
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 125

Orçamento de Estado – 2009

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 126

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Orçamento de Estado – 2009

43,9% 43,8%

46,1% 46,0%
40,2% 39,1%
43,1% 42,7%

2,2% 2,6%
0,8% 1,1%
2,3% 2,5%

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 127

5. Balança de Pagamentos

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 128

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.1 Noção e finalidade

Š Registo sistemático que se destina a medir as transacções


económicas que se estabelecem entre os residentes (sectores
internos) e não residentes (sector exterior), durante um
determinado período contabilístico (fluxos)
Economia Resto do Mundo
Nacional (não residentes)
(residentes)

Transacções
Económicas

Fontes de informação utilizadas para construir a BP:


Declarações das instituições financeiras, das sociedades não financeiras
e dos particulares; INE (mercadorias); Direcção Geral do Tesouro;
inquéritos às empresas sobre IDE
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 129

5.1 Noção e finalidade

Š Residentes: Todos aqueles cujo centro principal de interesse


económico se fixa em Portugal (ou seja, efectuam operações
económicas em Portugal durante pelo menos um ano),
estando portanto sujeitos ao controlo das autoridades
económicas nacionais, tais como:
i. cidadãos nacionais com residência no país;
ii.diplomatas, estudantes e militares portugueses no estrangeiro;
iii.
imigrantes estrangeiros com residência permanente no país;
iv.empresas constituídas no país, ainda que propriedade de não
residentes;
v. sucursais e agências de empresas estrangeiras, ...

Š Período de Tempo Contabilístico: mês/trimestre/ano


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 130

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.1 Noção e finalidade

Š Transacções económicas: sempre que um agente económico


transfere para outro um valor económico (bens, serviços,
activos monetários ou financeiros)

Š Podem referir-se a transferências bilaterais ou unilaterais:


„ Transferências bilaterais (com contrapartida)
z CMP e VND de bens e serviços contra activos financeiros
z Troca directa de bens e serviços
z Troca mútua de activos financeiros
„ Transferências unilaterais (sem contrapartida)
z Fornecimento/aquisição de bens e serviços sem contrapartida
económica (e.g., doação de alimentos a países mais pobres)
z Fornecimento/aquisição de activos financeiros sem contrapartida
económica (e.g., remessas de emigrantes)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 131

5.1 Noção e finalidade

Š Transacções económicas: são agrupadas segundo a sua


natureza económica (bens, serviços, rendimentos) ou de
acordo com a maturidade e as entidades que as promovem
(capital e monetárias ou financeiras)

Saldos parcelares da BP:


balança corrente
balança de capital
balança financeira
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 132

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… balança corrente

Š BCorrente = (X – Q) + RLE + Transferências Correntes Líquidas RM


= – Sext = SbN – I = Spriv + Spúb – I
Mas,
Š SbN = RDBN – CFN Î BCorrente = RDBN – CFN – I
= RDBN – (C + I + G) = RDBN – Absorção (Ab)
„ Se BCorrente = RDBN – Ab > 0 : o país é, no que respeita às
operações correntes, um credor líquido face ao Resto do Mundo
„ Se BCorrente = RDBN – Ab < 0 : o país é , no que respeita às
operações correntes, um devedor líquido face ao Resto do Mundo Î
contribui para o agravamento da dívida externa (mas ainda faltam
as operações de capital…)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 133

5.2 Saldos parcelares


… balança corrente

Balança Corrente = Balança de Bens e Serviços + Balança de


Rendimentos + Balança de Transferências Correntes

Š Balança de Bens e Serviços = (X – Q)


„ Mercadorias: Importações de bens, Exportações de bens
„ Serviços
z transportes, viagens e turismo, operações governamentais
z serviços financeiros, de informação, serviços postais
z VA dos serviços de seguradoras
z direitos de utilização de activos intangíveis (patentes, por ex.)
z (…)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 134

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… balança corrente

Š Balança de Rendimentos = RLE


„ os rendimentos de trabalho líquidos recebidos do RM
„ os rendimentos de investimento
z de IDE, de investimento de carteira (lucros e mais valias),
intermediação financeira (juros de empréstimos e depósitos
bancários), de investimento imobiliário (rendas e mais valias)
z lucros reinvestidos
z juros de dívida externa
z rendimentos de aplicações de reserva do Banco de Portugal
z não incluem os relativos ao investimento realizado em “derivados
financeiros”, …

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 135

5.2 Saldos parcelares


… balança corrente

Š Balança de Transferências Correntes: transferências correntes


(unilaterais) líquidas recebidas do RM

Operações correntes (que não estão associadas a operações de


acumulação de capital; são de maturidade curta, conjunturais) sem
contrapartida (mudança de propriedade voluntária e sem contrapartida);
podem ser privadas ou públicas
„ donativos de bens
„ remessas de emigrantes/imigrantes
„ impostos (que não de capital) pagos/recebidos do RM (ex. UE), …

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 136

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… balança de capital
Mas, para além das operações de natureza corrente, existem ainda:
Š Transferências de capital líquidas recebidas do RM: transferências
unilaterais de património destinadas a financiar operações de capital
(investimento)
„ transferências da UE para financiamento de infraestruturas (fundos
estruturais)
„ perdão de dívida externa, …
e…
Š Aquisições Líquidas (de cedências/vendas) de Activos Não
Financeiros Não Produzidos ao RM (ALANFNP)
„ activos corpóreos (e.g., terrenos de embaixadas, …);
„ activos incorpóreos (e.g., patentes, marcas registadas, direitos de
autor, direitos sobre “passes” de jogadores de futebol, …)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 137

5.2 Saldos parcelares


… balança de capital
Balança de Capital =
Transferências de capital líquidas recebidas do RM – ALANFNP ao RM

Š Não confundir balança de capital com operações de capital Î


aplicações em activos não financeiros

Operações de capital =
Investimento (FBCF + Δstocks) + ALANFNP ao RM

Š Esta operações de capital são financiadas pela SbN e pelas


transferências de capital… mas pode haver necessidade de
endividamento externo…
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 138

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… capacidade/necessidade de financiamento da Nação

Capacidade ou necessidade de financiamento da Nação =


SbN + transferências capital líquidas recebidas do RM (TCapLRM) –
– operações de capital =
= SbN – I + TCapLRM – ALANFNPRM =
balança corrente + balança de capital

Š Se > 0 ⇔ existe Capacidade de Financiamento, a qual representa o


montante líquido de recursos que a Nação “põe à disposição do RM”
para financiar operações de capital
Š Se < 0 ⇔ existe Necessidade de Financiamento, a qual representa o
montante líquido de recursos que o RM “põe à disposição” da Nação
para financiar operações de capital

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 139

5.2 Saldos parcelares


… capacidade/necessidade de financiamento da Nação

PIBpm
RLE + Transf. Correntes Líq. do Exterior
RDBN

CFN SBN Transf. Capital Líq. do Exterior

I = FBC
ALANFNP ao RM Operações de Capital

Cap/Nec de Financiamento da Nação


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 140

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… capacidade/necessidade de financiamento da Nação

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 141

5.2 Saldos parcelares


… balança financeira
Š Investimento Directo
„ de Portugal no exterior
„ do exterior em Portugal
Š Investimento de Carteira
„ de Portugal no exterior
„ do exterior em Portugal
Balança
Š Derivados financeiros
Financeira
Š Outro Investimento
„ Sectores residentes não monetários
„ Autoridades monetárias
„ Instituições financeiras monetárias (Bancos)
Š Activos de reserva (activos cambiais, direitos de saque
especiais, ouro, …)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 142

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.2 Saldos parcelares
… balança financeira

Š Investimento directo
„ Constituição de empresas, aumentos de capital, títulos de participação
para obtenção de lucros ou controlo da gestão
„ Investimento imobiliário, excluindo a CMP/VND de ANPNF tangíveis
„ Apuramento dos “lucros reinvestidos”, …
Š Investimento de carteira
„ Títulos para revenda no curto prazo (acções, obrigações, unidades de
participação em fundos de investimento, títulos de dívida pública, …);
transacções com o objectivo de obtenção de mais valias
„ Não inclui investimento financeiro realizado em “Derivados Financeiros”
Š Derivados Financeiros
„ CMP/VND de instrumentos de cobertura de risco e respectivos
rendimentos: futuros, opções, swaps

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 143

5.2 Saldos parcelares


… balança financeira
Š Outro Investimento
„ Créditos e débitos externos (incluindo créditos e débitos comerciais)
„ Depósitos bancários
„ Operações monetárias: variação das disponibilidades e responsabilidades
de curto prazo dos Bancos

Entradas e saídas de meios de pagamento dos bancos


Š Activos de Reserva
„ Operações monetárias oficiais, ie, realizadas pelo Banco Central
„ Têm que envolver troca de moeda estrangeira com não residentes
„ As operações monetárias oficiais envolvendo apenas moeda nacional são
registadas em Outro Investimento (ex. depósito do BPortugal no BCE)
„ São registadas em Activos de Reserva as operações que o Banco Central
promove para afectar as taxas de câmbio (transacções compensatórias)

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 144

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Principais Saldos Parcelares
• Mercadorias (Balança Comercial)
Balança
• Serviços
Corrente
• Rendimentos (trabalho e investimento): B. Rendimentos B. B&S
• Transferências Correntes (públicas e privadas): B. Transf. Correntes
Balança
• Transferências de Capital (públicas e privadas)
de
• Aquisição/cedência de activos não financeiros não produzidos
Capital
• Investimento directo
• de Portugal no exterior
• do exterior em Portugal
• Investimento de carteira
• de Portugal no exterior Balança
• do exterior em Portugal
Financeira
• Outro Investimento
• Sectores residentes não monetários
• Autoridades monetárias
• Instituições financeiras monetárias (Bancos) Operações
• Derivados financeiros Monetárias
• Activos de reserva (Act. Cambiais, DSE, Pos. Reserva no FMI, Ouro)
145

5.2 Saldos parcelares


Fonte: Relatório Anual do Banco de Portugal (2006), p. 207


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 146

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.3 Registo contabilístico
… débito Vs. crédito
Š Sistema de Registo Contabilístico das Transacções:
Emprega-se o método das partidas dobradas ou digráfico: a um
CRÉDITO (DÉBITO) corresponde sempre um DÉBITO (CRÉDITO)

A BP como um todo tem necessariamente um saldo nulo


(Σ créditos = Σ débitos Î Σ créditos − Σ débitos = 0)

Š CRÉDITO → todo o fluxo de bens, serviços ou activos financeiros


efectuado por agentes económicos residentes a agentes económicos
não residentes: R → NR (SAÍDAS)
Š DÉBITO → todo o fluxo de bens, serviços ou activos financeiros
efectuado por agentes económicos não residentes a agentes
económicos residentes: NR → R (ENTRADAS)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 147

5.3 Registo contabilístico


… débito Vs. crédito
Š Exemplos de registos a crédito:
„ Exportação de mercadoria
„ Investimento Directo do Exterior (IDE) em Portugal (transferência de
propriedade para o exterior)
„ Transferência financeira da UE
„ Obtenção de crédito por parte de agente residente (título de crédito)

Š A estes registos terá que corresponder sempre um débito


(contrapartida contabilística) por conta da entrada (directa ou
diferida) de meios de pagamento

Š A contrapartida pode ser entrada de meios de pagamento (nos


bancos ou no banco central) ou aumento do crédito sobre o exterior
(se pagamento diferido)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 148

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.3 Registo contabilístico
… débito Vs. crédito
Š Exemplos de registos a débito:
„ Importação de mercadoria
„ Investimento Directo de Portugal no exterior
„ Concessão de empréstimo bancário ao exterior
„ Investimento de carteira de Portugal no exterior

Š A estes registos terá que corresponder sempre um crédito


(contrapartida contabilística) por conta da saída (directa ou diferida)
de meios de pagamento

Š A contrapartida pode ser saída de meios de pagamento (dos bancos


ou das reservas cambiais) ou aumento do débito ao exterior (se
pagamento diferido)

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 149

5.3 Registo contabilístico


… equilíbrio contabilístico
Equilíbrio Contabilístico

Š Agrupamento das transacções económicas em grupos homogéneos

Definição de sub-balanças (ex: Balança Comercial)


e dos respectivos saldos (saldos parcelares)

SALDO = CRÉDITO − DÉBITO

Saldo Global da Bal. Pagamentos = Σ [saldos parcelares] = 0

Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira = 0

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 150

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.3 Registo contabilístico
… erros e omissões
Š A recolha de dados nunca é perfeita; “erros e omissões” é um termo
residual que resulta de, contabilisticamente, o saldo da Balança
de Pagamentos ter que ser igual a zero. Conhecendo-se os
saldos da Balança Corrente, da Balança de Capital e da Balança
Financeira, se o respectivo somatório não der zero, o diferencial é,
residualmente, registado na rubrica “erros e omissões”

Š Parte dos “Erros e Omissões” podem não ser inocentes, sendo o


reflexo de operações ilícitas com o Resto Mundo:
„ Importações de contrabando (ou porque se trata de produtos ilegais –
e.g., droga – ou para fugir ao pagamento de tarifas e impostos)
„ Exportações ilegais de capitais (por exemplo, resultantes de actividades
ilícitas, ou em países onde existem restrições à livre circulação de
capitais, etc.)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 151

5.3 Registo contabilístico


… equilíbrio económico
Equilíbrio Económico

Š Associado à definição de saldos parcelares

Operações autónomas
(resultam da espontaneidade de actuação dos agentes económicos)
Bal.Corrente + Bal.Capital + Bal.Financeira (operações não monetárias)
dão origem a
Operações de Contrapartida Monetária
(não autónomas, induzidas, financiamento das operações autónomas)
Balança Financeira (operações monetárias)

Garantem que BP=0


(as operações autónomas por si só não garantem BP=0)

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 152

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.3 Registo contabilístico
… equilíbrio económico

Š As operações de contrapartida monetária (ou operações


induzidas) dizem respeito à entrada e saída de meios de
pagamento da nossa economia (dos bancos ou das reservas
cambiais) para financiamento das operações autónomas

Š São as operações monetárias da Balança Financeira e


envolvem um registo contabilístico em:
„ Outro Investimento – IFM – Variação das Disponibilidades e
Responsabilidades de Curto Prazo dos Bancos

„ Activos de Reserva – Activos Cambiais

Š O saldo da Balança Financeira – operações monetárias…


2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 153

5.3 Registo contabilístico


… equilíbrio económico
BP = Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira = 0
(identidade contabilística)

Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira (op. não monetárias) =


− Bal. Financeira (op. monetárias)

Saldo económico da BP
(saldo das operações autónomas)

Š As operações autónomas e as induzidas estão registadas em


diferentes sub-balanças da BP Î saldo das sub-balanças não é
necessariamente nulo Î saldos parcelares é que têm significado
económico
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 154

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.3 Registo contabilístico
… alguns lançamentos
Š Exportação a pronto no valor de K1 u.m.
Š Importação a prazo no valor de K2 u.m.
Š Remessa de emigrante recebida no valor de K3 u.m.
Š Transferência de capital da UE a título de fundo estrutural, a favor das administrações públicas,
no valor de K4 u.m.
Š Concessão, por um banco residente, de um empréstimo a um não residente no valor de K5 u.m.
Š Constituição de um depósito num banco residente por um não residente no valor de K6 u.m.
Š Constituição, por parte de uma sociedade não financeira residente, de um depósito num banco
localizado no exterior no valor de K7 u.m.
Š Aquisição, por um investidor não residente, de uma empresa residente no valor de K8 u.m. (vs
desinvestimento…)
Š Aquisição, por um residente, de obrigações do tesouro americano a um residente nos EUA no
valor de K9 u.m.
Š Aquisição, por um residente nos EUA, de obrigações do tesouro português, a um residente no
Reino Unido, no valor de K0 u.m.

2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 155

D É B IT O C R É D IT O SALDO
(1 ) B A L A N Ç A D E B E N S E S E R V IÇ O S
• M E R C A D O R IA S (B A L A N Ç A C O M E R C IA L ) K2 K1 K 1 -K 2
• S E R V IÇ O S
T r a n s p o r te s , v ia g e n s e tu r is m o , o u tr o s s e r v iç o s ( e x .:
p o s ta is ) , o p e r a ç õ e s g o v e r n a m e n ta is ( e x .:
e m b a ix a d a s )
(2 ) B A L A N Ç A D E R E N D IM E N T O S
• DE TRABALHO
• D E IN V E S T IM E N T O
(3 ) T R A N S F E R Ê N C IA S C O R R E N T E S
• P Ú B L IC A S
• P R IV A D A S K3 K3
(4 ) B A L A N Ç A C O R R E N T E = (1 )+ (2 )+ (3 )
(5 ) T R A N S F E R Ê N C IA S D E C A P IT A L
• P Ú B L IC A S K4 K4
• P R IV A D A S
( 6 ) A Q U IS IÇ Ã O /C E D Ê N C IA D E A C T IV O S N Ã O
P R O D U Z ID O S N Ã O F IN A N C E IR O S
(7 ) B A L A N Ç A D E C A P IT A L = (5 )+ (6 )
(8 ) IN V E S T IM E N T O D IR E C T O
• D E P O R T U G A L N O E X T E R IO R
• D O E X T E R IO R E M P O R T U G A L K8 K8
(9 ) IN V E S T IM E N T O D E C A R T E IR A
• D E P O R T U G A L N O E X T E R IO R K9 -K 9
• D O E X T E R IO R E M P O R T U G A L
(1 0 ) O U T R O IN V E S T IM E N T O
S e c to r e s R e s id e n te s N ã o M o n e tá r io s K7 K2 K 2 -K 7
E m p r é s tim o s fin a n c e ir o s , c r é d ito s c o m e r -
c ia is , r e e m b o ls o s , d e p ó s ito s .
A u to r id a d e s M o n e tá r ia s
I n s titu iç õ e s F in a n c e ir a s M o n e tá r ia s ( B a n c o s ) K 1 ($ ) -K 1 ($ ) -
K 3 ($ ) K 3 ($ ) -
K 4 ($ ) K 5 ($ ) K 6 K 4 ($ )
K5 K 6 ($ ) K 7 ($ ) - K 5+
K 8 ($ ) K 9 ($ ) K 5 ($ )
+ K6 –
K 6 ($ )
+ K 7 ($ )
– K 8 ($ )
+ K 9 ($ )
(1 1 ) D E R IV A D O S F IN A N C E IR O S
(1 2 ) A C T IV O S D E R E S E R V A
• A C T IV O S C A M B IA IS
• D IR E IT O S D E S A Q U E E S P E C IA IS
• P O S IÇ Ã O D E R E S E R V A N O F M I
• O U R O M O N E T Á R IO

156
(1 3 ) B A L A N Ç A F IN A N C E IR A = (8 )+ (9 )+ (1 0 )+ (1 1 )+ (1 2 )

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
5.4 Balança de pagamentos e…
… mercado cambial

Bal.Corrente + Bal.Capital + Bal.Financeira (op. não monetárias)


= − Bal.Financeira (op. monetárias)

Š Se B.Corrente + B.Capital + B.Financeira (não monetária) < 0 Î


Î débitos > créditos (nas operações autónomas)

Ð
Š Saída líquida de meios de pagamento dos bancos Î
créditos > débitos (nas operações monetárias induzidas)

Ð
Š Excesso de procura de moeda estrangeira/excesso de oferta de
moeda nacional Î desequilíbrio no mercado cambial
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 157

5.4 Balança de pagamentos e…


… mercado cambial
Š A moeda nacional tende a perder valor Î deprecia (câmbios flexíveis)
Š A depreciação da moeda nacional incentiva as exportações e desincentiva
as importações Î redução do défice da BCorrente
Š A depreciação da moeda nacional incentiva a entrada de capitais, uma
vez que os não residentes beneficiam por adquirirem activos domésticos
a custos mais baixos
Š A depreciação tende a Ç saldo das operações autónomas até ser nulo

Š Mas o Banco Central pode intervir para impedir a depreciação


(intervenção cambial – câmbios fixos)
Š Para evitar a depreciação, o Banco Central compra moeda nacional e
vende moeda/activos externos Î diminuição dos Activos de Reserva
Š O crédito nos Activos de Reserva é feito por contravalor de um débito
nos Outros Investimentos (entrada de moeda nacional)
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 158

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)
Exercício – lançamentos na BP

Š Envio de medicamentos pelo Estado Português a favor dos


refugiados no Darfur (Sudão) no valor de 100 u.m.
Š Amortização pela SONAE de um crédito comercial devido por
bens importados no valor de 10 u.m.
Š Pagamento de remuneração no valor de 5 u.m. a Claus
Laponievski, um pianista não residente, convidado pela
Orquestra Nacional do Porto para um concerto na Casa da
Música
Š Pagamento de juros ao BES, relativos a um empréstimo, por
parte de um agente não residente, no valor de 3 u.m.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 159

Exercício – lançamentos na BP

Š Amortização do empréstimo referido na alínea anterior, no


valor de 50 u.m.
Š Envio de parte dos lucros gerados pela Autoeuropa em
Palmela, no valor de 200 u.m., para a Volkswagen na
Alemanha
Š Aquisição, por um agente residente, de uma empresa situada
em Portugal detida por não residentes, no valor de 500 u.m.
Š Venda dos direitos de autor do livro “O Apito Mais Do Que
Azulado” pela respectiva editora portuguesa a uma editora de
Itália no valor de 20 u.m.
2LGES03, 2008-09 II. Informação Macroeconómica 160

(estes diapositivos não constituem manual da


disciplina de MACROI, não dispensam a
frequência às aulas nem a consulta da
bibliografia recomendada)

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