O cenário para 2011 aponta imensas oportunidades para o crescimento do varejo. Como aproveitá-las? Por Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD - Gouvêa de Souza
O cenário para 2011 aponta imensas oportunidades para o crescimento do varejo. Como aproveitá-las? Por Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD - Gouvêa de Souza
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O cenário para 2011 aponta imensas oportunidades para o crescimento do varejo. Como aproveitá-las? Por Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD - Gouvêa de Souza
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Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD - Gouvêa de Souza
A conjugação de uma série improvável de fatores tem criado um
cenário quase mágico para o ambiente de negócios no Brasil. Magia não é acaso, mas pode utilizar ilusão de ótica para criar efeitos espetaculares e quase inacreditáveis e, por conta disso, é coisa para profissionais. Os amadores também podem usar seus pequenos truques para atividades mais limitadas e familiares. Mas para quem pensa sério, grande e tem consciência das oportunidades, o momento é de muito trabalho, planejamento, ousadia e senso de urgência. O momento brasileiro é auspicioso na geração de oportunidades. Os fatos estão aí para comprovar. O crescimento do emprego, com mais de dois milhões de vagas formais criadas em 2010 e que até já começa a gerar problemas por conta da alta demanda com dificuldade em ser atendida. O aumento real de salários que impulsiona de forma sustentável a massa salarial do país e, articulado com o aumento da oferta de crédito em taxas altas, porém muito mais competitivas quando comparadas com o passado recente, gera renda disponível para consumo, no presente e no futuro. O elevado nível de confiança do consumidor, nos maiores índices desde que passou a ser apurado, também conjugado com a renda, o emprego e oferta de crédito, gera um significativo aumento do consumo das famílias, alavancando as vendas no varejo de produtos e serviços, cenário que tende a permanecer, ao menos nos próximos semestres. Aos pessimistas e catastrofistas resta o alerta sobre a iminência das consequências de um processo que foi batizado de “Double Dip”, ou seja, a possibilidade de um recrudescimento da crise econômica global em alguns países, espalhando suas consequências para o Brasil. Da mesma forma que pregavam a inevitabilidade dos impactos altamente negativos da crise financeira global no Brasil no final de 2008... Afora o fato que o “Double Dip” mais parece nome de drink (Double dip on the rocks in a tall glass!!!), a verdade é que o país teve uma retração de consumo no período de novembro de 2008 a março de 2009, quando a imprensa bombardeou a todos com a iminência do caos, que não aconteceu. A partir de abril de 2009 o mercado voltou aos seus patamares anteriores de crescimento, exatamente quando refluiu a pressão midiática e foram iniciados os benefícios dos programas de estímulo do governo para a indústria automobilística, os eletrodomésticos e o material de construção, que ajudaram a alavancar o desempenho. O comportamento do consumidor brasileiro fez toda a diferença. Naquela oportunidade, uma pesquisa realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza mostrou que, apesar de estar consciente do que acontecia lá fora, o brasileiro médio, que se considerava Ph.D. em crise econômica, não iria radicalizar seu comportamento de compras, como o que ocorreu na Europa e na América do Norte, em especial porque estava vivendo uma nova realidade de acesso a produtos e serviços com que sempre sonhara. E o que se viu foi exatamente isso. E todos aqueles que se deixaram levar pelas manchetes negativas e incorporaram as consequências da crise em sua realidade perderam vendas e oportunidades, por terem demorado muito a reagir. O cenário se alterou e temos uma nova realidade ainda mais positiva. A questão é como incorporar todos os benefícios desse novo quadro no planejamento das empresas e dos negócios, sem correr riscos desnecessários, mas tirando proveito de um momento único, onde se somam as oportunidade de curto e médio prazo com um cenário desafiador no longo prazo, com Copa do Mundo, Olimpíadas, Pré Sal, evolução do Brasil como fornecedor global de alimentos e outros fatores, numa realidade pautada pela estabilidade política e econômica e um horizonte à frente de continuidade de crescimento, ainda que com direito a alguns soluços. Coisa que todo drink, em excesso, pode gerar. Isso é o que vamos discutir em nossos próximos artigos e no evento Visões & Perspectivas, que ocorrerá no dia 3 de dezembro, no período da manhã, com a apresentação e o debate sobre uma nova pesquisa realizada com consumidores brasileiros, comparando seu momento presente e futuro com a realidade que o país viveu e viverá.