Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Expressão Leitura Significado O cálculo da taxa de porcentagem pode
“18% não 18 por Em cada 100 ser realizado utilizando-se uma regra de
votaram” cento não eleitores 18 não três simples. Vejamos algumas situações
votaram votaram. onde esse cálculo é utilizado.
“ 40% não 40 por Em cada 100
vieram” cento não pessoas 40 não 1º situação
vieram vieram Depositando-se $60,00 numa caderneta
de poupança, ao final de um mês obtêm-
As expressões 18% e 40% podem ser in- se $75,00. Vamos calcular a taxa de por-
dicadas na forma de fração, por 18 e centagem desse rendimento:
40 , respectivamente. Como essa frações
possuem denominadores iguais a 100, $ 60,00 é a quantia principal do
são denominadas frações centesimais. problema ;
Os numerais 40% e 18% são taxas cen- $ 15,00 é o rendimento obtido no
tesimais ou taxas de porcentagens, período.
pois expressam a razão que existe uma
grandeza e 100 elementos do universo Organizamos uma regra de três simples,
dessa grandeza . onde:
$ 60,00 correspondem a 100% investi-
Escreva as frações seguintes na for- dos;
ma de taxa de centesimal: $ 15,00 correspondem a x% do que foi
investido.
15
a) . Essa regra de três simples é direta:
100
$ 60 100
37 ↓ ↓
b) . $15 x
100
70 60 100 100.15
c) . = ⇔Χ= ⇔ X = 25
100 15 Χ 60
7
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
c) Num exame de 110 questões, um aluno Conjunto de entradas e saídas, dispos-
errou 10%. Quantas questões ele acer- tas ao longo do tempo, geralmente repre-
tou? sentado por um diagrama, também cha-
mado de horizonte financeiro, constituído
d) Obtive 14% de desconto numa compra por um eixo horizontal, que representa a
de $ 24.000,00. Quanto paguei? linha do tempo, tendo acima as entradas
e abaixo as saídas, e vice-versa.
e) O preço marcado de um produto era $
2.500,00. Paguei apenas $ 2.000,00, pois Cálculo do número de dias
obtive um abatimento. Qual foi a taxa de
porcentagem do desconto? Ano comercial são os juros calculados com
uma taxa diária a partir de 360 dias.
f) Economizei $ 840,00 ao obter um des-
conto de 12% na compra de uma roupa. Ano civil são os juros calculados com uma
Qual era o preço marcado inicialmente taxa diária a partir de 365dias.
nessa roupa?
Juros Exatos ou Regra do Banqueiro
g) Gastei 20% de meu salário em uma
mercadoria que me custou $ 5.000,00. São os juros calculados com uma taxa
Qual o valor do meu salário? diária a partir de um ano civil (365dias).
8
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Juros simples Como são grandezas diretamente
proporcionais em relação à grandeza do
Considere a seguinte situação: juro, podemos escrever:
Vamos denominar e convencionar Vamos calcular o juros pago por uma pes-
uma representação para cada dado do soa que tomou emprestada quantia de $
problema: 50 000,00, durante 8 meses, a uma taxa
de 1,2% ao mês:
O dinheiro emprestado,
$100.000,00, chama-se quantia Dados
principal. Representa-se por C. C = $ 50.000,00 j=Cit
I = 1,2% ao mês 100
A retribuição periódica pela cessão t = 8 meses j = 50.000 . 1,2 . 8
do dinheiro, eu corresponde à j=? 100
quantia que será cobrada pelo Ban- j = 4.800
co, é o aluguel que se paga em ca-
da período. Recebe o nome de juro foram pagos $ 4.800,00 de juro.
e representa-se por j.
Vamos, agora , determinar a quantia que
A taxa de juro, 10% é a taxa que deve ser aplicada por uma pessoa a uma
funciona como o aluguel que o cli- taxa de 6% ao ano, para que após 2 anos
ente pata por 100 unidades de di- receba $ 18.000,00 de juro.
nheiro que o Banco lhe empresta;
representa-se por i. Dados
Exemplo: Exemplo 1:
Um capital de R$ 1.000,00, em-
prestado durante 5 anos a 10%a.a. Quanto receberá quem aplicar R$
100.000,00, à taxa de juros simples de
5%a.m., durante um mês?
PERÍODO SALDO JUROS MONTANTE
INICIAL
M = 100.000,00 (1+0,05.1) = 105.000,00
0 1.000,00 0 1.000,00
Obedecendo a hierarquia das ope-
1 1.000,00 100,00 1.100,00 rações, primeiro elimina-se os parêntesis.
Para tanto, dentro deles, em primeiro lu-
2 1.100,00 100,00 1.200,00 gar efetuamos a multiplicação de 0,05 por
3 1.200,00 100,00 1.300,00 1 = 0,05. Após, soma-se ao número UM e
o resultado é multiplicado pelos
4 1.300,00 100,00 1.400,00 100.000,00.
10
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Qual será o montante de um capital M
de R$ 100.000,00, aplicado à taxa de ju- --- = 1 + in
ros de 5%a.m. durante 45 dias? C
45
M = 100.000, 00(1 + 0, 05. )107.500, 00 Inverte-se:
30
(0,05 x 45 : 30 + 1) x 100.000,00 =
107.500,00 M
1 + in = ---
Cálculo com prazo fracionário: C
M Se 1 equivale a 0,05
--- = C 100 equivalerá a x
(1 + in)
100 x 0,05
Ou, invertendo a ordem Logo: x = ------------- = 5% a.m.
1
M
C = ------- PRAZO
(1 + in)
Utilizando os dados do problema
Qual o capital que, aplicado durante anterior.
45 dias, à taxa de juros simples de
5%a.m., gerou um montante de R$ 107.500,00
107.500,00? -------------- - 1
100.000,00
107.500,00 n = -------------------- = 1,5 mês
C = --------------------- = 100.000,00 0,05
(1 + 0,05 . 45/30)
Se 1 mês tem 30 dias
1,5 meses terá x dias
TAXA
1,5 x 30
Se M = C(1 + in) Logo: x = ------------ = 45 dias
1
11
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Exercícios: dos não inteiros; utilização de tabelas
para cálculos.
01) Uma aplicação, com taxa de
31,5%a.a., em dois anos e meio acusou São aqueles calculados sobre o
um saldo de R$ 53.625,00. Qual o capital montante anterior.
inicial? R. R$ 30.000,00.
Exemplo:
02) Um montante de R$ 11.115,00 foi
formado à taxa de 7%a.a., em dois anos. O capital de R$ 100,00, a juros
Quais os juros? R. 1.365,00 compostos de 10%a.a., montará a quanto
ao final de 4 anos?
03) À taxa de juros de 8,5% e prazo de
dois anos e seis meses foi formado um Ano Capital Juros Montante
montante de R$ 13.337,50. De quanto inicial anuais
foram os juros? R. 2.337,50. 0 - - 100,00
1 100,00 10,00 110,00
04) Tendo recebido 821,84 após 91 dias 2 110,00 11,00 121,00
de aplicação, à taxa de 0,9% a.m., calcu- 3 121,00 12,10 133,10
lar os juros. R. 21,84 4 133,10 13,31 146,41
05) Tendo pago 675,50 após 13 meses Pela fórmula dos juros simples temos:
de ter efetuado uma compra por 500,00,
qual foi a taxa praticada? R. 2,7% a.m. j = Cin
12
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Exemplo: Logo, os juros serão: 5.107,89 – 4.000,00
= 1.107,89
Quanto receberei, se aplicar R$
100,00, à taxa de juros compostos de Exemplo
10%a.a., durante três anos?
Qual o prazo necessário para que um de-
M = 100 (1 + 0,1)(1 + 0,1)(1 + 0,1) pósito de 3.000,00, a taxa de 8%a.a.,
produza um montante de R$ 5.025,00?
M = 100 (1,1)(1,1)(1,1)
M 5.025,00
Ou --- = ------------ = 1,675
a 3.000,00
M = 100(1,1)3 = 133,10
Na Tábua II, o número 1,675 não existe
A fórmula básica, no montante pe- na coluna de 8%. Esse número está com-
los juros compostos, então, é: preendido entre os números 6 e 7.
1,5868743 corresponde a 6 anos
M = C(1+i)n = 133,10 e 1,7138243 corresponde a 7 anos
0,1269500 corresponde a 1 ano
EXEMPLOS COM PRAZO FRACIONÁRIO 0,0881257 corresponde a x
Para acharmos o valor de 0,3%, para ser Exercícios: (as respostas serão apro-
acrescentado aos 6%, efetuamos uma ximadas)
regra de três:
1) Quanto receberei ao final de 32 dias se
1% - 0.048.3190 aplicar R$ 200,00, à taxa de 2,4%a.a.? R.
0,3% - x 205,00.
14
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
t' x ( 1 + i t''), onde t' é a parte inteira e e efetiva é a taxa ajustada ao prazo cor-
t'' é a fração. respondente.
Obs: O termo linear refere-se ao fator ( 1
+ it'') que nada mais é do que uma função Por exemplo:
linear ou de 1º grau. Um Banco informa que cobra 5% de juros
ao mês. Entretanto, sua operação será
Vamos exemplificar: liquidada em 35 dias.
EXPONENCIAL
A diferença da linear é que se utiliza a
seguinte fórmula:
M = C ( 1 + i ) t' + t'' Substituindo:{[(((5/100)+1) ^ (35/30))]–
1}*100 = 5,86%
Obs: O termo exponencial refere-se ao
fator (1 + i) t' + t'' que é uma função ex- Note que agora a taxa representa os juros
ponencial. cobrados pelo período. Diz-se então que a
*Considerando os mesmos dados do pro- taxa é 5,86 % efetiva ou pelo período.
blema anterior teremos:
M = 35.600 [ 1 + (10 ÷ 100) ] 5 + (6 ÷ Taxas Proporcionais
12)
M = 35.600 ( 1,6891 ) = R$60.131,96 Taxas Proporcionais são taxas de juros
simples, cuja razão possui a mesma cons-
TAXAS tante de proporcionalidade que os respec-
tivos tempos a que se referem.
Sempre que o prazo de capitalização for o Taxas Equivalentes são aquelas que,
mesmo que o prazo a que a taxa se refere quando aplicadas ao mesmo capital, du-
teremos uma taxa de juros efetiva. rante o mesmo intervalo de tempo, pro-
duzirão o mesmo montante.
Já se o prazo de capitalização for diferente
do prazo a que a taxa se refere teremos Em juros simples não há distinção entre
uma taxa de juros nominal. taxas proporcionais e equivalentes, pois
significam a mesma coisa.
Taxa nominal é a expressão dos juros não
considerando o prazo pelo qual ele incidirá
15
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Ex.: Aplicando-se, a juros simples, o capi- QUESTÕES DE CONCURSOS (RESOL-
tal de R$ 100,00 (ou outro qualquer) a VIDAS)
uma taxa de 24% a.a., durante um ano
teremos o mesmo montante se o capital 01) BB/1998 (FCC) - Qual a taxa semes-
for aplicado à taxa de 2% a.m., durante tral equivalente à taxa de 25% ao ano?
12 meses. a) 11,8% b) 11,7% c) 11,6% d)
11,5% e) 11,4%
Em juros compostos, a equivalência se dá Solução: Um problema simples de conver-
pela fórmula do juro composto: são de taxas efetivas. Basta aplicarmos a
fórmula:
(1 + i1 ) = (1 + i2 ) (1 + i1)n1 = (1 + i2 )n2
n' n"
Para convertermos uma taxa nominal em É óbvio que, sem usarmos calculadora
efetiva, utilizamos o critério da proporcio- eletrônica, é necessário termos uma tabe-
nalidade. la financeira (que normalmente é forneci-
da com provas que envolvem cálculos de
Taxa Efetiva juros compostos).
Mas, e no caso de não haver tabela na
Taxa Efetiva é aquela cujo período de ca- prova? Teremos um pouquinho mais de
pitalização coincide com o período da pró- trabalho: iremos representar o 1,25 por
pria taxa. Normalmente, costuma-se omi- 125
tir o período de capitalização em uma taxa sua fração decimal: 100 . A seguir, iremos
efetiva. decompor o 125 em fatores primos (en-
contramos 53). E 100 = 102. Substituindo
Exemplo: taxa de 2% ao mês com capi- na equação:
talização mensal, ou, simplesmente, 2% 52 ⋅ 5 5
ao mês. 1 + i1 = 2
⇒ 1 + i1 = . 5
10 10
Taxa Real
Nesse ponto, é útil lembrar dos valores
aproximados das seguintes raízes:
Taxa Real é aquela efetivamente paga em
uma operação qualquer, após descontar- 2 = 1,414; 3 = 1,732; 5 = 2,236
mos a inflação.
Ficamos, então, com:
1 + i ap 1 + i1 =
1
. 5 ⇒ 1 + i1 =
2,236
⇒ 1 + i1 = 1118
, ⇒ i1 = 0,118
1 + ir = 2 2
1 + ii
Sempre que calculamos a taxa, ela será
dada na forma “unitária”. Para obtermos a
onde: ir é a taxa real; i ap é a taxa apa- taxa “percentual”, basta multiplicarmos o
rente e i i é a taxa de inflação.
16
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
resultado encontrado por 100. Desse mo- mais próximas forem as taxas envolvidas
do, a taxa será: no cálculo. Também faz-se necessário que
i1 = 11,8% as taxas envolvidas no cálculo não sejam
muito grandes. Para taxas elevadas ou
Resposta: letra a para diferenças muito grandes entre as
taxas esse raciocínio não funciona!
02) BB/1999 (CESPE-UnB) - O valor de
um aluguel era de R$ 400,00 no dia 1º de Resposta: letra a.
julho de 1999 e foi reajustado para R$
410,00 no dia 1º de agosto de 1999. Con- 03) BB/1998 (FCC) - Um investidor dispu-
siderando que a inflação registrada no nha de R$ 300.000,00 para aplicar. Divi-
mês de julho foi de 1%, é correto afirmar diu esta aplicação em duas partes. Uma
que a taxa real de juros utilizada no rea- parte foi aplicada no banco alfa, à taxa de
juste do valor desse aluguel foi 8% ao mês, e a outra parte no banco Be-
a) inferior a 1,5% b) igual a 1,5% ta, à taxa de 6% ao mês, ambas em juros
c) superior a 1,5% e inferior a 2,0%. compostos. O prazo de ambas as aplica-
d) igual a 2,0% e) superior a ções foi de 1 mês. Se, após este prazo, os
2,0% valores resgatados forem iguais nos dois
bancos, os valores de aplicação, em reais,
Solução: em cada banco, foram, respectivamente:
Calculamos a variação percentual no valor a) 152.598,13 e 147.401,87
do aluguel por meio de uma regra de três b) 151.598,13 e 148.401,87
simples: c) 150.598,13 e 149.401,87
d) 149.598,13 e 150.401,87
400 100% e) 148.598,13 e 151.401,87
10 x
Solução: Aplicamos a fórmula do Montan-
10 × 100
X= = 2,5% . te nas duas aplicações. M = C. (1 + i)
n
400
Agora devemos "deflacionar” este valor, Como os Montantes das duas aplicações
ou seja, procuramos aqui a "taxa real": deverão ser iguais:
C1. (1 + 0,08) = C2 . (1 + 0,06)
1 1
[equação 1] e
1 + i ap
1 + ir = C 1 + C 2 = 300000 [equação 2]. Isolando-se
1 + ii
uma das variáveis da equação 1 e substi-
tuindo-se na segunda, vem:
onde: ir = taxa real; iap = taxa 1,08 × C1 , × C1
108
“aparente"; ii = taxa de inflação. C2 = ⇒ C1 + = 300000 ⇒
Lembrando de colocar todas as taxas na 1,06 106
,
forma "unitária" antes de substituirmos na , × C 1 + 108
106 , × C 1 = 300000 × 106
, ⇒
fórmula acima, obteremos: 2,14 x C1 = 318000 ⇒ C1 = 148.598,13 ⇒
C2 = 300000 - 148598,13 = 151.401,87
1 + 0,025 1,025
1 + ir = = = 1,01485 ⇒
1 + 0,01 1,01 Resposta: letra e
ir = 1,01485 − 1 ⇒ ir = 1,485%
04) CEF/1998 (FCC) - Um capital de R$
2.500,00 esteve aplicado à taxa mensal
Observação: O candidato não precisava de 2%, num regime de capitalização com-
realizar o cálculo acima (é um pouco tra- posta. Após um período de 2 meses, os
balhoso...). Basta saber que, ao “deflacio- juros resultantes dessa aplicação serão
narmos” uma taxa, ela será menor do a) R$ 98,00
que a diferença entre elas, ou seja: 2,5% b) R$ 101,00
- 1% = 1,5%. Devemos, então, encontrar c) R$ 110,00
um valor inferior a 1,5%. d) R$ 114,00
A taxa resultante será tanto mais próxima e) R$ 121,00
da diferença simples entre elas, quanto
17
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
montante de CR$ 126.023,60 no prazo
Solução: de:
C = 2.500,00; i = 2% a.m.; n = 2 meses; Observação: Se necessário, utilize a tabe-
J = ? (Capitalização Composta) la seguinte:
A fórmula do Montante no regime de capi- n 1,26n
talização composta é: M = C. (1 + i) 1 1,26000
n
2 1,58760
Entretanto, o problema solicita que se cal-
3 2,00038
cule os Juros. Não há uma fórmula especí-
4 2,52047
fica para o cálculo direto dos juros em ca-
5 3,17580
pitalização composta. Podemos deduzi-la,
associando a fórmula acima a: M = C + J. 6 4,00150
Mas não há muita utilidade nisto. Calcula- 7 5,04190
remos, então, separadamente o valor do 8 6,35279
montante com a primeira fórmula, e, pos- 9 8,00451
teriormente, o valor dos juros com a a) 2 meses
segunda... b) 2 meses e meio
M = 2500 . (1 + 0,02)2 ⇒ M = 2500 . c) 3 meses
1,022 ⇒ M = 2500 . 1,0404 ⇒ M = d) 4 meses
2601. e) 6 meses
M = C + J ⇒ J = M - C ⇒ J = 2601 - 2500
⇒ J=101 Solução:
Resposta: letra b Fórmula para cálculo do Montante a juros
compostos: M = C.(1 + i) n . Substituindo-se
05) CEF/1998 (FCC) - Pretendendo guar- os dados do problema na fórmula (C =
dar uma certa quantia para as festas de 50000; M = 126033,60; i = 26% a.m.):
fim de ano, uma pessoa depositou R$ LEMBRE-SE de que a TAXA deve estar na
2.000,00 em 05/06/97 e R$ 3.000,00 em forma UNITÁRIA para ser substituída na
05/09/97. Se o banco pagou juros com- fórmula!
postos à taxa de 10% ao trimestre, em 126023,60 = 50000.(1 + 0,26) n ⇒
05/12/97 essa pessoa tinha um total de
126023,60
(126
, ) = ⇒ (126
, ) = 2,520472 .
n n
a) R$ 5 320,00
b) R$ 5 480,00 50000
c) R$ 5 620,00 Agora, buscamos este valor (ou o MAIS
d) R$ 5 680,00 PRÓXIMO dele possível) na tabela dada.
e) R$ 5 720,00 Assim procedendo, encontramos o valor
de “n”: n = 4
Solução: Resposta: letra d.
Dados:
C1 = 2000 n1 = 2 trimestres TESTES PROPOSTOS:
C2 = 3000 n2 = 1 trimestre
i = 10% ao trimestre 01) A aplicação de R$ 5.000 à taxa de
Utilizando a fórmula do montante no re- juros compostos de 20% a.m. irá gerar,
gime de juros compostos (ver problema após 4 meses, o montante de:
anterior), para os dois depósitos, vem: a) R$ 10.358,00
M = 2000 . (1,1)2 + 3000 . (1,1)1 ⇒ M = b) R$ 10.368,00
2000 . 1,21 + 3000 . 1,1 ⇒ M = 2420 + c) R$ 10.378,00
3300 ⇒ d) R$ 10.388,00
M = 5720 e) R$ 10.398,00
Resposta: letra e
02) Um investidor aplicou a quantia de R$
06) PMPA/1993 (PMPA) - Um capital de 20.000,00 à taxa de juros compostos de
CR$ 50.000,00, aplicado a juros compos- 10% a.m. Que montante este capital irá
tos, à taxa de 26% ao mês, produzirá um gerar após 3 meses?
a) R$ 26.420,00
18
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
b) R$ 26.520,00 Qual o desconto comercial simples à
c) R$ 26.620,00 mesma taxa de 10% ao mês?
d) R$ 26.720,00 a) CR$ 313,84
e) R$ 26.820,00 b) CR$ 285,31
c) CR$ 281,26
03) Um capital de US$ 2,000.00, aplicado d) CR$ 259,37
à taxa de 5% a.m., em 1 ano produz um e) CR$ 251,81
montante de:
Dado: (1,05)12 = 1,79586 08) AFTN/1985 (ESAF) - Um capital de
a) US$ 3.291,72 Cr$ 100.000 foi depositado por um prazo
b) US$ 3.391,72 de 4 trimestres à taxa de juros de 10% ao
c) US$ 3.491,72 trimestre, com correção monetária trimes-
d) US$ 3.591,72 tral igual à inflação. Admitamos que as
e) US$ 3.691,72 taxas de inflação trimestrais observadas
foram de 10%, 15%, 20% e 25% respec-
04) A aplicação de um capital de Cz$ tivamente. A disponibilidade do depositan-
10.000,00, no regime de juros compostos, te ao final do terceiro trimestre é de, a-
pelo período de três meses, a uma taxa proximadamente:
de 10% ao mês, resulta, no final do ter- a) Cr$ 123.065
ceiro mês, num montante acumulado: b) Cr$ 153.065
a) de Cz$ 3.000,00 c) Cr$ 202.045
b) de Cz$ 13.000,00 d) Cr$ 212.045
c) inferior a Cz$ 13.000,00 e) Cr$ 222.045
d) superior a Cz$ 13.000,00
e) menor do que aquele obtido por juros 09) AFCE/1995 (ESAF) - Para que se ob-
simples tenha R$ 242,00 ao final de seis meses, a
uma taxa de juros de 40% a.a., capitali-
05) Um investidor aplicou a quantia de zados trimestralmente(*), deve-se inves-
CR$ 100.000,00 à taxa de juros compos- tir hoje a quantia de:
tos de 10% a.m. Que montante este capi- a) R$ 171,43
tal irá gerar após 4 meses? b) R$ 172,86
a) CR$ 140.410,00 c) R$ 190,00
b) CR$ 142.410,00 d) R$ 200,00
c) CR$ 144.410,00 e) R$ 220,00
d) CR$ 146.410,00 (*) Ver o capítulo sobre taxas, a seguir.
e) CR$ 148.410,00
10) BB/1998 (CESGRANRIO) - Um inves-
06) A caderneta de poupança remunera tidor dispunha de R$ 300.000,00 para a-
seus aplicadores à taxa nominal de 6% plicar. Dividiu esta aplicação em duas par-
a.a., capitalizada mensalmente, no regime tes. Uma parte foi aplicada no banco alfa,
de juros compostos. Qual é o valor do juro à taxa de 8% ao mês, e a outra parte no
obtido pelo capital de R$ 80.000,00 du- banco Beta, à taxa de 6% ao mês, ambas
rante 2 meses? em juros compostos. O prazo de ambas as
a) R$ 801,00 aplicações foi de 1 mês. Se, após este
b) R$ 802,00 prazo, os valores resgatados forem iguais
c) R$ 803,00 nos dois bancos, os valores de aplicação,
d) R$ 804,00 em reais, em cada banco, foram, respec-
e)R$ 805,00 tivamente:
a) 152.598,13 e 147.401,87
07) AFC/1993 (ESAF) - Um título de valor b) 151.598,13 e 148.401,87
inicial CR$ 1.000,00 vencível em um ano c) 150.598,13 e 149.401,87
com capitalização mensal a uma taxa de d) 149.598,13 e 150.401,87
juros de 10% ao mês, deverá ser resga- e) 148.598,13 e 151.401,87
tado um mês antes do seu vencimento.
19
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
11) BB/1998 (CESGRANRIO) - Um aplica- b) superior a R$ 200.000,00 e inferior a
dor aplica R$ 10.000,00 em um CDB do R$ 205.000,00.
Banco do Brasil, de 30 dias de prazo e c) superior a R$ 205.000,00 e inferior a
uma taxa prefixada de 3% ao mês. Consi- R$ 210.000,00.
derando o Imposto de Renda de 20% no d) superior a R$ 210.000,00 e inferior a
resgate, o valor líquido a ser resgatado R$ 215.000,00.
pelo aplicador, em reais, e a taxa de ren- e) superior a R$ 215.000,00.
tabilidade efetiva da aplicação são, res-
pectivamente: 15) PMPA/1993 (PMPA) - Um capital de
a) 10.300,00 e 2,40% CR$ 50.000,00, aplicado a juros compos-
b) 10.240,00 e 2,45% tos, à taxa de 26% ao mês, produzirá um
c) 10.240,00 e 2,40% montante de CR$ 126.023,60 no prazo
d) 10.240,00 e 2,35% de:
e) 10.200,00 e 2,35% Observação: Se necessário, utilize a tabe-
la seguinte:
12) CEF/1998 (FCC) - Um capital de R$
2.500,00 esteve aplicado à taxa mensal n 1,26n
de 2%, num regime de capitalização com- 1 1,26000
posta. Após um período de 2 meses, os 2 1,58760
juros resultantes dessa aplicação serão 3 2,00038
a) R$ 98,00 4 2,52047
b) R$ 101,00 5 3,17580
c) R$ 110,00 6 4,00150
d) R$ 114,00
7 5,04190
e) R$ 121,00
8 6,35279
9 8,00451
13) CEF/1998 (FCC) - Pretendendo guar-
dar uma certa quantia para as festas de
fim de ano, uma pessoa depositou R$ a) 2 meses
2.000,00 em 05/06/97 e R$ 3.000,00 em b) 2 meses e meio
05/09/97. Se o banco pagou juros com- c) 3 meses
postos à taxa de 10% ao trimestre, em d) 4 meses
05/12/97 essa pessoa tinha um total de e) 6 meses
a) R$ 5 320,00
b) R$ 5 480,00 16) PMPA/1993 (PMPA) - Urna inflação
c) R$ 5 620,00 mensal de 26% acarreta uma inflação a-
d) R$ 5 680,00 cumulada no semestre, aproximadamen-
e) R$ 5 720,00 te, igual a:
Observação: Se necessário, utilize a tabe-
14) BB/1999 (CESPE-UnB) - Na tabela la da questão anterior.
abaixo, que apresenta três opções de um a) 156%
plano de previdência privada com inves- b) 200%
timentos mensais iguais por um período c) 250%
de 10 anos, a uma mesma taxa de juros, d) 300%
capitalizados mensalmente, o valor de x e) 400%
será
17) TCDF/1994 (CESPE-UnB) - No Brasil,
Valor (em reais) as cadernetas de poupança pagam, além
investido men- a receber após da correção monetária, juros compostos à
salmente 10 anos taxa nominal de 6% a.a., com capitaliza-
200,00 41.856,00 ção mensal. A taxa efetiva bimestral é,
500,00 104.640,00 então, de:
1.000,00 X a) 1,00025%
b) 1,0025%
a) inferior a R$ 200.000,00. c) 1,025%
20
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
d) 1,25%
e) 12,5% 23) TCDF/1995 (CESPE-UnB) - A renda
nacional de um país cresceu 110% em um
18) BACEN/1994 (ESAF) - A taxa de 30% ano, em termos nominais. Nesse mesmo
ao trimestre, com capitalização mensal, período, a taxa de inflação foi de 100%. O
corresponde a uma taxa efetiva bimestral crescimento da renda real foi então de:
de: a) 5%
a) 20% b) 10%
b) 21% c) 15%
c) 22% d) 105%
d) 23% e) 110%
e) 24%
Gabarito
19) AFTN/1991 (ESAF) - Uma aplicação é
realizada no dia primeiro de um mês, ren- 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8-
dendo uma taxa de 1% ao dia útil, com b c d d d b a c
capitalização diária. Considerando que o 9- 10 11 12 13 14 15 16
referido mês possui 18 dias úteis, no fim d -e -c -c -e -c -d -d
do mês o montante será o capital inicial 17 18 19 20 21 22 23
aplicado mais: -b -b -b -b -d -e -a
a) 20,324%
b) 19,6147% OVER
c) 19,196%
d) 18,174% A taxa de “Over Night”, mais comumente
e) 18% chamada de taxa de “over”, é a taxa de
juros de um dia útil, multiplicada por 30
20) TCU/1992 (ESAF) - Um certo tipo de (convenção de mercado, pois um mês tem
aplicação duplica o valor da aplicação a 23 dias úteis). É uma forma de expressar
cada dois meses. Essa aplicação renderá a taxa de juros muito usada no mercado
700% de juros em: financeiro, mais especificamente no mer-
a) 5 meses e meio cado aberto (open market)
b) 6 meses
c) 3 meses e meio Muitos produtos do mercado tem sua
d) 5 meses rentabilidade ou custo expresso na taxa
e) 3 meses de OVER (exemplo, CDI, HOT MONEY).
21) AFTN/1996 (ESAF) - A taxa de 40% Toda taxa nominal “over’ deve informar
ao bimestre, com capitalização mensal, é o número de dias úteis que os juros
equivalente a uma taxa trimestral de: serão capitalizados de forma que se possa
a) 60,0% apurar a taxa efetiva do período.
b) 66,6%
c) 68,9% Exemplo
d) 72,8%
e) 84,4% Suponha que a taxa “over” em determi-
nado momento esteja definida em 5,4%
22) AFTN/1996 (ESAF) - Uma empresa a.m.. No período de referência da taxa,
aplica $ 300 à taxa de juros compostos de estão previstos 22 dias úteis.
4% ao mês por 10 meses. A taxa que
mais se aproxima da taxa proporcional Qual a taxa efetiva do período?
mensal dessa operação é:
a) 4,60% Solução
b) 4,40% Como a taxa “over” é geralmente
c) 5,00% definida por juros simples (taxa nominal),
d) 5,20% a taxa diária atinge:
e) 4,80%
21
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
5, 4 % Por ser nominal, e definida men-
i= = 0 ,18 %
30 ao dia salmente, a taxa “over” é obtida
pelo produto da taxa descapitaliza-
da pelo número de dias corridos do
taxa nominal mês.
Aplicando-se esses procedimentos na ilus-
Sabendo que no período de refe- tração, tem-se:
rência dessa taxa existem 22 dias úteis, a
taxa efetiva é obtida pela capacitação i = 4,04% ao mês
composta, ou seja: du = 22 dias úteis
1
i = (1 + 0,0018) 22
– 1 = 4,04% i = (1,0404) 22 − 1 = 0,18% ao dia útil
a.m.
OVER = 0,18% x 30 = 5,4% a.m.
Em outras palavras, pode-se con-
cluir que 4,04% representam a taxa efeti- A formula de cálculo da taxa “over”, dada
va para 22 dias úteis, ou mesmo para os uma taxa efetiva de juros, pode ser de-
30 dias corridos do mês. senvolvida da seguinte forma:
Em resumo, os procedimentos de 1
apurar a taxa efetiva dada uma taxa no- over = (1 + i ) du − 1 x30
minal de juros “over” são os seguintes:
Substituindo os valores ilustrativos acima,
Dividir a taxa de “over” geralmente men-
chega-se aos 5,4% a.m., ou seja:
sal, pelo número de dias corridos no perí-
odo para se obter a taxa nominal diária;
1
over = (1,0404 ) 22 − 1 x30
Capitalizar a taxa diária pelo número de = 5,4% a.m.
dias úteis previsto na operação.
DESCONTO BANCÁRIO SIMPLES
A expressão básica de cálculo da taxa efe-
tiva é:
du Taxa de desconto, cálculo do valor do
over desconto e cálculo do valor descon-
i (efetiva ) = 1 + −1
30 tado (valor presente); taxa efetiva ou
implícita em juros compostos da
sendo: “over” a taxa nominal mensal “o- operação de desconto bancário
ver”, du o número de dias úteis previsto simples; utilização de tabelas para
no prazo da operação. cálculos.
Por outro lado, muitas vezes é inte- É a operação de crédito em que são
ressante transformar uma taxa efetiva em negociados títulos mediante o abatimen-
taxa de “over”. No exemplo acima, foi de- to, no ato, de um percentual.
finida uma taxa nominal “over” de 5,4%
a.m. para um período com 22 dias úteis. VALOR NOMINAL é o valor ex-
Com isso, calculou-se a taxa efetiva de presso no título.
4,04% a.m..
VALOR ATUAL é o Valor Nominal
Se fosse dada a taxa efetiva para menos o desconto.
se transformar em “over”, o procedimento
de cálculo seria o inverso, ou seja: VALOR LÍQUIDO é o valor efeti-
vamente pago ao emitente do título.
Descapitalizar exponencialmente a
taxa efetiva para cada dia útil pre- A fórmula básica do desconto é
visto na operação;
d = VN . i . n
22
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
VA = VN - d
97,60
Substituindo o "d" pela sua 1 - ---------
fórmula: 100,00
i = ------------- = 2%a.m.
VA = VN - VN.i.n 36/30
VA 1,1334099 x 30 = 34 dias
1−
i= VN Desconto Simples
n
23
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Desconto Comercial ou “por fora”
Fórmula: DC = N ⋅ d ⋅ n
Denomina-se Desconto Comercial
6
Simples de um título de crédito aos juros DC = 5000 ⋅ ⋅ 2 = 600
simples calculados sobre seu valor Nomi- 100
nal. DC = 600
Resposta: R$ 600,00
Fórmulas
2) Calcular o valor atual comercial
DC = N ⋅ d ⋅ n de um título cujo valor nominal é R$
1.200,00 à taxa de 15% a.a., descontado
8 meses antes do vencimento.
onde: DC é o desconto; N é o va-
lor nominal do título, d é a taxa de des- Solução:
conto e n é o prazo de antecipação do Dados: N = 1200
título n = 8 meses
i = 15% a.a.
AC = N − DC AC = ?
Exemplos:
Fórmulas: DC = N ⋅ d ⋅ n e
1) Qual é o desconto comercial (ou
bancário) sobre um título de R$ 5.000,00, AC = N − DC
resgatado 2 meses antes do seu venci- 15 2
mento à taxa de 6% a.m.? DC = 1200 ⋅ ⋅ = 120
100 3
Solução:
AC = 1200- 120 = 1080
Dados: N = 5000
Resposta: R$ 1.080,00
n = 2 meses
i = 6% ao mês
3) Uma promissória foi descontada
DC = ?
à taxa de 45% a.a., 1 mês e 12 dias antes
de seu vencimento. Qual o valor nominal
Temos taxa e prazo em meses →
desse título se o desconto comercial foi de
não é necessário fazer transformações de
R$ 105,00.
unidades!
24
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Solução: conto; n é o prazo de antecipação. Te-
mos: N = 10000; n = 3 meses; d = 4%
Dados: DC = 105 ao mês.
n = 1 mês 12 dias 4
i = 45% a.a. DC = 10000 × × 3 = 1200
100
N=? Resposta: letra c.
26
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Solução: Observe que a taxa dada foi de Taxa Implícita de Juros do Desconto
JUROS, o que nos leva a calcular o Des- Bancário
conto RACIONAL.
Dados: N = 1500
n = 9 meses Um título é descontado num banco
i = 6% a.a. três meses antes de seu vencimento. A
DR = ? taxa de desconto definida pelo banco é de
Temos taxa ao ano e prazo em meses → 3,3 % ao mês. Sendo de R$ 25.000,00 o
por meio de uma regra de três, encon- valor nominal desse título, e sabendo-se
tramos n = 3/4 ano. que o banco trabalha com o sistema de
desconto por fora, pede-se calcular a taxa
N ⋅i ⋅n implícita de juros simples desta operação.
Fórmula: DR =
(1 + i ⋅ n ) O desconto simples, racional ou comercial
são aplicados somente aos títulos de cur-
1500 ⋅ 0, 06 ⋅ 0, 75 to prazo, geralmente inferiores a 1 ano.
DR = = 64,59
(1 + 0, 06 ⋅ 0, 75 ) Quando os vencimentos têm prazos lon-
Resposta: DR = R$ 64,59 gos, não é conveniente transacionar com
esses tipos de descontos, porque podem
2) Calcular o valor atual racional de uma conduzir a resultados que ferem o bom
dívida de R$ 1.500,00 à taxa de 6% a.a., senso. Observe o exemplo:
vencível em 9 meses.
Solução: Exemplo
Dados: N = 1500 Calcular o desconto comercial de um títu-
n = 9 meses (0,75 ano) lo de R$ 100.0000,00 com resgate para
i = 6% a.a. 5 anos, à taxa de 36% ao ano.
AR = ?
SOLUÇÃO
Temos taxa ao ano e prazo em meses →
iremos converter o prazo para “ano”, por Fórmula: d = N i n
meio de uma regra de três simples: N = R$ 100.000,00 i = 36% a.a. = 0,36
a.a. n= 5 anos
d = 100.000 . 0,36 . 5 = 180.000
1 ano 12 meses
x 9 meses ANUIDADES (SÉRIE DE PAGA-
MENTOS IGUAIS)
9 3
x= = = 0, 75 ano
12 4 Postecipadas, antecipadas e diferidas;
cálculo do valor atual, da prestação e
N da taxa de juros; utilização de tabelas
Fórmula: AR = para cálculos.
(1 + i ⋅ n ) Anuidades ou rendas certas é o nome
que se dá aos pagamentos sucessivos
1500 tanto a nível de financiamentos quan-
AR = ≅ 1435, 41
(1 + 0, 06 ⋅ 0, 75) to de investimentos.
27
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Se os termos da renda certa forem iguais São aquelas na qual o primeiro pagamen-
é chamada de renda certa de termo cons- to é feito após um determinado período.
tante ou renda certa uniforme; senão é Exemplo: promoções do tipo, compre hoje
uma renda certa de termo variável. Quan- e pague daqui a x dias
do o período entre as datas corresponden-
tes aos termos tiverem o mesmo intervalo A diferença entre esses e os casos de
de tempo , diz-se que a renda certa é pe- Renda Certa , é que nesse útimo você cal-
riódica ; caso contrário é não periódica. cula quanto teve de juros , sobre uma ba-
se de cálculo fixa, podendo a mesma ser
Exemplo: dividida em n parcelas; no caso dos Juros
Compostos e Descontos Compostos, a ba-
Um financiamento de casa própria é um se de cáculo varia por período.
caso de renda certa temporária, de termo
variável (sujeito à variação da TR) e peri- Calculando Valor Atual em casos de
ódica. Rendas Certas
São aquelas na qual o pagamento no fim As tabelas abaixo relacionadas estão dis-
de cada período e não na origem. Exem- poníveis para valores de i de 1 a 10% e
plo: pagamento de fatura de cartão de de n de 1 a 10.
crédito
As Antecipadas
As Diferidas
28
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 1,01000 1,02000 1,03000 1,04000 1,05000 1,06000 1,07000 1,08000 1,09000 1,10000
2 1,02010 1,04040 1,06090 1,08160 1,10250 1,12360 1,14490 1,16640 1,18810 1,21000
3 1,03030 1,06121 1,09273 1,12486 1,15763 1,19102 1,22504 1,25971 1,29503 1,33100
4 1,04060 1,08243 1,12551 1,16986 1,21551 1,26248 1,31080 1,36049 1,41158 1,46410
5 1,05101 1,10408 1,15927 1,21665 1,27628 1,33823 1,40255 1,46933 1,53862 1,61051
6 1,06152 1,12616 1,19405 1,26532 1,34010 1,41852 1,50073 1,58687 1,67710 1,77156
7 1,07214 1,14869 1,22987 1,31593 1,40710 1,50363 1,60578 1,71382 1,82804 1,94872
8 1,08286 1,17166 1,26677 1,36857 1,47746 1,59385 1,71819 1,85093 1,99256 2,14359
9 1,09369 1,19509 1,30477 1,42331 1,55133 1,68948 1,83846 1,99900 2,17189 2,35795
10 1,10462 1,21899 1,34392 1,48024 1,62889 1,79085 1,96715 2,15892 2,36736 2,59374
11 1,11567 1,24337 1,38423 1,53945 1,71034 1,89830 2,10485 2,33164 2,58043 2,85312
Sni = (1+i)n-1 / i
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 0,990099 0,980392 0,970874 0,961538 0,952381 0,943396 0,934579 0,925926 0,917431 0,909091
2 1,970395 1,941561 1,913470 1,886095 1,859410 1,833393 1,808018 1,783265 1,759111 1,735537
3 2,940985 2,883883 2,828611 2,775091 2,723248 2,673012 2,624316 2,577097 2,531295 2,486852
4 3,901966 3,807729 3,717098 3,629895 3,545951 3,465106 3,387211 3,312127 3,239720 3,169865
5 4,853431 4,713460 4,579707 4,451822 4,329477 4,212364 4,100197 3,992710 3,889651 3,790787
6 5,795476 5,601431 5,417191 5,242137 5,075692 4,917324 4,766540 4,622880 4,485919 4,355261
7 6,728195 6,471991 6,230283 6,002055 5,786373 5,582381 5,389289 5,206370 5,032953 4,868419
8 7,651678 7,325481 7,019692 6,732745 6,463213 6,209794 5,971299 5,746639 5,534819 5,334926
9 8,566018 8,162237 7,786109 7,435332 7,107822 6,801692 6,515232 6,246888 5,995247 5,759024
10 9,471305 8,982585 8,530203 8,110896 7,721735 7,360087 7,023582 6,710081 6,417658 6,144567
n\i 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000 1,000000
2 2,010000 2,020000 2,030000 2,040000 2,050000 2,060000 2,070000 2,080000 2,090000 2,100000
3 3,030100 3,060400 3,090900 3,121600 3,152500 3,183600 3,214900 3,246400 3,278100 3,310000
4 4,060401 4,121608 4,183627 4,246464 4,310125 4,374616 4,439943 4,506112 4,573129 4,641000
5 5,101005 5,204040 5,309136 5,416323 5,525631 5,637093 5,750739 5,866601 5,984711 6,105100
6 6,152015 6,308121 6,468410 6,632975 6,801913 6,975319 7,153291 7,335929 7,523335 7,715610
7 7,213535 7,434283 7,662462 7,898294 8,142008 8,393838 8,654021 8,922803 9,200435 9,487171
8 8,285671 8,582969 8,892336 9,214226 9,549109 9,897468 10,259803 10,636628 11,028474 11,435888
9 9,368527 9,754628 10,159106 10,582795 11,026564 11,491316 11,977989 12,487558 13,021036 13,579477
10 10,462213 10,949721 11,463879 12,006107 12,577893 13,180795 13,816448 14,486562 15,192930 15,937425
29
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
do juros e na volta o juros do descon-
to
No juro simples ser equivalente é ser -montar sempre fluxos, e na hora, não
proporcional, ou seja 12% a.a. é equiva- esquecer de colocar ÍNICIO, FINAL. A data
lente e é proporcional a 1% a.m., focal zero tem que ser analisada, não é
considerando as demais variáveis sempre 0.
constantes (Ceteris Paribus para a turma
de Economia). Neste caso o valor VALOR ATUAL DE UM FLUXO DE CAI-
nominal é também o valor efetivo. XA
$ 166,32 aplicado durante 2 anos a uma
taxa de 12% a.a. -> j = cit => j = 166,32 No regime de capitalização composta,
x (12÷ 100) x 2 = 39,9168. dois (ou mais) capitais são equivalentes
com uma taxa dada, se seus valores, cal-
$166,32 aplicado durante 2 anos a uma culados em qualquer data (data focal),
taxa de 1% a.m. -> j = cit => j = 166,32 com essa taxa, forem iguais.
x (1÷ 100) x (2x12) = 39,9168.
Também nesse regime de capitalização
EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS A JUROS podem-se ter capitais equivalentes com
COMPOSTOS desconto comercial composto ou capitais
equivalentes com juros compostos (ou
– usar qualquer data focal para se efetuar desconto racional composto), conforme
a equivalência sistemática de cálculo usada na equiva-
lência.
- dois esquemas financeiros são ditos Na prática apenas é utilizada a equivalên-
equivalente, a uma determinada taxa cia com juros compostos.
de juros simples ou composta, quan-
do apresentam o mesmo valor atual, Suponham-se os capitais N1 e N2 dis-
a mesma taxa de juros, na data focal poníveis em datas que sucedem à data
escolhida. focal 0 de n1 e n2 períodos, respectiva-
mente, e sejam A1 e A2 seus valores atu-
- não esquecer que para se analisar fluxos ais calculados na data focal com taxa i. Se
diferentes, o A= N / ( 1 + i ) n , ou seja, N1 e N2 são equivalentes, tem-se:
quanto maior for o expoente, maior será o
divisor e menor será o valor atual. Portan- A1 = A2
to , em mesmos casos de prazo, quanto
menor for o valor de N menos isto influen- O diagrama representativo e as equações
ciará. O fluxo com as maiores parcelas de equivalência serão os seguintes:
iniciais terá o maior valor presente inicial.
Exemplo
4 526,00 9 x
31
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Conforme se observa pelo fluxo de caixa, Amortização é um processo de extinção
o vendedor percebe, na data "zero", a sa- de uma dívida através de pagamentos
ída do veículo e em contrapartida a entra- periódicos, que são realizados em função
da, nos cinco períodos restantes, das de um planejamento, de modo que cada
prestações. prestação corresponde à soma do reem-
bolso do Capital ou do pagamento dos
Do ponto de vista do comprador: juros do saldo devedor, podendo ser o
reembolso de ambos, sendo que
32
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Amortização 3 7.200,00 60.000,00 67.200,00 120.000,00
do Saldo de- 4 4.800,00 60.000,00 64.800,00 60.000,00
n Juros Pagamento
Saldo deve- vedor 5 2.400,00 60.000,00 62.400,00 0
dor
Totais 36.000,00 300.000,00 336.000,00
0 0 0 0 300.000,00
1 12.000,00 312.000,00
Sistema Price (Sistema Francês)
2 12.480,00 324.480,00
3 12.979,20 337.459,20 Todas as prestações (pagamentos) são
4 13.498,37 350.957,57 iguais.
5 14.038,30 300.000,00 364.995,87 0
Totais 64.995,87 300.000,00 364.995,87 Uso comum: Financiamentos em geral de
Sistema Americano bens de consumo.
33
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
n = nesse caso é uma incógnita (quem de 8% a.m., calcule o preço à vista desse
aprendeu equações do segundo grau usou carro.
muitas incógnitas. Todos aqueles x, y, z
são incógnitas.) referente ao período de Aplicando a fórmula:
tempo (dias, semanas, meses, anos...) de n = 12
uma aplicação financeira. Lembre-se da T = 2800
expressão : "levou n dias para devolver o V = 2800+2800.a11¬8% = $ 22.789,10
dinheiro..."
Calculando o Montante em casos
a.d. = abreviação usada para designar ao de Rendas Certas
dia
a.m. = abreviação usada para designar ao Como você deve se lembrar , Montante
mês nada mais é do que a somatória dos juros
com o capital principal. No caso de rendas
a.a. = abreviação usada para designar ao certas , a fórmula é dada por:
ano
M=T.Sn¬i
d = do inglês Discount , é usado para re-
presentar o desconto conseguido numa Para saber o valor de Sn¬i você pode:
aplicação financeira.
-usar as tabelas
N = do inglês Nominal , é usado para
representar o valor Nominal ou de face de -calcular usando a fórmula (1+i)n-1/i.
um documento financeiro.
Exemplo:
A = do inglês Actual , é usado para repre-
sentar o valor real ou atual de um docu- Calcule o Montante de uma aplicação de $
mento financeiro em uma determinada 100,00 , feita durante 5 meses, a uma
data. taxa de 10% a.m. Aplicando a fórmula
(esse é um caso de postecipada, porque o
V = incógnita usada para representar o primeiro rendimento é um mês após a
Valor Atual em casos de renda certa ou aplicação) :
anuidades
n=5
T = incógnita usada para representar o T = 100
Valor Nominal em casos de renda certa ou i = 10% a.m.
anuidades M = 100.S5¬10% = $ 610,51
an¬i = expressão que representa o fator Quando for uma situação de:
de valor atual de uma série de pagamen-
tos. antecipada: subtraia 1 de n
Sn¬i = expressão que representa o fator diferenciada: após determinar Sn¬i, divi-
de acumulação de capital de uma série de da o resultado por (1+i)m
pagamentos.
INFLAÇÃO
Exemplo:
conseqüentemente: Exemplo
IR=0,15 x 1.850,09=277,51 ou
In
VRL = 15.850,09-277,51=15.572,58 = (1 + i1 )(1 + i2 )...(1 + in )
I0
CÁLCULO DA CORREÇÃO E DE SALDOS em que:
CORRIGIDOS In
− 1 = (1 + i1 )(1 + i2 )...(1 + in ) − 1
Suponha-se que a atualização monetária I0
deva ser fixada segundo determinado ín-
dice indicador da inflação, cujos valores, Então, a taxa acumulada de atualização
para n períodos consecutivos, são I0, I1, monetária para os n períodos também
I2, ..., In, sendo I0 o valor correspondente pode ser calculada da seguinte forma:
ao início do primeiro período e os demais
38
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
iac = (1 + i1 )(1 + i2 )...(1 + in ) − 1
Exemplo 1:
janeiro 10,9518
fevereiro 17,0968
março 29,5399
abril 41,7340
maio 41,7340
junho 43,9793
outra solução:
iac = (1 + i jan. )(1 + i fev. )(1 + imar )(1 + iabr . )(1 + imaio ) =
1,5611.1,7278.1,4128.1.1,0538-1=3,0157
Resposta:
a)56,11%, 72,78%, 41,28%, 0% e 5,38%
b) 301,57%
39
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Quadro de tabelas que representa um empréstimo bancário
realizado por uma pessoa de forma que
Juros ela restituirá este empréstimo em n par-
Demonstralção dos efeitos dos critérios celas iguais nos meses seguintes. Obser-
de cálculo (juros legais ou capitalizados) vamos que Eo é o valor que entrou no
sobre o efeito das próprias taxas de ju- caixa da pessoa (o caixa ficou positivo) e
ros. Observe-se no quadro comparativo S1, S2, ..., Sn serão os valores das parce-
os resultados obtidos com o uso dos ju- las que sairão do caixa da pessoa (negati-
ros legais e com o uso dos juros capita- vas).
lizados, variando-se a taxa de juros
mensais entre 1% e 12%:
40
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Observação: Neste trabalho, o ponto prin- Taxa Real a-
cipal é a construção de Fluxos de Caixa na nual de juros: 17,86102% 20,7663%
forma gráfica e pouca atenção é dada à 2o. ano
resolução dos problemas. Caso você tenha Taxa Real
algum Fluxo de Caixa interessante que mensal de 1,378886% 1,5705%
valha a pena ser tratado, envie a sua juros: 3o. ano
sugestão. Taxa Real a-
nual de juros: 17,86102% 20,5620%
TABELA PRICE E CADERNETA DE POU- 3o. ano
PANÇA Valor do Se-
guro sobre o
Informação Price PES 2,46 2,46
Imóvel
Taxa Mensal (R$15.000,00)
de Referência 0,50% 0,50% Valor do Se-
(TR) guro sobre o
6,48 6,48
Taxa Efetiva Empréstimo
11,020000%11,020000%
Anual de Juros (R$10.000,00)
Taxa Efetiva Valor da Soma
Mensal de Ju- 0,8750% 0,8750% dos Seguros 8,94 8,94
ros (1a. parcela)
Percentual do Saldo Final
Seguro sobre após 36 pa- 1.353,45 -52,32
0,0164% 0,0164%
o Valor do gamentos
Imóvel Valor mensal
Percentual do necessário
354,28 354,15
Seguro sobre para zerar o
0,0648% 0,0648%
o Valor do Saldo Final
Empréstimo
Número de Quadro Comparativo: Juros Compostos (Tabe-
Pagamentos 36 36 la Price) X Juros Simples
mensais
Valor Total do
10.000,00 10.000,00
Empréstimo
Valor da Pres-
tação - 1o. 325,02 365,28
ano
Valor da
Prestação - 325,02 355,70
2o. ano equivalência básica
Valor da
Prestação - 325,02 341,46 Seja uma taxa i para um período T. A taxa equivalente
it , para um período t, é tal que:
3o. ano
1 + it = (1 + i)t/T ou it = (1 + i)t/T - 1. Pelas
Valor Médio multiplicações sucessivas que resultam na exponenci-
das 36 Presta- 325,02 354,15 al, o método é algumas vezes chamado de "juro sobre
ções juro".
Taxa Real Exemplo: uma taxa de 12% ao ano (i = 0,12) é e-
mensal de 1,378886% 1,5622% quivalente a
juros: 1o. ano
Mensal (t = T/12): (1 + 0,12)1/12 - 1 ≅ 0,009489 ou
Taxa Real a-
0,9489%.
nual de juros: 17,86102% 20,4442% Trimestral (t = T/4): (1 + 0,12)1/4 - 1 ≅ 0,02874 ou
1o. ano 2,874%.
Taxa Real Semestral (t = T/2): (1 + 0,12)1/2 - 1 ≅ 0,0583 ou
5,83%.
mensal de 1,378886% 1,5848%
juros: 2o. ano E uma taxa de 1% ao mês (i = 0,01) é equivalente a
41
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
Para resolver, considera-se que C é a so-
Trimestral (t = 3T): (1 + 0,01)3 - 1 ≅ 0,03030 ou ma dos valores atuais de cada pagamento
3,03%.
Semestral (t = 6T): (1 + 0,01)6 - 1 ≅ 0,06152 ou individual.Para um pagamento genérico j
6,152%. (1 £ j £ n), conforme equação anterior, o
Anual (t = 12T): (1 + 0,01)12 - 1 ≅ 0,1268 ou valor atual é P/(1+ij).Considerando T o
12,68%.
período a que se refere a taxa i, um pa-
gamento de ordem j terá o período t = jT
Dá os valores de (1 + i)n para diversos e t/T = j.Conforme fórmula da equivalên-
valores de i e n. É evidente que calculado- cia, ij = (1 + i)j - 1. E o valor atual do
ras financeiras e planilhas dispensam isso, pagamento j será P/(1+i)j.Assim, o valor
mas em provas são bastante usadas. C será dado pela soma C = Sj=1,n P/(1 +
i)j = P Σj=1,n 1/(1 + i)j.As parcelas
1/(1+i)j equivalem a (1/(1+i))j e, fazendo
n 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 12% 15% 18% q = 1/(1+i), temos:C = P
1 1,010 1,020 1,030 1,040 1,050 1,060 1,070 1,080 1,090 1,100 1,120 1,150 1,180 Sj=1,n qj.
2 1,020 1,040 1,061 1,082 1,103 1,124 1,145 1,166 1,188 1,210 1,254 1,323 1,392
3 1,030 1,061 1,093 1,125 1,158 1,191 1,225 1,260 1,295 1,331 1,405 1,521
O somatório é de uma
1,643
4 1,041 1,082 1,126 1,170 1,216 1,262 1,311 1,360 1,412 1,464 1,574 1,749
progressão geométrica e
1,939
5 1,051 1,104 1,159 1,217 1,276 1,338 1,403 1,469 1,539 1,611 1,762 2,011
pode ser usada a fórmula
2,288
6 1,062 1,126 1,194 1,265 1,340 1,419 1,501 1,587 1,677 1,772 1,974 2,313
da sua soma. Portanto, C
2,700
7 1,072 1,149 1,230 1,316 1,407 1,504 1,606 1,714 1,828 1,949 2,211 2,660
= P q (1 - qn) / (1 - q).Na
3,185
8 1,083 1,172 1,267 1,369 1,477 1,594 1,718 1,851 1,993 2,144 2,476 3,059
equação dada, substituin-
3,759
9 1,094 1,195 1,305 1,423 1,551 1,689 1,838 1,999 2,172 2,358 2,773 3,518
do q e simplificando, te-
4,435
10 1,105 1,219 1,344 1,480 1,629 1,791 1,967 2,159 2,367 2,594 3,106 4,046
mos:C = P [(1 + i)n - 1] /
5,234
11 1,116 1,243 1,384 1,539 1,710 1,898 2,105 2,332 2,580 2,853 3,479 4,652
[i (1 + i)n]. A função f(i,n)
6,176
12 1,127 1,268 1,426 1,601 1,796 2,012 2,252 2,518 2,813 3,138 3,896 5,350
= [(1 + i)n - 1] / [i (1 +
7,288
13 1,138 1,294 1,469 1,665 1,886 2,133 2,410 2,720 3,066 3,452 4,363 6,153
i)n] é chamada de fator de
8,599
14 1,149 1,319 1,513 1,732 1,980 2,261 2,579 2,937 3,342 3,797 4,887 7,076
valor atual.Exemplo: você
10,147
15 1,161 1,346 1,558 1,801 2,079 2,397 2,759 3,172 3,642 4,177 5,474 8,137
deseja comprar uma mer-
11,974
16 1,173 1,373 1,605 1,873 2,183 2,540 2,952 3,426 3,970 4,595 6,130 9,358
cadoria e o vendedor pro-
14,129
17 1,184 1,400 1,653 1,948 2,292 2,693 3,159 3,700 4,328 5,054 6,866 10,761
põe
16,672
3 pagamentos
18 1,196 1,428 1,702 2,026 2,407 2,854 3,380 3,996 4,717 5,560 7,690 12,375
consecutivos mensais de
19,673
Relação capital-montante
R$ 100,00 cada, com taxa
2% ao mês, sendode 2%o primeiro
ao mês,pagamento
sendo o
daqui a 1 mês. Qual deverá ser o valor a
Para fluxos com pagamento e recebimento únicos vista da mercadoria?Então, i = 0,02 e (1
(Fig 1 e 2), a fórmula do juro simples continua váli-
+ i) = 1,02. E, calculando separadamente,
da:M = C (1 + it). Se n = t/T, temos M = C (1 + (1
+ i)n - 1).Assim, M = C (1 + i)n. Onde i é a taxa do temos:Valor presente da 1ª prestação =
período e n o número de períodos. 100/1,02 = 98,04.Valor presente da 2ª
prestação = 100/1,022 = 96,12.Valor
presente da 2ª prestação = 100/1,023 =
Pagamentos ou recebimentos múltiplos (valor atual)
94,23.E o valor a vista será 98,04 +
96,12 + 94,23 = 288,39.Pela fórmula te-
Seja, conforme Fig 3, um empréstimo C para ser mos: q = 1/1.02 = 0,9804; P = 100; n =
pago em n períodos iguais, com prestações tam- 3.C = 100 0,9804 (1 - 0,98043) / (1 -
bém iguais P e taxa por período i. Deseja-se saber
0,9804) = 98,04 (1 - 0,9423) / 0,0196 =
a relação entre C e P.
288,61 (a diferença nos centavos se deve
à aproximação de casas decimais nos
cálculos).Pela tabela, f(2%,3) = 2,884 e,
portanto, C = 100 x 2,884 = 288,40.O
procedimento seria praticamente o mes-
mo se você tivesse que dar uma entrada
(exemplo: uma entrada e mais três pres-
tações). Basta somar a entrada ao valor
42
NOVA EDIÇÃO MATEMÁTICA FINANCEIRA
calculado conforme procedimento anteri- A coluna C indica o saldo devedor do período
or. anterior que, para o primeiro pagamento, é o
valor emprestado.
Tabela II Na coluna D, o saldo devedor é corrigido pelo
Resultados do fator de valor atual para diver- juro de um mês (2%) e a coluna E dá este
sos i e n. valor corrigido menos a prestação paga, que
será o saldo devedor ante-
n 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 12% 15% 18% rior para o período seguin-
1 0,990 0,980 0,971 0,962 0,952 0,943 0,935 0,926 0,917 0,909 0,893 0,870 0,847 te.
2 1,970 1,942 1,913 1,886 1,859 1,833 1,808 1,783 1,759 1,736 1,690 1,626 1,566
3 2,941 2,884 2,829 2,775 2,723 2,673 2,624 2,577 2,531 2,487 2,402 2,283 Portanto, o saldo devedor
2,174
4 3,092 3,808 3,717 3,630 3,546 3,465 3,387 3,312 3,240 3,170 3,037 2,855 2,690 se anula com o pagamento
5 4,853 4,713 4,580 4,452 4,329 4,212 4,100 3,993 3,890 3,791 3,605 3,352 3,127
da última prestação e o
método parece estar corre-
6 5,795 5,601 5,417 5,242 5,076 4,917 4,767 4,623 4,486 4,355 4,111 3,784 3,498
to. Se o saldo devedor não
7 6,728 6,472 6,230 6,002 5,786 5,582 5,389 5,206 5,033 4,868 4,564 4,160 3,812
fosse corrigido, a parte
8 7,652 7,325 7,020 6,733 6,463 6,210 5,971 5,747 5,535 5,335 4,968 4,487 4,078
devedora teria um saldo
9 8,566 8,162 7,786 7,435 7,108 6,802 6,515 6,247 5,995 5,759 5,328 4,772 4,303
credor no final do financi-
10 9,471 8,983 8,530 8,111 7,722 7,360 7,024 6,710 6,418 6,145 5,650 5,019 4,494 amento!
11 10,368 9,787 9,253 8,760 8,306 7,887 7,499 7,139 6,805 6,495 5,938 5,234 4,656 No Brasil, em financiamen-
12 11,255 10,575 9,954 9,385 8,863 8,384 7,943 7,536 7,161 6,814 6,194 5,421 4,793 tos de longo prazo como
13 12,134 11,348 10,635 9,986 9,394 8,853 8,358 7,904 7,487 7,103 6,424 5,583 4,910 aqueles para compra de
14 13,004 12,106 11,296 10,563 9,899 9,295 8,745 8,244 7,786 7,367 6,628 5,724 5,008
imóveis, é comum um con-
15 13,865 12,849 11,938 11,118 10,380 9,712 9,108 8,559 8,061 7,606 6,811 5,847 5,092
siderável número de pes-
soas se deparar com sal-
16 14,718 13,578 12,561 11,652 10,838 10,106 9,447 8,851 8,313 7,824 6,974 5,954 5,162
dos impagáveis após al-
17 15,562 14,292 13,166 12,166 11,274 10,477 9,763 9,122 8,544 8,022 7,120 6,047 5,222
gum tempo. Mas por que
18 16,398 14,992 13,754 12,659 11,690 10,828 10,059 9,372 8,756 8,201 7,250 6,128 5,273
isto ocorre? Pode-se citar
várias causas: altas taxas de juro, redução de
Amortização: a polêmica do saldo devedor rendas devido à retração econômica, atualiza-
Quando alguém contrata um empréstimo, po- ção por índices de inflação favoráveis aos cre-
de-se dizer que esta pessoa assumiu um saldo dores e muitas outras. Pelo menos, a aritméti-
devedor com o credor. A cada parcela ou pres- ca não pode ser responsabilizada.
tação paga, o empréstimo é amortizado, isto
é, o saldo devedor diminui e o financiamento A B C D E F G H
estará quitado quando o saldo se tornar nu- SD SD
Perío- SD na- Juro Amortiz
lo.No conceito técnico de matemática financei- Fluxo corri- amor- Soma
do terior pago paga
gido tizado
ra, a amortização se refere somente à redução
do valor inicial (o principal da dívida) e, por- Cx
D-B D-C C-E F+G
tanto, é separada dos juros.Um exemplo: você 1,02
toma R$ 500,00 emprestado, com juro de 2% 0 500,00
(i=0,02) ao mês, para pagar em 4 meses, 1 131,31 500,00 510,00 378,69 10,00 121,31 131,31
com primeiro pagamento um mês depois. 2 131,31 378,69 386,26 254,95 7,57 123,74 131,31
Conforme a fórmula do valor atual, isso dá 3 131,31 254,95 260,05 128,74 5,10 126,21 131,31
uma prestação de R$ 131,31.
4 131,31 128,74 131,31 0,00 2,57 128,74 131,31
Seu credor poderá dizer: "Agora, estou lhe
emprestando R$ 500,00. Daqui a um mês, Soma >> 25,24 500,00 525,24
você estará devendo não apenas R$ 500,00
mas sim este valor acrescido do juro de 1 mês
(2%) e o seu saldo devedor será a diferença
entre o valor corrigido e a prestação paga.
Este saldo devedor será corrigido no mês sub-
seqüente e assim sucessivamente".
Pergunta-se: o procedimento está correto?
Não é uma vantagem indevida para o credor?
Aqui, o propósito não é criticar ou defender
bancos mas é apenas verificar se o método
tem fundamento aritmético.
Na tabela abaixo, na coluna B (fluxo), azul
significa recebimento e vermelho, pagamento.
43