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PAULISTA-PE
Agente de Saúde Função: Maqueiro
Portaria nº 188/2018, de 27 de abril de 2018
MA073-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico
• Conhecimentos do SUS
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação/Editoração Eletrônica
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Capa
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico
Lógica Dedutiva, Argumentativa e Quantitativa........................................................................................................................................... 09
Lógica matemática qualitativa, Sequências Lógicas envolvendo Números, Letras e Figuras. .................................................. 26
Geometria básica. .................................................................................................................................................................................................... 42
Álgebra básica e sistemas lineares. .................................................................................................................................................................. 01
Calendários................................................................................................................................................................................................................. 01
Numeração. ............................................................................................................................................................................................................... 01
Razões Especiais. ..................................................................................................................................................................................................... 01
Análise Combinatória e Probabilidade. ........................................................................................................................................................... 30
Progressões Aritmética e Geométrica. ............................................................................................................................................................ 42
Conjuntos; as relações de pertinência, inclusão e igualdade; operações entre conjuntos, união, interseção e
diferença. ..............................................................................................................................................................................01
Comparações.............................................................................................................................................................................................................. 01
Conhecimentos do SUS
Conhecimentos sobre o SUS - Legislação da Saúde: Constituição Federal de 1988 (Título VIII - capítulo II -
Seção II); .................................................................................................................................................................................. 01
Lei 8.080/90 ............................................................................................................................................................................................................... 02
Lei 8.142/90; .............................................................................................................................................................................................................. 11
Decreto No. 7508/2011 ......................................................................................................................................................................................... 12
Nova Política Nacional de Atenção Básica – Portaria 2436/2017. ........................................................................................................ 16
Redes de Atenção à Saúde e em especial Redes de Atenção Psico-Social (RAPS)......................................................................... 38
Redes de Atenção às Urgências e Emergências, ......................................................................................................................................... 41
Redes de Atenção às Doenças Crônicas. ........................................................................................................................................................ 47
Responsabilidades de cada esfera de governo na estrutura e funcionamento do SUS. ............................................................. 47
Controle social: conselhos e conferências de saúde. ................................................................................................................................ 47
Residências em Saúde no SUS. .......................................................................................................................................................................... 48
Políticas de Saúde; Modelos de atenção à saúde; ...................................................................................................................................... 48
Determinantes sociais da saúde; ....................................................................................................................................................................... 48
Noções de Epidemiologia e Vigilância à Saúde; ......................................................................................................................................... 49
Políticas e sistemas de saúde no Brasil: retrospectiva histórica; reforma sanitária; Programas e Políticas Nacionais de
saúde, especialmente Política de Atenção às Urgências e Emergências, .......................................................................................... 55
Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Nacional de Saúde Integral da População
Negra,..................................................................................................................................................................................................................59
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, ............................................................................................................ 60
Política Nacional de Educação Popular em Saúde; .................................................................................................................................... 69
Promoção da saúde e Educação em Saúde................................................................................................................................................... 71
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Técnicas de movimentação do paciente da maca para o leito e da cadeira de rodas para o leito. Técnicas de mobilização
e transporte de pacientes...................................................................................................................................................................................... 01
Relacionamento interpessoal com a equipe de trabalho, pacientes e seus familiares................................................................. 07
Ética profissional....................................................................................................................................................................................................... 13
Noções básicas de prevenção de infecções hospitalares......................................................................................................................... 15
Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)........................................................................................................................ 25
LÍNGUA PORTUGUESA
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
1
LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
2
RACIOCÍNIO LÓGICO
1 Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de
linhas da tabela verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. 2 Tautologia....................................... 01
Lógica de argumentação....................................................................................................................................................................................... 09
Diagramas lógicos e lógica de primeira ordem............................................................................................................................................ 13
Equivalências.............................................................................................................................................................................................................. 19
Leis de demorgan..................................................................................................................................................................................................... 23
Sequëncia lógica....................................................................................................................................................................................................... 26
Princípios de contagem e probabilidade........................................................................................................................................................ 30
Operações com conjunto...................................................................................................................................................................................... 37
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais............................................................................ 42
Porcentagem.............................................................................................................................................................................................................. 63
RACIOCÍNIO LÓGICO
PROF. EVELISE LEIKO UYEDA AKASHI Vamos ver alguns princípios da lógica:
Especialista em Lean Manufacturing pela Pontifícia
Universidade Católica- PUC Engenheira de Alimentos pela
I. Princípio da não Contradição: uma proposição não
Universidade Estadual de Maringá – UEM. Graduanda em
pode ser verdadeira “e” falsa ao mesmo tempo.
Matemática pelo Claretiano.
II. Princípio do Terceiro Excluído: toda proposição
“ou” é verdadeira “ou” é falsa, isto é, verifica-se
sempre um desses casos e nunca um terceiro caso.
1 CONCEITOS BÁSICOS DE RACIOCÍNIO
LÓGICO: PROPOSIÇÕES; VALORES LÓ- Valor Lógico das Proposições
GICOS DAS PROPOSIÇÕES; Definição: Chama-se valor lógico de uma proposição a
SENTENÇAS ABERTAS; NÚMERO DE verdade, se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se
LINHAS DA TABELA VERDADE; CONECTIVOS; a proposição é falsa (F).
PROPOSIÇÕES SIMPLES; PROPOSIÇÕES
COMPOSTAS. 2 TAUTOLOGIA. Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
lógico de p é verdadeira, ou
Proposição V(p)= F
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos
que exprimem um pensamento de sentido completo. Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Nossa professora, bela definição! lógico falso.
Não entendi nada!
Classificação
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
também no sentido lógico. posição como parte integrante de si mesma. São geral-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda- E depois da letra colocamos “:”
deira ou falsa.
Exemplo:
Exemplos: p: Marcelo é engenheiro
(A) A Terra é azul. q: Ricardo é estudante
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é
uma proposição. Proposição composta: combinação de duas ou mais
(B) >2 proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
las P, Q, R, S,...
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico
falso. Exemplo:
P: Marcelo é engenheiro e Ricardo é estudante.
Todas elas exprimem um fato. Q: Marcelo é engenheiro ou Ricardo é estudante.
Agora, vamos pensar em uma outra frase: Se quisermos indicar quais proposições simples fazem
O dobro de 1 é 2? parte da proposição composta:
Sim, correto?
Correto. Mas é uma proposição? P(p,q)
Não! Porque sentenças interrogativas, não podemos
declarar se é falso ou verdadeiro. Se pensarmos em gramática, teremos uma proposição
composta quando tiver mais de um verbo e proposição
Bruno, vá estudar. simples, quando tiver apenas 1. Mas, lembrando que para
É uma declaração imperativa, e da mesma forma, não ser proposição, temos que conseguir definir o valor lógico.
conseguimos definir se é verdadeiro ou falso, portanto, não
é proposição. Conectivos
Agora vamos entrar no assunto mais interessante: o
Passei! que liga as proposições.
Ahh isso é muito bom, mas infelizmente, não podemos Antes, estávamos vendo mais a teoria, a partir dos co-
de qualquer forma definir se é verdadeiro ou falso, porque nectivos vem a parte prática.
é uma sentença exclamativa.
1
RACIOCÍNIO LÓGICO
-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
Exemplo cessária
p: Lívia é estudante. Símbolo: →
~p: Lívia não é estudante.
Exemplos
q: Pedro é loiro. p→q: Se chove, então faz frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
r: Érica lê muitos livros. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.
Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Questões
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
- Disjunção I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar Está correto apenas o que se afirma em:
2
CONHECIMENTOS DO SUS
Conhecimentos sobre o SUS - Legislação da Saúde: Constituição Federal de 1988 (Título VIII - capítulo II -
Seção II); .................................................................................................................................................................................. 01
Lei 8.080/90 ............................................................................................................................................................................................................... 02
Lei 8.142/90; .............................................................................................................................................................................................................. 11
Decreto No. 7508/2011 ......................................................................................................................................................................................... 12
Nova Política Nacional de Atenção Básica – Portaria 2436/2017. ........................................................................................................ 16
Redes de Atenção à Saúde e em especial Redes de Atenção Psico-Social (RAPS)......................................................................... 38
Redes de Atenção às Urgências e Emergências, ......................................................................................................................................... 41
Redes de Atenção às Doenças Crônicas. ........................................................................................................................................................ 47
Responsabilidades de cada esfera de governo na estrutura e funcionamento do SUS. ............................................................. 47
Controle social: conselhos e conferências de saúde. ................................................................................................................................ 47
Residências em Saúde no SUS. .......................................................................................................................................................................... 48
Políticas de Saúde; Modelos de atenção à saúde; ...................................................................................................................................... 48
Determinantes sociais da saúde; ....................................................................................................................................................................... 48
Noções de Epidemiologia e Vigilância à Saúde; ......................................................................................................................................... 49
Políticas e sistemas de saúde no Brasil: retrospectiva histórica; reforma sanitária; Programas e Políticas Nacionais de
saúde, especialmente Política de Atenção às Urgências e Emergências, .......................................................................................... 55
Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Nacional de Saúde Integral da População
Negra,..................................................................................................................................................................................................................59
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, ............................................................................................................ 60
Política Nacional de Educação Popular em Saúde; .................................................................................................................................... 69
Promoção da saúde e Educação em Saúde................................................................................................................................................... 71
CONHECIMENTOS DO SUS
1
CONHECIMENTOS DO SUS
II - executar as ações de vigilância sanitária e epide- Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização so-
miológica, bem como as de saúde do trabalhador; cial e econômica do País, tendo a saúde como determinan-
III - ordenar a formação de recursos humanos na área tes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a mora-
de saúde; dia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
IV - participar da formulação da política e da execução renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e
das ações de saneamento básico; o acesso aos bens e serviços essenciais.
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvol- Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as
vimento científico e tecnológico e a inovação; (Redação ações que, por força do disposto no artigo anterior, se des-
dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) tinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido bem-estar físico, mental e social.
o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e SAÚDE = direito de todos e dever do Estado – o aces-
águas para consumo humano; so é universal e igualitário – tem um aspecto preventivo
consistente em redução de riscos – não se opera de forma
VII - participar do controle e fiscalização da produção,
isolada, envolvendo o acesso aos diversos serviços sociais.
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos
psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele
TÍTULO II
compreendido o do trabalho. DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Saúde Função: Maqueiro
Técnicas de movimentação do paciente da maca para o leito e da cadeira de rodas para o leito. Técnicas de mobilização
e transporte de pacientes...................................................................................................................................................................................... 01
Relacionamento interpessoal com a equipe de trabalho, pacientes e seus familiares................................................................. 07
Ética profissional....................................................................................................................................................................................................... 13
Noções básicas de prevenção de infecções hospitalares......................................................................................................................... 15
Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)........................................................................................................................ 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Saúde Função: Maqueiro
Também é importante, para um planejamento cuidadoso
do procedimento, uma explicação, ao paciente, do modo
TÉCNICAS DE MOVIMENTAÇÃO DO PACIENTE como se pretende movê-lo, como pode cooperar, para
DA MACA PARA O LEITO E DA CADEIRA onde será encaminhado e qual o motivo da locomoção.
DE RODAS PARAO LEITO. TÉCNICAS DE Vale a pena salientar que o cliente deve ser orientado a
MOBILIZAÇÃO E TRANSPORTE DE PACIENTES. ajudar, sempre que for possível, que não deve ser mudado
rapidamente de posição e tem que estar usando chinelos
ou sapatos com sola antiderrapante. Outro ponto muito
importante é que a movimentação e o transporte de obe-
1 INTRODUÇÃO sos precisam ser minuciosamente avaliados e planejados,
Grande parte das agressões à coluna vertebral em tra- usando-se, sempre que possível, auxílios mecânicos.
balhadores da saúde estão relacionadas a condições ergo- 2.2 Preparo do ambiente e dos equipamentos
nômicas inadequadas de mobiliários, posto de trabalho e Considerando-se que determinados aspectos ergonô-
equipamentos utilizados nas atividades cotidianas, sendo micos do posto de trabalho podem prejudicar atividades
as dores nas costas causadas por traumas crônicos repetiti- ocupacionais, tais como os procedimentos relacionados
vos, que envolvem muitos outros fatores, além da manipu- com movimentação e transporte 5,8,16,19 abordam-se,
lação de pacientes 2,3,4,15,23. Dessa forma, as recomendações nessa parte, os principais cuidados que necessitam ser ob-
sobre um aspecto relevante do problema das algias verte- servados:Verificar se o espaço físico é adequado para não
brais, que é a prevenção, têm caminhado em direção a uma restringir os movimentos
abordagem ergonômica. • Examinar o local e remover os obstáculos
A literatura tem sugerido a administração de cursos • Observar a disposição do mobiliário
sobre movimentação e transporte de pacientes como uma • Obter condições seguras com relação ao piso
das estratégias mais importantes para reduzir a incidência • Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando
de problemas na coluna vertebral entre os trabalhadores necessário
da saúde14,21,24 autilização de equipamentos especiais e au- • Elevar ou abaixar a altura da cama, para ficar no mes-
xílios mecânicos também tem sido indicada para prevenir mo nível da maca
as dores nas costas9,26. Atualmente sabe-se que para resol- • Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou
ver tais problemas é necessário um amplo estudo do am- solicitar auxílio adicional
biente, dos equipamentos e dos indivíduos, baseando-se • Adaptar a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de
num enfoque ergonômico 11,18,20,23 Assim, as habilidades procedimento que será realizado
em movimentação de pacientes devem ser complemen- Devem-se, também, utilizar equipamentos auxiliares e
tadas com o estabelecimento de práticas seguras de tra- adaptar as condições do ambiente a cada paciente em par-
balho dentro de uma estrutura ergonômica, usando-se, ticular. Neste caso, pode ser necessário:
sempre que possível, materiais e equipamentos auxiliares. • Colocar barras de apoio em banheiros
O presente trabalho tem por objetivo discutir e descrever • Elevar a altura do vaso sanitário ( compensadores de
as técnicas de movimentação e transferência de pacientes altura para vasos convencionais )
dentro de uma estrutura ergonômica e com a utilização de • Utilizar cadeira de rodas própria para banho ou hi-
materiais auxiliares que precisam urgentemente ser imple- giene
mentados na realidade brasileira. 2.3 Preparo da equipe
Existem algumas orientações, especificamente relacio-
2 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE PACIENTES nadas com os princípios básicos de mecânica corporal, que
Os procedimentos que envolvem a movimentação e o devem ser utilizadas pelo pessoal de enfermagem durante
transporte de pacientes são considerados os mais peno- a manipulação de pacientes6,10,11,12,16
sos e perigosos para os trabalhadores da saúde. Estudio- • Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no
sos da questão defendem que o ensino desses procedi- chão
mentos deve ser complementado com uma avaliação do • Trabalhar com segurança e com calma
local de trabalho e com alternativas para torná-los menos • Manter as costaseretas
prejudiciais16,18,23 Um cuidadoso planejamento, antes de se • Usar o peso corporal como um contrapeso ao do pa-
iniciarem esses procedimentos, é essencial e imprescindí- ciente
vel. Dentro deste contexto, desenvolveram-se orientações • Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna
básicas e procedimentos que tiveram um suporte teórico • Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente
na literatura internacional16,17,22,23. para cima
Considerando-se tais aspectos, dividiu-se esta fase em • Utilizar movimentos sincrônicos
cinco partes: • Trabalhar o mais próximo possível do corpo do clien-
2.1 Avaliação das condições e preparo do cliente te, que deverá ser erguido ou movido
Inicialmente, deve-se fazer uma avaliação das condi- • Usar uniforme que permita liberdade de movimentos
ções físicas da pessoa que será movimentada, de sua ca- e sapatos apropriados
pacidade de colaborar, bem como a observação da pre- • Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de,
sença de soros, sondas e outros equipamentos instalados. pelo menos, duas pessoas
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente de Saúde Função: Maqueiro
2.4 Movimentação de clientes no leito • As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama,
Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movi- de frente para o paciente
mentar-se de uma forma independente, sempre que não • Permanecer com uma das pernas em frente da outra,
existir contra-indicações nesse sentido. Outro ponto que com os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao
não pode ser esquecido é procurar ter à disposição camas nível da cama:
e colchões apropriados, dependendo das condições e ne- • a primeira pessoa coloca um dos braços sob a cabeça
cessidades do cliente. O ideal são camas com altura regu- e, o outro, na região lombar
lável, que possam ser ajustadas, dependendo do procedi- • a segunda pessoa coloca um dos braços também sob
mento que será realizado7,16. a região lombar e, o outro, na região posterior da coxa
Durante a movimentação, deve-se, sempre que possí- • Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este
vel, utilizar elementos auxiliares, tais como: barra tipo tra- lado da cama
pézio no leito, plástico antiderrapante para os pés, plástico Se for necessário mover o paciente sem ajuda, deve-se
facilitador de movimentos, entre outros. fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo como um
Neste tópico serão apresentados separa-damente os contrapeso e plásticos facilitadores de movimentos.
principais motivos que levam os trabalhadores de saúde a 2.4.3 Colocar o cliente em decúbito lateral
movimentar os clientes no leito: Quando o paciente não é obeso, podem-se seguir as
2.4.1 Colocar ou retirar comadres seguintes fases (Figura 3):
Quando o paciente pode auxiliar, deve-se utilizar o tra-
pézio, no leito, e solicitar que eleve o quadril, evitando-se
assim, a necessidade de erguê-lo (Figura 1):
2.4.2 Trazer o cliente para um dos lados da cama
Lembrar que a movimentação no leito deve ser reali-
zada, preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os
seguintes passos (Figura 2):
• Permanecer do lado para o qual você vai virar a pes-
soa
• Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele
vai ser virado, flexionando o joelho. Observar o posiciona-
mento do outro braço
• Fazer o paciente virar a cabeça em sua direção
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e
joelho como alavancas
Uma outra forma de realizar esse procedimento é
usando-se plásticos deslizantes e resistentes, da seguinte
forma (Figura 4):