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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MACAÉ
2018
SUELLEN HELENA LEITE DE MEIRELES
MACAÉ
2018
1. Introdução
2. Desenvolvimento
Um dos instrumentos que podem ser utilizados para esse processo de avaliação
psicopedagógico são as provas operatórias de Piaget.
No estágio sensório- motor, que inclui as idades de 0 a 2 anos, a criança ainda não
executa operações lógicas e seus comportamentos são guiados pelos sentidos e
ação motora. Já no estágio pré-operacional, que vai dos 2 aos 7 anos, a criança já
desenvolve a capacidade de representar e o raciocínio apresenta pensamentos e
operações semilógicos. No estágio das operações concretas, entre os 7 e 11 anos, a
criança já consegue realizar operações lógicas, mas que envolvam apenas
situações e objetos reais, o raciocínio ainda não é abstrato. Ao atingir o estágio das
operações formais, entre os 12 e os 15 anos, o raciocínio já ocorre de forma
abstrata, e já se é possível raciocinar tendo como base hipóteses e enunciados
diversos.
Para identificar e avaliar cada um desses estágios, Piaget desenvolveu uma série de
testes ou provas, que permitem identificar os níveis de construção de operações
mentais, de conservação, classificação, seriação e medidas espaciais. Nessas
provas podemos, por exemplo, identificar se a criança consegue classificar e seriar
objetos baseados em premissas diversas, ou se compreende a ideia de conservação
de dimensão, peso e massa.
Tais provas são importantes porque elas nos permitem identificar um vasto horizonte
de conexões cognitivas e avaliar se o desenvolvimento dessas conexões está
ocorrendo dentro do esperado para sua idade, pois as dificuldades que o aluno
venha a apresentar no processo de aprendizagem, dentro e fora da escola, podem
ser identificados e explicados caso ao avaliarmos esse indivíduo, ele apresente um
estágio de desenvolvimento de pensamento que não seja o correto ou abaixo do
esperado para sua faixa etária.
Além das provas de Piaget, existem outros mecanismos de avaliação que podem e
devem ser aplicados nos mais diferentes casos de intervenção psicopedagógica. No
caso de um indivíduo com dislexia, testes específicos no campo da leitura e escrita
podem ser aplicados como, por exemplo: provas de leituras, onde a criança precisa
identificar palavras que possuem grafia semelhante, testar a capacidade de leitura e
compreensão do que foi lido, e ler rapidamente várias palavras que são ordenadas
por grau de dificuldade, para identificar percepção, domínio e ritmo de leitura; provas
de escrita, por meio de ditados, que permitem identificar se a criança compreende
palavras e frases curtas; testes de fluência verbal, onde a criança deve pronunciar
em um minuto quantas palavras consegui se lembrar, o que permite identificar a
capacidade de encontrar facilmente palavras sem repeti-las; testes de percepção
auditiva, onde identifica-se a habilidade de distinguir e diferenciar sons de palavras;
testes de ligações de sons, onde a criança deve ouvir as sílabas e juntar
mentalmente para formar a palavra; dentre outros.
3. Conclusão
4. Bibliografia