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Oseotura
O uso dos chifres em cerimônias.
Chifres tem um lugar a parte no mundo dos Orisás, no caso de Oya, minha Mãe gosta de ser chamada pela
batida forte de um par de chifres de búfalo um contra o outro, de preferencia no meio das ventanias, já seu
afonse(afoxe), arma sagrada que guarda o poder do sacrifício sem a utilização das mãos ou armas, somente
sendo utilizado para este fim os ofós, orins e orikis deste Orisá e tem de ser feito no chifre do antílope, e o
único que não pode ser usado para nada para este Orisá é o de carneiro, por ser sua interdição, que por nós,
povo de Orisá é chamado de quizila... Sobre a natureza do Orisá, esta claro que estas energias estão para nós
facilitadas pelas nossas fraquezas ou imperfeições, e conta uma lenda (itan que é uma história que humaniza
o Orisá para nós humanos entendermos a partir de nós mesmos, e quando entendemos a mensagem,
devolvemos estas energias a condição de Deuses) que Oya é mais braba que o seu marido Sango, Oya é a
própria violência, insubordinada a razão, Oya é aquela que domina os segredos dos temporais, do fogo, dos
trovões e relâmpagos, que originalmente pertencem ao seu marido Sango, mas que passaram a ter domínio
também de Oya, mas tudo isso por amor ao Criador, Olodumare... Logo quando este Orisá desperta dentro
de um ser, é hora de voar alto e com independência e inteligência, pois a cabeça será a melhor arma.
Por Ifá Talabi Solá Oju Obá Omi

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class="text_exposed_root text_exposed" id="id_521fa629ba4f78014600148">ÀYÀN OU
ÀYÒN - ORISÁ DO TAMBOR<BR><BR> Àyà n ou Àyòn representa a expressão
sonora das Divindades, é o sÃmbolo do tambor que serve como depositário dos poderes
divinos.<BR><BR> É ele o veiculo que lhe dá voz.<SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show"><BR><BR> Esta
divindade é consagrada dentro dos tambores de duas peles chamado BATA.<BR><BR> É
também o nome de uma árvore africana, cuja madeira é utilizada para confeccionar
tambores.<BR><BR> Na primeira categoria, dos Irunmalés, muitos deles, por surgirem de
dentro da luz de Olorum foram chamados de “FUN FUN”, os Senhores do Branco e são
potestades extremamente antigas, a maior parte quase esquecidas.<BR><BR> Oxalá é o
mais conhecido dentre eles, mas existem muitos outros, praticamente desconhecidos no
Brasil.<BR><BR> Dentre eles podemos citar Irawó (as estrelas), Oshupá (A lua), Agba
Lodé (A imensidade do espaço) e em especial o AYOM POOLO, o Senhor da
Música.<BR><BR> Representação do Ayom num tambor nigeriano.<BR><BR> Um desses
“FUN FUN”, chamado ÓrúnmÃlà (que se traduz como “Só o céu conhece os
que se salvaram”), é considerado o primeiro profeta que passou pela Terra para trazer os
ensinamentos de Olodumare.<BR><BR> Trouxe o conhecimento cósmico, através da Antiga
Sabedoria de Ifá, que descreve, num de seus textos, as origens dos primeiros momentos do
Universo, o despertar da Gênese por intermédio do AYOM, o Movimento Pontual, a
Eternidade no Momento, as Eras, ou o Eterno SacrifÃcio.<BR><BR> Conhecido em várias
culturas com praticamente o mesmo nome (Ayom ou Ayan para os sudaneses, Mooyo para os
Bantu, Y-Om Ahed para os Judeus, Aum para os Hindus, Eon para os gregos, etc),<BR><BR> o
Ayom é a potestade que encerra alguns dos maiores mistérios da profunda iniciação,
pois está ligada a praticamente todo o sistema de equilÃbrio das divindades, estando presente
no começo e no fim do mundo, atuando na ritualÃstica de todos os orixás.<BR><BR> É o
espÃrito da Música e segundo os mitos antigos, morava dentro do tambor no princÃpio dos
tempos.<BR><BR> Quando os homens começaram a fazer a guerra, foi libertado por Xangô,
que utilizando seu machado, cortou os tambores batá (antigos tambores de duas peles, ainda
usados em alguns cultos) ao meio, fazendo surgir os tambores de uma só pele.<BR><BR> O
Ayom é a entidade que ensinou os homens a falar, a cantar e a preservar e viver a música
como fonte de equilÃbrio e estabilidade.<BR><BR> Por isso hoje, os raros sacerdotes iniciados
nos mistérios do Ayom firmam sua força através de um saquinho ou uma cabaça,
preenchidos com seus fundamentos que fica fixado dentro ou fora do tambor, o qual produz um
som peculiar quando se choca com as paredes do casco.<BR><BR> Um tambor bem preparado
é um verdadeiro ser vivo, e quase sempre o espÃrito do Ayom quando se manifesta nele, induz
o Alabê a executar ritmos extremamente hipnóticos e complexos, pois os tambores chegam a
“falar” sozinhos.<BR><BR> Quando o Ayom é fixado no tambor o instrumento é
chamado de Eléèkóto.<BR><BR> O ritual de consagração inclui a pintura do tambor
com a assinatura de Xangô.<BR><BR> Eléèkóto é representado por uma miniatura de
tambor que não pode ser tocada, pois está representando o assentamento do Ayom na
Terra.<BR><BR> O tambor batá é um dos instrumentos onde o Ayom pode ser assentado,
embora todo e qualquer tambor pode passar por sua consagração.<BR><BR> O tambores
Ayom das tradições mais antigas são cilÃndricos e não em curva como os batás, mas o
que importa é o poder que o instrumento adquire de invocar, curar e até mesmo matar,
dependendo do ritmo que se percute, por isso é uma iniciação para poucos, pois o mito do
Ayom é bem claro: a música jamais será usada para a guerra!<BR><BR> Otun Alabê com
Tambor Ayom consagrado é bastão ritualÃstico de comando.<BR><BR> O preparo de um
tambor para Ayom requer muitos cuidados dentro da magia, pois desde a construção até a
preparação, são utilizados diversos materiais para a consagração, que vão do azeite
ao mel, elementos de alguns peixes e resinas de árvores etc…<BR><BR>Um especial cuidado
com as tiras que prendem o couro, com elementos diferenciados e polêmicos são
indispensáveis.<BR><BR> Normalmente afina-se os tambores próximos a nota
Lá.<BR><BR> Os fundamentos do Ayom são conhecimentos que estão praticamente
perdidos e são rarÃsimos no Brasil os iniciados nestes mistérios.</SPAN></DIV>_

Ìyámi-Òsòòròngà

• Na vida, o filho que não respeita a “mãe” morre primeiro.

• O homem que não valoriza a mulher sempre acaba na “miséria”, doente e sem ninguém para
ajudá-lo.

• A mulher ainda que não seja “mãe” é uma divindade viva!

• Embora alguns filhos achem que podem subjugar suas mães, cometem com isso o maior erro,
pois estão destruindo as suas origens.
• O homem que maltrata a mulher estampa na “cara” a fraqueza e a inveja. É na verdade
homossexual não assumido, que guarda em si o desejo de ser mulher.

Creio que toda a agressividade que o homem expressa contra a mulher, seja, por cobiça do
charme, dengo, beleza e graça que só a mulher possui. Aí, o machão solta à franga, incorpora a
barraqueira, quebra tudo, ofende, maltrata, humilha..., mas não passa de um Virgulino Lampião
que manda na Maria Bonita, mas cria o filho do Teodoro. É corno por opção ou decisão própria,
mas põe a culpa na mulher.

Há na mulher uma “partícula divina” que não permite indelicadezas. Mesmo que ela não tenha
consciência disso, essa “partícula” reage em sua defesa e torna a vida do incauto um verdadeiro
inferno, onde tudo na vida do sujeito parece um feitiço preparado para causar-lhe a má sorte,
todavia, é somente o Poder de Ìyámi inserido na mulher.

Por causa desse fenômeno dão a Ìyámi e as mulheres a alcunha de “Bruxas Más”, uma visão
equivocada daqueles que não buscam compreender os mistérios da “Alma Feminina”.

Através da observação cuidadosa sobre os costumes do povo africano, os machões, poderiam


perceber de imediato a ternura peculiar que os Yorúbá(s) demonstram às Mães Ancestrais,
Ìyámi(s), somente porque se trata de um Culto de “gente”, onde, as mulheres, em todos os
sentidos ocupam o lugar de destaque.

Também, seria válido que os filhos ingratos lançassem os olhares sobre a maneira respeitosa que
os filhos Yorùbá(s) tratam suas Mães Biológicas “apenas porque lhes proporcionam a
continuidade da vida através dos nascimentos e dos renascimentos”.
Notariam, também, que os filhos Yorùbá(s) não querem saber se suas mães podem proporcionar
algo a mais aos filhos - têm a vida como a doação mais importante, e ponto.

Ìyámi significa: Minha mãe! Mas esse significado foi deturpado, e hoje, Ela é mais conhecida
por Àjé: Aquela que mata e come o próprio filho ou castiga através dos poderes da bruxaria e da
feitiçaria.
Uma visão torpe promovida por pessoas que gostam de apavorar os outros com histórias
macabras. Soma-se, a isto, a ideia de querer atribuir aos povos negros costumes e pensamentos
que pertencem a outras culturas. Visto que, bruxaria é coisa de Inglês e feitiçaria de Português.
Pois, Àjé é sinônimo de encanto, é uma contração da palavra Àya-Àjé que significa: Mulher
Encantadora. Mas, até então, o que tem prevalecido é que Ìyámi seja realmente uma “bruxa
malvada, uma feiticeira terrível!” O que demonstra verdadeira falta de entendimento sobre os
costumes e os pensamentos corretos de um povo que, atribuem à Ìyámi (Mãe da Vida), e a
mulher, o poder de atrair o espermatozoide ao óvulo para transformá-lo em Ser Humano.
• Mas, afinal, o que significa ser Humano?
• Pois, tem gente que é apenas gente!
• Não possui Alma e não deveria sequer ter nascido!
• Logo, chamar certas pessoas de Ser Humano é errado!

Pois, para se tornar um Ser Humano é preciso alcançar luz interior, que esteja completamente
voltado para o bem.
• O nome disso é amor!
• E o único amor verdadeiro que há Terra é o amor de mãe!
• Ìyámi é Luz! É Amor! É Vida!

Sendo Luz pode dominar as Trevas que de certa forma também é Iluminação, haja visto que, é o
peso da Luz carregada pelas Trevas que atribui a Ìyámi, Mãe da Vida, o domínio sobre a Morte.

Texto extraído do livro:


Ìyámi-Òsòòròngà, o Poder da Mulher.
Autor: Orlando J. Santos Bàbá Ògún Dímòlòkò

OFÒ FÚN SÒNGÓ

MO JÚBÀ AKÓDÁ . MO JÚBÀ ASÈDÁ, ATIYO OJÓ, ÀTIWÒ ÒÒRÙN, OKÁNLÉRÚGBA


IRÚNMOLÈ. IKÒRÍTA MÉTA ÀWON AYÉ IBÀ. ÌYÁMI ÒSÒRÒNGÁ IBÁ, ENYIN NI
OLÓKÌKÍ OÒRU. APA NI MÁ YODÀ, ENYIN ALÁKÓSO IBÀ YÍN O. ILÈ ÒGÉRÉ,
ATÉRERE KÁRÍ AYÉ, IBÀ. IBÀ PÉTÉ OWÓ, IBÀ PÉTÉ ESÈ. TÍ KÒ GBODÒ FU’RUN. MO
TÚN WÁ FIBÀ FÚN BÀBÁ MÍ OLÚKÒSO, KÍÌ’SE MI BÁÀ SE. B’EKÉKÒLÓ BÁ JÚBÀ
ILÈ, ILÈ Á LANU FÚN. ÓLÓÓJÓ ÒNÍ, IBÀ RE Ò. KÍ IBÀ MÍ SE Ò. ALÁDÓ MO JÚBÀ RE
Ò. MO NÍ, MO NJÚBÀ BÀBÁ MI SÒNGÓ OLÚKÒSO. BÀBÁ MI, LOÓWÓ ORÍ MI. A
SÁNGIRI, A LÁNGIRI, IBÀ RE Ò. MO NFIBÀ FÚN BÀBÁ MI. OLÁGIRI KÀKÀÀKÀ,
KÍ’GBA ÈDÙN BO Ó. OLÚ-ÀSO, OBA MI. ALÁDÒ, ÓÒSÀ MI. O JÁJÚ MÓ NI, KÓ TÓÓ
PA NIJE. BÀBÁ MI ALÁDÒ, IBÀ RE Ò. WÓN B’ÓMODÉ BÁ JÚBÀ ÀGBÀ A JÉ ÁYÉ PÉ.
SÒNGÓ, JÉ NJAYÉ YÍ PÉÉ PÉÉ O. IBÀ FÚN BÀBÁ MI A KÉ KÀRÀ, KE KÒRÒ. Ó J’OKÀ
OGÚN ODÚN, Ó JE GBÈGÌRÌ OSÙ MÉWÀ. KÁBÍYÈSÍ Ò! SÒNGÓ ÒÒSÀ MÍ. IBÀ RE
LÀÁLÚ, BÀÁBÀÁ MI. O S’OKO FÚN ÈKÉ, S’OKO FÚN OLÈ. IBÁ RE Ò, SÒNGÓ, MÁ
S’OKO FÚN MI O. MO WÁ NFÒ, WÍPÉ IBÀ A SÁNGIRI. OBA TÓ TÓ, KÁBÍYÈSÍ Ò !
SÒNGÓ OBA. JÉ KÍ GBOGBO OJÓ AYÉ MI Ó YEMÍ O. IMOLÈ GBOGBO, IBÀ YÍN O. À
SE, À SE, À SE.

Eu saúdo os primórdios da existência, o Conhecimento e a Sabedoria, Saúdo o Criador, o sol


nascente e o sol poente, Saúdo as duzentas e uma Divindades. Saúdo as três encruzilhadas onde
ficam os ayé. Saúdo minha Mãe Òsòròngà, vocês que vivem na madrugada. Vocês que matam
sem usar armas, e que ligam todas as coisas. Saúdo a Terra, e que se espalhe por todo o universo
minha saudação a ti. Saúdo as palmas das mãos e as plantas dos pés, Onde não nascem pêlos.
Saúdo ainda meu Pai Senhor de Kòso, Para que todos os meus atos sejam bem sucedidos.
Quando a minhoca saúda a terra, a terra se abre para que ela entre. Senhor dono do dia de hoje,
saudações para vc. Senhor do Pilão, minha saudação para vc. Que minhas saudações sejam
aceitas por vc. Eu digo que estou saudando meu Pai Sòngó, Senhor da cidade de Kòso. Meu Pai,
Senhor de minha cabeça. Aquele que racha paredes, que abre paredes, eu saúdo vc. Eu estou
saudando meu Pai, Que racha paredes lançando duzentas pedras de raio. Olúàso é Meu Rei. O
Senhor do Pilão, é o meu Orixá. Aquele que lança um olhar aterrorizador antes de matar. Eu
Saúdo meu Pai, aquele que racha o pilão. Dizem que, quando a criança saúda os mais Velhos ela
terá vida longa. Sòngó permita que eu viva por muito e muito tempo. Saudações a meu Pai que
grita com toda a força de seu corpo, cujo grito carrega em si as punições. Que come comida de
vinte anos, que come gbègìrì de dez meses. Kábíyèsí! (Saudação utilizadas aos Reis) Sòngó o
meu Orixá. Saúdo o famoso da cidade, meu grande Pai. Que pune os mentirosos, que pune o
ladrão. Eu saúdo vc Sòngó para que vc não me puna. Desde sempre venho dizendo saudações
para aquele que tem força para rachar paredes. O Grande Rei, Vossa Majestade! O Rei Sòngó.
Permita que todos os dias de minha vida sejam felizes. Eu saúdo todas as Divindades. Assim
seja, Assim seja, Assim seja.
De: Awofa Ifakemi Miguel
postado por : EsúBiyíTaladè

Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Iorubá,
que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar
todos os seus dom
ínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados
após à morte.

Orixás

Exu - orisá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.

Ogum - orisá do ferro, guerra, e tecnologia.

Oxóssi - orisá da caça e da fartura.

Logunedé- orisá jovem da caça e da pesca

Songó - orisá do trovão, do fogo,da guerra, da justiça.

Ayrà - usa cores brancas, tem profundas ligações com Obatalá.

Xapanã (Obaluaiyê/Omolu)- Orisá das doenças epidérmicas e pragas, e das curas

Oxumarê - orisá da "chuva" e do arco-íris, orisá de ligação entre o orun/ayiê, a cobra.

Ossaim - orisá das ervas medicinais e seus segredos curativos.Dono das matas e do segredo das
folhas

Oyá ou Iansã - orisá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, trovão e do Rio Niger.

Osum- orisá feminino dos rios, cachoeira, do ouro, amor e fertilidade e particularmente do rio
Osun em Osogbo, senhora da sedução, da beleza ,da magia feminina , dona do ventre da
procriação, senhora do bem e do mal.

Iemanjá ou Yemanjá- orisá feminino dos mares, dona das cabeças, de amor maternal, mãe de
todos os Orisás de origem yorubana.
Nanã - orisá feminino das águas das chuvas, dos pântanos, da lama e da morte, mãe de
Obaluaiyê, Iroko, Osumarê e Ewá, orisás de origem daomeana, senhora da morte.

Yewá - orisá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora.

Obá - orisá feminino do rio Oba, uma das esposas de Sangó juntamente com Osum e Iansã.

Axabó - orisá feminino da família de Sangò

Ibeji - orisás gêmeos, protetor das crianças.

Iroko - orisá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil).

Egungun - ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.

Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna, as senhoras.

Onilé - orisá relacionado ao culto da terra.

OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá - o mais respeitado Orisá, Pai de todos os Orisás e dos seres
humanos.

Ifá ou Orunmila-Ifa- orixá da Adivinhação e do destino.

Odudua - orisá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yorubas.

Oranian - orisá filho mais novo de Odudua.

Baiani - orisá também chamado Dadá Ajaká.

Olokun- orisá divindade do mar, senhor das águas profundas , Sr. da loucura

Olossá - orisá dos lagos e lagoas

Oxalufon - orixá velho e sábio.

Oxaguian - orixá jovem e guerreiro.

Orisá Oko - orisá da agricultura.


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ODÙDÚWÀ

(A grande Mãe da criação )

Para o mito da criação da Terra, esta é a versão que é mais conhecida e aceita entres os Àworò
(sacerdotes ):

"...Quando Òrìsà-Nlá pegou suas instruções de Olódùmarè, ele passou por Èsù, que lhe
perguntou se havia feito as oferendas necessárias para a realização do trabalho, Òrìsà-Nlá não lhe
deu importância. Em razão disso, durante a sua caminhada, ele ficou bastante sedento e bebeu
abundantemente Emú. Por isso ficou sem forças e sem condições de prosseguir para executar a
sua tarefa caindo em sono profundo. Olódùmarè enviou Odùdúwà para verificar o que estava
acontecendo. Ao ver Òrìsà-Nlá adormecido com o saco da criação, foi comunicar o ocorrido a
Olódùmarè, que, diante do fato, determinou que ele, Odùdúwà, fosse criar o àiyé (Terra).

Ao acordar e perceber o que havia acontecido, Òrìsà-Nlá , foi até Olódùmarè reivindicar dos seus
direitos, o que lhe foi negado. A partir daí ficou proibido de beber Emú e de usar o azeite–de–
dendê ( epo-pupa - símbolo do Èjè-pupa (Sangue vermelho) que é variante do Èjè-Dúdú (sangue
preto), que é o simbolo das divindades criadas, geradas por Odùdúwà). Porém, foi–lhe dada a
tarefa de modelar o barro para a criação do ser humano. Odùdúwà e Òrìsà-Nlá se encontraram e
ambos nutriam uma rivalidade e estavam a ponto de guerrearem e foi necessária a intervenção de
Òrúnmìlà para trazer a paz entre ambos

Entre aqueles que formavam a comitiva de Odùdúwà estavam os Àwon Agbàgbà (Os antigos):
Òrúnmilà (Agbòniregun ou Setilu), Oluorogbo, Obamèri, Orèlúèrè, Obasin (Èsù), Obàgèdè,
Ògún Aláagada, Obamakin, Oba winni Ajé, Èrìsilè, Elésije Olóse, Alájo, Isidálè, Olókun e
Òrìsàteko (Lejúgbè)..."

II

ITAN TI ODÙDÚWÀ

Lámúrúdù, um dos reis de Meca, tinha como filhos Odùdúwà e os reis de Gogobiri e de Kukawa,
duas tribos da região Hausa. Odùdúwà era o príncipe herdeiro, o que se mantinha com a idéia de
modificar os costumes religiosos, introduzindo na grande mesquita formas de ídolos criados por
Asara, o seu sacerdote e fazedor de imagens. Asara tinha um filho chamado Braima, que fora
educado como adepto do maometismo e contrário às ideias do pai. Pela influência de Odùdúwà,
um mandato real foi expedito ordenando que todos os homens fossem caçar durante três dias,
antes da comemoração anual das festividades levadas a efeito em honra daqueles deuses.

Aproveitando-se da ausência de todos os homens Braima invade a mesquita e destrói todas as


imagens. No retorno de Odùdúwà foi constatada a ocorrência e uma investigação foi feita.
Braima começou a provocar Odùdúwà, dizendo: "Perguntem ao grande ídolo quem fez isso? Ele
sabe falar? Por que vocês adoram coisas que não sabem falar?" Imediatamente foi dada a ordem
para ele ser queimado vivo pela afronta cometida. Lenha e panelas de azeite foram trazidas. Isso
foi o sinal para o início de uma guerra civil. Cada uma das partes era possuidora de muitos
adeptos, mas os maometanos levaram vantagem. O rei Lámúrúdù foi assassinado, e todos os seus
filhos e seguidores próximos foram expulsos da cidade. Os reis de Gogobiri e de Kukawa
seguiram para o Oeste e Odùdúwà tomou o caminho do Leste, viajando por 90 dias, atravessando
a região do Egipto e seguindo para o Sul, próximo ao local onde viria a ser fundada a cidade de
Ilé Ifè. Odùdúwà e seus filhos juraram ódio mortal e vingança pela morte do pai. Tempos depois,
a tentativa de vingança será comandada por Òrànmíyàn de forma infrutífera, mas com a
vantagem de, durante essa expedição, ser fundada a cidade de Òyó, que viria a fazer frente em
prestígio à cidade de Ilé Ifè. Quando Odùdúwà saiu da Arábia, levou consigo duas imagens de
divindades. O rei que assumiu o poder resolveu enviar um exército para destruir Odùdúwà e
submeter os demais à escravidão. Foram, porém, vencidos, e dentre a pilhagem assegurada pelos
vitoriosos havia uma cópia do Korão. Mais tarde isso foi guardião num templo, venerado e
cultuado como relíquia sagrada pelas gerações seguintes, com o nome de ìdí, significando
fundamento ou algo sagrado. Entre aqueles que formavam a comitiva de Odùdúwà estavam:
Òrúnmilà, Oluorogbo, Obamèri, Orèlúére, Obasin, Obàgèdè, Ògún Alágada, Obamakin, Oba
winni Ajé, Èrìsilè, Elésije Olóse, Alájo. Esidálè, Olókun e Òrìsàteko.
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ọbàtálá ọbàtárìs ṣà
(Obatalá o Rei dos orixás)

ọbàtálá é de fato a divindade Yorùbá que mais se destaca pelo mundo. Entre os yorùbá ocupa um
papel de destaque devido sua importância mítica e espiritual para esse povo, e em outras partes
do mundo, como Brasil, se destaca devido suas características e seu sincretismo com Jesus
Cristo. Porém, é importante lembrar que, ọbàtálá não morreu na cruz aos 33 anos de idade, tão
pouco bebia vinho e comia pão.
ọbàtálá é o orixá da criação do mundo e dos seres humanos, por isso é cultuado como o deus da
criatividade. Ele está totalmente ligado às pessoas que trabalham com a criação, inventores,
autores, artistas, em fim...
ọbàtálá tem grande relação com várias divindades, mas as principais são: Ifá (seu amigo e
conselheiro), Iyemòwó (sua principal esposa), Odùdúwà (seu ex-rival e atual companheiro de
trabalho), ọọs ọṣ ọsì (seu amigo e guarda-costas pessoal), Àjálá (companheiro de trabalho) e Ògún.
ọbàtálá é uma divindade limpa, clara, de intenções puras. Puras não no sentido de não haver
maldade, mas de verdade. ọbàtálá é direto, faz o que tem que fazer sem tramar, sem se esconder.
É a divindade associada ao elefante pela sua incrível memória e paciência, ọbàtálá se vinga de
uma pessoa, atacando não a pessoa, mas a gerações seguintes. Por isso é uma divindade muito
respeitada, pois por estar totalmente relacionado à criação, domina a destruição e com isso sua
ira é algo muito temido, pois uma vez agredido, ọbàtálá pode aniquilar a existência de um ser.
ọbàtálá foi o escolhido de Olódùmarè, para lhe representar no àiyé, devido a grande semelhança
energética entre essas energias, tanto que para alguns sacerdotes, ọbàtálá seria a manifestação de
Olódùmarè na terra.
O principal sacerdote de ọbàtálá é o Áàjé, seu grupo de devotos são os ọlọọbàtálá, estes são
identificados por usarem contas de fios brancos e pulseiras brancas, além de enfeitarem seus
bonés e/ou chapéus com a pena sagrada do Ikodidẹ.
ọbàtálá é representado por uma cabaça toda branca, cujo dentro são depositados seus símbolos
sagrados e secretos. É aconselhável ter de frente ao seu assentamento, um pote de barro
sacralizado com água que deve ser trocado periodicamente, pois essa água além de poder ser
utilizada com fins terapêuticos, representa também a água utilizada para moldar o ser humano.
ọbàtálá aparece em vários itàn odù, tais como:
Ìròsùn Méjì, onde ele com sua esposa Iyemòwó dão início ao ciclo menstrual da mulher e assim
a reprodução.
Òdí Méjì, onde ele e Iyemòwó fazem uma grande viajem e são orientados à irem de branco para
evitarem infortúnios.
ọbàrà k’òsùn: onde ele faz viagens de Iranjé Ilé até Iranjé oko e perde um de seus escravos para a
morte devido o mesmo ser ambicioso.
E no principal Odù dessa divindade, onde será postado por mim o itàn que relata como ọbàtálá
criou o àiyé (mundo):
Òfún Méjì:
Ofu ruru lo rere
O ke yebe lejigbo
Ojule ifon lawa ti wa o
Ejigbo rere lawa tibo o
Oluwa aiye ke ya wa o
Key a wa woro ki e wa wo oye
A difa fun Orisa-nla Oseremagbo
Baba nla nbo wa tele aiye do
Won ni ebo no ki oru
Opolopo iyan, eyele ati igbin
Orisa-nla de ile aiye
O di onile ogbile owo
Ogbile tomo
Inu re bere si dun
Baba njo baba nyo
Ile gbogbo ni torisa
Orisa lo nile.

(Tradução)
Surgiu nas nuvens do céu
Ele veio de Ejigbo
Nós viemos de Ifon
Viemos também de Ejigbo
Oh senhor da existência no mundo venha nos ver
Foi feito um jogo divinatório para Oxalá
Quando o velho vinha criar o mundo
Ele foi orientado a fazer ebo
Bastante inhame pilado, pombos e igbin
Oxalá então chegou na terra
Tornou-se dono da prosperidade
E também pai da humanidade
Ele ficou feliz
E dizia: Toda terra pertence ao Orixá, Oxalá é o dono da terra.

Neste itàn, ọbàtálá fez o ebo e criou o mundo, dentro do próprio Òfún Méjì há outro itàn que diz
que ele não fez o ebo e devido a isso não criou o mundo, e quem fez essa tarefa foi Odùdúwà.
Independente disto, a presença de Obàtálá em Òfún méjì é grande, sendo este um dos 256 odù ifá
que mais relata fatos a respeito de Obàtálá e outros òrìsà funfun (divindades da criação
representadas pelo branco).
ọbàtálá tem vários nomes, cada um relata um fato de sua vida, ou o grupo de divindades brancas
que são de sua descendência.
São estes:
Ògíyán Eléèjìgbò (O comedor de inhame Rei de Ejigbo)
Olúfón (Senhor de Ifon)
Òsèrèmàgbò (fonte de todas as coisas boas da floresta)
Àlámó-rere (Senhor da boa argila)
Òrìsà Ròwú (Orixá do algodão)
Em fim... São vários os nomes que essa divindade recebe.
O importante é que, independente do nome que ele receba, a forma de culto é sempre a mesma,
todos os elementos devem ser brancos, e sempre deve ser evitado elementos como: Dendê, sal,
pimenta e vinho de palma.
Inclusive é pertinente lembrar que, o éèwò de dendê e sal são do òrìsà, os devotos de Obàtálá não
carregam isso por herança, a não ser que o Ifá os proíbam, caso contrário podem sim consumir
estes elementos, desde que não estejam manipulando ọbàtálá.
Já o vinho da palma é um interdito coletivo aos devotos de ọbàtálá.
No jogo de dezesseis búzios, ọbàtálá se mostra presente em vários Odù, dependendo do que o
mesmo está trazendo:
Em Ìròsùn-méjì, vem com Ògún e Iyemòwó alertando sobre derramamento de sangue, problemas
de fertilidade feminina ou virilidade masculina.
Em ọbàrà Méjì fala sobre realização lenta, e também com Ògún fala de mudanças.
Em Òdí-Méjì alerta sobre riscos em viagens.
Em Éjì-ogbè vem no aspecto de Ògíyán falando junto com Èsù sobre vitória em cima de
inimigos.
Em Òfún-méjì alerta para os ricos de não se cumprir com as obrigações religiosas, como também
sobre o potencial de criatividade da pessoa com dificuldade de se realizar o que pensa.
Nos odù associados, como ọbàrà seguido de Ìròsùn, chamado de ọbàrà k’òsùn, alerta sobre
viagens, e sobre os cuidados para não ser ganancioso.
Em Òfú-kàràn alerta sobre ancestralidade e cuidados com o orí.
Além de muitos outros...
ọbàtálá nos ampara e nos protege, a nós todos seres humanos, tanto que o ar da atmosfera,
chamado de ofurufu, é o grande Àlá, pano branco que nos envolve e nos protege.
ọbàtálá é o que cria os nossos corpos, nos dando forma, por isso respeitar nosso corpo e o corpo
alheio, é a forma de respeitar a obra de arte deste grande artista.
Não é preciso ser dito a grande relação dele com os deficientes, pois isto já é sabido por todos.
Esse orixá quando cultuado corretamente, trás prosperidade, criatividade e boa conduta para a
vida de seus devotos.
Por isso é extremamente importante cultua-lo da melhor forma possível, lembrando que o branco
imaculado dele, jamais pode ser manchado, assim como nosso caráter.
Desejo que ọbàtálá abençoe e ampare à todos,

Ire o!

Òs ṣàlás ṣínà -Zarcel Ilésire Carnielli


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-Informações superficiais sobre o oráculo sagrado, conhecido como jogo de búzios.


Infelizmente pessoas bem mal informadas, dizem que este oráculo não existe na Nigéria, só no
Brasil. Mas, o jogo de búzios existe sim na Nigéria e é utilizado no culto de vários orixás. Os
sacerdotes que os manipulam são os Bàbálóòrìsà e as Ìyálóòrìsà, já que o uso do Òpèlè e do Ikin
Ifá é restrita aos Bàbáláwo e algumas Ìyánífá.
A 16 anos estudando profundamente este oráculo, tive a oportunidade de conhecer 5 Bàbálóòrìsà
e uma Ìyálóòrìsà de Abeokuta, estado de Ogum Nigéria e ambos consultavam o jogo de maneira
bem parecida, havendo algumas modificações nos nomes de alguns Odù apenas de acordo com a
face aberta de búzios no tabuleiro.
Logo, pude observar três métodos e estuda-los profundamente nesses anos.
Apresento a seguir 3 tabelas, cada uma com um dos três métodos:

Owó ẹyọ mẹọẹọríndílógún Òrìs ṣà Dídà (jogo de dezesseis búzios)

TABELA 1:
1 FACE ABERTA - ọọkànràn
2 FACES ABERTAS - éjì-oko
3 FACES ABERTAS - ogbè Ìyọọnú (Ogbè Ògúndá)
4 FACES ABERTAS - ìròsùn
5 FACES ABERTAS - ọọs ṣẹọ
6 FACES ABERTAS - ọọbàrà
7 FACES ABERTAS - òdí
8 FACES ABERTAS - ogbè
9 FACES ABERTAS - ọọsá
10 FACES ABERTAS - òfún
11 FACES ABERTAS - ọọwọọnrín
12 FACES ABERTAS - ejila às ṣẹbọra
13 FACES ABERTAS - ìká
14 FACES ABERTAS - òtùrùpòn
15 FACES ABERTAS - òfú'kàràn
16 FACES ABERTAS - ìrẹọtẹọ
TABELA 2:
1 FACE ABERTA - ọọkànràn
2 FACES ABERTAS - éjì-oko
3 FACES ABERTAS - ògúndá
4 FACES ABERTAS - ìròsùn
5 FACES ABERTAS - ọọs ṣẹọ
6 FACES ABERTAS - ọọbàrà
7 FACES ABERTAS - òdí
8 FACES ABERTAS - ogbè
9 FACES ABERTAS - ọọsá
10 FACES ABERTAS - òfún
11 FACES ABERTAS - ọọwọọnrín
12 FACES ABERTAS - ejila às ṣẹbọra
13 FACES ABERTAS - mẹọtálà
14 FACES ABERTAS - mẹọrínlà
15 FACES ABERTAS - ẹọdògùn
16 FACES ABERTAS - ẹọríndílógún

TABELA 3:
1 FACE ABERTA - ọọkànràn
2 FACES ABERTAS - éjì-oko
3 FACES ABERTAS - ògúndá
4 FACES ABERTAS - ìròsùn
5 FACES ABERTAS - ọọs ṣẹọ
6 FACES ABERTAS - ọọbàrà
7 FACES ABERTAS - òdí
8 FACES ABERTAS - ogbè
9 FACES ABERTAS - ọọsá
10 FACES ABERTAS - òfún
11 FACES ABERTAS - ọọwọọnrín
12 FACES ABERTAS - ejila às ṣẹbọra (Ìwòrì)
13 FACES ABERTAS - ìká
14 FACES ABERTAS - òtùrùpòn
15 FACES ABERTAS - òtúrá
16 FACES ABERTAS - ìrẹọtẹọ

Nesses anos foram esses os três métodos de consulta ao jogo de búzios que eu conheci na
tradição Yorùbá praticada em Abeokuta. O interessante é que tais métodos são semelhante aos
métodos praticados em outras cidades, baseado nas pesquisas realizada por Bascom no trabalho
dele chamado: "sixteen cowries".
Em suma, é fundamental que o sacerdote se mantenha fiel a pratica de sua família e que tenha o
conhecimento dos 16 odù principais, seus respectivos itàn. Podendo com o tempo, adquirir o
conhecimento das associações para assim, efetuar um jogo mais completo. Um sacerdote yorùbá
leva cerca de 7 anos para aprender a jogar o jogo de búzios. Eu particularmente comecei a me
aprofundar nesse oráculo aos 14 anos de idade e me considero um aprendiz até hoje, pois a cada
consulta que realizo aprendo com ela.

Em breve em São Paulo capital, o templo Ìjọ Ifá Òtúrá Orí’re àti Ilé Às ṣẹ Ọbàtálá Ọọ s ṣẹọrẹọmàgbò
estará realizando um curso de introdução ao jogo de búzios pela tradição Yorùbá, os interessados
podem ligar no número: TIM: (11) 9-6448-9094.
Para amigos de outras cidades que queiram organizar palestras sobre o assunto, basta entrar em
contato no mesmo número.

Olúkọọ Bàbá Ọlọbàtálá Ilésire Òs ṣàlás ṣínà Şówùnmí

Ifá wá gbéè àwa o!

CANTIGA OXUM: Osun Olomi tutuooo


Òsun omi ki tutu ilé
Òsún omi ki tutu ilê
Osun k'awèri omi tutu.
Osun shé oribururu maadi oriire
Yeye Osun ki tutu ori ná
Yeye Efon, mofé-mofé ényin
Yeye Efón, mofé-mofé gbogbo òmò
Oliri Akoko Eni ilu Opàra
O ri ojishé oba Kase
O Jedandan oloran.
O fi agogo-Idé wà inu eke wò.
Omoolu iponda igbo soki redà omoni .
Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
Obìnrin bí okùnrin ní Lóógun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
O pà ràrà ò jò bíri kalèá.
Agbàn obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn.
Ó bá Sònpònná jépétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde èró.
Káre ooo!
Yeye looree imolé
Oní ilê mo mà yára Oshun dé o,
Èrò yíì bá mònà kó será pàdé mi.
Ibà òsun!
Òsun shinginshi
Emi l’omo Ilesin Òsún
Òsun ó jíre e o!
Ibaashè Ibú olá!
Orê yèyè
Ibá imolé Agba .
Òsun omi sá,
Omi Olá
Omi wo.
Omi a sàn rere wolé òdàlè.
Gbogbo l’omo Òsún
A Gbàdàmú-gbàdàmú obìnrin yanyan bí òkúta,
Otúbù yó o ògun, jíre f’éró.
Iya ilu Ipóndà wá
Olòkùnkùn ire pélé
Ojú rè tàn dé òdò mi.
Kaaro eninarê Òsún
Òsun omi a jí san rere wòsà.
Yeye Osun a jire shé gégé
Obìnrin gbendeke, a gbenu ifá solá, yèyé mi,
Yeye Osun ki ayé shé gbogbo agban.
Yèyé adé oko, o mà jíre e o!
Òsún Iyáàmi Agba.
A gbe inu imò sòrò.
Ore yèyé, jíre o!
Òsun á t’orí eni tí ko sunwòn shè.
Omo omi kìí sòfò.
Òsun, omi tíí léku dànù.
Iyami Agba kaaro!
Yèyé olómi tútù, a tò pèsè olá.
O wa yanrìn, wa yanrìn kówó sí.
Irúnmólè, tí í gba ní.
Olókìkí ilú èkó.
Òsun, yèyé ó afidé ré, kú.
Òsun, ilè odò tí í gba ní.
Káre o, Ibá yèyé!
E ki ore yèyé o!
Ore yèyé òsun o.
Òsun yeye gbe òsogbo!
Olólmi wara wòrò tí í san wolé òtá.
Òsun o wa yanrìn,
Wa yanrìn rówó nlá nlá kó
Idé lówó,
Idé lésè.
Òsun, yèyé ó afide ré òmò gbakuló Idé
Osun gba mi, Iyaami Agba
Osun gba mi, Iyaami Agba.
Òsun a gbó bèmbé gba àse.
Yèyé òsun a sawo sòògùn.
Òsun a fomi tútu wo àrùn, lái gbèjè.
Òsun dola atóbálayé
Yeye òsun tire ní n o sé dojó alé mó.
Òsun àti nú ibú tobi.
A tilé náwó olá, wa Ifá
Ore yèyé o!
Ibá onikii Iyaami Agba,
A mó awo mo roonílé tútù.
Yèyé òba lódò o we omo yè.
Olotutu èkó.
Òòsò tí kò légún tí kò léjè.
Alágbo òfé, o wá yanrìn kówó sí.
Òsun ò yèyé nímò.
Káre ó, ìyá òsun.
Gbàdàmúgbàdàmú obìnrin kò sé fowo gbé.
Ore yèyé kapèrè owó nbe nínu ibú.
Òsun apèrè omó nbe nínu ibú yèyé mi,
Alápèrè àláàfíà tí nbe nínú ibú.
Òsun omi a rìn má sùn Osa.
Ore yèyé òrìsà arewa!
Òsun we mí yèyé ilu ipóndà.
Olómú gàdàgbà-gadagba a fide rèmo
Enì ìde kìí s, eni fé Idé.
Ibaashé Yeye Osun

Òshún é a dona da água fresca.

2 Oshun água que refresca e umedece a terra!


3 Oshun água que refresca e encharca a casa!

4 Oshun que purifica as cabeças com água fresca.

5 Osun que transforma uma cabeça infeliz em uma cabeça feliz.

6 Yeye Òshún que esfria as cabeças quentes.

7 Yeye Efon, eu te amo! muito

8 Yeye Efon, eu amo muito seus filhos!

9 Poderosa, líder ancestral do povo da cidade Opara.

10 Aquela que recebe o mensageiro do rei sempre com respeito

11 Aquela que ouve as palavras do queixoso, o suplicante de seu auxilio.

12 Com o seu sini e bronze ela fura a barriga dos mentirosos, falsos e interesseiros.

13 Não se pode carregar debaixo do braço o filho da floresta da cidade Iponda.

14 Òshún com força masculina. (água enérgica)

15 Aquela que é curandeira com força masculina. (feiticeira ativa)

16 Aquela que canta afinadamente como o Pássaro Èga.

17 Graciosa mãe, senhora das águas frescas.

18 Aquela que na água mata rapidamente rodopiando como o vento, sem que possamos vê-la.

19 Aquela que é plena de sabedoria e, que todos juntos devem venerá-la. (lamber mel antes de
pronunciar a palavra Sapona)

20 Aquela que come Pétékí com Shapònnãn. (um tipo de Adimu)

21 Aquela que enfrenta pessoas poderosas e as acalma com a sua sabedoria.

22 Saudações a sua extrema bondade!


23 Mãezinha bondosa Orisa!

24 Ao dono da casa digam que Òshún chegou!

25 Quem sabe o caminho venha juntar-se a mim.

26 Saudações Òshún!

27 Òshún a benfeitora delicada.

28 Sou cidadão do templo que cultua Òshún,

29 Bom dia para você!

30 Meus respeitos às águas profundas!

31 Bondosa Mãezinha

32 Saudações ao espírito da mãe anciã

33 Òshún a água que eu respeito.

34 Água preciosa.

35 Água perigosa,

36 Água que flui no rio em direção para destruir a casa dos falsos e mentirosos.

37 Todos somos filhos de Òshun.

38 A grandiosa anciã resistente como uma pedra imutável.

39 Deusa que surge onde há guerras, para trazer calmaria.

40 Mãe da cidade Iponda, venha trazendo respeito.

41 Saudações àquela que é cheia de felicidade

42 Aquela que chega bondosamente para me ver banhar no rio.

43 Bom dia Osun aquela que foi colocada no caminho do bem.


44 Òsun que caminha cedo em direção a lagoa.

45 Mãezinha Osun, que sempre acorda disposição e faz tudo com muita delicadeza.

46 Minha mãe, mulher graciosa, graças a IFÁ tem vida próspera,

47 Mãezinha anciã que vive e faz tudo com muita sabedoria com sabedoria.

48 Osun a Minha Mãe Anciã.

49 Mãezinha da cidade Ade-Oko, a benfeitora.

50 Aquela que mesmo estando na mais profunda escuridão das águas, o brilho de seus olhos
chegou até mim.

51 Os filhos das águas são cheios de encantamentos nas palavras. e são cheios de boas ações.

52 Aquela que facilita a vida das pessoas.

53 Mãe anciã, bom dia Òshún.

54 Mãe anciã, dona das águas calmas que produz riquezas.

55 Aquela que cava e cava a areia para guardar dinheiro.

56 Divindade que nos salva

57 Òshún, aquela que melhora a cabeça que está mal.

58 Òshún a água que afasta a morte dos filhos que usam o bronze.

59 Òshún moradora do rio que salva,

60 Bondosa, Mãezinha Saudações.

61 Aquela que é Mãe bondosa!

62 Òshún mãezinha protetora da cidade Oshogbo!

63 Mãe anciã, famosa na cidade de lagos e na cidade Iponda,


64 Dona das águas que correm suavemente e invade a casa dos inimigos.

65 Òshún, você que cava, cava a areia e descobre grandes fortunas.

66 Aquela que tem bronze nas mãos

67 Aquela que tem bronze nos pés.

68 Òshún, mãe anciã que enfeita seus filhos com o bronze, para afastar, espantar a morte com
bronze.

69 Salve Òshún, mãe anciã!

70 Salve Òshún, mãe anciã!

71 Òshún que fornece o seu àshé ao som do tambor Bèmbé.

72 Óshún, mãe anciã que conhece os segredos da medicina (magia com as folhas).

73 Òshún, aquela que cura doenças, apenas com água fresca consagrada, sem usar qualquer tipo
de sangue animal.

74 Òshún que dá prosperidade, suficiente para nos dar vida.

75 Mãezinha bondosa!

76 Aquela que traz prosperidade para a casa, somente através de Ifá.

77 Bondosa mãezinha.

78 Ibá Onikii, minha Mãe Anciã,

79 Òshún, o seu poder vem das profundezas das águas.

80 Mãezinha Òsún, Soberana dos rios, eu te cultuarei na terra até os meus últimos dias.

81 Possuidora de frescor como o Èkó.

82 Òrìshà que não possui osso nem sangue, porém os dá graciosamente.


83 Você, que com orgulho gasta o dinheiro que tem em casa.

84 Aquela que conhece todos os segredos, mas não os revela à ninguém, dona de uma casa
tranquila.

85 Saudações a bondosa Mãe Òsún!

86 Bondosa mãe que cava a areia para guardar dinheiro.

87 Minha mãe anciã, possuidora da cesta da paz no fundo dos rios.

88 Bondosa Mãe, aquela que possui um cesta de dinheiro no fundo do rio.

89 Mãe anciã, possuidora da cesta do dinheiro que está no fundo dos rios.

90 Mãe anciã, rainha dos rios, seu banho dá vida aos filhos na terra de Iponda.

91 Bondosa Mãe Òsún.

92 Bondosa dona da brisa fresca dos lagos (lagoa)

93 Òshún, mãe anciã compreensiva,

94 Ibá mãezinha!

95 Òshún, Orishá grandiosa, a qual ninguém consegue carregar nos braços, a dona dos seios
fartos que enfeita os filhos com bronze. As suas joias são todas de bronze e você não se enjoa
delas.

96 Ibáasè Yeye Òshún!

97 Òshún, água que corre sem parar.

98 Mâe da cidade Ade-Oko

99 Mãe cultuada na cidade Opara

100 Òsún cultuada na cidade Ojuna

101 Saudação à todas as Iyaaami Anciãs das águas e da terra.


102 Saudações à minha mãe Ò´sun e maior anciã!

103 Mãe anciã de corpo grandioso

104 Ibáashè à cidade Ipóndà

105 Ibáashè à cidade Adé-oko

106 Ibáashè à cidade Òpàra.

107 Ibáashè à cidade Osogbo

108 Ibáasè à cidade Ojuba


Mesmo aquelas que eu não cite Òshún, hoje peço um grande favor, me dê o seu apoio!

Yèyé Ilu adé oko.


Òsun awosin ilu Opàra,

101. Òsun awosin ilu Ojuna,

102. Ibà mí fún gbogbo yín Iyaami Iya olomi, Iya Alalé

103. Ibá Iyaami Òsún Nlá Iyaami.

104. Ibáasè ilu Ipóndà

105. Ibáasè ilu Adé-oko

106. Ibáasè ilu Òpàra.

107. Ibáasè ilu Oshogbô.

108. Ibáasè ilu Ojuná

109. Gbogbo àti èyí tí mokí pè lú èyí tí n ko.

110. Òsún è dákun, ki è gbé mi o


Osun Olomi tutuooo
Òsun omi ki tutu ilé
Òsún omi ki tutu ilê
Osun k'awèri omi tutu.
Osun shé oribururu maadi oriire
Yeye Osun ki tutu ori ná
Yeye Efon, mofé-mofé ényin
Yeye Efón, mofé-mofé gbogbo òmò
Oliri Akoko Eni ilu Opàra
O ri ojishé oba Kase
O Jedandan oloran.
O fi agogo-Idé wà inu eke wò.
Omoolu iponda igbo soki redà omoni .
Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
Obìnrin bí okùnrin ní Lóógun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
O pà ràrà ò jò bíri kalèá.
Agbàn obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn.
Ó bá Sònpònná jépétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde èró.
Káre ooo!
Yeye looree imolé
Oní ilê mo mà yára Oshun dé o,
Èrò yíì bá mònà kó será pàdé mi.
Ibà òsun!
Òsun shinginshi
Emi l’omo Ilesin Òsún
Òsun ó jíre e o!
Ibaashè Ibú olá!
Orê yèyè
Ibá imolé Agba .
Òsun omi sá,
Omi Olá
Omi wo.
Omi a sàn rere wolé òdàlè.
Gbogbo l’omo Òsún
A Gbàdàmú-gbàdàmú obìnrin yanyan bí òkúta,
Otúbù yó o ògun, jíre f’éró.
Iya ilu Ipóndà wá
Olòkùnkùn ire pélé
Ojú rè tàn dé òdò mi.
Kaaro eninarê Òsún
Òsun omi a jí san rere wòsà.
Yeye Osun a jire shé gégé
Obìnrin gbendeke, a gbenu ifá solá, yèyé mi,
Yeye Osun ki ayé shé gbogbo agban.
Yèyé adé oko, o mà jíre e o!
Òsún Iyáàmi Agba.
A gbe inu imò sòrò.
Ore yèyé, jíre o!
Òsun á t’orí eni tí ko sunwòn shè.
Omo omi kìí sòfò.
Òsun, omi tíí léku dànù.
Iyami Agba kaaro!
Yèyé olómi tútù, a tò pèsè olá.
O wa yanrìn, wa yanrìn kówó sí.
Irúnmólè, tí í gba ní.
Olókìkí ilú èkó.
Òsun, yèyé ó afidé ré, kú.
Òsun, ilè odò tí í gba ní.
Káre o, Ibá yèyé!
E ki ore yèyé o!
Ore yèyé òsun o.
Òsun yeye gbe òsogbo!
Olólmi wara wòrò tí í san wolé òtá.
Òsun o wa yanrìn,
Wa yanrìn rówó nlá nlá kó
Idé lówó,
Idé lésè.
Òsun, yèyé ó afide ré òmò gbakuló Idé
Osun gba mi, Iyaami Agba
Osun gba mi, Iyaami Agba.
Òsun a gbó bèmbé gba àse.
Yèyé òsun a sawo sòògùn.
Òsun a fomi tútu wo àrùn, lái gbèjè.
Òsun dola atóbálayé
Yeye òsun tire ní n o sé dojó alé mó.
Òsun àti nú ibú tobi.
A tilé náwó olá, wa Ifá
Ore yèyé o!
Ibá onikii Iyaami Agba,
A mó awo mo roonílé tútù.
Yèyé òba lódò o we omo yè.
Olotutu èkó.
Òòsò tí kò légún tí kò léjè.
Alágbo òfé, o wá yanrìn kówó sí.
Òsun ò yèyé nímò.
Káre ó, ìyá òsun.
Gbàdàmúgbàdàmú obìnrin kò sé fowo gbé.
Ore yèyé kapèrè owó nbe nínu ibú.
Òsun apèrè omó nbe nínu ibú yèyé mi,
Alápèrè àláàfíà tí nbe nínú ibú.
Òsun omi a rìn má sùn Osa.
Ore yèyé òrìsà arewa!
Òsun we mí yèyé ilu ipóndà.
Olómú gàdàgbà-gadagba a fide rèmo
Enì ìde kìí s, eni fé Idé.
Ibaashé Yeye Osun

Òshún é a dona da água fresca.

2 Oshun água que refresca e umedece a terra!

3 Oshun água que refresca e encharca a casa!

4 Oshun que purifica as cabeças com água fresca.

5 Osun que transforma uma cabeça infeliz em uma cabeça feliz.

6 Yeye Òshún que esfria as cabeças quentes.

7 Yeye Efon, eu te amo! muito

8 Yeye Efon, eu amo muito seus filhos!

9 Poderosa, líder ancestral do povo da cidade Opara.

10 Aquela que recebe o mensageiro do rei sempre com respeito

11 Aquela que ouve as palavras do queixoso, o suplicante de seu auxilio.

12 Com o seu sini e bronze ela fura a barriga dos mentirosos, falsos e interesseiros.

13 Não se pode carregar debaixo do braço o filho da floresta da cidade Iponda.

14 Òshún com força masculina. (água enérgica)


15 Aquela que é curandeira com força masculina. (feiticeira ativa)

16 Aquela que canta afinadamente como o Pássaro Èga.

17 Graciosa mãe, senhora das águas frescas.

18 Aquela que na água mata rapidamente rodopiando como o vento, sem que possamos vê-la.

19 Aquela que é plena de sabedoria e, que todos juntos devem venerá-la. (lamber mel antes de
pronunciar a palavra Sapona)

20 Aquela que come Pétékí com Shapònnãn. (um tipo de Adimu)

21 Aquela que enfrenta pessoas poderosas e as acalma com a sua sabedoria.

22 Saudações a sua extrema bondade!

23 Mãezinha bondosa Orisa!

24 Ao dono da casa digam que Òshún chegou!

25 Quem sabe o caminho venha juntar-se a mim.

26 Saudações Òshún!

27 Òshún a benfeitora delicada.

28 Sou cidadão do templo que cultua Òshún,

29 Bom dia para você!

30 Meus respeitos às águas profundas!

31 Bondosa Mãezinha

32 Saudações ao espírito da mãe anciã

33 Òshún a água que eu respeito.

34 Água preciosa.
35 Água perigosa,

36 Água que flui no rio em direção para destruir a casa dos falsos e mentirosos.

37 Todos somos filhos de Òshun.

38 A grandiosa anciã resistente como uma pedra imutável.

39 Deusa que surge onde há guerras, para trazer calmaria.

40 Mãe da cidade Iponda, venha trazendo respeito.

41 Saudações àquela que é cheia de felicidade

42 Aquela que chega bondosamente para me ver banhar no rio.

43 Bom dia Osun aquela que foi colocada no caminho do bem.

44 Òsun que caminha cedo em direção a lagoa.

45 Mãezinha Osun, que sempre acorda disposição e faz tudo com muita delicadeza.

46 Minha mãe, mulher graciosa, graças a IFÁ tem vida próspera,

47 Mãezinha anciã que vive e faz tudo com muita sabedoria com sabedoria.

48 Osun a Minha Mãe Anciã.

49 Mãezinha da cidade Ade-Oko, a benfeitora.

50 Aquela que mesmo estando na mais profunda escuridão das águas, o brilho de seus olhos
chegou até mim.

51 Os filhos das águas são cheios de encantamentos nas palavras. e são cheios de boas ações.

52 Aquela que facilita a vida das pessoas.

53 Mãe anciã, bom dia Òshún.

54 Mãe anciã, dona das águas calmas que produz riquezas.


55 Aquela que cava e cava a areia para guardar dinheiro.

56 Divindade que nos salva

57 Òshún, aquela que melhora a cabeça que está mal.

58 Òshún a água que afasta a morte dos filhos que usam o bronze.

59 Òshún moradora do rio que salva,

60 Bondosa, Mãezinha Saudações.

61 Aquela que é Mãe bondosa!

62 Òshún mãezinha protetora da cidade Oshogbo!

63 Mãe anciã, famosa na cidade de lagos e na cidade Iponda,

64 Dona das águas que correm suavemente e invade a casa dos inimigos.

65 Òshún, você que cava, cava a areia e descobre grandes fortunas.

66 Aquela que tem bronze nas mãos

67 Aquela que tem bronze nos pés.

68 Òshún, mãe anciã que enfeita seus filhos com o bronze, para afastar, espantar a morte com
bronze.

69 Salve Òshún, mãe anciã!

70 Salve Òshún, mãe anciã!

71 Òshún que fornece o seu àshé ao som do tambor Bèmbé.

72 Óshún, mãe anciã que conhece os segredos da medicina (magia com as folhas).

73 Òshún, aquela que cura doenças, apenas com água fresca consagrada, sem usar qualquer tipo
de sangue animal.
74 Òshún que dá prosperidade, suficiente para nos dar vida.

75 Mãezinha bondosa!

76 Aquela que traz prosperidade para a casa, somente através de Ifá.

77 Bondosa mãezinha.

78 Ibá Onikii, minha Mãe Anciã,

79 Òshún, o seu poder vem das profundezas das águas.

80 Mãezinha Òsún, Soberana dos rios, eu te cultuarei na terra até os meus últimos dias.

81 Possuidora de frescor como o Èkó.

82 Òrìshà que não possui osso nem sangue, porém os dá graciosamente.

83 Você, que com orgulho gasta o dinheiro que tem em casa.

84 Aquela que conhece todos os segredos, mas não os revela à ninguém, dona de uma casa
tranquila.

85 Saudações a bondosa Mãe Òsún!

86 Bondosa mãe que cava a areia para guardar dinheiro.

87 Minha mãe anciã, possuidora da cesta da paz no fundo dos rios.

88 Bondosa Mãe, aquela que possui um cesta de dinheiro no fundo do rio.

89 Mãe anciã, possuidora da cesta do dinheiro que está no fundo dos rios.

90 Mãe anciã, rainha dos rios, seu banho dá vida aos filhos na terra de Iponda.

91 Bondosa Mãe Òsún.

92 Bondosa dona da brisa fresca dos lagos (lagoa)

93 Òshún, mãe anciã compreensiva,


94 Ibá mãezinha!

95 Òshún, Orishá grandiosa, a qual ninguém consegue carregar nos braços, a dona dos seios
fartos que enfeita os filhos com bronze. As suas joias são todas de bronze e você não se enjoa
delas.

96 Ibáasè Yeye Òshún!

97 Òshún, água que corre sem parar.

98 Mâe da cidade Ade-Oko

99 Mãe cultuada na cidade Opara

100 Òsún cultuada na cidade Ojuna

101 Saudação à todas as Iyaaami Anciãs das águas e da terra.

102 Saudações à minha mãe Ò´sun e maior anciã!

103 Mãe anciã de corpo grandioso

104 Ibáashè à cidade Ipóndà

105 Ibáashè à cidade Adé-oko

106 Ibáashè à cidade Òpàra.

107 Ibáashè à cidade Osogbo

108 Ibáasè à cidade Ojuba


Mesmo aquelas que eu não cite Òshún, hoje peço um grande favor, me dê o seu apoio!

Yèyé Ilu adé oko.


Òsun awosin ilu Opàra,

101. Òsun awosin ilu Ojuna,

102. Ibà mí fún gbogbo yín Iyaami Iya olomi, Iya Alalé

103. Ibá Iyaami Òsún Nlá Iyaami.


104. Ibáasè ilu Ipóndà

105. Ibáasè ilu Adé-oko

106. Ibáasè ilu Òpàra.

107. Ibáasè ilu Oshogbô.

108. Ibáasè ilu Ojuná

109. Gbogbo àti èyí tí mokí pè lú èyí tí n ko.

110. Òsún è dákun, ki è gbé mi o


Curtir · · Seguir publicação · Compartilhar · 16 de abril às 15:19

ÒKÒTÓ É O CÁLCULO MATEMÁTICO DA CABEÇA DE ÈSÚ...

O òkòtó é uma espécie de caracol e aparece nos motivos das esculturas e como emblema entre os
que fazem parte do culto de Èsú. Ele consiste em uma concha cônica cuja base é aberta, utilizado
como um pião. O òkòtó representa a história ossificada do desenvolvimento do caracol e reflete a
regra segundo a qual se deu o processo de crescimento; um crescimento constante e
proporcional, uma continuidade evolutiva de ritmo regular.
O òkòtó simboliza um processo de crescimento.
O òkòtó é o pião que apoiado na ponta do cone de um só pé, um único ponto de apoio que rola
"espiraladamente" abrindo-se a cada revolução, mais e mais, até converter-se numa
circunferência aberta para o infinito (cume oco).
É Ifá quem diz; " ò ni, òkòtó, ò ni, Agbegbe lójú bèè ló si n fi esè kan gogogo pòòyi rányinrányin
kálè" trad; Ele diz; òkòtó (pião-caracol), Ele diz; ele tem um amplo cume oco.
Assim òkòtó com uma só perna ,rola por toda a superfície do solo. Esse odù foi recitado pelo
Babálawo Ifátoogun para ilustrar as múltiplas variedades de Èsú, orísírisí Èsú, para explicar seu
papel como fator de expansão e de crescimento a partir de um único Èsú, o pé do òkòtó, Àgbá
Èsú, de cuja natureza as múltiplas unidades participam.
Òkòtó ilustra não só que os Èsú, "apesar de numerosos, sua natureza e sua origem é única ", mas
também ele explica o significado dinâmico, sua maneira de crescer e de se multiplicar "em
espiral ".
Èsú é UM multiplicado ao infinito.
Em numerosos textos e cantigas encontra-se essa relação de Èsú com o número 1. Assim, numa
parte do itan que ilustra esse Odù, conta-se que, quando Èsú acabou de se preparar para vir do
òrun ao àiyé já que "queria abençoar aqueles que não eram numerosos na terra, e porque ele
percebia claramente que as cidadezinhas se lastimavam amargamente por não crescer ", ele
convocou todos os seus descendentes no òrun, "os filhos de seus filhos, de geração a geração", e
os contou durante longo tempo; "eram mil e duzentos, Àgbà Èsú, ele própio, o rei de todos,
acrescentou UM a seu número, o que fez 1201".
Assim interpreta-se que "a adição de uma unidade ao número redondo evoca a continuação...
O número redondo, ao contrário, marca uma paralisação na numeração, logo, por analogia, uma
paralisação das relações sociais das partes, um limite....
"Essa capacidade dinâmica" de Èsú que tanto permite a Sàngo lançar suas pedras de raio como a
Òsányìn preparar seus remédios, esse poder neutro que permite a cada ser mobilizar e
desenvolver suas funções e seus destinos, é conhecido sob o nome de Agbára.
Èsú é o senhor-do-poder.
Elegbára é ao mesmo tempo seu controlador e sua representação. Olórun delegou esse poder a
Èsú ao entregar-lhe o Àdó-iràn, a cabaça que contém a força que se propaga. O Àdó-irán
constitui um de seus principais emblemas e está presente nos "assentos" e em numerosas
esculturas sob a forma de uma cabaça de longo pescoço apontando para o alto que Èsú carrega
em sua mão. Principio dinâmico e símbolo complexo que participa de tudo o que existe, em sua
força abstrata , Èsú só precisa apontar seu àdó para transmitir a força inesgotável que tem.
Èsú, como Ifá, possui um culto e sacerdotes, mas por causa de seu significado está ligado a todos
os cultos dos ìrúnmolè, tanto òrisà como ancestrais, participando de todos eles.
Èsú o primogênito do universo.
"ORERE TI NDU ORI ELEMERE, BABÁ MI TA MI L'ORE OLA MO SIRE AGBE RODE O "
.
Tradução: Èsú o bondoso, que se preocupa, em melhorar a qualidade de vida, de todos os seres.
Meu pai, me presenteie com a prosperidade, vou propagar a sua sabedoria à todas as pessoas.

Texto resumido de pesquisas feita no livro os nagô e a morte.


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ERVAS E OFÓS DE CONSAGRAÇÃO
PARA ENCANTAMENTO DE ABIKUS

Abirikolo - Corresponde, no Brasil, à cascaveleira, também conhecida como amendoim-do-mato,


ou ainda, xekeré.
Ofo: Ewe abirikolo, insinu Orun e pehindá. (Folha abirikolo, coveiro do céu, retorne).
Agidimagbayin-walteria americana - Folha de veludo, erva de soldado.
Ofo: Ewe agidimagbayin, Olorun maa ti kun, a a ku mo. (Folha agidimagbayin, Olorun fecha as
portas do Orun para que não morramos mais).
Idi - Amendoeira.
Ofo: Ewe idi lori ki ona Orun temi odi. (Folha idi, diga que o caminho do Orun está fechado para
mim).
Ija - Osun - Bixa orellana, Lin.
Lara pupa - Mamona vermelha.
Ofo: Ewe lara pupá ni osun a won abíkú. (A folha lara pupá é o cânhamo).
Olobutoje - Pinhão-da-Bahia.
Ofo: Olobotuje ma je ki mi bi abíkú omó. (Folha de olobotuje, não me deixe parir filhos).
Opa emere - Dobradinha-do-campo.
Ofo: Opa emere kipe ti fi ku, yiomaa ewu ni, nwón ba ri opa emere. (Galho de emere não
permita que eles morram - a vara de emere os apazigua)

OBS.: ESTE PROCEDIMENTO SÓ DEVERÁ SER FEITO POR UM BABALAWO


EXPERIENTE.
Por IfáTalabi Solá Oju Obá Omi
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OSUN ITAN

NIGBA TI AUN O SI MO BO LATI ODO OLODUMARE UN LO KO OKU OMO LE LOWO


WIPE
ENI TI ORISA BA SEDA KALE TAN, BI OSUN YO SE MOO PIN OMO FUN GBOGBO
AWON
TI OMO KO BA FE GBA INU WON WAYE ATI BI OMO BA NWA NINN, ENI TI O MO SE
ITOJU RE TI KO FI NI I MOO RI IDAANU TITI O FI MOO WAYE. TO BA SI WA SI
AYE NAA, NIGBA TI KO TII NI OYE TI KOI TI MO EDEE FO, GBOGBO ONA AWOYE
RE
OSUN NI WON KO OKUN OMO LE LOWO. KO SI GBODO BINU ENIKAN PE ELEYI NI
OTA MI, KO YE KO BIMO TABI ELEYI NI ORE MI. ISE TI WON RAN OSUN OUN NIYI,
OUN NI IYAMI AKOKO, OUN SI NI OLUTOJUU AWON OMO LATI NU TITI DI IGBA TI
YI
NI OYE TAA N OE NI AWOYE OSUN NI ALAWOYE OMO. BI OSUN O TI SE GBODO BA
ENIKAN SOTA NIYI.

TRADUÇÃO

NO TEMPO DA CRIAÇÃO, QUANDO OSUN ESTAVA VINDO DAS PROFUNDEZAS DO


ORUN, OLODUMARE CONFIOU-LHE O PODER DE ZELAR POR CADA UMA DAS
CRIANÇAS CRIADAS POR ORISA QUE IRIAM NASCER NA TERRA. OSUN SERIA A
PROVEDORA DE CRIANÇAS. ELA DEVERIA FAZER COM QUE AS CRIANÇAS
PERMANECESSEM NO VENTRE DE SUAS MÃES, ASSEGURANDO-LHES
MEDICAMENTOS E TRATAMENTOS APROPRIADOS PARA EVITAR ABORTOS E
CONTRATEMPOS ANTES DO NASCIMENTO; MESMO DEPOIS DE NASCIDA A
CRIANÇA, ATÉ ELA NÃO ESTAR DOTADA DE RAZÃO E NÃO ESTAR FALANDO
ALGUMA LINGUA, O DESENVOLVIMENTO E A OBTENÇÃO DE SUA INTELIGÊNCIA
ESTARIAM SOB O CUIDADO DE OSUN. ELA NÃO DEVERIA ENCOLERIZAR-SE COM
NINGUÉM A FIM DE NÃO RECUSAR UMA CRIANÇA A UM INIMIGO E DAR A
GRAVIDEZ A UM AMIGO. A TAREFA ATRIBUIDA A OSUN É COMO DECLARAMOS.
ELA FOI A PRIMEIRA IYA-MI, ENCARREGADA DE SER A OLUTOJU AWON OMO
(AQUELA QUE VELA POR TODAS AS CRIANÇAS) E A ALAWOYE OMO (AQUELA QUE
CURA AS CRIANÇAS). OSUN NÃO DEVE VIR A SER INIMIGA DE NINGUÉM.
https://www.facebook.com/photo.php?
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ORÍKÌ OLOKUN

IBA OLÓKUN, IBA ‘GE OLOJO ONI, A DUPE O.


A DUPE ÒRÚNMÌLÀ,
ELERIN IPIN IBI KEJE OLODUMARE.
ÈSÙ PÈLÉ O.
OLÓKUN PÈLÉ O.
OLÓKUN MO PE O, OLÓKUN MO PE O, OLÓKUN MO PE O.
NI ÍGBA META.
OKUTA LA PE MO SE JE, ETI ‘G BURE OBI RI KITI.
NI ‘KA LE, OLÓKUN PÈLÉ O.
OLÓKUN FE MI LO’RE, MO DUPE.
OLÓ KUN FUN ME LO MO, MO DUPE.
OLÓ KUN FUN ME LO’MO, MO DUPE.
OLÓ KUN FUN ME LA LAFIA, MO DUPE.
ORO TI ASE FUN OLÓKUN NI AWON OMO RE WA SE FUN OYI O
OLÓKUN IBA SE, OLÓKUN IBA SE, OLÓKUN IBA SE O.
OLÓKUN NUAA JEKE AWON O’IKU.
MA JA KIKI WA ORUN.
OLÓKUN BA ME.
NU NI O SI O KI E LU RE YE TORAY.
B’OMI TA ‘AFI A ROW PON ASE ASE ASE ‘SE O.

Louvor a Olokun, louvor ao proprietário do dia, dou graças.


Agradeço ao Espírito do Destino
Testemunha da Criação, o segundo do Pai de Criação.
Saúdo Esu, o Divino Mensageiro.
Saúdo ao Espirito do Oceano.
Espirito do Oceano eu te chamo.
Eu te chamo Olokun.
Espirito do Oceano eu te chamo.
Eu chamo-lhe três vezes.
É a pedra que quebra de repente, sem sangramento, o que traz uma boa notícia.
Aquele que não é velho.
Saúdo Olokun.
Espírito do Oceano interminavél e sem fundo, damos graças.
Olokun guia de nós, e damos graças.
O Espirito do Oceano dá-nos filhos, agradecemos.
Olokun nos dá saúde, nós apreciamos isso.
O poder de transformação vem através do ritual e Olokun está além da
compreensão.
Olokun meus respeitos, meus respeitos Olokun, obedecemos ao Espírito do
Oceano.
O Espirito do Oceano protege-nos do desastre e da morte.
Louvado seja o poder do céu.
Olokun Minha Mãe, salva-me.
Vou adorar você, enquanto houver sempre o oceano.
Que haja paz nas águas que trazem o poder do espírito. ASE.
Y e m o ja Odùa ìgbá- eleye

Y e m o ja Odùa* :(Yemòwo) Grande Ìyá, Senhora do ìgbá- e y e (cabaça dos pássaros) é a


Ìyá'nlá seu nome é modificação da palavra Odù Logboje, a mulher primordial, também
denominada E l e yinjú E le ,a dona dos olhos delicados fazendo parte das divindades geradoras
representada pelo Preto, Yami chamada pelo odu Oyeku Meji, fundadora do culto e sociedade G
èlèdè
O Privilégio de entender o Orí

O valor real da harmonia interna é que ela permite foco ininterrupto. Dito de outra forma, um dos
grandes obstáculos para alcançar a grandeza pessoal e a autêntica felicidade é a distração.
Em uma escala de 1-10, classifique sua capacidade de se concentrar sem distrações .
Um dos meus versos favoritos de Ifa fala da época em que Orunmila representava um enigma
similar ao Orisá, pedindo-lhes "Quem pode acompanhar o seu filho em uma viagem longa,
mesmo através do mar, sem nunca parar ou voltar atrás?" Todas as divindades afirmaram serem
capazes do feito, mas todas falharam, incluindo o próprio Orunmila. A única deidade capaz de
completar essa tarefa incrível foi, é e será sempre o Ori.
E assim vemos que o núcleo do círculo ininterrupto é o Ori.

Em Yorubá, Ori pode ser traduzido literalmente como "Você vê". Como tal, Ori é a capacidade
de visão interior, a capacidade de ver a si mesmo de acordo com a verdade de sua origem e de
origens divinas. Astrologicamente falando, essa visão interna é chamada de princípio solar.
Como o próprio sol, Ori é o princípio unificador de sua consciência. Isso faz com que tudo em
sua consciência orbite harmoniosamente em torno de um único princípio, definida internamente.
É por isso que Ori é elogiado como "a causa do Criador". E assim, a capacidade de transcender
as limitações físicas, emocionais e mentais vão abrir as portas para o desenvolvimento espiritual.
Aqui, vamos dar de cara com um recurso extremamente importante na viagem ao redor do
círculo ininterrupto: falhas e imperfeições.

No Santo Odu IrosunMeji, Ifa diz:

Quem se sente confortável se comporta como tal


Sacerdote Rere adivinhava para Ori
Ori estava descendo do céu à terra
Ori foi convidado a sacrificar
Ori fez o sacrifício
Se Ori veio ao mundo e se recusa a riqueza,
Osun - o ouvinte atento - Eu digo a você o meu destino
Ifa, deixe-me ser rico na minha vida
Se Ori veio ao mundo e se recusa a um bom cônjuge,
Osun - o ouvinte atento - Eu digo a você o meu destino
Ifa, deixe-me ter uma boa esposa na minha vida
Se Ori veio ao mundo e se recusa a todas as bênçãos,
Osun - o ouvinte atento - Eu digo a você o meu destino
Ifa, deixe-me ter todas as bênçãos em minha vida
A profundidade desta mensagem pode ser resumida no ditado: "A boca fechada não se
alimentou!" Aqui, IrosunMeji está ensinando que o valor do auto-exame rigoroso é que
demonstra claramente os pontos fracos, falhas e imperfeições em seu personagem, e só
enfrentando-se que você pode ter a esperança de melhorar a si mesmo.
O enfrentamento é um método eficaz para o auto-exame e desenvolvimento pessoal. A Avaliação
por este método lhe dará uma imagem detalhada de quem é, de onde você vem e para onde você
está tentando ir. Mais importante ainda esta avaliação lhe dirá exatamente o que está bloqueando
seu caminho, fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente. Você também vai
aprender o que você deve fazer a fim de alavancar seus pontos fortes e minimizar as ameaças.
O Ori é o único alicerce real de sua existência, e irá lhe acompanhar onde nenhum outro Deus
esta autorizado a ir.
A luz entra nas trevas mas as trevas não podem nunca, nunca penetrarem a luz.

Ifá Talabí Solá Oju Obá Omí


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Ìkóòdide
Antes demais nada para utilizarmos qualquer elemento dentro do culto devemos em primeiro
lugar entender esse elemento, temos que saber suas funcionalidades e simbolismos, e com awon
iyè (penas) não é diferente.
A Ìkóòdide creio eu que todos saibam trata-se de um pena colhida de uma ave Africana de nome
Odíde, também conhecido como Papagaio do Gabão entre outros nomes, sua espécie é Psittacus
erithacus. Explicando assim não corre o risco das pessoas usarem penas de papagaio como já vi
por ai alguns dizerem e usarem, não tem cão caça com gato Miauuuu rsrsr.
Voltando ao nosso Ìkóòdide, o mesmo tem a representação da fertilidade, da transformação, da
propiciação, nascimento, fecundação e por isso tem ligação com o poder feminino, símbolo de
realeza , reconhecimento honra e status. Partindo-se desse principio e da ritualidade a ser feita a
mesma pode ser utilizada nas mais diversas ritualidades, tendo em vista o seu simbolismo,
representação e função.

Em um dos escritos do nobre Awo faloun Fatunbi podemos encontrar fragmento do Odu Ofun
Meji onde é descrito como Odide foi transformado em um pássaro honorável e como ele adquiriu
suas penas vermelhas. Ele assim o fez através do seguinte poema:
Idemu Odide Werewe,
Oni batti anni Aje ile eni dide ninde,
Ayaa ile eni dide ninde,
Omo ile enii dide ninde

Multiplicado em pequena quantidade.


Ele que obteve múltipla riqueza.
Ele que teve também múltiplas esposas.
Assim como ele que teve muitos filhos que tem se multiplicado.

Este é o encantamento com o que a divinação foi feita para o Odide, antes que todas as
divindades viessem a descobri-lo, não apenas como um instrumento de decoração, mas também
como um símbolo de autoridade e influência. Ele foi avisado a fazer sacrifício com uma peça de
pano vermelho, um galo vermelho, pano preto, um pombo, uma galinha e osun. Ele fez o
sacrifício na casa de Èşu. Depois disso Èşu convocou Odide para uma operação transformadora.
Èşu besuntou o pano vermelho com osun e envolveu-o ao redor das penas da cauda do papagaio
e prendeu-as em seu ânus. No final da operação, todas as penas da cauda do corpo do papagaio
ficaram vermelhas. Quando Èşu foi questionado sobre o significado da operação, respondeu
proclamando que daí em diante, todas as divindades só poderiam ser capazes de ter autoridade e
ver o futuro, por meio do uso das penas vermelhas do papagaio. Ele os orientou a comprarem as
penas vermelhas do papagaio para se adornarem e enfeitarem. O que explica porque não há
divindade que não use as penas de Odide, sendo a luz com que eles vêem no futuro. Desde então
Odideo se tornou um pássaro nobre bem como afortunado.

Por Marcos Ti Obatalá


Ìkóòdide
Antes demais nada para utilizarmos qualquer elemento dentro do culto devemos em primeiro
lugar entender esse elemento, temos que saber suas funcionalidades e simbolismos, e com awon
iyè (penas) não é diferente.
A Ìkóòdide creio eu que todos saibam trata-se de um pena colhida de uma ave Africana de nome
Odíde, também conhecido como Papagaio do Gabão entre outros nomes, sua espécie é Psittacus
erithacus. Explicando assim não corre o risco das pessoas usarem penas de papagaio como já vi
por ai alguns dizerem e usarem, não tem cão caça com gato Miauuuu rsrsr.
Voltando ao nosso Ìkóòdide, o mesmo tem a representação da fertilidade, da transformação, da
propiciação, nascimento, fecundação e por isso tem ligação com o poder feminino, símbolo de
realeza , reconhecimento honra e status. Partindo-se desse principio e da ritualidade a ser feita a
mesma pode ser utilizada nas mais diversas ritualidades, tendo em vista o seu simbolismo,
representação e função.

Em um dos escritos do nobre Awo faloun Fatunbi podemos encontrar fragmento do Odu Ofun
Meji onde é descrito como Odide foi transformado em um pássaro honorável e como ele adquiriu
suas penas vermelhas. Ele assim o fez através do seguinte poema:
Idemu Odide Werewe,
Oni batti anni Aje ile eni dide ninde,
Ayaa ile eni dide ninde,
Omo ile enii dide ninde

Multiplicado em pequena quantidade.


Ele que obteve múltipla riqueza.
Ele que teve também múltiplas esposas.
Assim como ele que teve muitos filhos que tem se multiplicado.

Este é o encantamento com o que a divinação foi feita para o Odide, antes que todas as
divindades viessem a descobri-lo, não apenas como um instrumento de decoração, mas também
como um símbolo de autoridade e influência. Ele foi avisado a fazer sacrifício com uma peça de
pano vermelho, um galo vermelho, pano preto, um pombo, uma galinha e osun. Ele fez o
sacrifício na casa de Èşu. Depois disso Èşu convocou Odide para uma operação transformadora.
Èşu besuntou o pano vermelho com osun e envolveu-o ao redor das penas da cauda do papagaio
e prendeu-as em seu ânus. No final da operação, todas as penas da cauda do corpo do papagaio
ficaram vermelhas. Quando Èşu foi questionado sobre o significado da operação, respondeu
proclamando que daí em diante, todas as divindades só poderiam ser capazes de ter autoridade e
ver o futuro, por meio do uso das penas vermelhas do papagaio. Ele os orientou a comprarem as
penas vermelhas do papagaio para se adornarem e enfeitarem. O que explica porque não há
divindade que não use as penas de Odide, sendo a luz com que eles vêem no futuro. Desde então
Odideo se tornou um pássaro nobre bem como afortunado.

Por Marcos Ti Obatalá


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Ancestralidade
A ancestralidade é algo muito complexo dentro da cultura dos povos africanos. A ancestralidade
masculina e feminina são cultuadas separadamente, o culto ao ancestral masculino, hoje, é
cultuado de duas formas, Aglutinada, como uma divindade que a personifica através do Culto de
Orô e de uma forma individualizada, por intermédio do Culto de Egungun. A ancestralidade
feminina é cultuada, hoje, de apenas uma forma, por intermédio do Culto de Iyámi, o culto
individualizado da ancestralidade feminina era realizado pelo Culto de Elekô, cuja a grande
matriarca era a Orixá Obá, esse culto se perdeu quase que por completo, tal fato ocorreu porque
o culto representava um sério perigo ao poder dos homens. Aqui pretendo explicar
superficialmente um pouco sobre cada uma das sabedorias.

A Morte
Indubitavelmente um dos maiores descobrimentos do Século XX foi a estrutura de dupla hélice
do DNA – a chamada base de construção da vida. A beleza e elegância dos dois fios do DNA
trançados em espiral um em torno do outro apresenta um maravilhoso símbolo do
desenvolvimento da vida, não somente da construção de formas biológicas, mas também a
evolução daquilo que existe como causa primária, a consciência. Porque se adicionarmos o
empuxo da evolução ao ritmo dos ciclos da natureza, o círculo da vida é transformado numa
contínua espiral rotatória através da qual a consciência se expressa.

Aprofundando mais neste símbolo, se os dois fios espiralados forem entendidos como
entrelaçando espírito e matéria, a consciência pode ser vista como o efeito resultante da evolução
desta interação. Temos aqui uma estimulante perspectiva sobre o nobre caminho do meio
ensinado pelo Buda, o desafio de trilhar o caminho de maneira eqüidistante entre estes pares de
opostos – as duas grandes linhas de força – tal como se expressam em qualquer nível,
contrabalançando e relacionando-os entre si numa expressão harmoniosa. Assim como o Buda, o
Cristo e outros grandes guias espirituais, também cada unidade de consciência evolui através
deste grande processo espiral – a soma total da manifestação planetária avançando lentamente
numa viagem de redenção espiritual.

Esta evolução super abrangente requer o constante desprender de formas e a aquisição de novas,
à medida que novas combinações de matéria e espírito proporcionem veículos mais refinados
para expressar o desenvolvimento da consciência. Quando a potência de uma forma está exaurida
e não é mais adequada, a forma é descartada e uma mais apropriada é adquirida. Este é o
princípio fundamental por trás do processo de morte e renascimento em todos níveis da natureza.
Onde exatamente esta espiral leva ou termina ninguém na realidade sabe; tudo que pode ser dito
é que o próximo passo está sempre mais à frente, lentamente percebido na medida que somos
impulsionados para frente pelo poder da própria vida.

Desafortunadamente a sociedade secular tem, de maneira progressiva, se isolado do processo


cíclico de vida e morte que caracteriza nossa ascensão na espiral. Sempre em busca de novas
sensações, nosso irrefreável séqüito de materialismo tem resultado numa identificação muito
forte com nosso corpo, nos enredado nos seus sentidos e conseqüentemente perdido o contato
com nossa natureza interior. O propósito dos sentidos é informar, não aprisionar, e somente nos
desembaraçando deles e interiorizando a nossa linha de investigação, podemos ter esperança de
recuperar alguma verdadeira compreensão da natureza da morte. Temos que despertar os sentidos
esotéricos interiores e seguir a sua orientação a fim de contatar o núcleo imortal do nosso ser que
permanece inabalável e sereno durante os longos ciclos de vida, morte e renascimento. Então
podemos conhecer em primeira mão a entrada numa vida mais grandiosa – o formoso segredo
que encobre o processo da morte.

Somente pela compreensão da vida após a morte como uma extensão da vida, é que a morte pode
ser entendida como simplesmente uma transição – uma relocação da consciência de uma área da
divina espiral a outra. Neste sentido morte é simplesmente a libertação da limitação, da qual
temos uma experiência parcial todas as noites durante as horas de sono. Morte e sono são
fundamentalmente o mesmo, sem diferença, exceto em grau; ... sono é uma morte imperfeita e
morte é um sono perfeito. Esta é a principal questão em todo ensinamento sobre a morte... Morte
não é o oposto de Vida, mas atualmente é um dos modos de viver – uma modificação de
consciência, uma mudança de uma fase da vida a outra pela subserviência ao carma, ao destino...
Nossos corpos estão em constante estado de mudança, seus átomos estão num processo contínuo
de renovação... Mesmo enquanto encarnados estamos vivendo no meio de incontáveis mortes
diminutas.

Morte é, na realidade, deterioração no tempo e espaço e se deve à tendência do espírito-matéria a


se isolar, enquanto em manifestação. Este enunciado reflete todo o processo da jornada da Vida –
(involução) entrada na forma e num estado de consciência cada vez mais individualista e
separado, e então (evolução) de volta à unidade levando conosco os frutos da nossa experiência
como agregado de aprimoramento e qualidade. Quando reconhecemos este ciclo podemos,
deliberadamente, nos alinhar com a onda evolucionária e superar esta tendência de isolamento do
espírito-matéria. Focalizando na alma, o ponto de relacionamento de consciência intermediário
entre ambos, nossa visão expandida revela a grande verdade dos ensinamentos da Sabedoria
Antiga que mente-corpo-alma são a Trindade sintetizada pela Vida que permeia tudo. Então,
morte é entendida como parte do processo da vida, a grande força de liberação que re-focaliza
firmemente a consciência em pontos mais altos da espiral entre os pólos do espírito e matéria.

O medo e o horror da morte podem então desaparecer à medida que a consciência de orientação
espiritual, a alma, tornar-se realmente conhecida em nossa percepção. O medo é o resultado da
identificação com a natureza temporária da forma – nossa própria forma que dá origem ao senso
de personalidade, as formas e personalidades daqueles que amamos, e as formas familiares do
nosso entorno e meio ambiente. Entretanto, o amor que é da alma opõe-se a esse apego, e a
esperança do futuro e nossa libertação das limitações do passado está nesta substituição de ênfase
para a transcendência da alma. À medida que avançamos para esse momento quando o aspecto
encarnado da alma puder viver conscientemente, construtiva e divinamente em veículos
materiais em evolução, o sofrimento, a solidão e a sensação de perda pela morte desaparecerão
regularmente. Então, consideraremos a forma simplesmente como uma faceta temporária de
oportunidade divina, a personalidade como uma máscara temporária da alma, e conheceremos
um novo e mais alegre enfoque da grande experiência que chamamos morte. A morte será
entendida como parte da jornada espiritual – a alma levando repetidamente de volta à realidade
um fragmento de si mesma para aprender, servir e enriquecer a sua experiência e então, através
da morte assimilar os resultados dos seus esforços para promover progresso na espiral do
mistério da vida.

Iku o Senhor da Ancestralidade

O Deus que possui a função de exercer o poder da morte chama-se Iku, trata-se de uma
dinvidade masculina, não existe culto direto a Iku e por esta razão ele deve ser cultuado através
dos mortos, masculinos ou femininos, por Orô ou Iyámi, por Egungum ou Elerikô. Afirma a
tradição que Iku começou a matar depois que viu sua mãe ser espancada e morta na praça do
mercado, sendo depois dominado por seus que conseguiram que ele comesse o que lhe era
proibido. Quem ensinou como anular a atividade de Iku, foi sua mulher chamada Olójòngbòdú.
Nos conta assim, um fragmento do verso do Odù Òyèkú Méjì: "....Quando Ìfá falou sobre
Olójòngbòdú, a mulher de Ìkú que foi chamada logo cedo pela manhã, foi perguntado o que seu
marido não poderia comer, que o tornasse incapaz de matar outros filhos das pessoas? ela disse
que Ìkú, seu marido, não poderia comer ratos,pois se comesse, suas mãos tremeriam sem parar;
Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer peixe, poi se comesse, seus pés tremeriam sem
parar ; Ela disse que Ìkú, seu marido, não poderia comer ovo de pata, pois se comesse, ele
vomitaria sem parar..." Outro método de enfraquecer a atividade de Ìkú é registrado no oráculo
de Ifá, através do modo como Èsù subornou o filho de Ìkú, para que este revelasse o modo como
Ìkú matava, Omòikú então revela que seu pai, matava através de sua clava, tornando-se fraco
sem este instrumento, o qual Èsú com a ajuda do Ijàpàá, esconde. "... Ijàpàá gbé òrúkú l'owó
ikú..." ( o cágado retira a clava das mãos de Ìkú ). Posteriormente, Ìkú faz um pacto com
Òrúnmilá, através da condição dele ajudá-lo a recobrar a sua clava; então, Ìkú só levaria
antecipadamente aqueles que não se colocassem sobrê a proteção de Òrùnmilá. Outro texto do
Odù Ìròsùnsè, nos conta como Orí e Òrùnmilá, impediram a atuação de Ìkú sobre a cabeça de
alguém.

Orô é uma divindade masculina que representa a ancestralidade dos Homens, é um Deus similar
à Iyámi, o Culto a Orô representa o culto indireto a Ikú, é um dos cultos aos mortos, Deus da
Destruição é considerado como o portal para a ressurreição. Segundo um de seus mitos, toda
alma ancestral masculina para que pudesse renascer na Terra deveria ir ao seu encontro, a alma
teria de ser devorada pelo Deus. Orô é considerado como um Deus incontrolável, conta-se que
quando Orô sai pelas ruas ninguém deve ficar em seu caminho ou será sacrificado. Orô possui
uma voz extremamente grossa e cavernosa, seu grito ecoa como um trovão na floresta da morte,
ele absorve a vida de tudo. A única divindade que trata com Orô é Xangô, pois foi o único a fazer
os Ebós necessários para isso. Apenas homens podem prestar culto a Orô. Muitas sociedades
alcançaram o título de “poderosas” na Religião Yorubá, mas nenhuma alcançou o prestígio da
Sociedade Secreta Orô. Na antiguidade esta sociedade, semeava o terror dentro do poder, já que
seus emissários ocultos, por baixo de máscaras impediam o abuso de sacerdotes, monarcas
inclusive de anciões, que formavam o conselho central do reino. A missão desta sociedade,
prevalecia em todas as exigências religiosas e era tão poderosa, que possuía o direito de vigiar se
os governantes respeitavam os preceitos morais divinos. Eles são os defensores e reguladores da
ordem tradicionalista, do cuidado com o conhecimento, do folclore, da história e dos mitos. Os
membros desta sociedade, desempenhavam múltiplas funções sociais. Os membros da Sociedade
Orô, se preocupavam, com o adequado "respeito ao culto dos ancestrais", mantendo-o vivo, por
tanto, os membros desta sociedade se encarregavam de conseguir que os mortos fossem
enterrados conforme determinados rituais apropriado e sua almas chegassem com segurança ao
reino dos mortos, inclusive aquelas pessoa, que por infelicidade fossem mortas em acidentes ou
tivessem mortes trágicas.Orô Aboluaje, é o título que se lhe dá e seu significado seria: “o que
pode recolher da areia da vida o chefe dos feiticeiros”, é um espírito deificado dos homens. Orô
recebe o nome de Ita e tem um companheiro com o qual lhe chama ao vento, seu nome é Irelê,
com o qual caminha e se alimenta. Ele é representado por um filete, cuja confecção é um segredo
e vive encima dele. Orô é chamado de Deus do mistério. Segundo o Odu Ogbe-Osa, onde disse
que vagava pelo bosque e fundou o estado de Kwara, a deidade do segredo do retiro e do
encanto. Na antiguidade a Sociedade Orô, estava vinculada à Sociedade Ogboni(Osugbo), eram
os executores dos criminosos; quando um criminoso era condenado pela Corte Ogboni, eram os
membros do Culto de Orô, os que executavam a sentença. Quando Orô, saía à rua durante a
noite, os que não pertenciam a esta sociedade deveriam ficar recolhidos em suas casa ou corriam
o risco de morrer. Eles estabeleciam “o toque de recolher”. Durante o ano havia de sete à nove
dias dedicados as festividades de Orô, especialmente em lua nova, onde as mulheres teriam que
permanecer trancadas dentro de suas casas, com exceção as poucas horas, em que era permitido
saírem para diversos fins. No sétimo dia nem sequer isto seria permitido, sob rigorosa pena de
morte. Deveriam permanacer trancadas, sem importar qual era seu status social ou título de
nobreza. Quem desobedecia as regras desta sociedade era executado. Orô é uma das forças
sobrenaturais que atuam durante a noite. Esta divindade trás prosperidade, mas ao mesmo tempo
a destruição.

Oró Aféfé Ikú! (Orô o vento da morte!)

A Sociedade Orô (Orùn ou Oró Lewé)

A Sociedade Orô é considerada entre os Iorubás a mais poderosa. Entre os Oyo e os Egba (cuja
capital é Abeokuta) seu poder político supera as exigências religiosas. Orô possui o direito de
vigiar se os governantes respeitam os preceitos morais divinos. Orô está basicamente a serviço
dos espíritos dos mortos e por isso só aparecem de noite. Seu emblema é um pedaço plano de
ferro ou madeira (sobre tudo de madeira de Óbó ou Kam, que as bruxas (Aje) não podem ver
nem farejar, presa a um cabo com corda, o que a converte em uma madeira que zúmbi (emitindo
um som todo particular ao ser manuseada). Cada Sociedade dispõe normalmente de dois tipos
destes utensílios. Um é pequeno e se conhece com o nome de Ise (moléstia) e o tom estridente
que produz, se conhece como Ajá Orô / Aaja Orò ( Cachorro de Orò / Vento de Orò = Orò Afefe
Ikú! ). O outro provem dos madeiros grandes chamados Agbe (espada) e emite um tom surdo que
é considerado como a mesma voz de Orô, este som anuncia que a morte está ameaçando alguém.
Orò reproduz a voz dos mortos e por isso se diz que os mortos os chamam. A adoração de Orô
deve ser realizada de preferência sob a Lua Nova. Os adeptos da sociedade, costumavam levar
máscaras de madeira, porém estas não chegam a cobrir todo o rosto.

Oriki Orô

“Óró mà nì kó.
Óró mà jà kó.
Óró Tóhùn tíré síté.
Óró Óhùn Ótòhùn nì ímà wà kírì.
Ásè!”

Tradução

“Orô causa confronto.


Orô não me cause confronto.
Orô tem a voz do poder.
Orô tem uma voz que ressoa por todo o Universo.
Que assim seja."

Ofo t'Orô

Werewere Orô yê o! Werewere Orô yê o!


Werewere Orô yê o! Werewere!
Orô yê o!
Werewere Orô yê o! Werewere!
Sesé kurú ru
Obà nen yê!

Tradução

Oh! Orô que vive com pressa, oh! Orô que vive com pressa
Oh! Orô que vive com pressa, impaciente!
Oh! Orô o eterno
Receba a oferenda, poder que surge da morte
Rei eterno.

Culto a Egungun

O Egun é a morte que volta a Terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele nasce
através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos Ojés ( sacerdotes ) munidos de um
instrumento invocatório, um bastão chamado ixan, que, quando tocado na terra por três vezes e
acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a morte se torne vida, e o Egungun
ancestral individualizado está de novo vivo. O culto de Egungun é originário de Oyó e
teoricamente foi criado por Xangô que foi o primeiro Ojé e se tornou o primeiro Alapini ( Sumo-
sacerdote do culto de Egungun ). Apenas os homens podem prestar culto a Egungun. Xangô é o
representante máximo dos mortos, Egungun.
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos Orixás, em que o transe
acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O Egungun
simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-
se com uma forma corporal humana totalmente recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas,
que caem da parte superior da cabeça formando uma grande massa de panos, da qual não se vê
nenhum vestígio do que é ou de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana,
rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente, característica de Egun, chamada de séégí ou sé, e
que está relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria.

A roupa do Egun, chamada de eku, ou o Egungun propriamente dito, é altamente sacra ou


sacrossanta e, por dogma, nenhum humano pode tocá-la. Todos os mariwo usam o ixan para
controlar a "morte", ali representada pelos Eguns. Eles e a assistência não devem tocar-se, pois,
como é dito nas falas populares dessas comunidades, a pessoa que for tocada por Egun se tornará
um assombrado", e o perigo a rondará. Ela então deverá passar por vários ritos de purificação
para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte.
Ora, o Egun é a materialização da morte sob as tiras de pano, e o contato, ainda que um simples
esbarrão nessas tiras, é prejudicial. E mesmo os mais qualificados sacerdotes, como os Ojé
atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais Eguns, desempenham todas essas
atribuições substituindo as mãos pelo ixan.
Os Egun-Agbá (ancião), também chamados de Babá-Egun (pai), são Eguns que já tiveram os
seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes
sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. Os Apaaraká são Eguns ,ainda
mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras e parecem um quadro de pano com duas
telas, uma na frente e outra atrás. Esses Eguns ainda estão em processo de elaboração para
alcançar o status de Babá; são traquinos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo.
https://www.facebook.com/photo.php?
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Nanã Burukú, conhecida por diversos titúlos, como: Geradora de Ikú (morte), Nanã é de origem
Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, atualmente conhecida com República de
Benin, é ela a mãe da varíola, é a mais velha iyabá do panteão, suas moradas são as águas
paradas, à lama dos pântanos, o lodo do fundo dos rios e o mesmo lodo das águas paradas dos
mares, à lama dos pântanos, mãe de Obaluaye, Osaiyin, Osumare e Ewá. O único Orisá que não
reconhece o poder de Ogum por ser o dono do ferro e de outros metais(nos ritos sacrificiais só é
permitido o uso de ferramentas de madeira e pedra, não sendo em hipótese nenhuma utilizada
qualquer ferramenta de ferro). É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da
morte. Seu símbolo é o Íbíri, um amarrado de lanças da folha da palmeira com muitos búzios,
seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho e terracota a cor do barro, sua
saudação é Salubá Nanã. Dona do Barro, que deu forma ao homem e de todos os seres vivos, é o
Orisá que vem receber o ser que fez a passagem de Aye(terra) para Orun(céu), e vai de novo
transformar o corpo em barro, retirar as mandingas, pragas, mágoas, doenças e etc, vai pisar este
barro até ele estar pronto e puro para a criação de um novo ser humano, Nanã é a responsável de
levar de volta a Orun(ceu) tudo que Osun trouxe para Aye(terra), através desta grande
espaçonave que é seu útero, Nanã é associada a idades avançadas, ela adormece os
conhecimentos do espírito, ou nos faz simplesmente esquece-los. É o Orisa da vida da morte e da
fertilidade, faz sincretismo com Nsa. Sra. de Santana, suas cores são: Lilás azul e branco, suas
ervas são: Manacá, Canela de velho,Erva de Passarinho, Dama da Noite,etc., gosta muito de
flores roxas, sua comida é o munguzá(um prato com milho branco, coco ralado e leite e para ser
servido para Nanã, deve levar muito mel), Nanã tem orikis(cantos e rezas) que encantam Ikú(a
Morte), para que ela vá para longe dos vivos; E sua ligação com Sòngó deverá ser a mesma das
de outros Orisás do panteão, Nanã é a mais velha, a mais respeitada, a mais poderosa e a mais
séria.
MINHA ALIANÇA EU USO NO PESCOÇO!!!

Tenho visto muita gente por ai, muita gente com Eleke de Orunmila, será que isso é verdade, ou
é só moda, será verdade que todo mudo pode usar este simbolo, de que deitou pra este Orisá?
Raspou para este Orisá? O que posso notar é que tem muita mentira nisso tudo, e uma mentira
tão ruim e fraca que até quem esta usando este Eleke, sem o menor direito de usar já sabe,
mentira e falsidade não te dão direito de representar qualquer divindade, só fazem presente e
evidente o quão fraco você é, e o quão fraco de onde você veio; A mentira te enfraquece, Deus só
faz forte a verdade, pense nisso e seja verdadeiro a ponto de ser você mesmo, sem mentira.... Eu
sou filho de Esú, de Orunmila, de Yemanjá, de Olokun, de Sango, de Oya, de Osun, de Iyami
Osoronga, de Ogun, de Obaluaye, de Êre, raspei e fiz minhas obrigações para esses, e farei para
outros conforme meu chamado, mas vc que não fez nada disso, não tem o direito de falar em
nome dos Orisas que não representa ou é Sacerdote, sou preparado para tratar de Abikús, sou
Ifatalabi, deitei, raspei, fiz obrigações, ébos, boris, magias, o mundo a QUATRO PARA ESTAR
AQUI FALANDO PARA VCS DE ORISÁ, sou um homem de Ifá, que sabe separar missão de
necessidade de vaidade, meu Babalawo tem nome, e se chama Ogun Jimmi, e ainda por cima sou
um homem, e de bem , ou sai da frente ou se abaixa que eu vou passar, Aboru Aboye, Agbo Ato
Abosi Se... Se vc se perder eu te acho, se tentar me fazer mau, eu te entrego ao que vc nem sabe
que existe, a um caminho que não tem caminho... mas em primeiro, meu amor a
Deus...LAROYEEEEEEE!!!
A Cosmogonia Yorubá
Yorubá é um nome reservado aos povos de Oyó, que acabou por cobrir todas as etnias do
mesmo tronco, hoje conhecidos como de fala yorubá.
O historiador Frobenius ( Mythologie de l’Atlantide) afirma ter redescoberto na terra dos
yorubás ramificações do desaparecido continente da Atlântida. Segundo ele, os atlantes
teriam cruzado o oceano infiltrando-se na África. Já Samuel Johnson (The Story of the
Yorubas) situa a origem dos yorubás no Egito Superior ou na Núbia. Estudos atuais sobre o
Kemet – como é conhecido o Egito antigo, vêm corroborar a teoria de ali situar a origem da
religião yorubá.
Seja como for, elementos da prática religiosa yorubá comprovam ser das primeiras praticadas
na Terra e nos teriam sido legados pelos ancestrais instrutores espirituais do planeta.
Dentro da tradição yorubá , a estrutura universal é regida por uma Divindade Suprema,
Olodumare / Olorun, origem única e princípio de todos os mundos , que comanda e zela pela
sua evolução. Este Ser permeia todos os reinos da manifestação cósmica, desde as maiores
galáxias até os ínfimos espaços inter-atômicos.
Descrito como aterekaye (aquele que cobre o mundo, fazendo todos sentirem a Sua
presença) é o detentor do Poder Absoluto e Onipotente.
Este conceito de supremacia absoluta e pràticamente inconcebível de Olodumare já invalida
a classificação de politeísta. Aliás, a reverência a Olodumare é tão absoluta que, a Êle não se
erguem templos, não se idealiza a imagem e tampouco se realizam, rotineiramente,
sacrifícios ritualísticos. Contudo, cada um é livre para dirigir as suas orações e louvores ao
Senhor Supremo do Universo.
Segundo a concepção yorubá , todo o processo de existência se desenvolve nos planos físico
– o aiyê – e sobrenatural – o orun.
Tudo o que se manifesta no aiyê tem a sua pré-existencia no orun. Tudo o que existe no plano
material possui o seu doble no Orun. Axé
Dentro desta tradição, a existência dinâmica se deve à manifestação de uma força que se
denomina Axé. Sem Axé não haveria possibilidade de existência e realização, pois dele
decorre todo o processo vital, como essência e forma. Tanto as divindades como toda
entidade animada estão impregnadas de Axé.
Como força vital, Axé é plantado, cultivado, renovado e compartilhado. Como toda energia no
Universo manifestado, Axé é gasto e renovado. Receber Axé significa incorporar as
representações matérias e simbólicas que representam os princípios vitais de tudo que tem
existência no aiyê como reflexo do orun.
Axé , como força, é neutro, mas detém qualidades e caraterísticas dos elementos que contém
e veicula. Axé é a energia contida numa grande variedade de substâncias representativas dos
reinos animal, vegetal e mineral, que se propõe movimentar.
Os elementos portadores de axé podem ser agrupados em três categorias, chamadas
“sangues” – porque o sangue é o veículo energético por excelência:
Sangue vermelho
Sangue branco
Sangue negro
Todas as cores encontradas na natureza vinculam-se, em última instância, a uma das cores
primordiais vermelha ( amarelo, laranja) ou negra (verde, azul, lilás, cinzento). O amarelo é,
portanto, uma variedade do vermelho, como o azul e o verde são variações do negro.
O sangue vermelho compreende:
No reino animal – todo tipo de sangue, humano e animal
No reino vegetal – azeite de dendê, ossun (serragem de uma árvore), mel
No reino mineral – cobre, bronze, ouro
O sangue branco compreende:
No reino animal – o plasma do igbin (caracol), o sêmen, a saliva, o hálito, as secreções, o
marfim, os ossos
No reino vegetal – a água, o álcool contido nas bebidas brancas, a manteiga de ori (gordura
vegetal), o inhame
No reino mineral - efun (tipo de calcário), sal, prata, chumbo, conchas
O sangue negro compreende:
No reino animal – as cinzas dos animais
No reino vegetal – a terra, sementes, o sumo das folhas , o waji (pó vegetal)
No reino mineral – o carvão, o ferro, as pedras
Alguns lugares, objetos ou partes do corpo humano podem ser impregnados de axé: a língua,
o coração, as vísceras, os órgãos genitais, os dentes e ossos, assim como também as raízes,
árvores, sementes, as pedras e cristais, os rios, o mar, as florestas e o fogo.
A prática da religião yorubá consiste em atuação através da manipulação dos axé branco,
vermelho e negro. Como dogma, baseia-se na fé numa Divindade Absoluta – Olodumare, na
crença na
existência e na sobrevivência da alma como sopro divino – emi, nas conseqüências das ações
humanas – ewo, e na Lei moral ditada pela consciência de cada um, que permeia a vida
cotidiana – ifa aya.
A criação do Planeta Terra
Segundo os Itans (mitos), corpo da tradição oral que norteia todas as crenças e
procedimentos da religião yorubá, Olodumare convocou Obatalá / Orisa nla para elaborar o
planeta Terra dentro da dimensão física.
“Durante a caminhada, Obatalá encontrou Exu, que indagou sobre oferendas que deveriam
ser feitas para a consecução do trabalho. Obatalá não deu importância ao fato e, sedento,
extrapolou no consumo de bebida alcoólica extraída da palmeira. Conseqüentemente, caiu em
sono profundo e foi suplantado por Oduduwa, que, tomando os elementos necessários, saiu
para efetuar a tarefa da criação da Terra. O local onde o trabalho teve início denominou-se Ifé
(aquilo que é amplo) . Segundo a tradição, daí proveio o nome da cidade sagrada de Ilê Ifé”.
Segundo a tradição de alguns clãs yorubás, Oduduwa teria sido um herói proveniente de
reinos do oriente que atravessou todo o Egito, chegando ao local onde viria a ser fundada a
cidade de Ilê Ifé.
Ali encontrou a população local, os Igbo, cujo rei era Obatalá. Logo encontrou oposição por
parte de Oreluere, ancestral guardião, partidário de Obatalá. Esta oposição política à investida
de Oduduwa fez nascer a Sociedade Secreta Ogboni, presevadora da justiça e dos ideais
implantados ns primeiras instituições da Terra.
Em território yorubá há controvérsia sobre a figura de Oduduwa, visto tanto como divindade
masculina, como feminina, associada à antiga tradição das deusas da fertilidade. A
controvérsia de mitos disputando entre Obatalá e Oduduwa a criação da Terra revela dois
momentos distintos que se complementam na memória política da civilização yorubá. Por
uma lado, o mito da criação do planeta Terra e por outro, a incursão de povos estrangeiros
que ali se mesclaram. Disto resultou que, embora rendam, fìsicamente, tributo à ancestralidade
de Oduduwa,
reconhecem em Obatalá – já intitulado Orisa nla, o Grande Orisa – a divindade regente do
planeta Terra.
Outros itans já trazem a seguinte versão sobre a criação da Terra:
“Munido de uma concha com terra, uma galinha e um pombo, Obatalá jogou a terra sobre a
imensidão das águas que cobriam o planeta e, em seguida, enviou a galinha e o pombo para
espalhar a terra.
Tarefa cumprida, Obatalá informou a Olodumare, que enviou agemo, o camaleão, à fim de
conferir o trabalho.
Da primeira vez, agemo informou que a terra ainda não estava suficientemente seca para a
missão pretendida. Na segunda inspeção, comunicou que tudo estava à contento”.
De toda forma, tendo sido privado de cumprir a missão de criar a Terra, tornandoa habitável no
plano físico - ou complementando a obra da criação - Obatalá convocou
Oreluere para trazer e fazer encarnar os seres que já aguardavam no Orun para concretizar a
sua existência material.
Fato inconteste é que , por fim, Obatalá recebeu a incumbência de criar as características
físicas dos corpos que deveriam abrigar os habitantes humanos do planeta.
Com barro e água, Obatalá confeccionou os corpos, aguardando que Olodumare
complementasse com o emi – o sopro da vida que os animaria.
Segundo os mitos, no início Orun e Aiyê eram mundos interligados, até que houve uma
ruptura – relatada através de várias versões, que, no entanto mantém a constante de que o
humano transgrediu contra o Poder Supremo e uma barreira se levantou entre os dois
mundos.
O privilégio desta livre comunicação foi cortado, sendo substituído pelo oráculo, legado por
Orunmilá. Orunmilá Babá Ifá
Orunmilá é o orisa senhor da sabedoria ( ogbon) e do conhecimento (imo) , que tendo
adquirido o direito de viver entre o Orun e o Aiyê, tudo sabe e tudo vê em todos os mundos.
Denominado elerii ipin (testemunha da criação), detém conhecimento do passado, presente e
futuro de todos os habitantes do Aiyê e do Orun – e de como obter o sucesso em todos os
âmbitos.
Porisso recebeu o título de gbaiye gborun - aquele que vive tanto no céu como na terra,
transcendendo espaço e tempo.
Orunmila é quem apresenta o destino ao reencarnante por ocasião da sua concepção (kadara)
e, mediante a aceitação do Ori individual,o libera para o nascimento.
Por isso, conhece todos os destinos e como propiciar o sucesso em todos os âmbitos, alem
de revelar o Orixá pessoal de cada um, ou seja, a substância da qual cada um foi extraído na
atual existência e como integrar o indivíduo neste princípio divino.
Orunmilá é o interventor e defensor dos seres humanos, sempre tentando minorar os
sofrimentos e dificuldades que enfrentam na saga das suas sucessivas existências na Terra.
Conta o itan que,
“após permanecer na Terra por algum tempo, Orunmilá retornou ao Orun, esticando uma
longa corda pela qual ascendeu. Os seres humanos ficaram totalmente desorientados,o caos,
a fome e a peste imperaram na Terra, já que ele era o porta-voz da vontade de Olodumare. O
ciclo de fertilidade das plantas e animais foi interrompido, trazendo ameaça de extinção. O
clamor pela sua volta não foi atendido, mas deixou com seus filhos os 16 ikin (coquinhos de
dendezeiro) , que se transformaram num importante instrumento de adivinhação denominado
ikin. Daí se originou a outra denominação de Orunmilá : Agbonniregun ( agbon ti o ni regun - o
côco nunca será esquecido). Entregou os ikin instruindo que sempre que desejassem as
coisas boas e realizações positivas na vida, deveriam consultar os coquinhos”.
Daí nasceu o sistema oracular denominado Ifá, auxiliando os humanos nos seus problemas
cotidianos, nos conflitos e nas dúvidas existenciais, como mediador entre o humano e o divino.
Devido a sua estreita vinculação com o oráculo, Orunmilá passou a denominar-se também
Babá Ifá (pai do Ifá).
Uma modalidade oracular mais simples é o ibo e a mais popular das três é o opelê ifá. Apenas
sacerdotes iniciados no culto de Orunmilá - os oluwo e babalawo – são credenciados para
utilizar esses oráculos. Os oráculos são baseados no sistema binário e comportam 256
combinações matemáticas
que definem os caminhos de Odu, com seus milhares de itan (mitos) e owe (parábolas). Sua
missão foi organizar as relações humanas, ajudar na doença, orientar nas contendas de todo
tipo de assunto, valendo-se para isto dos itans relatados pelos Odus.
Todo o corpo filosófico da religião yorubá se resume nesses signos de Ifá – os Odus , que por
sua vez se subdividem em caminhos com os respectivos itans, que são mitos de instrução,
orientação e aconselhamento. O nome de Orunmilá e o do sistema oracular opelê ifá muitas
vezes se confundem e o culto a Orunmila passou a ser conhecido como Ifá.
Apesar de sua infinita sabedoria, Orunmilá condiciona-se, muitas vezes, ao poder do Orixá
Elegbara / Exu – o transmissor do axé, representante da autoridade divina no âmbito cósmico
e das leis da física. Sendo o eterno movimento com suas constantes transformações,
Elegbara propicia toda a existência do Universo manifestado. Está na vibração dos elétrons e
na órbita dos astros. Orunmilá utiliza-se, então do axé e funções de Elegbara para atuar e se
expressar.
Já o oráculo merindilogun – o popular jogo de búzios – foi introduzido pelo Orixá Oxun e é a
modalidade oracular utilizada pelos não-babalawos, ou seja, iniciados no culto de Orixá e, ao
contrário do opelê, dos ikin e dos ibo, pode ser manipulado por mulheres. No jogo de búzios
utilizam-se 16 kawri (búzios) no qual respondem os 16 Odus principais, num total de 70
caminhos e os Orixás que falam através deles.
Independente da modalidade utilizada, para cada caminho há um itan a ser interpretado e o
respectivo ebó (sacrifício) a ser, ou não, realizado.
Na tradição religiosa Ogboni-Ifá, nada se empreende sem prévia consulta ao oráculo, que é
um instrumento de transmissão do aconselhamento divino para que situações sejam
revertidas ou confirmadas.
Com a anuência de Elegbara / Exu,os diversos Orixás se posicionam no jogo, respondendo ,
influenciando nas respostas e revelando-se como eledá (Orixá dono da cabeça) da pessoa
que a ele recorre.
Da mesma forma que só se toma remédio quando se adoece , só se efetuam ebós , iniciações
ou obrigações quando o oráculo prescreve – sempre lembrando que o futuro depende, em
grande parte, dos nossos atos presentes.
Conforme informado anteriormente,o oráculo é a única opção autorizada e confiável quanto à
definição do Orixá pessoal, responsável pela cabeça do ser humano. Ori
Ori habita as cabeças humanas e como não existe, sob o ponto de vista físico ou mental, uma
cabeça igual a outra, Ori representa a individualidade e é a sede das energias vitais e do
destino.
Simboliza o ápice do corpo humano, a parte mais alta e primordial, como morada do cérebro
que controla o corpo inteiro e a razão. O líder ou chefe de qualquer organização é referido
como olori - o cabeça. Ori apresenta dois aspectos:
Ori ode - o crânio humano, onde se situa o cérebro, sede dos processos do raciocínio e
controle sensorial, abrangendo o consciente e o inconsciente.
Ori inu - a mente espiritual, moldada pela divindade Ajala.
Compreende o Odu Olori, que é o signo regente, o destino que cada um escolhe, por livre
arbítrio, antes de nascer. Aliás, este Odu, no qual estão subentendidas as condições sociais /
ambientais, predisposições positivas e negativas, assim como os fatos marcantes da vida, só
pode ser identificado na iniciação de Ifá - e não através de cálculos vinculados a datas do
calendário gregoriano ou num evetual jogo de búzios.O Odu Olori pode ser tratado, tendo
realçados os seus aspectos positivos, mas nunca trocado. Há um itan que relata que
"no dia em que Ori percebeu que estava prestes a reencarnar, reportou-se a Olodumare
solicitando permissão para nascer na mesma família em que havia nascido antes. Foi
permitido, sendo que Olodumare se reservou o direito de determinar o dia da sua morte, sem
qualquer interferência de Ori. Por outro lado, o destino de Ori só poderia ser alterado
mediante consulta a Ifá".
O oke iponri consiste na contribuição da carga ancestral / genética - também resultante de
uma determinação cármica. O Orixá eledá é o Orixá principal (eventualmente associado a
outros) , partícula divina que moldou o indivíduo e que pode servir de guia, inspiração e
iluminação ao longo da sua trajetória evolutiva na Terra.
"Ifá reuniu todos os orixás e indagou: - quem pode acompanhar seu devoto numa longa
viagem além dos mares e jamais retornar? A todos foi feita a mesma pergunta e, após vários
oferecimentos com que eram agraciados, a resposta, invariàvelmente era : - depois de me
fartar, voltarei para minha casa. Solicitado a elucidar a parábola, Orunmilá respondeu: - a
única resposta é ... o Ori. Sòmente Ori pode acompanhar o seu devoto na viagem sem volta.
Quando morre um sacerdote de Ifá, seus apetrechos devem ser deixados numa corrente de
água. Quando morre um devoto de Xangô, suas ferramentas devem ser despachadas.
Quando morre um devoto de Obatalá, sua parafernália deve ser enterrada. .. Mas quando os
ser humanos morrem, a cabeça não é separada do corpo para o enterro. Lá está o Ori. Sòmente
ele acompanha o devoto a qualquer lugar, numa viagem sem volta além dos mares"
Assim, Ori é considerado o último acompanhante da pessoa ao morrer, pois pode permanecer,
como centelha eterna evoluindo de vida em vida, enquanto o Orixá retorna à sua
manifestação primordial.
Ori tem status de divindade e vem, na ordem de importância, antes mesmo do Orixá. Aquilo
que não for sancionado pelo Ori, não poderá ser realizado pelo Orixá.
Ori detém o livre-arbítrio. Alguém pode ser contemplado com um destino predominantemente
positivo, no entanto, uma eventual má conduta proveniente deste mesmo livre-arbítrio ,
poderá transformá-lo em desgraça. O oposto também é passível de acontecer, no sentido em
que alguém pode tirar o melhor partido possível de um destino originalmente adverso.
Iwa pele é aquilo que popularmente denominamos “sina”, ou seja, o destino moldado
mediante a evolução espiritual que cada indivíduo vai galgando no decorrer das
reencarnações.Embora a tradição yorubá não estabeleça prescrições e interdições, a extensa
literatura de Ifá através das centenas de Odus fornece um código é tico bastante claro, onde
não se concebem justificativas ou perdão divino para transgressões.
Cada um tem consciência, no seu dia a dia, do quanto a Lei Cármica é implacável e procura
se conduzir de maneira a não precisar arcar com dolorosas conseqüencias futuras. Assim, iwa
pele é um estado a se lapidar e exercitar constantemente, com a finalidade de
aperfeiçoamento e obtenção de destinos cada vez mais positivos, angariando e refletindo
felicidade.
Estando Orunmila presente no momento da criação do universo, o seu aconselhamento se
resume na seguinte norma: "Caráter é tudo.Uma pessoa com Ori capaz, mas com caráter
ruim, arruinará o seu destino"(Iwa nikan l'o soro o. Eni l'ori rere ti ko n'iwa, iwa l'l maa b'ori re
je). O
ideal de iwa é alá - a brancura símbolo de Obatalá - ou seja, a boa reputação , a pureza
imaculada.
A filosofia de vida Ogboni-Ifá procura, desta forma, elucidar acontecimentos aparentemente
incompreensíveis, que poderiam fornecer a concepção errônea e injusta da existência de
favoritismo aleatório a indivíduos "eleitos de Deus" no seio de um Universo - até onde nos
cabe perceber - regido por Leis harmônicas e equilibradas.
Ela confere ao ser humano a dimensão exata da responsabilidade total sobre seus atos e
omissões.Como a existência de um Mal absoluto e eterno - desafiando o poder supremo de
Olodumare - é inconcebível, os únicos obstáculos que se opõem ao sucesso do ser humano
em evolução são as próprias armadilhas e ilusões do plano material ao qual se vincula a vida
na Terra.
Cada Ori tem o seu destino e características próprias inerentes a um determinado momento.
Em decorrência disso, não há uniformidade na maneira como se trata um Ori, ficando cada
procedimento vinculado à consulta a Ifá. O que é positivo para um, pode ser negativo para
outro, o que é positivo hoje, poderá não ser amanhã. Filiação a um determinado Orisa não
influencia o Ori. Por outro lado, as características do Ori
podem conferir aspectos diversos a um mesmo Orixá individualizado. O contexto religioso Ifá
proporciona recursos de interferência entre os aspectos positivo e negativo do destino, uma
vez que ao sacerdote, mediante consulta ao oráculo, serão revelados os limites de uma
possível manipulação.
Em todo processo iniciático e também em outras ocasiões, a primeira entidade a
ser equilibrada / energizada é o Ori, para que o indivíduo comporte e absorva a benéfica
energia do orisa. A este ritual dá-se o nome de B'ori (bo = alimentar, fortalecer ori = cabeça).
Os Orixás
Como parte da criação do Orun e do Aiyê, Olodumare criou uma infinidade de hierarquias
atuantes nos diversos planos do Universo.
Dentre eles situam-se os Orixás - entidades intermediárias responsáveis primordiais pelas
funções relacionadas aos diversos reinos da natureza na Terra.
Tratam-se de Seres Divinos , facetas emanadas diretamente da Divindade Suprema Universal.
Os Orixás atuam de acordo com as funções que lhes são delegadas por Olodumare, inclusive
como mediadores entre Ele e os seres humanos.
A criação da Vida na Terra foi delegada ao Orixá Obatalá ( o rei do pano branco que esconde
a vida e a morte ), que com o seu ofu-rufu (o sopro divino) permeou várias outras dimensões
além da física. Dele emanaram os outros Orixás, com a tarefa de exercer domínio pleno
sobre os diversos reinos e elementos da natureza terrestre, porém dentro dos limites e tarefas
por Ele estabelecidos.
Há um itan (mito) que relata como o corpo de Obatalá foi atingido e partido em mil pedaços.
Ao receber a notícia, Olodumare designou Orunmilá para recolher todas as partes e traze-las
de volta.
Recolheu-os numa grande cabaça, assegurando o seu renascimento no Orun. O restante foi
espalhado por todo o mundo, fazendo com que de cada um nascesse uma divindade. Por esta
razão, considera-se Obatalá o Orixá maior, dentro do qual todos estão contidos – como a
cor branca contém todas cores.
O termo Orixá foi, inicialmente, utilizado para designar Obatalá, conhecido como Orisa nla ou
Osaala.
A energia vital – axé – que permeia todas as forças da natureza é parte do Orixá, que
representa o aspecto inteligente e estabelece um elo entre a humanidade e Olodumare.
Textos mais antigos falam de igba male ojukotun, igba male ojukosi : duzentas divindades do
lado direito e duzentas divindades do lado esquerdo – mais um.
A concepção de características antropomórficas deve-se à condição arquetípica que lhes é
inerente. No entanto, cabe ressaltar que os Orixá não pertencem à cadeia de evolução
humana.
Como personificação das mais violentas , grandiosas e incontroláveis forças da natureza,
força pura, axé (energia vital) esmagador, é evidente que Orixá desvincula-se à cadeia
cármica da evolução humana.
Conceber Orixá como um ancestral humano divinizado é um belo mito que confirma a filiação
humana a determinada linhagem dos reinos da natureza com seus quatro elementos: água,
terra, fogo e ar.
Ancestrais humanos podem ter se tornado encantados, pois a gama de seres divinizados
tutelares é imensa. Aliás, antes da ruptura entre Orun e Aiyê – seres pertencentes a
hierarquias não-humanas engravidaram mulheres, dando origem a estirpe dos chamados
“semi-deuses” , vastamente mencionados, por exemplo, na mitologia grega.
Diante de recentes teorias que ousam atribuir a origens não-terrestres o progresso
tecnológico não condizente com o adiantamento da época – que certas civilizações arcaicas
evidenciaram – poderiam os Orixás antropomorfizados estar incluídos nesses grupos.
Humanos ou não, é importante notar que deles se originaram as instruções que até hoje
seguimos, com relação ao corpo ritualístico / mágico da religião.
Os Orixás constituem energia pura que interfere, também, na existência dos seres humanos,
já que conosco compartilham da natureza terrestre e concorrem diretamente para a nossa
formação como seres individualizados. No momento em que o ser humano vem a encarnar,
aceitando o seu destino, seus corpos são criados com a energia predominante de um Orixá e
a de outros, em menor grau, formando assim um complexo inédito. Rituais
As práticas e rituais da religião yorubá têm por finalidade a sintonia e integração do ser
humano com essa energia divina da qual foi formado.
Há pessoas que dispõem do dom de manifestar fìsicamente a presença do seu Orixá. Esta
manifestação é apenas uma forma de sintonia, nada tendo a ver com mérito ou elevação
espiritual. Em alguns seres humanos, a predisposição inata e rituais específicos fazem aflorar
com maior intensidade esta energia pura , que é o Orixá, podendo ocasionar os fenômenos do
transe e da incorporação, quando o arquétipo do Orixá se manifesta de forma plena.
De um panteão que atingia a casa das centenas, o número dos que transpuseram a barreira
do interesse local não atinge a casa das duas dezenas, sendo os mais populares: Orunmilá,
Exu, Obatalá, Ogun, Oxossi, Ossain, Oxumarê, Obaluaiê, Ibeji, Erinlé, Oxun, Olokun, Yemanjá,
Oyá e Xangô. Há também culto a Egungun e Iyami Oxorongá, que não são Orixás, mas
ancestrais.
Sacrifício
“Orunmilá, encantado com as prodigiosas propriedades das folhas, reveladas por Ossain,
decide mante-lo ao seu lado durante as seções de adivinhação, a fim de guiá-lo na escolha
dos remédios que deverá prescrever aos doentes. Uma surda rivalidade se estabelece entre
ambos, cada um se vangloriando de ser mais importante do que o outro. Ossain reivindica
direito de mais respeito, alegando ter chegado ao mundo antes de Orunmilá.O rei Ajalaye
resolve por fim à disputa, submetendo-os a uma prova e os convoca, acompanhados dos
seus primogênitos. Orunmilá chega com seu filho Sacrifício e Ossain apresenta seu filho
Remédio. Os dois serão enterrados durante sete dias e aquele que sobreviver à provação e
primeiro responder ao chamado que será feito no fim do último dia, verá seu pai declarado
vencedor.
Sacrifício e Remédio foram enterrados em duas covas abertas para a prova. Retornando a
casa, Orunmilá consultou o oráculo, que o aconselhou a oferecer muito ekuru, um galo, um
bode, um coelho, um pombo e dezesseis búzios a fim de garantir a vida do filho. A oferenda
foi colocada na estrada, na encruzilhada, aos pés de Exu e no mercado. Exerceu seu poder
sobre o coelho sacrificado. Este cavou um túnel até a cova de Sacrifício e a ele levou alimento.
Remédio, o filho de Ossain , nada tinha para comer, mas possuía talismãs que agiam sobre a
terra e lhe permitiram chegar até Sacrifício, no fundo da sua cova. Remédio pediu-lhe comida,
mas Sacrifício negou, dizendo que assim estaria assegurando a vitória de Ossain contra a do
seu pai, Orunmilá.Afinal, chegaram ao acordo de que daria comida a Remédio, sob a condição
de este permanecer calado quando fosse chamado, ao final da prova.
No sétimo dia os juízes vieram e chamaram, em vão, por Remédio. Concluíram que estava
morto. Em seguida, chamaram por Sacrifício, que respondeu imediatamente. Sacrifício está
são e salvo. Em seguida, para surpresa geral, sai Remédio, igualmente vivo. Ossain pergunta
ao filho a razão do seu silêncio, fazendo com que perdessem a prova, e Remédio revela o
pacto feito com Sacrifício".
Moral da história:
“Sacrifício não deixa Remédio falar. Portanto, Sacrifício é mais eficaz que Remédio e, por
conseguinte, Orunmilá ocupa uma posição mais elevada do que Ossain”. Este itan pretende
demonstrar que, embora a presença das folhas seja essencial dentro do culto yorubá, os ritos
sacrificiais são primordiais. Se, por um lado, o segredo está nas folhas, elas se tornam
verdadeiramente eficazes não devido à sua composição química, mas através do
encantamento, ofó, que desencadeia o potencial inerente a cada espécie vegetal.
Toda a prática religiosa yorubá se baseia num princípio de permuta – que é o que se pode
observar em todos os âmbitos da Vida no planeta Terra. O processo vital transcorre mediante
permanente alimentação e renovação no breve hiato entre nascimento e morte. Energias são
alimentadas e transferidas.
A sobrevivência do ser humano na Terra exige sacrifício constante. Sacrifício de tempo, de
privação de alguma coisa em detrimento de outra, o sacrifício dolorido das transformações e
da oferta de dinheiro obtido à custa de esforço através do trabalho: tudo girando num
incessante processo que se resume em dar e receber. As oferendas sacrificias movimentam
axé do fluido vital liberado que, atuando num âmbito não-físico altera situações indesejadas
na vida humana, inclusive de alta gravidade. Os sacrifícios animais praticados pela religião
yorubá , além de movimentar ase, servem para alimentar as pessoas, uma vez que a carne é,
na maioria das vezes, consumida. Cabe ressaltar que, ao contrário do que ocorrre nos
matadouros, a vida animal que se vai é rezada e seu espírito encaminhado com todo respeito.
O sacrifício animal costuma causar celeuma em ambientes estranhos à cultura yorubá – aliás,
ambientes não-vegetarianos. No entanto, curiosamente, não se tem o hábito de questionar
como e por que animais são mortos quando se trata de algum petisco gastronômico, um
sapato ou casaco de couro ou um tapete de pele que não salvam a vida ou restabelecem a
saúde de alguém, mas se destinam exclusivamente a saciar a sua vaidade.
O ser humano, fazendo mau uso do seu livre-arbítrio, muitas vezes se coloca em situações
em que a negatividade do seu destino aflora, trazendo desgraças indesejadas. Olodumare
ordenou a Orunmilá que ensine os seres humanos a restabelecer o ponto de equilíbrio
necessário em seus Ori, pois, se por um lado, a bondade de Olodumare é evidente, a sua
severidade é altamente rigorosa. Ebó – Oferenda
Ebó é um ritual de sacrifício em forma de oferenda, que inclui elementos determinados pelo
Odu revelado no oráculo, utilizando energias - ase - dos diversos reinos da natureza para
obtenção / reversão.
Vem de bo – alimentar o Orixá. Esta oferenda pode ser animal, vegetal, ou incluir outro tipo de
sacrifício.
Os ebós servem como forma de apaziguamento para evitar ou amenizar alguma situação
dolorosa, substituição diante de perigo eminente, encaminhamento de bom augúrio.
Bori – Alimento para a Cabeça
Bo ori – alimentar o Ori, é um ritual que tem por finalidade a restauração do equilíbrio entre Ori
ode e Ori inu.
Tendo Ori status de Orixá, responde no oráculo. Todas as oferendas que alimentam o Ori são
ditadas pelo oráculo - mas sempre com aquiescência do próprio Ori - na qualidade e
quantidade adequadas ao momento e situação.
A energia de um Orixá só é fixada se o Ori permitir.
Como todas as possibilidades de sucesso ou fracasso dependem do Ori, o Bori é o rito
especial que propicia a sua positividade.
A sua finalidade é, através de manipulação do ase, proporcionar ao Ori , como entidade
regente do destino da pessoa, o ponto de equilíbrio ideal para a sua auto-realização.
Na religião yorubá o Ori é preparado para atuar com discernimento nos constantes conflitos
com que se deparam o espírito – ori inu – e a matéria – Ori ode no decorrer da sua existência
terrena.
Igbere - Iniciação
A presença do Orixá na vida de uma pessoa depende do fortalecimento do Ori para
acoplamento do seu axé, através do ritual de iniciação.
Após diversos tipos de ebó, banhos de folhas e bori, o iniciando está purificado e fortalecido
para ter plantada no seu corpo a energia do seu Orixá tutelar. Trata - se de ritual complexo e
com características sob medida para a entidade única que é o iniciando em questão e o seu
Orixá.
O ritual de iniciação não decorre de desejo próprio, mas depende de prescrição oracular e
conforme o próprio termo, marca, não a concretização, mas o início de um aprendizado e
desafios constantes que requerem disciplina e dedicação espiritual pelo resto da vida.
Não implica em qualquer tipo de submissão contrariada, pois o Ori é soberano no seu
livrearbítrio. No entanto, uma vez tendo vivenciado a sublime e divina presença do Orixá, o
afastamento deste, mesmo que voluntário, se faz sentir como um vazio sombrio que pode até
ser confundido – errôneamente - com castigo.
O Orixá não necessita infringir castigos, primeiro porque, como energia da natureza, não
depende da adesão de devotos - nós é que precisamos do Orixá - segundo, porque a sua
simples ausência em nossas vidas, já se caracteriza por si só, como desgraça. Ogboni
Segundo um itan do Odu Irosun-Iwori,
“num antigo período da história da humanidade, esta vivia em total anarquia, promovendo
sucessivos incidentes de roubos, assassinatos e violações de toda ordem de abuso aos
códigos éticos ditados pelos ancestrais. Alguns habitantes pediram a interferência de
Orunmilá, para que colocasse um paradeiro naquela situação alarmante. Orunmilá ordenou
que se realizassem sacrifícios e aqueles que cumpriram as instruções de Ifa prosperaram em
segurança. Depois disso, Orunmilá retirou-se aos céus, entregando a Edan a
responsabilidade sobre a Terra. Edan firmou um pacto e aqueles que juraram mantê-lo,
puderam viver em paz, harmonia, justiça e prosperidade. Após longo tempo de permanência
na Terra, Edan retornou ao Orun, delegando a um grupo de pessoas responsáveis a tarefa de
supervisionar e fazer cumprir as leis estabelecidas. Este grupo se uniu em fraternidade,
tornando-se conhecidos como Ogboni.”
Já um outro itan relata que
“nos primórdios dos tempos na Terra, Iyami, a grande mãe ancestral, deu à luz 16 filhos. Os
dois primeiros chamaram-se ogbo e oni, que começaram a lutar entre si, promovendo o caos
e a desordem universal. Vendo que seus filhos provocariam a destruição, obrigou-os a realizar
um pacto sagrado , assegurando a manutenção da verdade, da lealdade e da justiça entre si.
Deste pacto nasceu a denominação Ogboni.- primeira sociedade secreta, que remonta dos
primórdios de Ilê Ifé e se espalha por todos os territórios yorubá”.
Outra interpretação do termo “Ogboni” seria ogbon (sábio) e eni (um que é).
Ainda hoje, Ogboni mantém ritual iniciático baseado num pacto que estabelece e faz cumprir o
seu elevado código ético, zelando pela justiça , verdade, lealdade e proteção.
A justiça de Ogboni é firmada com a própria Terra – Onilé, que detem a prioridade em todos
os ritos.
Dela sai o sustento de todos os seres que nela habitam, dela saiu o barro primordial com que
Obatalá modelou o ser humano. Dela viemos, nela nascemos e recebemos a oportunidade da
vida, dela somos alimentados e a ela alimentaremos, por ocasião da morte. Conta o itan que
“Olodumare concedeu cada reino da natureza a um Orixá . Assim, sempre que um ser
humano expressasse alguma necessidade relacionada a um dos reinos, deveria pagar uma
prenda em forma de sacrifício ao Orixá correspondente. Restou, de todos os reinos, o próprio
planeta Terra, que foi concedido a Onilé. O seu tributo seria a própria Vida, pois nela
repousam os corpos e restos de tudo o que já não vive. Onilé deveria ser propiciada sempre,
para que o mundo continuasse a existir, gerando continuamente, nova Vida e assegurando a
continuidade do planeta”.
Com o objetivo de promover a harmonia com a natureza, Ogboni venera Oni-ile – os senhores
da Terra - como fonte da Vida , simbolizada pelo orisa Edan.
Considerando que os demais Orixá chegaram – ou se manifestaram na Terra – numa fase
subseqüente a sua formação, Ogboni vincula-se, primordialmente, a Edan.
Daí resulta que todo aquele que transgredir o pacto estabelecido pela Lei de Ogboni, deverá,–
incondicionalmente, prestar contas à Edan – a própria Terra.
O chefe do culto de Ogboni é um iniciado que atinge o grau de Oluwo ( pai do segredo) e é
portador do shaki – uma estola que o distingue como detentor de honra e respeito.
Contribuição de Jefferson Dudas
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ORIKI DE OSUN II

Ìba Òsun sekese


Ìba Òsun olodi
Latojoki awede we’mo
Ìba Òsun ibu kole
Yeye kari
Latokoko awede we’mo
Yeye opo
O san rere o
Àse

Tradução
Cantiga de Osun
Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora,
Eu elogio a deusa do rio
Espírito que limpa de dentro para fora
Eu elogio a deusa da sedução
Mãe do espelho
Espírito que limpa de dentro para fora
Mãe da abundância
Nós cantamos seus elogios

ADURA OSUN I

Òsun mo pé ó o!
Mo pé ó sí níní owo.
Mo pé ó sí níní Omo.
Mo pé ó sí níní àláfià.
Mo pé ó si òrò.
Kí àwa má ríjà omi o,
Kí ilé má jò wá.
Kí ònà má nà wá o.
Pèsè àse fún wá o.
Kí àwa má ri Ogun idilé.

Tradução:
REZA DO OSUN

Osun eu te chamo
Eu te chamo para que tenhamos dinheiro.
Eu te chamo para que tenhamos filhos.
Eu te chamo para que tenhamos saúde.
Eu te chamo para que tenhamos uma vida serena.
Osun, nos proteja, para que não haja problemas entre nós, teus filhos.
Para que sempre haja paz em nosso lar.
Que nossos objetivos não se voltem contra nós.
Dá-nos asé!
Que não haja problemas em nossa família.
ORIKI ÒRÚNMÌLÁ-IFÁ

OLÓOJÓ ÒNÍ IFÁ, MO JÚBÀ RÈ.


SENHOR E DONO DO DIA IFÁ, APRESENTO-VOS MEUS RESPEITOS.
OLÚ DÁYÉ, MO JÚBÀ RÈ.
SENHOR DA TERRA, APRESENTO-VOS MEUS RESPEITOS.
MO JÚBÀ OMODÉ,
MEUS RESPEITOS AOS MAIS JOVENS.
MO JÚBÀ ÀGBÁ.
MEUS RESPEITOS AOS MAIS VELHOS.
BÍ ÈKÒLÓ BÁ JÚBÀ ILÈ,
SE A MINHOCA VAI A TERRA RESPEITOSAMENTE,
ILÈ Ó L’ ÉNUN.
A TERRA ABRE A BOCA ACEITANDO-A.
KÍ ÌBÁ MI SÉ.
QUE A BÊNCÃO ME SEJA DADA.
MO JÚBÀ ÀWON ÀGBÀÀGBÀ MÉÉRÌNDÍNLÓGÚN.
MEUS RESPEITOS AOS DEZESSEIS MAIS VELHOS. (ODÚ ÀGBÀ).
MO JÚBÀ BÀBÁ MI (ÒRÌSÀ RÈ...)
MEUS RESPEITOS A MEU PAI SÒNGÓ
MO TUM JÚBÀ ÀWON ÌYÁ MI ELÉEYE.
MEUS RESPEITOS AS MINHAS MÃES SENHORAS DOS PÁSSAROS.
MO JÚBÀ ÒRÚNMÌLÁ, Ó GBÁAYÉ, O GBÓÒRUN.
MEUS RESPEITOS A ORUNMILÁ, AQUELE QUE VIVE NA TERRA E VIVE NO CÉU.
ÒHUNTÍ MO BÁ WÍ LÓOJÓ ÒNÍ
QUALQUER COISA QUE EU DIGA NO DIA DE HOJE,
KÍ Ó RÍ BÉÈ FÚN MI.
QUE EU POSSA VÊ-LA ACONTECER PARA MIM.
E JÒWÓ, MÁJÉ KÍ ÒNÒN MI DÍÌ.
POR FAVOR, NÃO PERMITA QUE MEUS CAMINHOS SE FECHEM.
NÍÌTORÍ YÌÍ ÒNÒN KÒ DÍ MÒN OJÓ.
ÒNÒN KÒ DÍ MÒN OÒGÙN.
OS CAMINHOS NÃO SE FECHAM PARA QUEM ENTENDE A MAGIA
ÒHUNTÍ A BÁ TI WÍ FÚN ÒGBÀ, L’ ÒGBÀ NGBÀ.
QUALQUER COISA QUE EU DIGA PARA OGBÁ, QUE OGBÁ ACEITE
TI ÌLÁKÒSE NÍ SÉ LÁÀWÙJO ÌGBÍN.
ILAKOSE TORNOU-SE O MAIS IMPORTANTE DA ASSEMBLÉIA DOS CARACOIS.
TI EKESE NI SÉ LÁÀWÙJO ÒWÚ.
EKESE TORNOU-SE O MAIS IMPORTANTE NA ASSEMBLÉIA DO ALGODÃO.
OLÓOJÓ ÒNÍ KÍ Ó GBÀ ÒRÒ MI YÈWÒ,
SENHOR E DONO DO DIA, QUE VOCÊ ACEITE MINHAS PALAVRAS E VERIFIQUE
ÀSE!

Fonte:http://ifaon-line.blogspot.com.br/2013/01/oriki-orunmila-ifa.html
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Mòjùbá!
ÒLÒJÒ ÒNÍ MÒJÙBÁ RÉ
ÒLÚDAIYÈ MÒJÙBÁ RÉ
MÒJÙBÁ ÒMÒDÉ
MÒJÙBÁ ÀGBÀ
BI ÈKÒLÒ BA JÙBÁ ÌLÉ
ÌLÉ A LANU KÍ ÌBÀ MI SÈ
MÒJÙBÁ AWÓN ÀGBÀ MÉRÌNDÌNLÒGÚN
MÒJÙBÁ BÀBÀ MI
MÒ TÙN JÙBÁ AWÓN ÌYÁ MI
MÒJÙBÁ ÒRÚNMILÁ ÒGBÀIYÈ GBÒRÚN,
OHUN TÍ MÒBÁ WI LÒJÒ ÒNÍ
KÒ RÍ BÉÉ FÚN MI JÒWÒ
MÁ JÉ KÍ ÒNÀ MI DI NITORI ÕNÀ
KÍÍ DÍ MÓ ÒJÒ ÒNÀ KÌÍ DÍ MÓ ÕGÙN OHUN
TÍ A BA TI WÍ FÚN ÒGBÀ L’ÒGBÀ NGBÀ
TI ÍLÁKÒSÉ MI SÈ LÁWUJÓ ÒWÚ
TI ÈKÉSÈ NI NSÉ LÁWUJÓ ÒWÚ
ÒLÒJÒ ÒNÍ KO GBÁ ÒRÒ MI
YÈ WÒ YÈ WÒ YÉWÒ
ÀSÉ, ÀSÉ, ÀSÉ.

Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção


Oh! Criador da terra, sua benção
Sua benção, crianças Sua benção.
Oh! Mais velho
Se a minhoca pede alimento à terra
A terra a concederá
Que assim, o meu pedido seja concedido
Peço permissão aos anciãos dezesseis òdú
Sua benção, meus Pais
Ainda peço, permissão as minhas mães
Sua benção, Orunmila, que vive no céu e na terra
Que, o que eu disser hoje
Assim seja para mim
Por favor, não permita que meu caminho seja fechado
Porque o caminho nunca é fechado para o dia
O caminho não será fechado para a magia
Qualquer coisa que disser para Ogba ele aceitará
O que Ilakose diz é a ultima palavra
Assim como Ekese é o ultimo da família do caramujo
Oh! Senhor do dia de hoje, aceite minha palavra.
Assim seja, Assim seja, Assim seja
ORÍKÍ FÚN SÓNGÒ

KA'WO KA'BIYESILE
ETALA MO JUBA GADAGBA MOJUBA
OLUWO
ETALA MO JUBA GADAGBA MOJUBA
OBA KO SO
ETALA MO JUBA GADAGBA MOJUBA
ÀSÉ

Eu cumprimento o rei
13 vezes eu o cumprimento a você
Chefe do buraco (vulcão)
13 vezes eu o cumprimento a você
O Rei que não morreu
13 vezes eu cumprimento a você
Axé
https://www.facebook.com/photo.php?
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0RÍKÍ TÍ ÈSÚ
ORÍKÌ TI ÈSÚ

Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o


Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú láaróyè, Èsú láaróyè
Èsú láaróyè, È s ú láaróyè
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Láàlú Ogiri Òkò Ebìtà Okùnrin
Èsú Láàlú Ogiri Òkò E bìtà O kùnrin
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú òta òrìsà
Èsú é Orixá da pedra (iangui)
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Osétùrá l’oruko bàbá mó ó
Oxeturá é o nome pelo qual é chamado por seu pai
Alágogo ìjà l’oruko ìyá npè o
Alágogo Ìjà, é o nome pelo qual sua mãe o chama
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin
Èsú bondoso, filho homem da cidade de Ìdólófìn
O lé sónsó sórí orí esè elésè
Aquele que tem a cabeça pontiaguda fica no pé das pessoas
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Kò jé, kò jé kí eni nje gbe e mì
Não come e não permite que ninguém coma ou engula o alimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
A kìì lówó láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem riqueza reserva para Èsú a sua parte
A kìì láyò láì mu ti Èsú kúrò
Quem tem felicidade reserva para Èsú a sua parte
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Asòntún se òsì láì ní ítijú
Fica dos dois lados sem constrangimento
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú àpáta somo olómo lénu
Èsú, montanha de pedras que faz o filho falar coisas que não deseja
O fi okúta dípò iyó
Usa pedra em vez de sal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Lóògemo òrun a nla kálù
Indulgente filho do céu cuja grandeza está em toda a cidade
Pàápa-wàrá, a túká máse sà
Apressadamente fragmenta o que não se junta nunca mais
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti
Èsú máse mi, omo elòmíran ni o se
Èsú não me faça mal, manipule o filho do outro
Èsú máse, Èsú máse, Èsú máse
Èsú não faça mal, È s ú não faça mal, È s ú não faça mal
Iyìn o, iyìn o Èsú n má gbò o
Èsú escute o meu louvor à ti

ÉSU BIYÍ TALADÊ


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ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU


ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,
ELEYÍNJU OGUNNA,
OLUKOSO LALU
A RI IGBA OTA, SEGUN, OBA
EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,
KABIYESU,
ASANGUN DEYINJUM
ONIGBEE A NSURE FUN,
ALEDUN-LABAJA,
ASA-NLANLA-ORI-PAMO,
ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI
A LAPA-DUPE
OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,
JOWO MA LU MI PELU OSE RE,
MA JEKI NRI AISAN,
OKO ABEGBE (OSUN),
BA MI SEGUN OTA MI,
AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,
SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,
AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,
MA JEKI NRI IJA RE,
MA JEKI NDARAN IJOBA,
MA JEKI NRI EJO,
MA JEKI ODO O GBE MI LO,
MA JEKI NKU IKU INA,
MA JEKI ÀRÁ PA MI,
MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.
BAMA SEGUN OTA MI,
BAMI SEGUN OTA MI,
MA JEKI NRIN FE SE SI,
MA JEKI NSORO FENU KO.
OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, OYA, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.
ÀSE TI ELEDUNMARE
ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.
Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,
Pessoa cujos olhos brilham como tigres
Olukoso, da cidade.
Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,
Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,
Kabiyesile (eu honro você)
Pessoa que é forte até nos olhos,
Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,
Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,
Marido de Oba
Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,
Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,
Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,
Obakoso não deixe me Ter tristeza,
Por favor não me bata com seu Oxé,
Não me deixe ficar doente,
Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,
Meus inimigos nunca vão ter paz,
Sòngó não me mate e não me provoque a matar outras pessoas,
Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,
Não me deixe ver a sua briga,
Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,
Me poupa de casos de justiça,
Me proteja de afogamento,
Me proteja da morte de fogo,
Não me deixe morrer de raio,
Me proteja das pessoas más.
Me ajuda a derrotar os meus inimigos,
Me ajuda a proteger meus filhos,
Seja o guia dos meus passos,
Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.
Obakoso, me dê muito dinheiro para mim, seu filho,
Dono da trovoada no céu, junto com Oya, por favor fique no meu lado sempre.
Axé do Senhor Supremo.
Benção do Senhor Supremo.
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=326183724143117&set=a.281718165256340.66278.281680078593482&type=1&relevant_
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ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU


ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,
ELEYÍNJU OGUNNA,
OLUKOSO LALU
A RI IGBA OTA, SEGUN, OBA
EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,
KABIYESU,
ASANGUN DEYINJUM
ONIGBEE A NSURE FUN,
ALEDUN-LABAJA,
ASA-NLANLA-ORI-PAMO,
ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI
A LAPA-DUPE
OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,
JOWO MA LU MI PELU OSE RE,
MA JEKI NRI AISAN,
OKO ABEGBE (OSUN),
BA MI SEGUN OTA MI,
AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,
SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,
AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,
MA JEKI NRI IJA RE,
MA JEKI NDARAN IJOBA,
MA JEKI NRI EJO,
MA JEKI ODO O GBE MI LO,
MA JEKI NKU IKU INA,
MA JEKI ÀRÁ PA MI,
MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.
BAMA SEGUN OTA MI,
BAMI SEGUN OTA MI,
MA JEKI NRIN FE SE SI,
MA JEKI NSORO FENU KO.
OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, OYA, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.
ÀSE TI ELEDUNMARE
ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.
Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,
Pessoa cujos olhos brilham como tigres
Olukoso, da cidade.
Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,
Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,
Kabiyesile (eu honro você)
Pessoa que é forte até nos olhos,
Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,
Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,
Marido de Oba
Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,
Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,
Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,
Obakoso não deixe me Ter tristeza,
Por favor não me bata com seu Oxé,
Não me deixe ficar doente,
Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,
Meus inimigos nunca vão ter paz,
Sòngó não me mate e não me provoque a matar outras pessoas,
Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,
Não me deixe ver a sua briga,
Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,
Me poupa de casos de justiça,
Me proteja de afogamento,
Me proteja da morte de fogo,
Não me deixe morrer de raio,
Me proteja das pessoas más.
Me ajuda a derrotar os meus inimigos,
Me ajuda a proteger meus filhos,
Seja o guia dos meus passos,
Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.
Obakoso, me dê muito dinheiro para mim, seu filho,
Dono da trovoada no céu, junto com Oya, por favor fique no meu lado sempre.
Axé do Senhor Supremo.
Benção do Senhor Supremo.
https://www.facebook.com/photo.php?
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ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU


ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,
ELEYÍNJU OGUNNA,
OLUKOSO LALU
A RI IGBA OTA, SEGUN, OBA
EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,
KABIYESU,
ASANGUN DEYINJUM
ONIGBEE A NSURE FUN,
ALEDUN-LABAJA,
ASA-NLANLA-ORI-PAMO,
ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI
A LAPA-DUPE
OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,
JOWO MA LU MI PELU OSE RE,
MA JEKI NRI AISAN,
OKO ABEGBE (OSUN),
BA MI SEGUN OTA MI,
AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,
SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,
AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,
MA JEKI NRI IJA RE,
MA JEKI NDARAN IJOBA,
MA JEKI NRI EJO,
MA JEKI ODO O GBE MI LO,
MA JEKI NKU IKU INA,
MA JEKI ÀRÁ PA MI,
MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.
BAMA SEGUN OTA MI,
BAMI SEGUN OTA MI,
MA JEKI NRIN FE SE SI,
MA JEKI NSORO FENU KO.
OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, OYA, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,
ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.
ÀSE TI ELEDUNMARE
ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.
Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,
Pessoa cujos olhos brilham como tigres
Olukoso, da cidade.
Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,
Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,
Kabiyesile (eu honro você)
Pessoa que é forte até nos olhos,
Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,
Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,
Marido de Oba
Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,
Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,
Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,
Obakoso não deixe me Ter tristeza,
Por favor não me bata com seu Oxé,
Não me deixe ficar doente,
Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,
Meus inimigos nunca vão ter paz,
Sòngó não me mate e não me provoque a matar outras pessoas,
Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,
Não me deixe ver a sua briga,
Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,
Me poupa de casos de justiça,
Me proteja de afogamento,
Me proteja da morte de fogo,
Não me deixe morrer de raio,
Me proteja das pessoas más.
Me ajuda a derrotar os meus inimigos,
Me ajuda a proteger meus filhos,
Seja o guia dos meus passos,
Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.
Obakoso, me dê muito dinheiro para mim, seu filho,
Dono da trovoada no céu, junto com Oya, por favor fique no meu lado sempre.
Axé do Senhor Supremo.
Benção do Senhor Supremo.
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Orìkí fún Oya

Ajalaiyé, ajalorun, fún mi ire


Ìba Oya
Ajalaiyé, ajalorun, fún mi gbogbo ire
Iba Yansan
Ajalaiye, ajalorun wi wini
Bem ma yansan
Àse.

Os ventos da terra e do céu me dão fortuna boa


Eu elogio o filho da mãe dos nove
Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boa
Eu elogio o espírito do vento
Os ventos da terra e do céu são maravilhosos
Sempre haverá a mãe dos nove
Asé.
Oríkì fún Èsù

Èsù pèlé o, okanamaho, ayanrabata awo he oja oyinsese,


seguri alabaja, olofin apekayu, amonise gun mapo
Nko o
Èsù, ba nse ki imo
Èsù, keru o ba onimimi
Èsù, fun mi ofo ase mo pele Òrìsà
Èsù, alayiki a juba
Àse

Reza para Esú

Elogiado é o espírito do mensageiro divino.


Mensageiro Divino, eu chamo a você por seus nomes de elogio.
Mensageiro Divino guia minha cabeça para minha rota com o destino.
Mensageiro Divino, eu honro a sabedoria infinita.
Mensageiro Divino, ache lugar onde submergir meus sofrimentos.
Mensageiro Divino, dê força para minhas palavras de forma que evoque as forças da. natureza
fortemente.
Mensageiro Divino, nós pagamos nossos cumprimentos dançando em círculo
Asé
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=325730450855111&set=a.281718165256340.66278.281680078593482&type=1&relevant_
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26 de agosto
O QUE SÃO OFÒ, ÀDÚRÀ E GBÀDÚRÀ, ORÍKÌ, ORIN ?
Reza é uma conjunção de frases pré-estabelecidas que se recita, costumeiramente decoradas,
direcionadas à Deus ou às Suas divindades, muitas vezes engrandecendo seus feitos e
direcionadas para determinado objetivo específico. A Religião dos Òrìsà não reza diretamente
para Elédùmarè (Deus), pois crê que Ele é um ser de um poder muito grande, incalculáv
el, e por isso é preservado. Para ouvir e atuar diretamente na vida dos homens Ele criou seus
emissários, os Òrìsà, cabendo à estes a missão de zelar por tudo que se relaciona com as
necessidades humanas.
Oração é a conversa, o diálogo íntimo com Deus, através de Suas divindades, sem frases pré-
determinadas.
A Tradição Yorùbá dá grande valor às rezas, crendo que a conjunção dos sons que elas emanam,
quando são recitadas, são carregadíssimos de energia, que farão movimentar os objetivos
pretendidos. Elas revelam feitos e características dos Òrìsà e fornecem orientações para a
conduta dos seguidores da Religião. Através das rezas pode-se fazer pedidos os Òrìsà, agradá-los
ou aplacar sua ira. Todas estas formas poéticas orais estão cheias de metáforas e símbolos.
Ex: INU MI DUM / Estou com a barriga doce interpreta-se como "estou feliz".

ESTES TEXTOS, MILENARES, DIVIDEM-SE EM:

OFÒ - Literal "Feitiço ou poder sobrenatural que dá alivio instantâneo à dor". São palavras
mágicas - encantamentos, que possuem em si uma mensagem mágica, ao ser recitado ativa o
poder dos preparados mágicos ou medicinais.

ÀDÚRÀ E GBÀDÚRÀ - Literal "SÚPLICA". São saudações, visam obter as graças dos Òrìsà e
os direciona aos elementos por eles dominados.

ORÍKÌ (ou PÍPÈ / chamado - convite) - É a contração das palavras ORÍ / origem + KÍ / saudar ou
louvar. São evocações e servem para louvar e evocar a presença dos Òrìsà, assim como facilita o
acesso ao auxílio que pode ser prestado pela Força Deles. ORÍKÌ detém em si mesmos uma força
mágica. Relatam fatos ou feitos, de um indivíduo, família, cidade, e não só dos Òrìsà.
Transmitem informações, características, virtudes e fraquezas dos seres ou daquilo que constitui
seu tema. Podem relatar fatos relacionados com o nascimento de crianças. Exemplo é o caso de
gêmeos, daqueles que tem o cordão umbilical enrolado no pescoço ou que os pés venham ao
mundo primeiro. Há também Oríkì para animais. A tradição Yorùbá atribui grande valor para a
recitação dos Oríkì e acredita que ele sempre causa grande emoção à quem se refere. É
indispensável para se fazer qualquer pedido aos Òrìsà. As pessoas incorporam inevitavelmente
ao ouvir a recitação de um Oríkì de seu Òrìsà.

ÌJÀLÁ ODE - São formas de recitar os oríkì, meio que cantaroladas, referindo-se somente aos
caçadores, em especial à Ògún.

EWI ESA - É outra forma de recitação parecida com o ORÍKÌ, porém usada somente nos Cultos
de Egúngún.

ORIN - Literal “Cantar” - São cantigas com formas mais brandas de louvação, empregados em
festejos ou celebrações para um, ou vários Òrìsà. Possui parte da carga informativa do ORÍKÌ e é
intermediário entre ele e as ÀDÚRÀ.
ÌYÈRÈ IFÁ - São constituídos de partes de um Odù + Oríkì de Ifá, que o Bàbáláwo faz uso nas
cerimônias de batizados, casamentos, enterros e outras ocasiões especiais. Muitas pessoas
costumam confundir Rezas com Orações
ÌMÓLÈ
ÌMÓLÈ é a origem da criação dos elementos, por isso este é o elemento mais importante e
poderoso de todos ; ele é a origem, o fundamento de todas as coisas e de toda a criação. Em
resumo, este elemento é a esfera primordial. Ìmólè é isento de tempo e espaço. Ele é a quinta
força, a força que contém tudo o que foi criado e que mantém tudo em equilíbrio. É a origem e a
pureza de todos os pensamentos e idéias. Mas do que a luz em si, chamada por outro nome: Ìmò
( a qual desta forma estaria mais ligada a forçã Osa), Ìmólè é a ação superior da rotação entre a
luz e as trevas, é o equilíbrio e origem de tudo, daí sua transliteração mais apropiada de
iluminação. Na medida em que Ìmóè é a origem dos elementos, o primeiro elemento que nasceu
de Ìmolè foi ìnón ( o principio do fogo). Este elemento como todos os outros, não age só em
nosso plano material, mas em tudo o que foi criado. As características básicas do princípio do
fogo são o calor e a expansão; é por isso que no começo da criação tudo era fogo. Cada
elemento, inclusive o fogo, possui duas polaridades, a ativa e a passiva (Ofú e Osa), a parte Ofú
do fogo é construtiva, criadora e geradora, enquanto a Osa é desagregadora, destrutiva e
exterminadora. Sempre devemos considerar essas duas características básicas de cada elemento.
As religiões atribuem o bem ao lado Ofú (ativo) e o mal ao lado Osa(passivo), mas em princípio
o bem e o mal não existem, eles são apenas conceitos da condição humana. No universo não
existem coisas boas ou más, pois tudo foi criado segundo leis imutáveis. Assim é justamente
através destas leis que se reflete o princípio divino, e apenas na posse do conhecimento destas
leis é que podemos nos aproximar de Deus. O fogo emana à força do princípio elétrico em todo o
universo. A força que representa este princípio elétrico nascido do fogo no universo, é chamada
de Odù ÈJÌOGBÈ MÉJ`também conhecido no Brasil como Odù EJIÔNILÊ. Como força Ofú do
fogo temos: A luz solar e como força Osa do fogo temos: a pólvora. Direção : LESTE. Folhas:
urtiga, cansanção, cambára, erva-tostão e plantas afins. COR: vermelho.Metal:cobre Fase lunar:
lua cheia. Parte no corpo humano aonde este elemento mais atua: cabeça. Cantiga ritual do
fogo:"Inón inón mo jubá e e mo jubá, Inón inón mo jubá e àgò mo jubá" "Fogo,fogo,meu
respeito e reverência fogo,fogo,meu respeito com pedido de licença e mais reverência". Em
comparação com o princípio do fogo (ìnón), o princípio da água (omi), possui características
totalmente opostas; suas características básicas são o frio e a retração. Aqui também se tratam de
dois pólos (Ofú e Osa); o pólo Ofù (ativo) é contrutivo, doador de vida, nutriente e preservador, e
o negativo (osa) é igual ao do fogo,desagregador,fermentador,decompositor e dissipador. Como o
elemento água possui em si a característica básica da retração, ele deu origem ao fluído
magnético(magnetismo) o qual é representado em sua forma mais plena através do Odù Òyèkú
Mejí( também conhecido como Ejí-Ologbom) .Tanto o fogo como a água agem em todas as
regiões. Segundo a lei da criação, o princípio do fogo não poderia existir se não contivesse um
pólo oposto, ou seja o princípio da água. Por isso nos diz Ìfá; "Todo aquele que bater em Oyêku,
sentirá a fúria de Èjiogbé". Esses dois elementos, fogo e água, são aqueles elementos básicos
com os quais tudo foi criado. Por causa disso é que em todos os lugares sempre temos que contar
com dois elementos principais como polaridades opostas (Òfú e Osa), além do fluído magnético
e elétrico. Como força de Òfú da água temos: ORVALHO. Como força Osa da água temos
:Líquidos que contenham paretes de materiais em decomposição. Folhas: saião, fortuna e plantas
afins que contenham bastante água dentro de si. Cor: Azul. Metal: ferro. Animais: peixes. Fase
lunar:Nova Parte do corpo humano onde este elemento mais atua: ventre. Cantiga ritual da água:
"Omi imònlè másé mi omi tutu, omi onòn tutu Omi oko tutu , omi iyè tutu omi imonlè másé mi"
"Espírito da água não me faça mal, a água refresca , a água refresca o caminho.A água refresca a
lavoura, a água refresca a vida,Espírito da água, não me faça mal."

Os textos acima são frutos de pesquisa no livro magia prática no culto a Yami osoòrongá e o mito
das mulheres pássaros, de autoria de SR: LUÍS CARLOS O. SILVA.
Postado por Iyalorisa e Iyanifa Ifayemi
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=309635085806093&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
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ELENINI - O NOSSO GRANDE INIMIGO

OS CUIDADOS COM ESSA ENERGIA

Elenini (Ido-Boo) é o guardião da Câmara interna do Palácio divino de Eledumarè, aonde todos
vamos nos ajoelhar para fazer os pedidos e juramentos para a nossa permanência no mundo. A
grosso modo é o NEGATIVO de nosso ORI. Somente cultuando e propiciando ORI, poderemos
combater ao ELENINI. Ele age nos motivando a fazer coisas erradas, para mostrar a Eledumare
que não somos dignos de entrar no Palacio Sagrado. Esta é e função fundamental de Elenini.
Espero os outros comentários. Ire o

FALAR DE ELENINI É FALAR DE UMA FORÇA QUE É TÃO ESPECIAL, MAS


RARAMENTE É MENCIONADO, MAIS POR MEDO DO QUE RESPEITO...

Enfim, existem vários níveis de poder. E aqui está uma participação muito especial.
São "AJOGUN", incluindo a perda, morte, doença, etc.
Então encontramos outro conceito que chamamos "ELININI" e que em parte esta no nível dos
"AJOGUN”.
Os Ajogun são as forças malignas e muitas vezes é simplesmente traduzido e citado como
"inimigos da humanidade".
Mas como você pode expressá-las?
De muitas maneiras, mas vamos falar claramente de "ELININI”.
ELININI é uma força gerada e perpetuada pela natureza finita dos seres humanos.
Agora vislumbramos nestes conceitos um pouco diferente, porque é basicamente a idéia da nossa
cultura tradicional.
Se olharmos para a perda, doença ou qualquer manifestação negativa, dependendo do que Ifá nos
diz, então, podemos estar a olhar para as coisas feitas pelo homem, e podemos corrigi-los, se a
pessoa o quer.
ELININI é um acúmulo de forças negativas, o que poderia ser definido como os budistas fazem
quando se referem a "karma".
ELININI tem um impacto negativo severo que é gerado pelo pensamento negativo, nas pessoas
negativas que estão incentivando esse estado, é gerado na mesma pessoa.
O sagrado ODU IFA-OBARA ÒKÀNRÀN declara nos seus ensinamentos que "as cinzas no
rosto dos desafortunados."
ELININI e AJOGUN são as cinzas.
ELENINI é o inimigo, o falso testemunho e o adversário que está ao redor de uma pessoa. E
Deus nos lembra, do incômodo, a desunião, a discordância, em suma, tudo negativo.
ELININI existe no físico e metafísico.
Mas é como o ar, sentir isso, está lá, mas não vêem, e quando ele chega, ou quando ele está
deixando o caos, prejudicando a mente, desengonçada.
É ELENINI a divindade mitológica da desgraça e do obstáculo que foi enviado por Eledumare
para aniquilar as divindades que manteve um Aye com mau comportamento Em parte, outros
aspectos do ser interior da pessoa como depósito.
ELENINI, ocupando o cerebelo, a partir do qual executa ações contrárias à verdadeira vontade
do homem. ELENINI faz agir erradamente, com ações malignas atribuídas a ele ou com
associações do mal.
Mas não é nenhum Orisa que você adora, porque é baseado no desconhecimento.
Em outros testes, juntamente ELENINI representa a totalidade ou Ayew Ibis, ou seja, todas as
forças negativas ou mal.
ELENINI não é Seu.
ELE É O GUARDIÃO DO SALÃO PRINCIPAL DE ELEDUMARE.
Seria, a grosso modo, como um “leão de chácara”, que existe para mostrar que você não pode
entrar nesse salão da DIVINDADE maior, por ser impuro, desregrado, promiscuo, sem ética e
sem moral.
Ele atrai você para armadilhas, para realizar atos maldosos, perder totalmente a sua noção de
dignidade, e assim mostrar que nós não podemos partilhar do sagrado.
E assim, retornar a reencarnar tantas vezes quanto necessárias para cumprir nossos objetivos de
CARATER.
Por isso que IWÁ é uma das coisas mais sagradas para o Yorubá.
ORI E ELININI residem no cérebro e outro no cerebelo, respectivamente.
TAMBÉM SUGERE QUE APENAS ORI TEM A FORÇA PARA SUPERAR OU
CONTROLAR ELININI E IMPEDIR A SUA INFLUÊNCIA E TOMAR A PESSOA POR UMA
ROTA DIFERENTE ESCOLHIDO ANTES DO NASCIMENTO.
ELENINI não recebem culto na Nigéria ou em qualquer outro lugar.
Porque sós e combate a ELENINI cultuando ORI, e “praticando” o bom caráter.
Portanto, não são as OFERENDAS de qualquer tipo que anula a ação de ELENINI.
UMA DAS SOLUÇÕES É EVITAR INDIVÍDUOS QUE TENHAM OU SOFRAM DESTE
ATAQUE PARA NÃO ASSUMIR SUAS POSIÇÕES.
ELININI pode ser detectado precocemente, pode ser tratado, mas não curado.
SE O ELININI ENTRA NA FASE FINAL, OU SEJA, NO SOBRENATURAL, ENTÃO A
PESSOA ESTÁ EM APUROS.
ELININI é muito democrático, por não discriminar nenhuma pessoa ou posição. O sinal de sua
presença é invisível, especialmente para os não iniciados, torna-se um estigma.
Os membros da família, especialmente os amigos mais próximos podemos ser os portadores do
mal, sem estar consciente disso.
ELININI falseia os fatos, e quando a pessoa percebe é tarde demais. A pessoa começa a perceber
o que está acontecendo, mas é impotente.
Não haverá intercessão mística, e a qualquer momento a pessoa pode estar morto, no pior caso,
porque caso contrário, será condenado a um inferno pessoal marcado pela derrota, fracasso e
ostracismo.
NA MAIORIA DAS VEZES SÃO QUESTÕES DE SEGUNDOS QUE NOS FAZEM SER
MAUS.
VIDE OS CASOS RECENTES DOS “NARDONE”, OU O MAIS RECENTE, O RAPAZ
“LINDEMBERG”.
E TODOS OS DIAS TEMOS ACESSO A CASOS DOS MAIS ESTAPAFÚRDIOS E
HORRENDOS QUE OCORREM:
FILHOS MATANDO PAIS, AVÓS, ESTUPROS DE CRIANÇAS, E EM SUA GRANDE
PARTE, POR PESSOAS SEM NENHUM ANTECEDENTE CRIMINAL.
Mas agora com os avanços da ciência ELININI está centrada em certos tipos de transtorno
mental, doenças ou síndromes mentais e comportamentais, ao contrário de pessoas que gosam de
uma boa saúde mental.
Em geral, causam sofrimento e prejuízo em importantes áreas do funcionamento mental,
afetando o equilíbrio emocional, o desempenho intelectual e ajustamento social.
Através da história e das culturas têm descrito diferentes tipos de transtornos, apesar da
imprecisão e as dificuldades de definição.
Ao longo da história, e até tempos relativamente recentes, a loucura não era considerada uma
doença, mas uma questão moral, o fim da depravação humana, ou maldição e casos espirituais ou
possessão demoníaca.
Após um início tímido, no século XVI e XVII, a psiquiatria passou a ser uma ciência respeitável
em 1790, quando Philippe Pinel médico parisiense decidiu retirar as cordas para o doente mental,
introduziu uma perspectiva psicológica e começou a fazer objetivos estudos clínicos.
A partir de então, e desde que se iniciou o trabalho nos centros especializados, se definiriam os
principais tipos de enfermidades mentais e suas formas de tratamento.
Em todo ELININI, chega a este tipo de situação.
Porém se a pessoa não deseja educar sua situação, então estará seriamente afetado, a um grau
clínico real, e para todas essas situações, Ifa nos dá as soluções.
ELENINI tem um único e exclusivo objetivo que é de frustrar as intenções de nosso Ori.
ELENINI é interpretado e chamado como “O SENHOR DOS OBSTÁCULOS".
O Senhor dos obstáculos foi criado em harmonia com nós mesmos. Enquanto Ori reside no nosso
cérebro, o senhor dos obstáculos encontra-se no cerebelo.
Esta força seria para nós a significar as provas do julgamento a utilizar em nossas vidas, evitando
os diversos e variados obstáculos colocados antes de nós.
Por isso nos obrigaria a média das provas de bom senso para usar em nossas vidas, evitando os
muitos e variados obstáculos colocados diante de nós.
Para vencer e derrotar ELENINI, nós devemos reforçar o caráter e viver na realidade constante,
apegados a nosso Ori, única Divindade que realmente nos ajudará a realizar nosso destino.
Se decidirmos constituir um bom caráter, sem ego, sem malicia, com a verdade, sem viver e
evitando os IBI (negativo – como excessos de bebidas, drogas, relacionamentos promíscuos,
lugares onde essas ações imperam, e amizades nocivas), como já citei, sempre ao lado de nosso
ORI, no sentido comum, obedecendo seus mandatos, cumprindo e aceitando o que IFA nos
aconselha, estaremos vencendo as barreiras impostas por esta entidade em nossas vidas, e este
vencimento de barreiras fará com que nós possamos construir um melhor e bom caráter.
Esta construção do caráter acarretará um crescimento forte que nos fará cultivar o bem, não só
para vencer as provações e tribulações, mas para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Na verdade, Ifa frequentemente nos ensina que para alcançar nossos objetivos teremos que
vencer ELENINI.

ENTÃO, CULTUE SEU ORI, FORTALEÇA SEU ORI, ACATE AS RECOMENDAÇÕES DE


IFÁ E SE AFASTE DE PERIGOS EM AGLOMERAÇÕES, BEBIDAS, DROGAS, PARA NÃO
SER ATACADO E PERMITIR A AÇÃO DE ELENINI.
ISSO NÃO QUER DIZER QUE VC DEVA FICAR TRANCADO EM CASA E NÃO CURTIR
SEU CARNAVAL.
MAS ANTES DE IR PARA SUA FESTA, JOGUE COM IFÁ, PERGUNTE A ESU O QUE VC
DEVE FAZER PARA SE PROTEGER DE ENERGIAS NEGATIVAS.
CONECTAR-SE AO SEU ESU BARA PARA QUE NOS ALERTE DE POSSÍVEIS PERIGOS
À NOSSA VOLTA, COMO BRIGAS, TIROS, AGRESSÕES E DROGAS.
E QUE VCS TENHAM UM ÓTIMO FERIADO, E QUE PASSEM A CULTUAR ORI COM
MAIS FREQUENCIA E CARINHO.

IRE O !!!
ELENINI - O NOSSO GRANDE INIMIGO

OS CUIDADOS COM ESSA ENERGIA

Elenini (Ido-Boo) é o guardião da Câmara interna do Palácio divino de Eledumarè, aonde todos
vamos nos ajoelhar para fazer os pedidos e juramentos para a nossa permanência no mundo. A
grosso modo é o NEGATIVO de nosso ORI. Somente cultuando e propiciando ORI, poderemos
combater ao ELENINI. Ele age nos motivando a fazer coisas erradas, para mostrar a Eledumare
que não somos dignos de entrar no Palacio Sagrado. Esta é e função fundamental de Elenini.
Espero os outros comentários. Ire o

FALAR DE ELENINI É FALAR DE UMA FORÇA QUE É TÃO ESPECIAL, MAS


RARAMENTE É MENCIONADO, MAIS POR MEDO DO QUE RESPEITO...

Enfim, existem vários níveis de poder. E aqui está uma participação muito especial.
São "AJOGUN", incluindo a perda, morte, doença, etc.
Então encontramos outro conceito que chamamos "ELININI" e que em parte esta no nível dos
"AJOGUN”.
Os Ajogun são as forças malignas e muitas vezes é simplesmente traduzido e citado como
"inimigos da humanidade".
Mas como você pode expressá-las?
De muitas maneiras, mas vamos falar claramente de "ELININI”.
ELININI é uma força gerada e perpetuada pela natureza finita dos seres humanos.
Agora vislumbramos nestes conceitos um pouco diferente, porque é basicamente a idéia da nossa
cultura tradicional.
Se olharmos para a perda, doença ou qualquer manifestação negativa, dependendo do que Ifá nos
diz, então, podemos estar a olhar para as coisas feitas pelo homem, e podemos corrigi-los, se a
pessoa o quer.
ELININI é um acúmulo de forças negativas, o que poderia ser definido como os budistas fazem
quando se referem a "karma".
ELININI tem um impacto negativo severo que é gerado pelo pensamento negativo, nas pessoas
negativas que estão incentivando esse estado, é gerado na mesma pessoa.
O sagrado ODU IFA-OBARA ÒKÀNRÀN declara nos seus ensinamentos que "as cinzas no
rosto dos desafortunados."
ELININI e AJOGUN são as cinzas.
ELENINI é o inimigo, o falso testemunho e o adversário que está ao redor de uma pessoa. E
Deus nos lembra, do incômodo, a desunião, a discordância, em suma, tudo negativo.
ELININI existe no físico e metafísico.
Mas é como o ar, sentir isso, está lá, mas não vêem, e quando ele chega, ou quando ele está
deixando o caos, prejudicando a mente, desengonçada.
É ELENINI a divindade mitológica da desgraça e do obstáculo que foi enviado por Eledumare
para aniquilar as divindades que manteve um Aye com mau comportamento Em parte, outros
aspectos do ser interior da pessoa como depósito.
ELENINI, ocupando o cerebelo, a partir do qual executa ações contrárias à verdadeira vontade
do homem. ELENINI faz agir erradamente, com ações malignas atribuídas a ele ou com
associações do mal.
Mas não é nenhum Orisa que você adora, porque é baseado no desconhecimento.
Em outros testes, juntamente ELENINI representa a totalidade ou Ayew Ibis, ou seja, todas as
forças negativas ou mal.
ELENINI não é Seu.
ELE É O GUARDIÃO DO SALÃO PRINCIPAL DE ELEDUMARE.
Seria, a grosso modo, como um “leão de chácara”, que existe para mostrar que você não pode
entrar nesse salão da DIVINDADE maior, por ser impuro, desregrado, promiscuo, sem ética e
sem moral.
Ele atrai você para armadilhas, para realizar atos maldosos, perder totalmente a sua noção de
dignidade, e assim mostrar que nós não podemos partilhar do sagrado.
E assim, retornar a reencarnar tantas vezes quanto necessárias para cumprir nossos objetivos de
CARATER.
Por isso que IWÁ é uma das coisas mais sagradas para o Yorubá.
ORI E ELININI residem no cérebro e outro no cerebelo, respectivamente.
TAMBÉM SUGERE QUE APENAS ORI TEM A FORÇA PARA SUPERAR OU
CONTROLAR ELININI E IMPEDIR A SUA INFLUÊNCIA E TOMAR A PESSOA POR UMA
ROTA DIFERENTE ESCOLHIDO ANTES DO NASCIMENTO.
ELENINI não recebem culto na Nigéria ou em qualquer outro lugar.
Porque sós e combate a ELENINI cultuando ORI, e “praticando” o bom caráter.
Portanto, não são as OFERENDAS de qualquer tipo que anula a ação de ELENINI.
UMA DAS SOLUÇÕES É EVITAR INDIVÍDUOS QUE TENHAM OU SOFRAM DESTE
ATAQUE PARA NÃO ASSUMIR SUAS POSIÇÕES.
ELININI pode ser detectado precocemente, pode ser tratado, mas não curado.
SE O ELININI ENTRA NA FASE FINAL, OU SEJA, NO SOBRENATURAL, ENTÃO A
PESSOA ESTÁ EM APUROS.
ELININI é muito democrático, por não discriminar nenhuma pessoa ou posição. O sinal de sua
presença é invisível, especialmente para os não iniciados, torna-se um estigma.
Os membros da família, especialmente os amigos mais próximos podemos ser os portadores do
mal, sem estar consciente disso.
ELININI falseia os fatos, e quando a pessoa percebe é tarde demais. A pessoa começa a perceber
o que está acontecendo, mas é impotente.
Não haverá intercessão mística, e a qualquer momento a pessoa pode estar morto, no pior caso,
porque caso contrário, será condenado a um inferno pessoal marcado pela derrota, fracasso e
ostracismo.
NA MAIORIA DAS VEZES SÃO QUESTÕES DE SEGUNDOS QUE NOS FAZEM SER
MAUS.
VIDE OS CASOS RECENTES DOS “NARDONE”, OU O MAIS RECENTE, O RAPAZ
“LINDEMBERG”.
E TODOS OS DIAS TEMOS ACESSO A CASOS DOS MAIS ESTAPAFÚRDIOS E
HORRENDOS QUE OCORREM:
FILHOS MATANDO PAIS, AVÓS, ESTUPROS DE CRIANÇAS, E EM SUA GRANDE
PARTE, POR PESSOAS SEM NENHUM ANTECEDENTE CRIMINAL.
Mas agora com os avanços da ciência ELININI está centrada em certos tipos de transtorno
mental, doenças ou síndromes mentais e comportamentais, ao contrário de pessoas que gosam de
uma boa saúde mental.
Em geral, causam sofrimento e prejuízo em importantes áreas do funcionamento mental,
afetando o equilíbrio emocional, o desempenho intelectual e ajustamento social.
Através da história e das culturas têm descrito diferentes tipos de transtornos, apesar da
imprecisão e as dificuldades de definição.
Ao longo da história, e até tempos relativamente recentes, a loucura não era considerada uma
doença, mas uma questão moral, o fim da depravação humana, ou maldição e casos espirituais ou
possessão demoníaca.
Após um início tímido, no século XVI e XVII, a psiquiatria passou a ser uma ciência respeitável
em 1790, quando Philippe Pinel médico parisiense decidiu retirar as cordas para o doente mental,
introduziu uma perspectiva psicológica e começou a fazer objetivos estudos clínicos.
A partir de então, e desde que se iniciou o trabalho nos centros especializados, se definiriam os
principais tipos de enfermidades mentais e suas formas de tratamento.
Em todo ELININI, chega a este tipo de situação.
Porém se a pessoa não deseja educar sua situação, então estará seriamente afetado, a um grau
clínico real, e para todas essas situações, Ifa nos dá as soluções.
ELENINI tem um único e exclusivo objetivo que é de frustrar as intenções de nosso Ori.
ELENINI é interpretado e chamado como “O SENHOR DOS OBSTÁCULOS".
O Senhor dos obstáculos foi criado em harmonia com nós mesmos. Enquanto Ori reside no nosso
cérebro, o senhor dos obstáculos encontra-se no cerebelo.
Esta força seria para nós a significar as provas do julgamento a utilizar em nossas vidas, evitando
os diversos e variados obstáculos colocados antes de nós.
Por isso nos obrigaria a média das provas de bom senso para usar em nossas vidas, evitando os
muitos e variados obstáculos colocados diante de nós.
Para vencer e derrotar ELENINI, nós devemos reforçar o caráter e viver na realidade constante,
apegados a nosso Ori, única Divindade que realmente nos ajudará a realizar nosso destino.
Se decidirmos constituir um bom caráter, sem ego, sem malicia, com a verdade, sem viver e
evitando os IBI (negativo – como excessos de bebidas, drogas, relacionamentos promíscuos,
lugares onde essas ações imperam, e amizades nocivas), como já citei, sempre ao lado de nosso
ORI, no sentido comum, obedecendo seus mandatos, cumprindo e aceitando o que IFA nos
aconselha, estaremos vencendo as barreiras impostas por esta entidade em nossas vidas, e este
vencimento de barreiras fará com que nós possamos construir um melhor e bom caráter.
Esta construção do caráter acarretará um crescimento forte que nos fará cultivar o bem, não só
para vencer as provações e tribulações, mas para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Na verdade, Ifa frequentemente nos ensina que para alcançar nossos objetivos teremos que
vencer ELENINI.

ENTÃO, CULTUE SEU ORI, FORTALEÇA SEU ORI, ACATE AS RECOMENDAÇÕES DE


IFÁ E SE AFASTE DE PERIGOS EM AGLOMERAÇÕES, BEBIDAS, DROGAS, PARA NÃO
SER ATACADO E PERMITIR A AÇÃO DE ELENINI.
ISSO NÃO QUER DIZER QUE VC DEVA FICAR TRANCADO EM CASA E NÃO CURTIR
SEU CARNAVAL.
MAS ANTES DE IR PARA SUA FESTA, JOGUE COM IFÁ, PERGUNTE A ESU O QUE VC
DEVE FAZER PARA SE PROTEGER DE ENERGIAS NEGATIVAS.
CONECTAR-SE AO SEU ESU BARA PARA QUE NOS ALERTE DE POSSÍVEIS PERIGOS
À NOSSA VOLTA, COMO BRIGAS, TIROS, AGRESSÕES E DROGAS.
E QUE VCS TENHAM UM ÓTIMO FERIADO, E QUE PASSEM A CULTUAR ORI COM
MAIS FREQUENCIA E CARINHO.

IRE O !!!
26 de agosto
DESPACHAR

Postado anteriomente por: Awo Ifaseun Oyekanmi


Ogam Gilberto de Esù

NA REALIDADE O RITUAL NA DIÁSPORA, É IPADE (REUNIÃO), ONDE ERAM


INVOCADOS AS ENERGIAS DE YAMI, EGUNGUN E ESU. E DEPOIS ERAM
COLOCADOS PARA GUARDAR A ENTRADA DA CASA, E NÃO "DESPACHADOS". UM
BREVE RESUMO DO IPADÈ: ÌPÀDÈ

- 1º a ser invocado e cultuado tanto como Lésè Òrísà como Lésè Égún.
- O culto de ÈSÙ não repete modelo dos cultos dos outros irúnmàlè.
- Èsú deverá participar inseparavelmente de qualquer que seja o rito a ser celebrado.
- Nenhum òrísà pode por uma ação em movimento sem seu èsù
- Síwájú - o primeiro a ser cultuado.
- Elébo - único que transporta e faz aceitar as oferendas.
- Não cultuado, facilita os caminhos das entidades destruidoras, os temidos Ajóògun.
- Satisfazendo as Iyá-mi-àgbá e os Baba-Égún e seu próprio poder agbára, entende-se o efeito de
suas represárias.
- É numa bolsa que carrega fragmentos de cabaça (partes descendentes da matéria de origem)
útero mítico.
- Fragmentos de cabaça ou de pratos de barro constituem os acentos de Èsù. Um dos aspectos de
Èsù Olòbe - O proprietário do Òbe.
- É rogado para vir proteger os fiéis e assegurar um feliz desenrolar das “obrigações”.
- 1º rito prioritário - com o objetivo de tornar propícios todos os Irúnmalè do pàdé (ìpàdè =
reunião ou ato de se reunir)
- Deve ser celebrado antes do início das cerimônias públicas durante os ciclos anuais e sempre
que tenham lugar oferendas importantes, quadrúpede ou equivalente.
- A 1ª parte do ciclo àsèsè o erù-iku (carrego do morto).
- Rito solene e privado, cerimônia carregada de perigo que objetiva propulsionar e manter
harmonia, entre essas entidades e restabelecer através de oferendas apropriadas seu favor e
proteção. - Invocado sob o duplo significado de Iná (fogo) e de Òdàrà (aquele que provê bem
estar ou satisfação).
OS AJOGUN - As forças inimigas dos seres humanos

Na natureza existem varias manifestações de forças que são avessas ao homem, um exemplo é a
força de ÀJÈ, a mesma se personifica na forma de pássaros, ELEYE, que numa imprecisa
tradução cultural do ocidente, é identificada e comparada com as "bruxas". Nessa manifestação
destrutiva, negativa ÀJÈ também é compreendida como uma energia agressiva que faz parte do
complexo de forças chamadas AJOGUN, forças inimigas dos seres humanos. Tais forças são
consideradas como ocorrências, manifestações ou eventos, que na realidade são compreendia,
através de Ifá, como opositoras que incapacitam os progressos na vida das pessoas, são elas:

ÀJÈ - (a deterioração, a destruição de tudo, a compulsão, a ira) – (uma fonte geradora de forças
negativas e positivas).
IKU - (a morte que gera o definhamento, o fim, a inércia, a extinção),
ARUN - (a doença que gera o desanimo, a infertilidade, a loucura),
OFÓ - (o prejuízo que gera as perdas financeiras, dificuldade de ganhos, a miséria),
ADIFÉ - (a má sorte no amor, incapacidade de felicidade conjugal),
IJA - (a briga, o atrito, a agressão)
ÈJÒ - (a confusão, a briga, o tumulto, a disputa, o litigio, o desentendimento)
ÈGBAN - (a paralisia, a estagnação, a preguiça),
ORAN - (os acidentes e incidentes, a desgraça, o impacto),
IBI - (a opressão, o mal estar, a negatividade, o peso, a desgraça),
EPÊ - (maldições / pragas) - Considerada feitiçaria.
EKE - (a mentira, a fofoca) - Consideradas feitiçarias.
OJUBURU - (a inveja, o olho grande, o despeito) – Consideradas feitiçarias.
IKA - (a perversidade, a maldade, a crueldade, a vingança),
IDINA - (o impedimento, o bloqueio, o empecilho, a dificuldade, a dureza, o caminho fechado),
ILOTA – (a derrota, a inimizade, a aversão, a traição),

No conceito de Ifá, todas essas coisas parte da realidade do mundo sobrenatural para formar uma
idéia geral no mundo material, onde nada pode ficar parado, e quando pára morre, desaparece.
Então, ÈSÚ como o dono do Àshè (ELEGBARA ou ALÀSHÈ), aquele que fecha o caminho do
mal e abre o caminho do bem, através da sua força de ação sobrenatural, a mesma que
movimenta e impulsiona tudo ao reequilíbrio ou desequilíbrio, gerando forças de oposição e
instituição, o mesmo através de ÒRÌ, dá aos seres humanos o poder de fazer as boas escolhas, de
criar e estabelecer qualquer coisa, seja para o bem ou mal. Assim, Eshù é o poder de movimento
e desordem ativa, com a Divina função de provocar a necessidade de reequilíbrio, reposição,
renovação em todos os sistemas. É por isso que ELÀ (Òrúnmìlà), é a força reorganizadora, que
deve ser chamada para entrar em ação na vida do homem, na finalidade de reorganizar o seu
mundo individual. Portanto, o homem está sempre passivo aos tormentos dessas manifestações
turbulentas. Então, é somente através do Oráculo Ifá que se torna possível obter os subsídios
necessários para amenizar e até eliminar tais manifestação no decorrer de toda uma vida. Pois
sem consultar o Oráculo e sem executar os sacrifícios prescritos, afim de gerar as devidas
transformações, o homem fica a mercê do acaso, à mercê de sua própria sorte.
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=323646574404944&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
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OSUN OSOGBO
O texto a seguir é tradução de uma matéria produzida por Kunle Ogunfuyi para o jornal
nigeriano This Day Online, como enviado especial de Lagos a Osgbo para cobrir o Festival.
Retiramos altuns trechos do texto para vocês, para conhecermos um pouco da origem da deusa
dos rios e das cachoeiras, Oxum, tão cultuada em nosso país.

"Muitos séculos atrás, os caçadores de uma aldeia vizinha Ipole Omu, chamado Larooye,
Olutimehin e os seus companheiros, migraram em busca de água. Eles resolveram se fixar as
proximidades do rio Osun, onde atualmente fica Osogbo. Larooye, como um dos primeiros a se
instalar na região, se tornou o primeiro Ataoja (rei) de Osogbo. Neste período, ainda não existia o
culto à divindade do rio Osun.

Quando começaram as preparações da terra para a época de plantio, uma árvore caiu no rio e
uma misteriosa voz vinda da água foi ouvida: "Larooye, Olutimehin, gbobo Iroko Aro mi leti fo
tan" (Larooye, Olutimehin, com a árvore vocês destruíram os vasos das minhas tinturas". Após
ouvir a voz, o medo tomou conta deles. Como ela sabia os seus nomes? Consultando outros
espíritos protetores da sua comunidade, o rei Larooye pacificou a deusa do rio dizendo "Oso-
Igbo pele o, Oro-Igbo rora" e a antiga cidade passou a ser chamada pela contração dessa
expressão que apaziguou o espírito da deusa do rio Osun: Osogbo. Da mesma forma, o título
empunhado pelo rei Larooye veio da função que a deusa delegou ao primeiro rei de Osogbo, nas
oferendas do encerramento do festival. Ataojá é abreviação de Atewogbeja.

Ela ordenou que Obá Larooye, Olutimehin e seu povo se transferissem para a parte superios do
rio chamada Ohuntoto, pois as coisas humanas não podem viver junto com as espirituais.
Larooye e sua comunidade de mudaram, deixando apra trás o seu primeiro palácio, hoje, o
Templo de Osun, no interior do bosque sagrado que beira o rio.

O tempo se passou e Olutimehin, em uma das suas caçadas, teve uma visão. Em uma clareira no
bosque sagrado, dezesseis divindades luminosas dançavam com Osun. E Olutimehin conseguiu,
através de encantamentos, capturar aquela luz que emitiam. Quando a deusa soube do que
Olutimehin tinha feito, chamou-o junto com Larooye para conversar e lhes disse que aquilo
nunca a havia preocupado. Mas avisou que as luzes devem ser celebradas ali, em Osogbo.

Foi o pacto entre a deusa e Oba Larooye que permaneceu os abençoando. Osun foi aplaudida por
muitas conquistas importantes deste povo, fundamentais para a construção e prosperidade do
Estado de Osogbo. Os poderes mágicos de Osun motivava a todos e assustava os inimigos. As
tradições de Osogbo a aclamam como a deusa da fertilidade, da proteção e das bênçãos. Osun
também possui a capacidade de dar filhos às mulheres estéreis e curar os doentes através das
águas do seu rio. Por isso nasceu o festival anual Osun Osogbo , que também marca o
aniversário de Osogbo e do dia de celebrar os Ataojás antepassados. Durante este período, os
filhos e filhas de Osogbo vêm de longe, voltam para casa para promoverem séries de encontros e
reuniões para o desenvolvimento da região."

"No palácio, fomos informados que o festival já está acontecendo há tempo. Começa com
atividades como campeonato juvenil de futebol, o 2º Osun Festival, Campeonato de Golf, Dia
dos Mascarados, Mostra Cultural de Filmes, Noite da Cultura Negra, Campeonato de luta, entre
outros. Agora estão acontecendo campanhas de conscientização sobre o HIV, desfiles de moda e
exibições de arte. Desde algumas semanas estão acontecendo sacrifícios para os antigos Ataojas,
onde dezesseis lamparinas representam as dezesseis luzes apreendidas no bosque pelo co-
fundador de Osogbo. Também têm sido feitos iboris para as cabeças dos líderes atuais e ebós
para as falecidas esposas dos reis do passado.

O culto à deusa Osun prossegue até o climax, no Santuário, no final do festival. Inesperadamente
uma sacerdotisa sai de dentro dentro da sua casa, em um pátio no interior do Palácio segurando
uma faca. Sussurra algumas palavras, volta e se tranca novamente. Sua próxima aparição foi com
a Arugba, uma menina virgem, transportando uma cabaça decorada e parcialmente coberta,
cercada pelos sacerdotes e por uma grande multidão dentro e fora do palácio. O Ataoja também a
segue acompanhado por seus parentes e por pessoas de longe que estão hospedadas no santuário.

A multidão caminha lentamente dançando ao som de músicas típicas, sob coloridos toldos da
festa. É uma oportunidade para os comerciantes fazerem algum dinheiro, vendendo akara elepo
(bolinhos fritos de feijão) estamparias em tecido, souvenirs, produtos das culturas agrícolas, em
brincadeiras nas ruas e com os bata, dundun, aro (tambores) e sekeres (recipientes plásticos que
são vendidos em grande quantidade, utilizados para coletar água do rio Osun.

Acredita-se que a Deusa Osun agora esteja reinando em todo o mundo e é por isso que a
UNESCO listou o Bosque sagrado de Osun como Patrimônio da Humanidade.

O grand finale do festival é o momento das oferendas e sacrifícios, em forma de dinheiro,


presentes, obis (nozes de cola) e aves como votos à deusa por seus adoradores à margem do rio.
Entretanto, diversos outros grupos e profissionais como famílias reais, governantes, o Parlamento
do Povo de Oodua e grupos culturais como o Centro Nike de Arte & Cultura, além de todos os
patrocinadores, pagam suas homenagens ao Ataoja."

OSUN OSOGBO
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(Animais)

No caso dos animais: No Odu Osa-Meji Iyami faz um acordo com Ifa de entregar seus filhos, os
pássaros, para a salvação da humanidade. Em Owonrin-Monso (Owonrin-irosun), os
quadrúpedes se tornam elementos de sacrifícios. Em Irete-Meji, Ifá proíbe o sacrifício de seres
humanos e recomenda o sacrifício quadrúpede à Olorun.

Os animais de um modo geral substituem à vida humana, (uma vida por outra, considerado uma
troca de cabeça), independentemente o mesmo é usado de acordo com seus instintos, habilidades
ou virtudes que possuem; Esses habitualmente são mais adequados para Ebo:

Akukó: (Galo adulto brigão) é para boa saúde e disposição, vencer caso judicial, para mulher
conseguir Marido, vencer inimigos, tirar desgraça, porque o galo representa o homem. É uma ave
de batalha persistente, Arremesso, Defesa. Considerando seu
instinto.

Akukó rere: (Franguinho de leite) é para ter boa saúde e vitalidade, vencer dificuldade, para a
Moça conseguir Esposo, porque o frango representa o homem moço. É uma ave de vitalidade,
ousadia, persistência. Considerando seu instinto.

Abebò: (Galinha adulta chocadeira) é para o mesmo caso prévio, mas usada para os homens, a
galinha representa a mulher idosa, Maternidade, Passividade, Proteção, Subsistência.
Considerando seu instinto.

Adiyé: (Franga nova) é para o mesmo caso prévio, mas usada para o Rapaz, a franga representa a
mulher jovem, cheia de vitalidade, curiosidade, a Passividade, Proteção, Subsistência.
Considerando seu instinto.

Akiko wewe (Garnisé) é para é para ter boa saúde e vitalidade, boa sorte, vencer inimigos,
iniciativa, tirar desgraça.

Opipi: (ave arrepiada); considerada uma ave sem a capacidade de voar por suas penas serem
arrepiadas, assim, por não possui força para decolar é usada contra os espíritos Arajé ou Oshô, se
no caso de um espírito Ajé for um Ancestral de alguém, a ave Opipi deverá ser solta no quintal e
jamais deverá ser sacrificada. Então o descendente deverá executar um Ebó-Etutu indicado por
Ifá, quando o Opipi deverá ser solto no quintal na finalidade de inverter os efeitos de Arajé.

Eiyele: (Pombo caseiro) dado a capacidade de reproduzir, aglomerar-se, fazer seus os ninhos,
voar tranquilamente sobre muitos perigos é para proteção, amparo, longa vida, filhos, casa,
dinheiro, prosperidade, união no matrimônio, boa sorte.

Njoro (coelho); é para ter filhos dado a sua capacidade de reprodução, mas dado a sua
capacidade de escapar e se esconder é para escapar da morte e problemas de justiça.

Obuko (cabrito) é para saúde, vencer dificuldade, problemas judiciais, vencer inimigos,tirar
desgraça, conquistar marido, (substituto do ser humano).

Ewure (cabra) é para boa saúde, ter filhos, conquistar esposa, (substituto do ser humano).

Agutan (carneiro) é para saúde, tirar desgraça, problemas judiciais, problemas com inimigos,
(substituto do ser humano).
Agbo-Agutan (Ovelha) é para boa saúde, tranqüilidade, ter filhos, (substituto do ser humano).

Awo Ifun (Galinha da guiné branca), devido à capacidade de escapulir diante dos seus
perseguidores é para problemas judiciais, perseguições, falência financeira, escapar de espíritos
perversos.

Awo Etú: (Galinha da guiné); devido à capacidade de escapulir diante dos


perseguidores é para problemas judiciais, perseguição e escapar de espíritos perversos.Devido a
sua cor carijó, é especialmente usada para consagração de Rituais eAssentamentos.

Aparo (codorna/perdiz): Para problemas de Perseguições, devido a sua característica defugir com
facilidade escapulindo diante de seus perseguidores. A pena de Aparo é principalmente utilizada
no culto de

Ogun/Logun contra Bruxarias e outras forças destrutivas.

Elede (Porco): é para finanças, prosperidade, abundancia e desenvolvimento financeiro em geral,


mas também para reprodução e saúde quando sacrificado diretamente à Iyami Onilé (Mãe Terra).

Oromodié (Pintinho); é para a abertura do Orun, para o durante o nascimento, as iniciações e o


Etutu.

Pepeyé (Pato): é para neutralizar um inimigo, causar o esquecimento e manter-se alerta,


oferecido camufladamente em Ibori numa cabeça obsessivamente apaixonada.

Igbin (Caracol): é o único animal que não é hostil com qualquer outro, seus
movimentos são lentos dá sensação de resignação, conforto e tranqüilidade. Por isso é para
pacificar, tranqüilizar, atenuar situações agressivas, fecundidade, longevidade e equilíbrio. Nos
rituais é utilizado como elemento de fecundação sobre o sangue vermelho, apaziguar às Iyami,
defesa contra desgraças, choques, acidentes, evitar destruição e confusão.

Ajapa = Ijapa (Cagado/Jabuti): devido à capacidade de carregar nas costa sua própria casa
resistente, sua força, obstinação e longa vida, é utilizada para obtenção de longevidade, casa
própria, saúde, força, defesa contra ataques, livrar-se de desgraças e proteção contra acidentes.

Awun; (Tartaruga Marítima) devido sua resistência e durabulidade é usada para obter
longevidade, saúde, vitalidade.
Akika (tatu), por seu instinto de se esconder em buracos e sua capacidade de defesa através da
sua couraça é utilizado para obter, sucesso financeiro, comércio, saúde, casa,proteção contra
acidente e perseguidores.

Eja (Peixe): Vivo seu sacrifício é para propiciação ao Ori, a fim de prosperidade,abundância
financeira, fertilidade, para atrair um Egun, Cerimônias de rigor e reprodução. Defumado é
muito utilizado em vários

Adimu e Oogun (magias). Existem certos tipos de peixes, como o Eja-Oro


(peixe de lama), Eja-Kika (bagre ou peixe-gato) eles têm uma facilidade de escapulir e se
esconder fugindo de perseguidores, e também uma grande vitalidade e uma enorme capacidade
de sobrevivência, por exemplo, até mesmo na falta de água.

Eja-bo (pargo) é o animal que conecta um Ori com Olodumare (Deus).

Ejá-Dada (Peixe Tilápia). Animal que se reproduz em abundância, utilizado pada atrair a
prosperidade, fartura, multiplicação.

Ejá-Olokunkun; (Mero) é o peixe mais fértil do mundo. Usado em ritos de fertilidade,


prosperidade, fortuna, riqueza, sucesso e abundancia.
Aja (Cachorro): sacrifícios diretos para fins de saúde e vencer na vida através de favor do Orisa
Ogun. Animal que acalma este Orisa.

Ekú (rato do mato): é para Assentamento de Orisha Elegbara-Eshù, e também para saúde,escapar
da morte, perseguição ou injustiça, isso pela sua habilidade de escapar e esconder-se, utilizado
ainda na Oogun para gestação, porque igual ao peixe, eles dão à luz continuamente, etc.

Eku-Emó é para saúde, escapar da morte, perseguição ou justiça, isso pela sua habilidade de
escapar e esconder-se.

Okete ou Ekutele (ratão do mato); é utilizado para Matrimônio, obter Casa, Dinheiro, Gestação e
varias outras Oogun (magias).

Okin (Pavão): Utilizado somente no Ibori de Sacerdotes e Governantes, é para


autoridade, controle, governo, direção, liderança, domínio.

Tulutulu (Peru): Utilizado somente no Ibori de Sacerdotes e Governantes, é para autoridade,


controle, governo, direção, liderança, domínio.

Agbonrin (Cervo ou Veado galheiro); Utilizado somente no Ibori de Sacerdotes eGovernantes, é


para Governo, controle, saúde, ajustamento, justiça.

Ologbo (Gato e outros felinos); algumas partes deste animal, são utilizadas afim de evitar
qualquer tipo de perdas, anular feitiçarias, evitar prejuízos financeiros.

Agan ou Oga (Lagarto); é para proteção contra Ajé Dudu (magia negra) e Ojiji (feitiçode morte).

Agemó (Camaleão); é para proteção contra Ajé Dudu (magia negra), usado na
composição do Adosu utilizado pelos iniciados.

Ooni (Crocodilo ou Jacaré); é para proteção em geral, saúde, o único animal que Sòpònnà a
divindade da varíola não conseguiu matar, etc.
Cada Orisha também tem características e funções bem especificas
para serem utilizadas de um modo geral, a exemplo simples entendemos
que:
Elegbara-Èshù: é para desbloquear, liberar os obstáculos, alcançar metas, ser capaz para liderar,
dominar, Amizade, se vitalizar, agir, saúde, restaurar a força, despertar, disposição, virilidade,
anular feitiçaria, fechar o caminho do mal (os Ajoguns inimigos dos seres humanos), escapar de
injustiças. Propagar a reputação, etc.

Ogun: é para Vitoria, Força e Saúde física, Trabalho, Potência viril, Coragem,
Transformação, Purificação por meio de grande energia (fogo), etc... Já com o
denominativo Oshoosi ou Logun: força de desejo, energia que faz você progredir na vida,
energia para você conquistar seu objetivo, é para pedir proteção contra acidentes de carro,
proteção contra os inimigos, ameaças e situações de justiça, Obter bens e melhor qualidade de
vida, Conquistar, Direcionar, Reorganizar, Dominar perdas,Controlar, Alcançar objetivos
difíceis, Proteção contra maledicências e pessoas desonestas ou mal caráter, etc. Ai de quem fala
mal dos devotos deste Orisa, cedo ou tarde sempre experimenta do próprio veneno que lança.
Yemowo ou Oduwa; é para Dinheiro, Abundância, Crescimento financeiro, Saúde da genitália
feminina, Proteção com agressão, Gestação, Matrimonio, Prosperidade nos negócios. Retomar a
liderança, aplicar a Justiça.

Yeye Oshun; é para Proteção contra agressão física e perversidade, atrair Afeto,Gestação e boa
formação do feto, Saúde dos Ovários, Proteção e saúde de bebês,Dinheiro. Converter o Ódio em
Afeto. Diluir problemas, Melhoria no comercio,Melhorar o Ori de crianças. Atrair bondade,
Generosidade e Afeição. Abrandar algoterrível. Yeye Òshún é a essência que provoca alegria e
calma de Ògún. Incita aambição comedida (desejo de generosidade), privilégio exclusivo,
pureza, sucesso,concepção, entendimento, dedicação todo desejo e força de Osun.

Yemoja; Imole do mar e representa a Deusa Feminina dona da riqueza, ela te protege contra
maldade, é cultuada para dar fim nas obsessões e perseguições, anular inimigos refrear o abuso
da Autoridade, além disso, propiciar gestação, saúde feminina,Dinheiro. Acabar com briga no
Matrimonio, Melhorias no comercio, etc

Irewiyn: Por o Orisha das massas volumosa e superabundância é cultuada para assustos de
abundância, desenvolvimento, fazer crescer, abastança, sorte, sucesso, aumentar as finanças,
evolução na vida material.

Ooyà; é para Proteção contra ataques de Perversos ou Iku-Egun, atrair Amores, Fertilidade na
esterilidade, Saúde das trompas, Vendas de todos os tipos, Melhorias no comercio. Movimento
de comercial, Atrair Clientes, Tomar Iniciativa, Faxina espiritual, Varrer os espíritos perversos.

Obba: é para União de casal, acalmar escândalos, barulhos entre relacionamento, Confortar
pessoa traída e sofrida com amor não correspondido, Gestação, Saúde dos tímpanos, Dinheiro.
União de homem com mulher, Vencer disputas, Proteção contra confusão e reputação, etc.

Obaluwaiye; é para adquirir Fortuna, Riqueza material, Movimento comercial, Saúde da Pele,
Controle de epidemias.

Iyewá: é para expurgar doenças interiores de mulher, conter febres, ocultar segredos,proteger
contra profanação e exposição, Gestação, Saúde da visão, Proteção contrabruxaria, Proteger
Segredos, Fazer um Egun aparecer aos olhos físicos.

Omolulu ou Onilé: é para aniquilar energias ruins, ocultar segredos, restituição, controle dos
espíritos ligados a terra, Gestação, Saúde do corpo interno e externo eaniquilar bruxarias.

Ajakuta-Shango: é para vencer conspirações, inimigos, conflitos, proteção contrainjustiças, etc.

Aganju: é para ser capaz, explodir com a força, transformações, liderança, posição importante,
etc..

Osharoko: é para desenvolvimento no plantio, estender comércio, etc.

Ajeshaluga: é para Obter dinheiro, finanças em geral, abundancia, prosperidade,sucesso


financeiro, etc.

Obatala: é para Proteção geral, Solucionar problemas mentais, Estabilidade geral,


Paz,Tranqüilidade, Liderar com nobreza, Respeito, Honra, Consideração.

Olokun: desenvolvimento material, referente ao comércio e transportes, sorte em jogos de azares,


etc

Osanyin: é para obter Saúde em geral através das folhas, anulação de forças negativas,defesa
contra bruxaria, atrair a sorte e dinheiro, união homossexual, proteção de segredos intelectuais,
etc.

Orunmila: é para transformação e conservação do destino, guiar, revelar, organizar,rejuntar,


reajustar, direcionar a mente, clarividência, etc.

Osun: é para proteção em geral, alinhamento na vida.

Erinle e Abatà: é para saúde feminina e reter o líquido uterino, obter fertilidade, abundância,
reconquistar a honra perdida, proteção contra injustiça no meio familiar ou na Sociedade.

Ibeji: é para vencer obstáculos, atrair prosperidade para dentro de casa, multiplicação.

Emere; é cultuado para atrair alegria, felicidade, abundância, filhos, sorte e auxilio.

Ajagemó: é para obter casa, filhos, vencer conspirações e anarquias, etc

Iyami-Oshoronga; cultuada para aplacar o mal, aplacar qualquer força ou efeito agressivo, atrair
a sorte, prosperidade, fertilidade, amor, sucesso, respeito, justiça e proteção em geral.

Gélédé; As Gélédés são cultuadas a fim de prover fertilidade, proteção contra


epidemias, proteção contra negatividades, atrair prosperidade e fartura.
Òrò; é para abrir caminho financeiro, proteção contra roubo e arrombamentos, injustiças, ganhar
casos na justiça, evitar fofocas, disse-me-disse, atacar inimigos.

Baba-Eégungun; é cultuado para abrir caminhos, proteger o lar, proteção contra injustiças,
ganhar casos na justiça, aplacar ataques de forças inimigas.
Etc, etc, etc

Ire O!
DE OSUN

1. De Òsun provem as águas, pois ela é o próprio útero da Terra. Senhora da fertilidade, dela
depende a Vida no planeta. É interessante considerar que todas as águas, mesmo as dos
mares e das chuvas, provem dela – e que toda a água existente n...

2. IBÀ ÒSUN!
ÒSUN SIGINSI EMI L’OMO ÌJÈSÀ.
ÒSUN Ó JÍRE E O!

SAUDAÇÕES ÒSUN!
ÒSUN SIGINSI SOU CIDADÃO DE ÌJÈSÀ.
ÒSUN, BOM DIA PARA VC!

(IBÁ ÓXUM ÓXUM XIGUINXI ÊMI LÓMÓ IDJÉXÁ ÓXUM Ô DJIRÊ Ê Ô)

ÒSUN MO PÉ Ó O!
MO PÉ Ó SÍ NÍNÍ OWO.
MO PÉ Ó SÍ NÍNÍ OMO.
MO PÉ Ó SÍ NÍNÍ ÀLÁFIÀ.
MO PÉ Ó SI ÒRÒ.
KÍ ÀWA MÁ RÍJÀ OMI O,
KÍ ILÉ MÁ JÒ WÁ.
KÍ ÒNÀ MÁ NÀ WÁ O.
PÈSÈ ÀSE FÚN WÁ O.
KÍ ÀWA MÁ RI OGUN IDILÉ.

OXUM EU TE CHAMO
EU TE CHAMO PARA QUE TENHAMOS DINHEIRO.
EU TE CHAMO PARA QUE TENHAMOS FILHOS.
EU TE CHAMO PARA QUE TENHAMOS SAÚDE.
EU TE CHAMO PARA QUE TENHAMOS UMA VIDA SERENA.
OXUM, NOS PROTEJA, PARA QUE NÃO HAJA PROBLEMAS ENTRE NÓS, TEUS
FILHOS.
PARA QUE SEMPRE HAJA PAZ EM NOSSO LAR.
QUE NOSSOS OBJETIVOS NÃO SE VOLTEM CONTRA NÓS.
DÁ-NOS AXÉ!
QUE NÃO HAJA PROBLEMAS EM NOSSA FAMÍLIA.
3. Gbogbo l’omo Òsún
A Gbàdàmú-gbàdàmú obìnrin yanyan bí òkúta

Todos somos filhos de Òshun.


A grandiosa anciã resistente como uma pedra imutável.
4. "Egbé significa Sociedade: designa a Sociedade dos Espíritos Amigos e se refere,
simultaneamente, a um orixá e a uma irmandade ou corporação de seres espirituais: trata-
se de Èré igbó ou Aráagbó, que significa Habitante da floresta ou Habitante do além. Este
orixá protege contra a morte prematura, acalma o sofrimento material e espiritual e
orienta o ori do abiku e de seus devotos a seguir o caminho certo."

Fonte : ( Babá King Sikiru Salami Oduduwa- SP)

Foto: | Art Museum from the Amica ©


5. IYA ODU O MAIS IMPORTANTE DE TODOS ORISAS

Ìyá mi Odùlógbòjé

Iya Odu, o mais importante assentamento no culto aos orisas, representa a capacidade
adquirida pelo babalawo, de fazer qualquer orisa mesmo não tendo o assentamento.

Como explicar isso, todo orisa nasce em um odu, se o babalawo tem o assentamento de
iya odu ele pode tefar o odu de origem de qualquer orisa.

Umas das diferenças entre um babalawo e um babalorisa, é que um babalorisa, só pode


assentar orisás que ele foi iniciado ou feito, um babalawo pode assentar qualquer
orisa,mesmo não tendo o assentamento.

Basta que ele tenha conhecimento e o assentamento de Iya odu.

Em território Yoruba algumas famílias do culto a ifá consideram que um awo que não
tenha sido apresentado para Iya odu durante o seu Itefa, não é reconhecido como
babalawo.

Segue textos de grandes autores sobre Iya odu.

J.Johnson (Dennett,196:253)

O Igbadu é um cabaça coberta, contendo quatro


vasinhos de casca de côco, cortada cada uma em dois pelo, meio, e que contém ,
além de algo desconhecido para não iniciados, um com um pouco de barro,
outro um carvãozinho, e ainda outro com um pouco de camwood29
o todo
representando ou pretendendo representar alguns atributos divinos e que, junto
com os vasinhos que os contém, simbolizam os quatros principais odús- Eji
Ogbe, Oyeku, Meji, Iwori Meji, e Odi Meji, e essa cabaça é depositada em um
bem preparada e especial caixa de madeira denominada Apere.

A caixa é considerada como muito sagrada e como uma insígnia da divindades, sendo
também reverenciada .

Não é aberta nunca exceto em ocasiões muito especiais e importantes, como quando uma
séria divergência.
Tem de ser dirimida, e não sem mãos lavadas o frequentemente com oferenda de sangue a
ela é feita.

O cômodo onde é depositada é considerado tão sagrado que nenhuma mulher e


tão pouco nenhum homem não iniciado têm permissão para nele entrar, e a
porta que á ele dá acesso é geralmente embelezada com coloridos de giz e carvão vegetal,
dando-lhe uma aparência sarapintada.

Epega (1931:16)

Igba Odu (cabaça de Odu)


Também é chamada, Igba Iwa (a cabaça o Recipiente da Existência) Nessa
cabaça, miraculosas magias são armazenadas por um grande babalawô que dá
instruções de como deve ser reverenciadas, com a estrita advertência, é claro, de
que jamais deveria ser aberta a menos que o devoto esteja extraordinariamente
angustiado e, por conseguinte, ansioso para deixar este mundo. Igba Iwa é feita
de tal sorte que não seja facilmente aberta.
Adivinhos de Meko disseram que seus odu são dife rentes dos
desenhados e descritos por

Maupoil (1943: 168-170.

Disseram que consiste de


uma cabaça branca coberta contendo uma grosseira figura de barro, parecida
com aquelas que representem Ẹụ e é mantida sobre uma plataforma de barro
(Itage) e em um quarto especial (Iyara Odú) no qual apenas devotos de Ifá
podem entrar. A cabaça é aberta a cada ano durante o festival anula, ocasião em
que um animal é a ela sacrificado, mas é muito perigosa e mulheres e homens
jovens não podem adentrar o sacrário onde é conservada.
Divinadores de Ilessa
também conservam seus odús em uma cabaça, dentro um cômodo especial.

Texto: IFÁ DIVINATION – WILLIAM BASCON

Bàbàláwo Ifágbaíyin Agboolà


Babalawo Ifagbaiyin

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propriedade privada, então,

credite a autoria dos textos. Obrigado


6. https://www.facebook.com/photo.php?
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ODUS

.......devo lembrar-te de que, se hoje és detentor do poder sobre os 16 Odu Meji, deves a mim este
privilégio, ou por acaso te esquecestes da forma como adquiriste este poder? perguntou Exú.

Mais calmo, aceitando a meia cabaça com água que lhe estendia seu interlocutor., Orumilá
acomodou-se sobre uma esteira estendida no chão e se pôs a lembrar daquilo que Exú estava
agora se referindo.

.......Desde muito jovem, Orumilá ansiava pelo saber, e foi informado de que, para obtê-lo,
deveria conquistar os favores de uma musa chamada Sabedoria, que se encontrava encarcerada
em algum lugar na imensidão do Orun.

..... partiu sozinho, numa aventura cujas conseqüências não podia avaliar. De concreto, sabia
apenas que muitos outros já haviam partido com a mesma intenção e que jamais haviam
retornado.

....Depois de já haver caminhado muitos dias..........encontrou um mendigo que, estendendo-lhe a


mão, pediu um pouco de comida.

Metendo a mão em seu embornal, dele retirou um pouco de farinha de inhame....e, de uma
pequena cabaça que levava na cintura, um pouco de dendê, misturando tudo e dividindo com o
mendigo, comendo, ele mesmo, uma pequena parte do alimento.

Depois de alimentar-se, o mendigo, sem revelar seu nome, ofereceu ao jovem, em sinal de
agradecimento, o bastão de marim entalhado,

dizendo - Bem sei o motivo pelo qual penetraste nesta floresta.. Segue somente tua intuição,
deixa-te guiar pela vontade vencer e, em breve, irás deparar-te com uma enorme construção de
pedra na qual entrarás com muita facilidade. Os perigos com os quais irás te defrontar estão em
seu interior, portanto preste a atenção no que agora vou te dizer.
Com este bastão de marfim, denominado Irofá deverás bater em cada uma das portas dos 16
quartos...pois só assim elas se abrirão.

do interior de cada porta ouviras uma voz que te perguntará: "Quem bate?" e tu te identificaras
dizendo que és Ifá, O Senhor do Irofa. A voz perguntará então o que estás procurando,e tu dirás,
estando diante da porta do 1 quarto, que desejas conhecer a vida e que queres conquistá-la em
nome de EJIOGBE. A porta então se abrirá e conhecerás os misterios da vida que pertencem a
Ejiogbe o 1 dos 16 Odus de Ifá.

No segundo....depois de haveres te identificado como da forma anterior, dirás que desejas


conhecer IKU, a Morte e que desejas dominá-lo. A porta se abrirá e conhecerás a morte, seus
horrores e mistérios, que pertencem a Oyeku Meji , o 2 Odu de Ifá. Se não demonstrares medo
em sua presença haverás de adquirir domínio absoluto sobre ele ....

...Na terceira porta encontrarás um guardião denominado Iwori Meji, que depois de
reverenciado, te colocará diante dos olhos os mistérios da vida espiritual e dos nove Oruns, onde
habitam deuses, demonios e todas as classes de espíritos que irás conhecer de forma íntima,
descobrindo seus gostos e maneira correta de apaziguá-los.

Na quarta porta, reclamarás por conhecer o jugo da matéria sobre o espírito, e o guardião desta
porta , ODI MEJI, a quem deverás mostrar respeito sem submissão, te ensinará tudo o que for
concernete a questão, è necessário que não te deixes encantar pelas maravilhas e pelos prazeres
que se descortinarão diante dos teus olhos, pois podem escravizar-te para sempre, interrompendo
a tua busca. Lembra-te ainda que a matéria que sequer foi criada, dominará o universo.

Já na quinta porta, quando fores indagado, dirás que procuras pelo domínio do homem pelos seus
semelhantes, pelo uso da força e da violência, da tortura, do derramamento de sangue. Aprende
tudo que Irosun Meji, ... tem para te ensinar. Mas não utilizes as técnicas ali reveladas, para não
te tornares, tu mesmo, vítima delas. Aí tomarás conhecimento dos planos de Olórun em relação à
criação de um ser dotado de corpo material.

Na sexta porta ....um gigante do sexo feminino, que saudarás pelo nome de Oworin Meji, e a
quem solicitará ensinamentos relativos ao equilíbrio que deve existir no Universo, e então
compreenderás o valor da vida e a necessidade da morte. O mistério que envolve a existência das
montanhas e das rochas. Ali serás tentado pela possibilidade de obter muita riqueza, mulheres,
filhos e bens inenarráveis. Resiste a essas tentações ou verás tua vida ser reduzida a uns poucos
dias de luxúria.

......diante da sétima porta. O habitante deste quarto chama-se OBARA MEJI, é velho e de
aparência bonachona. Poderá te ensinar prodígios de cura e soluções para seus problemas mais
intricados. Dará a ti a possibilidade de realizar todos os anseios e os desejos de realizações
humanas.Toma cuidado, no entanto, pois os domínios destes conhecimentos pode conduzir-te à
prática da mentira, à falta de escrúpulos e à loucura total.

No oitavo aposento deverás solicitar permissão a OKARAN MEJI para conheceres o poder da
fala Humana, que infelizmente será sempre muito mais usada na prática do mal do que do bem.
Este guardião te falarás em muitas línguas e de sua boca só ouviras queixas e lamentações.
Aprende depressa e foge deste local, onde impera a falsidade e a traição.

Diante da nona...guardião Ogundá Meji, para conheceres a corrupção e a decadência, que podem
levar o ser humano aos mais baixos níveis de existência. Naquele quarto, conhecerás todos os
vícios que assolarão a humanidade e que a escravizarão em correntes inquebrantáveis.Verás o
assassinato, a ganância, a traição, a violência, a covardia e a miséria humana, brincando de mãos
dadas, com muitos infelizes que se tornaram seus servidores.

No décimo aposento, deverás apresentar reverências a uma poderosa feiticeira, cujo nome é Osá
Meji. Ela vai ensinar-te o poder que a mulher exerce sobre o homem e o por que deste poder.
Conhecerás seres portentosos que funcionam na prática do mal. Todos os demônios denominados
Ajés se curvarão diante de ti e te oferecerão seus serviços maléficos que, caso aceites, farão de ti
o ser mais poderoso e odiado sobre a face da Terra. Aprenderás a dominar o fogo e a utilizar o
poder dos astros sobre o que acontece no mundo, principalmente a influência da Lua sobre os
seres vivos.Cuida para que estes conhecimentos não te transforme num bruxo maldito.

.... na 11a. porta... seu guardião Iká Meji, o gigante em forma de serpente,te fará estremecer.
Saúda-o respeitosamente e solicita dele permissão para descortinar o mistério que envolve a
reencarnação, o domínio sobre os espíritos Abiku, que nascerão para morrer imediatamente.
Aprende a dominar estes espíritos e, dessa forma, poderás livrar muitas famílias do luto e da dor.

A 12a. ..... Seu guardião se chama Oturukpon Meji, é do sexo feminino e possui forma
arredondada, mais se parecendo com uma grande bola de carne. ....... poderá revelar-te todos os
segredos que envolvem a criação da terra, além de ensinar-te como obter riquezas impensáveis.
Aprende com ele o segredo da gestação humana, e a maneira de como evitar abortos e partos
prematuros.

...13a. Bate com cuidado e muito respeito. Neste aposento reside um gigante que costuma
comunicar-se........, com a Deusa da criação do mundo. Aprende agora como é possível separar as
coisas. Domina o mistério de dissociar os átomos, adquirindo assim, pleno poder sobre a matéria.
Aprende também a utilizar a força mágica que existirá nos sons da fala humana, mas usa está
força terrível com muita sabedoria. Este gigante chama-se Otura Meji.

...14a. porta, irás defrontar-se com Irete Meji, que nada mais que Ilê, a Terra.Faz com que te
revele os seus mais íntimos segredos. Agrada-o, presta-lhe permanentemente reverência e
sacrifício. Contata, por seu intermédio, os Espíritos da Terra, e transforma-os em teus aliados.
Conhece os segredos de Sakpata, o Vodu da peste que mata e cura da forma que melhor lhe
aprouver. Aprende com ele o poder da cura, já que matar é tão mais fácil.

Na 15a. serás recepcionado por Ose Meji, que irá falar-te de degeneração, decomposição,
putrefação, doenças e perdas. Aprende a sanar estes males e sai dali o mais depressa possível,
para não seres também vitimado por tanta negatividade, que foi gerada em uma relação
incestuosa.

Finalmente, a 16a. porta..... Aí reside Ofun Meji, o mais velho e terrível dos 16 gênios guardiões.
saúda com terror gritando Hêpa Baba! Só assim poderás aplacar sua ira. Contempla-o com
respeito, mas não o encares de frente. Observa que ele não é um gênio como os que conhecestes
nas 15 portas que precediam esta. Este é Ofun Meji, aquele gerou os demais, que nele habitam e
que dele se dissociam apenas de forma ilusória. Conhece-lo é conhecer todo o segredo do
Universo. è isto que buscava Oh! Orumilá. Domina-o e resgata para ti a bela donzela chamada
Sabedoria.
Do Livro Igbadu, A Cabaça da Existência, de Adilson de Oxalá

Postado por Iyalorisa e Iyanifa Ifayemi -


Àiyé - Terra (Planeta Terra, Mundo Material)"Ilè mo pè o o Jèkí ntè o gbò Jèjí ngbò jèkí ntò Jekí
nje mùtùn lórí re Terra, eu lhe peço Deixe-me andar sobre você até a velhice Deixe-me viver até
uma idade avançada Deixe-me comer bem sobre sua terra.

"Ilè mo pè o o Jèkí ntè o gbò Jèjí ngbò jèkí ntò Jekí nje

Reverencio aquela que nos deixa andar sobre ela, que nos da alimento e mata nossa sede, Aquela
que nos recebe quando temos de voltar. Que me deixes viver muito tempo sobre a senhora. Ase o
mãe Terra Yámi Ayè
ORIN ORISÁ YEMONJA

Èérú Ìyá !
Mãe das Espumas das Águas!

ÀWA ÀÀBÒ A YÓ YEMONJA ÀWA ÀÀBÒ A YÓ YEMONJA

Auá aabô aiô Iémanja auá aabô aiô Iémanja.

Estamos protegidos, nossa satisfação é completa,


Yemonja protege-nos e nos enche de satisfação.
É Yemonja.

ÌYÁÀGBÀ Ó DÉ IRÉ SÉ A KÍÌ E YEMONJA


A KOKO PÈ ILÉ GBÈ A Ó YÓ ODÒ Ó FÍ A SÀ
WÈ RÈ Ó.

Iáaba ôdê irêxê a quié Iémanja


A cócó puê ilê bê a ôiô ôdôô fi axa
Ué ré ô.

A velha mãe chegou fazendo-nos felizes, nos vos


Cumprimentamos Yémanja, a primeira que chamamos
Para abençoar a nossa casa e nos encher de satisfação,
Usar o rio que escolhemos para nos banharmos,
Pois o rio que escolhemos é o que usas para o seu banho.

A SÀ WÈ LÉ, A SÀ WÈ LÉ Ó ODÒ FÍ Ó A SÀ WÈ LÉ
A SÀ WÈ LÉ, A SÀ WÈ LÉ Ó ODÒ FÍ Ó A SÀ WÈ LÉ
Axauélê axauélê ô ôdôfiô axauélê
Axauélê axauélê ô ôdôfiô axauélê

Nós escolhemos nos banharmos em casa, em casa nós escolhemos,


Nos banharmos em casa e ela costumar banhar-se no seu rio.
Nós escolhemos nos banharmos em casa, em casa nós escolhemos,
Nos banharmos em casa e ela costumar banhar-se no seu rio.

ÌYÁ KÒRÒBA Ó KÒRÒBA NÍ SÁBÀ


ÌYÁ KÒRÒBA Ó KÒRÒBA NÍ SÁBÀ

Iácôrôbá ô côrôbá ni sabá


Iácôrôbá ô côrôbá ni sabá

Mãe que enfeita os cabelos dividindo-os no meio


Da cabeça, ela tem o hábito de enfeitas os cabelos
Dividindo-os no meio da cabeça.

KÍNÍ JÉ KÍNÍ JÉ OLÓDÒ YEMONJA Ó


KI A SÒRÒ PÈLÉÉ, ÌYÁ ODÒ ÌYÁ ODÒ.

Quiníjé quiníjé ôlôdô Iémanjá ô


Qui a sóró puéléé, iá ôdô iá ôdô.

Quem é a dona dos rios ? É Yemanja


A quem nos dirigimos expressando simpatia.
Mãe dos rios, mãe dos rios.

ÒGÙN Ó YEMONJA, ÒGÙN Ó YEMONJA E LÓDÒ E LÓDÒ


SÀ WÈ A ÒGÙN Ó YEMONJA.
ÌYÁ ÀWA SÉ WÈ, YEMONJA DÒ Ó RERE YEMONJA.
ÌYÁ ÀWA SÉ WÈ, YEMONJA DÒ Ó RERE YEMONJA.

Ôgum ô Iémanja ôgum ô Iémanja é lôdô é lôdô


Xauéá ôgum ô Iémanja.
Iáauá xêué Iémanjadô ô rerê Iémanja
Iáauá xêué Iémanjadô ô rerê Iémanja

O Rio Ogum é de Yemanja, o Rio Ogum é de Yémanja


Ela tem o rio, tem o rio que escolhemos para nos banharmos,
O Rio Ogum é de Yemanja, Mãe, vamos nos banhar,
Yémanja que o rio esteja bom, Yémanja.

IÁAUÁ XÊUÉ IÉMANJADÔ Ô RERÊ IÉMANJA


IÁAUÁ XÊUÉ IÉMANJADÔ Ô RERÊ IÉMANJA
Iáôdô siômóbê qui ênhiim auáôrô
Iáôdô siômóbê qui ênhiim auáôrô

Mãe do rio que sustenta os filhos, cumprimentamos


A vós que sois para nós sagrada.

ÌYÁ KI OMO WON BÍ OMON EJA ELÉ NGBÈ


WON DARÚGBÓ, ÌYÁ KI OMO WON BÍ OMON EJA
ELÉ NGBÈ WON DARÚGBÓ.

Iá quiómó uan bi óman éja éléumbê


Uan darubô iá quiómó uan bí óman éja
Éléumbê uan darubô.

Mãe, cujos filhos nasceram peixes, senhora que os protegeu


Até eles ficarem velhos. Mãe, cujo filhos nasceram peixes,
Senhora que os protegeu até eles ficarem velhos.

ÒRÌSÀ ÌYÁ ÌYÁ E SOGBÈ ÌYÁ DÉ GBÉ,


ÒRÌSÀ ÌYÁ ÌYÁ E SOGBÈ ÌYÁ DÉ GBÉ,

Ôrixá iáiá é sóbê iádêbê


Ôrixá iáiá é sóbê iádêbê

Orixá e mãe, sois a próxima a chegar para nós


Dar proteção (suporte).
Orixá e mãe, sois a próxima a chegar para nós
Dar proteção

ÀWA YÓ ÌBÀ NGBÀ, ÌBÀ NGBÀ


ÀWA YÓ ÌBÀ NGBÀ A FÉ RÈ NI OLÚWÀSE.

Auáiô ibáumba ibáumba


Auáiô ibáumba aféréni oluuaxé.

Nós ficamos satisfeitos (repletos) com as bênçãos


Recebidas, bençãos recebidas, nós ficamos satisfeitos
Com as bençãos recebidas e, nós lhe amamos, é a Senhora do Axé.

K’A MÁÀ RO NI NGBA ÒRÌSÀ RÈ LODÒ, E


K’A MÁÀ RO NI NGBA ÒRÌSÀ RÈ LODÒ E.

Camarô niumba ôrixáré lôdô ê.


Camarô niumba ôrixáré lôdô ê.
Que nós jamais sejamos magoados por você
Orixá do rio, que você a carregue (a mágoa)
Em seu rio, Orixá.

A KÍ RÍ DÒ Ó KI OLÙWA ODÒ E ÌYÁ KÉKERÉ


A KÍ RÍ DÒ KI OLÙWA ODÒ E ÌYÁ KÉKERÉ
ÀWA JÉ OMON ÀWA JE OMON, ÌYÁ KÉKERÉ
A KÍ RÍ DÒ KI OLÙWA ODÒ E ÌYÁ KÉKERÉ
ÀWA JÉ OMON ÀWA JE OMON, ÌYÁ KÉKERÉ

Aquiridô ô qui oluua ôdô é iá quêquêrê


Aquiridô qui oluua ôdô é iá quêquêrê
Auájé óman auájé óman iá quêquêrê
Aquiridô qui oluua ôdô é iá quêquêrê
Auájé óman auájé óman iá quêquêrê

Nós a cumprimentamos vendo no rio aquela que é a


Senhora do rio (da existência), é a maezinha
Nós a cumprimentamos vendo no rio aquela que é a
Senhora do rio (da existência), é a maezinha
Nós somos seus filhos, nós somos seus filhos, ela é a maezinha
Nós a cumprimentamos vendo no rio aquela que é a
Senhora do rio (da existência), é a maezinha
Nós somos seus filhos, nós somos seus filhos, ela é a maezinha

YEMONJA SÀBÀWÍ, SÀBÀWÍ RERE


YEMONJA SÀBÀWÍ, SÀBÀWÍ RERE
Ó SÀBÀWÍ RERE YEMONJA, SÀBÀWÍ RERE.

Iémanja xabauí xabauí rêrê


Iémanja xabauí xabauí rêrê
Ô xabauí rêrê Iémanja xabauí rêrê.

Yémanja intercedeu (em nosso favor), intercedeu para o


Nosso bem. Yémanja intercedeu (em nosso favor), intercedeu
Para o nosso bem. Ela intercedeu para o nosso bem. Yémanja
Intercedeu para o nosso bem.

ÌYÁLÓÒDE ÀWA YÓ LÓDÒ ÌBÁ NGBÁ, ÌYÁLÓÒDE


ÀWA ÀÀYÒ LÓÒDE ÌBÁ NGBÀ.

Iálôdê auáiô lôdô ibáumba iálôdê


Auáaiô lôdê ibáumba.

Senhora da alta sociedade que nos enche de bênçãos


No rio, Senhora da alta sociedade, nós ficamos satisfeitos
Nos rio com as bençãos recebidas, favorita, nós aceitamos
Vossas bençãos.

YEMONJA ODÒ, OMON JÉ RÈ


YEMONJA ODÒ, OMON JÉ RÈ.

Iémanja ôdô ómanjéré


Iémanja ôdô ómanjéré

Yémanja do rio, somos seus filhos.


Yémanja do rio, somos seus filhos.

A ODÒ NÍLÉ YEMONJA A DÒ NÍLÉ ÀWA ÀÀYÒ.

A ôdô nilê Iémanja adô nilê auaaiô.

No rio, nós estamos (nos sentimos) em casa, Yemanja,


No rio, estamos em nossa casa favorita.

E NTÓ ÒUN GBÀ ARÁ NÍ TÓ NÁÀ DÒ JÉ ODÒ K’AWA


E NTÓ, NI TÓ ÀÀYÒ NÁÀ DÒ JÉ ODÒ K’ÀWA, E NTÓ,
NI TÓ ÀÀYÒ NÁÀ DÒ JÉ ODÒ K’ÀWA, E NTÓ.

É untó ôumbará nitó nandôjé ôdô cáuá


É untó nitó aiô nandôjé ôdô cauá é untó
Nitó aiô nandôjé ôdô cáuá é untó.

Ela conduz, ela salva (resgata) os corpos e guia no rio,


É ao rio que nós cumprimentamos, ela conduz, nossa guia
Favorita, é ao rio que nós cumprimentamos, ela guia, é a
Nossa condutora favorita no rio, á ao rio que nós
Cumprimentamos.
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* ORIN ORISÁ OSÓÒSSI

ÒSÓÒSÌ

ESCRITA

ODE KI A MÒ DÓDÉ, ODE KI A MÒ DÓDÉ, ODE A RERE ODE KI A MÒ DÓDÉ NÍ


MAWO, ODE KI A MÒ DÓDÉ ONÍYE

FONÉTICA
ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ. ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ ÓDÉ A RERÊ ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ NÍ
MAUÔ, ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ ONÍIÊ.

TRADUÇÃO

CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER COMO IR A CAÇA, CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER
COMO IR À CAÇA NOSSO BOM CAÇADOR, CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER COMO
IR À CAÇA, NÍ MAWO (cumprimento para importante Governante) CAÇADOR QUE NOS
FAZ SABER COMO IR A CAÇA E SENHOR QUE NOS FAVORECE

ESCRITA

OFÀ RÈ YE YE FÍGBÓ DÓDÉ FÍGBÓ OFÀ RÈ YE YE KO SÈ OMORODE

FONÉTICA

ÓFA RÉ IÉ IÉ FIBÔ ODÉ FIBÔ


ÓFA RÉ IÉ IÉ CÓ XÉ ÓMÓRÓDÉ

TRADUÇÃO

SEU ARCO E SUA FLECHA SÃO ADEQUADOS E CONVENIENTES PARA A FLORESTA,


PARA CAÇAR NA FLORESTA, SEU ARCO E SUA FLECHA SÃO ADEQUDOS PARA
FORMAR NOVOS CAÇADORES

ESCRITA

EWÀ TIRÈ ÒKÈ, EWÀ TIRÈ NÍ LÉ IGBÓ RÈ Ó.

FONÉTICA

ÉUA TIRÉ ÔKÊ ÉUA TIRÉ NI LÊ IBÔ RÉ Ô

TRADUÇÃO

SUA BELEZA É ELEVADA SUA BELEZA EM NOSSA CASA E EM VOSSAS MATAS

ESCRITA

OLÓWÓ GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE, Ó GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE Ó WÀ NÍGBÓ ÒRÒ ODE ÒKÈ Ó DÁRA
SÁÀ LÓ GBÉERON.

FONÉTICA

OLÔWÔ GUIRÍ, GUIRÍ LÔODÊ Ô GUIRÍ, GUIRÍ LÔODÊ


 UÁ NIBÔ ÓRÔ ÓDÉ ÔKÊ Ô DÁRA XÁA LÔ BÉRÃ.
TRADUÇÃO

ABASTADO SENHOR QUE FAZ BARULHO COM OS PÉS, COMO SE FOSSE MUITAS
PESSOAS AO REDOR (TÁTICA DE CAÇA AFRICANA), ELE FAZ BARULHO COM OS
PÉS COMO SE FOSSE MUITAS PESSOAS AO REDOR, ELE ESTÁ NO BOSQUE (NA
FLORESTA), A FALA (VOZ) DO CAÇADOR É ALTA E ELE É BOM NA RAPIDEZ
(TEMPO) EM FERIR A CAÇA

ESCRITA

Ó DÁNÓN DÁNÓN TI SÈ ERON ODE GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE NÍ Ó

FONÉTICA

Ô DÁNAN DÁNAN TI SÊ ÉRÃ ÓDÉ


GUIRI GUIRI LÔODÊ ÓDÉ NI Ô.

TRADUÇÃO

ELE ACENDEU UM FOGO PARA COZINHAR SUA CAÇA,


O CAÇADOR QUE FAZ BARULHO DE PÉS DE INÚMERAS PESSOAS
AO REDOR, É ELE O CAÇADOR.

ESCRITA

BÍ ODE, ODE KÁRE RERE, KÁRE RERE, KÁRE RERE ODE

FONÉTICA

BÍ ÓDÉ, ÓDÉ CÁRÊ RERÊ, CÁRÊ RERÊ, CÁRÊ RERÊ ÓDÉ

TRADUÇÃO

SE ÉS O CAÇADOR, CAÇADOR TRAGA-NOS BOA SORTE,BOA SORTE, CAÇADOR,


TRAGA-NOS BOA SORTE.

ESCRITA

OMORODE ODE NÍ Ó ÀJÀ FÚN LÉ LÉ OMORODE ODE NÍ Ó ÀJÀ FÚN LÉ LÉ

FONÉTICA

ÓMÓRÓDÉ ÓDÉ NIÔ AJA FUM LÊ LÊ


ÓMÓRÓDÉ ÓDÉ NIÔ AJA FUM LÊ LÊ
TRADUÇÃO

FILHO DE CAÇADOR, CAÇADOR É, ELE QUEM PAIRA


SOBRE O TETO DA NOSSA CASA.

ESCRITA

OMORODE LÓ ÌJENÍÌYÀ OLÚWÀIYÉ OMORODE LÓ ÌJENÍÌYÀ ÓDÉ KÒKÈ

FONÉTICA

ÓMÓRÓDÉ LÔ IJÉNIIA OLÚUAIÊ


ÓMÓRÓDÉ LÔ IJÉNIIA ÓDÉ CÔQUÊ

TRADUÇÃO

O FILHO DO CAÇADOR É AQUELE QUE PODE CASTIGAR (PUNIR) SENHOR DA


TERRA, O FILHO DO CAÇADOR PODE CASTIGAR, É O CAÇADOR QUE ESTÁ NO
TOPO ACIMA DE TUDO
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* ORIN ORISÁ OSÓÒSSI

ÒSÓÒSÌ

ESCRITA

ODE KI A MÒ DÓDÉ, ODE KI A MÒ DÓDÉ, ODE A RERE ODE KI A MÒ DÓDÉ NÍ


MAWO, ODE KI A MÒ DÓDÉ ONÍYE

FONÉTICA

ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ. ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ ÓDÉ A RERÊ ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ NÍ
MAUÔ, ÓDÉ QUI A MÓ DÓDÉ ONÍIÊ.

TRADUÇÃO

CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER COMO IR A CAÇA, CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER
COMO IR À CAÇA NOSSO BOM CAÇADOR, CAÇADOR QUE NOS FAZ SABER COMO
IR À CAÇA, NÍ MAWO (cumprimento para importante Governante) CAÇADOR QUE NOS
FAZ SABER COMO IR A CAÇA E SENHOR QUE NOS FAVORECE

ESCRITA

OFÀ RÈ YE YE FÍGBÓ DÓDÉ FÍGBÓ OFÀ RÈ YE YE KO SÈ OMORODE


FONÉTICA

ÓFA RÉ IÉ IÉ FIBÔ ODÉ FIBÔ


ÓFA RÉ IÉ IÉ CÓ XÉ ÓMÓRÓDÉ

TRADUÇÃO

SEU ARCO E SUA FLECHA SÃO ADEQUADOS E CONVENIENTES PARA A FLORESTA,


PARA CAÇAR NA FLORESTA, SEU ARCO E SUA FLECHA SÃO ADEQUDOS PARA
FORMAR NOVOS CAÇADORES

ESCRITA

EWÀ TIRÈ ÒKÈ, EWÀ TIRÈ NÍ LÉ IGBÓ RÈ Ó.

FONÉTICA

ÉUA TIRÉ ÔKÊ ÉUA TIRÉ NI LÊ IBÔ RÉ Ô

TRADUÇÃO

SUA BELEZA É ELEVADA SUA BELEZA EM NOSSA CASA E EM VOSSAS MATAS

ESCRITA

OLÓWÓ GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE, Ó GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE Ó WÀ NÍGBÓ ÒRÒ ODE ÒKÈ Ó DÁRA
SÁÀ LÓ GBÉERON.

FONÉTICA

OLÔWÔ GUIRÍ, GUIRÍ LÔODÊ Ô GUIRÍ, GUIRÍ LÔODÊ


 UÁ NIBÔ ÓRÔ ÓDÉ ÔKÊ Ô DÁRA XÁA LÔ BÉRÃ.

TRADUÇÃO

ABASTADO SENHOR QUE FAZ BARULHO COM OS PÉS, COMO SE FOSSE MUITAS
PESSOAS AO REDOR (TÁTICA DE CAÇA AFRICANA), ELE FAZ BARULHO COM OS
PÉS COMO SE FOSSE MUITAS PESSOAS AO REDOR, ELE ESTÁ NO BOSQUE (NA
FLORESTA), A FALA (VOZ) DO CAÇADOR É ALTA E ELE É BOM NA RAPIDEZ
(TEMPO) EM FERIR A CAÇA

ESCRITA

Ó DÁNÓN DÁNÓN TI SÈ ERON ODE GÌRÌ-GÌRÌ LÓÒDE NÍ Ó


FONÉTICA

Ô DÁNAN DÁNAN TI SÊ ÉRÃ ÓDÉ


GUIRI GUIRI LÔODÊ ÓDÉ NI Ô.

TRADUÇÃO

ELE ACENDEU UM FOGO PARA COZINHAR SUA CAÇA,


O CAÇADOR QUE FAZ BARULHO DE PÉS DE INÚMERAS PESSOAS
AO REDOR, É ELE O CAÇADOR.

ESCRITA

BÍ ODE, ODE KÁRE RERE, KÁRE RERE, KÁRE RERE ODE

FONÉTICA

BÍ ÓDÉ, ÓDÉ CÁRÊ RERÊ, CÁRÊ RERÊ, CÁRÊ RERÊ ÓDÉ

TRADUÇÃO

SE ÉS O CAÇADOR, CAÇADOR TRAGA-NOS BOA SORTE,BOA SORTE, CAÇADOR,


TRAGA-NOS BOA SORTE.

ESCRITA

OMORODE ODE NÍ Ó ÀJÀ FÚN LÉ LÉ OMORODE ODE NÍ Ó ÀJÀ FÚN LÉ LÉ

FONÉTICA

ÓMÓRÓDÉ ÓDÉ NIÔ AJA FUM LÊ LÊ


ÓMÓRÓDÉ ÓDÉ NIÔ AJA FUM LÊ LÊ

TRADUÇÃO

FILHO DE CAÇADOR, CAÇADOR É, ELE QUEM PAIRA


SOBRE O TETO DA NOSSA CASA.

ESCRITA

OMORODE LÓ ÌJENÍÌYÀ OLÚWÀIYÉ OMORODE LÓ ÌJENÍÌYÀ ÓDÉ KÒKÈ

FONÉTICA

ÓMÓRÓDÉ LÔ IJÉNIIA OLÚUAIÊ


ÓMÓRÓDÉ LÔ IJÉNIIA ÓDÉ CÔQUÊ
TRADUÇÃO

O FILHO DO CAÇADOR É AQUELE QUE PODE CASTIGAR (PUNIR) SENHOR DA


TERRA, O FILHO DO CAÇADOR PODE CASTIGAR, É O CAÇADOR QUE ESTÁ NO
TOPO ACIMA DE TUDO
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fbid=375100102593068&set=a.318757504893995.1073741825.100002792454341&type=1&rel
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* ORIN ORISÁ ÒSÓNYÌN

ÒSÓNYÌN

ESCRITA

AGÈ MERÉ AGÈ MERÉ Ó DÁFÁ LO SÍGBÓ AGÈ MERÉ AGÈ MERÉ Ó DÁFÁ LO SÍGBÓ

AGUÉ MERÊ AGUÉ MERÊ AGUÉ MERÊ Ô DÁFÁ LÓ SIBÔ AGUÉ MERÊ AGUÉ MERÊ
AGUÉ MERÊ Ô DÁFÁ LÓ SIBÔ

TRADUÇÃO

A CABAÇA PEQUENA TOCADA HABILMENTE PELOS ALDÕES COM A CABAÇA


PEQUENA TOCADA HABILMENTE PELOS ALDEÕES ELA CONSULTOU O ORÁCULO
DE IFÁ PARA IR AO BASQUE(FLORESTA) COM A CABAÇA PEQUENA TOCADA
HÁBILMENTE PELOS ALDEÕES, COM A CABAÇA PEQUENA HABILMENTE TOCADA,
ELE CONSULTOU IFÁ.

ESCRITA

ÌGBÀGBÓ SÉ MI AGÈ NI ÒRÒ AE AE. ÌGBÀGBÓ SÉ MI AGÈ NI ÒRÒ AE AGÈ

FONÉTICA

IBÁBÓ XÊ MI AGUÉ NI ORÓ AÊ AÊ IBÁBÓ XÊ MI AGUÉ NI ORÓ AÊ AGUÉ

TRADUÇÃO

CABAÇA, FAÇA-ME CRER EM ÒRÒ (DUENDE TRAVESSO QUE HABITA AS ÁRVORES)


CABAÇA, FAÇA-ME CRER EM ÒRÒ, AÊ CABAÇA

ESCRITA

AGÈ MÁÀ INÓN Ó PA ÀDÁ, AGÈ MÁÀ INÒN Ó PA ÀDÁ Ó

FONÉTICA
AGUÉ MÁA INÃ Ô PA ADÁ, AGUÉ MÁA INÃ Ô PA ADÁ Ô

TRADUÇÃO

AGUÉ NÃO QUER FOGO NEM O FACÃO QUE O MATA, AGUÉ NÃO QUER FOGO NEM
O FACÃO QUE O MATA( FOLHA )

ESCRITA

ÌTÒRÓRÓ AGÈ, AGÈ TÒRÓRÓ, ÒSÓNYÌN, ÌTÒRÓRÓ AGÈ, AGÈ TÒRÓRÓ, ÒSÓNYÌN.

FONÉTICA

ITÔRÔRÔ AGUÉ, AGUÉ TÔRÔRÔ ÓSANHIM,


ITÔRÔRÔ AGUÉ, AGUÉ TÔRÔRÔ ÓSANHIM.

TRADUÇÃO

A CABAÇA É UNGIDA, E É ÒSÓNYÌN QUEM UNGE A CABAÇA, A CABAÇA É


UNGIDA, E É ÒSÓNYÌN QUEM UNGE A CABAÇA.

ESCRITA

ÒJÒÓ MÁÀ ÒFUURUFÚ, ÒJÒÓ MÁÀ ÒFUURUFÚ ÒJÒÓ MÁÀ ÀRÁ INÓN

FONÉTICA

OJOÔ MÃ ÔFURUFÚ, OJOÔ MÃ ÔFURUFÚ


OJOÔ MÃ ARÁ INÃ.

TRADUÇÃO

CHUVA NÃO PERMITA QUE TENHA VENTO CHUVA NÃO PERMITA QUE HAJA
VENTO, CHUVA NÃO PERMITA O FOGO DO RAIO.

ESCRITA

ARÁ ÀWA ÌROKÒ ISÓ, ARÁ ÀWA ÌROKÒ ISÓ

FONÉTICA

ARÁ AUÁ IRÔCO ISSÔ ARÁ AUÁ IRÔCO ISSÔ

TRADUÇÃO
HABITANTE DO NOSSO ÌROKÒ QUE QUEBRA O VENTO, HABITANTE DO NOSSO
ÌROKÒ QUE QUEBRA O VENTO

ESCRITA

O, O, O, O, O, O, ÒSÓNYÌN ÌRÚNMONLÈ ÌRÚNMONLÈ KI A DÉ O, O.

FONÉTICA

Ó, Ó, Ó, Ó, Ó, Ó, ÓSANHIM IRÚNMANLÉ
IRÚNMANLÉ QUI A DÉ Ó, Ó

TRADUÇÃO

VOS GLORIFICAMOS, VOS HONRAMOS ÒSÓNYÌN Ó IRUNMALÉ ,VOS


GLORIFICAMOS IRUNMALÉ QUE CHEGOU ATÉ NÓS.

ESCRITA

EWÉ, EWÉ, EWÉ AGÈ, ISÓ TÓ ADÁFÁ

FONÉTICA

EUÊ, EUÊ, EUÊ AGUÉ ISSÔ TÔ ADÁFÁ.

TRADUÇÃO

FOLHA, FOLHA, FOLHA DE AGUÉ, QUANDO QUEBRA


O VENTO NÓS CONSULTAMOS O ORÁCULO DE IFÁ.
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* ORIN ORISÁ OYÁ MESON ORUN (IANSAN)

OYÁ

ESCRITA
OYÁ KOORO NÍLÉ Ó GEERE-GEERE, OYÁ KOORO NLÁ Ó GÉ ÀRÁ GÈ ÀRÁ, OBÌNRIN
SÁPA KOORO NÍLÈ GEERE-GEERE, OYÁ KÍÌ MÒ RÈ LO.

TRADUÇÃO
OYÁ TINIU (RESSOOU) NA CASA INCANDESCENDO BRILHANTEMENTE OYÁ TINIU
(RESSOOU) COM GRANDE BARULHO, ELA CORTA COM O RAIO, ELA CORTA COM O
RAIO, É MULHER ARRASADORA QUE RESSOOU NA CASA SENSUAL E
INTELIGENTEMENTE. A OYÁ CUMPRIMENTAMOS PARA CONHECÊ-LA MAIS
ESCRITA
TÁ NÍ A PADÀ LÓODÒ OYÁ Ó, ODÒ HÓ YÀ-YÀ , TÁ NÍ A PADÀ LÓODÒ OYÁ Ó, ODÒ
HÓ YÀ-YÀ

TRADUÇÃO
QUEM PODE CESSAR PARA PODERMOS PELO RIO É OYÁ O REDEMOINHO DO RIO
QUEM PODE CESSAR É OYÁ

ESCRITA
OYA ODÒ HÓ YÀ-YÀYÀ,
ODÒ HÓ YÀ-YÀ
OYA ODÒ HÓ YÀ-YÀYÀ,
ODÒ HÓ YÀ-YÀ

TRADUÇÃO
OYÁ É O REDEMOINHO DOS RIOS, REDEMOINHO DOS RIOS
OYÁ É O REDEMOINHO DOS RIOS, REDEMOINHO DOS RIOS

ESCRITA
OYÁ TÈTÈ OYÁ GBÁLÈ, OYÁ TÉ-N-TÉ AYABA, OYÁ TÈTÈ, OYÁ TÉ-N-TÉ OYÁ.

TRADUÇÃO
OYÁ EM BOM TEMPO (RAPIDAMENTE) VARRE A TERRA OYÁ ESTÁ NO TOPO, É A
RAINHA.

ESCRITA
SÓ, SÓ, SÓ EKURU, OYA GBÁLÈ EKURU. SÓ, SÓ, SÓ EKURU, OYA GBÁLÈ EKURU

TRADUÇÃO
QUEBRA O VENTO, QUEBRA O VENTO, QUEBRA O VENTO, E VARRE A POEIRA
SUSPENSA NO AR, OYA VARRE A POEIRA SUSPENSA NO AR.

ESCRITA
A PADÀ KÓ BÉ UN ÒJÒÓ, OYA NÍ GBÁLÈ, A PADÀ KÓ BÉ UN ÒJÒÓ, OYA NÍ GBÁLÈ.

TRADUÇÃO
NÓS VOLTAMOS PARA NÃO PERDERMOS AS CABEÇAS, MORRERMOS NAQUELA
CHUVA E SERMOS VARRIDOS POR OYÁ.

ESCRITA
BÍÍRÍ IBÍ BO WON LOJU, ÒGBÈRI KÒ MÒN MÒNRIWÓ, BÍÍRÍ IBÍ BO WON LOJÚ,
ÒGBÈRI KÒ MÒN MÒNRIWÓ.

TRADUÇÃO
ESTA É A PEQUENA PORÇÃO DO CULTO, MAS OS OLHOS DOS NÃO INICIADOS NO
MISTÉRIO DO CULTO, NÃO CONHECEM OS SEGREDOS ENCOBERTOS PELAS
FOLHAS DA PALMEIRA.

ESCRITA
Ó GÀ I GÀ I LÓKO BÍÍRÍ IBÍ A SAWO ORÒ, Ó GÀ I GÀ I LÓKO BÍÍRÍ IBÍ A SAWO ORÒ.

TRADUÇÃO
ELA ABRIU UMA CLAREIRA NUMA PEQUENA PORÇÃO DA FAZENDA, FOI ALI QUE
NÓS A CULTUAMOS DE ACORDO COM OS COSTUMES TRADICIONAIS.

OYA BALÈ E LÁÁRÍ Ó, OYA BALÈ OYA BALÈ E LÁÁRÍ Ó OYA BALÈ ÁDÁ MÁÀ DÉ
F'ÀRÁ GÈ NGBÉLÉ OYA BALÈ E LÁÁRÍ Ó

OYA TOCOU A TERRA , ELA É DE ALTO VALOR


OYA TOCOU A TERRA, OYA TOCOU A TERRA
ELA É DE ALTO VALOR. OYA TOCOU A TERRA
QUE SUA ESPADA NÃO CHEGUE ATÉ NÓS, NEM
USE RAIOS OS RAIOS PARA CORTAR A CASA ONDE VIVEMOS

O NÍ LABA-LÁBÁ, Ó LÁBA Ó O LÁBA LÁBÀ, Ó LÁBA Ó

ELA É UMA BORBOLETA, ELA É UMA BORBOLETA.


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* ORIN ORISÁ OMULÚ

OMOLÚ PÈ OLÓRE A ÀWÚRE E KÚ ÀBÒ. OMOLÚ PÈ OLÓRE A ÀWÚRE E KÚ ÀBÒ

FONÉTICA

ÓMÓLÚ PUÊ OLÒRÈ AUÚRÊ ÉCUABÓ


ÓMÓLÚ PUÊ OLÒRÈ AUÚRÊ ÉCUABÓ

TRADUÇÃO

OMOLU TE PEDIMOS SENHOR DA SORTE, QUE USE O TEU FEITIÇO PARA NOS
TRAZER BOA SORTE E SEJAS BEM VINDO. OMOLU TE PEDIMOS SENHOR DA
SORTE, QUE USE O TEU FEITIÇO PARA NOS TRAZER BOA SORTE, E SEJAS BEM
VINDO
Por Awo Ifaseun Oyekanmi
F'ARÁ IMÓRA OLÚWO F'ARÁ IMÓRA ARAKÉTU'WÚRE, F'ARA IMÓRA AGBÉSO'KÈ
ORÍ BÉ'RA O AGBÉSO'KÈ ORI AJÉ ARAKÉTU'WÚRE, F'ARA IMÓRA ÒRÌSÀNLÁ
ATEREREKÁIYE SÉ A ÀWÚRE A NLÁ JÉ.
(Nós usamos o corpo para nos abraçar, nós nos abraçamos, o povo de kétu pede bênçãos e se
abraça. Levamos para o alto o nosso pedido de paz, saúde e riqueza. Povo de kétu, nos
abracemos e nos abençoemos! Grande orixá que reina sobre todas as coisas, faz com que
tenhamos boa sorte e sejamos grandes.)
ORIN ORISÁ OSUN

ESCRITA

ÌYÁ OMI NÍ IBÚ (ODÒOMI RÒ) ÒRÌSÁ Ó LÉ LÉ,


ÌYÁ OMI NÍ IBÚ (ODÒOMI RÒ) ÒRÌSÁ Ó LÉ LÉ

IÁ ÔMINIBÚ ÔDOÔMIRÔ ÔRIXÁ Ô LÊLÊ IÁ ÔMINIBÚ ÔDOÔMIRÔ ÔRIXÁ Ô LÊLÊ

TRADUÇÃO
MÃE DAS ÁGUAS PROFUNDAS QUE CORREM NOS RIOS, E QUE TORNA AS ÁGUAS
DO RIO SALGADAS ORIXÁ QUE PAIRA SOBRE A NOSSA CASA.

ESCRITA
ÒSÚN E LÓOLÁ IMONLÈ LÓOMI,
ÒSÚN E LÓOLÁ AYABA IMONLÈ LÓOMI

FONÉTICA
OXUM É LÓLÁ IMANLÉ LÔÔMI OXUM Á LÓLÁ
AIABA IMANLÉ LÔÔMI

TRADUÇÃO
OXUM, SENHORA QUE É TRATADA COM TODAS AS HONRAS, SENHORA DOS
ESPÍRITOS DAS ÁGUAS. OXUM É A SENHORA QUE É TRATADA COM TODAS AS
HONRAS, RAINHA DOS ESPÍRITOS DAS ÁGUAS.

ESCRITA
OLÓOMI MÁÀ,
OLÓOMI MÁÀ IYÒ
OLÓOMI MÁÀ IYÒ
ÈNYIN AYABA ODÒ Ó YÈYÉ Ó

FONÉTICA
ÔLÔMI MÁA ÔLÔMI MÁAIÓ
ÔLÔMI MÁAIÓ ÉNHIIABA ÔDÔ
Ô IÊIÊÔ

TRADUÇÃO
SENHORAS DAS ÁGUAS DOCES (SEM SAL), SENHORA DAS ÁGUAS SEM SAL, SOIS A
VELHA MÃE DO RIO Ó MAMÃE (ou: sois a Rainha do Rio Ayabá – Mãe Velha)

ESCRITA
AYABA GÈDÈGÉ SÉ RÈ EGÉ O
SÉ RÉ EGÉ AYABA
GÈDÈGÉ SÉ RÈ EGÉ O SÉ RÉ EGÉ

FONÉTICA
AIABÁ GUÉDÉGUÉ XÊRÉÉGUE Ô XÊRÉÉGUÊ AIABÁ GUÉDÉGUÉ XÊRÉÉGUE Ô
XÊRÉÉGUÊ

TRADUÇÃO
RAINHA QUE SEPARA A PARTE SÓLIDA DA ÁGUA (SEDIMENTA) ELA PODE
TRANSFORMAR-SE NUMA ARMADILHA, ELA PODE TRANSFORMAR-SE NUMA
ARMADILHA

ESCRITA
ÌYÁMI TALÁADÉ,
ÌYÁMI TALÁADÉ,
ÌYÁMI TALÁADÉ,
ÌYÁMI TALÁADÉ

FONÉTICA
IÁMI TALÁDÊ, IÁMI TALÁDÊ, IÁMI TALÁDÊ, IÁMI TALÁDÊ.

TRADUÇÃO
MINHA MÃE, DONA DA COROA, MINHA MÃE, DONA DA COROA, MINHA MÃE,
DONA DA COROA, MINHA MÃE, DONA DA COROA.
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Èsù nosso que está aqui, acolá, em nossa consciência;
Mistério e Poder encontra-se naqueles seus três nomes secretos;
Seja feita a sua justiça, óh eficiente fiscal de Olodunmare;
Assim no aiye, como no orun;
Èsù nosso de cada dia,
Caminhos abertos, nos dai hoje e sempre;
Perdoai os nossos delitos, o nosso orgulho, a nossa meninice;
Ensina-nos a perdoar aos que nos tem ofendido;
Èsù amado, temido e respeitável;
Não nos deixe cair em desarmonia interior;
Que os meus olhos não contemplem a sua ira;
Abre os caminhos do bem, fecha os caminhos do mal;
Èsù cuide dos meus opositores,
Ensina-me a tua sagacidade, o seu jogo de cintura;
Ajude-me a ter vida plena e longa,
De modo que eu possa ver os meus cabelos tornarem-se completamente brancos.
Dai-nos uma boa semana;
E só pra te lembrar e, não perder o costume, ÉS O MEU AMIGO!
Atobajayé
Koba Laroyé.

Èsù nosso que está aqui, acolá, em nossa consciência;


Mistério e Poder encontra-se naqueles seus três nomes secretos;
Seja feita a sua justiça, óh eficiente fiscal de Olodunmare;
Assim no aiye, como no orun;
Èsù nosso de cada dia,
Caminhos abertos, nos dai hoje e sempre;
Perdoai os nossos delitos, o nosso orgulho, a nossa meninice;
Ensina-nos a perdoar aos que nos tem ofendido;
Èsù amado, temido e respeitável;
Não nos deixe cair em desarmonia interior;
Que os meus olhos não contemplem a sua ira;
Abre os caminhos do bem, fecha os caminhos do mal;
Èsù cuide dos meus opositores,
Ensina-me a tua sagacidade, o seu jogo de cintura;
Ajude-me a ter vida plena e longa,
De modo que eu possa ver os meus cabelos tornarem-se completamente brancos.
Dai-nos uma boa semana;
E só pra te lembrar e, não perder o costume, ÉS O MEU AMIGO!

Atobajayé
Koba Laroyé.

O Conceito de Esu Ifa

Na metafísica Ifa Esu é o Mensageiro Divino do Espírito que permite que os seres humanos para
se comunicar com o Espírito. Esu traduz a linguagem da natureza para a linguagem dos seres
humanos ea linguagem dos seres humanos para a linguagem da Natureza. Ifá ensina tudo na
natureza tem Ori ou consciência. Se você já foi para a praia sentimento deprimido e voltou a se
sentir melhor por estar na presença do oceano, então você pode dizer que se envolveram em
algum tipo de diálogo ou de comunicação com o Espírito do Oceano. O fator de transformação
nessa interação é uma força espiritual Ifa chama Esu.

Os versos de Ifa escritura oral são organizadas através do uso de dois gramas Quadra compostas
de linhas simples e duplas. Linhas simples representam a luz, linhas duplas representam
escuridão. Esses padrões são representações tridimensionais de três padrões de energia
dimensionais que ocorrem na Natureza. Eles representam a polaridade entre a gravidade e
radiação, a polaridade entre expansão e contração.

O padrão de energia primária que encarna Esu é o Ose'tura Odu, que aparece como segue:

II
II II
II
I II

Esta é a representação simbólica do padrão de energia que encarna a capacidade humana de se


comunicar com as Forças da Natureza. O Odu é usado como um magneto para invocar o poder
do mensageiro Devine.

Em Ifa mito da criação, o Universo emerge da Rocha Eterna da Criação chamado Oyigiyigi. No
início desta rocha separados em quatro cabaças de criação. Estes quatro cabaças interagiram com
um e outro para formar dezesseis princípios sagrados chamados Olu Odu que significa que eles
são os princípios primordiais da criação. Em Ifá o número sagrado 17 representa o Odu 16
primal mais Ose'tura que é o décimo sétimo Odu de Ifá. Este Odu tem a função de chamar o Odu
Olu copular criando o 240 omo odu ou seja, os filhos dos primeiros dezesseis princípios. Isto
sugere que Esu, além de ser o mensageiro divino, é também a semente primária da criação. Ose-
Tura descreve a relação entre Esu e as pessoas da Terra. Para ser mais específico, há um número
de manifestações de Esu e neste verso a manifestação é chamado Esu O'dara significando o
mensageiro Divino divide e espalha ou inicia transformação.

Dor de garganta tira o bom do prato


Foi quem lançou Ifa para todas as pessoas em
Terra, quando eles estavam aflitos com a doença. Esu
Diz que o sacrifício será eficaz, se quiserem
Faça como ele diz. O povo da terra veio e deu sacrifícios
...... Daquele dia em diante, o mundo começou a ser bom.

Ifa Divination comunicação entre Deus e os homens na África Ocidental


William Bascom Indiana University Press 1991 página 466.

Esu como o mediador entre o Espírito e os seres humanos tem um papel fundamental na
manutenção da harmonia e equilíbrio no mundo. Se os seres humanos se mover para longe da
idéia de viver em alinhamento com a Lei Natural, Esu como o malandro provoca perturbações na
forma de doenças, má sorte, e ruptura. As doenças que são mais comuns nas grandes cidades são
frequentemente o resultado de mau planejamento, falta de higiene, superpopulação e ganância.
Esses mesmos fatores levam a ruptura política e revolta. Azar é descrito em IFA como sendo o
resultado da resistência pessoal para o potencial pessoal. Ose-tura está dizendo seres humanos
não podem separar-se de comunicação com o Espírito sem sofrer as conseqüências de sua
arrogância.

Ifa também descreve Esu como o Enforcer Divino em questões de Justiça Espiritual. Isso
significa que os seres humanos não podem se comportar de uma maneira que é contra a sua
natureza essencial, sem eventualmente pagar um preço. Esu também tem um papel de Esu
significado Divino Malandro pode criar ilusões baseadas em arrogância projetado para nos
ensinar a humildade. Porque vivemos em um universo infinito nossa percepção finita da
realidade não coincide com as circunstâncias objetivas que cercam a nossa experiência. Esu é a
força na natureza que ilumina a consciência dessa contradição. Essa consciência nos traz as
lições expressas por meio de papel Esu como Malandro, as forças da natureza que nos empurra
para além das limitações de nossa percepção para ampliar nossos horizontes.

Ifa diz vidas UDE na parte de trás do pescoço, o cruzamento entre a cabeça eo coração. Em Ifa
parte de trás do pescoço é chamado ipako, que significa literalmente, não desconexa. Quando
experimentamos tensão é nos ombros e no pescoço que apertar. A gíria expressão "dor no
pescoço", transmite a idéia de como é entendido na cultura ocidental. Limpar a parte de trás do
pescoço é um passo importante na iniciação e iniciação é essencialmente uma elevação de
consciência ou uma manifestação completa da jornada do herói em forma de ritual.

No papel de Esu como Malandro Divino, a maior parte da literatura antropológica identifica o
Trickster como uma forma aleatória de assédio. Em alguns literatura acadêmica Esu é descrito
como "o mal". Esta descrição não consegue apreciar a função sagrada para todos os Malandros
em todas as culturas tradicionais. O papel de Esu como Malandro é trazer cada um de nós a
verdade que estamos todos interligados e inter-relacionados. É uma manifestação da verdade
eterna que ninguém pode ser totalmente auto-suficientes. Uma vez que você tem a idéia de que
você pode lidar com todos os seus problemas se você está invocando um encontro com o
Trickster Devine. Coisas acontecem e não temos todas as respostas. Negamos a nossa
vulnerabilidade, resistindo à mudança. Nossa resistência é quebrada e ficamos com a sensação de
perda de identidade. Em Ifa a força da natureza que provoca essa perda é chamado Esu. Na
cultura iorubá tradicional a morte do velho homem é percebido como uma experiência positiva.
É considerada a fundação de todo o crescimento pessoal e elevação.

A razão, podemos considerar Esu uma verdadeira força da Natureza que reside em cada um de
nós é porque vivemos em um universo holográfico. Cada átomo continua o projeto enter para
toda a Criação. Ifa ensina que se consciência existe em seres humanos que existia no potencial
latente no início de cada vez. Esta consciência meios infunde tudo o que é e várias formas de
consciência são capazes de se comunicar uns com os outros através da Força da Natureza Ifa
chama Esu.

Esta não é uma força, arbitrário malévolo que está fora para começá-lo se você não se comportar.
Este é o cristão "Boogy homem" do modelo. O malandro divino é um princípio fundamental da
estrutura da realidade, baseada na idéia de que se você ver e eclosão de larvas e algo sai com
asas, há uma boa chance de que é um pássaro. O universo não é arbitrário. Os elefantes não dão à
luz aos tigres. Os seres humanos são essencialmente bons, se mover para longe de nossa natureza
essencial; Esu nos traz essas experiências que podem potencialmente levar-nos de volta ao nosso
eu essencial. É o papel do malandro Divina para sugerir que poderia ter um destino pessoal e
poderíamos ter um propósito para estar na Terra.

Quando Ifa descreve Esu como Malandro esse papel está intimamente associada com a função
simbólica de portas de abertura que nos guia para uma melhor compreensão do nosso destino. Ifa
elevação (abori) é o processo de anciãos que orientam o novato até os sete passos da iniciação.
Os anciãos bater na porta e chutá-la abrir, antes de recuar. Esta é a porta se abre Esu, não é uma
porta física. Iniciação ocorre toda vez que expandimos a nossa própria consciência. Uma porta se
abre cada vez que abandonar os limites seguros de auto-percepção. Isto pode ser no contexto de
um ritual comum, ou pode ser, no contexto de superar dificuldade em todo o mundo. A porta que
estamos falando é a porta de crescimento pessoal.

Ifa usa um círculo que contém uma cruz igual armado como um símbolo ou consciência. Imagine
um círculo com uma cruz do tamanho de uma bola. Este círculo representa a consciência de um
jovem no dia antes da puberdade. Então chega a puberdade e sua consciência é forçado a lidar
com as questões de ser um adulto, criar uma família, e encontrar um papel produtivo na
sociedade. A consciência do homem que assimilou esses novos papéis é representada por um
círculo do tamanho de uma bola de basquete. Para começar a partir do beisebol para o basquete
exige a morte do velho homem. O menino não existe mais. Em linguagem simbólica a porta para
a infância está fechado. Em seu lugar está um homem. Em linguagem simbólica a porta para se
tornar um adulto responsável abriu. Essa mudança na consciência só pode ocorrer se derrubar os
parâmetros de consciente que definem a forma como vemos a nós mesmos no mundo. Nada na
experiência humana é mais assustador do que a perspectiva de deixar ir de seu antigo eu. O medo
nos faz resistir à mudança, e prolonga a agonia. Ifa chama isso ibi ou resistência à mudança.

Quando a resistência à mudança quebra, passamos por um período de morte e transformação que
conduz ao renascimento. Este processo envolve sempre andando através de alguns porta, algum
portal, e uma barreira que nos leva para o reino do desconhecido. Isto é sempre verdadeiro, não
há exceção. O processo ocorre diariamente, se você está consciente de seu relacionamento com
Esu. Ifá diz que, uma vez que são iniciados, é o nosso rumo para voltar a encarnar a nossa auto
todos os dias. Cada dia você tem que incorporar, assimilar e integrar as lições de vida que
ocorrem no mundo. Caso contrário, você tornar-se estagnada, regridem você eo círculo que
representa os parâmetros da sua consciência se torna menor. Regressão exige esforço e do
esforço pode levar a doença física e emocional.

Como alternativa à resistência que existe uma porta que percorremos que nos dá a oportunidade
de saltar para o nível ninho de consciência. A chave para esta porta é a vontade de enfrentar o
medo do desconhecido. Enfrentando o medo do desconhecido sempre envolve abraçar a
necessidade de mudança. Abraçando a necessidade de mudança sempre requer coragem. Este é o
caminho do crescimento espiritual, é um mapa da jornada do herói. Quando você se vê
claramente, você agarrar-se pelas lapelas, se olhar nos olhos e você diz: "O que eu tenho que
fazer para dar o próximo passo?"

Esu é o Orisa que abre a porta para o nosso encontro com o eu interior (ORI INU).
Historicamente, uma das razões pelas quais Esu tende a ser descrito como "mal" ou "negativo"
está se tornando a complacência e de segurança é erroneamente associado com a Divindade. Se
você não gosta da experiência de crescimento, se você não pode lidar com a mudança, a
tendência é culpar o diabo, em vez de admitir a sua própria falta de coragem. Se você estiver
disposto a caminhar através da porta que abriu Esu, a resposta humana comum é culpar o goleiro
porta. Matar o mensageiro e ignorar a mensagem. Esu como o abridor de portas é que nós
invocamos para enfrentar os nossos medos no processo de auto-descoberta. A porta nunca abre a
menos que o nosso próprio ORI compreende que há uma necessidade de mudança. Culpar o
diabo coloca a nossa consciência em conflito consigo mesma e este conflito deve ser resolvido
para que a mudança ocorra. A única maneira de resolver este conflito é reconhecer que não existe
diabo e que Esu aparece em resposta à nossa necessidade de iniciar a jornada do herói, e que esta
viagem é um esforço conjunto. É um encontro entre o eu interior eo eu superior.
O ponto chave neste processo é que Ifá não se trata de aspersão de pó juju que lhe dá a coragem
de enfrentar seus medos, cada vez que você tem um problema que você viria para mim e eu iria
borrifar o juju em sua cabeça e os problemas vai embora . O que você estaria criando é a
confiança em mim e não a capacidade de trabalhar através de seu medo. Há apenas um antídoto
para o medo e que é a coragem. Ninguém pode vender-lhe coragem e ele não vem em uma
garrafa. Não há antídoto para o medo e não há maneira de chamar a coragem que não seja para
fazer a coisa certa, apesar do medo.

Há uma idéia em Ifa que aparece em todas as religiões terra centrada eu encontrei. É a idéia de
que tudo está interligado. Se você ler todos os escritos grandes místicas da literatura, todos eles
são sobre a tentativa de explicar como se sente quando você realmente tem a idéia de conexão
Universal. É uma idéia maravilhosamente nobre e amplamente reconhecida. Mas é ainda uma
idéia até que você realmente experimentá-lo. Aqueles que escrevem sobre a experiência dizem
que o prelúdio para a experiência do que eu chamo a Mãe de todos os medos. Ifa literalmente
chama de "Medo das Mães." É o medo da perda total de si, que é seguido por um sentido de
conexão com tudo. Conexão com o espírito é a conseqüência de enfrentar o medo com a ação
corajosa. Ifá diz que somos todos filhos de Oyigiyigi a pedra eterna da criação.

Como isso se relaciona com a idéia de Esu como divino Enforcer? Você só pode mover para
longe da idéia de conexão Universal antes que a natureza cria equilíbrio de forças contra a guiá-
lo de volta ao centro. Esu tem a função de Divino Enforcer significa aquele que mantém a
criação consciente de sua verdadeira essência. Podemos perguntar sobre a tragédia e morte
prematura saber essas são perguntas difíceis. Em Ifá, há uma crença um quadro maior, onde a
Justiça Divina está no trabalho. Essa perspectiva nem sempre é claro para a consciência humana
e, por isso voltamos ao espírito de orientação.

A analogia simbólica usada em Ifá é Ifá Olokun o saro Dayo, ou seja, o Espírito do Oceano
sempre proporciona para aqueles que vivem no mar. Todos os peixes vivem no oceano tem uma
casa e comida para comer. As criaturas que vivem no oceano percebi isso, aqueles de nós que
vivem em terras ainda estão trabalhando nisso. A idéia de Esu como o Enforcer Divino é que a
Natureza cria limites para aqueles que ignoram a realidade.

A ciência ocidental tem uma disciplina chamada Teoria do Caos, que postula a idéia de que as
coisas que parecem ser simétrico no universo tem uma faixa de variação quando vistos de perto.
Também postula que as coisas que aparecem aleatória tem um grau de simetria quando visto à
distância. Isto significa que as questões de justiça e injustiça, o caos ea ordem são questões de
perspectiva. Se você começa o retrato grande, as peças começam a cair no lugar. Esu como o
Enforcer Divina é o que nós invocamos para obter a imagem grande. Você pode fazer as coisas
no curto prazo que se sentem eficaz, justo e ético que pode ter a longo prazo efeitos negativos.
Um provérbio sul diz que o caminho para o inferno está pavimentado com boas intenções. Por
outro lado você pode fazer coisas que parecem negativas no momento e acabam tendo resultados
positivos. É Esu que invocamos para obter perspectiva sobre onde estamos na polaridade.

Ifá ensina que todo o Universo é criado pelo Odu 256 que são manifestações primitivas de
consciência. Estes Odu 256 criar todas as formas de consciência, porque todos eles surgiram fora
da luz do Big Bang (Oyigiyigi). Consciência inclui o Odu Ose-tura que encarna Esu. Em algum
lugar dentro de você Esu está vivo e esperando para ir trabalhar. Quando oramos a Esu estamos
diante de uma rocha e estamos chamando-o de Esu, Esu, na realidade, faz parte da nossa própria
consciência e estamos saltando-lo fora do rock. Porque Ose-tura existe no resto do mundo as
nossas orações podem atrair outras manifestações do Odu. Estes irão criar uma convergência de
forças que vai criar uma convergência de forças que permitam o diálogo ea inspiração de fontes
além de nossa própria consciência. Chamamos isso de orientação do Espírito.

Ninguém na cultura iorubá tradicional acredita que Esu é uma rocha. A rocha é o lugar que
enfrentamos quando dizemos que nossas orações. É um espaço sagrado criado por nossas
intenções. Cada casa iorubá tradicional tem uma sala especificamente para Orisa (representações
espirituais das forças na natureza). Indivíduos rezar todas as manhãs para o Orixá em seu
santuário para apoiar o seu crescimento pessoal e para apoiar as suas responsabilidades comuns.

A coisa que eu não percebi quando fui para a África pela primeira vez foi a importância da
família alargada em relação a Ifá e Orisa culto. Em primeiro lugar, Ifá é a santificação da família
é uma estrutura eterna que existe para sempre, enquanto rostos diferentes evoluir para o papel
dos anciãos dentro da unidade familiar em curso. Eu não sabia o que uma família que funciona
como uma escola para o treinamento espiritual eo desenvolvimento de habilidades de comércio
parecia até que eu cheguei em Ode Remo, Nigéria.

O papel de avó e avô são eternos papéis dentro da família que são assumidos pelas gerações
subseqüentes. As crianças estão sendo treinados para o dia quando eles se tornam avó e avô. Na
cultura iorubá tradicional assume-se que pelo tempo que você se tornar um avô que aprendeu as
lições de bom caráter e tornaram-se um mensageiro claro para o Espírito que estão em
alinhamento constante com os Imortais.

Em trabalhos tradicionais da cultura iorubá também sancionado através da iniciação. A profissão


de ferreiro é sancionada através da iniciação para Ogun. O papel do herbalist é sancionada
através da iniciação a Osanyin. A adivinhação é sancionada através da iniciação em Ifa. Dentro
da família há diferentes papéis que sustentam o bem-estar da família.

Em um nível comum há uma santificação da agricultura e uma santificação do papel daqueles


que dirigem o mercado. Todos esses papéis se encaixam em uma versão ideal de como uma
família e uma funções de comunidade. Santificação significa alguma forma de bênção comum,
outra maneira de dizer iniciação. A santificação é um processo comum que identifica certas
pessoas como portadores de um tipo particular de sabedoria. Isto não faz uma iniciação melhor
do que outra. Todo mundo tem um papel, todo mundo contribui para o bem-estar do ser de toda a
comunidade.

Superficialmente, a família iorubá tradicional estendida parece um patriarcado. Isso não é


verdade, as mulheres têm poder de veto sobre o que é aparente em público. Há um equilíbrio de
poder dentro da estrutura da comunidade. Por exemplo, se você passar por uma iniciação Ifá,
parece que você está sendo iniciado por uma fraternidade de homens. Mas a última coisa que
você faz envolve uma bênção das mães. Se eles não dão a sua benção você não está iniciado.
Você tem que passar por eles para vir ao mundo depois de renascer. Há uma trama de influências
que sustenta a estrutura eterna da família. Ninguém é chefe o tempo todo. Todo mundo tem um
ancião, dependendo das circunstâncias. A vida é visto como uma convergência de influências em
que são mudanças de papéis pessoais dependendo da experiência e perícia.

Parte da função de Esu é o de manter o tecido coesiva da estrutura da família. Esu pode começar
a dar-lhe uma visão do quadro geral. Essa visão nos dá uma visão sobre como podemos nos
relacionar como família em áreas onde a família tenha sido danificado. Na África não existe uma
palavra para o tio e não existe uma palavra para primo. Qualquer pessoa mais velha do que você
é pai ou mãe, e se você não chamá-los de pai ou mãe você está sendo rude. Essa é a idéia eterna
de respeito pelos mais velhos, como parte do processo de desenvolvimento pessoal. Ifá é uma
visão particular de como fazer o trabalho familiar. Há outros, e todos olham para a Natureza para
orientação e inspiração.

Com base na idéia de Esu como Divino Enforcer, Ifá ensina a noção de ética que se a sua vida
fica melhor a minha vida fica melhor, se você sofre, eu sofro. Esta idéia requer um exame da
possibilidade de que o ciúme é inadequado, a concorrência é inadequado, a fofoca é inadequado,
de volta a morder é inapropriado, diminuindo alguém verbalmente é inapropriado e denegrir
qualquer grupo particular de pessoas não é consistente com os princípios éticos da Lei Divina.

Quando você se encontra vivenciando essas emoções há um trabalho de transformação que


precisa ser feito. Não é difícil identificar e não é difícil reconhecer. O problema é tomar essas
emoções e transformá-los em algo digno de louvor. Isto exige o poder espiritual, a capacidade de
colocar-se tão perfeitamente em alinhamento com as forças da natureza que os cercam que sua
vida torna-se constantemente transformada. Mais uma vez, o poder espiritual não é polvilhar juju
em sua cabeça, ele está assumindo uma posição em relação à natureza que se torna
transformação, simplesmente porque você é um canal para o equilíbrio essencial da própria
natureza. Na Índia ele é chamado dharma, você se abençoado pelos anciãos, sentado em sua
presença e que não precisa dizer nada. É tudo a ver com a experiência real de poder espiritual.
No Taoísmo é chamada chi, em Sinto que é chamado de ki, no hinduísmo é chamado prana e em
Ifá é chamado ase. Este é um poder real que se sente de certa forma ea essência do trabalho
cerimonial dentro de Ifá é para desbloquear esse poder. Se você não conseguir desbloquear o
poder espiritual em seu próprio ser na presença de quem pode é de valor. Ase será desbloqueado
dentro de você simplesmente por estar ao seu redor. Nesse ponto, o que você chamá-lo é
profundamente irrelevante, porque nesse momento você vai saber o que se sente e você será
capaz de acessá-lo para uso em crescimento pessoal.

A jornada do herói envolve encontros com Esu que nos empurra além da complacência dos
nossos limites normais. Isto coloca-nos em território desconhecido, onde há um profundo
sentimento de confusão, pânico e medo. A única maneira de interagir com sucesso neste lugar
desconhecido é expandir nossa consciência, para mudar a nossa percepção de si e do mundo.
Expansão da consciência sempre envolve a morte do velho homem, e experiência da origem do
medo do desconhecido. Em termos simples o encontro com Esu é um apelo à coragem. O apelo à
coragem é uma chamada para fazer a coisa certa, apesar do nosso medo. É uma exploração
daqueles espiritual que nós para elevação e renovação.

Para entender essa mudança como um princípio metafísico vamos examinar o Odu que encarna
Esu. O Odu é Ose-tura e aparece como segue:
II
II II
II
I II

O Odu são dois Quadra-gramas são lidos da direita para a esquerda. No lado direito é o princípio
metafísico de Ose. Este princípio dá à luz a força da natureza ou Ifá Orisa chama Osun. Ose em
termos simples é a capacidade para projectar as suas orações através da utilização de ase ofo que
significa que o poder da palavra. Em Ifa tradicional o poder por trás oração eficaz é chamado aje.
Ifá ensina que aje é uma habilidade herdada que passa de mãe para filha. Esta habilidade é
melhorada e aplicados de forma efectiva em secretam as mulheres sociedade chamada Ìyáàmi
Osoranga significado de minha mãe me trazer o poder da viagem astral da elisão Iya mi oso
correu ga. A palavra iorubá significa oso viagem astral e viagem astral é um componente da
oração eficaz porque é a capacidade de projetar a consciência humana para o reino invisível que
sustenta a criação.

O lado esquerdo da odu é Otura que é uma manifestação da força da natureza Ifa chama Obatalá.
O Obatalá palavra do Oba elisão ita ala ou seja, o rei da estrada de luz. Em Otura somos
abençoados com a visão mística, ou seja, temos um vislumbre do universo holográfico que vem
em resposta direta às nossas orações. No processo de adivinhação o lado direito da Odu
representa o que tem manifesto e do lado esquerdo representa a que existe no potencial latente.
Em Ose-tura espírito nos dá a promessa da iluminação a qualquer hora que chegar para a clareza
e resolução de conflitos.

A ciência nos diz que o universo é uma onda enorme e sinal de que tudo o que vemos é uma
manifestação de luz. Uma onda de sinal pode ser visualizado como uma série de W de ligados
entre si. Se traçarmos uma linha horizontal através do centro da W podemos considerar tudo
acima da linha como expansiva e tudo abaixo da linha como contracionista. Na mitologia Ifa as
polaridades entre a luz ea luz expansiva contracionista é simbolizado pela polaridade entre os
espíritos masculinos conhecidos como Orisa Okunrin e espíritos femininos conhecidos como
Orisa Obinrin. Estes não são forças independentes que fazem parte de um continuum que emerge
de uma única fonte. No local da onda onde a linha horizontal intersecta a polaridade entre
expansão e contração das polaridades opostas se unem e se tornam um. Em Ifá este lugar de
unidade é simbolizada pelo Uroborus ou a cobra come sua cauda. A cauda representa o falo ea
boca representa a vagina. Na Terra, centralizada religiões ao redor do mundo, ao longo da
história, o momento do organismo é considerado o ponto de unificação. Naquele momento
Natureza abraça a possibilidade de re-criação, é o momento da concepção. Em Odu Ifa a unidade
entre Osun e Obatalá resultados no nascimento de Esu.

Em um nível pessoal isso significa que quando temos acesso ao poder da oração que nós criamos
a possibilidade de receber e responder do Espírito na forma de visão mística. A fim de tornar este
manifesto visão no mundo precisamos implementar essa visão. O primeiro passo para a
implementação é para abrir a porta que inicia a jornada do herói. Na mitologia Ifa Esu é
considerado o guardião do portal que faz esta viagem possível. Andando pela porta requer
coragem, porque a viagem envolve go completamente deixando de seu antigo eu. Exige desistir
todos os dogmas, todas as idéias preconcebidas, e todas as fronteiras que definem o self. Exige
vivendo em um estado de confusão, desequilíbrio e perda de identidade. Este é o momento mais
terrível que a experiência de seres humanos. É um apelo à coragem é por isso que a viagem é
sempre associado com os Ebora Orisa espíritos guerreiros significado, que nos guiam para Akin
l'ona ou a jornada do herói.

Osun o Espírito do Rio nos dá o segredo de como projetar as nossas orações para o reino da spirt.
Ela faz isso o meu nos empurrando para a idéia de criar uma vida melhor. Obatalá responde a
este impulso, mostrando-nos que uma vida melhor parece. Esu nos dá a coragem de dar o
primeiro passo para tornar a visão do Espírito de uma realidade.
- Com Osakuleya Babalawo, Araba Awo Olusoji Awo Ifakoya Oyekanmi Oyekale
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INON É FOGO. E SE SAUDA O FOGO, NÃO QUE ESU SEJA O O FOGO. ESU DETÉM
PARA SI OS 3 PODERES (DUDU, PUPA E FUNFUN) E CIRCULA EM TODOS OS NÍVEIS
E ELEMENTOS (TERRA, AGUA, AR, E FOGO). INCLUSIVE O FOGO. EIS A CANTIGA E
A TRADUÇÃO: INÓN INÓN MO JÚBÀ E E MO JÚBÀ
INÓN INÓN MO JÚBÀ E ÀGÒ MO JÚBÀ
FONÉTICA:
Inã inã mo jubá ê é mo jubá
Inã inã mo jubá ê agô mo jubá.
TRADUÇÃO
(Exú) Fogo, fogo, meus respeitos,
A vós meus respeitos.
(Exú )Fogo, fogo, meus respeitos,
Peço licença e apresento-vos meus respeitos.
ORIKI ESU YANGI

ÈSÙ YANGI
ÈSÙ BÀBÁ ALÀSÉ
KI NNKAN MÁ SE OMO MI
KI NNKAN MÁ SE AYA MI
ÀTI ÈMI NÀÁ
MÁ SE MI LU ÉNIYÀN, MÁ SE ÉNÌYÀN LU MI
LÀNÀ OWÓ, LÀNÀ OMO KÀN MI O
ÈSÙ MÁ SE MI, OMO ELÒMÍRÀN NI O SE
ASÓRO LÒGO AKÉTÈPE LÒGBÓ
ÒLÒRÙN MÁÀ JÉ KI ARI ÌJÀ ÈSÙ O

TRADUÇÃO
Èsù Yangi
Èsù, Pai senhor do axé
Proteja Minhas Crianças Das Forças Do Mal
Proteja Minha Mulher Das Forças Do Mal
E Me Proteja Também
Èsù, Não Me Tente Contra As Pessoas; Não Tente As Pessoas Contra Mim
Deixe-Me Ter Dinheiro E Crianças
Èsù, Não Me Tente Os Outros Para Cometer Crimes
O Que Tem Força Espanca, E Tem Grupos Fortes
Deus Me Proteja Da Ira De Èsù

À ESQUERDA: ESU YANGI (OJUBO)


A DIREITA : ORNAMENTOS PARA ESU, E OPON IFÁ, MOSTRANDO A RELAÇÃO DE
ESU COM A DIVINAÇÃO E COMUNICAÇÃO COM AS DIVINDADES.
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ORIKI
EXU ODARA
AKARIBITI AWO ILE ONIKA EJO LANGBA LANGBA
NI NFI GBORORO NI IMORAN OLOFIN
DA ORUNMILA , BABA NLO S ODE AIYE NI KO NI
DE BABA NI ON JE LEGEDE ONA DE BABA NI
ON JJE DOBORO ON A BO, O NI SE ON BARAPETU
O NI SE ON MO EXU ODARA O NI KO TUN SI
OHUN TI NDA AWO LONA

ILE OGERE , IBÁ! IWO NAA NI A O KOKO TE, KI A TO TE OMI.ÈSÚ ÒDARA, IBÁ! IBÁ
OGANJO. IBÁ ASESE YO OORUN, IBÁ ÀKODA, ÌBÁ ASEDA, TIN SE EBORA AYE. ÌBÁ
ÈSÚ NI A NDA KI A TO BO ORÍSÁ. MO DURO, MO JUBÁ ÈSÚ! MO BERE, MO JUBÁ
ÈSÚ MO JUBÁ OKÙNRIN, MO JUBÁ OBIRIN , MO JUBÁ OMODE ,MO JUBÁ AGBÁ.
ÌBÁ GBOGBO YIN KIN NTO MU AWOSE, MO WA LA TI WA JUBÁ RE ÈSÚ ALAGBARA
ALASE OMO ELEDUMARE. ÌBÁ NI TIRE ÈSÚ, AH! ÌWO ELEGBARA, EBORA OLOWO
IJO, A SE OTUN, SE OSIN, LA NI ÌTÍJU, ÈSÚ ÒDARA JE OWURO MI O SAN MI. ÈSÚ
ÒDARA JE ALE MI O SAN MI. ÈSÚ ÒDARA TI NJE LATOPÁ, ELEPO LENU, ÒDARA TI
NJE ELEGBARA, A YI KONDUN SI EYIN , ELEYIN, OKUNRIN ONA, OKUNRIN OGUN,
ONILÈ ORÍTA, AGBÁ ÒRISA A SORO NAA DI OMIRAN, LAROYE-O, LAROYE-O. OMI
LERO INÁ, EPO LERO ÈSÚ, ÌBÁ MI NAA FUN EYIN ÌYÁ MI ÒSÓRONGÁ, A PA ENI MA
YO IDA, OLOKIKI ORU OKO NSISE, ORI ÌLE NI, AYANE MO NAA NKO-O, ORÍ ÌLE
NAA NI , LEGBARA MO JUBÁ RE O, MA JE ÌLE YI O YO, MO MI LESSE-O. ÀGBA DA
NI NGBA OHUN AKARA OMO ELEDUMARE, IWO LO PA OKÓ SINU INÁ O PA ALE SI
IDI ARO, O TUN WA PA ÌYÁ WO SI EHIN ÌLE, ÌBÁ RE E, EBÍTA OKUNRIN MA PA MI,
MA SI PA ENYIAN, SIMI LORUN-O, ÈSÚ LAALÚ, MO YILE, ÌBÁ YIN O, IWO EBORA
OLOWO, MO JUBÁ RE O, OBÁ AWON ÌMALE ENI TI KO MO E NI NPE E, NI
ONIKUMO, EMI NI ORÍGBEMILEKE OMO ÈSÚ ODARA KI OHUN BURUKU O ,
PARADA LAYE MI O. EYIN OKANLENIGBA EBORA ÍNU AYE, ÌBÁ YIN O . MO TUN
JUBA OGANJO TI NSE OMO IYA ORU, OLOJO ÌBÁ. AH! ÈSÚ GANRANGARAN,
LEBARA WA GBO OHUN MI O, ÌBÁ OMI NI A NJU, KI A TO PA EJA. ÌBÁ IGBO NI A
NJU, KI A TO SODE. ÌBÁ NAA NI A NJU ,KI A TO PA EYE BI OMODE BA DE ÍBI ORO LA
JUBÁ AWON ÌYÁ MOGUN, AWON ÌYÁ MOGUN PELU ÁSÈ ÈSÚ ÒDARA WON A FÍ ORÍ
RE TELE APO . ÈSÚ LAALU MO JUBÁ RE O ÌKORÍTA METÁ, AYE TOUN ORUN, ÌBÁ.
EYIN AYE, E MA DA ILE MI O NKO NI DA TÍ YIN NAA O ENI BÁ DALE, KI ÌLE UM LO
O , ÈSÚ ALÀSE ÒRÍSA OUN LO SE ALAKOSO WA, LE TI ODO ODALEBERU LEGBE,
YEYE A TI PEREGUN OMI, ODO NAA RE O KO TÍÍ GBE O, YEYE ETI ODO NAA RE O
KO TI GBEO, PEREGUN ETI ODO NAA RE O KO TÍÍ GBE O. EWE ORI WON KO TI WO
O .ÈSÚ MA JE ORI MI, ELEDA MI O O SIN MI SILE O, MO TUN NFIBA AWON
OKANLENIGBA IMALE TI WON NSE OJISE ELEDUMARE. ÌBÁ ÈSÚ LAALU ENI TI E
NGBA ASE LOWORE, LEGBARA, LEGBARA ÌRAWO ÀKODA TI MO NWO YI TI NSE
AYA OJU, ÌBÁ. ÈSÚ ÒDARA IRAWO ÁKODA, ÁSÉ EBÓ LOWO, BINBA RUBO NKO O ,
JE EBÓ MI ODÁ O, A JEBÓ JEEBÓ MI O DA , A AJEBO MO TUN JUBÁ OORUN, EYI TI
NSE AYA, OWURO KUTU ,ORI MI, ELEDA MI , ÌBÁ RE O. IGI HU NINU IGBO, ORÍ ILE
NI ADA NSISE, ORÍ ÌLE NI. MO TUN JUBÁ EYIN ÌYÁMI ÒSÓRONGA OPIKI ELESE
OSUN, A JEFUN JEDO. ÈSÚ, MA JE AWON ÌYÁ MOGUN FI ORÍ MI TELE APO KIN LE
GBO, BÍ O GBO noKIN TO TO , KI OJO MI O DALE-O EYIN OKANLENIRINWO IMALE
NAA NKO O, ÌBÁ NI MO NJE, ISE KO NI MORAN YIN E MASE AÍ, KO JE MI O E MA
GBAGBÈ ÌRUKERE. ÈSÚ LAALU, ÌBÁ RE O, JE ÌLE AYE, MI OSAN MI ,KI O TU NI
NEGENNEGEN BI OMI ODO A FI OWURO PON O ,ÈSÚ oDARAA KASE NLE KI NRIBI
LO , EMI LOMO ARO GIDIGBA TÍ NBO LONA. LAALU, MA JOKO LE MI, KI O MA TUN
JOKO LE OMO MI .ÈSÚ OKUNRIN KUKURU TI NBE L'ONA OJÁ, ÈSÚ LAALÚ, MO
JUBÁ RE O, ÌBÁ A JE O , ÌBÁ ÈSÚ!!

Tradução:

Terra eu te saudo! É sobre voce que caminha primeiro antes de pisar na água, èsú òdara,
saudações! saudações à madrugada, saudações ao sol nascente, saudações ao sol poente,
saudações aos prímordios, saudações aos criadores, que são veneráveis. a saudação à èsú é a
primeira a ser feita, antes venerar a qualquer Òrísá . De pé, eu saúdo a èsú; abaixado eu saúdo à
èsú; deitado, eu saúdo èsú. Minhas saudações aos homens, minhas saudações as mulheres,
minhas saudações as crianças, minhas saudaçoes aos mais velhos. Saudações à todos voces antes
de iniciar os mistério. Eu vim especialmente para saudar voce èsú. O poderoso dono do ásé e
filho de Deus. Essas saudações são suas Elegbara, elas são suas èsú. Ah! voce Elegbara, o
venerável que tem nas mãos o poder da intriga; que tanto joga no lado direito, como no esquerdo
sem o menor constragimentos. Èsú òdara, faça com que a minha manhã seje fávoravel, èsú òdara
faça com que a minha noite seje favorável. Èsú Òdara que se chama látopá, que tem em sua boca
o dendê. Òdara que se chama Elegbara, que posa nas costas dos outros. O sr dos caminhos, o sr
das guerras, que tem a sua morada em frente as casas e na encruzilhada. Orísá velho que muda o
conhecimento do passado, o poder da água paga o fogo, o poder do dendê acalma èsú. Minhas
saudações a voces minhas mães, que matam sem utilizar nenhuma arma; são voces, donas da
madrugada. A enchada trabalhando, è sobre o orí, com persistência espalhando o conhecimento.
O DESTINO MANIFESTA-SE SOBRE A TERRA, LEBARA EU VOS SAÚDO, que eu não
caia sobre a terra, que ela não trema sob meus pés. É o dendê quente que ouve a voz do akará,
filho de Deus voce matou o marido dentro do fogo e que ao fazer a mesma coisa com sua
amante, foi deixar a esposa morta no quintal da casa. Saudações, a voce homem forte e dinâmico,
não me mate e não mate a nínguém perto de mim ou de onde eu estiver.Èsú o famoso, estou na
terra saudações a voce. Voce o venerável dono do dinheiro. Saudações a voce, o rei dos
veneráveis. Aquele que não conhece voçe é quem o chama de, o homem do porrete. Eu sou
aquele , cujo o Ori me protege dos inimigos; o filho de Èsú, o generoso; para que as coisas ruins
desapareça de minha vida. Voces que são as 401 divindades veneráveis e que habitam àye, eu vos
saúdo. Saudo novamente o dia, que tem seu parentesco na madrugada. Senhor do hoje, saudações
a voce. Ah! èsú esse infinito, Legbara venha me ouvir, a água é o primeiro elemento A ser
saudado antes da pesca. A floresta é o primeiro elemento a ser saudado antes da caça. É a mesma
floresta que se sauda, antes de se pegar pássaros nela. Quando um jovem chega na arvore oro, e
ele deixa de saudar à arvore das ìyás mogun, as ìyás mogun junto com o ásé de èsú Odara pegam
o Orí desse jovem e colocam dentro de sua bolsa. Èsú láalu eu te saúdo, as tres encruzilhadas que
ligam o mundo vísível ao ín vísivel, saudações. Minhas mães Òsóronga, não me traiam, eu
também não trairei voces. Quem trair a terra, que a terra leve embora. èsú o portador do ásé do
òrísa que nos uniu para juramento de fidelidade, na beira do rio perto das àrvores sagradas yeye e
peregun. Vejam a água deste mesmo rio, ele ainda não secou e nem secara. vejam a arvore
sagrada yeye, que está na beira deste mesmo rio, esta àrvore não secou e nem secara. Peregun
sagrado está na beira deste mesmo rio, está ``````arvore não secou e nem secará, as folhas dela
ainda estão verdes e não cairão.´Èsú de força ao meu Orí e a meu Eledá, para que eles não me
abandonem, Minhas saudações também as 201 divindades, que são mensageiras de Deus.
Saudações èsú famoso aquele de cuja mão nós recebemos áse. Legbara, Legbara, a primeira
estrela a ser criada, eu lhe tenho temor e respeito, aquele que é o alimento dos olhos, saudações.
Esú Òdara, primeira estrela a ser criada, pertence a voçe o ásé dos ebós. Quando eu fizer ebó,
faça com que meu ebó tenha asé e seja aceito. Saudações , ao amanhecer do dia que é parente da
madrugada, saudações a vocês, a àrvore nascida dentro da floresta, o faz sobre Ori. O facão
trabalhando, é sobre Ori. Eu saúdo também, minhas mães òsórongá, as louváveis que enfeitam os
pés com osún e que se alimentam de intestinos e fígados. Èsú me proteja das ìyá mogun, para
que não coloquem meu Orí em sua bolsa; para que eu amadureça e viva por muito tempo, que eu
seje grande o suficiente para poder fazer as coisas, para que eu viva por muito tempo. E voces as
401 Divindades, eu vos saúdo, não estou mandando em voces, não deixem de me atender, não se
esqueçam de mim. O milho quando nasce, a sua espiga não esquece de fazer aparecer o pendão,
Èsú famoso, saudações a ti para que tudo em minha vida seja favoràvel à mim, que tudo me seja
perfeitamente harmonioso. Como a aguà do rio ao ser apanhada pela manhà,Esù Odarà afaste os
obstàculos para que eu possa passar, eu sou filho daquele poderoso veneràvel que està no
caminho. LAÀLU não monte em mim ,naõ monte sobre meus filhos. Esù homem baixinho que
fica no caminho da feira. Esù não me manipule negativamente. Esù famoso eu te saùdo.
Saudações a você Esù.

Este texto foi colhido no site ile èsú ni bá ko, casa do divino

ANALISE DE SEU

A análise de èsú se impõe como imprescindível para a compreensão da ação ritual e do sistema
como totalidade. De fato, èsú não só está relacionado com os ancestrais femininos e masculinos e
com suas representações coletivas, mas ele também é um elemento constitutivo, na realidade o
elemento dinâmico, não só de todos os seres sobrenaturais, como também de tudo o que existe.
Nesse sentido, como Òlórun, a entidade suprema protomatéria do universo, Èsú não pode ser
isolado ou classificado em nenhuma categoria. É um princípio e, como o àsé que ele representa e
transporta, partiçosamente de tudo. Princípio dinâmico e de expansão de tudo o que existe, sem
ele todos os elementos do sistema e seu devir ficariam imobilizados, a vida não se desenvolveria.
Segundo as própias palavras de ifá," cada um tem seu próprio èsú e seu próprio Òlórun, em seu
corpo" ou "cada ser humano tem seu èsú individual, cada cidade, cada casa(linhagem), cada
entidade, cada coisa e cada ser tem seu própio èsú", e mais, "se alguém não tivesse, não poderia
existir, não saberia que estava vivo, porque é compulsório que cada um tenha seu èsú
individual". Assim como Òlórun representa o princípio da existência genérica, Èsú é o princípio
da existência diferenciada em conseqüencia de sua função de elemento dinâmico que o leva a
propulsionar, a desenvolver, a mobilizar, a crescer, a transformar, a comunicar. Olódúmarè criou
èsú como um eborá todo especial de maneira tal que ele deve existir com tudo e residir com cada
pessoa. Em virtude de suas competências e poder de realização, de sua inteligência e natureza
dinâmica, o èsú de cada um deverá dirigir todos os seus caminhos na vida. É ifá quem fala e
revela para nos permitir sabê-lo. A função de èsú consiste em solucionar, resolver todos os
"trabalhos", encontrar os caminhos apropiados, abri-los ou fecha-los e, principalmente, fornecer
sua ajuda e poder a fim de mobilizar e desenvolver tanto a existência de cada indíviduo como as
tarefas específicas atríbuidas e delegadas a cada uma das entidades sobrenaturais. ìbá Èsú!,
laroiye! ´

Este texto é um resumo de pesquisa , colhida do livro os nagô e a morte, de autoria de Juana
Elbein dos santos.
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ÈSÙ LÁÀLÚ

ÈSÙ LÁÀLÚ, OKIRI ÒKÓ, EBÌTÀ OKÙNRIN,


A BÁ NI WÓRÀN, BÍ À Ò RÍ DÁ.
OLÒPA ELÉDUNMARÈ LAELAE
O SÁN SÓKÓTÒ PÉNPÉ.
ONÍBODÈ OLÓRUN
O SÚN NÍLÉ FOGO TI KUN
ÈSÙ LÓ JÍ, OGO KÒ JÍ
EBORA TÍ NJÉ LÁTOPA
O BÁ ELÉKÚN SUNKÚN, KÉRÙ Ó BA ELÉKÚN
ELÉKÚN N SÚNKÚN
LÁARÓYÈ N SUN ÈJÈ.
O BÁ ONÍMÍMÍ MÍ
KÉRÙ Ó BA ONÍMÍMÍ
ONÍMÍMÍ N FIMÚ MÍ
LÁARÓYÈ N FI GBOGBO ARA MÍ BÍ ÀJÉRE.
ÈSÙ MÁ SE MÍ, OMO ELÒMÍRAN NI O SE
NÍTORÍ ENI ESÙ BÁ NSE KÌ Í MÒ
BÍ O BÁ FI OHUN, TIRÈ SÍLÈ
OHUN OLÓHUN NII MAA WÁ KIRI
ÈSÙ ÒDÀRÀ
ORÍ MÍ KÒ NÍ JÉ KÍ ÈMI RÍ ÌBÍNÚ RE
Èsù Láàlú, Okiri òkò, Ebìtà Okùnrin,
Èsú que causa problema ao homem, quando o homem não tem problema.
Inspetor de Elédùmarè desde os princípios dos tempos.
Èsù amarrou um pedaço de pano na cintura.
Porteiro do Dono do Céu
Ele dorme em casa e tranca a porta com seu porrete
É Èsù quem acordou, mas seu porrete não acordou
O venerável é que chamamos Látopa.
Ele que chora com a vítima até ela se amedrontar.
A vítima está derramando lágrimas
Láaróyè está derramando sangue.
Ele respira junto com a vítima
Até o ponto da vítima se amedrontar
A vítima está respirando pelas narinas
Láaróyè está respirando pelo corpo todo como uma peneira.
ÈSÙ NÃO ME CONDUZA AO MAL, CONDUZA AO MAL OS MEUS INIMIGOS
Pois quem estiver sendo conduzido ao mal por Èsù não sabe
Quando Ele deixa sua prosperidade
Vai atrás da prosperidade dos outros
Èsù Òdàrà
MEU ORI NÃO VAI PERMITIR QUE EU EXPERIMENTE SUA FÚRIA
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ÈSÙ LARÓYE, K’ÉRU Ó BA ONÍMÍMÍ.
ONÍMÍMÍ NF’IMU MI ÈSÙ LARÓYE NFI.
GBOGBO ARA MI MI AJERE.
ÈSÙ MA SE MI OMO ÈLOMIRAN NI O SE.
‘TORI ENI ÈSÙ BA NSE KI ÍMÒ.
B’O BA F’OHUN TIRÈ S’ILE.
OHUN OLÓHUN NI IMÁÀ WÁ KIRI. ASE.

Esu Laroye, encontre um lugar para esta carga que levo sobre minha alma. Saúdo a Esu Laroye
com toda minha alma. Meu corpo inteiro se bendiz. Esu não me reprove nada. Ao Mensageiro
Divino é o primeiro que saúdo por sua profunda sabedoria. Ele tem a voz do poder. Ele tem a voz
que vaga pelo Universo. Asé.
EXÚ ODARA!!!

"Exu Oni bodê Orum


Oxeturá eni omo iá eni o mo babá
Ti Adi toju bi omo Elegbara iuô la pe loni uá loni i bi omo ti njé
Iá re uara nitori rogbô diã ilê aiê po jojô ogum ni uá
Ogum lehim ilê aiê ogum ojô jumo ogum
Ati iê to mu olomo ki o ma mo omo re to mu ore di otá arauom
To mu eni du ipo omo lakeji to jeki a fé oju mo nkã eni
Auá bebê fum abó re Exu Lalu uá gbô orô ati laroiê
Uá so uá babá njadê lo so uá ti a pá padá uá le uá ki ogum
Aiê ma le riuá gbe se Exu olo na onã ti Exu ba si enikã ki di uá si onã fun
Uá eniti Exu ba si onarê lo segum aiê se uani olussegum ki otá
Ma leri na gbe se eni onã re ba si pereguedê loni alafia babá orô Exu Odara da abó re bouá loni
Axé axé axé.

Tradução

Exu guardião do Orum


Oxeturá, aquele que não conhece sua mãe, aquele que não conhece seu pai
Mas que recebeu todo cuidado de Adi, O dinâmico. É você que estamos chamando, venha nos
atender hoje assim que o filho atende sua mãe
As intrigas deste mundo estão demais
A guerra está na frente, a guerra está atrás de nós
O mundo é uma guerra diária A guerra de sobrevivência
Que fez os pais desconhecerem seus filhos Que fez os amigos virarem inimigos Que fez pessoas
tomarem o lugar dos outros
Que fez com que colocassem olho grande em nossas coisas Nós estamos pedindo a sua proteção
Exu, o ouvidor, Venha ouvir nossas palavras e reivindicações
Proteja-nos ao sairmos de casa Proteja-nos ao voltarmos para casa, que a guerra deste mundo não
consiga nos vencer Exu o dono dos caminhos
O caminho que Exu abre ninguém é capaz de fechar, venha abrir nossos caminhos
Aquele a quem Exu abrir os caminhos será o vencedor na guerra da vida Faça de nós vencedores
Que o inimigo não consiga nos vencer.
Aquele que tem seus caminhos abertos Terá saúde, o pai de todas as riquezas
Exu o imprevisto venha a nos proteger hoje com todas as forças axé.
Esu o mais importante dos orisas

No território Yoruba o culto a Esu esta ligado a todos aos outros orisas ,egungun e Iya mi,e o
assentamento de Esu está sempre presente nos locais de culto.
Diferentemente do que acontece no Brasil, esse assentamento é feito em uma pedra conhecida
como Yangui , existe várias formas de assentamento, mas o mais comum, Yangui, uma pedra
ferruginosa ( laterita )que é acompanhada de uma estatueta em madeira , embora infelizmente no
Brasil, ainda existem pessoas que assentam Esu com pedra de rio, contrariando a essência que
deveria ser mantida conforme os versos de Ifa,(textos sagrados de nossa religião).
É bem verdade, que considerando tudo que nossos antepassados tiveram que enfrentar, diante das
dificuldades da escravidão, muito foi conservado e pouco seriam os ajustes a ser feito,agora é
responsabilidade nossa corrigir o curso da historia indo de encontro as nossas raízes e
melhorando nossa relação com os nossa origem.
O grande problema com o culto a Esu, é a desinformação das pessoas, que seguem confundindo
Esu, com os chamados Exus de Quimbanda ou da Umbanda,isso deixa uma confusão muito
grande na cabeça das pessoas que desconhecem os orisas,é muito comum ver assentamentos com
tridentes e bonecos com chifre, ainda sendo cultuados e pessoas que continuam dizendo que tem
um Esu chamado tranca rua e que ele seria o emissário de Osun,tal afirmação deixa qualquer
pessoa informada de cabelo em pé .
Em grande parte as pessoas não sabem as verdadeiras atribuições de Esu ,ele é o orisa da
articulação entre o aiye (terra) e o orun (ceu), o intermediário entre os homens e os orisas, o
verdadeiro porta voz do ser humano junto as divindades.
Nunca devemos confundir Esu, com o diabo como fizeram os colonizadores em terras
yorubas,sobre tudo, hoje com tantas informações, a internet é o grande pesadelo dos
desinformados donos do saber, que outrora se arvoravam como conhecedores, hoje basta acessar
todo tipo de informação, e as distâncias entre a África e o Brasil estão reduzidas a um simples
toque no teclado,o problema é como identifica, qual informação pode ser aproveitado.
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ÀDÚRÀ TI OLOJÓ ÒNÌ (REZA DO SENHOR DO DIA)

IJÒ YÍ OLÙWA ÌYÈ IJÓ YÍ


IJÒ YÍ OLÙWA ÌYÈ IJÓ YÍ
MÁ JÉ KÓ BÀJÉ
MÁ JÉ KÓ ARO
MÁ JE KÓ BÀJÉ O
ÌYÉ IJÓ YÍ, ÌYÈ IJÒ YÍ

Persistente Senhor do Dia e da vida


Persistente Senhor do Dia e da vida
Não me permita aprender a corromper
Não me permita aprender tristezas
Não me permita aprender a corromper-me
Senhor do Dia e da vida, Senhor do Dia e da vida.
PARÁBOLA DA FIDELIDADE MITO DO PENTEADO DEELÉGBÁRA
"Contam os nagôs ìgbó’s que, em uma época incontável, Òrunmìlà, certa noite, após ter andado
pelo Mundo por um longo período juntamente com seus discípulos, pregando as boas novas e
seus mandamentos, resolveu testar a amizade e a fidelidade dos seus seguidores. Após ter feito
vigília durante toda uma noite, Òrunmìlà aguardou os primeiros raios do Sol surgirem no Leste,
para chamar à sua presença seus discípulos, os Dezesseis Conselheiros. Quando todos se
apresentaram, Òrúnmìlà disse-lhes: ‘Quero que vocês tragam para mim a fórmula mágica do
Rere Àilópin (O Bem da Longevidade).’ Seus discípulos imediatamente lhe perguntaram:
‘Viveremos também longa vida, caso a encontremos?’. Òrunmìlà respondeu-lhes: ‘Aquele que a
achar e à minha presença trouxer, comigo terá longa duração de vida’. Imediatamente, os
conselheiros saíram à procura do tão bem-querer, para poderem desfrutar do mesmo juntamente
com Òrunmìlà. Após vários dias de jornada, os conselheiros, cansados e debilitados, resolveram
voltar para casa, desistindo, dessa maneira, de procurar ‘O Bem-querer’ solicitado pelo amado
mestre. Ao chegarem próximo da residência de Òrunmìlà, observaram que diversas pessoas do
vilarejo corriam pelas ruas em prantos, outras faziam grandes alaridos pronunciando: ‘Òrunmìlà
npaláro, Ìkú nmúkurò (Òrunmìlà morreu, Ìkú o levou embora)’.
Após ouvirem as lamentações, os conselheiros aceleram os passos em direção à casa do tão
amado mestre. Quando da morada do mesmo se aproximaram, mal conseguiam se locomover
entre as pessoas que se aglomeravam diante da mesma. Com sacrifício e rudeza, conseguiram
adentrar a casa de Òrunmìlà. Lá estava inerte sobre o leito o corpo do amado líder espiritual.
Nesse meio tempo, os dezesseis conselheiros ficaram parados tais quais estátuas diante do corpo
apático de Òrunmìlà. Entremente, um a um foi se retirando lentamente do local, pronunciando:
‘De que valeu sairmos em busca do Bem da Longevidade? Nosso mestre está morto, não o temos
mais, mesmo que tivéssemos achado esse bem, não saberíamos utilizar a fórmula. Está tudo
acabado! Nada mais temos a fazer a não ser pedir o povo do local que o enterre para nós’. Em
seguida, logo após solicitar que sepultassem o corpo de Òrunmìlà, os conselheiros seguiram
viagem afora, dizendo que iriam, a partir daquela data, pregar mundo afora os ensinamentos que
lhes foram dados por seu amado mestre. Todos se retiraram, com exceção de Elégbará, seu
amigo inseparável, que havia chegado naquele momento e que, debruçado, ficou sobre o corpo
inerte de Òrunmìlà.
No momento em que o Olóri Õgá Ìlétò (Chefe Supremo do Vilarejo) ia dar início ao translado do
corpo para a sepultura, Elégbára começou a chorar incessantemente sobre o corpo de Òrunmìlà.
Por mais que tentassem tirá-lo, mais ele se agarrava ao cadáver. Em determinado momento,
todos os presentes viram as mãos do cadáver se moverem em direção à cabeça de Elégbára. Este,
estatelado, ao colocar suas mãos sobre as que lhe acariciavam os cabelos, viu que se tratava de
um afago de seu tão amado mestre Òrunmìlà. Sem nada entender, Elégbára lhe pergunta: ‘Como
é possível isto? Tu não estavas morto ainda pouco? Porventura deram-te escondido de mim a
fórmula do Bem da Longevidade, que mandaste buscar e, após ingerire-la, ressuscitaste?’
Òrunmìlà continuando a acariciar-lhe os cabelos disse-lhe: ‘Decidi, após uma noite de vigília,
fingir que havia morrido para testar a fidelidade e a veneração de todos ao meu redor.’
Continuando o diálogo, disse Òrunmìlà: ‘Estou desapontado! De todos que vivem à minha volta,
tu foste outra vez o único que não me decepcionou.’ Em continuidade ao colóquio, perguntou
Òrunmìlà a Elégbára: ‘Por que raspaste a cabeça somente dos lados deixando o restante dos
cabelos no alto, na nuca e ao centro, ficando o mesmo com um formato de falo?’ ‘Mestre, eu
estava em fase de preparatório para ser iniciado em teus mistérios, quando soube da notícia da
tua morte. Imediatamente, deixei tudo para trás e vim correndo ver-te pela última vez.’ Disse-lhe
Elégbára.
Òrunmìlà, ao admitir e comprovar com aquele gesto a dedicação e fidelidade de Elégbára,
abraçou o amigo dizendo-lhe: ‘Desejo que deixes teus cabelos crescerem desta forma, isto é,
raspado aos lados e no meio não, pois este penteado será, a partir de hoje, o símbolo da nossa
amizade e do meu agradecimento.’"
Comentários: O mito acima, apesar de nos mostrar uma prova de amizade, dedicação e
fidelidade, mostra-nos também o quanto Elégbára e Òrunmìlà são intrínsecos quanto ao destino
dos seres humanos, uma vez que Òrúnmìlà é a revelação e Èsù, o princípio, o "dinâmico" e o
"apático".
Pergunta semelhante também é feita pelos Conselheiros a Òrunmìlà, quando dos relatos do
Àmúlù Ìká-Fún - 235ª Junção Oracular de Ifá - "Os Dezesseis Mandamentos de Ifá."
Representação de um pênis - Símbolo da fecundidade da natureza, entre alguns povos do
Oriente.
Que tem apatia. Ausência de afetos e paixões; indiferença.
COMO ÈSÙ TORNOU-SE ÒSIJÈ-EBÓ

Essa história revela o nascimento do 17o. Odù, como e de onde nasceu Òsetùwá, em decorrência,
veremos a analise através de como Èsù se tornou ÈSÙ ÒSIJÈ-EBÓ, o transportador e
encarregado de encaminhar as oferendas entre a terra e o òrun.
Quem deveria consultar o porta-voz-principal-do-culto-de-Ifá; a nuvem esta pendurada por cima
da terra...
Bábálàwó dos tempos imemoriais; Os "siris" estão no rio; a marca do dedo requer Yèréòsùn (pó
sagrado de Ifá).
Estes foram os Bàbáláwo que jogaram Ifá para os quatrocentos Irúnmolè, senhores do lado
direito, e jogaram Ifá para os duzentos malè, senhores do lado esquerdo. E jogaram Ifá para
Òsun, que tem uma coroa toda trabalhada de contas, no dia em que ele (Òsetùwá) veio a ser o
décimo sétimo dos Irúnmolè que vieram ao mundo, quando Òlódumàrè enviou os òrìsà, os
dezesseis, ao mundo, para que viessem criar e estabelecer a terra.
E vieram verdadeiramente nessa época. As coisas que Òlódumàrè lhes ensinou nos espaços do
òrun constituíram nos pilares de fundação que sustentam a terra para a existência de todos os
seres humanos e de todos os ebora. Òlódumàrè lhes ensinou que quando alcançassem a terra,
deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a de Orò, o Igbó Orò. Deveriam abrir uma
clareira na floresta, consagrando-a a Eégún, o Igbó Eégún, que seria chamado Igbó Òpá. Disse
que deveriam abrir uma clareira na floresta consagrando-a a Odù Ifá, o Igbó Odù, onde iriam
consultar o oráculo a respeito das pessoas. Disse ele que deveriam abrir um caminho para os
Òrìsà e chamar esse lugar de Igbó Òrìsà, floresta para adorar os òrìsà. Òlódumàrè lhes ensinou a
maneira como deveriam resolver os problemas de fundação (assentamento) e adoração dos ojóbo
(lugares de adoração) e como fariam as oferendas para que não houvesse morte prematura, nem
esterilidade, nem infecundidade, que não houvesse perda, nem vida paupérrima, não houvesse
nada de tudo isso sobre a terra. Para que as doenças sem razão não lhes sobrevivessem, que
nenhuma maldição caísse sobre eles, que a destruição e a desgraça não se abatessem sobre eles.
Òlódumàrè ensinou aos dezesseis Òrìsà o que eles deveriam realizar para evitar todas as coisas.
Ele os delegou e enviou à terra, a fim de executarem tudo isso. Quando vieram ao òde àiyé, a
terra fundaram fielmente na floresta o lugar de adoração de Orò, o Igbó Orò. Fundaram na
floresta o lugar de adoração de Eégún. Fundaram na floresta o lugar de adoração de Ifá que
chamamos Igbódù. Também abriram um caminho para os òrìsà, que chamamos Igbóòòsa.
Executaram todos esses programas visando a ordem. Se alguém estava doente, ele ia consultar
Ifá ao pé de Òrúnmìlá. Se acontecia que Eégún poderia salvá-lo, dir-lho-iam. Seria conduzido ao
lugar de adoração na floresta de Eégún ao Igbó-Igbàlè, para que ele fizesse uma oferenda para
Egúngún. Talvez que um de seus ancestrais devesse ser invocado como Eégún, para que o
adorasse, a fim de que esse Eégún o protegesse. Se havia uma mulher estéril, Ifá seria
consultado, a respeito dela, a fim de que Orúnmìlà pudesse indicar-lhe a decocção de Òsun, que
ela deveria tomar. Se havia alguém que estava levando uma vida de miséria, Orúnmìlà
consultaria Ifá, a respeito dele. Poderia ser que Orò estivesse associado à sua própria entidade
criadora. Orúnmìlà diria a essa pessoa que é a Orò que ela devia adorar. E ela seria conduzida à
floresta de Orò. Eles seguiram essa prática durante muito tempo. Enquanto realizavam as
diversas oferendas, eles não chamavam Òsun. Cada vez que iam a floresta de Eégún, ou à
floresta de Orò, ou à floresta de Ifá, ou à floresta de Òòsà, a seu retorno, os animais que eles
tinham abatido, fossem cabras, fossem carneiros, fossem ovelhas, fossem aves, entregavam-nos a
Òsun para que ela os cozinhasse. Preveniram-na que quando ela acabasse de preparar os
alimentos, não devia comer nenhum pouco, porque deviam ser levados aos Malè, lá onde as
oferendas são feitas. Òsun começou a usar o poder das mães ancestrais - àse Iyá-mi - e a estender
sobre tudo o que ela fazia esse poder de Iyá-mi-Àjé, que tornava tudo inútil. Se se predissesse a
alguém que ele ou ela não fosse morrer, essa pessoa não deixava de morrer. Se fosse proclamado
que uma pessoa não sobreviveria, a pessoa sobreviveria. Se se previsse que uma pessoa daria à
luz um filho, a pessoa tornava-se estéril. Um doente a quem se dissesse que ele ficaria curado
não seria jamais aliviado de sua doença. Essas coisas ultrapassavam seu entendimento, porque o
poder de Olódumàre jamais tinha falhado. Tudo que Olódumàre lhes havia ensinado eles o
aplicava, mas nada dava resultado. Que era preciso fazer? Quando se congregaram numa
reunião, Orúnmìlà sugeriu que, já que eles eram incapazes de compreender o que se estava
passando por seus próprios conhecimentos, não havia outra solução senão consultar Ifá
novamente. Em consequência, Orúnmìlà trouxe seu instrumento adivinhatório, depois consultou
Ifá. Contemplou longamente a figura do Odù que apareceu e chamou esse Odù pelo nome de
Òsetùwá. Ele olhou em todos os sentidos. A partir do resultado definitivo de sua leitura,
Orúnmìlà transmitiu a resposta a todos os outros Odù-àgbà. Estavam todos reunidos e
concordaram que não havia outra solução para todos eles, os ÒRÌSÀS-IRÚNMÀLÈ, senão
encontrar um homem sábio e instruído que pudesse ser enviado a Olódumàre, para que mandasse
a solução do problema e o tipo de trabalho que devia ser feito para o restabelecimento da ordem,
a fim de que as coisas voltassem a normalizar-se, e nada mais interferisse em seus trabalhos. Ele,
Orúnmìlà, deveria ir até a Olódumàrè. Orúnmìlà ergueu-se. Serviu-se de seus conhecimentos
para utilizar a pimenta, serviu-se de sua sabedoria para tomar nozes de obi, despregou seu òdùn
(tecido de ráfia) e o prendeu no seu ombro, puxou seu cajado do solo, um forte redemoinho o
levou, e ele partiu até os vastos espaços do outro mundo para encontrar Olódumàrè.
Foi lá que Orúnmìlà reencontrou Èsù Òdàrà. Èsù já estava com Olódumàrè. Èsù fazia sua
narração a Olódùmarè. Explicava que aquilo que estava estragando o trabalho deles na terra era o
fato de eles não terem convidado a pessoa que constitui a décima sétima entre eles. Por essa
razão, ela estragava tudo, Olódumàrè compreendeu. Assim que Orúnmìlà chegou, apresentou
seus agravos a Olódumàrè. Então Olódumàrè lhe disse que deveria ir e chamar a décima sétima
pessoa entre eles e levá-la a participar de todos os sacrifícios a serem oferecidos. Porque, além
disso, não havia nenhum outro conhecimento que Ele lhes pudesse ensinar senão as coisas que
Ele já lhes havia dito. Quando Orúnmìlà voltou à terra, reuniu todos os òrìsà e lhes transmitiu o
resultado de sua viagem. Chamaram Òsun e lhe disseram que ela deveria segui-los por todos os
lugares onde deveriam oferecer sacrifícios. Mesmo na floresta de Eégún. Òsun recusou-se: ela
jamais iria com eles. Começaram a suplicar a Òsun e ficaram prostrados um longo tempo. Todos
começaram a homenageá-la e a reverenciá-la. Òsun os maltratava e abusava deles. Ela
maltratava Òrìsànlá, maltratava Ògún, maltratava Orúnmìlà, maltratava Òsányín, maltratava
Orànje, ela continuava a maltratar todo mundo. Era o sétimo dia, quando Òsun se apaziguou.
Então eles disseram que viesse. Ela replicou que jamais iria, disse, entretanto, que era possível
fazer uma outra coisa já que todos estavam fartos dessa história. Disse que se tratava da criança
que levava no seu ventre. Somente se eles soubessem como fazer para que ela desse à luz uma
criança do sexo masculino, isso significaria que ela permitiria então que ele a substituísse e fosse
com eles. Se ela desse à luz uma criança do sexo feminino, podiam estar certos que esta questão
não se apagaria em sua mente. Ficariam aí, pedaços, pedaços, pedaços. E eles deveriam saber
com certeza que esta terra pereceria; deveriam criar uma nova. Mas se ela desse a luz a um filho-
homem, isso queria dizer que, evidentemente, o próprio Olórun os tinha ajudado. Assim apelou-
se para Òrìsànlá e para todos os outros òrìsà para saber o que deveriam fazer para que a criança
fosse do sexo masculino. Disseram que não havia outra solução a não ser que todos utilizassem o
poder - àse - que Olódumàrè tinha dado a cada um deles; cada dia repetidamente deveriam vir,
para que a criança nascesse do sexo masculino, Todos os dias iam colocar seu àse - seu poder -
sobre a cabeça de Òsun, dizendo o que segue. "Você Òsun ! Homem ele deverá nascer, a criança
que você traz em si!" Todos respondiam "assim seja", dizendo "TÓ!" acima de sua cabeça...
Assim fizeram todos os dias, até que chegou o dia do parto de Òsun. Ela lavou a criança.
Disseram que ela deveria permitir-lhes vê-la. Ela respondeu "não antes de nove dias". Quando
chegou o nono dia, ela os convocou a todos. Esse era o dia da cerimônia do nome, da qual se
originaram todas as cerimônias de dar o nome. Mostrou-lhes a criança, e a pôs nas mãos de
Òrìsà. Quando Òrìsànlá olhou atentamente a criança e viu que era um menino, gritou: "Músò"...!
(hurra...!). Todos os outros repetiram "Músò"...! Cada um carregou a criança, depois o
abençoaram. Disseram "somos gratos por esta criança ser um menino". Disseram "que tipo de
nome lhe daremos". Òrìsà disse: "vocês todos sabem muito bem que cada dia abençoamos sua
mãe com nosso poder para que ela pudesse dar à luz uma criança do sexo masculino, e essa
criança deveria justamente chamar-se À-S-E-T-Ù-W-Á (o poder trouxe ela a nós)" Disseram:
"acaso você não sabe que foi o poder do àse, que colocamos nela, que forçou essa criança a vir
ao mundo, mesmo se antes ela não queria vir à terra sob a forma de uma criança do sexo
masculino? Foi nosso poder que a trouxe à terra". Eis por que chamaram a criança de
ÀSETÙWÀ. Quando chegou o tempo, Orúnmìlà consultou o oráculo Ifá acerca da criança,
porque todos devem conhecer sua origem e destino, colheram o instrumento de Ifá para consultá-
lo. Eles o manipularam e o adoraram. Era chegado o momento de consultar Ifá a respeito dele,
para saberem qual era seu Odù, para que o pudessem iniciar no culto de Ifá. Levaram-no à
floresta de Ifá, que chamamos Igbódù, onde Ifá revelaria que Òsè e Òtùá eram seu Odù. Este foi
o resultado que ele deu a respeito da criança. Orúnmìlà disse: "a criança que Òsè e Òtùá fizeram
nascer, que antes chamamos de Àsetùwá", disse, "chamemo-la de Òsètùá". Foi por isso que
chamaram a criança com o nome do Odù de Ifá que lhe deu nascimento, Òsètùá. Àsetùá era o
nome que ele trazia anteriormente. Assim, a criança participou do grupo dos outros Odù, ao
ponto de ir com eles a todos os lugares onde se faziam oferendas na terra. Foi assim que todas as
coisas que Olódùmàrè lhes tinha ensinado deixaram de ser corrompidas. Cada vez que
proclamavam que as pessoas não morreriam, elas realmente sobreviviam e não morriam. Se
diziam que as pessoas seriam ricas, elas tornavam-se realmente ricas. Se diziam que a mulher
estéril conceberia, ela realmente dava à luz. A própria Òsun deu a essa criança um nome nesse
dia. Disse ela: "Osó a gerou (significando que a criança era filho do poder mágico), porque ela
mesma era uma ajé e a criança que ela gerou é um filho homem. Disse ela: "Akin Osò", (Akin
Osò: poderoso mago; homem bravo dotado de um grande poder sobrenatural) eis o que a criança
será!
É por isso que eles chamaram Òsetùá de Akin Osò, entre todos os Odù Ifá e entre os dezesseis
òrìsà mais anciãos. Depois eles disseram que em qualquer lugar onde os maiores se reunissem,
seria compulsório que a criança fosse um deles. Se não pudessem encontrar o décimo sétimo
membro, não poderiam chegar a nenhuma decisão, e se dessem um conselho, não poderiam
ratifica-lo. Finalmente, aconteceu! Sobreveio uma seca na terra. Tudo estava seco! Não havia
nem orvalho! Fazia três anos que tinha chovido pela última vez. O mundo entrou em decadência.
Foi então que eles voltaram a consultar Ifá, Ifà àjàlàiyé. (aquele que administra a terra)
Quando Orúnmìlà consultou Ifá àjàlàiyé, disse que deveriam fazer uma oferenda, um sacrifício, e
preparar a oferenda de maneira que chegasse a Olódùmàrè, para que Olódùmàrè pudesse ter
piedade da terra, e assim não virasse as costas à terra e se ocupasse dela para eles. Porque
Olódùmàrè não se ocupava mais da terra. Se isso continuasse, a destruição era inevitável, era
iminente. Somente se pudessem fazer a oferenda, Olódumàrè teria sempre misericórdia deles.
Ele se lembraria deles e zelaria pelo mundo. Foi assim que prepararam a oferenda. Eles
colocaram, uma cabra, uma ovelha, um cachorro e uma galinha, um pombo, uma preá, um peixe,
um ser humano e um touro selvagem, um pássaro da floresta, um pássaro da savana, um animal
doméstico. Todas essas oferendas, e ainda dezesseis pequenas quartinhas cheias de azeite de
dendê que eles juntaram nesse dia. E ovos de galinha, e dezesseis pedaços de pano branco puro.
Prepararam as oferendas apropriadas usando folhas de Ifá, que toda oferenda deve conter.
Fizeram um grande carrego com todas as coisas. Disseram então, que o próprio Èjì-Ogbè deveria
levar essa oferenda a Olódumàrè. Ele levou a oferenda até as portas do òrun, mas não, lhe foram
abertas. Èjì-Ogbè voltou à terra. No segundo dia Òyèkú-Méji a carregou, ele voltou. Não lhe
abriram as portas. Ìwòrí-Méji levou a oferenda, assim fizeram Òdi-Méji; Ìrosùn-Méji; Òwórin-
Méji; Òbàrà-Méji; Òkànràn-Méji; Ogúndá-Méji; Òsá-Méji; Ìká-Méji; Òtúrúpòn-Méji; Òtúá-
Méji; Ìrètè-Méji; Òsè-Méji; Òfún-Méji.
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ÈSÙ divindade da justiça

No meio de todas as divindades, Èsù é o mais ligado a Orunmila. Toda vez que Ebò ( sacrifício)
ou ètùtù é prescrito, ele é entregue a Èsù. Conforme o ditado popular Yoruba que diz assim:

Eni t oba rubo leesu n gbe


Èsù suporta qualquer sacrifício feito.

Portanto quem se recusar a fazer o sacrificio como prescrito, sera punido por Èsù. Ele pode ser
descrito como um promotor ou um agente de policia.
Mas sera ele indispensável ao trabalho dos Yoruba? Ele também é um mensageiro de Deus. Ele é
venerado no meio Yoruba. Ele protege seus devotos do perigo.

Orìkì Èsú ( prece para Èsù)


1. laalu ogiri oko Èsù ( pedra da floresta)
2. Omokunrin Dudu ita ( o homem de pele negra que vem de fora)
3. Onile orita ( o senhor que é dono das encruzilhadas )
4. Èsú ota orisa ( Èsù, o vingador dos Orixas )
5. a ki se ohun rere laimu ti Èsù kuro ( para ter conquista, sucesso, e todas as coisas boas da vida,
peça a Èsù que ele dá )

Prece/encantamento para Esù-Òsàlogbe

Èji de Alálo
Èji de Alálo
Èji Agimodo é o sacerdote de Ifá de Ìgbèyin
Foi a divergência de Orunmila enquanto ia ter com Èsù Òdárà por causa de seu azar
Se eu morrer se eu continuar pobre você será responsável Èsù Òdárà, você será seguramente
responsabilizado
Se eu não tiver esposa ou marido, você será responsável Èsù Òdárà, você será seguramente
responsabilizado
Se eu permanecer infantil, você será responsável Èsù Òdárà, você será seguramente
responsabilizado
Se eu permanecer um sem-teto, você será responsável Èsù Òdárà, você será seguramente
responsabilizado
Se eu não tiver bençaos de prosperidade, você será responsável Èsù Òdárà, você será
seguramente RESPONSABILIZADO
* ORISÁ EXU

EXU é um Orisá em que está ligado ao negro ( preto)


e ao vermelho pois suas cores são o preto e vermelho,
suas ferramentas são um Ogó ( um pau torcido pela a
natureza) um pênis, e algumas cabaças, e bastantes
búzios e moedas, suas roupas pode ser feito de varias
cores com predominância do preto e do vermelho.
Sendo este um Orisá primogênito do universo o filho
deste Orisá terá que assentar o seu próprio exu particular,
e outro de seu Ori, e este Orisá será iniciado no quarto de
Orisá e não na casa de exu, este Orisá não usa tridente,
pois estamos falando de Orisá e não de demônio.
Suas contas são o vermelho e o preto, podendo usar o
lagbá, contas feitas de chifres de animais, e alguns
colares de búzios.
O seu otá é o próprio yangy ( pedra de laterita vermelha)
suas oferendas de animais são todos, tanto fêmea e machos
Orisá que usa kele de contas e ferro,
Suas folhas principais são;
Arruda, folha de laranja e folha de limão.
Orisá senhor do dendê
Orisá senhor do sal
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Itam sobre exu e orunmila

runmila se pos a insistir tanto, que queria um filho então Olodumare terminou concordando e
permitindo, dizendo à Òrunmilà; Escute bem! Esù é o meu terceiro filho (Igbaketa), ele é um
protótipo dos seres humanos aqui no Òrún, agora por sua grande insistência, Esù passará à ser o
seu primogênito na Terra, através de ti e sua companheira Iyebirù (Òdu-Logboje). Dessa forma
acontecerá o nascimento do seu almejado filho, isto é, da mesma maneira que futuramente darão
origem aos seres humanos. E, a esta ocasião de “união” com tua companheira, denominar-se-a
Òdudùwà (uma união de acoplamento das polaridades), tal qual será representada através de uma
Grande Cabaça, que será o símbolo do fabuloso universo e, ambos serão cultuados
simultaneamente, como se fossem uma só Divindade. Dessa forma, futuramente os seres
humanos seus filhos, iram cultuá-los no Aiye. Quanto à parte inferior desta grande cabaça
simbolizará toda a crosta terrestre do Planeta, representando a sua companheira Iyèbiìrú,
desposada por ti Òrunmila. Po de Alágbàra, Òrunmila contestando decretou que não chamaria o
seu filho de Alàgbàra, e sim de Élégbàra. E assim, Òrunmila pela primeira vez pronunciou o
nome de seu filho homem,
chamando-o de Élégbàra (Aquele que é proprietário)
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Continuação do anterior
Òrúnmilá cantou a canção da mãe de Èsú e quando este se aproximou, Òrúnmilá lançou-se em
sua perseguição com a espada e Èsú fugiu. Quando Òrúnmilá o reapanhou, começou a seccionar
pedaços de seu corpo, a espalhá-los, e cada pedaço transformou-se em um Yangí.
Òrúnmilá cortou e espalhou duzentos pedaços e eles se transformaram em duzentos yangí.
Quando Òrúnmilá se deteve, o que restou de Èsú ergueu-se e continuou fugindo. Òrúnmilá só
pôde reapanha-lo no segundo òrún e lá Èsú estava inteiro de novo. Òrunmilá voltou a cortar
duzentos pedaços que se transformaram em duzentos yangí. Isto repetiu-se nos nove òrun que
ficaram assim povoados de yangí. No último òrun, depois de ter sido talhado, Èsú decidiu
pactuar com Òrúnmilá; este não devia mais persegui-lo; todos os yangí seriam seus
representantes e Òrúnmilá poderia consultá-los cada vez que fosse necessário enviá-los a
executar os trabalhos que ele lhes ordenasse fazer, como se fossem seus verdadeiros filhos.Èsú
assegurou-lhe que seria ele mesmo quem responderia por meio dos Yangí (pedaços de lateritas)
cada vez que o chamasse.
Òrúnmilá perguntou-lhe sobre sua mãe que havia sido devorada. Èsú devolveu sua mãe a
Òrúnmilá e acrescentou:

Òrúnmilá ki o maa kési oun


Òrúnmilá deveria chamá-lo
bi ó bá féé gba gbogbo àwon nkan
Se ele queria recuperar a todos e
bi eran ati eye
cada um dos animais e aves
ti òun je ti àiyé
que ele tinha comido sobre a terra
pé òun ò máà ràn án lówó
ele (Èsú) os assistiria para
látí gbá padá fún láti owo àwon omo aràiyé
reavê-los das mãos da humanidade.

Òrúnmilá e Yébìirú reinstalaram-se na cidade de Iworo, e a partir desse momento ela começou a
dar à luz muitos filhos de ambos os sexos. A história continua com o translado para Kétu, a
invocação de Èsú para os proteger da guerra, a vinda de Èsú do òrun para os defender, a volta a
Iworo, ensinando-lhes Èsú como preparar e sagrar seu "assento", tranferindo-lhe seu agbara que
executaria todos os trabalhos que lhe fossem solicitados e acaba por uma saudação, um oriki
alusivo a suas característícas:

Èsú j'òkó, j'elédè


Èsú come cachorros, come porcos.
Bara nyan gbégi gbégi gbégi
Bara anda senhorilmente,balançando-se
Ogun gbogbo nlo
Para a direita e para a esquerda.
Kóró, kóró-kóró.
Todos atacantes se afastam, quando ele vem
Chegando sen
horil e sutilmente.
Postado por Iyalorisa e Iyanifa Ifayemi
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Examinando a concepção do universo , resumimos um mito de gênese sobre a aparição dos
elementos cósmicos entre os quais se destaca Èsú-Yangi, pedra vermelha de laterita, como a
protoforma, primeira matéria dotada de forma detentora de existência individual; lama dotada de
forma, desprendida da terra, resultado da interação de água + terra ; lama, matéria prima, da que
Ikú tomou uma porção para modelar o ser humano. Yangí, constítuido da mesma matéria de
origem, converte-se, assim, no primogênito da humanidade. Fragmentos de laterite cravados na
terra indicam o lugar de adoração de Èsú e constituem seus representantes diretos. Yangí é a
representação mais importante de Èsú ; ÈSÚ YANGÍ OBA BABA ÈSÚ ( Èsú Yangí Rei pai de
todos os Èsú ), Èsú Yangí, o Èsú ancestre ou Èsú-Àgbà, o Èsú pé do Òkòtó, rei de todos seus
descendentes, Èsú-Oba, é o pai-ancestre mas, ao mesmo tempo, o primeiro a ser nascido. Esse
significado de Èsú está expresso no seu apelativo Igbá-Keta, a terceira pessoa, o terceiro
elemento ( textualmente, a terceira cabaça). Seu caráter de descendente está expresso em muitos
mito; particulamente esclarecedora é a história Atòrun d'òrun Èsú, do Odu Ogbè-Hunle, sobre o
nascimento e a propagação de Èsú no àiyé e nos nove espaços do òrun. Esse signo apareceu para
Òrùnmilá quando ele foi consultar os Babaláwo.

Nijó ti nlo rèé tóro omo, Lódò Òrisá Igbàwúji.


No dia em que ele foi requerer uma criança a òrisá
Orisánlá.

A história conta que nas remotas origens, Olódúmare e Òrinsànlá estavam começando a criar o
ser humano. Assim criaram Èsú, que ficou mais forte, mais dífícil que seus criadores: "``Esú sí le
ju àwon mejejí lo". Olódúmare enviou Èsú para viver com Òrísánlá; este colocou-o à entrada de
sua morada e o enviava como seu representante para efetuar todos os trabalhos necessários. Foi
então que Òrúnmilá, desejoso de ter um filho, foi pedir um a Òrísànlá. Este lhe diz que ainda não
tinha acabado o trabalho de criar seres e que deveria voltar um mês mais tarde. Òrúnmilá insistiu,
impacientou-se querendo a qualquer preço levar um filho consigo. Òrìsánlá repetiu que ainda não
tinha nenhum. Òrúnmilá então perguntou: "Quem é aquele que vi à entrada de sua casa?" É
aquele mesmo que quero. Òrìsánlá lhe explicou que aquele não era precisamente alguém que
pudesse ser criado e mimado no àiyé. Mas Òrúnmilá insistiu tanto que Òsàla acabou por
aquiescer. Òrúnmilá deveria colocar suas mãos em Èsú e, de volta ao àiyé, manter relações com
sua mulher Yebìirú, que concebiria um filho. Doze meses mais tarde, ela deu à luz um filho
homem e, porque Òsàlá dissera que a criança seria Alágbára, Senhor do Poder, Òrúnmilá decidiu
chamá-la Elégbára. Assim, desde que Òrúnmilá pronunciou seu nome, a criança, Èsú mesmo
respondeu e disse:
Iyá, Iyá Ng o je Eku
mãe, mãe eu quero comer preás.
A mãe respondeu:
Omo naa jeé
Filho,come, come,
Omo naa jeé
Filho, come, come, Omo l'okún
Um filho é como contas de coral vermelho,
Omo ni de
Um filho é como cobre,
Omo jingindìringin
Um filho é como alegria inestinguível
A mu se yì mú s'òrun
Uma honra apresentável, que nos Ara eni Representará depois da morte.

Então Òrúnmilá troxe todas as preás que pôde encontrar. Èsú acabou com elas. No dia seguinte, a
cena se reproduziu com Èsú pedindo e devorando todos os peixes frescos, defumados, secos etc
que existiam na cidade. No terceiro dia, Èsú quiz comer aves. Gritou e comeu até acabar com
todas as espécies de aves. E sua mãe cantava todos os dias os versos acima e ainda acrescentava:

Mo r'omo ná
visto que consegui ter um filho,
A ji logba aso
o que acorda e usa duzentas Omo màa
filho , continue a comer.

No quarto dia, Èsú disse que queria comer carne. Sua mãe cantou como de hábito, e Òrúnmilá
trouxe-lhe todos os animais quadrúpedes que pôde achar: cachorros, porcos, cabras, ovelhas,
touros, cavalos, bodes, etc; até que não ficou um só quadrúpede, Èsú não parou de chorar, no
quinto dia Èsú disse:

Iyá, Iyá,
mãe, mãe,
Ng ó je ó!
eu quero comê-la !
A mãe repetiu sua canção: Filho come, come, filho come, come e foi assim que èsú engoliu sua
própia mãe.

Òrúnmilá, alarmado, correu a consultar os Bbalawos, que lhe recomendaram fazer a oferenda de
uma espada, de um bode e de quatorze mil cauris (búzios). Òrúnmilá fez a oferenda. No sexto dia
depois do seu nascimento, Èsú disse:

Bàbá, Bàbá,
pai, pai ,
Ng ó je ó !
eu quero comê-lo !
OYO EMPIRE

Oyo Império atingiu o seu clímax no século 18, infelizmente, começou a declinar no final do
século.
Luta política entre Alaafin Abiodun e Oyo Mesi sobre a dinâmica política de uma diplomacia
pacífica contra o aventureirismo militar de Oyo Mesi para o Império levou à desintegração
gradual do império. Embora, havia muitos enfrentamentos abertos entre alguns líderes políticos e
Alaafin Abiodun, ainda houve uma revolta, em que Alaafin derrotado seus adversários. Devemos
também lembrar que Alaafin Abiodun tinha acabado montado Oyo da intransigência e da
notoriedade de Bas ṣọrun Gaa. Independentemente de sucessos militares de Alaafin, sem pausa
para o império, ao invés de uma crise constitucional intratável tinha sido criado, como os anos
passaram, a partir de crise que se apressou a queda do Império Oyo.
Após a morte de Alaafin Abiodun, a crise interna em Oyo tomou uma nova dimensão, como a
taxa de sucessão ao trono era tão alta, a situação criou instabilidade política que enfraqueceu o
banco de Alaafin. Os registros mostram que alguns Alaafin ficou menos de seis meses no trono,
ainda houve um período de interregno político. Mais preocupante, foi a conspiração e
desconfiança que tomou conta de todo o Oyo.
Como Oyo estava lutando com os problemas domésticos / interno, insurreições tornou-se a
ordem do dia, como as pessoas tornou-se ressentido de hegemonia de Oyo. Yoruba-Egba
revoltado, declarou a independência sob o seu líder, Lisabi Agbongbogbo Akala. Em 1818,
Abomey revoltou e deixou de pagar tributos a Alaafin, outros sub-grupos dentro de Oyo Império
entrou na corrida para se tornar independente. Este espírito de independência no ar mostrou que
autoridade e influência de Oyo, fez posible pelo poder político e militar, seria logo desapareceu.
A causa imediata da queda de Oyo foi a rivalidade entre são-Ona-Kankan-Fo Afonjá e Alaafin
Aole. Mais cedo, Aole ordenou Afonjá para atacar Iwere-Ile (a cidade Yoruba e casa materna de
Alaafin Abiodun), a ordem não foi apenas ignorada pelo Afonjá, mas criou desconfiança entre
Aole e Afonjá. Dentro de um curto período de tempo a batalha supremacia e desconfiança (entre
a dupla), resultou no ataque em Oyo por Afonjá com a ajuda dos fulanis (sob Alimi), os novos
colonos em Ilorin. Oyo foi destruído, e um novo local foi procurado pelo Ago-Oja para formar
um novo Oyo sob Alaafin Atiba.
Logo depois, Afonjá foi morto em uma intriga política que se seguiu em Ilorin. Yoruba perdido
Ilorin sua porta de entrada norte para a Fulani-led-islâmico-administração, em Sokoto, a Malam
Alimi, representante da Usman-Dan-Fodio.
A destruição de Oyo escrito uma desgraça para toda a terra iorubá, como não havia nenhum
sistema de defesa central ou mais unificada, mais importante, houve uma mudança radical no
poder em Yoruba terra. Quatro blocos de poder diferentes surgiu-(duas potências militares, um
poder econômico, e uma potência confederado / multi-reino). Além disso, várias cidades e
comunidades foram formadas para cuidar de centenas de milhares de refugiados iorubás, mais
patético foi os deslocamentos sociais e políticos (guerras intra-tribais) Yoruba testemunhou entre
1826/27 (quando Oyo caiu) e 1885, quando os britânicos liderada tratado de armistício foi
assinado por vários grupos em conflito na terra iorubá.
Os novos poderes políticos em Yoruba terra foram:
-A Ibadan poder militar que produziu Bas ṣọrun tais como: Oluyọle, Ọdẹrinde, Ojo, Ogunmola,
Latosisa etc
-A Ijaye poder militar que girava em torno de um comandante supremo e um ditador-Kurunmi.
EGBA, um sistema confederado-política, baseada não no poder militar sozinho, mas na força
moral do cristianismo, o poder da educação, e da industrialização. Estes fatores fizeram EGBA
um poder político diferente em Yoruba terra.
Ijebu-potência econômica devido à sua localização geográfica. A principal rota de comércio entre
Lagos e de algumas cidades iorubás e aldeias.
Ibadan-Um novo poder político em Yoruba terra.
Ibadan (EBA-odan) significado ao lado de floresta densa foi inicialmente criado por Lagelu um
Ile-Ife (comandante-em-chefe). Durante vários anos, Jagun Lagelu (oro, uma pata maja) e seus
súditos estavam vivendo juntos em paz em seu primeiro assentamento na Awotan, em Apẹtẹ no
presente Ido área do governo local, até que um incidente aconteceu. Da história, somos
informados de que certos indivíduos despiu Egungun em EBA-odan, o Egungun foi trazido para
o mercado onde sofreu mais humilhação diante de mulheres e crianças. Na tradição iorubá,
egunguns são reverenciados antepassados mortos. quando Sango, o Alaafin de Oyo ouviu falar
do incidente, ele ordenou a destruição de EBA-odan. Aqueles que sobreviveram ao ataque correu
para a próxima, colina, vivia (frutas Oro), muito mais tarde, quando a vida voltou ao normal
outro assentamento foi formado. Ibadan, a partir de registros foi atacada por três outras vezes. No
entanto, a Ibadan moderna foi criada em 1829, após a queda de Oyo.
Refugiados de várias cidades e vilas iorubás vieram em massa e se estabeleceram em Ibadan Oyo
quando foi destruído em torno de 1826/1827, em 1850 a população da cidade tinha crescido para
mais de 250.000 isso fez Ibadan para se tornar um heterogêneo ea maior cidade Yoruba, mais
assim, tornou-se uma rede de segurança para os deslocados de guerra. Devido à sua localização,
população, façanhas militares sob vários comandantes de guarnição, Ibadan cidade tornou-se o
mais poderoso, politicamente e economicamente em iorubá terra. Em nenhum momento, Ibadan
preencheu o vácuo político criado pela queda de Oyo.
Embora, Ibadan é uma cidade Yoruba, operava um sistema político diferente já conheci em
iorubá terra. Ibadan não tinha Oba, cujo ocupante é por herança, provavelmente por causa de sua
formação, em vez disso, criou quatro altos cargos, duas posições militares, um cargo civil, e um
escritório para as mulheres liderança. Os cargos são os seguintes:
"Iba" ou "Baa'lẹ" civil; chefe da cidade
"Balogun" mais tarde "Bas ṣọrun"; cabeça de Ibadan militar
"Seriki", o segundo-em-comando, escritório militar
"Iyalode"; líder mulheres, um escritório poderoso.
O sistema que produz Olubadan (anteriormente conhecido como Iba), consiste em duas linhas: a
Otún eo Balogun. Cada linha tem 23 passos no degrau para um candidato a Olubadan para
escalar, já dantes ordenados. Vacancy é criado quando o ocupante morre, ficar incapacitado ou
removidas (o que acontece seldon), o próximo-in-rank move um passo para cima. A viagem para
o escritório Olubadan é muito longo e duradouro.
Otun linha é para o cargo civil, enquanto Balogun é para a liderança militar. Mas, qualquer
detentor do título mais antigo das linhas pode se tornar Olubadan, quando as fezes se torna vago.
Iba ou Baa'lẹ era o chefe político de Ibadan, eo escritório foi aberto ao-comandante próxima
segunda-in-rank ou sempre que o ocupante morreu. A prática é ainda é o mesmo, mesmo (com
Olubadan trono) até à data. Balogun (que mais tarde mudou para Bas ọṣ run por Alaafin Atiba, mas
instalado por Iba sob as ordens do Alaafin) e Seriki foram os dois líderes militares proeminentes
na terra (e até hoje) estão abertas, e não por herança, mas, para a próxima-in -rank. Outros títulos
militares de alto e médio nível foram: Otun (General, a divisão direita); Osi (General, a divisão à
esquerda); Ekerin, Elarun, Ekefa (chefe de quarto, quinto, sexto divisões). Curiosamente, estes
títulos, porém, não mais no formato ou estrutura militar ainda existem em Ibadan sistema político
/ arranjo, até mesmo, com várias reformas, mudanças estruturais e administrativas Ibadan tinha
testemunhado como uma cidade ao longo dos anos.
A quarta escritório político é o de Iyalode, o líder mulheres. No início, não havia (Igbimọ Ilu)
adesão Tradicional Conselho foi elaborado a partir de dois linha Otún (civil) e linha Balogun
(militar) para ajudar Iba com a administração do dia-a-dia. Ao longo dos anos, várias reformas
administrativas e políticas havia ocorrido em Ibadan, o mais proeminente foram 1.936 criação do
escritório Olubadan, e 1976, quando Olubadan tornou-se um membro permanente do Conselho
de Estado ocidental Obas e Chiefs.
Há outros vários títulos-a-casa ou composto, o mais comum é Mọgaji-chefe da família. Os chefes
do segundo e Mọgajis exerceu as funções cívicas, que permitiu aos indígenas acesso a terra e
exercer seus direitos civis.
Ibadan, sob a liderança de Oluyole desempenhou um papel importante em iorubá terra. Oluyole
era neto de Alaafin Abiodun (através Agbọnyin, a filha de Abiodun). Ele lutou várias guerras,
que ganhou:
Ibadan contra Ijebu
Ibadan / Owu guerra
Ibadan / IFE guerra
Ibadan / EGBA guerra
Ibadan / EGBA guerra foi um divisor de águas no post Oyo política em iorubá terra, a derrota da
EGBA em Ipara levou a assumir de várias cidades da EGBA, incluindo Ibadan.
Consequentemente, tornou-se Oluyọle Arẹago de Ibadan, e mais tarde ele levou o título Osi-Ona-
Kankan-Fo, segundo a Kurunmi-o são-Ona-Kankan-Fo (Generalíssimo) de Yoruba terra.
A liderança de Ibadan sobre Yoruba não veio por acaso, mas sim, ele veio como Ibadan xeque os
guerreiros Fulani rampaging após a queda de Oyo. Yoruba tinha perdido Igbomina, Ekiti e
Akoko estavam sob ameaça; Ogbomoso, Ede, Iwo, eixo estavam sob ataque, mesmo Osogbo
havia sido derrotado e levado pelos Fulani. Ibadan não permitiria o ataque para continuar, em
1840, os soldados Ibadan derrotado e empurrou guerreiros Fulani volta para Ilorin.
No entanto, o único arrependimento foi que, Ibadan não seguiu até Ilorin. Este sucesso militar
parou de novo ataque Fulani em Yoruba terra, em 19 e início do século 20, período que cobriu
anexação britânica de Lagos, em 1860, a criação do Sul Protetorado de promover e preservar o
interesse comercial da Companhia Real de Niger, a criação do Protetorado do Norte ea fusão 1 º
de janeiro de 1914, levando à formação da Nigéria.
Ibadan não foi feito com as guerras, no entanto, porque envolvida em muitos mais guerras em
iorubá terra, a fim de estabelecer a sua supremacia. Um desses guerra era Ibadan / Ijaye guerra
de 1860-1861. Devemos lembrar que Atiba, Oluyọle e Kurunmi foram trio que lutou na guerra
Eleduwẹ durante Alaafin Oluewu, para libertar Yoruba do Fulani em Ilorin. No front-guerra esses
três guerreiros se tornaram amigos convênio, no final da guerra a sua amizade se tornou ainda
mais forte, especialmente, quando Atiba conseguiu Eluewu como o novo Alaafin.
Infelizmente, a amizade azedou depois, quando Alaafin Atiba mudou uma época longa tradição
em Oyo, abolindo a prática de Aremo de morrer com Alaafin. Kurunmi ficou enfurecido com a
mudança nos costumes e tradição de Oyo, e prometeu não reconhecer qualquer Aremo escolhido
como Alaafin de Oyo.
Alaafin Atiba morreu em 1859, seu filho Aremo Adelu se tornou o novo Alaafin, Kurunmi se
recusou a reconhecer Alaafin Adelu. Ibadan não só reconhecer Adelu como Alaafin, mas apoiado
Oyo, o que criou inimizade entre Ibadan e Kurunmi de Ijaye. Mais cedo, o Alaafin Atiba tinha
feito alguns de longo alcance mudanças administrativas em Oyo, ele dividiu Oyo em duas
seções, Kurunmi chefiou o (oeste) e Balogun Oluyọle em Ibadan liderou o (leste). Essas
mudanças, independentemente, criou mais problemas do que resolvido, como Kurunmi Ijaye
engajados na batalha supremacia com Alaafin sobre quem deve controlar cidades Ogun
superiores e aldeias ao redor Saki. Uma vez que o assunto não foi resolvido antes da morte de
Alaafin Atiba, Kurunmi viu sua morte como uma oportunidade para estabelecer seu controle
sobre Oyo Ocidente, sem mais delongas, ele declarou guerra à Oyo em 1860.
Ibadan máquina de guerra sob Ogunmola veio em apoio de Oyo, encaminhado Kurunmi-
Ijaye/Egba aliança (forças), matou todos os seus filhos. Quando Kurunmi viu a direção da
guerra, e sabia que não poderia ganhar, ao invés de ser capturado, Kurunmi cometeu suicídio e
Ijaye foi destruída pelo exército Ibadan. Embora, Oyo / Ibadan aliança valeu a pena, ainda, a
guerra criou mais problemas e crises em Yoruba terra e para mais de duas décadas, não havia paz
na terra.
Mais uma vez, outra cidade Yoruba com seu poder e influência saiu de existência em iorubá
terra.
O Ibadan / Ijaye guerra tinha acabado de estabelecer a superioridade militar Ibadan em iorubá
terra, mais importante, o futuro Ibadan papel iria desempenhar na política da região. Ibadan não
foi feito com as guerras em iorubá terra, em vez disso, ele tinha apenas começado.
Ibadan líderes proeminentes do século 19 foram:
Bas ṣọrun Oluyọle
Bas ṣọrun Ibikunle
Bas ṣọrun Ogunmola
Bas ṣọrun Latosisa
Iyalode Ẹfuns ṣetan Aniwura.
Entre 1860 e 1885 Ibadan envolvido em cinco guerras diferentes simultaneamente. Em 1877,
Ibadan entrou em guerra contra EGBA / Ijebu para atacar comerciantes Ibadan, quando vindo de
Porto-Novo. O Ijesa / Ekiti aproveitou o momento, em 1878, atacou despótico Ibadan Ajẹlẹs
(vice-reis) em seus territórios; Ibadan declarou guerra à Ijesa e Ekiti.
O conflito entre Ibadan / Ijesa & Ekiti passou para 16 anos, a pior guerra em iorubá terra.
Ogedengbe-o Seriki do exército Ijesa, Fabunmi (de Oke-Imesi) e Aduloju (de Ado-Ekiti),
realizada Ibadan para baixo, como Ibada envolvidos em outras guerras com a Egba, Ijebu, Ilorin
eo IFE. O Ibadan / Ijesa & Ekiti parapọ guerra chegou a seu pico em Kiriji, perto Ikirun.
À medida que essas guerras se alastrou em iorubá terra, não foram feitas tentativas para advertir
os grupos em conflito, infelizmente, os líderes (Obas) em iorubá terra, em seguida, eram
suspeitos de si mesmo, e tem emaranhado de rivalidade. A Igreja (CMS) e outras organizações
religiosas que deveriam ter desempenhado o papel de pacificadores olhou para o outro lado.
Infelizmente a dizer, Lagos administração colonial ficou distante como Yorubaland inteiro estava
em chamas.
Em 1884, mudou eventos, a partição da África estava em curso; britânico que teve mais
investimentos na região do que outros rivais não querem os franceses ou os alemães têm uma
realidade hand.The superiores no chão feito britânico intensificou, abandonou sua atitude
lookwarm, e ativamente envolvido na resolução do conflito interno em iorubá terra. Através da
Sociedade Missionária da Igreja (CMS) e Lagos administração colonial, a reconciliação começou
entre os grupos rivais Yoruba (Ibadan, Ijesa / Ekiti, Egba, e Ijebu). Em um momento, Lagos
Governador Maloney foi Ikirun em 1885 durante a Guerra Kiriji entre Ibadan e Ijesa / Ekiti
aliança para encontrar solução definitiva para a crise na mão. Finalmente, os combatentes nas
crises estavam cansados de várias décadas de guerras.
Através de negociações realizadas pela Igreja, mas liderado por Samuel Johnson, Charles
Phillips, e Lagos Governador Maloney em 1886, a paz começou a voltar para a terra iorubá,
como os grupos beligerantes embainhou suas espadas. Em um momento, o governador Carter
teve que usar a força em alguns grupos Yoruba para abrir rotas de comércio mais cedo fechada.
De acordo com (Ayandele, 1967) a ofensiva militar em Ijebu em 1892 para abrir rota de
comércio e do ataque a Oyo em 1895, a derrota de Ilorin pela Companhia Real de Niger em 1897
subjugado toda a terra iorubá. A partir daí, a história do Yoruba terra mudou em 1900 e mesmo
além. Ibadan manteve sua influência e dominação em Yoruba, por muitos anos, tornou-se a sede
política e administrativa de Yoruba terra. Ainda, se a política de hoje mudaram a dinâmica do
Yoruba nação, Ibadan será sempre lembrado por seus papéis na formação e criação de uma nova
nação Yoruba no século 19.

O Egbas Yoruba morava na parte sul do antigo Império Oyo, e sua localização actual não se
alterou significativamente. A jornada de Egba a nação começou em 1796, quando Lisabi
Agbongbogbo Akala se revoltaram contra Alafin Oyo sob Aole. Egba tornou-se independente,
mas a viagem para dentro de nacionalidade Yoruba terra era muito áspero e duro.
Para os próximos 65 anos (1796-1860), foi marcada com lutas pela sobrevivência por causa de
vários ataques militares de dentro Yoruba nação. Na verdade, a formação de Abeokuta, a maior
cidade da EGBA, que significa "sob o rock" devido a sua existência para ataques militares
constantes como os Egbas necessário um local mais seguro do colega Yoruba e os comerciantes
de escravos rampaging Dahomey. Abeokuta foi fundada em 1830, por Seriki S ṣodẹkẹ que levou
milhares de refugiados de Ibadan, um resultado importante desde a queda do Império Oyo.
Abeokuta foi construído por refugiados de maioria veio de Oyo e Ibadan, enquanto vários outros
grupos com experiência semelhante em outros lugares unidos. Entre 1817 e 1824, Owu uma
divisão EGBA proeminente, um inimigo tradicional de algumas cidades iorubás sofreu um dos
ataques militares conjuntas de Ijebu / IFE / Oyo aliança. Da história, somos informados sobre um
problema menor em "pimenta jacaré", que aconteceu entre Owu homem e Ijebu mulher no
mercado Apomu uma questão que teria sido resolvida amigavelmente, se houvesse paz na terra
iorubá. No entanto, os historiadores ver o Ijebu / IFE / Oyo e Owu guerra como um pay-back
para Owu por sua hostilidade e muitas guerras venceu algumas cidades iorubás.
A coalizão de forças destruiu cidade Owu além de reparos com várias vidas perdidas. Na
verdade, este incidente com o desastre que se seguiu contribuiu para um grande caminho para a
fundação de Abeokuta muito mais tarde.
Infelizmente, Owu não foi a única vítima, Ikija foi atacada pelo exército de coalizão para apoiar
Owu. Além disso, Egbas em Ibadan foram submetidos a hostilidade na atmosfera de crise e
incerteza, EGBA não tinha escolha melhor do que deixar Ibadan, e mover-se em direção ao sul
Seriki Lamodi, que morreu no caminho, mas o movimento foi concluída sob a liderança de
Seriki S ṣodẹkẹ.
Esses imigrantes se estabeleceram no Itoko, seu anfitrião foi Adagba, a partir daí outros grupos
Egba começou a se mover para Abeokuta, e em 1834, Owu unidas.
Egba teve um grande território que se estendia para Ijaye até ao rio Ogun em Olokemeji. Ele
também compartilhou fronteira com Ibadan, para o leste é Remo divisão, no oeste é a Egbado
(atualmente Yewa) e ao sul são as Aworis. A maioria das famílias proeminentes veio de Oyo, a
maioria dos chefes de Egba eram descendentes de Esos especialmente a Sagbuaa. Cidades e
comunidades foram formadas sob líderes individuais, a comunidade operou uma confederação
solta.
Egba Cidades foram:
Egba-Igbehin teve Ake, Ijeun, Kenta, Iporo, Igbore-(este grupo Egba ações fronteira com o
Remo), sob Alake.
Egba-Oke-Ona está localizado próximo ao rio Odo-Ona e teve as seguintes cidades: Ikereku,
Ikija, Idomapa, Odo, Podo sob Osile.
Egba-Gbagura está situado perto de Oyo, este grupo é conhecido como "Oyo, Egba" suas cidades
são: Ilugun, Ibadan (antes Egba / Ibadan guerra), Ifaye, Ika, Ojo, e Ilawo e várias comunidades
menores. Este grupo tem Agura como sua cabeça
Algumas das guerras EGBA travada em seu caminho para a nação foram:
EGBA / Ijebu Remo guerra (Owiwi) de 1832
EGBA / Ibadan guerra 1834
EGBA / Ota guerra para controlar a estrada de acesso a Lagos, 1842
EGBA / Ado guerra para punir o Ado para apoiar Ota em 1844
EGBA / Ibarapa guerra 1849
EGBA / Dahomey guerra sob o rei Gezo 1851
EGBA / Ijebu a guerra Ere de 1851
EGBA / Ijaye guerra 1860-1862
EGBA / Makun guerra 1862-1864
Papel de liderança da EGBA em iorubá terra não foi medida por seus êxitos militares, embora,
EGBA ganhou a maioria destas guerras e perdeu, mas alguns, mas sim, a sua contribuição para
um novo Yoruba através da educação ocidental, o cristianismo, a introdução da monarquia
constitucional e, acima de tudo, a introdução e fornecimento de infra-estrutura em uma corrida
municipal sistema de segundo de seu tipo depois de Lagos, EGBA colocado à frente de cidades e
aldeias e abriu um novo capítulo na história do Yoruba.
No início, EGBA teve mais de 200 assentamentos agrupados em cinco cidades independentes
com reis individuais. Estas cidades são:
Ake, o chefe tradicional é Alake
Owu, a OBA é Olowu
Gbagura, o chefe da comunidade é Agura
Oke-Ona, o rei há Ọs ṣhinlẹ
Ibara, a OBA é Olubara.
Cada comunidade correu um Estado independente, mas uma administração coordenada
centralmente sob a liderança de Alake de Ẹgbaland, um título criado em 1854.
Além da estrutura confederação, EGBA teve vários conselhos de chefes locais que executam a
mais (4.000 chefes), esses conselhos foram:
Ogboni Society liderada pelo Oluwo, o conselho teve tanta influência na Oba (até à data). Outros
títulos da Egba-Ogboni cultos são: Aro, Apena, Ntowa, Bala, Basala Baki, Asipa, ASALU,
Lalija, Apesi, Esinkin Ola, e Odofin
Conselho Militar foi chefiada pelo Balogun e Seriki, segundo a sociedade Ogboni.
Parakoyi (negócios / comercial conselho) liderado por Babalaje de Ẹgbaland.
Ambas as comunidades cristãs e muçulmanas teve representantes nestes conselhos.
Em 1854, o escritório de Alake foi criado, mais cedo, S ṣomoye, EGBA comandante militar
estabeleceu a Egba United Board of Management (EUBM), mas o corpo morreu com S ṣomoye
em 1846.
Egba tomou várias medidas para consolidar o seu poder, em primeiro lugar, através de oficiais
britânicos por tratados, em segundo lugar, através da Igreja, que tinha a sua sede em Abeokuta.
Abeokuta, depois de Lagos tornou-se um outro centro de atividades em Yoruba terra, por causa
da Igreja e do Saro iorubás. O Saro Yoruba mudou a dinâmica política / econômica, até mesmo
religião.
Em 1893, o governador de Lagos, Ẹgbaland reconhecido como nação independente, e cinco anos
mais tarde Egba United Governo (EUG) veio à existência. Egba tornou-se parte de Yoruba terra
dentro do protetorado sul que se formou na Nigéria em 1914.
Egba-Alake Governantes de 1829 até à data.
Nomes de Egba-Alake Governantes Estado de Régua navio Período
Seriki Shodẹkẹ Guerra líder 1829 - 1845
S ṣomoye Regent 1845 - 1846
S ṣagbua Okukẹnu Regent 1846 - 1854
S ṣagbua Okekẹnu (1 Alake de Egba terra) de Oyo-ESO S ṣagbua estoque primeiro Alake de Egba
terra (escritório criado em 1854) 8 1854-1862 agosto.
S ṣomoye Regent (segundo tempo) 1862-1868
Oba Ademolá Alake 2 de novembro de 1869, 20 de dezembro de 1877.
Oba Oyekan Alake jan 1879 - 18 1881 setembro
Oba Oluwajin Alake 09 de fevereiro de 1885-janeiro 27, 1889
Oba Ọs ṣọkalu Alake 18 de setembro de 1891 - 11 de junho de 1898.
Oba Gbadebo 1 Alake 8 agosto 1898 - 28 de maio de 1920.
Oba Ladipo Samuel Ademolá 11 Alake 27 de setembro, 1920 - 27 de Dezembro de 1962.
(Passou o exílio de 1948 a 03 dezembro de 1950).
Oba Adesina Samuel Gbadebo 11 Alake 29 de setembro, 1963 - 26 de outubro de 1971.
Oba Samuel Oyebade Mofọlọruns ṣọ Lipẹde Alake 05 de agosto de 1972 - 03 de fevereiro de
2005.
Oba Adedọtun Aremu Gbadebo 111 Alake 24 de agosto de 2005 até à data.

Ijebu Yoruba vivem no thick-forest/mangrove cinto-sul do Império Oyo. Um grupo, cuja destreza
econômica altamente urbanizada e empresarial é um conhecimento comum.
Há várias reclamações sobre a origem de Ijebu nação, a mais popular dessas histórias é a (o rei
fora) versão Ọbanta, o IFE homem, outras versões históricas são os "jebuseus bíblicos" A
História Waddai, eo Reino de Owodaiye de Etiópia. Cada versão dessas histórias foi
intelectualmente apresentado ao público, por exemplo, os historiadores orais acreditava que Ijebu
migraram para a sua morada actual de Waddai, no Sudão, vários milênios atrás, antes mesmo de
o rei Salomão de Israel e do "famoso Makida" o Rainha de Sabá.
Protagonistas citaram semelhanças culturais e históricas entre os Ijebus, os núbios e
Sudan/Ethiopia- do Sul, em semelhança com nomes, tais como (Saba / Shaba, Esiwu, Meleki /
Menelik), marcas tribais e itens houeshold com significado sócio-político.
Obanta versão apresentada por Samuel Johnson, em seu livro "História da Yorubas" é totalmente
diferente de apresentação dos historiadores tradicionais / oral.
No entanto, estas três questões fundamentais e incontestáveis fazer história Ijebu muito
interessante:
Um deles, pessoas Ijebu ter sido parte da história Yoruba por séculos,
Duas pessoas, Ijebu tinha sofrido várias etapas de transformação ao longo dos séculos, que
poderiam ter afetado sua história.
Três, Ijebu como outros sub-grupos dentro de Yoruba-nação tem contribuído significativamente
para a grandeza de Yorubá-através da cultura, educação, cristianismo, nacionalismo e, acima de
tudo, o seu espírito empreendedor desigual.
Existem várias cidades Ijebu, comunidades e aldeias hoje, Ijebu-Ode é a sede político / cultural
de todos os Ijebu, eo governante supremo em Ijẹbuland é Awujale. Awujale é produzido por
qualquer um desses quatro casas reinantes: Tunwase, Fidipote, Ogbagba e Gbelegbuwa. Depois
que o rei há três autoridades civis em Ijebu, estes são:
O Osugbo ou Ogboni,
O Ipampa, e
o Lamurin.
Estes três corpos estavam tão poderoso, e que eles deveriam aprovar leis, nenhum ser humano
(até mesmo o rei) poderia revogar ou anulá-los. Por tradição, Oba deve ser um membro de
Osugbo.
Ijebu terra tem um sistema político único no país iorubá, existem mais de duzentas cidades Ijebu,
aldeias e comunidades (chamado de "Egure") com obas individuais e baales, e suas estruturas
socio-cultural/political individuais, ainda, essas comunidades ainda são parte de um grande reino
Ijebu sob Awujale. Ijebu-Ode é a capital de Ijebu terra, onde vive Awujale. Olisa é o chefe
tradicional de Ijebu-Ode.
AGEMO é um grande festival tradicional, há dezesseis AGEMO em toda a terra Ijebu e, em todo
mês de julho, estes AGEMO disfarça reunir-se em Ijebu-Ode, antes de se mudar para Imodi-
Mosan onde o festival AGEMO detém.
Outras cidades Ijebu são Ijebu-Igbo, Ijebu-Ife, há-Iwoye, Ọsọsa, Ikenne etc
Ijebu desempenhou um papel importante na história do Yoruba durante o século 19, devido à sua
localização geográfica.
Tornou-se rotas comerciais para as cidades e aldeias para fazer negócios com os europeus que
ficaram e viveram em Lagos Yoruba. Ao contrário de outras cidades e reinos iorubá, Ijebu não
têm um forte militar, mas sim se baseou em "mercenários".

YORUBA PEOPLE IN DIASPORA


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OYO EMPIRE

Oyo Império atingiu o seu clímax no século 18, infelizmente, começou a declinar no final do
século.
Luta política entre Alaafin Abiodun e Oyo Mesi sobre a dinâmica política de uma diplomacia
pacífica contra o aventureirismo militar de Oyo Mesi para o Império levou à desintegração
gradual do império. Embora, havia muitos enfrentamentos abertos entre alguns líderes políticos e
Alaafin Abiodun, ainda houve uma revolta, em que Alaafin derrotado seus adversários. Devemos
também lembrar que Alaafin Abiodun tinha acabado montado Oyo da intransigência e da
notoriedade de Bas ṣọrun Gaa. Independentemente de sucessos militares de Alaafin, sem pausa
para o império, ao invés de uma crise constitucional intratável tinha sido criado, como os anos
passaram, a partir de crise que se apressou a queda do Império Oyo.
Após a morte de Alaafin Abiodun, a crise interna em Oyo tomou uma nova dimensão, como a
taxa de sucessão ao trono era tão alta, a situação criou instabilidade política que enfraqueceu o
banco de Alaafin. Os registros mostram que alguns Alaafin ficou menos de seis meses no trono,
ainda houve um período de interregno político. Mais preocupante, foi a conspiração e
desconfiança que tomou conta de todo o Oyo.
Como Oyo estava lutando com os problemas domésticos / interno, insurreições tornou-se a
ordem do dia, como as pessoas tornou-se ressentido de hegemonia de Oyo. Yoruba-Egba
revoltado, declarou a independência sob o seu líder, Lisabi Agbongbogbo Akala. Em 1818,
Abomey revoltou e deixou de pagar tributos a Alaafin, outros sub-grupos dentro de Oyo Império
entrou na corrida para se tornar independente. Este espírito de independência no ar mostrou que
autoridade e influência de Oyo, fez posible pelo poder político e militar, seria logo desapareceu.
A causa imediata da queda de Oyo foi a rivalidade entre são-Ona-Kankan-Fo Afonjá e Alaafin
Aole. Mais cedo, Aole ordenou Afonjá para atacar Iwere-Ile (a cidade Yoruba e casa materna de
Alaafin Abiodun), a ordem não foi apenas ignorada pelo Afonjá, mas criou desconfiança entre
Aole e Afonjá. Dentro de um curto período de tempo a batalha supremacia e desconfiança (entre
a dupla), resultou no ataque em Oyo por Afonjá com a ajuda dos fulanis (sob Alimi), os novos
colonos em Ilorin. Oyo foi destruído, e um novo local foi procurado pelo Ago-Oja para formar
um novo Oyo sob Alaafin Atiba.
Logo depois, Afonjá foi morto em uma intriga política que se seguiu em Ilorin. Yoruba perdido
Ilorin sua porta de entrada norte para a Fulani-led-islâmico-administração, em Sokoto, a Malam
Alimi, representante da Usman-Dan-Fodio.
A destruição de Oyo escrito uma desgraça para toda a terra iorubá, como não havia nenhum
sistema de defesa central ou mais unificada, mais importante, houve uma mudança radical no
poder em Yoruba terra. Quatro blocos de poder diferentes surgiu-(duas potências militares, um
poder econômico, e uma potência confederado / multi-reino). Além disso, várias cidades e
comunidades foram formadas para cuidar de centenas de milhares de refugiados iorubás, mais
patético foi os deslocamentos sociais e políticos (guerras intra-tribais) Yoruba testemunhou entre
1826/27 (quando Oyo caiu) e 1885, quando os britânicos liderada tratado de armistício foi
assinado por vários grupos em conflito na terra iorubá.
Os novos poderes políticos em Yoruba terra foram:
-A Ibadan poder militar que produziu Bas ṣọrun tais como: Oluyọle, Ọdẹrinde, Ojo, Ogunmola,
Latosisa etc
-A Ijaye poder militar que girava em torno de um comandante supremo e um ditador-Kurunmi.
EGBA, um sistema confederado-política, baseada não no poder militar sozinho, mas na força
moral do cristianismo, o poder da educação, e da industrialização. Estes fatores fizeram EGBA
um poder político diferente em Yoruba terra.
Ijebu-potência econômica devido à sua localização geográfica. A principal rota de comércio entre
Lagos e de algumas cidades iorubás e aldeias.
Ibadan-Um novo poder político em Yoruba terra.
Ibadan (EBA-odan) significado ao lado de floresta densa foi inicialmente criado por Lagelu um
Ile-Ife (comandante-em-chefe). Durante vários anos, Jagun Lagelu (oro, uma pata maja) e seus
súditos estavam vivendo juntos em paz em seu primeiro assentamento na Awotan, em Apẹtẹ no
presente Ido área do governo local, até que um incidente aconteceu. Da história, somos
informados de que certos indivíduos despiu Egungun em EBA-odan, o Egungun foi trazido para
o mercado onde sofreu mais humilhação diante de mulheres e crianças. Na tradição iorubá,
egunguns são reverenciados antepassados mortos. quando Sango, o Alaafin de Oyo ouviu falar
do incidente, ele ordenou a destruição de EBA-odan. Aqueles que sobreviveram ao ataque correu
para a próxima, colina, vivia (frutas Oro), muito mais tarde, quando a vida voltou ao normal
outro assentamento foi formado. Ibadan, a partir de registros foi atacada por três outras vezes. No
entanto, a Ibadan moderna foi criada em 1829, após a queda de Oyo.
Refugiados de várias cidades e vilas iorubás vieram em massa e se estabeleceram em Ibadan Oyo
quando foi destruído em torno de 1826/1827, em 1850 a população da cidade tinha crescido para
mais de 250.000 isso fez Ibadan para se tornar um heterogêneo ea maior cidade Yoruba, mais
assim, tornou-se uma rede de segurança para os deslocados de guerra. Devido à sua localização,
população, façanhas militares sob vários comandantes de guarnição, Ibadan cidade tornou-se o
mais poderoso, politicamente e economicamente em iorubá terra. Em nenhum momento, Ibadan
preencheu o vácuo político criado pela queda de Oyo.
Embora, Ibadan é uma cidade Yoruba, operava um sistema político diferente já conheci em
iorubá terra. Ibadan não tinha Oba, cujo ocupante é por herança, provavelmente por causa de sua
formação, em vez disso, criou quatro altos cargos, duas posições militares, um cargo civil, e um
escritório para as mulheres liderança. Os cargos são os seguintes:
"Iba" ou "Baa'lẹ" civil; chefe da cidade
"Balogun" mais tarde "Bas ṣọrun"; cabeça de Ibadan militar
"Seriki", o segundo-em-comando, escritório militar
"Iyalode"; líder mulheres, um escritório poderoso.
O sistema que produz Olubadan (anteriormente conhecido como Iba), consiste em duas linhas: a
Otún eo Balogun. Cada linha tem 23 passos no degrau para um candidato a Olubadan para
escalar, já dantes ordenados. Vacancy é criado quando o ocupante morre, ficar incapacitado ou
removidas (o que acontece seldon), o próximo-in-rank move um passo para cima. A viagem para
o escritório Olubadan é muito longo e duradouro.
Otun linha é para o cargo civil, enquanto Balogun é para a liderança militar. Mas, qualquer
detentor do título mais antigo das linhas pode se tornar Olubadan, quando as fezes se torna vago.
Iba ou Baa'lẹ era o chefe político de Ibadan, eo escritório foi aberto ao-comandante próxima
segunda-in-rank ou sempre que o ocupante morreu. A prática é ainda é o mesmo, mesmo (com
Olubadan trono) até à data. Balogun (que mais tarde mudou para Bas ọṣ run por Alaafin Atiba, mas
instalado por Iba sob as ordens do Alaafin) e Seriki foram os dois líderes militares proeminentes
na terra (e até hoje) estão abertas, e não por herança, mas, para a próxima-in -rank. Outros títulos
militares de alto e médio nível foram: Otun (General, a divisão direita); Osi (General, a divisão à
esquerda); Ekerin, Elarun, Ekefa (chefe de quarto, quinto, sexto divisões). Curiosamente, estes
títulos, porém, não mais no formato ou estrutura militar ainda existem em Ibadan sistema político
/ arranjo, até mesmo, com várias reformas, mudanças estruturais e administrativas Ibadan tinha
testemunhado como uma cidade ao longo dos anos.
A quarta escritório político é o de Iyalode, o líder mulheres. No início, não havia (Igbimọ Ilu)
adesão Tradicional Conselho foi elaborado a partir de dois linha Otún (civil) e linha Balogun
(militar) para ajudar Iba com a administração do dia-a-dia. Ao longo dos anos, várias reformas
administrativas e políticas havia ocorrido em Ibadan, o mais proeminente foram 1.936 criação do
escritório Olubadan, e 1976, quando Olubadan tornou-se um membro permanente do Conselho
de Estado ocidental Obas e Chiefs.
Há outros vários títulos-a-casa ou composto, o mais comum é Mọgaji-chefe da família. Os chefes
do segundo e Mọgajis exerceu as funções cívicas, que permitiu aos indígenas acesso a terra e
exercer seus direitos civis.
Ibadan, sob a liderança de Oluyole desempenhou um papel importante em iorubá terra. Oluyole
era neto de Alaafin Abiodun (através Agbọnyin, a filha de Abiodun). Ele lutou várias guerras,
que ganhou:
Ibadan contra Ijebu
Ibadan / Owu guerra
Ibadan / IFE guerra
Ibadan / EGBA guerra
Ibadan / EGBA guerra foi um divisor de águas no post Oyo política em iorubá terra, a derrota da
EGBA em Ipara levou a assumir de várias cidades da EGBA, incluindo Ibadan.
Consequentemente, tornou-se Oluyọle Arẹago de Ibadan, e mais tarde ele levou o título Osi-Ona-
Kankan-Fo, segundo a Kurunmi-o são-Ona-Kankan-Fo (Generalíssimo) de Yoruba terra.
A liderança de Ibadan sobre Yoruba não veio por acaso, mas sim, ele veio como Ibadan xeque os
guerreiros Fulani rampaging após a queda de Oyo. Yoruba tinha perdido Igbomina, Ekiti e
Akoko estavam sob ameaça; Ogbomoso, Ede, Iwo, eixo estavam sob ataque, mesmo Osogbo
havia sido derrotado e levado pelos Fulani. Ibadan não permitiria o ataque para continuar, em
1840, os soldados Ibadan derrotado e empurrou guerreiros Fulani volta para Ilorin.
No entanto, o único arrependimento foi que, Ibadan não seguiu até Ilorin. Este sucesso militar
parou de novo ataque Fulani em Yoruba terra, em 19 e início do século 20, período que cobriu
anexação britânica de Lagos, em 1860, a criação do Sul Protetorado de promover e preservar o
interesse comercial da Companhia Real de Niger, a criação do Protetorado do Norte ea fusão 1 º
de janeiro de 1914, levando à formação da Nigéria.
Ibadan não foi feito com as guerras, no entanto, porque envolvida em muitos mais guerras em
iorubá terra, a fim de estabelecer a sua supremacia. Um desses guerra era Ibadan / Ijaye guerra
de 1860-1861. Devemos lembrar que Atiba, Oluyọle e Kurunmi foram trio que lutou na guerra
Eleduwẹ durante Alaafin Oluewu, para libertar Yoruba do Fulani em Ilorin. No front-guerra esses
três guerreiros se tornaram amigos convênio, no final da guerra a sua amizade se tornou ainda
mais forte, especialmente, quando Atiba conseguiu Eluewu como o novo Alaafin.
Infelizmente, a amizade azedou depois, quando Alaafin Atiba mudou uma época longa tradição
em Oyo, abolindo a prática de Aremo de morrer com Alaafin. Kurunmi ficou enfurecido com a
mudança nos costumes e tradição de Oyo, e prometeu não reconhecer qualquer Aremo escolhido
como Alaafin de Oyo.
Alaafin Atiba morreu em 1859, seu filho Aremo Adelu se tornou o novo Alaafin, Kurunmi se
recusou a reconhecer Alaafin Adelu. Ibadan não só reconhecer Adelu como Alaafin, mas apoiado
Oyo, o que criou inimizade entre Ibadan e Kurunmi de Ijaye. Mais cedo, o Alaafin Atiba tinha
feito alguns de longo alcance mudanças administrativas em Oyo, ele dividiu Oyo em duas
seções, Kurunmi chefiou o (oeste) e Balogun Oluyọle em Ibadan liderou o (leste). Essas
mudanças, independentemente, criou mais problemas do que resolvido, como Kurunmi Ijaye
engajados na batalha supremacia com Alaafin sobre quem deve controlar cidades Ogun
superiores e aldeias ao redor Saki. Uma vez que o assunto não foi resolvido antes da morte de
Alaafin Atiba, Kurunmi viu sua morte como uma oportunidade para estabelecer seu controle
sobre Oyo Ocidente, sem mais delongas, ele declarou guerra à Oyo em 1860.
Ibadan máquina de guerra sob Ogunmola veio em apoio de Oyo, encaminhado Kurunmi-
Ijaye/Egba aliança (forças), matou todos os seus filhos. Quando Kurunmi viu a direção da
guerra, e sabia que não poderia ganhar, ao invés de ser capturado, Kurunmi cometeu suicídio e
Ijaye foi destruída pelo exército Ibadan. Embora, Oyo / Ibadan aliança valeu a pena, ainda, a
guerra criou mais problemas e crises em Yoruba terra e para mais de duas décadas, não havia paz
na terra.
Mais uma vez, outra cidade Yoruba com seu poder e influência saiu de existência em iorubá
terra.
O Ibadan / Ijaye guerra tinha acabado de estabelecer a superioridade militar Ibadan em iorubá
terra, mais importante, o futuro Ibadan papel iria desempenhar na política da região. Ibadan não
foi feito com as guerras em iorubá terra, em vez disso, ele tinha apenas começado.
Ibadan líderes proeminentes do século 19 foram:
Bas ṣọrun Oluyọle
Bas ṣọrun Ibikunle
Bas ṣọrun Ogunmola
Bas ṣọrun Latosisa
Iyalode Ẹfuns ṣetan Aniwura.
Entre 1860 e 1885 Ibadan envolvido em cinco guerras diferentes simultaneamente. Em 1877,
Ibadan entrou em guerra contra EGBA / Ijebu para atacar comerciantes Ibadan, quando vindo de
Porto-Novo. O Ijesa / Ekiti aproveitou o momento, em 1878, atacou despótico Ibadan Ajẹlẹs
(vice-reis) em seus territórios; Ibadan declarou guerra à Ijesa e Ekiti.
O conflito entre Ibadan / Ijesa & Ekiti passou para 16 anos, a pior guerra em iorubá terra.
Ogedengbe-o Seriki do exército Ijesa, Fabunmi (de Oke-Imesi) e Aduloju (de Ado-Ekiti),
realizada Ibadan para baixo, como Ibada envolvidos em outras guerras com a Egba, Ijebu, Ilorin
eo IFE. O Ibadan / Ijesa & Ekiti parapọ guerra chegou a seu pico em Kiriji, perto Ikirun.
À medida que essas guerras se alastrou em iorubá terra, não foram feitas tentativas para advertir
os grupos em conflito, infelizmente, os líderes (Obas) em iorubá terra, em seguida, eram
suspeitos de si mesmo, e tem emaranhado de rivalidade. A Igreja (CMS) e outras organizações
religiosas que deveriam ter desempenhado o papel de pacificadores olhou para o outro lado.
Infelizmente a dizer, Lagos administração colonial ficou distante como Yorubaland inteiro estava
em chamas.
Em 1884, mudou eventos, a partição da África estava em curso; britânico que teve mais
investimentos na região do que outros rivais não querem os franceses ou os alemães têm uma
realidade hand.The superiores no chão feito britânico intensificou, abandonou sua atitude
lookwarm, e ativamente envolvido na resolução do conflito interno em iorubá terra. Através da
Sociedade Missionária da Igreja (CMS) e Lagos administração colonial, a reconciliação começou
entre os grupos rivais Yoruba (Ibadan, Ijesa / Ekiti, Egba, e Ijebu). Em um momento, Lagos
Governador Maloney foi Ikirun em 1885 durante a Guerra Kiriji entre Ibadan e Ijesa / Ekiti
aliança para encontrar solução definitiva para a crise na mão. Finalmente, os combatentes nas
crises estavam cansados de várias décadas de guerras.
Através de negociações realizadas pela Igreja, mas liderado por Samuel Johnson, Charles
Phillips, e Lagos Governador Maloney em 1886, a paz começou a voltar para a terra iorubá,
como os grupos beligerantes embainhou suas espadas. Em um momento, o governador Carter
teve que usar a força em alguns grupos Yoruba para abrir rotas de comércio mais cedo fechada.
De acordo com (Ayandele, 1967) a ofensiva militar em Ijebu em 1892 para abrir rota de
comércio e do ataque a Oyo em 1895, a derrota de Ilorin pela Companhia Real de Niger em 1897
subjugado toda a terra iorubá. A partir daí, a história do Yoruba terra mudou em 1900 e mesmo
além. Ibadan manteve sua influência e dominação em Yoruba, por muitos anos, tornou-se a sede
política e administrativa de Yoruba terra. Ainda, se a política de hoje mudaram a dinâmica do
Yoruba nação, Ibadan será sempre lembrado por seus papéis na formação e criação de uma nova
nação Yoruba no século 19.

O Egbas Yoruba morava na parte sul do antigo Império Oyo, e sua localização actual não se
alterou significativamente. A jornada de Egba a nação começou em 1796, quando Lisabi
Agbongbogbo Akala se revoltaram contra Alafin Oyo sob Aole. Egba tornou-se independente,
mas a viagem para dentro de nacionalidade Yoruba terra era muito áspero e duro.
Para os próximos 65 anos (1796-1860), foi marcada com lutas pela sobrevivência por causa de
vários ataques militares de dentro Yoruba nação. Na verdade, a formação de Abeokuta, a maior
cidade da EGBA, que significa "sob o rock" devido a sua existência para ataques militares
constantes como os Egbas necessário um local mais seguro do colega Yoruba e os comerciantes
de escravos rampaging Dahomey. Abeokuta foi fundada em 1830, por Seriki S ṣodẹkẹ que levou
milhares de refugiados de Ibadan, um resultado importante desde a queda do Império Oyo.
Abeokuta foi construído por refugiados de maioria veio de Oyo e Ibadan, enquanto vários outros
grupos com experiência semelhante em outros lugares unidos. Entre 1817 e 1824, Owu uma
divisão EGBA proeminente, um inimigo tradicional de algumas cidades iorubás sofreu um dos
ataques militares conjuntas de Ijebu / IFE / Oyo aliança. Da história, somos informados sobre um
problema menor em "pimenta jacaré", que aconteceu entre Owu homem e Ijebu mulher no
mercado Apomu uma questão que teria sido resolvida amigavelmente, se houvesse paz na terra
iorubá. No entanto, os historiadores ver o Ijebu / IFE / Oyo e Owu guerra como um pay-back
para Owu por sua hostilidade e muitas guerras venceu algumas cidades iorubás.
A coalizão de forças destruiu cidade Owu além de reparos com várias vidas perdidas. Na
verdade, este incidente com o desastre que se seguiu contribuiu para um grande caminho para a
fundação de Abeokuta muito mais tarde.
Infelizmente, Owu não foi a única vítima, Ikija foi atacada pelo exército de coalizão para apoiar
Owu. Além disso, Egbas em Ibadan foram submetidos a hostilidade na atmosfera de crise e
incerteza, EGBA não tinha escolha melhor do que deixar Ibadan, e mover-se em direção ao sul
Seriki Lamodi, que morreu no caminho, mas o movimento foi concluída sob a liderança de
Seriki S ṣodẹkẹ.
Esses imigrantes se estabeleceram no Itoko, seu anfitrião foi Adagba, a partir daí outros grupos
Egba começou a se mover para Abeokuta, e em 1834, Owu unidas.
Egba teve um grande território que se estendia para Ijaye até ao rio Ogun em Olokemeji. Ele
também compartilhou fronteira com Ibadan, para o leste é Remo divisão, no oeste é a Egbado
(atualmente Yewa) e ao sul são as Aworis. A maioria das famílias proeminentes veio de Oyo, a
maioria dos chefes de Egba eram descendentes de Esos especialmente a Sagbuaa. Cidades e
comunidades foram formadas sob líderes individuais, a comunidade operou uma confederação
solta.
Egba Cidades foram:
Egba-Igbehin teve Ake, Ijeun, Kenta, Iporo, Igbore-(este grupo Egba ações fronteira com o
Remo), sob Alake.
Egba-Oke-Ona está localizado próximo ao rio Odo-Ona e teve as seguintes cidades: Ikereku,
Ikija, Idomapa, Odo, Podo sob Osile.
Egba-Gbagura está situado perto de Oyo, este grupo é conhecido como "Oyo, Egba" suas cidades
são: Ilugun, Ibadan (antes Egba / Ibadan guerra), Ifaye, Ika, Ojo, e Ilawo e várias comunidades
menores. Este grupo tem Agura como sua cabeça
Algumas das guerras EGBA travada em seu caminho para a nação foram:
EGBA / Ijebu Remo guerra (Owiwi) de 1832
EGBA / Ibadan guerra 1834
EGBA / Ota guerra para controlar a estrada de acesso a Lagos, 1842
EGBA / Ado guerra para punir o Ado para apoiar Ota em 1844
EGBA / Ibarapa guerra 1849
EGBA / Dahomey guerra sob o rei Gezo 1851
EGBA / Ijebu a guerra Ere de 1851
EGBA / Ijaye guerra 1860-1862
EGBA / Makun guerra 1862-1864
Papel de liderança da EGBA em iorubá terra não foi medida por seus êxitos militares, embora,
EGBA ganhou a maioria destas guerras e perdeu, mas alguns, mas sim, a sua contribuição para
um novo Yoruba através da educação ocidental, o cristianismo, a introdução da monarquia
constitucional e, acima de tudo, a introdução e fornecimento de infra-estrutura em uma corrida
municipal sistema de segundo de seu tipo depois de Lagos, EGBA colocado à frente de cidades e
aldeias e abriu um novo capítulo na história do Yoruba.
No início, EGBA teve mais de 200 assentamentos agrupados em cinco cidades independentes
com reis individuais. Estas cidades são:
Ake, o chefe tradicional é Alake
Owu, a OBA é Olowu
Gbagura, o chefe da comunidade é Agura
Oke-Ona, o rei há Ọs ṣhinlẹ
Ibara, a OBA é Olubara.
Cada comunidade correu um Estado independente, mas uma administração coordenada
centralmente sob a liderança de Alake de Ẹgbaland, um título criado em 1854.
Além da estrutura confederação, EGBA teve vários conselhos de chefes locais que executam a
mais (4.000 chefes), esses conselhos foram:
Ogboni Society liderada pelo Oluwo, o conselho teve tanta influência na Oba (até à data). Outros
títulos da Egba-Ogboni cultos são: Aro, Apena, Ntowa, Bala, Basala Baki, Asipa, ASALU,
Lalija, Apesi, Esinkin Ola, e Odofin
Conselho Militar foi chefiada pelo Balogun e Seriki, segundo a sociedade Ogboni.
Parakoyi (negócios / comercial conselho) liderado por Babalaje de Ẹgbaland.
Ambas as comunidades cristãs e muçulmanas teve representantes nestes conselhos.
Em 1854, o escritório de Alake foi criado, mais cedo, S ṣomoye, EGBA comandante militar
estabeleceu a Egba United Board of Management (EUBM), mas o corpo morreu com S ṣomoye
em 1846.
Egba tomou várias medidas para consolidar o seu poder, em primeiro lugar, através de oficiais
britânicos por tratados, em segundo lugar, através da Igreja, que tinha a sua sede em Abeokuta.
Abeokuta, depois de Lagos tornou-se um outro centro de atividades em Yoruba terra, por causa
da Igreja e do Saro iorubás. O Saro Yoruba mudou a dinâmica política / econômica, até mesmo
religião.
Em 1893, o governador de Lagos, Ẹgbaland reconhecido como nação independente, e cinco anos
mais tarde Egba United Governo (EUG) veio à existência. Egba tornou-se parte de Yoruba terra
dentro do protetorado sul que se formou na Nigéria em 1914.
Egba-Alake Governantes de 1829 até à data.
Nomes de Egba-Alake Governantes Estado de Régua navio Período
Seriki Shodẹkẹ Guerra líder 1829 - 1845
S ṣomoye Regent 1845 - 1846
S ṣagbua Okukẹnu Regent 1846 - 1854
S ṣagbua Okekẹnu (1 Alake de Egba terra) de Oyo-ESO S ṣagbua estoque primeiro Alake de Egba
terra (escritório criado em 1854) 8 1854-1862 agosto.
S ṣomoye Regent (segundo tempo) 1862-1868
Oba Ademolá Alake 2 de novembro de 1869, 20 de dezembro de 1877.
Oba Oyekan Alake jan 1879 - 18 1881 setembro
Oba Oluwajin Alake 09 de fevereiro de 1885-janeiro 27, 1889
Oba Ọs ṣọkalu Alake 18 de setembro de 1891 - 11 de junho de 1898.
Oba Gbadebo 1 Alake 8 agosto 1898 - 28 de maio de 1920.
Oba Ladipo Samuel Ademolá 11 Alake 27 de setembro, 1920 - 27 de Dezembro de 1962.
(Passou o exílio de 1948 a 03 dezembro de 1950).
Oba Adesina Samuel Gbadebo 11 Alake 29 de setembro, 1963 - 26 de outubro de 1971.
Oba Samuel Oyebade Mofọlọruns ṣọ Lipẹde Alake 05 de agosto de 1972 - 03 de fevereiro de
2005.
Oba Adedọtun Aremu Gbadebo 111 Alake 24 de agosto de 2005 até à data.

Ijebu Yoruba vivem no thick-forest/mangrove cinto-sul do Império Oyo. Um grupo, cuja destreza
econômica altamente urbanizada e empresarial é um conhecimento comum.
Há várias reclamações sobre a origem de Ijebu nação, a mais popular dessas histórias é a (o rei
fora) versão Ọbanta, o IFE homem, outras versões históricas são os "jebuseus bíblicos" A
História Waddai, eo Reino de Owodaiye de Etiópia. Cada versão dessas histórias foi
intelectualmente apresentado ao público, por exemplo, os historiadores orais acreditava que Ijebu
migraram para a sua morada actual de Waddai, no Sudão, vários milênios atrás, antes mesmo de
o rei Salomão de Israel e do "famoso Makida" o Rainha de Sabá.
Protagonistas citaram semelhanças culturais e históricas entre os Ijebus, os núbios e
Sudan/Ethiopia- do Sul, em semelhança com nomes, tais como (Saba / Shaba, Esiwu, Meleki /
Menelik), marcas tribais e itens houeshold com significado sócio-político.
Obanta versão apresentada por Samuel Johnson, em seu livro "História da Yorubas" é totalmente
diferente de apresentação dos historiadores tradicionais / oral.
No entanto, estas três questões fundamentais e incontestáveis fazer história Ijebu muito
interessante:
Um deles, pessoas Ijebu ter sido parte da história Yoruba por séculos,
Duas pessoas, Ijebu tinha sofrido várias etapas de transformação ao longo dos séculos, que
poderiam ter afetado sua história.
Três, Ijebu como outros sub-grupos dentro de Yoruba-nação tem contribuído significativamente
para a grandeza de Yorubá-através da cultura, educação, cristianismo, nacionalismo e, acima de
tudo, o seu espírito empreendedor desigual.
Existem várias cidades Ijebu, comunidades e aldeias hoje, Ijebu-Ode é a sede político / cultural
de todos os Ijebu, eo governante supremo em Ijẹbuland é Awujale. Awujale é produzido por
qualquer um desses quatro casas reinantes: Tunwase, Fidipote, Ogbagba e Gbelegbuwa. Depois
que o rei há três autoridades civis em Ijebu, estes são:
O Osugbo ou Ogboni,
O Ipampa, e
o Lamurin.
Estes três corpos estavam tão poderoso, e que eles deveriam aprovar leis, nenhum ser humano
(até mesmo o rei) poderia revogar ou anulá-los. Por tradição, Oba deve ser um membro de
Osugbo.
Ijebu terra tem um sistema político único no país iorubá, existem mais de duzentas cidades Ijebu,
aldeias e comunidades (chamado de "Egure") com obas individuais e baales, e suas estruturas
socio-cultural/political individuais, ainda, essas comunidades ainda são parte de um grande reino
Ijebu sob Awujale. Ijebu-Ode é a capital de Ijebu terra, onde vive Awujale. Olisa é o chefe
tradicional de Ijebu-Ode.
AGEMO é um grande festival tradicional, há dezesseis AGEMO em toda a terra Ijebu e, em todo
mês de julho, estes AGEMO disfarça reunir-se em Ijebu-Ode, antes de se mudar para Imodi-
Mosan onde o festival AGEMO detém.
Outras cidades Ijebu são Ijebu-Igbo, Ijebu-Ife, há-Iwoye, Ọsọsa, Ikenne etc
Ijebu desempenhou um papel importante na história do Yoruba durante o século 19, devido à sua
localização geográfica.
Tornou-se rotas comerciais para as cidades e aldeias para fazer negócios com os europeus que
ficaram e viveram em Lagos Yoruba. Ao contrário de outras cidades e reinos iorubá, Ijebu não
têm um forte militar, mas sim se baseou em "mercenários".

YORUBA PEOPLE IN DIASPORA


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Obìnrin bí okùnrin ní Òsun A jí sèrí bí ègà. Yèyé olomi tútú. Opàrà òjò bíri kalee. Agbà obìnrin tí
gbogbo ayé n'pe sìn.Osun àwúráolu, serge s II Elewa roju Oniki. awed Làtojúku mo.

Orisa Osun Deusa dos Rios MO JUBA AWO OSHUN. IWO NI ORISHA OBINRIN ODO. IWO
NI OLUWA AWO
Verso do Odú Osa meji

E kunlẹ o, ẹ kunlẹ f’obinrin o


E obinrin l’o bi wa, k’awa to d’enia
Egbọn aiye t’obinrin ni, ẹ kunlẹ f’obinrin
E obinrin l’o bi wa o, k’awa to d’enia!

Ajoelhem-se para as mulheres


A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos
A mulher é a inteligência da terra
A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos.

“O homem deve respeitar a mulher, a mulher deve respeitar o homem.


O homem só existe graças a mulher, e a mulher só pode gerar uma outra vida se amando com um
homem.
Ifá nos ensina que a mulher é a força do mundo, mas essa força precisa ser utilizada pelo homem
de uma forma correta. O homem que não sabe como tratar uma mulher precisa aprender, só
assim ele será completo!”
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ORIKI DE EGUNGUN

IBA
IBA MI
IBA RÉ
EXU LAALU OGIRI OKO, IBA
IBA AGBA
OLOJO TO NI NMA GBE ORI ILE SE TEMI
EYIN TO NI AYIE IBA
IBA ENI SOJE KI NTO MORA SÉ
EDUN GBONRAGANDA
A GBE AYE GBE ORUN
ESA OGBIN
ARA ORUN KENKEN
OLOGBODJO BABA ATI INU ASO-SIKE
BABA MI OSO OLOGBODJO
A TO FI EDUN OKAN LO
PE TEMI WRE O
BA MI TO ILE ONA MI
BABÁ NI ALAPINI
MO RI AKUKO KAN SOSO BO IGBA EGUNGUN
MO UM OSUN LESA
ARA ORUN KENKEN
OLUWA MI ATO FOJU EKE GBOLE
BABA MI DE O
JÉ YIE ATI MIMU O PÓ NINU ILE MI
BABA DE BI O TI NDE
BABA DE BI EJÉ YJALETA
BABA DE MI PEPE ORUN
BABA DE NI PEPE OSAN
EKU ILE MI
EKU OBA NI NSÉ
AGO MI
AGO IMO NI NSÉ
EMI LO NI BABA
ARA ORUN KENKEN O O O
BABA MI TI O GBODE DE AGBEDE
EGUNGUN MI NI ALATE
EGUNGUN MI NI ALAGBE
JE OJO ONI YI ATI OJO GBOGBO
O SAN WA SI OWO
O SAN WA SI ALAFIA
BABA MI MASE GBANGBA
BABA MI MASE IJIGUJIGI
BA WA DILE AYE WA UM YGUJIGI
KI ILE O MA YO MO WA LESE
ENIYN ISESE AYE
TI NSE ALAKOSO TI TITI ATI AIRI
BA WA SE ALAKOSO ILE AYE WA
NITORI ENCA KI NBA YIN LOPO
KI O MA NI AKOJO
EGUNGUN ILE...(NOME DO EGUNGUN)
IBA NI AO MAA FI GBOGBO OJO JÉ LODO RE
IBA

ORIKI DE EGUNGUN
Saudações
minhas saudações
a tua saudação
saudação a exu
saudação aos velhos
O senhor do dia, que me possibilita através de seu asé a fazer meu desejo, aqui em cima da terra
(me manter vivo)
E a vocês donos da terra, minhas saudações
o grande venerável que vive entre os vivos e os mortos.
O venerável poderoso que se dobra em milhares e milhares de partes.
Cidadão vindo do orun distante
O forte pai
que de dentro de sua roupa
zela pelo bem estar de seu filho
meu pai o forte feiticeiro
Para quem as aflições podem ser reveladas
Faça minhas coisas serem boas
Organize para mim os meus caminhos
meu pai Alapini
eu tenho um único galo para oferecer a duzentos eguns
eu apanhei osun a egungun
cidadão do orun
o meu deus capaz de esfregar o rosto numa pessoa desleal, mentirosa
o meu pai chegou
faça com que minha vida esteja repleta do que comer e beber (prosperidade)
meu pai chegou do mesmo jeito que sempre chega
meu pai chegou como a madrugada (relação com o tempo)
eu te saúdo bem vindo
peço a vossa licença
a minha licença é para conquistar sabedoria
eu sou o dono desse egun ( sou filho do pai)
peço licença
a minha licença para conquistar o asé
eu sou o dono desse egun,sou filho do pai
cidadão do Orun
meu pai não pode passar na forja
o meu egungun é o que carrega mascara
o meu egungun é o que brinca com todos
faça com que dia de hoje e todos os dias
sejam favoráveis a mim para prosperidade
e para saúde( alafia) bem estar
o meu pai se faz muito grande
meu pai através de seu grande asé
faça nossa vida com toda essa força inquebrantável
para que não escorreguemos nessa terra ( não sermos derrotados) para que sejamos fortes.
Vocês primórdios da terra (existência)
que ligam as coisas visíveis e invisíveis
ajuda-nos a unir tudo que existe na nossa vida.
qualquer pessoa que negocia com vocês
Não deixe de Ter sucesso ( conquista)
egungun ,(ele nome do ancestral)
saudações para sempre, sempre te saudaremos.
saudações
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Itan da fundação do culto de egungun;

Sangó tendo fundado a cidade de oiyó e sendo o seu rei formou uma família
do qual teve dois filhos uma menina e um menino do qual amava muito e
dedicava muito a eles ao ponto que o povo admirava o jeito que sangó
cuidava de seus filhos, em especial a sua filha, sangó eram um rei que se
preocupava com seu povo tanto que governava com destreza e sabedoria e
justiça, ele era sábio e benevolente e com os maus era sempre muito severo,
pois já se falava em outros reinos que naquela terra era melhor viver pois
tinha um rei que era muito forte e valoroso, e que seu povo vivia muito bem
neste reino, tanto que o reino de oiyó era um reino muito prospero e que não
tinha gente jogadopela a rua, que não tinha uma casa para se viver, e que o
mercado deste reino era ótimo para negócios e que todos eramprospero,
assim depois de passar um tempo a sua filha mais amada ficou muito doente
e sangó o seu pai tentou de todas as formas para recuperar a saúde de sua
filha e de nada adiantou pois cada vez mais ficava doente, sangó foi a um
babalawo e consultou o oráculo de ifá pra saber o que fazer para sua filha
para que ela melhorasse então apareceu o odu iréteofun e foi diagnosticado
que o seu tempo na terra esta no fim que ela deveria ir para orum pois já
estava para morrer, Orunmila o consolo e conversou e deu alguns conselhos,
mas sangó não quis ouvir e ficou muito triste e foi ter com sua filha em seu
palácio e chegando em sua casa viu uma multidão em frente chorando pela
a morte de sua filha sangó não deixou que enterrasse a sua filha e os anciãos
da cidade e ministros deste grande Orisá aconselharam até que conseguiram
fazer os atos fúnebres, mas sangó se fechou em seu palácio e por um tempo
não falava mais com ninguém e não mais levava o seu reino a serio ele deixou
de lado o seu reino, tanto que ninguém mais fazia direito os seus deveres,
proibiu de fazer festa do povo dançar, comemorar, rir e até de ter filhos, neste
período sangó um dia estando na campa de sua filha onde chorava e se
lamentava e com uma tristeza tão grande que pensou em se matar (cometer
suicídio) Olorum se compadecendo de tão grande tristeza apareceu para
sangó para consolá-lo e quando sangó viu Olorum em sua frente ele de tão
revoltado falou a Deus que ele foi injusto com ele pois tinha chamado a sua
filha para junto dele e que não entendia por que fizera isto que a sua filha era
a coisa que ele mais amava neste mundo, e que ele não aguentava mais viver e
que ele queria morrer para ele ficar de junto dela em orum, mas Olorum disse
que o seu destino não estava terminado que ele teria muitas coisas para fazer
neste mundo e que se ele deixasse ele ver a sua filha mais uma vez que ele
voltaria a governar o seu reino e que ele sempre que quisesse ver a sua filha
era só invocar com uma vara do pé de iroko no chão que sua filha sempre
estaria com ele para ele matar a sua saudade, sangó ficou muito contente e
aceitou as condições de Olorum e de imediato sua filha apareceu e eles se
abraçaram e foram para a cidade de mãos dadas e passaram no meio do
mercado e sangó cantou em sua caminhada dizendo que sua filha não morreu
e que ninguém que fosse devolvido á terra não mais morreria, todos ficaram
maravilhados com está proeza de sangó...
O rei depois de um período instituiu uma lei que quando alguém morresse
deveriam todos depois de 7 dias que o corpo fosse entrerrado que se
invocasse a sua alma para que ninguém ficasse triste e sofresse como ele
sofreu, pois seria a sua ultima despedida para que o seu espírito fosse
diretamente para Orum e que quando quisesse falar com eles que deveriam
bater ritualmente num montículo de terra e invocasse os seus ancestrais e
que fariam isto anualmente do que seria o culto de todos os ancestrais para
que eles pudessem nos aconselhar e trazer noticias de nossos entre querido
que estão em orum e que todo teriam poderes de Orisá , que poderiam realizar
proezas em favor de seus descendentes.
Assim nasceu o culto dos ancestrais do qual no Brasil nós chamamos axexe
mas o seu nome certo é AJEJE...
O axexe é uma festa de despedida do morto é por isto que comemos a comidas
ou alimentos que o morto mais gostava e bebemos a bebida que ele mais
gostava assim por diante, fazemos os gosto do morto em seu louvor,para que
ele possa nos aconselhar e nos orientar na nossa caminha por este mundo.

Aseooooooooooooooo ire ariku (vida longa)


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A principal saudação de Èégún é:
Baba’Nlá òmò Onilé, Eepa molé.
Baba Èégùn Eepá.
Baba Heyyyy, Heyyy, Heyyyy
Baba Ègungun Aye, Hóoooooooooooooooooooo (voz grossa do além)
Èégùn ilé kaabiesi
Èégún Ayóóó, Ayóóó, Ayóóóó
Èégùn ésiba Orun Aiye.
Baba ara kinkin Orun,
Baba Ègungun gbogbo Manriwo.
Nota: (desfiam-se folhas de Manriwo novo por cima de suas oferendas).
Dia de culto à Èégun

Sempre no 4º dia, a contar do dia do Òsé-Ifá e Èsú.

ÈÉWÒ ÈÉGÙN,
(Os tabus de Eegun quando quebrados enfraquecem o seu alinhamento e proteção para com o seu
devoto)
Iyó (sal)
Tecido vermelho vivo.
Transportar magia destrutiva.
Feitiçaria.
Fofoca.
Injustiças
Maledicências
Deixar os jarros sem Omi e sem Otin.
O uso de restos humanos.
Sacrifício humano,
Oferecer sangue humano.
Ewe-Ajekobale.
Pena de cegonha
Pisar em palhas de milho ou o Iko.
Amaldiçoar.
Cabaça inteira.
Vasilhames perfeitos.
Carne em putrefação
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EEGUN

Èègun – Muito poucos sabem que Éègùn é um Orisa comum como qualquer outro. Porém, só no
Brasil o Culto de Èégú ou Egùngùn, é muito mal compreendido, cheio de especulações absurdas,
e porque que não dizer; uma verdadeira palhaçada folclórica, cheia superstições, invenções
grotescas e intencionalmente macabras. Mas infelizmente muitos brasileiros amam cultuar o mal,
o proibido, o macabro, principalmente o que é cheio de mentiras e vaidades. Desculpem a
sinceridade!

Apesar de Sango e Oya serem os reais patronos da sociedade EGUNGUN. Na realidade, Èégun é
um Imolé (Orisa) funfun, intrinsecamente ligado ao Orisa Iku, Iyemonja, Onilé, Eleye e
principalmente Obatala, o Orisa dos Bosques sagrados. Enquanto Sango representa a quentura do
Espirito vivo, Oya atua simplesmente com a transportadora dos Espíritos falecidos, entre o Aiye
e o Orun.

Mas voltando ao Orisa Èégún, o seu culto é originário da terra Òjè, onde é considerado um Orisa
gerador e ao mesmo tempo um protetor em vários sentidos, pois resume em si todos os
Ancestrais masculinos da raça humana. Portanto, Èégun é o Orisa que desponta como o meio de
ligação e alinhamento entre os seres humanos vivos e seus ancestrais masculinos, as suas raízes,
chamado de Egungun. O poder mantenedor de Èégun manifesta-se na autoridade, ordem,
respeito e reorganização no espaço sagrado que é cultuado. O seu culto, controla todos os
Ègungun Aralé (falecidos), assim protege a comunidade ou casa, contra ataques de espíritos
agressivos, maldades, roubos, agressões, evita fofoca em grupos, confusão, perversidade,
arrombamento, bagunça e todos os tipos de conflitos. Portanto, Èègun é o Orisha que personifica
a o controle e autoridade de Olorun (Deus). A cor principal de Èégùn é o branco.

Os seus principais símbolos são o Opa-Eegun, Opa-Ishãn, Atori, Agò, Asò-Eku-Èégun, Idá,
Gelede-Egungun, Bantè, Akara-Iná (bola de fogo) etc.
Os seus Adimu são: Sarekó, Ekuru, Akara, Olele, Amala, Ajebo, Ejojo, Ewo, Esuru, Odunkun,
Agbado, Egbo, muito Oyin por cima de tudo, abobora cheia de Oyin, abobora cheia de Otin,
Abobora cheia de Epo, Atare, Obi, Orogbo, Agbado-sisun, Erewa-Sisun, Alapa-Sunsun (abobora
cozida). Os seus Animais são: Agutan, Eiyele, Akuko, Pepeye, Ijapa, Obukó, Elede, Eku, Eja,
mas principalmente o Antílope substituído pelo Aguton e o Javali substituído pelo Porco.

O Agan é dos rituais, sempre preparado por uma mulher sacerdotisa de Oya, com o titulo de
Adagan ou Iyaagan (mãe do Agan).
Seu festival anual ocorre sempre no outono ou no fim do ano, chamado de Adamu.

Os locais mais adequados para realização do Irubó è Èégùn são: Igbonu (dentro de bosques),
Ojubó-Eégùn e diretamente sobre a terra. Geralmente os seus oferecimentos quando são
executados para auxiliar uma pessoa viva, é executado rigorosamente na frente de uma casa e,
em seguida deve ser entregue nos fundos da casa, ou diante do seu Ojubó, considerado o trono de
Iku., aonde é ofertado Omi tutu, Obi pupa e Obi funfun, Ekuru e Èkó esbagaçados, depois uma
grande quantidade Oyin, Eja seco, Eku seco, borrifar bastante Otin, e no final se oferece bastante
pedaços Orogbo, sempre deve ser soprado bastante pó de Efun. Rasga-se tecido de algodão
branco e cobre-se tudo. Em seguida, dependendo da cerimonia, sacrifica-se um Akukó ou Obukó
à Èsú.

Em seus rituais, antes de tudo se reverencia em primeiro lugar é a Terra, Iyá-Onilé, oferecendo
Omitutu, Otin, Epo, Wara e Oyin. Pois Iyaami Oduwa, Edan ou Iyalalé, quando reverenciada no
culto de Ègungun ou Sango, ela é rigorosamente chamada de Iya-Onilé ou somente Onilé (dona
da terra).

A casa de Èégùn ou Egungun, quando estabelecida em uma sociedade de culto é chamada de


Ilesayin (local sagrado de culto aos antepassados. Mas, a maioria das as oferendas executada
dentro do Ilesayin, geralmente é entregue no Mar, por se tratar da casa original de Èégùn e Iku, o
útero da terra, de onde tudo tem sua origem. Mas na falta do mar, pode ser entregue em um rio,
por ser um local que possui água, o elemento de origem.
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BÀ SE OSE - OYEKU. E NLE OO RAMI OO. EIYE DUDU BARO BABALAWO LA NPE RI.
EIYE DUDU BARO BABALAWO MA NI O. IGBA KERÌNDÍNLOGUN A DANA IGBO OSE.
O JO GEREGERE SI OWOKO OTUN. O GBA RERE SI TOSI O. O DIGBA
KERÌNDÍNLOGUN A DANA IGBO OSE 'NA OO RAMI O ORA MERÌNDÍNLOGUN NI
WON IMA DANA IFA SI. EMI O MONA KAN EYI TI NBA GBA R'ELEJOGUN O. ASE.

Respeitamos ao Odu sagrado Ose-Oyeku que orienta nossa comunicação com os Ancestrais.
Saudamos a nossos amigos e irmãos. Saudamos ao pássaro negro que pronunciou os nomes dos
primeiros Babalawos. Saudamos ao mirlo negro que pronunciou o nome dos primeiros
Babalawos. Saudamos ao decimo quinto Odu no qual se acende o fuego sagrado de Ose. Graças
aos dezesseis fogos sagrados de Odu não nos fazem dano. Rugindo, o fogo queima a direita.
Rugindo, o fogo queima a esquerda. Amo os dezesseis lugares onde o fogo de Odu forja a
sapiencia e a sabedoría de Ifá. Recordarei sempre que quando não souber que caminho seguir,
deve seguir o destino. Asé.
De: Awofa Ifakemi Miguel
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AS PENAS DE ORISÁ

Dentre os meus parcos conhecimentos, não há nenhum tipo de "pena" usado em substituição à
IKODIDE (pena de papagaio) e, tampouco outra pena que tenha o mesmo significado litúrgico
que a Ikodide, sendo que a mesma não exige estar acompanhada de outro tipo de "pena" para
desempenhar sua função. O que já não é o caso da pena vermelha (ALUKO, pena de galo das
Campinas), e da VERDE (
Agbe, pena de cuco), pois sempre são usadas em conjunto.
A IKODIDE, símbolo do processo iniciático, vem a confirmar a iniciação, podemos encará-la
como símbolo da realeza.
AGBE = Atrai a sorte e tudo de necessário para a vida do ser. (pena de cuco)
ALÓKO = Usa-se em parceria com AGBE, cria condições favoráveis para que a pessoa encontre
seu caminho. (pena de galo das Campinas)
AGBE e ALUKO são muito usadas em diversas magias para atrair a sorte (awure), participam no
processo iniciático em banhos que serão aplicados ao neófito e, no Osu que o elegun irá carregar.
Também são colocadas em assentamentos de determinados Orisas, assim como LEKELEKE
(penas brancas, pena de garça)) empregadas em assentamentos de Obatala, AWODI (penas de
falcão) e etc.

XANGÔ x EGUNGUN

A AFIRMAÇÃO QUE SÒNGÓ TEM ÈÈWÒ COM EGÚNGÚN É ERRADA. O TABÚ QUE
ELE TEVE COM OS MORTOS E COM A MORTE É A MESMA QUE TODOS NÓS,
HUMANOS, TEMOS, EM DETERMINADOS MOMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS. COMO
O ÚNICO ÒRÌSÀ QUE FOI HOMEM, SÒNGÓ, NAQUELE PERÍODO COMO HUMANO,
TEVE MUITOS MEDOS, FALHAS E TABÚS. PORÉM, COM ISSO, CONSEGUIU UM
PRODÍGIO ÚNICO DENTRE AS DIVINDADES: O DE SER HOMEM, EGÚNGÚN E
ÒRÌSÀ. MOSTRANDO, COM SEU EXEMPLO, O CAMINHO QUE TODOS NÓS,
HUMANOS, DEVEMOS LUTAR POR ATINGIR. OU SEJA, O SENTIDO, A META, O
OBJETIVO, DESTES INÚMEROS CICLOS DE ENCARNA E DESENCARNA QUE TODOS
NÓS ESTAMOS PERCORRENDO.
INFELIZMENTE PARA UNS, TENHO QUE ADENTRAR A CERTOS PRECEITOS
RELIGIOSAS PRESERVADOS A SETE CHAVES PARA COMPROVAR MEUS
ARGUMENTOS. MAS ME SINTO NO DEVER DE FAZÊ-LO, POIS NÃO ESTAREI
REVELANDO SEGREDOS, MAS SIM INFORMANDO AOS QUE BUSCAM
CONHECIMENTOS E, PRINCIPALMENTE, ENTENDIMENTOS SOBRE NOSSA
RELIGIÃO.
COMPROVA MINHA AFIRMAÇÃO QUANTO A SÒNGÓ, NOS RITOS DO ÀSÈSÉ
(AXÊXÊ), ONDE ESTA DIVINDADE É POR DEMASIA EXIGIDO COMO
"ENCAMINHADOR" DAQUELE QUE ESTA DEIXANDO O AIYÉ E PARTE PARA A
VIAGEM DE RETORNO AO ÒRUN ACOMPANHADO, DAÍ POR DIANTE, SOMENTE
POR ORÍ.
POR QUE?
PORQUÊ SÒNGÓ É O ÚNICO QUE CONHECE PERFEITAMENTE ESTE CAMINHO QUE
ELE UM DIA PERCORREU (HOMEM-EGÚNGÚN-ÒRÌSÀ). SE ASSIM É FEITO, PORQUE
SE ANUNCIAR, E PREGAR AOS QUATRO CANTOS, QUE SÒNGÓ TEM ÈÈWÒ COM
EGÚNGÚN?
NÃO É ELE QUEM MOSTRA O CAMINHO, PARA O ÒRUN, PARA AQUELE RECENTE
EGÚN ?
PORTANTO, CONTRÁRIAMENTE AO QUE SE AFIRMA, A RELAÇÃO DE SÒNGÓ COM
IKÚ E COM EGÚNGÚN É, NA VERDADE, ESTREITA.
MORTO, SÒNGÓ SE TORNOU UM ÒKÚ (CADÁVER) E ESTREITOU SEU
RELACIONAMENTO COM A MORTE, TORNOU-SE UM IMOLÈ, EM CONTATO DIRETO
COM A TERRA, E POR ISSO SE LOUVA ONILÈ JUNTO COM SÒNGÓ, RELEMBRANDO
ESTE ACONTECIMENTO.
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Kàabo Kabiecy! Oloju Orogbo! Sàngó Olukoso oko Oya, Sàngó Olukoso Làálu! Alàádo Bàbá
gbe awa fun Isegun awon Ota! Igba Ota Arira fun S'ete o, Igba Ota Arira fun isegun s'ete iku ati
arun ati ota ile, Sango Isegun osi gbe wa! Ase O!

OBA TÓ TÓ, KÁBÍYÈSÍ Ò! SÒNGÓ OBA! JÉ KÍ GBOGBO OJÓ AYÉ MI Ó YEMÍ O!


(GRANDE REI, VOSSA MAJESTADE! REI SÒNGÓ! PERMITA QUE TODOS OS DIAS DA
SUA VIDA SEJAM FELIZES!)
Xangô criador de Culto a Egungun

Alguns insistem em dizer que Xangô tem medo de Eguns, ou não gosta de Eguns, aqui esta um
testo que esclarece esta duvida!!!
Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um
trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com
Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram
assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as
enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram
vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua
filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram,
derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não
conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe
disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver
sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o
guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de
Orunmilá.

Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun
(ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se
tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja
desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que
as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."
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OBA KAWÒÓ O
OBA KAWÒÓ O
O O KÁBÍYÈSILÈ
OBA NI KÓLÉ
OBA SÉRÉ
OBA NJÉJÉ
SE ‘RE ALÁDÓ,
BANGBOSE O (WO) BITIKO
OSÉ KAWÒÓ
O O KÁBÍYÈSILÈ

Ó Rei, meus cumprimentos.


Ó Rei, meus cumprimentos.
Sua majestade, o rei mandou construir uma casa.
O rei do xere,
O rei prometeu e traz boa sorte, o dono do pilão.
Bamboxê abidikô,
Meus cumprimentos (ao)
Oxé, sua majestade.

Ó NÍÌKA, Ó NÍÌKA
ÁWÈ JÈ ATÈTÚ
BADÉ, BADÉ ÌYÀ TÈMI
Ó NÍÌKA, Ó NÍÌKA ÃRÁ ÌN ÁLÀDE O.
Ó NÍÌKA ÃWÈ JÉ ATÈTÚ
AIRA MA SÁ RE AWO, ARIWO, ALE ODÓ.
MA SÈ
AIRA MA SÁ RE AWO, ARIWO, ALE ODÓ MA SÈ
YÈYÉ, KÈRÈ-KÈRÈ LO NI JOKO AYAGBA
ALE ODÓ MA SÈ

Ele é cruel, ele é cruel (o trovão)


Eu jejuo espontaneamente para o punidor
Badé, badé, meu espírito sofre
Ele é cruel, o trovão é cruel sim, o dono da
Coroa é cruel
Ele é cruel. Eu jejuo espontaneamente
Para o punidor.
Airá (o trovão), verdadeiramente voa e cai
Misteriosamente, ruidosamente,
Forte como um pilão, verdadeiramente
Como um tambor (barulho).
O pássaro vagarosamente senta e chora
Para as grandes mães.
Forte como um pilão, verdadeiramente
Como um tambor (barulho).

OBA ÌRÚ L’ÒKÒ


OBA ÌRÚ L’ÒKÒ
ÌYÁMASE KÒ WÀ
ÌRÀ OJE
AGANJU KO MÃ NJE LEKAN
ÃRÁ L’ÒKÒ LÁÀYÀ
TÓBI ÒRÌSÀ
OBA SÓ ÒRUN
ÃRÁ OBA OJE

O rei lançou uma pedra.


Ìyámase cavou ao pé de uma grande
Árvore e encontrou.
Aganju vai brilhar, então, mais uma vez, trovão.
Lançou uma pedra com força (coragem).
Grande orixá do orun (terra dos ancestrais), vigia.
O rei dos trovões, no pé de uma árvore (pedra de raio).

BÉÈ NI JE NI A! PÁ BO
JE BÍ O O NI A! PÁ BO

Sim, comer (amalá) dentro (de uma gamela), com satisfação, de uma só vez, adorando.
Sim, comer (amalá) dentro (de uma gamela), com satisfação, de uma só vez, adorando.
E NI PÁ LÉÈRÌN ÀDÁ BÁ LÁI

Cortado muitas vezes (o quiabo), sempre com cutelo, dentro de uma gamela.

ÌMÒ WÁ MÒNÀ MÒWÉ


KÓ JE NÀ MÍMÒ ÀSÉ
KÓ JE NÀ MÍMÒ ÀSÉ
KÓ JE NÀ MÍMÒ ÀSÉ

Procurar o conhecimento, certamente torna inteligente.


A comida (amalá) faz adquirir e aumentar o conhecimento do Axé.
A comida (amalá) faz adquirir e aumentar o conhecimento do Axé.
A comida (amalá) faz adquirir e aumentar o conhecimento do Axé.
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RODA DE SÒNGÓ

ÀWA DÚPÉ Ó OBA DODÉ,


A DÚPÉ Ó OBA DODÉ

NÓS AGRADECEMOS A PRESENÇA DO REI QUE CHEGOU


NÓS AGRADECEMOS A PRESENÇA DO REI QUE CHEGOU

A DÚPÉ NI MÒN OBA E KÚ ALÉ A DÚPÉ NI MÒN OBA E KÚ ALÉ Ó WÁ, WÁ NILÈ A
DÚPÉ NI MÒN OBA E KÚ ALÉ

NÓS AGRADECEMOS A PRESENÇA DO REI. BOA NOITE A VOSSA MAJESTADE ELE


VEIO, ESTÁ NA TERRA.

FÉ LÈ FÉ LÈ YEMOJÁ WÉ OKUN YEMOJÁ WÉ OKUN ÀGÒ FIRÉ MÒN ÀGÒ FIRÉ MÒN
AJAKÁ IGBA RU, IGBA RU Ó WÁ E.

ELE QUER PODER... ELE QUER PODER (VER) IEMANJÁ BANHA (LAVA) COM ÁGUA
DO MAR DÊ-NOS LICENÇA PARA VER-MOS ATRAVÉS DOS SEUS OLHOS E
CONHECERMOS... AJAKÁ TRAZ NA CABAÇA, TRAZ NA CABAÇA (ÁGUA DO MAR)
ENTÃO ESTÁS DE VOLTA.

SÀNGBÁ SÀNGBÁ DIDÈ Ó NÍ ÍGBÒDO ODE NI MÓ SYÌÍ Ó, ÒNÍ

ELE EXECUTOU FEITOS MARAVILHOSOS, FEITOS MARAVILHOSOS. PAIROU SOBRE


IGBODO, OS CAÇADORES SABEM DISTO.

ÒNI DÀDA, ÀGÒ L’A RÍ.


ÒNI DÀDA, ÀGÒ L’A RÍ.

SENHOR DADÁ, PERMITA-NOS VÊ-LO SENHOR DADÁ, PERMITA-NOS VÊ-LO.


DÀDA MÁ SOKUN MÒ
DÀDA MÁ SOKUN MÒ
O FEERE Ó NÍ FEERE
Ó GBÉ L’ÒRUN
BÀBÁ KÍNÍ L’ÒNÒN ÁA RÍ

DADÁ NÃO CHORE MAIS. É FRANCO TOLERANTE, ELE VIVE NO ORUN, É O PAI
QUE OLHA POR NÓS NOS CAMINHOS.

BÁYÀNNI GÌDIGÌDI
BÁYÀNNI OLÀ
BÁYÀNNI GÌDIGÌDI
BÁYÀNNI OLÀ
BÁYÀNNI ADÉ
BÁYÀNNI ÒWÒ
BÁYÀNNI ADÉ
BÁYÀNNI ÒWÒ

BAIANI (AJAKÁ) É FORTE COMO UM ANIMAL E MUITO, MUITO RICO. A COROA DE


BAIANI É HONROSA E MUITO RICA

FURA TI ‘NÁ,
FURA TI ‘NÁ,
FURA TI ‘NÁ,
ÀRÁ LÒ SI SÃ JÓ
FURA TI ‘NÁ,
FURA TI ‘NÁ,
FURA TI ‘NÁ,
ÀRÁ LÒ SI SÃ JÓ

DESCONFIE DO FOGO, DESCONFIE DO FOGO, DESCONFIE DO FOGO, O RAIO É A


CERTEZA DE QUE ELE QUEIMARÁ DESCONFIE DO FOGO, DESCONFIE DO FOGO,
DESCONFIE DO FOGO, O RAIO É A CERTEZA DE QUE ELE QUEIMARÁ

ÌBÀ ÒRÌSÀ
ÌBÀ ONÍLÈ
ONÍLÈ MO JÚBÀ O
ÌBÀ ÒRÌSÀ ÌBÀ ONÍLÈ
ONÍLÈ MO JÚBÀ O

ABENÇÃO DOS ORIXÁS ABENÇÃO DO SENHOR DA TERRA AO SENHOR DA TERRA


ONÍLÈ) MINHAS SAUDAÇÕES

ÒRÀN IN A LÓÒDE O
BARA ENÌ JÁ, ÈNIA RÒ KO.
OBA NÙ KO’SO NÙ RÈ LÉ O
BARA ENÌ JÁ, ÈNIA RÒ KO
Ó NÍÌKA WÒN BÒ L’ÒRUN KÉRÉJE
Ó NÍÌKA WÒN BÒ L’ÒRUN
KÉRÉJE ÀGÙTÒN
ÌTENÚ PÀDÉ WÁ L’ÒNA
Ó NÍÌKA SI RELÈ
IBO SI ÒRÀN IN A LÓÒDE O
BARA ENÌ JÁ, ÈNIA RÒ KO.
ONÍ MÁA, NI MÓ ÈJÉ
BARA ENÌ JÁ, ÈNIA RÒ KO.

SIM, A CIRCUNSTÊNCIA O COLOCOU DE FORA. O MAUSOLÉU REAL QUEBROU


(NÃO FOI USADO), O HOMEM NÃO SE PENDUROU O REI SUMIU, NÃO SE
ENFORCOU, SUMIU NO CHÃO E REAPARECEU O MAUSOLÉU REAL QUEBROU, O
HOMEM NÃO SE PENDUROU ELE É CRUEL, OLHOU, RETORNOU PARA O ORUM
DEU UM GRITO, ENGANANDO (SEUS INIMIGOS) ELE É CRUEL, OLHOU, RETORNOU
PARA O ORUM DEU UM GRITO ENGANANDO O CARNEIRO MANSAMENTE
PROCURA E ENCONTRA O CAMINHO ELE É CRUEL CONTRA OS QUE HUMILHAM A
CONSULTA AO ORÁCULO FOI NEGATIVA. SIM, A CIRCUNSTÂNCIA O COLOCOU DE
FORA O MAUSOLÉU REAL QUEBROU, O HOMEM NÃO SE PENDUROU O
VERDADEIRO SENHOR É CONTRA JURAS (FALSAS) O MAUSOLÉU REAL QUEBROU
E O HOMEM NÃO SE PENDUROU.

OBA SÉRÉE LA FÈHINTI


OBA SÉRÉE LA FÈHINTI
OBA NI WÀ ÌYÉ BÈ L’ÓRUN
OBA SÉRÉE LA FÈHINTI

INCLINE-SE, O REI DO XERE SALVOU-SE INCLINE-SE, O REI DO XERE SALVOU-SE


SUPLIQUE AO REI QUE EXISTE E VIVE NO ORUM INCLINE-SE, O REI DO XERE
SALVOU-SE

EYE KÉKÉRÉ
ADÓ ÒSI ARÃLÉ
ÌYÁ L’ÓDÒ MASE
EYE KO KÉRÉ LÃNÚ
SOKO ÌYÁGBA L’ÓDÒ MASE

O PEQUENO PÁSSARO NA CABAÇA, É DA ESQUERDA, É PARENTE DA MÃE DO RIO,


MASE. APANHOU COM GENTILEZA, O PEQUENO E SOFRIDO (PÁSSARO) A GRANDE
MÃE DO RIO, MASE.

AIRA ÒJÒ
MÓ PÉRÉ SÈ
A MÓ PÉRÉ SÈ
A CHUVA DE AIRA APENAS LIMPA E FAZ BARULHO COM UM TAMBOR. ELA
APENAS LIMPA E FAZ BARULHO COM UM TAMBOR.

A NÍWÀ WÚRE
A WÚRE NÍWÀ
A NÍWÀ WÚRE
A WÚRE NÍWÀ
OBA LÙGBÉ OBALODÓ
OBALODÓ RÍ SÒ
OBALADÓ

NÓS TEMOS A EXISTÊNCIA E A BOA SORTE


NÓS TEMOS A BOA SORTE E A EXISTÊNCIA
NÓS TEMOS A EXISTÊNCIA E A BOA SORTE
NÓS TEMOS A BOA SORTE E A EXISTÊNCIA
O REI AFUGENTOU (OS MAUS FEITORES), O REI DO PILÃO
O REI DO PILÃO OLHA E ARREMESSA (OS RAIOS). O REI DO PILÃO.

OLÓWÓ
KÓ MÀ BÒ, MÀ BÒ
KÓ MÀ BÒ
OLÓWÓ
KÓ MÀ BÒ, MÀ BÒ.
ALÁÀÀFIN ÒRÌSÀ

ABASTADO SENHOR, AQUELE QUE


DEFINITIVAMENTE DÁ PROTEÇÃO, DÁ PROTEÇÃO
AQUELE QUE DEFINITAVAMENTE DÁ PROTEÇÃO ABASTADO SENHOR, AQUELE
QUE
DEFINITIVAMENTE DÁ PROTEÇÃO, DÁ PROTEÇÃO SENHOR DO PALÁCIO E ORIXÁ

OMO ÀSÌKÒ BÈRÈ


ÈKÓ INÓN, ÈKÓ INÓN.
OMO ÀSÌKÒ BÈRÈ
ÈKÓ INÓN
LÓÒDE ROKO
OMO ÀSÌKÒ BÈRÈ
ÈKÓ INÓN, ÈKÓ INÓN.
OMO ÀSÌKÒ BÈRÈ
ÈKÓ INÓN
ÈRÙ NJÉJÉ

OS FILHOS, COM O TEMPO INICIARAM O (CULTO DO) FOGO DE ÈKÓ (LAGOS), O


(CULTO DO) FOGO DE ÈKÓ OS FILHOS, COM O TEMPO, INICIARAM O (CULTO DO)
FOGO DE ÈKÓ, AO REDOR DAS PLANTAÇÕES OS FILHOS, COM O TEMPO,
INICIARAM O (CULTO DO) FOGO DE ÈKÓ (LAGOS), O (CULTO DO) FOGO DE ÈKÓ OS
FILHOS, COM O TEMPO, INICIARAM O (CULTO DO) FOGO DE ÈKÓ (LAGOS), COM
MEDO EXTREMO.

Awo Ifaseun Oyekanmi


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Sàngó

Yorùbá bò wọọn ni àjànàkú kojá a morí nnkan fìrí, bí a bá rí erin, káwípe a rí erin ní òrò sàngó jé
láàárin àwon òrìsà ilee Yorùbá. Sàngó jé òrìsà takuntakun kan gbòógì láàárín àwon òrìsà tókù ní
ilèe Yorùbá. Ó jé orisà tí ìran rè kún fún ìbèrù. Ìrísí, ìs ṣe àti ìsọọrọọ rẹọ pàápàá kún fún ìbèrù nígbàtí
ó wà laaye nítorípé ènìyàn la gbọọ pé sàngó jẹọ télè kí ó tó di òrìs ṣà àrá. Ìtàn so wí pé omo Òrányàn
ni sàngó i s eṣ àti pé Oya, Òs ṣun ati Obà jẹọ ìyàwó rẹọ.

Ìhùwàsí búburú ati dídá wàhalá ati ìkolura pèlú ìjayé fàmílétè-kí-n-tutó pò lówó sàngó gégé bí
Oba tó bẹọẹọ títí ó fi di òtéyímiká, èyí jásí wí pé tọmọdé tàgbà dìtè mó o. Wón fi ayé ni í lára. Ó sì
fi ìlú Òyó sílè nígbèyìn-gbéyín. Ó pokùnso sí ìdí igi àyàn kan lébà ònà nítòsí Òyó nígbàtí Oya:
Ìyàwó rẹọ kan tókù náà sì di odò.

Ogbón tí àwon ènìyàn sàngó tókù dá láti fi bá àwon òtá rè jà nípa títi iná bolé won àti béèbéè lo
ni ó so sàngó di òrìs ṣà tí wọọn ń bo títí dòní tí wón sì ńfi enu won túúbá wí pé sàngó kò so: Oba
koso.

ÀWON ORÚKO TÍ SÀNGÓ Ń JÉ

Orís ṣirís ṣi orúko ni a mọ sàngó sí nínú èyí tí gbogbo won sì ní ìtumò tàbí ìdí kan pàtó ti a fi ńpè
wọọn béè. Àwon orúko bíi ìwònyìí:

1. Olúkòso: Ẹnití a mò mọọ kòso tàbí oba tí ó wolè sí kòso.

2. Arèkújayé:

3. Àjàlájí:

4. Ayílègbe Òrun:

5. Olójú Orógbó: nítorípé orógbó ni obì tirè, òun ni ó sì máa ń s àṣ féérí nígbà ayé rè. Orógbó náà sì
ni a máa ń lo ní ojúbo sàngó títí di òní.

6. Èbìtì-àlàpà-peku-tiyètiyè: Òrìs ṣà tí ó máa ń fi ìbínú gbígbóná pa ènìyàn ni àpalàyà tàbí àpafòn.

7. Onibon òrun: gégé bí òrìsà ó ń mú kí àrá sán wá láti ojú òrun pèlú ìrókèkè tó lágbára.

8. Jàkúta: gégé bí òrìs ṣà tí ń fi òkúta jà (edùn àrá). Irúfẹọ òkúta kékeré kan tí ó máa sekúpa ènìyàn
nípasẹọ sàngó
9. Abotumo-bí-owú: Òrìsà léè wolé pa ènìyàn bi eni pé erù ń lá ni ó wólu irú eni bẹọẹọ.

10. Èbìtì-káwó-pònyìn-soro: Irúfẹọ Òrìs ṣà tí ó jẹọ wí pé ìs ṣowó-sekúpa asebi rẹọ máa ńya ènìyàn lénu
gidigidi.

11. Alágbára-inú-aféfé: Òrìsà tí ó jé wípé owọọjà a re, máa ńwá láti inú aféfé tàbí òfurufú ni.

12. Abánjà-májẹọbi: òrìs ṣà tíí jà láì s ṣègbè léyìn as ṣebi tàbí s ṣe às ṣìmú elòmíràn fún onís ṣé ibi.

13. Lánníkú-oko-oya: Òrìsà tí o ni èrù iku níkàwó.

14. Òkokonkò èbìtì: Òrìsà tí ó le subú lu ènìyàn bii ìgànnán tí ó ti denukọlè.

15. Eléèmò: Òrìsà tí ó ni èèmò.

AWON IWE ITOKASI


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Opera làlàóyàn. A GbE agbòn oko siwaju obi. Todo o Espírito do Vento, caminhar com confiança
e importância.

GBADURA (REZA) DE IYÁ MI OYÁ.

TA AWA LE EWA ALAADE

OYA DE WA Ê LAARI Ô

Ô KI DÊ WA Ê LAARI Ô

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN

ÊÊPA HEY YÊYÊ GÊÊRÊ

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN

Tradução:

A mais bela dentre as mulheres que possuem coroa

Oya quando chega é um grande prestígio

Nós a saudamos sempre, sempre


Como o brilho do fogo, ela chega do céu

Nós a saudamos grande mãe preciosa!

Que como o brilho do fogo, chega do céu


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OSUMARE ou (Esumarè) é a única divindade que traz em seu nome a raiz do nome de
OLODUNMARE, o Criador - o sufixo MARE. MARE significa "Aquele que sempre é", "Aquele
que tem autoridade sobre tudo o que há no céu e na terra e é incomparável", "Aquele que é
absolutamente perfeito", "Supremo em qualidades".
Ao sufixo MARE, acrescente-se o prefixo OSU/ESU Se adotamos o prefixo OSU/ESU,
significando princípio dinâmico de realização, temos OSUMARE e ou ESUMARÈ como o
detentor de um princípio dinâmico de realização que tem autoridade, ou ação, sobre tudo o que
há no céu e na terra; que sempre existiu, existe e existirá, num conceito de eternidade muito
próprio dos Iorubás, para quem o fim do mundo é inconcebível. O significado do nome
OSUMARE referencia diretamente o próprio papel desse EBORA, na manifestação e execução
do projeto de OLODUNMARE, através do qual o ase se esparrama pela terra, enquanto poder de
realização, garantindo através de OSUMARE os ciclos em que se operam cada etapa de
transformações inerentes ao ritmo da vida, em seu movimento bipolar de fluxo e refluxo, a
garantir a continuidade da existência. Nos dizeres de um provérbio Iorubá: KI LO YO LOJU
ORUN, OSUMARE YO LO JU ORUN, ou seja, "O que aparece nos olhos de DEUS?
OSUMARE aparece nos olhos de DEUS". Esse significado de dinâmica da transformação
através dos ciclos, da mesma forma é encontrada ao utilizarmos o prefixo OSU no nome de
OSUMARE. OSU, em tradução isolada significa mês, definidor de um ciclo de semanas ou, mais
apropriadamente, de um ciclo lunar, outro derivativo de OSU, OSUPA - Lua, onde estão
novamente presentes ciclos, os lunares - lua cheia, quarto minguante, lua nova e quarto crescente
- definindo o fluxo e refluxo das marés, pelos quais orienta-se a pesca e a caça.
Em alguns lugares da África através de OSUMARE é cultuado OLOJO, o Senhor do Tempo,
cujas oferendas somente são oferecidas após manifestação de OSUMARE e para o qual são
reservadas as saudações:
OLOJO ONI, IBA O O! "Senhor do Tempo, eu te saúdo!" ou "Senhor de hoje, deste momento,
eu te saúdo!". Como se os ciclos fossem gênero do qual o tempo é espécie, ou apenas medida.
Entre os Iorubás, simbolicamente OSUMARE é representado pela chuva e sol simultâneos,
acontecimento sinônimo de extrema fertilidade da terra, justificando a afirmação de estar o ase
de OLODUNMARE se esparramando por sobre a terra através de OSUMARE.
No Brasil, a primeira imagem desse fenômeno é o arco-íris, justamente resultante da refração da
luz do sol sobre a chuva, de fácil associação abstrata, de significado mais prático, associado ao
seu produto imediato, a fertilidade, o poder de realização no germinar da semente, cuja
importância fica transparente em outro ditado Iorubá:
OJO NRO O, OORUN IRO, IJO NA LEKUN ME BE, ou seja, "Faz chuva, faz sol, hoje o leão
vai procriar".
O conteúdo simbólico do arco-íris, porém, não se esvazia frente a importância do significado
prático da explicação do fenômeno. Pelo contrário, tem sua qualidade evidente com a
visualização desse arco-íris como ligação entre o aiye e o orun.
O processo pode ser descrito como a formação de um círculo onde, em semicírculo, sai da terra,
toca o céu e retorna à terra, continuando em direção ao seu centro, em outro semi-círculo, até sair
novamente em direção ao céu, quando então acaba por completar um círculo.
Círculo como aquele formado pela cobra que morde seu próprio rabo, outro símbolo de
OSUMARE, círculo demarcador de ciclos, desde o aproveitamento da água da chuva, condutora
dos nutrientes minerais da terra, até o ciclo da vida, num processo que se origina no orun, se
realiza no aiye e cuja morte fornece à terra a realimentação do sistema, produzindo matéria prima
capaz de gerar novas vidas.
UM ITAN ODU QUE RELATA A CHEGADA DOS ORISA E EBORA AO AIYE NOS DIZ
QUE OSUMARE CHEGA AO MUNDO VISÍVEL TRAZIDO PELO ODU OGBE OYEKU.
ESTE ODU É COMPOSTO PELOS ODU EJIOGBE E OYEKU. ENQUANTO EJIOGBE
ESTÁ ASSOCIADO AO DIA, AO ELEMENTO MASCULINO, À LUZ E AO MUNDO DOS
VIVOS, OYEKU ESTÁ ASSOCIADO À NOITE, AO ELEMENTO FEMININO, ÀS TREVAS
E AO MUNDO DOS MORTOS.
ISSO, SEM DÚVIDA, VEM CONFIRMAR A ASSOCIAÇÃO DE OSUMARE AOS CICLOS,
À BIPOLARIDADE E AO FLUXO DE TRANSFORMAÇÕES. TALVEZ ESTEJA NESTA
BIPOLARIDADE A EXPLICAÇÃO PARA O FATO DE OSUMARE, NO BRASIL, SER
VISTO COMO DE DUPLA SEXUALIDADE, ORA MASCULINO, ORA FEMININO,
CONFUNDINDO-SE DESTA FORMA GÊNERO (MASCULINO/FEMININO) COM
SEXUALIDADE.
Na África, ao se encontrar pequena partícula de uma pedra constituída do metal mercúrio
misturado à outros minerais, principalmente ferro, essa pedra é colocada na água parada onde
dispara em movimento oscilatório ondular, avermelhando a água e mimetizando o movimento da
cobra.
Esse fenômeno é chamado de emi-OSUMARE e considera-se o momento natural da presença de
OSUMARE na terra. Isso é visto com muita alegria e reverência, sendo utilizado em trabalhos
para atrair progresso para as pessoas.
É importante ressaltar ainda outro fator significativo a respeito de OSUMARE. Em algumas
regiões da África ele é considerado como uma qualidade de OMOLU e assim chamado JAWE,
em outras OSUMARE é considerado filho de OMOLU. Em qualquer das situações não podemos
deixar de considerar que a tradução do nome de OMOLU é "o filho do Senhor", trazendo mais
uma vez a idéia de uma relação particularmente especial de OSUMARE com OLODUNMARE.
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DÁJÚ E ÒJÒ ODÒ
DÁJÚ E ÒJÒ ODÒ S’ÀWA.
ÒSÙMÀRÈ E SÉ WA DÉ ÒJÒ
ÀWA GBÈ LÓ SÌNGBÀ OPÉ WA
E KÚN ÒJÒ WA
DÁJÚ E ÒJÒ ODÒ.

Certamente vossa chuva é o rio,


Certamente vossa chuva é o rio para nós.
Oxumarê é quem traz a nós a chuva,
Nós a recebemos e retribuímos com nossos agradecimentos.
É o bastante a chuva para nós.
Certamente vossa chuva é o rio.
AS OFERENDAS
POR Awo Ifaseun Oyekanmi

Dentro do culto aos Orixás, o mais importante são as oferendas aos Orixás, que têm por
finalidade manter o equilíbrio das relações entre eles e os seres humanos.
É através das consultas ao Oráculo de Ifá, que as pessoas, mesmo as não iniciadas, são
informadas a respeito das exigências de seus Orixás e principalmente de Exú, relativas às
oferendas que desejam receber.
Nem sempre estas exigências são estabelecidas pela relação anteriormente explicada entre o ser
humano e seu Orixá de cabeça, muitas das vezes, é um outro Orixá quem se oferece para
solucionar um determinado problema ou alguma dificuldade que está sendo vivenciada e, em
troca, exige algum tipo de sacrifício em seu louvor.
Algumas vezes, pessoas atormentadas pelos mais diversos tipos de dificuldades, recorrem aos
préstimos de algum Orixá, oferecendo algum tipo de sacrifício como penhor de sua confiança e
de sua fé, da mesma forma que os católicos recorrem aos seus santos, implorando graças e
fazendo promessas que, invariavelmente, são pagas somente após a obtenção da graça solicitada.
Os sacrifícios oferecidos aos Orixás são genericamente denominados "EBÓS" que se dividem
em "EJENBALE" (sacrifícios com derramamento de sangue) e "adimús" (sacrifícios incruentos).
Os EBÓS EJENBALE dividem-se em diversos tipos, exigindo sempre o derramamento de
sangue de algum tipo de animal que pode ser uma ave, um quadrúpede ou até mesmo um simples
caramujo. Dentre os mais conhecidos, destacamos:
EBÓ EJÉ: Oferenda votiva que tem por finalidade obter determinado favorecimento ou graça de
uma Divindade.
EBÓ ETUTU: Sacrifício de apaziguamento. Este tipo de sacrifício é geralmente determinado
pelo Oráculo e tem por finalidade acalmar a ira ou o descontentamento de uma entidade
qualquer.
EBÓ A YE IPIN OHUN: Sacrifício substitutivo. Tem por finalidade substituir a morte de alguém
pela oferenda determinada pelo Oráculo, no Brasil, este sacrifício é vulgarmente conhecido como
"ebó de troca".
EBÓ BA MI D'IYA: Sacrifício que visa atenuar uma punição de morte imposta à uma pessoa por
um Orixá ou por um espírito maligno. Neste caso, como no anterior, um carneiro é sacrificado
em substituição ao ser humano.
EBÓ OGUNKOJÀ: Sacrifício preventivo que pode ser público ou individual. Tem por finalidade
evitar qualquer tipo de acontecimento nefasto que ameace a pessoa (individual) ou até mesmo
uma cidade ou aldeia (público).
EBÓ A D'IBODE: Trata-se de um sacrifício propiciatório e preventivo. Este sacrifício é
oferecido na fundação de uma casa, aldeia ou cidade e tem por finalidade acalmar os espíritos da
terra no local da fundação. Antigamente, este ebó exigia o sacrifício de seres humanos que hoje
em dia, foram substituídos por diversos animais.
Como podemos observar, o sacrifício de seres humanos era exigido nos primórdios do culto o
que, sem dúvida, seria hoje considerado um absurdo, além de configurar-se, seja em qual for a
circunstância, em homicídio, selvageria e falta de respeito ao ser humano.
Da mesma forma, o derramamento do sangue de animais, só deve ocorrer em situações de
extrema necessidade e em casos em que não possam ser substituídos por outras oferendas, pois,
se os Orixás, acostumados que eram a receberem sacrifícios humanos, concordaram na
substituição dos mesmos pelos sacrifícios de animais, é fácil deduzir-se que estes podem também
dar lugar a sacrifícios de minerais, vegetais e objetos de seu agrado.
Adentramos uma nova era em que todas as formas de vida adquirem sua valorização máxima e a
vida dos animais, da mesma forma que a dos seres humanos, há que ser respeitada e preservada
ao extremo. É chegada a hora de darmos um basta ao inútil derramamento de sangue que, ao
invés de apaziguar os nossos deuses, só conseguem despertar a sua ira, tornando-os intolerantes e
cada dia mais distantes de nós.
É necessário que se desperte nos adeptos do Candomblé a consciência do respeito devido a todas
as formas de vida animal, cujo sacrifício só pode ser efetivado em casos excepcionalíssimos e
quando todos os demais recursos hajam sido esgotados.
É num itan de Ifá, do Odu Odi Meji, que encontramos a fundamentação para as afirmações
anteriormente feitas:
Odi Meji disse: "Metolõfi, por avareza, não quis sacrificar um boi de malhas brancas e a morte
veio buscá-lo."
Quando Ifá estava ainda no ventre de sua mãe, pediu que seu pai pegasse um boi malhado de
branco e oferecesse em sacrifício, a fim de evitar que dentro de três anos, uma guerra viesse
dizimar o seu reino. Seu pai negligenciou o sacrifício e no dia do nascimento de Ifá, seu pai
morreu e sua mãe foi capturada como escrava.
Três anos depois, a guerra arrasou o país e Ifá mandou que Ajinoto, a parteira, o encerrasse
dentro de uma cabaça, de forma que ninguém o pudesse ver. A parteira foi encarregada também,
de avisá-lo logo que alguém passasse por perto, para que ele revelasse ao passante, a causa de
seus sofrimentos e os remédios e sacrifícios que resolveriam todos os seus problemas.
Tudo ocorreu da forma como Ifá planejara e o homem que passou naquele local, não hesitou em
levar para sua casa, a cabaça onde Ifá havia sido encerrado.
Para deslumbramento de todos, Ifá, de dentro da cabaça, dava conselhos, receitava
medicamentos e resolvia os mais difíceis problemas.
Um dia Ifá ordenou que alguém se dirigisse ao mercado onde, pelo preço de quarenta e um
caurís, deveria comprar sua mãe que estava sendo vendida junto com outras escravas. "A
primeira mulher que for oferecida deve ser comprada, pois esta é minha mãe."
Naquela época Ifá costumava aceitar sacrifícios humanos no festival de Fanuwiwa.
Quando a escrava adquirida no mercado foi trazida, Ifá ordenou que lhe fosse entregue uma certa
quantidade de milho, para que pilasse e transformasse em farinha destinada à preparação o
amiwo.
Enquanto pilava o milho, a mulher ouvia os fiéis invocando Ifá: "Orunmilá! Akefoye! Agbo wi
dudu hu do fe to!" (Orunmilá! Akefoye! Se teu nome é Ifá, jamais esquecerás de mim!).
Reconhecendo em Ifá o seu próprio filho, a pobre mulher pôs-se a cantar, em voz alta, a
saudação que ouvia: "Orunmilá! Akefoye! Agbo wi dudu hu do fe to!"
As pessoas contaram a Ifá sobre a mulher que cantava aquela saudação enquanto pilava o milho
e Ifá ordenou que ela largasse aquele trabalho e que, no dia seguinte pela manhã, chamasse por
ele junto com seus fiéis, para que pudesse mostrar a todos de que forma deveria ser corretamente
alimentado. Ordenou ainda, que fosse preparado um akpakpo e dois panos brancos de cabeça
denominados kpokun abuta, proibindo a todos de olharem para aqueles objetos.
Como Ifá vivera, até então, fechado dentro de sua cabaça, jamais havia sido visto por ninguém.
Quando todos se afastaram Ifá saiu de sua cabaça coberto por um grande chapéu, vestindo um
avental de pérolas e calçando sandálias, indo sentar-se no alto de um tripé de onde gritou:
"Olhem bem, sou eu, Ifá! Ifá que ninguém nunca viu... A mulher que mandei comprar no
mercado de escravos deve ser trazida até aqui!"
A mulher foi trazida à sua presença e Ifá mostrou-a a todo mundo dizendo: "Olhem bem, esta é
minha mãe! Quando eu estava no seu ventre determinei que meu pai deveria sacrificar um boi
malhado de branco, para evitar malefícios que já estavam previstos. Mas meu pai não atendeu
minha orientação e todo o mal acabou por se concretizar. Tanto tempo se passou e eu comprei
esta escrava para ser sacrificada em minha honra. Entretanto não a sacrificarei! Não poderia trair
minha própria mãe, mesmo que ela me tenha traído."
Dito isto ordenou que cortassem os longos cabelos de sua mãe, que envolvessem sua cabeça com
um belo torso branco e que a instalassem sobre a almofada akpakpo. Depois pediu um boi e um
cabrito para serem sacrificados. Com a farinha moída por sua mãe mandou preparar um amiwo
para ela, que não poderia ser comido em sua presença. Desta forma, assentada sobre um
akpakpo, transformou-se ela em Nã, mãe de um rei.
Aos jovens que prepararam as carnes do boi e do cabrito, assim como o amiwo, ordenou que
fosse dado uma parte de cada coisa, para que comessem depois da cerimônia. 1
A velha disse então a seu filho, que sentia-se muito envergonhada, pois não merecia tantas
honrarias e que naquele dia iria encontrar-se em Ló (local para onde vão os espíritos dos mortos),
com seu finado esposo.
"A partir de hoje, quando fizerem uma cerimônia em minha honra, digam: Nã kuagba! (Nã seja
bem vinda!), e virei receber as oferendas." - Disse a mulher. Nã disse ainda, que faria o Sol
tornar-se mais brando ou mais quente, comandando-o de cima de seu akpakpo.

A partir de então, realiza-se sempre o ritual de Xe Nã (dar comida à Nã), quando terminam os
festivais Fanuwiwa. 2

Este Itan de Ifá fundamenta a possibilidade de substituição do sacrifício de um ser humano pelo
de animais, o que nos leva a concluir a possibilidade da substituição do sacrifício destes por
outros tipos de oferendas, partindo da premissa de que o ritual é criado pelo homem e não pelos
deuses.
Isto posto, passemos ao assunto que é, na verdade, o principal objetivo do presente trabalho, a
apresentação de uma vasta relação de oferendas incruentas aos Orixás e a outras entidades
cultuadas no candomblé.
O assunto será tratado de forma direta, através de um receituário contendo os ingredientes, o
procedimento e o objetivo de cada trabalho, assim como à qual entidade deve ser oferecido.

1 - Depois das cerimônias de Nã, aqueles que preparam os alimentos a ela oferecidos, recebem
uma pequena parte destes alimentos, parte esta que recebe o nome de kle ou kele e que só pode
ser consumida depois que o Vodun for servido. (Este rito acompanha as cerimônias às divindades
nagô sob o nome Atowo e às divindades fon sob o nome de Nudide).

2 - Itan coletado por Bernard Maupoil na região onde hoje fica a atual República do Benin e
publicado em sua magnífica obra sobre o sistema oracular de Ifá, ”LA GEOMANCIE À
L'ANCIENNE CÔTE DES ESCLAVES”.

EXTRAIDO E COMPILADO DE:


ADIMÚ - OFERENDAS AOS ORIXÁS
UMA COLETÂNEA DE COMIDAS DE ÒRÌSÁ
BABA AWO ADILSON IFALEKE (IN MEMORIAN)

BIBLIOGRAFIA
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ORISA JINGBINNI
ORISA TII MU OMO ATI IYA
BI O BA MU NWON TAN
O TUN LE PADA WA MU BABA
ORISA BI AJE
O MO ILE OSO, O MO ILE AJE
O GBA OSO LOJU
OSO KU FINRINFINRIN
O SO AJE LERUKALE
ORISA JINGBINNI
A MOMO OHUN
O POMO-OLOMO KU FINRINFINRIN
O FOJU OMO OLOMO GBEDORO
JOWO MA SE MI

Tradução
ORISA das chagas
ORISA que pode levar ao filho e à mãe a doença
Quando ele os leva à doença
Ele pode voltar e levar a doença ao pai também
ORISA igual a um feiticeiro
Conhece a casa do feiticeiro, conhece a casa da feiticeira
Bateu no rosto do feiticeiro
O feiticeiro morreu sem se mexer
Tirou a carga de maldade da feiticeira
ORISA das chagas
Leva as coisas com consciência
Matou o filho do outro sem o filho se mexer
Usou o rosto do filho do outro para cravar a dor
Por favor, não me faça mal
&&&&
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OBALUWAYE
OBA - OLU - AIYE
"Rei que é o Senhor da Terra"

OBALUWAYE é um EBORA primordial e assim associado à criação e considerado como o


grande regente do planeta. A terra, no sentido mais amplo da palavra, é sua matéria de origem,
sobre a qual detém o poder e domínio absolutos.
A terra é uma unidade cósmica, viva e ativa. Ela é o fundamento de todas as manifestações. Tudo
o que compõe a terra, ou seja, sua extensão, a variedade de seu relevo e da vegetação que nela
cresce, enfim, tudo o que está sobre a terra está em conjunto e constitui uma grande unidade.
A terra encontra-se no começo e no fim de toda a vida. Toda a forma nasce dela, viva, e retorna
para ela no momento em que a parte de vida que lhe tinha sido concedida se esgotou.
OBALUWAYE está relacionado à terra e à tudo o que dela advém, ao retorno, ao pó, à
transformação, à regeneração, ao renascimento, pois é sabido que "tudo o que sai da terra é
dotado de vida e tudo o que volta para a terra é de novo provido de vida".
OBALUWAYE, como o senhor da terra, mantém o domínio e a responsabilidade pelo equilíbrio
e ajuste da mesma. Mas, o que se entende por domínio?
Como EBORA consagrado à terra e sendo a terra o fundamento de todas as manifestações, deve-
se pedir à Obalúwàiyé permissão para o seu uso, pois tudo o que se movimenta, planta, constrói,
cultiva ou se cria sobre a terra está sob sua "jurisdição".
Essa necessidade de pedir permissão à OBALUWAYE para tudo o que deva ocorrer em seus
domínios reflete-se, inclusive, no culto ao EBORA, onde antes de qualquer cerimonial, louva-se
a terra, como que pedindo "licença" para que os rituais que serão desenvolvidos ocorram em
condições adequadas de equilíbrio e "frescor" da terra.
Interessante reforço a este conceito encontramos em um Itan relatado por Deoscoredes M. dos
Santos e Juana Elbein, em sua monografia "West African sacred art and rituals in Brazil",
apresentado à UNESCO em 1967, e que reproduzimos:
"Segundo alguns mitos, OBALUWAYE, ILE (terra) e ORUNMILA empreenderam uma viagem
e no retorno encontraram-se com os remanescentes cento e noventa e oito Orisa. Quando se
reencontraram decidiram eleger ILE como a Mãe, ORUNMILA como o Pai e SOPONNA como
o Oba - o Rei dos ORISA, chamando-o então de OBA-AWON-OLU. Posteriormente, quando os
homens reconheceram a existência de alguns ORISA no orun, substituíram o título por OBA-
OLU-AIYE, para deixar claro que SOPONNA é o Rei de todos os ORISA no mundo, ou seja, em
qualquer lugar em que os ORISA pudessem ser encontrados no aiye, SOPONNA seria
considerado seu Rei." É por essa razão que os Yoruba saúdam OBALUWAYE com a expressão:
"KABIYESI", significando "Vossa Majestade".
Os Yoruba, frequentemente, em ocasiões de festividade ou de culto, entoam cantigas pedindo
permissão ao Rei e Senhor, chamado então de OLODE, Senhor dos espaços abertos, para o uso
da terra:
E JE' NG B' ON'-ILE LERE,
BI O JE A JO,
E JE' NG B' ON'-ILE LERE,
BI O JE A JO.
Deixe-me obter a permissão do Senhor da terra,
Se Ele permitir, dançaremos,
Deixe-me obter a permissão do Senhor da terra,
Se Ele permitir, dançaremos.

Da mesma forma, para que se possa trabalhar o cultivo da terra pede-se, também, permissão à
OBALUWAYE:
OLOKO A YO SESE,
OLOKO A YO SESE
OWU 'I 'LA
K' INU O B' OLOKO O:
OLOKO A YO SESE;
AWA 'I 'LU,
K' INU O B' OLODE O
OLODE A YO SESE.

OLOKO* poderia ser profundamente agradado


OLOKO poderia ser profundamente agradado
O algodão não queimaria
E não desagradaria OLOKO
OLOKO poderia ser profundamente agradado
Nós não manuseamos as ferramentas
E não desagradamos OLODE
OLODE poderia ser profundamente agradado.

* OLOKO é um dos nomes pelo qual OLODUNMARE é conhecido


Todas as formas de vida geradas pela terra e da terra constituem um sistema solidário, em que os
laços que ligam a vegetação, o reino animal e os homens, "gente da terra", estão unidos por uma
mesma força que os anima e que é a vida.
Vida que pulsa tanto na mãe terra como em suas criaturas, caracterizando-se, a terra, como uma
unidade de ordem biológica. Quando qualquer dos modos desta vida é atingido, causando um
desequilíbrio, todo o sistema é afetado, visto que ele, em si, compõe-se como um todo, como
uma unidade.
OBALUWAYE, também conhecido por "Senhor das Águas quentes" ou "Senhor das Terras
quentes" (ILE GBONA) promove o equilíbrio e o ajuste do sistema através dos elementos
constitutivos de sua própria natureza.
As águas quentes, o calor, as estações de seca e temperatura elevada, são ambientes favoráveis à
disseminação de doenças de extinção populacional e não individual. OBALUWAYE, então,
regula o sistema através da manifestação de doenças epidêmicas, a malária, a peste bubônica e,
especialmente, doenças de pele como a lepra e a varíola, sendo chamado, por isso, de
SOPONNA, cujo significado literal é "varíola".
Vale ressaltar que todas essas doenças têm como sinais principais, febre alta, tremores e
calafrios, denotando a característica principal de OBALUWAYE que é o calor e as altas
temperaturas.
O Iorubá descreve SOPONNA como a "destruição do meio-dia", hora em que o sol tem de fato
seu poder destruidor e a terra sua temperatura mais alta. Assim, diz-se que quando alguém sofre
febre e delírio está sob o domínio de OBALUWAYE. A terra é o vasto domínio e reino de
OBALUWAYE.
A terra ventre, a fonte inesgotável de todas as existências, o coloca, portanto, em íntima ligação
com a matriz feminina representada por IYA MI. A característica essencial da terra é a de geração
da vida. Tudo o que tem forma e vida nasce dela e tudo o que é inerte e estéril volta à ela,
fazendo com que a capacidade geradora da terra se restabeleça e se forme uma nova vida.
Os mortos são devolvidos à terra. Tal qual as sementes, são enterrados, penetrando uma região da
terra só à eles acessível. No interior da terra se transformam, se regeneram, propiciando o
renascimento e a continuidade da vida. A força do poder ancestral, portanto, está fortemente
associada ao poder de geração da vida.
Do exposto fica nítido concluir a estreita ligação entre OBALUWAYE e os ANCESTRAIS. Os
ancestrais "habitam" a terra, matéria de origem e reino absoluto de OBALUWAYE que, em
decorrência, exerce sobre eles pleno poder e domínio. OBALUWAYE, através da associação
terra (matéria de origem) e os ancestrais, mantém o equilíbrio planetário através do ciclo retorno,
pó, renascimento.
OBALUWAYE está associado ao tronco e às árvores, sendo que a representação coletiva dos
ancestrais (espíritos da terra) é o feixe das nervuras das palmas do IGI-OPE, elemento básico do
SÀSÀRA, emblema de OBALUWAYE.
As árvores simbolizam a própria fonte da vida, pois se regeneram periodicamente, fazendo com
que o ciclo da vida seja inesgotável. A vida como um novo nascimento, como fecundidade,
riqueza, saúde e imortalidade.
Outra função importante associada à OBALUWAYE é sua ligação com, ou senioridade sobre, o
sangue vermelho, representado pelo OSSUN. Corroborando esta questão reproduzimos trecho de
um Itan do ODU OSE OYEKU:
“OBARISA ama o efun, OBALUWAYE ama o ossun, OGUN ama o carvão, ODUDUWA ama a
lama...". E mais, "OBALUWAYE pega o osun, no osun onde ele esfrega seu corpo.", concluindo
adiante, " ODU diz, se eles adoram a cabaça de osun, ela responderá..".
Este Itan não só associa OBALUWAYE ao ase do sangue vermelho, representado, como
dissemos, pelo ossun, como demonstra a ligação desse EBORA com o poder ancestral feminino,
representado por ODU.
Essa sua particular relação com o ase do sangue vermelho não exclui sua função de transportador
do ase dos sangues branco e preto, o primeiro representado pelos cauris, símbolo por excelência
da capacidade geradora da matriz feminina e porção individualizada de matéria, o segundo,
representando a terra, enquanto "ventre fecundado", e os espíritos nela contidos.
OBALUWAYE, como EBORA primordial, é detentor do princípio regulador da terra. À cada
desequilíbrio corresponde uma ação que se dá através dos elementos constitutivos de sua própria
natureza, visando o ajuste do sistema. Desta forma e, ciclicamente, a harmonia da terra e dos
seres que nela habitam se restabelece em saúde, regeneração e riqueza.

AUTOR DESCONHECIDO
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count=1
ESÒ, ÈSÒ,
NI ÌGBÍN MÀ NGUN IGI O,
ÌGBÍN KÓ LÓWÓ O,
ÌGBÍN KÒ LÉSÈ,
ESÒ, ÈSÒ,
NI ÌGBÍN MÀ NGUN IGI O.

Devagar, devagar, É assim que o igbin sobe na árvore. O igbin não tem mãos O igbin não tem
pés Devagar, devagar, É assim que o igbin sobe na árvore.
Ogbe Ose

O sofrimento de um Awo não é para sempre


A pobreza de um Awo se convertera em riqueza
Não importa quanto dure o sofrimento
Vamos rir dele
Fez-se adivinhação para Òrìsànlá
Quem compra um paraplégico como seu primeiro escravo
O escravo que comprei é ótimo
O escravo que comprei me trouxe prosperidade
O escravo que comprei é ótimo

Em Ogbe Ose, Ifa recomenda à seus seguidores que sejam pacientes a cerca da vida.

Os devotos de Ifá devem ter e saber que no final do túnel escuro existe a luz.

Ifá salienta que seus devotos devem perseverar por os tempos difíceis não são para sempre.
Sempre a paciência deve ser usada pelo homem em sua espiritualidade e em seu interior,
devemos administrar nosso caráter.
É importante que em relação a este tema, excluirmos essa necessidade que há dentro de nós de
uma pré-existência vital e as preocupações e interesses materiais, para suprimir nossa visão do
mundo atual, não importa ambos os sacríficos sejam realizados, não importa que tenhamos
medicina para proteger-nos. Tudo o que vai acontecer vai acontecer de qualquer maneira e não
adianta se sentir deprimido ou sem esperança
Esta confiança interna, levara a uma confiança pessoal. O professor que temos dentro de nós és
Ori, a divindade pessoal de cada ser. Ifá nos ensina a ideia do amor incondicional, e para chegar
a essa compreensão e qualquer outra dentro de Ifá e dentro do culto aos Orisa e necessário
humildade, ter um bom caráter, e uma das essências do caráter é a “paciência”.

Marcos Nobre Ti Obàtálá.


SOBRE ODU, SOBRE ARA, OJIJI, EMI, IPONRI

O QUE OU QUEM SÃO OS ODUS. NÃO PODEM SER DESTINOS...


O QUE OU QUEM ELES SERIAM?
ODU NÃO É DESTINO. PODE SER VISTO ATÉ COMO UM BALIZAMENTO DO NOSSO
DESTINO COM TENDÊNCIAS QUE O NOSSO LIVRE ARBÍTRIO DECIDE SE DEVEMOS
SEGUIR OU NÃO. MAS NÃO É UM INDIVÍDUO, UM PERSONAGEM COMO UM
ORIXÁ, UM EGUN, EXU, ETC.

SERIA O QUE ENTÃO?


É UMA ABSTRAÇÃO MUITO COMPLEXA. QUANDO É SEU ODU PESSOAL EXERCE
INFLUÊNCIA SOBRE VC. E DETERMINAM COMPORTAMENTOS, ORIXÁS,
INTERDIÇÕES, ETC. QUANDO É O ODU SURGIDO NUMA CONSULTA, É OCASIONAL,
TEMPORÁRIO. UM CAMINHO QUE ESU OU ORUNMILÁ NOS INDICA PARA SER
SEGUIDO E ATRAVÉS DO QUAL IREMOS ENCONTRAR A SOLUÇÃO DO PROBLEMA
QUE AFLIGE AO CONSULENTE NAQUELE MOMENTO.
POR EXEMPLO... SE MEU ODU PESSOAL FOR OKARAN, MEU OLORI É UM DOS
ORIXÁS QUE FALAM NESTE ODU.
IMPORTANTE: SOMENTE UM SACERDOTE DE IFÁ DEVIDAMENTE SACRALIZADO,
UM BABALAWO, PODE, ATRAVÉS DE RITUAIS E DE UM ORÁCULO ESPECÍFICO DOS
BABALAWOS, DETERMINAR ESSE ODÚ DE NASCIMENTO.
CONTAS, DATAS DE NASCIMENTO, BÚZIOS, OU OUTRO MEIO NÃO ACESSA ESSE
ODÚ.
ENTÃO PODEMOS COMPREENDER OS ODUS COMO POTÊNCIAS CELESTES, 256
DIFERENTES CAMINHOS QUE NOSSO IPORI ESCOLHE ANTES DE NASCER, NO
MESMO INSTANTE EM QUE ESCOLHE O SEU ORI. SERIA, MAL COMPARANDO,
QUANDO SE TRATA DO ODU PESSOAL, COMO UM SIGNO DO ZODÍACO.
VOCÊ JÁ VIU ALGUÉM ASSENTAR, DESPACHAR, ALIMENTAR OU AGRADAR O
SIGNO DE LIBRA, AQUÁRIO, LEÃO, OU OUTRO QUALQUER?
MAS OS SIGNOS DO ZODÍACO TAMBÉM DETERMINAM PARTICULARIDADES,
TENDÊNCIAS, COMPORTAMENTO, ETC. DAS PESSOAS QUE NASCEM SOB SUAS
ÉGIDES.

IPORI, ARA, EMI, OJIJI:

IPORI:
O IPORI É O ESPÍRITO OU PARTÍCULA DESPRENDIDA DE OLODUMARE QUE HABITA
EM CADA SER HUMANO. É A NOSSA ESSÊNCIA DIVINA E O QUE NOS FAZ IMAGEM
E SEMELHANÇA DO CRIADOR. ANTES DE NASCER, CADA IPORI VAI DIANTE DE
BABA AJALÁ E ESCOLHE ODU E ORI. DEPOIS RECEBE A PERMISSÃO PARA NASCER
ATRAVÉS DO OFURUFÚ (SOPRO DE VIDA DADO POR OBATALÁ). ESTE SOPRO DE
VIDA É UM PROTÓTIPO DO NOSSO CORPO MATERIAL (QUE JUANA ELBEIN CHAMA
DE DOUBLE).
O SER NASCE E RECEBE UM CORPO MATERIAL (ARÁ) E COM ELE, UM CORPO
ASTRAL OU SOMBRA QUE É FORNECIDO PELA TERRA. SOMENTE IPORI OU
IPÓNRIN, É IMORTAL PORQUE, SENDO DEUS, NÃO PODE MORRER. É ELE QUE
REENCARNA DEPOIS QUE TODOS OS OUTROS MORREM. E VOLTA A REENCARNAR
TANTAS VEZES QUANTAS SEJAM NECESSÁRIAS PARA QUE ATINJA O ESTADO
EVOLUTIVO IDEAL QUE O PERMITA RETORNA À SUA ESSÊNCIA PRIMEVA: O
TODO!
O ARÁ MORRE, O EMI MORRE E O OJIJI TAMBÉM MORRE.
O CÍRCULO EVOLUTIVO É DIVIDIDO EM 16 PARTES CORRESPONDENTES AOS 4
PONTOS CARDEAIS, OS 4 COLATERAIS E OS 8 SUBCOLATERIAS. CADA UM DELES É
REGIDO POR UM ODU MEJI. E CADA ORIENTAÇÃO DESTA CORRESPONDE A UM
ASPECTO DA VIDA DO SER HUMANO DESDE O SEU NASCIMENTO, PASSANDO
PELA MORTE, ENTRANDO NA VIDA ESPIRITUAL ATÉ O SEU RENASCIMENTO EM
OUTRO CORPO PARA DAR INÍCIO A UMA NOVA ETAPA.
OS EGUNS MORREM QUANDO O OJIJI É REABSORVIDO PELA TERRA, POIS ELE
PERTENCE A ELA. ATÉ MESMO OS BABA EGUNS, ANCESTRAIS DIVINIZADOS TÊM
UM TEMPO PARA PERMANECEREM ENTRE NÓS! QUANTO TEMPO, NÃO SEI NEM
NINGUÉM SABE.

• IPORI É DEUS, UMA PARTÍCULA DELE QUE HABITA EM CADA UM DE NÓS. ISSO
NINGUÉM SEGURA. ALGUÉM PODE SEGURAR DEUS OU IMPEDIR A EVOLUÇÃO DE
UM ESPÍRITO. OS OCULTISTAS O CHAMAM DE MÔNADA!
IPORI = PARTÍCULA DIVINA, ESSÊNCIA. O DEUS INDIVIDUAL QUE HABITA EM
CADA SER HUMANO. SÓ ESTE É IMORTAL. PARA O AFRICANO É O NOSSO
ANCESTRE PRIMORDIAL, AQUILO QUE FOMOS EM OUTRAS ENCARNAÇÕES.
• ARÁ = CORPO FÍSICO TOTALMENTE MATERIAL.
• EMI = SOPRO DE VIDA, ALMA (DO LATIM ANIMA - ÂNIMO)
• OJIJI = CORPO TELÚRICO, FANTASMA. SOMBRA, ASSOMBRAÇÃO. É AQUILO QUE
NÓS VEMOS DEPOIS QUE A PESSOA MORRE E QUE PODE SER VISTO TAMBÉM
ENQUANTO ESTÁ VIVA. OJIJI (EGUN) É TERRA-A-TERRA. PRESO AOS COSTUMES
DA PESSOA A QUEM PERTENCEU EM VIDA. COMEM O QUE A PESSOA GOSTAVA,
SÃO CACHACEIROS E VICIADOS SE SEU DONO ERA, SÃO PERVERSOS OU
BONDOSOS DE ACORDO COM O CARÁTER DO SER HUMANO AO QUAL PERTENCIA,
OU MELHOR, DO QUAL FAZIA PARTE.
O BABA EGUN É O OJIJI! ESTE É O EGUN. COMO A MATÉRIA QUE COMPÕE O ARÁ
PERTENCE À TERRA (DO PÓ VIESTE, AO PÓ RETORNARÁS). ELA CRIA O OJIJI QUE
FUNCIONA COMO UMA ESPÉCIE DE GUARDIÃO DO ARÁ. ELE TERÁ QUE DAR
CONTAS À TERRA DA MATÉRIA QUE O COMPÕE. É EXATAMENTE IGUAL AO CORPO
FÍSICO, TEM OS MESMOS HÁBITOS, INCLUSIVE ALIMENTARES E SÓ SABE O QUE O
CARA APRENDEU EM VIDA. OU POR QUE SERÁ QUE NO AXEXE SE SERVE A
COMIDA QUE O EGUN MAIS GOSTAVA? É PORQUE O EGUN IRÁ PARTICIPAR DO
BANQUETE, SENDO QUE ELE SE ALIMENTA DOS FLUIDOS DOS ALIMENTOS E NÃO
DO ALIMENTO EM SI.
Yaoloorisa Osunseyi Adetutu Lili
&&&&
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Cultura e Filosofia Africana
17 de julho
Oòkòtó é uma espécie de caracol e aparece nos motivos das esculturas e como emblema entre os
que fazem parte do culto de Èsú. Ele consiste em uma concha cônica cuja base é aberta, utilizado
como um pião. O òkOtó representa a história ossificada do desenvolvimento do caracol e reflete
a regra segundo a qual se deu o processo de crescimento; um crescimento constante e
proporcional, uma continuidade evolutiva de rìtmo regular. O òkòtó simboliza um processo de
crescimento.O òkòtó é o pião que apoiado na ponta do cone- um só pé, um único ponto de apoio-
rola "espiraladamente" abrindo-se a cada revolução, mais e mais, até converter-se numa
circunferência aberta para o infinito (cume oco ). É Ifá quem diz; " ò ni, òkòtó, ò ni, Agbegbe
lójú bèè ló si n fi esè kan gogogo pòòyi rányinrányin
kálè" trad; Ele diz; òkòtó (pião-caracol), Ele diz; ele tem um amplo cume oco.
Assim òkòtó com uma só perna ,rola por toda a superfície do solo. Esse odù foi recitado pelo
Babálawo Ifátoogun para ilustrar as múltiplas variedades de Èsú- orísírisí Èsú-- para explicar seu
papel como fator de expansão e de crescimento a partir de um único Èsú_ o pé do òkòtó, Àgbá
Èsú_ de cuja natureza as múltiplas unidades participam. Òkòtó ilustra não só que os Èsú, "apesar
de numerosos, sua natureza e sua origem é única ", mas também ele explica o significado
dinâmico, sua maneira de crescer e de se multiplicar "em espiral ". Èsú é UM multiplicado ao
infinito. Em numerosos textos e cantigas encontra-se essa relação de Èsú com o número 1.
Assim, numa parte do itan que ilustra esse Odù, conta-se que, quando Èsú acabou de se preparar
para vir do òrun ao àiyé já que "queria abençoar aqueles que não eram numerosos na terra, e
porque ele percebia claramente que as cidadezinhas se lastimavam amargamente por não crescer
", ele convocou todos os seus descendentes no òrun, "os filhos de seus filhos, de geração a
geração", e os contou durante longo tempo; "eram mil e duzentos, Àgbà Èsú, ele própio, o rei de
todos, acrescentou UM a seu número, o que fez 1201". Assim interpretasse que "a adição de uma
unidade ao número redondo evoca a continuação... o número redondo, ao contrário,... marca uma
paralização na numeração, logo, por analogia, uma paralização das relações sociais das partes,
um limite.... " Essa capacidade dinâmica de Èsú que tanto permite a Sàngo lançar suas pedras de
raio como a Òsányìn preparar seus remédios, esse poder neutro que permite a cada ser mobilizar
e desenvolver suas funções e seus destinos, é conhecido sob o nome de Agbára. Èsú é o senhor-
do-poder, Elegbára, ele é ao mesmo tempo seu controlador e sua representação. Olórun delegou
esse poder a Èsú ao entregar-lhe o Àdó-iràn, a cabaça que contém a força que se propaga. O
Àdó-irán constitui um de seus principais emblemas e está presente nos "assentos" e em
numerosas esculturas sob a forma de uma cabaça de longo pescoço apontando para o alto que
Èsú carrega em sua mão. Principio dinâmico e símbolo complexo que participa de tudo o que
existe, em sua força abstrata , Èsú só precisa apontar seu àdó para transmitir a força inesgotável
que tem. Èsú, como Ifá, possui um culto e sacerdotes, mas por causa de seu significado está
ligado a todos os cultos dos ìrúnmolè, tanto òrisà como ancestrais, participando de todos eles.
Èsú o primogênito do universo. "ORERE TI NDU ORI ELEMERE, BABÁ MI TA MI L'ORE
OLA MO SIRE AGBE RODE O " . Trad; Èsú o bondoso, que se preocupa, em melhorar a
qualidade de vida, de todos os seres. Oh! meu pai, me presenteie com a prosperidade, fui
propagar a sua sabedoria à todas as pessoas.

Este texto é um resumo de pesquisas feita no livro os nagô e a morte.


Postado por Iyalorisa e Iyanifa Ifayemi
SIGNIFICADO DE ALGUNS ELEMENTOS UTILIZADOS PARA VÁRIOS FINS (EBORI,
EBÓS, INICIAÇÕES)

Por Awo Ifaseun Oyekanmi



SIGNIFICADO DE ALGUNS ELEMENTOS UTILIZADOS PARA VARIOS FINS (EBORI,
EBÓS, INICIAÇÕES)

O ebò oferecido a cabeça (EBORI) é encaminhado a Olódùmàrè, através de Esù, sob a forma de
uma “mensagem codificada” onde cada elemento utilizado tem um significado lógico,
pertencente a cadeia hierárquica da vida dentro do Universo de acordo com a variedade de Àsè :
negro , branco , e vermelho , agindo em relação direta com a necessidade de cada ser.
OBÌ ABATA – (vegetal, vermelho e branco) – De uso fundamental no ritual, é considerado o
primeiro alimento do imonlè. Busca o seu poder oracular, além de fazer uso de sua finalidade
principal. “Obì existe para alimentar todo o ser”. Obì proporciona força e vida longa.
ÒRÒGBÒ – (vegetal, branco) – Também utilizado como alimento do imonlè, garante a saúde e a
força do ser. “ÀRÙN KÁRÙN KÌ Í WO INÚ ÒRÒGBÒ” – A doença nunca entra em òrògbò.
OMI - (água) (mineral, branco) – A água é a representação da fertilidade feminina, veículo de
ligação e comunicação com o imonlè. É o que garante a harmonia ou a calmaria. Não há
oferenda sem água.
OTI - (gin) (vegetal, branco) – Sua representação refere-se à força do sêmen masculino.
Transformação da matéria (Egúngun)
EPO – (dendê) (vegetal, vermelho) – È o elemento apaziguador que representa a fertilidade
feminina, o poder de gestação das ÌYÁ-ÁGBÀ; A força dinâmica dos descendentes.
ÒYIN - (mel) (vegetal, vermelho) – Elemento de riqueza, de beleza e de doçura. Quando mel,
sangue das folhas recolhido pelas abelhas, através de um sistema de união e rígida hierarquia. No
caso do melado de cana, apesar de ser um elemento de riqueza, e de doçura, está intrinsecamente
relacionado à descendência por se tratar de um processo de transformação de matéria original .
EKÒ - (acaçá) (vegetal, branco)- Pasta branca preparada à base de farinha de milho branco,
simbolizando a fecundidade e a descendência genérica. Sendo reunida para nova formação,
representa a matéria original transformada. Como oferenda identifica o SER.
ÒRI - (vegetal, branco) – Vitex Doniana VERBENACEAE. A madeira é marrom bem clara. Há
flores cabeludas, amareladas ou brancas com corola e lóbulos azul-purpúreos. As frutas maduras
se assemelham a ameixas pretas. A folha fervida é comido como um legume
O(s)SÙN - (vegetal, vermelho)- Pó vermelho, extraído da árvore Dracena Mannii AGAVACEAE
através da ação natural dos cupins ou da serragem que representa a fecundidade e a descendência
genérica. É uma árvore de abundantes ramos. As flores são cheirosas e de pétalas grandes. Há
frutas vermelhas.
EFUN (mineral, branco)- Giz ou pó de giz freqüentemente usado na adoração a Òrisàálà.
Redondos bolos de giz. Representa a serenidade do amanhecer e a relação do homem com a
terra.
WÁJI, ÈLÚ OU ARO (vegetal, negro)- Lonchucarpus Cyanescens, tinta azul em forma de pó
petrificado de origem vegetal o qual busca a representação do sangue negro, simbolizando a
noite e a relação de ancestres ligados à própria escuridão. As partes frescas são contundidas a
uma polpa, fermentada, seca e vendida nesta forma, às folhas somente são secadas ao sol e são
usadas em um estado quebradiço.
IYEROSUN - (vegetal, amarelado)- Pó produzido pelo trabalho de um tipo de cupim ou da
serragem da árvore sagrada BAPHIA NÍTIDA, Leguminosae Papilionoideae. É neste pó que são
riscados o símbolo dos Odu, veiculando a sabedoria de Ifá compreendida por Olódumàré.

As favas sementes detêm características diversas e propriedades que transcendem a sabedoria do


ser desprovido do conhecimento de Orunmilá. Como por exemplo, podemos citar as que são
mais utilizadas neste caso:

AYO/OSO - Tem a finalidade de agregar o poder feiticeiro.


ALIBÈ - Atrair proteção, relativa ao poder de Sàngó.
ABERE - Atrair riqueza/abundância, relativa ao poder de Osun.
ÀRIDÒN – Atrair saúde.
ÒPELÈ - Simboliza o mensageiro de Ifá .
ATAARE – Pimenta da Costa. Força/Àsè de realização determinante daquilo que se pretende
“ATAARE NÍ K’O MÁA TARÍ IBI KÚRÒ L’ÓNÀ” – “Ataare diz que o mal deve sempre ser
afastado para longe do meu caminho”

As Frutas - assim como as favas, também possuem características individuais e propriedades


diversas. É necessário se ter a sabedoria de Orunmilá para identificá-las. Observe ÒGÈDÈ,
denominação dada à banana, significa encantamento. Fruta de interior macio “ÒGÈDÈ ABO KI Í
J’AYÉ ÌNIRA”.

ÈSO KAN - Maçã


ÈSO ÒRÒ - Pêra
ÀJARÀ –Uva

NJE GBÍGBE – (comidas secas) - Referem-se, basicamente ao alimento do ancestral que no caso
deste trabalho – Orí – tem uma relação com o Ser Individual.

Os demais elementos são igualmente utilizados a partir da sua relação de significado, com as
necessidades elementais para aquele determinado Orí.
OWO EYO (búzios) – Que representavam riqueza, tendo sido inclusive, usado como moeda
durante determinado tempo, e descendência onde seu uso reporta aos primórdios a ação atual da
soberania temporal. O objetivo de seu uso é manter relação de ancestralidade.
OWO (moeda) - Representa riqueza na atualidade. Busca a relação do descendente com o seu
ancestral. Em quanto o búzio faz relação ancestral com seu descendente.

Os animais possuem suas representações específicas:


ADIE (galinha) – PROSPERIDADE, FILHOS, CASAMENTO.
AKUKO (galo) – BOA SAÚDE, TIRAR DESGRAÇAS, VENCER.
ETU (galinha d’angola) – PROSPERIDADE
IGBIN (caracol) - PLACIDEZ
EYELE (pombo) – DINHEIRO, SORTE, SAÚDE, VIDA LONGA.
EJA (peixe) - TRAZ A RELAÇÃO DA ABUNDÂNCIA NA QUANTIDADE DE ESCAMAS E
FERTILIDADE PELA NATUREZA REPRODUTIVA.
ÀDÚRÀ TI YEMONJA
Yemonja gbé rere ku e sìngbà
Yemonja, traz boa sorte repentinamente retribuindo
Gbà ní a gbè wí
Receba-nos e proteja-nos em vosso rio
To bo sínú odò yin
Cultuamos-vos suficientemente em vosso rio
Òrìsà ògìnyón gbà ní odò yin.
Orixá comedor de inhames novos, receba-nos em vosso rio.
Autor: Professor Marcelo Monteiro

Lenda de Oxum - Pierre Fatumbi Verger

OXUN (Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de Pierre Fatumbi Verger e Carybé - Editora
Currupio) Orê Yeyê ô! Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as
belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma
grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos
iorubás. Sí uma mulher elegante possuía jóias de cobre pesadas. Oxum era cliente dos
comerciantes de cobre. Omiro wanran wanran wanran omi ro! "A água corre fazendo o ruído dos
braceletes de Oxum!" Oxum lavava suas jóias, antes mesmo de lavar suas crianças. Mas tem,
entretanto, a reputação de ser uma boa mãe e atende às súplicas das mulheres que desejam ter
filhos. Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá.
Oxum tem o humor caprichoso e mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas,
elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação.
Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro. Outras vezes suas águas, tumultuadas,
passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e
florestas. Ninguém poderia atravessar de uma margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava.
Oxum não toleraria uma tal ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as
canoas que tentam atravessar o rio. Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a gerra.
Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a
Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: " Se voce baixar o nível de
suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo
a você nkan rere", isto é, boas coias. Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan,
filha do rei de Ibadan. Ela Baixou o nível das águas e Olowu continuou sua expedição. Quando
ele voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um espólio considerável, novamente encontrou
Oxum com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas águas agitadas. Olowu
mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan rere prometidas: tecidos, búzios,
bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e pratos de mulukun, iguaria onde suavemente
misturam-se cebolas, feijão fradinho, sal e camarões. Mas Oxum devolveu todas estas coisas
boas sobre as margens. Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a
submeter-se e jogar nas águas a sua mulher. Nkan estava grávida e a criança nasceu no fundo do
rio. Oxum, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: "É Nkan que me foi
solenemente prometida e não a criança. Tome-a!". As águas baixaram e Olowu voltou tristemente
para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: "Não foi
para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!" Ele guerreou
com o genro e o expulsou do país. O Rio Oxum passa em um lugar onde suas águas são sempre
abundantes. Por esta razão é que Larô, o primeiro rei deste lugar, aí instalou-se e fez um pacto de
aliança com Oxum. Na época em que chegou, uma de suas filhas fôra se banhar. O rio a engoliu
sob as águas. Ela só saiu no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que Oxum a havia
bem acolhido no fundo do rio. Larô, para mostrar sua gratidão, veio trazer-lhe oferendas.
Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos
jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava
Larô. O peixe cuspiu água, que Larô recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto
com o rio. Em seguida ele estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela.
Isto é dito em iorubá: Atewo gba ejá. O que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar. Ataojá
declarou então: "Oxum gbô!" "Oxum esta em estado de maturidade, suas águas são abundantes."
Dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-se, aí, grandes festas em
comemoração a todos estes acontecimentos.
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Ìyá Olóòkun Seniade é a primeira esposa de Oduduwa. Com ela teve dois filhos Ogún e Isedéle.
Ìyá Olóòkun Seniade é conhecida por ser mãe e dona do mar.[3]Senhora da riqueza, prosperidade
assim como o próprio mar. Omonide também foi esposa de Oduduwa. Com ela Oduduwa teve
vários filhos e um dos destaques são Alákétu e Aláke que se tornaram oba.[4] Por último, mas
não menos importante temos Lakanje. Esposa humana de Oduduwa e que deu a luz a diversos
filhos, mas o principal foi Orànmìyán. Lakanje era uma mulher belíssima que foi aprisionada por
Ogún após uma rebelião de uma cidade vizinha a Ilê-Ifé. A obrigação de Ogum era entregar
Lakanje ao seu pai Oduduwa, porém não resistiu aos encantos e se relacionou com Lakanje.
Antes de entregá-la ao seu pai Lakanje já estava grávida. Oduduwa também se impressionou
com tamanha beleza de Lakanje e casou com ela. Quando o filho de Lakanje, chamado
Orànmìyán nasceu, tinha duas cores – metade albino, metade negro. Metade albino, porque
Oduduwa é albino e negro por causa de Ogum. Através da cor de Orànmìyán foi descoberta a
traição de Ogum, o que deixou Oduduwa furioso, mas a discussão maior era para saber de quem
Orànmìyán era mais filho.

Devido o processo de diáspora o culto a Oduduwa se perdeu no Brasil, mas a sociedade iorubana
ainda o cultua fortemente. Um exemplo de tamanho respeito que há com Oduduwa é que quando
uma criança nasce albina é considerada sagrada. Assim como outros orixás de origem iorubana o
culto a Oduduwa se perdeu no Brasil em meio o processo de diáspora africana.

[1] “[...] o orikí é uma saudação nominal. É um nome que encerra uma louvação, um elogio que
se refere a uma qualidade sempre excelente da pessoa. Os orikí são também criados para Orixás,
as cidades, plantas e animais domésticos”.
[2] Jogo divinatório
[3] No Brasil devido o processo de diáspora Ìyá Olóòkun deixou de ser cultuada como mãe do
mar. Yemanjá é cultuada no Brasil como rainha do mar, mas entre os iorubás ela é a divindade do
rio.
[4] A palavra Oba significa rei em geral. O que distingui estes reis são seus subtítulos ou o
verdadeiro “título” que os individualizam. No caso, o da cidade de Kétu é o Alákétu e assim o
são por todos os grupos iorubás como o de Òyó que é chamado de Aláààfin, ou o de Ifé que é
Óòní. Para mais detalhes: “Oba Omo-Odùduwà”, em Barreti, set.2003, Internet. Algo importante
de se destacar é que a figura do Oba é ainda muito importante para a sociedade iorubana e ainda
mantém destaque social. Os Oba são representados como descendentes diretos dos Orixás ou
mesmo definidos como o próprio orixá em vida.
É Kaaró o! (bom dia)!!!
Oni sa awure
A unla djé
Oni sa awure
Oberi oman
Oni sa awurê
A unla djé Bàbá
Oni sa awure
ObEri oman

--

Senhor que faz com que tenhamos boa sorte


E com que sejamos grandes
Senhor que faz com que tenhamos boa sorte
Cumprimentando até os filhos não iniciados
Senhor que faz com que tenhamos boa sorte
E com que sejamos grandes, Pai
Senhor que faz com que tenhamos boa sorte
Cumprimentando até os filhos não iniciados
Oríkì fún Ògún

Ògún awo, olumaki, alase to juba


Ògún ni jo ti ma lana talí ode
Ògún onire, onile kangun dangun ode
Orún egbé iehin
Pá san ba pon ao lana to
Imo kimobora egbé lehin a nle a benge ologbe
Àse

Oríkì para Ògún


Elogiado é o espírito do aço
Espírito de mistério do aço, chefe da força, dono do poder, eu o elogio
Espírito do aço, abra os caminhos
Espírito do aço, dono da fortuna boa, dono de muitas coisas no céu, ajude em nossa viagem
Remove a obstrução de nossa estrada
Sabedoria do espírito em guerra, nos guie por nossa viagem espiritual com força

IBA (saudação)

IBA AKODA TO DA TIE LORI EWE.


IBA ASEDA TI TIE NILE PE-NPE.
IBA IYA MI OSORONGA, APAINI MAAHA GUN!
OLOOJO ONI MOJUBA RE.
OLUAIYE MOJUBA RE.
MOJUBA OMODE.
MOJUBA AGBA.
MOJUBA IRUNMOLE OJU KOTUN
MOJUBA IGBAIMOLE OJU KOSI
ABONNIREEGUN MOJUBA RE
MOJUBA ORUNMILA BABA IFA
MOJUBA OBIRIN
MOJUBA OKUNRIN
MOJUBA ILE
MOJUBA ILÉ ODUDUWA
MOJUBA BABA OBATALÁ
MOJUBA BABA AJALA, ALAMO RERE
ELEDA MI MOJUBA
MOJUBA OLORI MI
MOJUBA ORISA ONON
MOJUBA ORISA IGBO
MOJUBA ORISA ODO
MOJUBA ORISA OSA
MOJUBA ORISA OKUN
MOJUBA ORISA OKO
MOJUBA ORISA AFEFE
MOJUBA ORISA OFURUFU
MOJUBA ORISA INON
MOJUBA ORISA ONILE
MOJUBA ORISA OMI
MOJUBA ORISA EWE
MOJUBA BABALORISAS, YALORISAS, BABALAWÒS, APETEBIS, ABIANS
MOJUBA ARÁKÙNRIN MI
KI WA IPADE MESON ORUN
KI OLOORUN IBA MI SE!
ASE! ASE! ASE!

MO NFÉ KÍ OLÓÒRUN ÀTI GBOGBO ÒRÌSÀ


YÒÓ MÚ WÁ FÚN WA PÙPÓ ÌLERA.

SAUDAÇÕES A AKODA, O PRIMEIRO SER CRIADO EM CIMA DA FOLHA.


SAUDAÇÕES A ASEDA, AQUELE QUE CRIOU O SER HUMANO.
LEMBRANÇAS DE VOCÊ EM CIMA DA TERRA
SAUDAÇÕES A SENHORA DOS PÁSSAROS SAGRADOS
SENHOR DONO DO DIA, MEUS RESPEITOS A VÓS
SENHOR DONO DO MUNDO, MEUS RESPEITOS A VÓS
MEUS RESPEITOS AS CRIANÇAS
MEUS RESPEITOS AOS ANCESTRAIS
EU SAÚDO OS 400 ESPÍRITOS DA DIREITA
EU SAÚDO OS 200 ESPÍRITOS DA ESQUERDA,
AGBONNIREGUN, MEUS RESPEITOS A VÓS
MEUS RESPEITOS AO ADVOGADO DA SORTE, PAI DE IFÁ
MEUS RESPEITOS À MULHER
MEUS RESPEITOS AO HOMEM
MEUS RESPEITOS A CASA
MEUS RESPEITOS A TERRA
ODUDUWA, CRIADOR DA TERRA, EU TE SAÚDO
OBATALÁ, SENHOR DA MINHA CRIAÇÃO MEUS RESPEITOS
MEUS RESPEITOS AO PAI CRIADOR DO ORI, OLEIRO DA SORTE
MEUS RESPEITOS AO SENHOR DE MINHA CABEÇA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO CAMINHO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA FLORESTA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO RIO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA LAGOA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO MAR
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ OKO
MEUS RESPEITOS AOS ORIXÁS DO VENTO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO AR
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DO FOGO
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ SENHOR DA TERRA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DA ÁGUA
MEUS RESPEITOS AO ORIXÁ DAS FOLHAS
MEUS RESPEITOS AOS BABALORISAS, YALORISAS, BABALAWÒS, APETEBIS, E
ABIANS
MEUS RESPEITOS, MEUS IRMÃOS.
QUE NOS ENCONTREMOS NOS NOVE ESPAÇOS DO ALÉM
QUE DEUS ACEITE MINHA SAUDAÇÃO
ASSIM SEJA!
(EU DESEJO QUE OLÓÒRUN E TODOS OS ÒRÌSÀ TRAGAM MUITA SAÚDE PARA VC.)
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O alguidar significa a terra, na verdade antigamente todas oferendas eram feitas direto na terra,
por causa da modernidade e do crescimento de casas e cimento, passaram a utilizar o alguidar
como simbolo da terra
ITAN ÈSÙ

COMO ESÙ VEIO À TERRA E RETORNOU AO ALÉM (Òrún)

No principio dos tempos, Olódùmarè começando originar os seres Divinos (os Irunmòlè),
primeiramente criou Òrunmila e Iyebiru (Òshún), posteriormente criou Elegbara-Esù, que
possuía mais e mais força descomunal, e começara dar muito trabalho à Olódùmarè. Assim
Olódùmarè o ocupou, colocando-o como sentinela de sua moradia, a fim de guardar os portões
do Òrún, e às vezes o enviava como seu melhor representante para fazer seus trabalhos
imperativos, tudo na finalidade dele não ficar parado e se tornar ameaçador. O tempo passou e
passou, muitos acontecimentos diferenciados sucederam entre o Orun e o Aiye. Até que um dia
Òrrunmila consultando o Ifá (oráculo), apareceu a combinação do Odù Ogbe-Walé, com o qual
decifrara o nascimento de uma criança vindo do Além para Terra. Naquele momento Òrunmila
foi tomado por um desejo enorme de possuir um filho (descendente). Foi então, que resolvido,
foi pedir um primogênito à Olódùmarè. Olódùmarè lhe disse; que no momento ainda não era
propício e, lhe pediu que voltasse mais tarde. Òrunmila meio intransigente insistiu,
impacientando-se quase obrigando Olódùmarè à lhe dar um filho, a qualquer preço, a fim de
levá-lo consigo para o Aiye (existência). Olódùmarè tornou-lhe a dizer que o momento não era
propício e, que tinha uma tarefa para ele realizar na terra, a qual daria inicio na estruturação e
orientação em meio a raça humana, que ainda estava para ser criada. Ainda insistindo, Òrunmila
lhe disse; mas, eu preciso de um filho! E, quem é aquele que vi na entrada de seus portões? Pois,
é aquele mesmo que eu desejo possu[i-lo! Olódùmarè explicando, disse; que aquele Ser que está
na fronteira do Òrún (entre o espaço físico e o além), não era exatamente um Ser que pudesse ser
mimado e criado na terra, porque ainda não o aprimorei para tal coisa. Neste momento, Òrunmila
se pos a insistir tanto, que Olodumare terminou concordando e permitindo, dizendo à Òrunmilà;
Escute bem! Esù é o meu terceiro filho (Igbaketa), ele é um protótipo dos seres humanos aqui no
Òrún, agora por sua grande insistência, Esù passará à ser o seu primogênito na Terra, através de
ti e sua companheira Iyebirù (Òdu-Logboje). Dessa forma acontecerá o nascimento do seu
almejado filho, isto é, da mesma maneira que futuramente darão origem aos seres humanos. E, a
esta ocasião de “união” com tua companheira, denominar-se-a Òdudùwà (uma união de
acoplamento das polaridades), tal qual será representada através de uma Grande Cabaça, que será
o símbolo do fabuloso universo e, ambos serão cultuados simultaneamente, como se fossem uma
só Divindade. Dessa forma, futuramente os seres humanos seus filhos, iram cultuá-los no Aiye.
Quanto à parte inferior desta grande cabaça simbolizará toda a crosta terrestre do Planeta,
representando a sua companheira Iyèbiìrú, desposada por ti Òrunmila. Por ela ser uma parte de
mim, é a possuidora de grandes poderes sobrenaturais, presidindo a fertilidade como fonte
geradora de vida e proteção, será ela também quem amparará os seus próprios filhos, servindo de
base aos pés de todos deles, isso, por ser ela uma “grande mãe” com total fertilidade e riqueza
terrena, consequentemente, estará sempre úmida por sua grande quantidade de água, a qual por
todas as grandezas que já outorguei à sua esposa, será ela chamada sobre o Mar de Agba-Olokun
(Rainha Ancestral proprietária de todas as águas), enquanto no olho do rio será chamada de
Òsún, no Ar será chamada de Eleye (proprietária dos Pássaros e seus encantos), e dona da noite,
isso porque o pássaro será o símbolo do poder feminino que lhe conferi. Na Terra será chamada
de Erinlé, Iya-Aye, Onilè, Iyalálè (Proprietária de toda extensão e profundidade da terra). Agora,
por Ela ser a grande proprietária do pote cheio de Ikins e, dona das 04 matérias originais, ela será
chamada de Òdu Òduwá ou Òdulogbojé (fonte existencial), com as tais matérias os seres
terrenos serão criados com individualidade através das mesmas, de forma que no sucumbir da
Vida, será ela mesma, como Onilè, é quem guardará os restos mortais de seus próprios filhos que
falecerem. Com o nome Olokun, guardará no mar todos os espíritos dos filhos que falecerem na
terra. Porém, à ti Òrunmila, equivalente à sua esposa, a parte superior da Cabaça é a que melhor
lhe cabe, parte que representará as alturas, o céu atmosférico, a sua superioridade em qualquer
culto e o conhecimento de toda a natureza, física e espiritual. Nessa parte superior e iluminada
durante o Dia, iluminará à todos através da grande bola de fogo (Sol), o mantenedor da vida.
Assim, por sua parte iluminada, branca, também representará o seu poder seminal, como
fecundador masculino, criador e realizador de qualquer coisa que queiram. Serás tu, Òrunmila,
quem se expandirá sobre as cabeças de todos os seus filhos através do firmamento, sobrepujando
a tua contraparte, Ìyálè, a essa imensidão celestial, será simbolizada por um grande Alà (Pano
Branco), pairado sobre a Terra em forma de nuvens. Por vocês serem as duas existências
primordiais e absolutas, sua esposa como mãe de Èsú serás chamada de Iyebiru Aya’nlà. Assim,
com esta união das partes, a Cabaça será o elemento de unificação dos poderes Divinos
(feminino e masculino), tal qual representará o mundo físico e o mundo espiritual, o útero
portador do líquido fértil, capturador do sêmen fecundador. Esta cabaça, com essa dualidade,
conterá também os mistérios do universo, da vida e da morte, o nascer do dia e do crepúsculo, os
hemisférios Lestes, Oeste, Sul e Norte, todo tipo de expansão e contração, o poder da luz e treva,
o poder sobrenatural e o seu conhecimento. E, ainda mais, a cada cabeça física/espiritual de seus
filhos, os quais utilizaram uma Cabaça para assentar e cultuar individualmente ORÌ-INU
(Cabeça do Dublê Espiritual), como o símbolo da individualidade e descendência, tudo isso,
como reverencia aos seus poderes de amparo/estrutura/proteção/iluminação. Irê ooo, Tó!

Logo após todas as determinações, Olódùmarè ainda disse à Òrunmila que ele deveria colocar as
próprias mãos sobre aquele Ser que Ele mesmo o tinha apelidado de Esù (eixo ou esfera
giratória), e em seguida que fosse logo para terra, a fim de executar o que estava incumbido,
mas, primeiramente devia procurar a sua companheira Iyebirù (Iyaami), que já se encontrara
materializada em Ilé (terra), a fim de com ela desposar e ter o seu tão almejado filho. E ao passar
dos 09 meses, ela conceberia um Ser físico (filho homem), mas com uma condição, que o
nomeasse de Alágbàra – (Aquele que possui Poder Sobrenatural) tendo noção de quem se tratava
de fato. Desde então, nove meses se passaram, até que chegou o dia que Iyebirù deu à luz à uma
criança do sexo masculino, mas pelo fato de Olódùmarè lhe dizer que a criança deveria ser
chamada de Alágbàra, Òrunmila contestando decretou que não chamaria o seu filho de Alàgbàra,
e sim de Élégbàra. E assim, Òrunmila pela primeira vez pronunciou o nome de seu filho homem,
chamando-o de Élégbàra (Aquele que é proprietário do poder descomunal, sobrenatural), o
mesmo respondeu dizendo:
Mãe! Eu quero comer preás.

A mãe respondeu: Filho coma, coma. Um filho é precioso como contas de corais carmim
existentes no Mar.

Um filho é precioso como o cobre vermelho.

Um filho é precioso como a felicidade que jamais deve acabar.

Um filho é como uma honra apresentável.

Que nos representará depois de nossa morte.

Òrunmila, o nosso filho deseja comer!”

Então, Òrunmila foi caçar.

Orunmila caçou e caçou, retornando com todos os tipos de roedores que encontrara pela frente.
Elegbara devorou todas eles.

No dia seguinte, a mesma cena se repetiu, com Elegbara pedindo peixes, em seguida ele devorou
todos os tipos de peixes que existiam na face da terra.

No terceiro dia, Elegbara pediu para comer aves, e assim as devorou acabando com todas as
espécies de aves existentes.

Sua mãe Iyebiirù, com toda calma que possuía, enquanto isso entoava cânticos de conformação,
dia a dia, acrescentando ao cântico citado acima:

Agora percebo que dei a luz à um filho,

Um filho que acorda usando duzentas vestimentas diferentes e, que é insaciável.

Iyeburu disse; Filho continue a comer, coma meu filho!

No quarto dia Élégbàra gritou, pedindo para comer carnes.

Sua doce mãe, cantou como de costume. Então, Òrunmila caçou todos os animais quadrúpedes
que pode encontrar: bodes, tatus, gambás, porcos, carneiros, ovelhas, cabras, todos os tipos de
felinos, cães, cavalos, búfalos, touros, vacas, mamutes, rinocerontes, antílopes, antas,
hipopótamos, elefantes, girafas, e até todos os répteis etc. Elegbara devorou tudo, não deixando
um só animal na face da terra, mas, ele não parou de gritar e, chorando muito no quinto dia disse:

Mãe, mãe.
Ainda estou com muita fome, eu quero comê-la!

Sua mãe repetindo a sua doce canção, disse; Filho coma, coma meu filho!

Neste momento, Élégbàra atirou-se violentamente em cima de sua própria mãe, e a devorou sem
um pingo de ressentimento, engolindo-a inteiramente, devido ao seu tamanho gigantesco e força
descomunal. Ao saber do ocorrido, Òrunmila, em seu tremendo pavor, correu para consultar o
Ifà, o qual aconselhou à fazer uma grande oferenda ao próprio filho Élégbàra, oferenda esta
constituída de:

- Um Adà ( facão) - (símbolo fragmentador, multiplicador)

- Um Obuko (bode jovem, possuindo chifres bem grandes) - (símbolo de força e tenacidade)

- Aashà Pupo (bastante fumo de rolo) - (símbolo de devolução).

- Quatorze mil búzios em pencas.

Òrunmila seguiu corretamente o que Ifà recomendara.

No sexto dia, após o nascimento de Èlegbara, Òrunmila preparava o grande sacrifício, quando
Élégbàra apareceu dizendo:

Pai, eu estou com muita fome!

Pai, pai, eu quero comê-lo!

Então, Òrunmila pôs-se a cantar a mesma canção da mãe de Élégbàra, atraindo-o para ele, no
momento que Elegbara chegou bem perto para devorá-lo, Òrunmila empurrou todo o sacrifício
para dentro da boca de Elegbara, que não recusando, devorou tudo deixando de engolir apenas o
Ada (o grande facão). Òrunmila irredutível, rapidamente travou uma grande luta com o seu filho
Elegbara, a fim de não ser engolido, no momento exato, Òrunmila se deu por conta do facão que
estava na sua frente, o qual Elegbara não quisera engolir, então Òrunmila apanhou o facão e
lançou-se em perseguição de Èlegbara, com o facão em sua mão. Elegbara fugiu, mas Òrunmila
o alcançou, quando dividiu Elegbara ao meio, que se refez extraordinariamente e se quadriplicou,
depois com mais e mais golpes de facão, Orunmila foi picando Elegbara, e cada pedaço se
multiplicava por todo Ode-Òrún (na terra, que é o nosso primeiro céu), os pedaços de Elegbara
foram voltando a sua forma original de matéria prima (Yangì), transformando-se em pedregulhos
avermelhados e lamacentos. Quando Òrunmila parou, o que restou de Élégbàra ergueu-se e
tornou a fugir, Òrunmila só pôde alcançá-lo no Òrun (no espaço), onde Elegbara já estava inteiro
novamente. Òrunmila tornou a cortá-lo em vários pedaços, os quais também se transformaram
em Yangì. Isto foi repetindo e se repetindo nos nove Òrún. Depois de Elegbara ter sido retalhado
por várias vezes, pois só no 9º Òrún, Èlegbara resolveu fazer um pacto com o seu Pai Òrunmila,
dizendo; que ele não deveria mais persegui-lo, pois todos os pedaços de Yangì que se multiplicou
na Terra e nos oito “Céus”, seriam a sua representação na terra, e Òrunmila poderia consultá-lo
tanto na terra quanto nos oito espaços no além, e também se houvesse necessidade de enviá-lo
para executar qualquer coisa que fosse ordenado, ele faria imediatamente. Porque todas as partes
de Yangì constituíam-se em seu único corpo, sem qualquer distinção, e sem qualquer tipo de
atributos e nomenclaturas diferenciadas. Todos aqueles pedaços de Yangi faziam parte do um
único corpo e, a única forma plena de conexão consigo, Élégbàra, pois ele próprio responderia
cada vez que fosse chamado através de uma daquelas pedras Yangì, porque todos os pedaços
eram fragmentos do único filho de Òrunmila e Iyebìirù. (**).

Seguidamente, Òrunmila perguntou por sua esposa, ou seja, a própria mãe que Elegbara havia
engolido na terra. Então, no mesmo instante, Élégbàra começou a titubear e vomitar devido aos
efeitos do Aasà, o fumo-de-rolo, o qual Ele engolira ainda na terra ao devorar o Ebó (sacrifício)
reivindicado por Ifà. De repente Elegbara vomitou a própria mãe, devolvendo-a ao Pai, e
acrescentou que Òrunmila deveria chamá-lo e sucessivamente ofertá-lo “fumo de rolo”, sempre
em meio outras coisas (Èbó’s), isso, a fim de recuperar todos os animais, aves, peixes, búzios
(dinheiro ancestral ou riquezas), e tudo mais que ele recebesse sobre a Terra, e ainda disse mais;
Que Ele mesmo (Esù) assistiria também, todos os rituais realizados pelas mãos da humanidade,
através dos seus filhos Babalawos.

Nota: Devido ao sacrifício que Òrunmila executou, Elegbara (èshú) lhe devolveu tudo, até a sua
própria mãe. Por isso, toda oferenda deve ser primordialmente como uma carta escrita, executada
sempre por meios de livre vontade (espontaneamente), sem que ninguém force à outro alguém
fazê-la, pois só assim se torna possível obter a restituição do que for oferecido à Èsú, sobre tudo
aquilo que for oferecido e também pago com satisfação pelo sacrifício executado, através do
sacerdote. Ou seja, Èsù devolveria tudo àquilo que não lhe pertence, nem mesmo pertence a nós,
mas sim à própria natureza.

No conceito da literatura Ifá, Odù-Ifá, o efeito da restituição (devolução) é surpreendente, por


que nos realinha e nos reabilita com as fontes de força vital no universo, espiritual e físico. Dessa
forma, quando devemos nos limpar e devolver para a natureza, tudo a aquilo que usamos e
tomamos indevidamente, e a natureza nos retribuirá para uma melhor qualidade de vida melhor
na Terra. De tal forma, que jamais teremos nossa vida danificada. Pois a função da restituição é
restabelece o equilíbrio entre o ser humano e as forças sobrenaturais. Ou seja, devolver ao nível
anterior de tudo. Assim, a vida nunca irá se revoltar contra quem lhe devolve o que come, bebe,
colhe, pesca, caça, ganha, vive ou utiliza aqui na terra. Se assim não for, uma hora ou dia,
perderá tudo...

Agora, podemos perceber, que tudo que existe no mundo não nos pertence, pois aqui é somente
uma passagem, sabendo que até a matéria que forma os nossos próprios corpos, é emprestada.
Sendo assim, ela voltará para a o seu devido lugar (terra), de uma forma ou outra, cedo ou tarde,
em um tipo de devolução à quem é de direito. Perante a isso, se torna essencial executarmos os
nossos rituais de restituição, sacrifícios, através de ritos, orações, cânticos e danças,
agradecimentos, mas sempre de forma muito espontânea e prazerosa, na finalidade de haver um
restabelecimento, reequilíbrio, apaziguamento, harmonia, fertilidade, fecundidade, prosperidade,
riqueza, vitória, honra, saúde, felicidade, desenvolvimento, avanço, crescimento, ganhos,
multiplicação e bênçãos em todos os aspectos e níveis. Por isso devemos transformar as nossas
oferendas em um símbolo de fecundidade, transmissão e obtenção de Àsè, sobre tudo aquilo que
desejamos para nossa realização na vida, muitas vezes com bastante empenho até que cheguemos
onde desejamos.

Nota: Este Itan acima narra enigmaticamente que Orunmila é o Pai constitucional de Èsú, e
Iyebiru (òshún) é a sua Mãe que lhe supre (completa) de todas as formas, mantendo-lhe com o
poder sobrenatural e descomunal.

Ire oooo!

Boa sorte à todos, obrigado por tudo


Cargos religiosos

Apresentamos agora alguns cargos religiosos, ipò e títulos, oyè, que todas as pessoas iniciadas
recebem por razões ligadas ao seu Òrìsà e por seu espírito de iniciativa e a deferência que
possuem junto à “mãe de santo” ou o “pai de santo”.

Abésùmulè ou Olusùmulè - Sacerdote do Culto a Èsù.


Abíyán - 1º Cargo dentro da religião. (ambos os sexos).
Abore - Sacerdote do Culto dos Orixá
Abòrisa – Cultuador (a) dos Orixás. Terminologia substituída incoerentemente pelo termo
candomblecista.
Àbúrò - Não é cargo religioso (simplesmente é o irmão mais novo).
ADÉBO - Sacrificador de animais aos Orixa.
NB.: Termo totalmente abolido no Brasil. Motivo: Complexo da terminologia “ade
-homossexual”.
Ahoun Osun - Homem chefe dos cantores do culto de Osun.
Àjimúdà - Sacerdotisa de Oya.
Ajoyé - Cargo de exclusividade feminina - Pessoa encarregada de cuidar e ladear os Orixá,
quando incorporados.
Alágbè - Mestre de Cerimoniais (civis ou religiosos), Cruner de um determinado conjunto
musical. NB.: Tornou-se cargo religioso no Brasil.
Alásé - Cozinheiro dos Orixás.
Alãrù - Cargo masculino – Encarregado de levar os ebo.
Apétèbi – Sacerdotisa do Culto de Ifá, e Auxiliar feminina do Bàbálàwoo.
Ásogba, Apogan, Ejitata e Apotun - Títulos exclusivamente masculinos/cargos dentro do Culto
aos Orìsà Omolu/Obaluaiyé, Ajágún, Etetu e Boromu.
NB.: A terminologia “Asògún” não e utilizada dentro do culto aos Òrìsà acima discriminados.
Àràbà - A mais alta autoridade no Culto a Orumila.
Asògún - Cargo exclusivamente masculino. Literalmente, significa AQUELE QUE POSSUI AS
BÊNÇÃOS DO ÒRÌSÀ OGÚN, que é o portador do Obe/Faca. Possui dois auxiliares o Otun e
Osi.
NB.; Outrora, somente os filhos do Orixá Ogún, os não elegun, podiam ocupar este cargo após
iniciação religiosa.
Alagbã - O mais alto cargo do Culto de Egungun.
Alapini - Chefe supremo do Culto a Egungun.
Amúsan ou Amúisan - São os futuros Ojé.
Bàbá Efun - Pai da pintura/responsável pela pintura dos iniciados.
Bàbáalàáse - Dirigente de uma linhagem sacerdotal.
Bàbá Kékeré - Pai pequeno.
Bàbálòrìsà - Pai de Santo.
Bàbáláwo - Sacerdote do Culto a Orunmila.
Bàbálóòsanyìn ou Onisegùn - Encarregado da colheita e maceração das folhas
litúrgicas/Sacerdote do Culto ao Òrìsà Osanyìn.
Bàbá Korin - Responsável pelos cânticos sagrados dos Orixás.
Bàbá Kókìkí - Responsável pela entoação dos oriki dos Orixás.
Ègbon (pronuncia-se Ebomi) - Simplesmente o irmão mais velho (a) de uma família. Tornou-se
cargo religioso no Brasil.
Ìyádagan - Realiza os rituais do ipadé.
Ìyá Efun - Mãe da pintura/encarregada de pintar os iniciados.
Ìyá Kékeré - Mãe pequena.
Ìyá Kirun - Responsável pelas adura dos Orixás.
Ìyágbásé - A mais antiga das cozinheiras dos Orixás.
Ìyálòrìsà – sacerdotisa de Orisá.
Ìyámorò - Encarregada de encaminhar os ebo, após o término do ipadé.
Ìyá Pepe - É quem cuida dos altares dos Orixás.
Ìyá Tebese - Encarregada dos cânticos dos Orixás.
Ìyá Bãra/Sidagan - Sacerdotisa de Èsù.
Obàlàse - É quem cuida dos altares de Òsàlá
Obàlale - Guardião do Templo de Òsàlá.
Ogã (pronuncia-se Ogam) - Qualquer pessoa de ambos os sexos que exerça ou ocupe altos cargos
ou funções civis ou religiosas. No Brasil, tornou-se cargo religioso de exclusividade masculina.
Òjè - Sacerdote do Culto de Egúngun.
Ojugbonã - MESTRE. Aquele que mostra/ensina o caminho ao neófito da religião dos Orixá.
Olùpona - Guardião dos Templos de Exú e Ògún.
Onilú - Literalmente “proprietário/tocador do Ìlu/atabaque”.

Os cargos apresentados anteriormente são apenas uma parte dos Ipò e Oyè dados aos iniciados na
religião africana, pois grande parte dos cargos do povo de santo foi se perdendo com os passar do
tempo ou foram esquecidos.
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Igba Odu - Igbadu e o Cosmos Iorubano
Estrutura hierárquica divina

A hierarquia inherente ao panteão iorubá reflete o ideal politico e a estrutura do povo iorubá.

Por conseguinte, o ser supremo (Olodumare) é sumamente respeitado e não pode ser contatado
diretamente.

Os outros seres espirituais, entidades, divindades (Irunmale), que são seus ministros atuam como
intermediarios entre Ele e os humanos.

Nesse panteão, constituito de aproxomadamente 1.700 divindades, o cargo de Olorun pode ser
descrito como "chefe dos chefes dos sagrados misterios da alta corte do paraiso".

É o pai de Odudua e Obatala.

Logo abaixo de Olorun, nessa hierarquia está Eleda.

De sua energia desprenderam-se os irunmale que são subdivididos em orixás (energias


masculinas) e eborás (energias femininas).

Olorun não possui nem templos nem cultos próprios, e os seres humanos não podm mencionar o
seu nome.

Os irunmale são os intermediarios entre Ele e os seres humanos.

Toda existência no universo da Criação iorubá se processa em dois planos:

O mundo visível, o Aiye, universo concreto no qual habitamos, e o mundo invisível, Orun, onde
moram os seres sobrenaturais e os " duplos" de tudo o que se encontra manifestado no Aiye.

Não são mundos independentes ou rigidamente separados.

Na realidade podemos afirmar que o Aiye é o reflexo da realidade divina que acontece no Orun.

Para o negro-africano o visível constitui manifestação do invisível. Para além das aparências
encontra-se a realidade, o sentido, o ser que através das aparências se manifesta.

Sob toda manifestação viva reside uma força vital: desde Deus a um grão de areia, o universo
africano é um continuo.

Um universo de correspondências, analogias e interações, no qual o homem e todos os outros


seres constituem uma única rede de forças.

Aiye e Orun constituem uma unidade e, por serem expressões de dois níveis da existência, são
inseparáveis e complementares.
Essa unidade é simbolizada pelo Igba-Odu, cabaça formada de duas metades unidas onde a parte
inferior representa o Aiye e a parte superior representa o Orun.

No seu interior estão os "elementos indispensáveis à existência individualizada".

Poderia ser representada por uma figura e sua imagem refletida no espelho, há plena
correspondência entre elas, uma é apenas a imagem invertida da outra.

Podemos dizer que nessa configuração o Aiye é a imagem refletida do Orun.

Essa analogia explica o motivo pelo qual os Odus(mistérios), terem a sua ordem de precedência
invertida ao chegarem do Orun para o Aiye.

Ori é o Orixá pessoal, o primeiro a ser louvado, por ser a representação particular da existência
individualizada (a essência real do ser).

É aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e
após a morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento de seu destino.

Ori tem muitos significados em iorubá- o sentido literal é a cabeça física, símbolo da cabeça
interior (Ori Inu).

O Orixá pessoal conhece as suas necessidades caminhada terrena, possuindo os recursos


adequados para a reorganização dos sistemas pessoais deste.

Esse oriki elucida o que foi dito acima:

Ori lo nda eni

Ori é o criador de todas as coisas

Esi ondaye Orisa lo npa eni da

Ori é que faz tudo acontecer, antes da vida começar

O npa Orisa da

É Orixá que pode mudar o homem

Orisa lo pa nida

Ninguém consegue mudar Orixá

Bi isu won sun

Orixá que muda a vida do homem como inhame assado


Aye ma pa temi da

Aye, não mude o meu destino

Ki Ori mi ma se Ori

Ori não deixe que as pessoas me desrespeitem

Ki Ori mi ma gba abodi

Ori não me deixe ser desrespeitado por ninguém

Publicada por Claudio Zeiger


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“ÂIYÉ ATÍ IKÚ ÔKAN NÁA NI.”

" VIDA E MORTE: AMBAS SÃO IDENTICAS !"

Em nosso pais hoje em dia as pessoas não podem nem ouvir falar do Culto dos Orixás, em
virtude do Culto Ter virado um comércio, e muitos Zeladores de Orixás principalmente dos
Candomblés, não generalizando, utilizarem seus conhecimentos de forma errônea, para
prejudicar e auto se promover, operando muitas vezes desastres na vida das pessoas. Na maioria
das vezes estes maus sacerdotes, não conhecem a fundo a ética, moral e a Filosofia e Religião,
Yoruba. as vezes aprendem errado, com seus zeladores, não sabem verificar qual o Odù (destino
Pessoal), Orixá e prescrevem ebós (trabalhos mágicos), errados, desequilibrando, psiquicamente,
espiritualmente, atrapalhando ainda mais a prosperidade, das pessoas que este sacerdotes
atendem.

A tarefa de ser um Omo Awo, filho do Segrego, era uma tarefa muito difícil e patrulhada por
severas regras de conduta que deveriam servir de base técnica e moral para sua ação.

O Àwoni não poda procurar a mulher de outro, muito menos a sua ajudante Ritual.

O Awo não podia praticar Âjé, feitiço contra outro Awo ou contra inocentes.

Não poderia conspirar contra seus Irmãos.

Não podia abandonar outro Awo que estivesse em dificuldades, sem tomar providências para que
tudo ficasse em ordem com o necessitado.

Não podia falar mal de outro, fora do âmbito de sua confraria, mesmo o outro sendo culpado.

O Awo não podia divulgar o teor das discussões travadas em seus encontros formais na confraria,
Sociedade Secreta, mesmo que se tratasse de punição contra culpados ou desagravo de inocentes.

Praticavam a lei da natureza, do respeito, moral e da caridade.

“OYE TI O BA WU ENI NI TA IFÁ ENI PÁ”

“Qualquer que seja a soma que agrade alguém,

E aquela pela qual recebemos para jogar Ifá”

Só por este trecho saberemos distinguir a Boa-Cumba da Mal-cumba.

O Omo Ifá (Filhos do Orixá Orunmila-Ifá) passam pêlos seguintes aprendizados:

Genises Yoruba.

Adivinhação Sagrada de Ifá, Erindinlogun, Ifá-Opele.


Ewé, folhas sagradas e medicinais dos Orixás e Odùs.
Ógun, Medicina Natural, magica e psicossomáticas.
Êsé Ìtân Ifá, Versos dos contos de Ifá.
Oriki, Orações e rezas.
Odùs, signos ou reinos, energias que esta relacionada com o nosso Destino Pessoal, o nosso
Karma.
Ebó Adimu, ebó significa Sacrifício, oferendas de comidas, sem sacrifício animal.
Ebó Orixá, Comidas especificas sem sacrifício animal.
Mitologia, enredo e as múltiplas qualidades dos Orixás.
Ojubo, Igba Orixá, assentamentos, os altares de Culto e os lugares sagrados.
Os Ewo (quizilas). Proibições e razão de sua existência.
O culto a Natureza: Terra, Água, rios, riachos, o mar, arvores, vento e ao tempo.
Acima de todas as forças está Deus, Olódùmarè, a Suprema força criadora que dá a existência, a
substâncias e ao crescimento às demais forças; os Orixás, e abaixo destes o Homem.

Sabemos que a sede de nossa existência esta centralizada na cabeça (Orí). Segundo os povo
Yoruba o Orí a Cabeça esta dividia da seguinte forma:

Orí Òde – Cabeça física.

Orí Inu – Cabeça Interior.

E o Ìpònri – Força Ancestral.

O Ìpònri e uma força de energia vital, esta força esta ligada ao primeiros pais do homem, ligando
o Homem a Deus. Esta ancestralidade, matéria massa de origem, os Orixás e os Odùs, possui
uma força extraordinária como fundadora do gênero humano familiar, propagada da divina
herança vital, emanada de Deus.
O primeiro antepassado, esta força vital é sempre evocada e cultuada nos ritos de iniciação de
nos rituais de Bori (rito de adoração ao Orixá Ori, Cabeça). Esta força ancestral que nos trás
equilíbrio, Harmonia, prosperidade e Saúde. O Buri e um ritual de renascimento e morte.

Orí Inú é a assência da personalidade do psiquismo, da personalidade da alma (espirito


encarnado), que deriva diretamente de Olódùmarè, Deus Supremo. O Ori Inú e nossa essência,
aonde Deus Criador soprou o seu hálito, e nos criou. O Orí Inú é o ser interior e espiritual do
homem e é imortal.

A cerimonia de Buri tem como objetivo de atingir os três Orís, existem vários tipos de
cerimonias de Buri tais como:

Buri de Prosperidade.

Buri Branco

Buri Eje.

Buri de Iniciação.

Buri de apaziquação.

Conforme os milênios foram se passando, com a invasão Islâmica, e Jesuíta em África, hoje em
dia o território Africano as religiões predominantes são o Islamismo e o Cristianismo. Após a
chamada diaspora, o trafico negreiro, o Culto dos Orixás sofreram muitas modificações também
em solo Brasileiro, ervas, rituais, a substituição do vinho de palma pela cachaça, tiveram que
sobrer alterações para a nova realidade no novo Mundo. O culto dos Orixás evoluiu muito
através dos milênios, assim como outras religiões de nosso globo. Em épocas memoráveis o
culto dos Orixás foi a pratica de religião única em todo o solo Africano.

Todas as iniciações, obrigações ate as oferendas ou trabalhos mágicos, visam atingir o Enikéji, o
nome dado ao nosso Duplo que vive no Òrun (além). Enikéji do Yoruba, Eni – pessoa, Kéji –
Segunda.

O Culto, Ifá-Orunmila e um sistema, religioso, científico e filosófico, que veio da Mãe África,
bastante diferente do sistema afro-brasileira, Candomblés, que sofreram muitas modificações,
alterações e vários sincretismos, excluindo é claro as casas de Ilé Ase Orixás que mantém as
Tradições primitivas vivas, estas casas são chamadas no meio como Casas de Tradição de
Orixás.

Mas o sistema Africano de Ifá tem uma diferença grande na forma de iniciação, não a raspagem
de Santo, e nem existe o transe de possessão.

ÌWÀ – O Caráter do Ser Humano.

O mais importante valor do povo Yoruba é o caráter, que é o maior atributo do homem. A palavra
iwà vem do verbo wà – Existir, Ser. Odùnrin náa ní ìwà, Aquele homem tem um bom caráter. O
indivíduo qué ìwà pèlé não entra em choque com nenhuma força humana e supernatural, vive em
plena harmonia com todas as forças do universo. E este fato tem um forte peso no julgamento
divino e define o bem estar na terra e o nosso lugar futuro após a nossa morte ou renascimento.
Olódùmaré o Deus supremo e conhecido como Olúmònokàn, “aquele que conhece todos os
corações”, que tudo sabe e tudo vê, e o seu julgamento é correto e absoluto.

As literatura Itans de Ifá é a mais importante fonte de informações dos valores éticos e do
sistema de crença Yorubá. Òrúnmìlà estava presente quando tudo foi criado, e procurado para
resolver os problemas e dar conselhos. Ifá fala em provérbios:

Ìwà nikàn l’ ó sòro o

“Caráter é tudo o que é necessário.”


Eni l’ orí rere tí kò n’ iwà, ìwà l’ o máa b’ orí rè jé.

“Uma pessoa de bom orí, que não tenha caráter, irá arruinar o seu destino.”

Com certeza nossas atitudes e nosso psiquismo podem afetar nossa prosperidade, se nossos
pensamentos forem, negativos, como: Raiva, Depressão, Medos, Mágoas etc. Em virtude disto
temos que procurar viver de bem com a vida, olhar as coisas boas e belas que Deus nos deu,
Cultuar a natureza e aprender a contemplá-la, ou cultua-la. Como extensão da Grande Obra que é
Deus.
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Polemica

ÈBÒ
(Empenho por melhorias)

É pertinente dissertar e, com isso, lançar luz sobre o que muito se propaga e se pratíca
ritualmente, mas às vezes não se tem o profundo ou necessário conhecimento sobre o mesmo:
ÈBÓ.

ÈBÓ é um termo que de acordo com a sua amplitude funcional, coexistem alguns conceitos e
definições para o mesmo. A definição mais recorrente para a palavra yoruba – ÈBÓ – significa:
empenho, sacrifício, sacrificar, esforço próprio, cota e pagamento para uma específica
transformação na vida.

Todas as pessoas deveriam saber que todo èbó (sacrifício executado, pago, cumprido, executado
em qualquer denominação litúrgica), e para ser completado, sempre deve ser muito bem
elaborado e concebido como uma espécie de “carta objetivamente escrita”, saindo da
superficialidade imediatista e coletiva para adentrar numa atmosfera matematicamente precisa,
onde a individualidade de cada Òrí (Òrìsà da consciência) é rigorosamente levada em
consideração, bem como a ordem criteriosa da escolha de cada item e a sequência cronológica de
uso dos mesmos. Exaustivamente consultando o Oraculo Ifá, seja com Opele, Ikin ou Obi-Abata.

O conhecimento, o discernimento, a perspicácia e o respeito às tradições do culto à Ifá/Orisa,


ocasionarão do ritual de èbó algo concreto, palpável, sentido, significativo e com a eficácia
esperada pelo consulente em questão; pois qualquer um que ousa executar qualquer tipo de Èbó,
antes de qualquer coisa, o oficiante necessita conhece profundamente tudo sobre as formulas e
formas, que serão orientadas por Ifá, devido a individualidade e necessidade da pessoa em
questão, a fim de atingir de forma eficaz algumas varias formas de Magias, mais conhecidas
como:
Awure - (magia para algum tipo de boa sorte),
Oogun - (medicina bem elaborada),
Èbó Etutu - (empenho de apaziguamento espiritual, a fim de uma transformação espiritual no
físico),
Agbotutu - (preparação com folhas frescas para várias finalidades medicinais ou espirituais),
Adimu - (alimento elaborado para a captação da força de um Èbòraá/Òrìsà, mais conhecido
como comida seca),
Èbó-Riru - (trabalho muito exaustivo executado somente por Oluwo diante de Opon-Ifá com a
finalidade de transformar um Odù que está atuante em uma frequência IBI [má sorte] para ajustá-
lo IRE [boa sorte]). Pois só com este tipo de Èbó (Èbóriru), é que capacita impedir vários e
possíveis eventos desfavoráveis ou terríveis, os quais já estão em evidencia ou ainda estão para
se manifestar no caminho da pessoa necessitada de passar por este tipo Èbó especial; conhecido
também como Èbó-Opon, Èbó-Ifá ou mais comumente como Èbóriru.

Outro aspecto bastante interessante que precisa ser dissertado é com relação ao fato de que
qualquer tipo de Èbó, em hipótese alguma, se faz necessário tentar convencer o cliente à ter ou
desenvolver algum tipo de “FÉ cristã” para se obter alguma solução através de um Èbó
executado. Pois a eficácia de qualquer que seja o Èbó (magia), acontecerá da forma como se
espera (na finalidade envolvida no processo dos elementos utilizados de forma bem consciente e
sábia pelo Babalawo), mas nem sempre de forma imediata, até porque o processo de ajustamento
de uma Magia através de um Odù-Ifá, pode levar o tempo de 07, 21, 28, 49 até 90 dias para
atingir o resultado para repor tudo em seus eixos na vida da pessoa.

Ainda na questão de Fé, todo conhecedor de fato sobre execuções de Èbó, sabe que todo Ebó é
considerado um remédio que cura algo, e por ser um remédio, ele sempre fará o seu efeito
desejado, seja com FÉ ou sem nenhum tipo de Fé. Mas que fique bem claro que isso se trata de
Èbó e, sobre a manifestação da força de um Èbórà/Orisa na vida de seu devoto, que pode até
conseguir milagres através de sua dedicação e orações cotidianas, dia a dia.

Já para uma compreensão mais profunda sobre a ritualidade processual da composição de um


èbó é fundamental ter uma significativa noção de química, física, alquimia (cada elemento
utilizado na composição de qual Èbó); pois há um grande equívoco conceptual sobre o termo
“Magia” que de confrontam com o termo “Magica” o mesmo que fraude.

Pois a MÁGICA nunca foi e nunca será sequer sinônimo de MAGIA (manipulação de bruxaria).
Entendendo que a Mágica é puro ilusionismo, o truque, feito para entretenimento de um público
que vive em busca de uma solução espiritual fantasiosa, mas infelizmente não surtirá qualquer
efeito real, porque a magica lida nada mais do que com mentiras, bem disfarçada e chamada aqui
de “SIMPATIA”, ao passo que a real Magia é pura e alta bruxaria (alta alquimia), manipulação
química, física e metafísica que envolve alguns elementos afins, reunidos com sabedoria, para
obter-se a concepção, e criar o término de algo ruim ou para conceber o início de Algo muito
bom.

A etimologia da palavra Magia provém da Língua Persa, magus ou magi, que significa sábio
(aquele que sabe tudo sobre magia). Da palavra "magi" também surgiram outras tais como
"magister", "magista", "magistério", "magistral", "magno", etc. Também pode significar algo que
exerce fascínio, num sentido moderno, como por exemplo, quando se fala da Magia como
reunião de elementos que dão resultados eficazes que acordo com um tipo exato de um dos 256
Odu-Ifá, usado na mesma, para alguma finalidade bem eficaz.

A magia é uma Grande Ciência Sagrada e comumente usada pelos Babalawo experiente cheio de
sabedoria, conhecimentos, calmos, observadores, prudentes, sensatos, tolerantes, pacientes,
perspicazes, autocríticos, sintonizados com as forças do universo etc. Porquanto Magia requer
mais de conhecimento, pois é uma ciência oculta que estuda os segredos da natureza e a sua
relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam o
desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do próprio Homem, até
que este tenha o domínio total sobre si mesmo e sobre toda a natureza em sua volta. A magia tem
características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contato com os aspectos ocultos do
Universo e de cada Divindade peculiar aos seus atributos, não só através dos elementos
utilizados no momento, mais que elementos, são usados ainda o maior poder que é o poder da
transformação através da palavra sagrada, abençoada ou bendita, habitualmente conhecida como:
Iba, Oriki, Kiki, Iwure, Igede, Èsé-Ifá, Òfò ou Afo-Asè. E, é isso que torna a Magia chamada
Èbóriru, uma das mais poderosas e intensamente exaustivas na sua execução, muito eficaz para
solucionar e transformar qualquer situação ruim em benefícios à quem necessitar...

O CONCEITO DE MAGIA E MAGICA

Mágica = Mágicos, ilusionistas – são praticas de sacerdotes charlatões (mentirosos) que


desapoiam a verdade e usam de achismos, utilizando elementos sem sentindo e que nada conhece
sobre os seus efeitos de fato, ou se fixam em elementos imaginários, e insistem em usarem as
suas “receitinhas de bolo”, como nomes ou títulos reinventados. Assim forçam os seus clientes à
ter Fé a fim de obter algum tipo de resultado ilusório. O que deve ser avaliado como pura
LOUCURA de ambas as partes, ou esperteza do executor charlatão.

Foi a partir de tudo isso, que originou-se o reinventado culto afro-descendente, completamente
desestruturado, cheio de romantismo, rituais recriados e folclores públicos através de
apresentações de Orisa’s equivocadamente personificados em reis ou rainhas já falecidas, que
numa roupagem luxuosa e nada original , longe da essencial de Deus, hoje inovados eles
demonstram atributos cheios de futilidades, egos, vaidades, defeitos de caráter etc., Mas tudo
isso baseado simplesmente em MITOS culturais criados a partir das guerras civis entre os
Dahomeanos, Oyo, Ondo, Ifon etc., Portanto, hoje, vemos uma evidente cultura de papagaios, de
pessoas que escutam e insistem em repetir tudo que ouvem e praticam tudo que veem. Enquanto
outros mais ousados, ainda criam mais e mais rituais como supostos Ebó ou rituais
impressionantes aos seus membros que e vibram e louvam achando ser Orisa.

É assim que esses verdadeiros charlatões, fazem de tudo para convencer e tirar dinheiro, por
avareza, dos que possuem menos conhecimentos ou até nenhum. E, considerando o dito popular:
“Em terra de cego quem tem olhos é Rei”. Assim, esses supostos sacerdotes insistem em se auto
afirmar-se como sacerdotes ou sacerdotisas que sabem tudo, mas na realidade não conhecem é
nada, muito menos sobre o seu próprio e real Èlédà. Os que conduzem muitas “pessoas sérias” à
se perderem, perderem o seu tempo numa vida de ilusão ou romantismo espiritual cheias de
futilidades , alguns chegam preciosamente à perder o tempo de 01, 03, 05, 07, 14, 21, 30, 50 ou
até mais anos numa vida cheias de mentiras com nome de tradicionalismo Afro.

Certamente, algumas pessoas de Ori enfraquecido (Oribururu) perdem tempo na ilusão mesmo,
outros por puro romantismo indiferente ou arrogância, enquanto outros infelizes (Oriburuku)
chegam a pagar muito caro por sua má escolha, contraindo grandes sofrimentos, as vezes com
morte na família, doenças crônicas, perdas financeiras, miséria total, má sorte no amor,
separações, inimizades, traições, desonras, desconsideração, desrespeitos, traumas, abusos,
penúrias, exploração, escravismos, indiferença do próprio Orisa etc. Mas, já há outras pessoas de
Ori forte, que por desígnio de Olodunmare, Ori e Èsú ainda tentam abri-los olhos à descobrir o
bom caminho e, infelizmente ainda assim insistem no erro de viver na profunda tolice, teimosia,
afobação, medo de perder status, impulsividade, burrice, vaidade, caprichos, oposições,
contestações, soberba, arrogância etc. Esses, por si só, infelizmente escolhem viver na lama da
sua utopia, até o fim da sua vida, sem jamais mais saber o que é verdade ou mentira, vivendo em
um grande vazio interior, sem a capacidade de orientar qualquer pessoa, quando mais executar
rituais sérios e bem direcionados.

A Magia Ifaista = bruxaria em Ifá – É executada somente por Bàbàláwó, Onisegun ou Oloogun,
aqueles que são expert no assunto, os quais trabalham quase sempre em comum acordo, a fim de
solucionar algum tipo de problema que já atingiu ou ainda atingirá um ser humano. Como consta
em um dos relatos de Ifá, onde Ele diz que é melhor prevenir do que curar. Portanto, ninguém
trabalha sozinho, sempre existe alguém mesmo que oculto por traz de sacerdote.

Portanto, não é necessário ter “fé” para ver ou sentir os efeitos sutis ou agudos de uma Magia
realizada por uma pessoa capacitada e/ou legitimada (pela ciência física ou espiritual). De tal
forma, que os efeitos das Magias não devem ser confundidos pelos conceitos, concepções ou
influências espiritas, católicas, cristãs etc.

Quando um sacerdote especulador (sem conhecimento) ou sacerdotisa que não possui de fato as
profundas noções sobre as exatas formas e as fórmulas usadas na composição de um Èbò, Ritual,
isso se torna muito perigoso para si mesmo ou para quem se está executando um ritual! Pois ao
manipular elementos que não se conhece profundamente ou não se tem experiência de fato sobre
esta ciência, fatidicamente estarão colocando as vidas das pessoas inocentes em risco. E se
tratando de executor e inocente, na lei de espiritualidade mão existe inocente, porque quem
procura sempre acha algo bom ou ruim para se experimentar, através das suas intenções...

Por isso, é fundamental conhecer profundamente as forças que estarão despertando durante um
ritual de èbó, bem como conhecer os antídotos que podem ser usados em eventuais situações de
surpresas.

A prática do ritual de èbó no Brasil, realizada indiscriminadamente por pessoas sem caráter
(charlatão), deveria ser crime, e mais, deveria ser motivo de ação judicial, contra esses tipos de
praticantes que insistem em se afirmam ter o conhecimentos de anos e anos, quando na verdade
não conhecem nem a si mesmo, e só se baseiam na arrogância do que ouvem dentro de seus
grupos, sociedades, sem qualquer noção real do é Orisa de fato e o que é Magia ritual. Pois
assim, expõe ”inocentes” aos mais diversos riscos, uma vez que a prática de charlatanismo cresce
assustadoramente no país, se configurando numa espécie de “um tiro no escuro”.

Os Ifaístas, principalmente os Babalawo, sabem que o cosmo é dividido em duas metades. A


direita está habitada pelas forças do Bem e a parte esquerda está habitada pelas forças Malignas
conhecidas como Ajogun.
As forças malignas possuem uns nove inimigos implacáveis terríveis que são:
Ikú Oníkò - (morte),
Àrùn - (doença – a esposa de Ikú),
Òfò - (perda),
Anifé - (separação conjugal – ou má sorte no amor),
Ègbà - (paralisia),
Èjòràn - (problemas de varias orden: confusões–disputas-fofocas etc.),
Èpè - (maldição- pragas),
Iká - (perversidade – crueldades)
Èwòn - (prisões em vários sentidos, falta da liberdade física – ou qualquer outron tipo de prisão),
a qual evolui muito como força sobrenatural, em algumas sociedades contemporâneas. E a última
é Èse (todo resto dos males não mencionados), por exemplo, uma dor de estômago é um ataque
de Ajogun igualmente a lepra, dor de cabeça, gripe, desanimo, aspiração à suicídio, malária,
varicela, sarampo, câncer etc.

Estas forças manifestadas, no corpo ou na vida comum, como malignas são em total de 200+1,
sendo que este “+1” dá origem para que apareçam novos Ajogun, tais como HIV, câncer,
anemias, leucemia, depressões, deficiências emocionais, indecisões, escolhas erradas, solidão e
até novas doenças.

Só através de Ifá, os Èbòrà conhecidos mais usualmente como Òrìsà, ou divindades benévolas,
que habitam o lado direito, somam 400+1, tal como no outro exemplo, eles abrem espaço que
apareçam novas e mais novas divindades “Òrìsà”, a fim de auxiliar correções em auxílios na vida
do ser humano contra tais forças Ajogun. De tal forma que o cosmo de Ifá/Orisa é muito elástico
e, quando algo é ofertado de forma correta, então gera um perfeito equilíbrio entre o ser humano
e a natureza.

Para os reais Ifaistas o número de animais sacrificados não é muito importante, comparado ao
que observamos as chacinas de animais aqui no Brasil, onde tudo isso ocorre de forma
desordenada e sem uma definição exata.

Quando na nossa realidade temos que ter em mente que quando executamos até um simples Èbó
para determinada pessoa que sofra algum mal, como exemplo: No Ifaismo chamamos de “troca”
com a presença de um Odù e um determinado Èbòrá/Òrìsà, quando ocorre a troca de um animal
sacrificado, a fim de fornecer a solução de problema, isto sim que é sensato e irrevogável. Pois
tudo é executado sob horas e horas de exaustivas orações e pedido de permissão, até chegar
ocorrer a “troca”

Pois é corretíssimo, ocorrer uma “troca” para um tipo de doença (Ajogun), usando uma oferenda
para um determinado Èbòrà/Òrìsà através de um Odù-Ifá e, dividido em ambos os lados do
cosmo para formar o equilíbrio, sempre se compartilha tudo com o Òrí-Èlèdà (a força Òrìsà da
c,onsciência ativa na cabeça física da pessoa).

1 - Obs: Aqueles que possuem uma consciência fechada e incapaz de entender o universo das
curas de Ifá e, se por acaso persistem na mais total ignorância. Só lamento, a vida segue no seu
rumo certo. E não cabe discutir sobre os ditames de Ifá/Orisa. - Uma prova disso, no Odù-
Okanran-Meji, o próprio Sango diz: Todo aquele que ousa contestar Ifá é um KOLORI (louco).

2 – Obs: Eu, Ifalekan, como qualquer outro sério Babalawo, convicto do que realmente é a nossa
missão nesse, temos a literatura de Ifá /Orisa, Então, refirmo , que nenhum de nós Babaalwo
somos os donos da VERDADE, apenas somos responsáveis de propagá-la, de forma verdadeira e
sábia. Portanto, aceitem ou não, IFÁ é a única VERDADE, é a boca de Deus que fala orientando
a cada ser humano.

Agradecido a quem gostar e colocar em pratica...

Lamento aos que se ofedenderem....

Obrigado a todos!!!

POR: Oluwo Ifalekan Abimola


ÈSÙ OLÙBERÈ ÀWON ÒRÌSÀ

ÈSÙ O MAIS CONTROVERTÍVEL DOS ORIXÁS


Contam os nagôs igbómìnàs que, em tempos passados, sempre ao entardecer, Èsù, entoando um
cântico, dirigia-se a um próspero mercado do vilarejo do reino dos igbómìnàs. Lá ao chegar,
sentava-se em uma cadeira ou às vezes ficava de pé, alegrando, cantando, entretendo, distraindo,
induzindo a clientela a fazer apostas em jogos e contando histórias em troca de uma refeição e
um trago de aguardente, conforme combinado com o dono do mercado (Olójà).
Le ró o, le ró o otí l’ayò
Le ró o, le ró o oti l’ayó
“O indolente (Èsù) com a sua astúcia bebe alegremente sua aguardente”
Com o passar dos meses, o comerciante, julgando já estar com uma clientela fixa, expulsou Èsù
do seu estabelecimento comercial. Magoado com a desfeita, uma vez que as pessoas se
acercavam do mercado unicamente por sua causa, Èsù atravessou a rua indo sentar-se numa
cadeira que estava em frente ao outro empório, que por sinal estava a falir.
Durante o período em que ali ficou sentado, Èsù observou que nenhum cliente dali se
aproximava, ao oposto do outro mercado de onde tinha sido expulso, que era um entrar e sair
constantes. Decidido a vingar-se da ofensa feita a sua pessoa, Èsù dirigiu-se ao mercador falido
(Onisòwo onígbèsè) e lhe propôs reerguer seu estabelecimento. O mercador falido retrucou
dizendo-lhe: ‘Como poderei pagar-lhe tal beneficio?’ Èsù respondeu-lhe: ‘Permitindo que eu
venha beber e comer graciosamente todas as noites em seu estabelecimento’. ‘Está combinado.
Dou-lhe minha palavra’, disse o mercador.
Èsù, após o trato, continuou sentado na cadeira do mercado falido até o início do alvorecer do dia
seguinte. Tão logo o dia começou a raiar, o ardiloso Èsù, portando uma cabaça serrada ao meio
(igbá) com mel de abelha em seu interior, dirigiu-se ao mercado de onde havia sido expulso,
entoando o seguinte cântico:
‘Olooyin, Olooyin o!
Olooyin , Olooyion o!
Èsù mõmo ayinrarè
Olooyin, Olooyin o!’
‘Dono do mel de abelha,
Dono do mel de abelha, eu o saúdo!
Èsù, sábio, vaidoso.
Dono do mel de abelha, eu te saúdo!’.
Ao chegar no mercado próspero, Èsù entoando um cântico[1], derramou em frente ao mesmo um
pouco do mel de abelha. Em seguida, retornou lentamente ao mercado de onde tinha vindo,
espalhando pelo chão em sua direção o restante do mel de abelha. Quando Èsù chegou ao
término do seu pretexto, o dia já havia clareado totalmente. Incontinente, sentou-se em uma
cadeira à entrada do mercado falido e ficou observando os primeiros fregueses chegarem ao
estabelecimento comercial, que ele havia tornado próspero e de lá tinha sido expulso.
Rapidamente, formou-se uma aglomeração na porta do estabelecimento, pois um dos fregueses
percebeu o líquido espesso derramado na porta do mesmo. Imediatamente, um a um dos clientes
resolveu seguir o indício deixado pelo líquido. Tal como Èsù planejou, o mel derramado levou
todos os fregueses para o mercado de onde ele sentado os aguardava.
Ao chegarem ao local, depararam com Èsù e nunca mais deixaram de frequentar aquele
estabelecimento, que se tornou próspero em curto espaço de tempo. E assim, todas as noites,
após beber e comer graciosamente, Èsù cantava alegre e satisfeito para todos os que pernoitavam
e gastavam dinheiro naquele empório. E quando se despedia ao alvorecer, todos os presentes o
saudavam cantando alegremente:
‘Ogõgóro ngo Laróyè (Èsù o!)
Ogõgóro ngo Laróyè’.
‘Saudemos Èsù, o intérprete de todos os idiomas!
Ele gosta (ou ele quer) de aguardente feita do dendezeiro’”
Ressalva: A narrativa em questão esclarece a semelhança do ser humano com o Òrìsà Èsù que,
com todas as suas atribulações, contradições e procedimentos, procura jogar as cartas que possui,
sempre usando de estratagemas, na esperança de ganhar todas as partidas. Ratifica também que,
quando tratamos bem o nosso semelhante, queremos ser bem tratados. Todavia, em algumas
vezes, os fatos não são uniformes. A associação em questão faz crer na constante renovação da
vida, que se transforma sem cessar, fazendo com que a mesma muitas das vezes deixe de ser
uniforme. [2]
________________________________________
[1] “Olooyin, Olooyin o! Olooyin, Olooyin o! Ojúmomo oyin báre Olooyin, Olooyin o!”(“ Dono
do mel de abelha, Dono do mel de abelha, eu te saúdo! O dia vem raiando, o mel de abelha trará
bons relacionamentos. Dono do mel de abelha, eu te saúdo!”)
[2] Em hipótese alguma, esta narrativa demonstra ou ratifica que os filhos do Òrìsà Èsù devam
viver pelos bares em troca de bebida ou comida.
Referência Bibliográfica: PENNA, Antonio dos Santos - “Mérìndilogun Kawrí” – Os Dezesseis
Búzios – Produção Independente – Páginas 148 e 149 – RJ 2009
https://www.facebook.com/photo.php?
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SENTENÇA: ENI DA ILE Á BÁ ILÉ LO
1º MANDAMENTO
• Esúrú: falar o que não sabe;
• O sacerdote não deve enganar ao seu semelhante dizendo e fazendo conhecimentos que não
possui;
• Quem abusa da confiança do próximo, enganando-o e manipulando-o através da ignorância
religiosa sofrerá graves conseqüências pelos seus atos, A natureza se incumbira de cobrar erros
cometidos e isto se refletirá em sua descendência consangüínea e espiritual.

2º MANDAMENTO
ELES AVISARAM AOS MAIORES QUE NÃO CHAMASSEM A TODOS DE ESÚRÚ
(CHAMAR A TODOS DE ESURÚ É CONSIDERAR TODAS AS COISAS COMO CONTAS
SAGRADAS).
• O sacerdote deve saber distinguir entre o ser profano e o ser sagrado, o ato profano e o ato
sagrado, o objeto profano e o objeto sagrado;
• Chamar a todos de “esúrú” é admitir que todos tenham missão sacerdotal;
• Para ser sacerdote, são necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e
vocacionais; • A simples iniciação de um ser profano, desprovido destes atributos básicos e
essenciais, não o habilita como um sacerdote legítimo e legitimado;
• Cabe ao sacerdote iniciador escolher com muito critério aqueles que são realmente dignos do
sacerdócio;

3º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO CHAMASSEM FORÇAS, DA FORMA ERRADA “ÓDIDÉ”.
• Os sacerdotes nunca devem desencaminhar as pessoas com maus conselhos e orientações
erradas;
• Os sacerdotes não devem usar seu poder religioso para o mau, se assim o fizerem serão como
“ódidé”, aves noturnas que se saciam de sangue e com o sacrifício de outros;
• A mais importante função do sacerdócio: orientar, conduzir ao caminho correto, ao encontro do
“irê” (boa sorte) de acordo com seus odus e orixá de cabeça;

4º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO DISSESSEM QUE AS FOLHAS DE “ARABÁ” SÃO FOLHAS
DA ÁRVORE DE “ORIRO”.
ORUNMILÁ É AQUELE QUE NOS OLHA COM AMOR, NÃO FAÇAMOS POR ONDE
POSSA NOS OLHAR COM DESPREZO.
• Usar de artifícios e mentiras contra as pessoas inocentes e crédulas e de bom coração, provoca
o descontentamento de Orunmilá e a conseqüente ira de Elegbara;
• Aquele que usa de meios escusos enganosos contra seus semelhantes, será culpado do crime de
abuso de confiança;

5º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO DEVERIAM MERGULHAR FUNDO, AQUELES QUE
AINDA NÃO SOUBESSEM NADAR.
O SABER É FUNDAMENTAL PARA QUEM QUER FAZER.
É NECESSÁRIO O PODER QUE SÓ A INICIAÇÃO OUTORGA
OLODUMARE NÃO DEU AO IGNORANTE O DIREITO DE APRENDER SEM ANTES
TOMAR DE QUEM SABE A OBRIGAÇÃO DE ENSINAR
• O sacerdote não deve ostentar uma sabedoria que na verdade não possua;
• O saber é condição básica para que se possa saber;
• Tudo deve ser feito integralmente e com legitimidade total;
• Deve o sacerdote ensinar tudo o que sabe àqueles que o cercam e que Ele confie;
• O sacerdote deve buscar orientação em quem sabe;
• O sacerdote não deve ostentar o que não sabe;

6º MANDAMENTO
ELES AVISAVAM QUE FOSSEM HUMILDES E NUNCA JAMAIS AGISSEM COM
EGOÍSMO.
HUMILDADE E DESPRENDIMENTO SÃO ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS DE UM
VERDADEIRO SACERDOTE
• O sacerdote não deve ser vaidoso de seus poderes, mas consciente deles;
• O sacerdote existe para servir e não para ser servido;
• O sacerdote não pode ser como pavão, que exibe suas plumas e desperta a sua morte; a vaidade
empobrece o sacerdócio.(oduogundakete);
• O verdadeiro sacerdote não se preocupa em provar seu saber;
• O exibicionismo não é conduta de sacerdócio;

7º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO ENTRASSEM NA CASA DE UMA ARABÁ (TÍTULO
DAQUELE QUE RESGUARDA OS SEGREDOS DA CHEFATURA DE IFÁ), COM MÁ
INTENÇÃO.
• A iniciação não pode ser realizada por interesses que não sejam idôneas;
• A intenção de um sacerdote é servir à humanidade, a Orunmilá e aos Orixás;
• Iniciação por status ou vaidade pessoal é profanar o sagrado e assim pagará com duras penas o
sacrilégio; • Ninguém adentra impunemente ao Igbodu Ifá;
• Iniciar alguém significa responsabilidade com o sagrado.

8º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE DEVERIAM USAR “EKODIDÉ” PARA LIMPAREM SEUS
TRASEIROS.
OS SAGRADOS FUNDAMENTOS NÃO PODEM SER USADOS COM OBJETIVOS VÃOS.
• Os tabus devem ser integralmente observados sob pena de severas conseqüências;
• O sacerdote deve submeter-se às interdições impostas pelo seu odu pessoal, assim como aos
tabus de seu Olori;
• Submissão ao culto e preceito é fundamental;
• A obediência total às orientações de Ifá conduz o homem à plenitude de bênçãos;
• Não se deve usar o sagrado de forma leviana;
• Não se deve usar o poder do axé para prejudicar ninguém e em nenhuma hipótese;
• Usar o sagrado para vantagens pessoais, principalmente financeiras será continuamente cobrado
e responsabilizado por isto;

9º MANDAMENTO
• O epô é um elemento muito sagrado; é o sangue vegetal.Há de ser muito limpo e puro;
• Tudo deve ser limpo: instrumentos, pessoas, ambientes;
• Os assentamentos devem ser muitos limpos;
• As atitudes e a honra devem ser limpas e puras;
• O sacerdote deve ser escrupuloso com tudo;
• Os instrumentos litúrgicos, seus assentamentos, seu corpo, suas atitudes e seu caráter hão de
permanecer sempre limpos... Muito limpos
• Nenhum orixá admite a sujeira física ou moral;

10º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO DEVERIAM URINAR DENTRO DO AFÓ
AFÓ É O LOCAL ONDE SE FABRICA O EPÔ
• Tudo num rito e num ato deve ter limpeza e religiosidade;
• A comida deve ser muito limpa;
• A comida deve ser realizada com religiosidade;
• O silêncio é fundamental nos atos;
• Ensinar quem não sabe e quem sabe menos é uma obrigação sagrada;

11º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO SE DEVE RETIRAR A BENGALA DE UM CEGO.
• Os que mais sabem hão de ter o mais profundo respeito pelos que nada ou menos sabem;
• Ninguém poderá descaracterizar o que os outros sabem e acreditam;
• Abalar a fé de quem sabe pouco ou nada sabe é retirar sua bengala;
• A mais importante missão de um sacerdote é ensinar e orientar;
• Hão de ensinar com doçura, sutileza, humildade e paciência;
• O sacerdote é um mestre;

12º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO SE RETIRA UM BASTÃO DE UM ANCIÃO
BASTÃO: SÍMBOLO DAS EXPERIÊNCIAS ADQUERIDAS;
DEVE-SE RESPEITAR E TRATAR MUITO BEM OS MAIS VELHOS
• Respeito aos mais velhos é um dos principais fundamentos da religião;
• Reconhecimento de antiguidade é posto;
• Falta de respeito, atenção, deixa-lo sem proteção é retirar-lhe o bastão.
• Os novos hão de respeitar os velhos;
• Os velhos são como livros de sabedoria que devem ser lidos com paciência e carinho;
• Numa religião aonde o saber é transmitido oralmente deve-se preservar seus velhos;
• Saber é poder!
13º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO SE DEITASSEM COM A ESPOSA DE UM OGBONI
OGBONI : TÍTULO DE MASGISTRADO, JUIZ, PESSOA DGNA DE RESPEITO
• As autoridades devem ser respeitadas integralmente;
• O ogboni representa: autoridade e leis;
• O sacerdotes devem pautar sua vida de acordo com a lei dos homens e dos Orixás;
• As leis de Ifá devem ser respeitadas e nunca alteradas e manipuladas.

14º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NUNCA SE DEITASSEM COM A ESPOSA DE UM AMIGO
• Os amigos devem ser respeitados e nunca traídos;
• A amizade entre as pessoas deve sempre ser fortalecida;
• O respeito e a ética devem existir;

15º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NÃO SEMEASSEM DISCÓRDIAS RELIGIOSAS
• Não se deve usar a religião para a guerra e a separação entre os homens;
• A religião deve unir através de Olodumarê, Orunmilá e Orixás;
• Não se deve semear a desconfiança e inimizade entre as pessoas de axé;
• DEUS é um só e todos os homens são seus filhos, portanto irmãos;

16º MANDAMENTO
ELES AVISARAM QUE NUNCA FALTASSEM COM O RESPEITO OU QUISESSEM
DEITAR-SE COM A ESPOSA DE UM SACERDOTE
• Os adeptos devem respeitar-se mutuamente;
• Uma única palavra neste mandamento: ÉTICA.

Fonte: Sixteen Cauris


Lau
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QUESTÕES DE INCORPORAÇÃO NO BRASIL

A questão da inconsciência e da consciência da manifestação corpórea da Divindade está e


sempre estará relacionada a toda e qualquer religião que atue no campo do trabalho espiritual,
ainda mais no que se refere aos dias atuais, onde diversos elementos tais como: desconfiança,
descrença popular, crítica, medo, problemas pessoais e tantos outros, reinam no coração de
muitos adeptos de nossa religião e esses elementos com toda a certeza podem dificultar a
manifestação plena da Divindade, causando então uma manifestação parcial.

Para entendermos isso de uma forma mais clara, devemos eliminar certos conceitos que são
tratados durante anos como verdade, sendo que são conceitos totalmente errôneos. O Orixá não
nasce para ninguém, na verdade somos nós que nascemos para o Orixá, para o caminho do
Orixá, o Orixá vem pronto, quem aprende, quem precisa aprender a lidar com a energia do Orixá
manifestada em nosso corpo somos nós, para que o mesmo possa atuar em sua plenitude.

Em muitas fotos e vídeos referentes ao que é feito em outras Terras, como na África, no que se
refere ao Culto ao Orixá, podemos observar que, na maioria das vezes, no “transe” ou na
manifestação corpórea da Divindade, esta encontra-se manifestada de olhos abertos.

A questão é que, no Brasil, criou-se um certo Tabu de que o Orixá deve vir com os “olhos
cerrados”. Na minha opinião, isso varia de indivíduo para indivíduo. Cada ser humano possui a
sua particularidade e por este motivo cada um tem uma forma de ser, de agir e até mesmo de
lidar com a energia espiritual. Além disso, podemos considerar que, em alguns casos, até mesmo
a Consciência pode entrar em ação, apesar de não ter o controle de braços, pernas e ações enfim,
o indivíduo pode estar vendo ou ouvindo tudo que se passa e isso não quer dizer que seja
“marmotagem”; isso nada mais é do que a particularidade de cada ser.

A mesma questão cultural criou-se em torno do Orixá falar ou não falar. Em um texto anterior
causei certa polêmica ao afirmar que, no Brasil, Orixá não fala. Acredito que não me fiz entender
anteriormente e tentarei agora ser mais claro sobre o assunto.

A questão é que, enquanto em termos de África o Orixá muitas vezes conversa normalmente,
canta e pode vir de olhos abertos, aqui no Brasil o Orixá, devido a questões culturais tais como o
período da escravidão e após a mesma, onde os recém libertos tiveram que cultuar em silêncio,
criou-se essa condição. E o Orixá tornou-se limitado dentro da ritualística, apenas falando em
rituais internos em algumas casas, apenas falando na hora de dar o Oruko (nome), na hora do seu
Ilà, que vem a ser o grito ou som emitido durante o transe. Todo o período da escravidão, todo o
sofrimento de um povo, fez com que houvesse essa modificação ritualística e comportamental da
Divindade, onde quem se tornou a voz do Orixá, aquele que traz o recado, que conversa, que
fala, seria o Erê, uma divindade criança que se manifestaria após o transe do Orixá, uma
manifestação que causa muitas discussões entre alguns adeptos.

Porém em alguns outros lugares podemos observar que pessoas que possuam uma idade maior
referente ao culto, ou seja, idade de santo, algumas vezes os Orixás falam, ou seja, possuem uma
conversação constante e não limitada.

Conclusão:

O que podemos concluir é que a nossa religião no Brasil, possui uma grande variedade Cultural,
seja na parte ritualística, seja na questão histórica. Além disso, não podemos nos esquecer de
que, apesar de não termos abordado aqui tal questão, a nossa religião além de rica em sua base,
em conhecimento comum, ela é rica em termos regionais, em regionalidade, apesar de alguns
tentarem negar, existem sim algumas diferenças de um local para o outro, mesmo que mínimas, o
que torna o Candomblé uma religião infinitamente rica, que por mais que julgamos conhecer
sempre temos algo para aprender. A religião em si desde sua existência, deve ser preservadora de
sua base, de sua origem, mas ao mesmo tempo deve evoluir junto com o mundo e com a sua
necessidade. O comportamento humano nos dias atuais é diferente, e até a forma de fé. Não é
como a anos atrás e para mantermos a religião viva, para fazer as pessoas se sentirem abraçadas
pela fé, fazer esta boa manutenção da mesma, devemos adaptar a religião à evolução do mundo.
Resumindo, a religião deve caminhar com a evolução sem perder a sua fundamentação.
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OSUN
Poderoso Orixá, é considerada como a mais enigmática das Iyás (mães). Símbolo do “feminino”,
cujo culto praticado no Brasil tem origem em Ijèsà (África). Seu templo principal encontra-se em
Osogbo – Nigéria (ver fotos). Domina a água e a terra que, segundo a teologia Yorubá, são os
agentes naturais do AXÉ GENITOR (procriador). É o Orixá do Rio de mesmo nome, e no Brasil,
não está vinculada a nenhu
m rio específico, mas à todos os córregos, cascatas, cachoeiras e até mesmo ao mar. As águas
predominantemente lodosas, são destinadas ao Orixá Nanan. Nas cachoeiras, costuma-se
entregar a Oxun, as comidas rituais votivas e presentes de seus Filhos-de-Santo. Alguns dizem
que o Rio Osun não é navegável. Outros, por superstição, afirmam que só é possível atravessá-lo
de uma margem para outra e nunca subi-lo ou descê-lo. Crocodilos que neste rio vivem, são
considerados seus mensageiros. Oxun é representada, em algumas narrações como “Peixe
Mítico”. Há uma lenda em que Larô, o primeiro rei, de uma região na qual o Rio Oxun passa e
suas águas são sempre abundantes, lá se instalou e fez um pacto de aliança com o Orixá. Na
época em que chegou, uma de suas filhas foi se banhar. O rio a engoliu sob as águas. Ela só saiu
no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que Oxun a havia bem acolhido no fundo do
rio. Larô, para mostrar sua gratidão, veio lhe trazer oferendas. Numerosos peixes, mensageiros
da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação, os alimentos jogados nas águas. Um grande
peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Larô. O peixe cuspiu água, e Larô
a recolheu numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida, ele estendeu
suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela. Isto é dito em yorubá: Atewo gba ejá, o
que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar.

Ataojá declarou então: “Oxun gbô!” – “Oxun está em estado de maturidade; suas águas são
abundantes”, dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-se, grandes festas
no local, em comemoração a todos esses acontecimentos. Iyalodê é o título mais honorífico que
uma mulher pode receber. Oxun possui este título: A Senhora Suprema de todas as Mulheres.
Árbitra das diferenças entre elas.

Mãe Ancestral
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=318066991629569&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
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DEUS ME PROTEJA DA RAIVA DE ÈSÙ

ÈSÙ YANGI
ÈSÙ BÀBÁ ALÀSÉ
KI NNKAN MÁ SE OMO MI
KI NNKAN MÁ SE AYA MI
ÀTI ÈMI NÀÁ
MÁ SE MI LU ÉNIYÀN, MÁ SE ÉNÌYÀN LU MI
LÀNÀ OWÓ, LÀNÀ OMO KÀN MI O
ÈSÙ MÁ SE MI, OMO ELÒMÍRÀN NI O SE
ASÓRO LÒGO AKÉTÈPE LÒGBÓ
ÒLÒRÙN MÁÀ JÉ KI ARI ÌJÀ ÈSÙ O

TRADUÇÃO
Èsù Yangi
Èsù, Pai senhor do axé
Proteja Minhas Crianças Das Forças Do Mal
Proteja Minha Mulher Das Forças Do Mal
E Me Proteja Também
Èsù, Não Me Tente Contra As Pessoas; Não Tente As Pessoas Contra Mim
Deixe-Me Ter Dinheiro E Crianças
Èsù, Não Me Tente Os Outros Para Cometer Crimes
O Que Tem Força Espanca, E Tem Grupos Fortes
Deus Me Proteja Da Raiva De Èsù
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ESU, ÒTÁ ORISÁ, OU ÓÒTÁ ORISÁ

ÈSÚ, ELÉGBÁRA, ELÉGBA OU AINDA LÉGBA, SERIAM OS NOMES PELOS QUAIS É


CONHECIDO ESTE PODEROSO ORIXÁ, O PRIMEIRO CRIADO POR ELEDUMARE.
O CULTO DE EXÚ É MUITO INDIVIDUAL: CADA INDIVÍDUO, ASSIM COMO CADA
COISA POSSUI O SEU LEGBA (BENIN) ELEGBARA (NIGÉRIA), PODENDO,
PORTANTO, EDIFICAR O SEU ASSENTAMENTO, ONDE PODERÁ CULTUÁ-LO E
APAZIGUÁ-LO.
OS ODU-IFÁ QUE FALAM EXCLUSIVAM
ENTE DE ESU SÃO ODI-GUNDÁ, GUNDA-DI E ODI-TURUKPON, ENTRE OUTROS.
POR SUA IMPORTÂNCIA E ATRIBUTOS, EXÚ É SEMPRE O PRIMEIRO A SER
HOMENAGEADO E CULTUADO EM TODOS OS PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS.
SEU CARÁTER É AMBÍGUO E FAZ O MAL OU O BEM DE ACORDO COM SUA
PRÓPRIA CONVENIÊNCIA.
A ATITUDE DO AFRICANO DIANTE DESTA DIVINDADE É DE VERDADEIRO PAVOR,
DEVIDO AO SEU PODER DE ATUAÇÃO SOBRE A VIDA E A MORTE, O SUCESSO E O
FRACASSO, A RIQUEZA E A MISÉRIA, DE ACORDO COM AS DETERMINAÇÕES DE
OLODUMARE, DE QUEM É O EXECUTOR DE ORDENS. POR ESTE MOTIVO, TODOS
OS SEGUIDORES DA RELIGIÃO PROCURAM ESTAR BEM COM ELE, EVITANDO
DESAGRADÁ-LO PARA NÃO SE EXPOREM À SUA IRA.

"BI Á BÁ RÚBO, KI Á MÚ T'ÈSÚ KURO”


(QUANDO QUALQUER SACRIFÍCIO É OFERECIDO, A PARTE QUE CABE À EXÚ DEVE
SER DEPOSITADA DIANTE DELE).

ESTA REGRA DEVE SER SEMPRE OBSERVADA PORQUE DESTA FORMA EVITA-SE
QUE, COM ATITUDES MALICIOSAS, EXÚ VENHA A OCASIONAR CONTRATEMPOS E
CONFUSÕES DE TODOS OS TIPOS.
NUMA DAS MAIS IMPORTANTES LOUVAÇÕES DE EXÚ, ENCONTRAMOS A
EXPRESSÃO "ÈSÚ, OTÁ ÒRISÁ" - "EXÚ, O ADVERSÁRIO DOS ORIXÁS" - O QUE
REAFIRMA OS CONSTANTES PROBLEMAS EXISTENTES ENTRE ELES,
OCASIONADOS PELA DISPUTA DO PODER E DA AUTORIDADE. MAS TAMBÉM PODE
SER INTERPRETADO COMO OOTÀ ORISÁ, O SOLDADO, O VIGIA, AQUELE QUE
VIGIA TANTOS AS NOSSAS ATITUDES, MAS TAMBÉM A DOS ORISAS.
ENTRE OS MUITOS NOMES OU TÍTULOS HONORÍFICOS DE EXÚ, DESTACAMOS:
LOGEMO ORUN: INDULGENTE FILHO DO CÉU.
A N'LA KA'LU: AQUELE CUJA GRANDIOSIDADE SE MANIFESTA EM PLENA PRAÇA.
PÁPÁ WÀRÀ: AQUELE QUE APRESSADAMENTE, FAZ COM QUE AS COISAS
ACONTEÇAM DE REPENTE.
A TÚKÁ MA SE SA: O QUE ELE QUEBRA EM PEQUENOS PEDAÇOS JAMAIS PODERÁ
SER RECONSTITUÍDO.

EXÚ POSSUI MUITOS EMBLEMAS, COMO A LATERITA, IMAGENS DE MADEIRA OU


DE BARRO SEMPRE ENCIMADAS POR UMA LÂMINA OU PONTA AFIADA, BASTÕES
FÁLICOS, ETC...
O ORIXÁ EXÚ É O ÚNICO DENTRE TODOS OS DEMAIS, QUE TEM SEU CAMPO DE
AÇÃO ILIMITADO, PODENDO ATUAR EM TODOS OS NÍVEIS DA EXISTÊNCIA
UNIVERSAL, PERMITINDO POR ESTE MOTIVO, QUE SEJA CLASSIFICADO TANTO
COMO FUNFUN COMO TAMBÉM COMO EBORA, TAMANHO É O SEU PODER DE
AGIR LIVREMENTE.
EXÚ É UM SÓ, EMBORA POSSA MANIFESTAR-SE DE DIVERSAS E DIFERENTES
FORMAS, SEMPRE DE ACORDO COM A FUNÇÃO QUE ESTEJA EXERCENDO, O PAPEL
QUE ESTEJA DESEMPENHANDO.
DEUS DOS DESVALIDOS, PROTETOR DE LADRÕES, ARRUACEIRO, SALTIMBANCO E
MÁGICO POR EXCELÊNCIA, ASSIM É EXÚ, QUE SÓ É COERENTE COM SUA
PRÓPRIA INCOERÊNCIA E CUJA FÚRIA SE APLACA COM FACILIDADE, MAS QUE
NÃO CONHECE O PERDÃO NEM A PIEDADE.
EXU PODE FAZER AS COISAS MAIS INCRÍVEIS E ESTE SEU ATRIBUTO SE EXPRIME
EM TRECHOS DE SEUS ORIKÍS, CONFORME CITA PIERRE VERGER:
EXU FAZ O ERRO VIRAR ACERTO E O ACERTO VIRAR ERRO.
É NUMA PENEIRA QUE ELE TRANSPORTA O AZEITE QUE COMPRA NO MERCADO; O
AZEITE NÃO ESCORRE DESTA VASILHA.
ELE MATOU UM PÁSSARO ONTEM, COM UMA PEDRA QUE SÓ HOJE ATIROU.
SE ELE SE ZANGA, PISA NESSA PEDRA E ELA PÕE-SE A SANGRAR.
ABORRECIDO, ELE SENTA-SE NA PELE DE UMA FORMIGA.
SENTADO, SUA CABEÇA BATE NO TETO; DE PÉ, NÃO ATINGE NEM MESMO A
ALTURA DO FOGAREIRO.
EXU NA ÁFRICA.
NA ÁFRICA EXISTEM RELATOS HISTÓRICOS SOBRE A EXISTÊNCIA DE UM
PERSONAGEM CHAMADO ÈSÚ OBASIN QUE TERIA SIDO UM DOS
ACOMPANHANTES DE ODUDUWA QUANDO DE SUA CHEGADA A IFÉ.
SEGUNDO EPEGA, ESTE PERSONAGEM BEM VIRIA, MAIS TARDE, A SER COROADO
REI DE KETU SOB O NOME DE ÈSÚ ALÁKÉTU.
COMO ORIXÁ É O GUARDIÃO DAS CIDADES, DAS CASAS, DOS TEMPLOS E DAS
PESSOAS, SERVINDO TAMBÉM, DE INTERMEDIÁRIO ENTRE OS HOMENS E OS
DEUSES.
NA ÁFRICA, ASSIM COMO NO BRASIL E EM CUBA, NADA SE FAZ SEM ANTES,
OFERENDAS LHES SEJAM FEITAS, ANTES MESMO DE QUALQUER OUTRO ORIXÁ.
EXU É REPRESENTADO, ENTRE OS YORUBÁS, POR UMA PEDRA CHAMADA
YANGUÍ, POR UMA CABEÇA OU CORPO HUMANO MODELADOS EM BARRO COM
OLHOS, OUVIDOS E BOCAS MARCADOS POR BÚZIOS, POR PEQUENAS ESTATUETAS
DE MADEIRA ENFEITADA COM FIEIRAS DE BÚZIOS OU POR SIMPLES SÍMBOLOS
FÁLICOS, COMO O OGÓ, BASTÃO DE MADEIRA QUE PORTA SEMPRE E QUE LHE
ATRIBUE O PODER DE DESLOCAR-SE RAPIDAMENTE PARA PONTOS DISTANTES.
OS ELÉGUN DE ÈSÚ, NA NIGÉRIA, RECEBEM O NOME DE OLÚPÒNA, PARTICIPAM
DAS CERIMÔNIAS EM LOUVOR AOS DEMAIS ORIXÁS E, EM HOLI, DANÇAM NAS
CERIMÔNIAS REALIZADAS A CADA QUATRO DIAS EM HONRA A OGUN. NESTAS
CERIMÔNIAS, OS OLUPONAN DANÇAM CARREGANDO NAS MÃOS OS SEUS OGÓS.
NO EX-DAHOME, ENTRE OS FON, TEM O NOME DE LÉGBA E É REPRESENTADO POR
UM MONTE DE BARRO ENDURECIDO COM A FORMA DE UM HOMEM ACOCORADO,
SEMPRE DOTADO DE UM FALO DE TAMANHO EXAGERADO.
OS LÉGBAS GUARDIÃES DOS TEMPLOS, MANIFESTAM-SE ATRAVÉS DOS LÉGBASI
(FILHOS DE LEGBA), TÍTULO EQUIVALENTE AO OLUPONAN YORUBA.
OS LEGBASIS VESTEM-SE COM UMA SAIA DE RÁFIA TINGIDA DE ROXO DEBAIXO
DA QUAL TRAZEM, OCULTO, UM ENORME FALO DE MADEIRA QUE LEVANTAM, DE
VEZ EM QUANDO, DE FORMA ERÓTICA.
ENTRE OS FON, EXISTEM DIVERSOS LEGBAS OU DIFERENTES MANIFESTAÇÕES
DE UM MESMO VODUN, QUE RECEBEM OS SEGUINTES NOMES E
CARACTERÍSTICAS:
ASI-LÉGBA: O LEGBA DOS MERCADOS E FEIRAS.
AGBONOSU (REI DO PORTAL): REPRESENTADO POR UMA PEQUENA ESCULTURA
EM BARRO COLOCADO NAS PORTAS DE ENTRADA. É UM LEGBA INDIVIDUAL.
TO-LÉGBA: PROTETOR DE UMA CIDADE OU ALDEIA. É UM LEGBA COLETIVO.
ZÃGBETO-LÉGBA: PROTETOR DOS CAÇADORES NOTURNOS. SEGUNDO SE
AFIRMA, POSSUI CORNOS.
HUN-LÉGBA: DEFENSOR DOS TEMPLOS. É LEGBA INDIVIDUAL DE CADA VODUN.
LÉGBA AGBÃNUKWE: O QUE FALA NO JOGO DE BÚZIOS. CORRESPONDE A ÈSÚ
AKESAN. É O PROTETOR, SERVIDOR E EXECUTOR DE IFÁ. É ELE QUE RECEBE OS
SACRIFÍCIOS DETERMINADOS POR IFÁ E DEVE SER SEMPRE SERVIDO EM
PRIMEIRO LUGAR. NÃO EXISTE NENHUMA DIFERENÇA DE ATRIBUIÇÕES DE
AGBONOSU E AGBÃNUKWE. SE O PRIMEIRO PROTEGE A CASA CONTRA A
POSSÍVEL ENTRADA DE MALEFÍCIOS, O SEGUNDO, QUE DEVE PERMANECER NUM
QUARTO DENTRO DE CASA, PROTEGE CONTRA A NEGATIVIDADE DOS PRÓPRIOS
HABITANTES DA MESMA.
CERTOS SIGNOS DE IFÁ TAIS COMO OFUN MEJI, OGBE-FUN, OXETURA E OFUN-
YEKU, EXIGEM QUE SEJA FEITO UM ASSENTAMENTO MUITO ESPECIAL,
DENOMINADO LÉGBA JOBIONA, ONDE OS DOIS LEGBAS CITADOS SÃO
CULTUADOS EM CONJUNTO, COM A FUNÇÃO DE PROTEGER A CASA E TODA A SUA
PERIFERIA. ESTE LEGBA EXCEPCIONAL EXIGE OBÍS DE TANTOS QUANTOS O
VISITEM. SEGUNDO A TRADIÇÃO NAGÔ, SOMENTE OS GRANDES BABALAÔS
PODEM POSSUÍ-LO.
POSSUÍMOS AINDA INFORMAÇÕES DA EXISTÊNCIA DE UM LEGBA COM QUATRO
CABEÇAS, DENOMINADO LÉGBA AÓVI, SURGIDO DO ODU JAGA (NOME DADO AOS
ODUS OXE-IRETE E IRETE-OXE, SIGNOS CUJOS NOMES NÃO DEVEM SER
PRONUNCIADOS EM DECORRÊNCIA DA GRANDE CARGA DE NEGATIVIDADE DE
QUE SÃO PORTADORES, UM OUTRO NOME USADO PARA MENCIONAR ESTES
ODUS, É GADEGLIDO).
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O Vôo do Igun (Abutre)

Nos primeiros dias do mundo de Ilé Ifé os òrìsà se cansaram de servir Òlódúmaré. Eles
começaram a resistir ao Senhor dos decretos do Céu e até mesmo para tramar a deposição de
Òlódúmarè no reino do céu e da terra. Eles achavam que não precisavam de Òlódúmarè e que,
como o Senhor do òrun estava tão distante de qualquer maneira, eles poderiam simplesmente
dividir a dor ou pod
eres entre si e que as coisas iriam muito melhor assim Quando Òlódúmarè travou o vento desta
atitude e suas parcelas, o Senhor do òrun agiu de forma simples e decisiva: Òlódúmarè
simplesmente retido a chuva da terra. Logo, o mundo ficou possuído por um projeto
surpreendente, o solo tornou-se seca e rachada, as plantas secaram e morreram sem água. E não
demorou muito para que todos na Terra, os òrìsà e seus filhos parecidos começaram a morrer de
fome. Depois de um curto período de tempo, barrigas roncando e rosto pálido começou a falar
mais alto do que seu orgulho e rebeldia. Eles decidiram, por unanimidade para ir para Òlódúmarè
e pedir perdão na esperança de que isso traria a chuva de volta ao mundo. Mas eles tinham um
problema: nenhum deles poderia alcançar a casa distante de Òlódúmarè. Eles mandaram todos os
pássaros um por um para tentar a viagem, mas todos e cada um deles falharam cansativo muito
antes de chegar ao palácio do Senhor do òrun. Ele começou a aparecer que toda a esperança
estava perdida.
Então, um dia, o pavão, que era na realidade Osún mesma, veio oferecer seus serviços para
salvar o mundo a partir desta seca. Mais uma vez houve revolta geral e riso como os òrìsá
contemplada a idéia deste pássaro vaidoso e mimado empresa tal viagem. "Você pode quebrar
uma unha", disse um deles. Mas o pavão pouco persistiu e, como eles não tinham nada a perder,
eles concordaram em deixá-la tentar. Assim, o pavão pouco voou na direção do sol e do palácio
de Òlódúmarè. Ela logo cansado da viagem, mas ela continuou a voar cada vez mais elevados,
determinado a alcançar o Senhor do Céu e para salvar o mundo. Indo ainda mais alto, suas penas
começaram a se tornar desgrenhadas e pretas a partir do calor do sol fulminante, e todas as penas
foram queimadas da cabeça, mas ela continuou voando. Finalmente, através de vontade e
determinação, ela chegou às portas do palácio de Òlódúmarè é. Quando Òlódúmarè veio sobre
ela, ela era uma visão patética, ela havia perdido muito de suas penas e os que permaneceram
eram negros e desgrenhados. Sua forma outrora bela era corcunda e sua cabeça era careca e
coberto com queimaduras de voar tão perto do sol.
O Senhor do Céu teve pena dela e trouxe-a para o palácio onde ela tinha comida e água, e suas
feridas foram tratadas. Ele perguntou por que ela tinha feito uma viagem tão perigosa. Ela
explicou o estado do planeta Teraa e passou a dizer a Òlódúmarè que ela tinha vindo em risco de
sua própria vida para que seus filhos (a humanidade) pudessem viver. Quando Òlódúmarè olhou
para o mundo e olhar melancólico de Òsún, era óbvio que tudo o que ela tinha dito era verdade.
O Senhor do òrun, em seguida, virou-se para o pavão que agora era o que chamamos de abutre,
dizendo que seus filhos seriam poupados deste tormento e ordenou a chuva para começar a cair
de novo. Então Òlódúmarè olhou profundamente nos olhos Òsún e em seu coração, então
anunciou que por toda a eternidade, ela seria o Mensageiro da Casa de Òlódúmarè e que todos
teriam que respeitá-la como tal.

Daquele dia em diante neste caminho, ela se tornou conhecida como Ikolé òrun, o mensageiro da
casa de Òlódúmarè. E a partir daquele dia o caminho de Òsún conhecido como Ibu Ikolé foi
reverenciado e se tornou associado com seu pássaro, o abutre. O abutre, em seguida, retornou a
Terra, trazendo com ela a chuva, onde se encontrou com grande regozijo. Como convém a uma
rainha ou Ìyálòde, ela graciosamente absteve-se de lembrá-los de suas piadas e abusos para com
ela podia, porém, podia-se ver a vergonha em seus rostos. É por isso que, sempre que uma pessoa
é iniciada como sacerdote em nosso culto, não importa qual òrìsá está sendo plantados em sua
cabeça, eles devem primeiro ir para o rio e dar conta do que estão fazendo, pois Òsún é um dos
Mensageiros de Òlódúmarè.
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IMOLE ESÚ

Uma das divindades ancestrais iorubanas que mais escandalizou, confundiu e exasperou aos
primeiros missionários e catequistas cristãos europeus em África foi o Imole Esu, sobretudo
porque estes primeiros missionários, reagindo aos estímulos de seus próprios subconscientes e
aos tabus sócio-religioso-culturais daquela época, superestimaram um dos atributos deste Imole,
qual seja, o de es

timulador e regulador da natural atividade sexual, sem a qual não há procriação animal ou
humana.

À época, esses primeiros catequistas não se deram conta que estavam imergindo em uma
civilização africana autóctone e guerreira, agrícola e pastoril, aonde a atividade sexual
regulamentada pela sociedade não era um "pecado" e sim uma benção sempre solicitada às
Divindades porque significava a segurança de uma grande descendência.

Sim, o mesmo conceito bíblico do "crescei e multiplicai-vos" !


Mas, na sua feroz repressão a este atributo e à sua representação fálica, esses catequistas
"esqueceram-se" das outras atividades primordiais desse Imole! E esse "esquecimento"
influenciou duradouramente até aos iorubanos escravizados e "catequizados" no Brasil, fazendo
com que eles pouco repassassem aos seus futuros descendentes e/ou dependentes religiosos
outros atributos mais importantes que haviam por detrás daquela representação fálica agora
repudiada.

Ao contrário, é em respeito ao conceito ancestral que os Iorubanos tinham de suas Divindades


que enumerarei aqui os principais 16 (dezesseis) títulos descritivos dos atributos que o Imole Esu
tinha antes do advento de sua "conversão" forçada em diabo, em nome de uma pretensa
superioridade racial e cultural de "conquistadores" que levaram à áfrica mais de trezentos anos
de guerras, sangue, suor e lágrimas.

Também só nos referiremos aqui a Esu por seu título ancestral iorubano de Imole / Ser
Sobrenatural de origem divina, para bem diferenciá-lo do conceito de Satã, Caipora ou exu de
Tronqueira que a perda de valores religiosos africanos, causada, sobretudo pela escravidão e o
sincretismo forçado com o Catolicismo, permitiu insinuar-se até na mente de muitos que se
dizem Pai de Santo, quanto mais na mente de seus mais simples seguidores atuais.

Assim, com o devido respeito, começamos por saudar ao Imole Esu:


Mo ju iba, Esu Oba Baba awon Esu! Iba se, o!
Saudações, Esu Senhor e Pai de todos os Esus!
Que esta homenagem se cumpra!
E pedimos-lhe Ago / licença para citar o seu Orisirisi / Contos Imemoriais onde se fala de seus
dezesseis maiores atributos, sobretudo ligados ao Culto de Ifá, e que são tão negligenciados hoje
em dia até pelos seus El'esu / Sacerdote de Esu!

Eis aqui seus maiores dezesseis títulos e suas correspondentes "qualidades", os quais sempre
foram ligados aos 16 Odu / Fundamentos de Tradição dos Itan Ifa / Contos de Ifá de Ile Ife / a
Cidade Santa de Ifé.

01.Esu Yangi - o Senhor da Laterita Vermelha


02.Esu Agba - o Senhor Ancestral
03.Esu Igba Keta - o Senhor da Terceira Cabaça
04.Esu Okoto - o Senhor do Caracol
05.Esu Oba Baba Esu - o Rei e Pai de todos os Esus
06.Esu Odara - o Senhor da Felicidade
07.Esu Osije - o Mensageiro Divino
08.Esu Eleru - o Senhor da Obrigação Ritual
09.Esu Enu Gbarijo - o Senhor da Boca Coletiva
10.Esu Elegbara - o Senhor do Poder Mágico
11.Esu Bara - o Senhor do Corpo
12.Esu L'Onan - o Senhor dos Caminhos
13.Esu Ol'Obe - o Senhor da Faca
14.Esu El'Ebo - o Senhor das Oferendas
15.Esu Alafia - o Senhor da Satisfação Pessoal
16.Esu Oduso - o Vigia dos Odus
Pouca semelhança entre estes nomes e aqueles que, hoje em dia, se lhe atribuem ?
Paciência!
Somem a estes nomes 350 anos de guerras, massacres, escravidão, aculturação por sobrevivência
e "catequese" forçada goela abaixo dos vencidos e chegaremos facilmente, com o devido
respeito, às Tronqueiras e à troca de nomes do Senhor da Laterita por Exu do Lodo, o Senhor dos
Caminhos por Exu Tranca-Ruas e o Senhor do Corpo por Exu dos Cemitérios, como veremos a
seguir.

Assim, tendo visto as denominações, vejamos agora as qualificações.


Esu Yangi é a sua primeira forma mais importante e a que lhe confere a qualidade de Imole /
Divindade, pois nos Ritos da Criação, segundo o Credo Iorubá :
-"O ar e as águas moveram-se conjuntamente e uma parte deles mesmos transformou-se em
lama.
Dessa lama originou-se uma bolha ou montículo, a primeira matéria dotada de forma, um
rochedo avermelhado e lamacento.

Olorun admirou esta forma e soprou sobre o montículo, insuflando-lhe Seu Hálito e lhe deu vida.
Esta forma, a primeira dotada de existência individual, um rochedo de Laterita, era Esu Yangi."

Assim, fica claro que Imole Esu foi criado diretamente por Olorun, mas não da própria e
primordial matéria divina, da qual Ele já havia feito Obatala e Oduduwa, o Casal Divino, mas
sim daquela matéria que iria formar toda existência genérica subsequente, ou seja, a Eerupe /
Lama, da qual seria criada também toda a Humanidade que um dia Ebora Iku / a Morte
devolverá a essa mesma Lama.

Então, Esu Yangi é o primeiro Ser criado da Existência Genérica e o símbolo por excelência do
Elemento Criado. Por isso ele é chamado também de Esu Agba / Esu Ancestral. Assim, os seus
assentamentos ou sacrários mais antigos e tradicionais eram um simples pedaço de Laterita
vermelha enfiado no solo, na Orita Meta / Encruzilhada de Três Caminhos. Algumas vezes, a
Laterita vermelha estaria cercada por 7, 14 ou 21 hastes de ferro, mas deste metal bem
enferrujado que é o "esqueleto" do metal novo.

Como os mitos da Criação, segundo os Iorubás, demonstram que Imole Esu foi criado logo após
Obatala e Oduduwa por Olorun, ele é, portanto, o Igba Keta / a Terceira Cabaça ou o Terceiro
Criado, sendo símbolo da Existência Diferenciada e, em consequência, o elemento dinâmico que
leva à propulsão, à mobilização, à transformação e ao crescimento. Nesta variante múltipla, ele é
o princípio dinâmico que participa forçosamente de tudo o que virá a existir.
E assim foi-se processando a Criação, segundo o Credo Iorubá.

Os Orisirisi Esu continuam contando como Imole Esu logo descontrolou-se e começou a devorar
toda a existência, sendo obrigado por Orunmila, após uma longa perseguição, a vomitar tudo de
volta ; entretanto, melhor, em maior quantidade e mais perfeito do que quando o ingerira.

E, tendo sido picado em milhares de pedaços pela espada de Orunmila, transformou-se no Mais
Um ou o Um multiplicado pelo Infinito, no Esu Okoto / Caracol, cuja estrutura óssea espiralada
parte de um ponto único, abrindo-se para o Infinito e no qual os Iorubanos conceituavam o
crescimento e a multiplicação.
Desta forma, Esu Yangi também multiplicou-se “infinitamente" e, tendo se tornado no símbolo
da restituição e da recomposição, tornou-se ele próprio no Oba Baba Esu / Rei e o Pai de todos
os outros Imole Esu que dele foram "cortados” e que para sempre acompanhariam os Imole e
todos os mortais.
Os Ese Itan Ifa / Versos dos Contos de Ifá, contam-nos a razão da denominação das outras
variantes múltiplas de Imole Esu.

Numa explanação livre dos versos desses Contos, no que se refere ao Imole Osetuwa, podemos
ler que quando os Imole vieram à Terra para coadjuvar Obatala e Oduduwa a reger a Criação,
Olorun ensinou-lhes tudo quanto precisavam saber para que a vida na Terra fosse Odara / Feliz.

Mas, apesar de os Imole fazerem tudo quanto lhes tinha sido prescrito por Olorun, sobrevieram
na Terra todos os tipos de desgraças sobretudo uma terrível e prolongada seca.
Os Imole reuniram-se e chegaram à conclusão de que os fatos desastrosos estavam além da sua
compreensão e que deveriam mandar alguém, sábio e instruído, à presença de Olorun para que
Este lhes mandasse a solução dos problemas que afligiam a Terra, agora sob o risco de total
desaparecimento.

Orunmila, o Orixá da Divinação Sagrada, partiu nessa missão e data daí o fato de que Orunmila
passou a ser um dos dois Imole que podem apresentar-se perante Olorun e suportar-Lhe o
esplendor. Ao lhe ser permitido facear Olorun, Orunmila ouviu Dele que a razão para todas as
desgraças que assolavam a Terra estava no fato de que eles, os Imole não haviam convidado para
morar no Ode Aiye, ou seja, a moradia dos Imole na Terra, ao Ser que se constituía no décimo
sétimo dentre eles.Quando assim o fizessem, tudo voltaria a frutificar!

E foi assim que Orunmila tornou-se o Arauto de Olorun para a ligação dos dois mundos o Orun /
Além e o Aiye / Terra. Retornando ao Ode Aiye, junto com os outros quinze Imole, Orunmila
começou a procurar pelo "décimo sétimo" o qual deveria ser convidado a morar com eles.

Depois de muitas tentativas infrutíferas decidiram que uma poderosa Aje / Senhora do Feitiço - a
Ebora Osun - deveria conceber um filho de Oso / Senhor do Poder Mágico, filho esse que
receberia, ainda no ventre materno, o Ase / Força Mágica de todos os Imole por imposição
conjunta de suas mãos, para que se transformasse assim no Mensageiro por excelência das
Oferendas dos Imole e se acabassem as desgraças que assolavam a Terra.

Assim foi gerado um filho do "Feitiço com o Poder Mágico" o qual recebeu o nome de Osetuwa
e este novo Orixá Gerado passou a tentar cumprir o seu dever de mensageiro, mas sem obter
absolutamente nenhum sucesso!
Até que um dia, em aflição, lembrou-se de procurar o quase desconhecido Imole Esu Odara / Esu
da Felicidade, para pedir-lhe conselhos e ajuda.

E Osetuwa dirigiu-se a Esu Odara e pediu-lhe a ajuda para levar as Oferendas dos Imole a
Olorun. E Esu Odara respondeu a Osetuwa:
Como?
Jamais pensei que você viesse me avisar antes de partir!
Por este seu gesto, hoje o Orun / Além lhe abrirá as portas.
E, então, Osetuwa e Esu Odara puseram-se a caminho e partiram em direção aos portões do
Orun. Quando lá chegaram, as portas já se encontravam abertas.

Osetuwa, então, pôde entregar as Oferendas dos Imole a Olorun e Este, aceitando-as por virem
através de Imole Esu, deu a Osetuwa. "todas as coisas necessárias à sobrevivência do Mundo".
Osetuwa voltou ao Aiye / Mundo Material e tudo frutificou novamente!
Tão gratos lhe ficaram os Imole que o cobriram de presentes e o celebraram como o único dentre
eles que conseguira levar as Oferendas ao Orun. Mas Osetuwa, com humildade, levou todos os
presentes que recebera e deu-os todos a Esu Odara.

Quando os deu a Esu, o mesmo disse:


-“ Como ??? Há tanto tempo eu entrego os sacrifícios e nunca houve ninguém para retribuir-me a
gentileza !
-“ Você, Osetuwa, todos os sacrifícios que eles fizerem sobre a Terra se não os entregarem
primeiro a você para que você os possa trazer a mim farei com que as Oferendas não sejam
aceitas!
E foi assim que Osetuwa tornou-se um poderoso Akin Oso / Manipulador do Poder, duplamente
por seu nascimento e pela confirmação de Imole Esu Odara, por ter mostrado a todos os Imole
que Esu era realmente o Osije / Mensageiro Divino e que também tinha o poder de aceitar ou
recusar os sacrifícios rituais porque era o verdadeiro Eleru/Senhor da Obrigação Ritual.

A partir de então, os seiscentos Imole decidiram dar ao Imole Esu um “pedaço de suas próprias
bocas” para que ele pudesse falar por todos, quando fosse perante Olorun, pois era patente que
ele era o outro Imole, além de Orunmila, que podia apresentar-se perante Ele. Imole Esu, muito
sabiamente, “uniu todos esses pedaços em sua própria boca” e assim tornou-se o Enu Gbarijo /
Boca Coletiva de todos os Imole.

Desde então, corno retribuição de Esu aos outros Imole, cada um desses possui ao seu lado o seu
Esu Okoto / Caracol, o Mais Um, a quem ambos delegam os seus poderes. Desta forma, por
delegação espontânea de todos os Imole, Esu tornou-se também o Elegbara / Senhor do Poder
Mágico. E como toda a Criação é também regida pelos Imole, todo o Ser vivente no Aiye /
Mundo, assim como possui o seu Olori, ou seja, o seu Orixá ou sua Ebora, que são o Senhor ou a
Senhora de sua Ori / Cabeça, também tem que ter o seu Esu Bara / Esu do Corpo, pois Bara vem
de Oba = Senhor + Ara = Corpo.

Isto explica muitas coisas que são atribuídas nos cultos afro-brasileiros a Esu, pois que ele é
responsável pela natural atividade sexual, que é um atributo do corpo, pois sem ela não há
procriação, que é multiplicação e abundância, quer seja vegetal, animal ou humana.

E, para isso, Imole Esu, sendo o Elegbara e o Bara, recebeu de Olorun os instrumentos-símbolos
desta sua ação dinamizadora e frutificadora :
- o Ado Iran, a Cabaça arredondada de longo pescoço, o recipiente de poder mágico que contém
inesgotável Axé / Força Mágica, bastando ser apontada a um objetivo para emanar e propagar
esse poder mágico ;
- o Gorro ou Penteado tradicional em coque de ponta alongada e caída, terminada na forma da
glande peniana humana.

Daí ser o Pênis humano, em ereção, uma de suas mais populares e ancestrais representações,
feitas em pedra, como as da localidade africana de Tondediru, ou, mais simplesmente, modeladas
em barro à beira dos caminhos. E este foi, como já dissemos no início, um dos aspectos de Imole
Esu que mais escandalizou os missionários de outras religiões, que então dispararam contra ele
todas as suas “armas”

Mas, nunca atentaram para o fato de que em nenhum dos milhares de Versos de Contos de Ifá,
Imole Esu jamais - repitamos - jamais assume a função de procriador e mais : suas diversas
formas multiplicativas têm por origem a divisão do seu próprio Ser em “milhares” de partes pela
espada de Orunmila.

Mas Imole Esu tinha uma outra função capital que despertou o interesse dos catequistas das
novas religiões, que nela viram a oportunidade otimizada para a destruição de sua importância
entre os Iorubás : a sua função de Executor Divino.
Como Imole Esu é o Mensageiro Divino e o Senhor do Carrego Ritual prescrito por Orunmila-
Ifá, ele é também o L'Onan / Senhor dos Caminhos, tanto dos benéficos (Ona Rere), quanto dos
maléficos (Ona Buruku), que ele abre ou fecha aos mortais conforme verifique se os sacrifícios
prescritos aos fiéis foram ou não cumpridos, ajudando aqueles que os cumprem e punindo os
que, devidamente avisados, não o fazem.

Por isso, ele é também o Ol'obe / Senhor da Faca, significando ser o Executor dos Sacrifícios,
mas também, no sentido ritualístico, "Aquele que tem o poder de vida e morte". À Obe / Faca,
Imole Esu junta ainda a sua Opa / Bolsa, na qual carrega os seus objetos ritualísticos mágicos,
entre eles os "fragmentos de cabaças", símbolo do Ser destruído mas, por sua vez, destruidor,
talvez um dos seus emblemas mais temidos e somente manipulados por seus El'esu, ou seja,
pelos Sacerdotes do Imole Esu.

Por tudo isso, Imole Esu está sempre "do lado de fora", nos “caminhos”, onde tem seu lugar
predileto, a Orita Meta / Encruzilhada de Três Caminhos, onde ele aceita, carrega, transporta e
premia, mas, também, de onde vigia, adverte, recusa e pune.
Foi então que os primeiros catequistas de outras religiões passaram a pregar que todas as
desgraças acontecidas aos fiéis dos Orixás Iorubás, merecidas ou não, derivavam da ação nefasta
e indiscriminada de Imole Esu, o qual apenas faria o Mal pelo Mal.

Por sua vez, os Iorubás escravizados viram nesta interpretação equivocada de Executor por
Malfeitor, uma nova arma para se defenderem e passaram a ameaçar abertamente os seus
inimigos com as artes punitivas do Imole "Esu", que assim começou a transformar-se em "exu" e
a sincretizar-se, nas mentes mais fracas, com a figura do “diabo” medieval católico.

Daí a ele começar a ser representado e apresentado como um Ser tenebroso e mau foi apenas a
mesma “descida de ladeira” por onde escorregaram os sincrético cultos afro-brasileiros,
notadamente a Umbanda Popular, até estarem lançadas as bases do “sincretismo dentro do
sincretismo" e aparecer a Kimbanda que, na verdade, nada mais é que o ponto mais alto da
“curva do desespero” a que foram lançados os povos escravizados no Brasil.

Mas, na realidade, no Credo Iorubá, Imole Esu é o símbolo, não da subtração, mas sim da
restituição que os humanos devem fazer, através de Oferendas, daquelas coisas que eram
necessárias à sobrevivência do Mundo e que Olorun deu aos Imole Osetuwa e Esu para salvá-la e
não para destruí-la.

E é na execução das Oferendas com esta intenção, que só Esu Elebo / Senhor das Oferendas é
capaz de tornar aceitável a Olorun, que está a "chave" que permite ao fiel alcançar o seu objetivo.
E se conseguir alcançar o seu objetivo, naturalmente obterá também a satisfação (Alafia) dos
seus anseios maiores; assim, deve agradecer também a Esu Alafia / Senhor da Satisfação Pessoal.

É, sobretudo sob as múltiplas variantes de Bara, Enu Gbarijo, Elebo e Alafia que o Orixá
Orunmila se utiliza do Imole Esu para poder atuar como o Arauto dos Orixás sobre os destinos
humanos no Jogo Divinatório de Ifá, quer através do Opon e do Opele, quer através dos Búzios.

Por isso mesmo, os Odu / Fundamentos de Tradição sempre aconselham a PA ESU, ou seja, a
apaziguar ao Imole Esu e não a tentar suborná-lo para ter um “malfeitor” às ordens.
Por isso mesmo, Imole Esu é o Princípio Restaurador do Equilíbrio no Credo Iorubá.

Daí as suas representações pouco conhecidas, à fora sua representação fálica, ora “fumando
cachimbo”, simbolizando a absorção e a ingestão, ora “tocando flauta”, simbolizando a doação e
a restituição.

E assim, os Orisirisi Esu contam como ele distribui generosamente crescimento e honras,
“vomitando-os" após ter ingerido todo tipo de alimentos e bebidas rituais das Oferendas e como
há um determinado elemento, o Aasaa / Fumo de rolo picado que infalivelmente provoca essa
inusitada transformação, multiplicação e restituição”.

Tudo isso ele assim faz em troca de somente três coisas : a coragem do fiel em tentar cumprir seu
próprio destino; respeito do fiel aos Fundamentos de Tradição dos Orixás e a oferta de seu Ebo /
Oferenda específico que lhe é destinada no seu ritual próprio, o Ipade, cujo literal significado é
justamente “ato de reunião de apaziguamento” e não para pedidos de destruições e vinganças
aleatórias, como pensam aqueles que, na verdade, não conhecem a essência do Senhor lmole
Esu, porque se esqueceram ou não conhecem as suas raízes espirituais ancestrais, ou, pior ainda,
as renegam ! A oferenda Ebo é constituída de elementos materiais muito simples, mas de
profundo significado, ao contrário do que se vê "despachado" pelas esquinas de nossas cidades e
que quase não guardam relação alguma com o seu significado original :

Omi (a água), a Oferenda por excelência, que fertiliza, apazigua e vitaliza tanto o Além quanto a
Terra, especialmente se for a Omi Ato (água de chuva), a “água-sêmen” do céu !

Epo (o Azeite de Dendê): símbolo da dinâmica da realização, da descendência, relacionada com


o Eje Pupa / “sangue vermelho” ou essência do Vermelho dos elementos gerados;

OTI (bebida destilada branca): vinho de palmeira em áfrica e cachaça no Brasil, relacionada com
o Eje Funfun / “sangue branco” ou essência do Branco dos elementos geradores;

Iyefun (a farinha): qualquer farinha, a qual é símbolo do Eje Dudu / “sangue preto” ou essência
do Preto dos elementos gestantes e fecundos, quase sempre na forma do Acassa, bolinho de pasta
branca de milho deixado de molho, ralado e cozido, envolto na folha especial Ewe Eko.

Dito isto (e mais haveria ainda a dizer), eis porque tão poderosa divindade sempre foi e ainda é
cultuada e servida antes até que servidos e cultuados sejam os Orixás, em qualquer situação e
lugar...
Remarquemos a mais que, especificamente no Ebo de seu Ipade, Imole Esu não recebe sangue
animal e sim seu sucedâneo transmudado - o Epo / Azeite de Dendê.

Usos e costumes ancestrais de outros povos, legítimos e fundamentados à sua época, podem
muito bem serem transmudados em novos tempos, como já acontecia mesmo em áfrica, aonde os
Babalawos tinham, a seu critério, o poder de substituir os animais preceituados para oferenda por
suas penas, escamas e couros, devendo o valor de mercado do animal a ofertar ser distribuído,
em esmolas, entre os carentes de sua comunidade.
Por outro lado, a atuação do Imole Esu como Mensageiro dos Orixás para a entrega de oferendas
a Olorun, dificilmente é compatível ou coerente com a sua posterior identificação com o "Satã"
pelos cristãos e muçulmanos. Tal tentativa de analogia, só se explica por não se encontrar no
Credo Iorubá a idéia de “diabo” ou “ininferno”, como se os entendem em outras religiões não
africanas.

De fato, mesmo face à situação irregular dos suicidas, no pensamento Iorubá, seres carentes de
coragem em enfrentar seu próprio destino, os Iorubanos jamais criaram a idéia grosseira de uma
eterna punição; para eles, prêmio ou castigo eram provações a serem experimentadas aqui
mesmo nesta Terra ou pela falta de retorno à ela.
Assim, a idéia de um "Exu" essencialmente trevoso e mau é uma contrafação sincrética com o
“diabo” medieval católico, forçada e imposta pela escravidão e consequente perda de valores
iniciatórios das religiões africanas no Brasil, mas que nunca existiu em áfrica em tempo algum.

E, muito embora nas lendas populares, Imole Esu passasse a ser conhecido como "manhoso",
“trapaceiro" e notoriamente "encrenqueiro", mormente se não for "apaziguado" por seu Ebo, a
sua suposta imagem de malignidade decorre, na verdade, de ele ter o importante papel de
Executor Divino, punindo aqueles que descuram as oferendas prescritas para eles, mas
recompensando aqueles que as cumprem.

Entretanto, ele nada faz por conta própria, servindo fielmente a Olorun e ao Orixá Orunmila-Ifá.
Também, os Orixás e as Eborás podem convocá-lo para se utilizar da variedade de punições
postas sob o seu comando. E isto porque, com imensa sabedoria, o Credo Iorubano ancestral
prega que Orixá algum pune diretamente seus “Filhos", mesmo os transviados, os transgressores
e os ofensores: isto é função do Imole Esu.

Os Versos dos Contos de Ifá dizem que Imole Esu é também encarregado por Olorun para vigiar
as ações de outras Divindades no Aiye / Terra. E isto só pode se dar, dizem os fiéis, porque ele é
notável e notoriamente equânime no seu papel de Executor Divino.
É por tudo isso que todos os devotos de todos os Orixás e Eborás se voltam para Orunmila-Ifa
em tempos de dificuldades, buscando essa equanimidade e, a conselho dos Babalaôs, oferendam
a Imole Esu e, por seu intermédio, a Olorun.

Para que os Babalaôs não se excedam nas prescrições dessas oferendas, lmole Esu está sempre
presente na Divinação Sagrada de Ifá, como o décimo sétimo Ikin / Coquinho de Dendê, o Olori
Ikin / Senhor (o Cabeça dos Coquinhos de Dendê Consagrados), o qual leva a sua efígie gravada.

Por essa razão, este décimo sétimo Ikin é também chamado de Oduso / Vigia dos Odu, do verbo
Iorubá So / Vigiar, ou seja, colocado no Tabuleiro de Ifá em uma posição tão privilegiada quanto
a dos Babalaô, ele representa Esu Oduso que é o Vigia dos Odu / Signos-Resposta do Sistema Ifá
e, consequentemente de suas verdadeiras interpretações pelos Babalaôs, pois todo o bom
cumprimento do Iwa / Destino do Consulente depende de se bem compreender a Mensagem que
Orixá Orunmila quer transmitir ao Consulente.

Daí se compreender que a ligação do Imole Esu com o Jogo de Ifá é inquestionável.
Assim, como vemos, Imole Esu não é nem mau nem tenebroso, antes, pelo contrário, frequenta o
Orun /Além, reporta-se diretamente a Olorun e dialoga com os Imole / Divindades e com os
Antepassados. Ele também não é vingativo indiscriminadamente, mas é o Transformador Divino
que trata com equanimidade Divindades, Ancestrais, Babalaôs e Humanos por ordens de Olorun.

E nada executa por sua própria vontade, mas cumprindo fielmente as ordens de Olorun e os
ditames do Iwa / Destino livremente escolhido por cada Ori Orun / Individualidade no Além de
cada fiel e, através de Orunmila-Ifá, cumpre também as ordens das Divindades.

E se ele é considerado “trapaceiro" e “encrenqueiro”, o é pelos culpados, porque ele é o fiscal de


Olorun junto aos Orixás e, ainda, o Vigia dos Babalaôs e do bom cumprimento das obrigações
rituais e sacrificiais por cada Fiel.

E se ele pode até matar, conforme se lê em diversos Ese dos Itan Ifá, é também ele que
representa a Vida e a sua dinamização/continuação, através do legítimo e natural prazer sexual
que leva os humanos a procriar.

E se assim é há milênios, a lmole Esu só é devida a coragem de cada fiel em tentar realizar o seu
Destino livremente escolhido antes de nascer, a sua Oferenda específica - o Ebo - do seu ritual
Ipade e a nossa saudação, não de medo ou horror, mas de respeito, como a ele fez Osetuwa :

-"AGBA ESU, MO JU IBA ! IBA SE O ! “-


-" Esu Ancestral, presto-lhe minha homenagem ! “-
-“ Oh ! Que esta homenagem se cumpra ! "-

Assim sendo, quero terminar esta explanação com a tradução livre, mas coerente, de parte de um
dos Versos dos Contos de Ifá, o do Odu Obará Meji:

OBARA NI,
KI NDOJUBOLE KI N'BA BURU,
KI ELEGBARA O JEKI NGO LO
NJE IKUDERIN MOFORIBALE L'ELEGBARA.

-"Obará Meji pediu que eu me prostrasse em reverência,


cobrindo minha cabeça.
Que eu deveria me prostrar e me cobrir em respeito,
para que Elégbará me permitisse prosseguir
em meu caminho de felicidade e riqueza.
Assim, minha morte transformar-se-á em longa vida de alegria.

PORTANDO CURVO-ME A ELEGBÁRA


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Iyá-Mi Osorongá é a síntese do poder feminino, claramente manifestado na possibilidade de
gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quand
o os Iorubas dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade,
apaziguar os poderes terríveis dessa entidade.

Donas de um axé tão poderoso como o de qualquer Orixá, as Iyá-Mi tiveram o seu culto
difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso
festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de Março e Maio, que antecedem o início
das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.

As iyá-Mi tornaram-se conhecidas como as senhoras dos pássaros e a sua fama de grandes
feiticeiras associou-as à escuridão da noite; por isso também são chamadas Eleyé, e as corujas
são os seus principais símbolos.

A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima
a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano.
Toda a mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Iyá-Mi; a capacidade de
gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, assustou sempre os homens.

As mães são compreendidas como a origem da humanidade e o seu grande poder reside na
decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer
e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver.

Iyá-Mi é a sacralização da figura materna, por isso o seu culto é envolvido por tantos tabus. O
seu grande poder deve-se ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo o que é redondo remete
ao ventre e, por consequência, às Iyá-Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás
por Oxum, Iemanjá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá-Mi é manifesto em toda a mulher, que,
não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu.

As denominações de Iyá-Mi expressam as suas características terríveis e mais perigosas e por


essa razão os seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um dos seus
nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das Grandes Mães e,
principalmente, para afugentar a morte.

As feiticeiras mais temidas entre os Iorubas e no Candomblé são as Àjé e, para se referir a elas
sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro.

O aspecto mais aterrador das Iyá-Mi e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos
terreiros, é Osorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro do mesmo nome e rompe
a escuridão da noite com o seu grito assustador.

As Iyá-Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando
devidamente cultuadas, manifestam-se apenas no seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que
povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo o tipo de maldição e
tornam-se senhoras da morte.

O lado bom de Iyá-Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apaoká, a dona da
jaqueira, a verdadeira mãe de Oxóssi. As Iyá-Mi, juntamente com Exú e os ancestrais, são
evocadas nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande
realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que
detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem a vida, integrarão o corpo das Iyá-Mi,
que são, na verdade, as mulheres ancestrais.
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Entendendo o Orí:

Quando nascemos, o Orí (cabeça), é o primeiro Òrìsà que recebemos, nele trazemos as
impressões que estão gravadas no inconsciente, a nossa origem no universo. Ligados a ele por
nosso Elédà, (mente superior), e fonte da inteligência para a sobrevivência no Aiyé (Terra), e
dele (Orí), geramos toda a força propulsora que nos conduz em nossa jornada não somente para a
vida em si mas também na saúde, prosperidade e equilíbrio, o qual está diretamente ligado ao
Òrum (Céu), portanto aquele que conhece o próprio destino, da mesma forma que nos conduzirá
na passagem do mundo físico ao espiritual, Ikú (a morte).

Assim, Orí = origem do ser = Elédà ( mente superior), está ligado ao Òrum, e ao mesmo tempo
ligado à Terra (Aiyé), sobrevivendo após a morte para transmutar a morte física para a vida do
espírito, e desta forma guardando em sua memória as marcas de sua origem.

"O pensamento provoca a ação", "a ação provoca a reação", e todos os frutos colhidos serão a
resposta de nossa conduta, de nosso equilíbrio tanto mental como emocional, e isto é ter bom
Orí, que saudaremos Olorire, e para aqueles com um mau Orí diremos Olori Burúkú, aquele de
cabeça ruim, fraca.

Olódùnmarè, nosso Deus maior nos deu a perfeição, deixando conosco a sabedoria
transcendente, a qual somente poderá ser compreendida com um bom Orí, assim diz o Oríkì
(reza), "Nada se faz sem um bom Orí," nem mesmo nosso corpo tem comando, não anda, não
prospera, não tem alegrias, não tem saúde.
ORISA FALA!
Já faz muito tempo que eu desisti de visitar os barracões ,ver as festas as quais sou
convidado,não por desconsiderar meus amigos que me convidam,mas na realidade porque
quando volto à minha casa sinto um misto de tristeza e decepção ,porque em um passado não
muito distante os orisas falavam, e se comunicavam com as pessoas, deixavam recados que
certamente contribuíam em muito para a solução de nossos problemas .

O que teria acontecido com o passar dos anos ? Os orisas fecharam os olhos e ainda fecharam a
boca .É natural que o orisa tenha um idioma de origem, o yoruba, mas orisa é sabedoria e o que
adiantaria um orisa falar somente yoruba em uma terra que se fala português?

Sempre os orisas se comunicaram com uma mistura das duas línguas para facilitar o
entendimento. Por que agora deixaram de falar? Seria culpa dos sacerdotes que perderam como
se faz o ritual da abertura de fala?Será que esses novos sacerdotes já viram um tabuleiro repleto
de comidas para tal ase?

Entrar em um barracão e ver um orisa de olhos fechados sendo conduzido para um lado e
outro,saber que ele deixou de falar e que só vem ao mundo para dançar,me faz ficar em
casa.Saber que os orisas em um passado não muito distante limpavam cozinhavam e orientavam
como fazer ebós;saber que um orisa virava na rua e levava o filho para casa quando ele estava
correndo algum perigo e, que nos dias de hoje ele só fica cuidando para não quebrar as plumas
de sua roupa me deprimi.

Eu aprendi religião em uma casa que o orisa ia na rua buscar os cabritos do ritual,ajudava a
segurar as galinhas e conversava com seus filhos por horas,com os olhos bem abertos como
podemos comprovar com filmes e fotos ,coisa que ainda acontece na terra mãe (África).

Como sou muito jovem para me colocar como conhecedor,tento contribuir como testemunha da
historia que está se transformando, e para que as pessoas não acreditem que tudo isso é fruto da
minha imaginação segue anexo um texto do falecido professor Agenor Miranda, um dos nomes
mais respeitados da nação de ketu na historia moderna.

Palavras do professor Agenor:

homenagem ao prof. Agenor miranda


Antigamente havia mais humildade,mais fé e mais respeito ao orixá.Hoje não,quase só se vê
vaidade e comércio.O axé está enfraquecendo.Talvez por essa razão os orixás do ketu não falem
mais,em muitas casas,mas deveriam falar,se recebem o axé de fala.O erê não fala? O próprio
orixá não dá seu nome no barracão? Os santos dos antigos sempre falavam,ou em yoruba antigo
ou para aqueles que não compreendessem esta língua num português meio arrevesado. Só não
falavam os orixás das pessoas que não eram feitas e que, por tanto ainda não tinham recebido o
axé próprio.
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ÈLA
O que é ou quem é ÈLA ? O que é: o princípio da ordem; aquele que mantém o mundo acertado
e
em ordem. ÈLA veio para a terra no ODU de OBARA OYEKU. Tentaremos neste trabalho
passar
para todos o significado deste princípio primordial que se chama ÈLA e que, sem ele, nosso
mundo
seria um caos total. Vamos ver por que.
A tradição oral nos passa que ÈLA é um princípio espiritual que não teve espaço para se tornar
conhecido, pois foi dominado historicamente pelo aumento do número de divindades e senhores
da
cultura Yoruba. Em função disso ÈLA não foi definido.
Na tradição oral existem muitos que dizem que ele “é um dos muitos nomes atribuídos à IFA
(ORUNMILA), e é descrito como o principal entre eles ” ou que ” é o seu empregado de
confiança”. Essas afirmações tem um fundo de verdade e nós vamos ver porque.
Existe uma forte ligação entre ÈLA e ORUNMILA, pois se ÈLA é o princípio da ordem, da
retificação de destinos infelizes, ORUNMILA precisa deste princípio para cumprir o seu papel de
grande preservador da felicidade e retificador de destinos infelizes, uma vez que podemos dizer
que
ordem significa felicidade, harmonia, paz e desenvolvimento. ÈLA é chamado de “aquele que
mantém o mundo acertado”. Assim, podemos até fazer uma reflexão no sentido de que ÈLA é um
princípio primordial onde ORUNMILA tem a sua origem. Podemos afirmar, portanto, de forma
inquestionável, que ÈLA é uma emanação direta de OLODUNMARE.
ÈLA é chamado pela tradição oral de ÈLA OMO OSIN – “ ÈLA é o preferido de OSIN” – o que
é OSIN ? Para o Yoruba, OSIN É O LÍDER DOS LÍDERES, ou seja, OLODUNMARE.
Vamos à criação. De acordo com a tradição, ORUNMILA desceu à terra para colaborar com
ORISA-NLA nos afazeres de organizar a terra e colocar todas as coisa nos seus devidos lugares
(ordem), logo, ÈLA seguramente estava presente. Para ilustrar esse papel, vamos transcrever uma
história do ODU ODI IWORI;
ÈLA Iwòri ni kì jéki aiyé ra ‘jú;
Nigbati aiyé Oba-’lufe darú,
ÈLA Iwòrì l’ o bá a tún aiyé rè se;
Nigbàti awon o-dà-’lè ìlú Akilà ba aiyé ìlu won jé,
ÈLA Iwòri l’ o ba won tún u se;
Nigbati òsán d’ òrun ni ilù Okèrèkèsè,
Ti aiyé ìlú nã di rúdurùdu
Ti awon awo ibè bà a tì,
ÈLA Iwòri l’ o ba Olúyori Oba ibè tún u se;
Nigbàti élègbára bá nfé s’ ori aiyé k’ odò,
ÈLA Iwòri ni’ ma dùdú ònà rè;
ÈLA Iwori kì’ gb’ owó,
ÈLA Iwòri ki’ gb’ obi,
On l’ ó sì ntún ori ti kò sunwòn se.
ÈLA IWORI é quem salva o mundo da ruína
Quando o mundo de OBA LUFE tornou-se confuso
ÈLA IWORI é aquele que restaurou a ordem
Quando os depredadores de AKILA deterioram a cidade
ÈLA IWORI é aquele que acertou as coisas para o povo,
Quando o dia virou noite na cidade de OKEREKESE (Egito)
E os sábios do lugar foram desviados. ÈLA IWORI foi aquele que trouxe a
ajuda de OLUYORI, seu rei, como remédio,
Quando ELEGBARA planejou virar o mundo de cabeça para baixo,
ÈLA IWORI foi quem o obstruiu,
ÈLA IWORI não recebe dinheiro,
ÈLA IWORI não recebe OBI
Ainda é ele quem retifica destinos infelizes.
Se nós aceitarmos que ÈLA é um princípio primordial, que estava presente no início da criação,
estando no mundo e preenchendo-o de bons trabalhos, estabelecendo a ordem e colocando as
coisas
em seus devidos lugares, poderemos dizer que em um determinado momento o homem de
alguma
forma acordou de seu estado de “letargia” em um mundo perfeito e sem atropelos e neste
momento
se rebelou contra ÈLA, creditando à ele a responsabilidade de ter retardado o crescimento do
mundo e então o difamaram. Em função disso, conta a tradição que ÈLA se ofendeu e ascendeu
aos
céus através de um corda esticada. Foi somente assim que os habitantes do mundo perceberam
que
era realmente impossível viver sem ÈLA e assim, desde então, se tem rezado por suas bênçãos.
Vamos a outro verso:
ÈLA s‘ ogbó, s‘ ogbó
ÈLA s‘ ató, s‘ ató
O f’ òdúndún s’ Oba ewé
O f’ Irosùn s’ o sòrun rè;
O f’ Okun s‘ Oba omi
O f’ osa s‘ osòrun rè;
A-s‘ – èhin-wa a- s‘-èhin-bò
Nwon ni ÈLA kò s’ aiyé re;
ÈLA b’ inu, o ta’ kùn, o r’ òrun;
Omo ar’-aiyé tún wá nkigbe:
ÈLA dèdèrè I’ ó mã sòkalè wa gb’ ùre.
ÈLA dèdèrè
ÈLA realmente fez a velhice
ÈLA realmente fez a vida longa
Ele fez de ODUNDUN o rei das folhas
Ele fez de IROSSUN o seu sacerdote.
Ele fez do oceano o rei das águas.
Depois de tudo, e ao final,
Eles pronunciaram que ÈLA havia conduzido o mundo pelo caminho certo.
ÈLA se ofendeu, ele estendeu uma corda e subiu ao céu.
Os habitantes do mundo mudaram de opinião e passaram a chamá-lo.
ÈLA, volte a nos abençoar
ÈLA, volte!.
Nessa linha ÈLA é referenciado como um libertador. Neste papel aparece a sua ligação com
ESU. É
sabido que ESU é a dinâmica de todas as coisas, instaura a desorganização geradora de uma nova
ordem, num processo contínuo de desenvolvimento do mundo, a dinâmica que faz o mundo
andar.
Se considerarmos que ÈLA é o princípio da ordem e ESU provoca a desordem e se em algum
momento imaginassemos que a desordem provocada por ESU levasse ao caos, somente a
interferência de ÈLA como princípio poderia garantir uma nova ordem. Desse modo, podemos
dizer que ÈLA trabalha juntamente com ESU, especificamente na tarefa de restabelecimento do
equilíbrio.
ÈLA como princípio é de suma importância na vida dos sacerdotes em nossa religião, pois o
papel
dos sacerdotes é manter e/ou instaurar a ordem. Portanto como isso poderia ser feito sem a
interferência de ÈLA?
Vamos à uma outra consideração: Realizar ÈLA significa carregar ISI. O que vem a ser isso.
Vamos
contar duas histórias para depois tentarmos concluir essa afirmação.
Existia uma localidade onde os reis não duravam mais de três anos e então eram substituídos – o
próximo morreria antes de três anos e assim sucessivamente. A família de onde esses reis eram
oriundos era muito rica e o poder era algo extremamente cobiçado, mas o fato da morte
prematura
era um empecilho para que eles quisessem se tornar reis. Foram consultar ORUNMILA e no jogo
apareceu o ODU OGUNDA OFU, significando que todos os reis tem um ORISA ao qual devem
saber cultuar antes que lhes seja entregue o OPA.
Uma outra história trata de um Rei que num determinado tempo teve suas esposas (6), seus filhos
e
servos (7) contra ele; suas esposas não queriam mais se relacionar com ele; seus filhos voltaram
as
costas para ele, bem como seus servos. O rei revoltou-se e, munido de seu Opa e de uma espada,
saiu à procura deles, que haviam fugido. O rei então falou que eles deveriam carregar ISI, sem o
que não seriam perdoados. Os filhos então pegaram 4 inhames e ofereceram para o Rei (que era
o
próprio ORUNMILA). Prepararam o inhame e o levaram para o Rei, carregando-o na cabeça. O
rei
então disse que precisaria matar um deles; os filhos responderam que eles haviam feito o que ele
havia pedido. O rei perguntou se era ISI macho ou fêmea. Eles responderam que era ISI
feminino.
Ele ouviu e não soltou o Opa e a espada. Eles pediram três vezes que ele os soltasse. O rei então
respondeu:
“Onde vocês ouviram que esposas, servos e filhos não fizessem o que o Rei quer ?”
“Assim, antes que eu largue o Opa e a espada, vocês tem que prometer carregar ISI sempre. Só
assim eu os perdôo.”
ISI significa carrego de submissão e homenagem. Ou seja, curvar-se diante do sagrado, do
superior,
do maior. Para se falar em ordem temos que falar em respeito e homenagem, em submissão à um
princípio maior que nos proporcionará a felicidade. Aprender que antes de tudo devemos
agradecer,
louvar e cultuar.
ÈLA, por fim, é sempre invocado durante os cultos para que venha e abençoe os oferecimentos,
tornando-os aceitáveis. ÈLA também é denominado como o princípio que inspira a aceitação de
alguns sacrifícios; que inspira o culto correto e é por ele que a vida tem sido oferecida.
Para finalizar vamos transcrever uma cantiga de ESU:
ESÙ fi ire bò wá o.
ÈLA fi ire bò wà yà yà.
ESÙ gbè ire ajè kò wá o.
ÈLA fi ire bò wà yà yà.
IYA-MÒGÚN fi ire bò wà o.
ÈLA fi ire bò wá yà yà.
ESU, faça nossas vidas plenas de coisas boas.
ÈLA, ponha muita sorte em nossas vidas.
ESU, ponha sorte e progresso em nossas vidas.
ÈLA, ponha muita sorte em nossas vidas.
IYA MOGUN, faça nossas vidas plenas de coisas boas.
ÈLA, ponha muita sorte em nossas vidas.

LEILA CRISTINA ALBAMONTE POMPEO FERRARA –


EFURO LOGUNLOWO
1999 – Todos os direitos reservados para
IOC – INSTITUTO ORUNMILA DE CULTURA
Postado por Awo Ifálòlá — com Iyá Regina D'Oxossi e Iyá Regina D'Oxossi.
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O EFEITO DAS OFERENDAS SACRIFICAIS EM NOSSAS VIDAS
Nos dicionários usuais, a definição de “sacrifício” é oferenda de alguma coisa para uma
divindade.
Um ato de abnegação em favor de outrem, privação de uma coisa muito apreciada, por cobiçar
uma
coisa valiosa ou por um pedido de máxima urgência.
Assim diz Addison: “Se tu preservas minha vida, teu sacrifício poderá ser ...” Sejam quais forem
os
desejos pessoais tidos no céu ou na terra, envolvem algum sacrifício ou entrega de alguma coisa.
A
vida não transcorre apenas com lucros. Também envolve doação, por isso se diz que a vida é um
processo de doar e receber.
O sacrifício mais simples que alguém pode fazer por algo é o tempo. Sacrificar tempo e esforço,
seja na quantia que for, sempre é tido como válido, obviamente em simples comparação ao
pedido,
pode envolver sacrifícios de vaidade humana e de independência. Quantas coisas alguém pode
ganhar de outrem sem implorar por isto, subornando ou fazendo alguma compensação ou
gratificação maior, tendo mesmo até que comprometer sua palavra em adiantamento.
Quando existe portanto a necessidade de realização de um desejo ou pedido de proteção de uma
divindade, um grande sacrifício é exigido.
Não é suficiente merecer pedir por tais benefícios ou favores. Envolve obrigatOríamente
sacrifício físico. Há sacrifícios envolvendo a oferta de objetos
animados ou inanimados.
Quando alguém solicita algum tipo de progresso ou de lucro, isto envolve alguma espécie de
investimento, assim como um fazendeiro que sacrifica parte de suas sementes para a plantação
no
ano seguinte, a fim de colher uma safra no final do ano, ou então um negociante que investe suas
economias ou seus fundos de empréstimos em seus próprios negócios a fim de receber os
rendimentos que irão satisfazer as suas necessidades recorrentes.
Desta forma, se alguém se comporta bem na divinosfera, receberá deles o necessário, o que irá
facilitar no pedido de auxílio a outrem. Por isso, o último recurso na religião de Ifá é fazer um
sacrifício.
Ọrúnmìlá diz que sacrifício é resgate, quaisquer que sejam os problemas, pode se dispor de
algum
tempo para solucioná-los ou para se dedicar a algo que venha a criar crédito, assim quando
houver a
real necessidade de fazer um sacrifício de acordo com o oráculo e o fizer prontamente, haverá a
confiança de uma assistência.
Ọrúnmìlá revela que antes de alguém partir do céu para o mundo, ele aconselha a conseguir
autOrízação das divindades Oríentadoras. Se a pessoa aceitar o conselho dado para fazer o
sacrifício, certamente encontrará uma estadia tranqüila no mundo. Mas se ele se recusa, a menos
que faça o sacrifício depois de sua chegada ao mundo, ele estará propenso a ter problemas na
terra.
Nós veremos nas vidas dos 256 Ọdus e Olodus, que virtualmente todos eles foram avisados a
fazer
sacrifícios antes de deixarem o céu. Nós também veremos o que aconteceu com aqueles que
fizeram
o que foi recomendado, assim como para aqueles que falharam em fazê-lo.
Todos esses sacrifícios envolvem a oferta de um ou mais bodes para Èşu, que pode ser muito útil
para aqueles que fazem oferendas para ele e trazer a destruição da sorte daqueles que se recusam
a
fazê-lo. Esse é o motivo pelo qual algumas pessoas se referem a ele como a divindade do
suborno,
porque ele não auxilia a ninguém gratuitamente.
A diferença fundamental entre Ọrúnmìlá e as outras divindades é que de certa forma na época em
que eles foram criados por Deus, ele foi o único que reconheceu os poderes destrutivos de Èşu e
concebeu uma estratégia para ter uma harmonia com ele. Esta estratégia foi o sacrifício, ele
compreendeu que Èşu estava interessado apenas em reconhecimento e comida. Èşu
freqüentemente
diz a Ọrúnmìlá: “Meu amigo é aquele que me respeita e alimenta, enquanto que meus inimigos
são
aqueles que desrespeitam e me fazem passar fome. Eu nem tenho uma fazenda ou um negócio
próprio. Minha fazenda é o universo e minhas mercadOrías são as criaturas de Deus.”
Veremos mais adiante que ele é capaz de se infiltrar e mutilar qualquer coisa criada por Deus. É
por
este simples reconhecimento do poder dele e como ele tem feito uso disto para sua própria
vantagem, que Deus nomeou Ọrúnmìlá “Alguém que é sábio e sensato”.
Oyekumeji revelará adiante como a vida de um homem chamado Odo Agutan (o pastor celeste)
ou
(JewÈsùn como Ifá o chama) teve uma vida curta na terra por conta de sua recusa em fazer as
oferendas a Èşu antes de sua partida para a terra. Depois dando lhe nova chance de mudar sua
opinião, por fim Èşu se infiltrou no seu rebanho e pôs fim a sua vida. Isto é a despeito do fato
que
quando JewÈsùn foi diante de Deus para fazer seus pedidos para a estadia na terra, ele se
comprometeu em viver fisicamente no mundo por cem anos, e jurou que durante aquele período
ele
estaria indo para liquidar qualquer vestígio do mal e da mão de Èşu da face da terra.
Mesmo assim ele foi advertido em fazer sacrifício para Èşu, o qual ele recusou enfaticamente a
fazer, por que ele não podia imaginar a lógica de fazer um sacrifício para um vilão que ele estava
indo combater. O resto da estória é história e as forças do mal continuam a ter sucesso na face da
terra.
Estas afirmações não são suficientes para sentenciar Èşu como o “demônio”; que não faz o bem,
ele
pode ser um dispersador de boas novas, dependendo da atitude de alguém para com ele.
Da mesma forma, na vinda para o mundo, ao homem é exigido fazer ainda mias sacrifícios para
tudo o quanto ele desejar ter. Veremos que nenhum problema na vida pode resistir à eficácia do
sacrifício fornecido e feito pontualmente, veremos também a vida das pessoas que após recusar
fazerem os sacrifícios iniciais, foram obrigadas a fazê-los em dobro quando se viram entre o
demônio e o profundo mar azul.
Há tendência de se pensar freqüentemente que um sacerdote de Ifá que recomenda sacrifício com
animais como cabritos, carneiros ou bodes, simplesmente quer uma desculpa para ter carne para
comer às custas de um consulente desamparado. Longe disto! Qualquer sacerdote que recomende
mais sacrifício do que é ordenado por qualquer motivo, pagará por ele dez vezes mais. Do
mesmo
modo, Ọrúnmìlá igualmente recomenda aos seus sacerdotes a usar o seu próprio dinheiro para
financiar sacrifícios para consulentes demonstravelmente destituídos. Ele apregoa desta maneira
que os sacerdotes serão recompensados dez vezes. Veremos de Ofun-Ogbe, como Ọrúnmìlá usou
seus próprios materiais e dinheiro para fazer sacrifício para Oríşá N’La e como ele foi
conseqüentemente compensado duzentas vezes.
Existem dois sacrifícios principais os quais não podem ser negligenciados, são para Èşu e para
Ògún. O escritor tem visto pessoas a quem foi recomendado fazer sacrifício assim para Èşu , mas
recusaram e apenas poucos dias depois passaram por grandes dificuldades.
Um jovem foi avisado a dar um bode a Èşu a fim de evitar ser preso por um delito que ele não
cometeu. Ele não se recusou a fazê-lo, mas prometeu ao sacerdote de Ifá que faria quando
recebesse
seu salário no final do mês. O sacerdote preveniu o jovem de que o perigo previsto no oráculo
era
muito iminente para o sacrifício poder esperar. O jovem que também era um homem (Aladura),
me
contou á parte, que sua igreja tinha visto a mesma coisa para ele, mas que ele tinha sido avisado
para oferecer um jejum e orações especiais.
O sacerdote de Ifá, um homem muito velho em seus 90 anos, contou lhe que se ele mesmo
tivesse o
dinheiro, faria por ele, deste modo ele poderia indenizá-lo no final do mês. O escritor também se
ofereceu para ajudá-lo, mas como o homem orgulhoso cujo pedido é lei, preferiu esperar até
receber
seu próprio salário.
Exatamente três dias depois, um batalhão de policiais armados invadiram a casa na qual o jovem
morava, na busca de um ladrão armado. Todo mundo sabia que o jovem não tinha histórico de
comportamento criminoso. Mas ele foi inadvertidamente arrastado pelos policiais e levado
embora.
Ele ficou em detenção por 23 dias. Tão logo o escritor foi informado do incidente, ele viajou ao
Benin par informar a mãe da vítima sobre o sacrifício que ele tinha sido recomendado a fazer. O
escritor finalmente financiou e o sacrifício foi feito rapidamente. Três dias depois do sacrifício
ter
sido feito, o jovem foi solto, após o verdadeiro culpado ter sido capturado. Uma mera
coincidência
alguém poderia imaginar.
Há também o caso de outro homem que foi avisado pelo sacerdote de Ifá a oferecer um galo e
um
cão a Ògún pelo oráculo, ele fez num sábado de manhã. Foi recomendado a ele não viajar a lugar
nenhum antes de fazer o sacrifício. Ele deu dinheiro a sua esposa para comprar o material
sacrificial
e foi visitar um amigo. Na casa deste amigo ele recebeu a notícia de que a mãe de seu amigo
estava
seriamente doente em uma vila chamada Igousodin, mais ou menos a 16 km de Benin.
Esquecendo
o aviso que tinha sido dado e antes de fazer o sacrifício, decidiu conduzir o seu amigo em seu
próprio veículo até a vila de sua mãe.
No caminho para a vila, ele encontrou um cortejo fúnebre, e ele dirigiu no meio da multidão,
matando dois dos oficiantes do funeral. Seu carro não foi apenas queimado, como foi linchado
para
morrer. Estas lembranças são dolorosas, porque a vítima infeliz era um amigo querido.
De igual importância é o sacrifício para seu próprio guardião (Eleeda ou Ehi). O próprio
guardião
de alguém é um pouco mais paciente e favorável. Entretanto todo sacrifício que alguém é
recomendado a fazer para ele deve ser feito até se implicar em empréstimo de dinheiro para fazê-
lo.
O guardião não pede sacrifício a não ser que tenha um motivo para usar o sacrifício para
satisfazer a
outra divindade cuja proteção não pode ser angariada facilmente. Quanto a não alimentar o anjo
guardião de alguém com os sacrifícios prescritos, equivale a sua própria inanição.
O guardião é o conselheiro de alguém e advogado na divinosfera.
Fonte:
A OBRA COMPLETA DE ỌRÚNMÌLÁ
A SABEDORÍA DIVINA
Postado por Awo Ifálòlá
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=315228615246740&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
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GBADURA (REZA) DE IYÁ MI OYÁ.

TA AWA LE EWA ALAADE

OYA DE WA Ê LAARI Ô

Ô KI DÊ WA Ê LAARI Ô

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN

ÊÊPA HEY YÊYÊ GÊÊRÊ

SUN LÊ OHUN DÊ ORUN

Tradução:

A mais bela dentre as mulheres que possuem coroa

Oya quando chega é um grande prestígio

Nós a saudamos sempre, sempre

Como o brilho do fogo, ela chega do céu

Nós a saudamos grande mãe preciosa!

Que como o brilho do fogo, chega do céu


https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=315227885246813&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
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Èsú e a viagem do òrun ao ayé.

O rio cruzou o caminho, o caminho cruzou o rio.


Quem é o mais velho?
Foi consultado Ifá em favor de Èsù.
Quando ele estava prestes a vir para a terra desde o òrun, o lugar das origens.
“Tenha cuidado com qualquer lugar onde as estradas se encontram.
Ofereça aos anciãos da noite uma folha dividida em duas, ao meio, dê uma noz de cola partido
em dois, no centro.
Se houver ruptura de seu sono em dois, ao meio, ao acordar no meio da noite ofereça estes
sacrifício.
À medida que você oferecer a eles, repita e reflita sobre o seguinte:
Ela vacila entre as possibilidades que é a ruína do indeciso.
Decisões precipitadas é a ruína do impulsivo.
Saiba quando você poderá decidir.
Você pode saber quando ver e pensar.
Pode ser toda a sua visão, como as duas partes de uma folha que são inteiras.
Posso ver os vários lados de qualquer coisa, como a noz de cola é feita de dois lados iguais,
como a noite quebrada em duas está incompleta. "
Então Èsú foi informado pelo discípulo de Ifá.
Èsú deu os sacrifícios conforme instruído.
Ele manteve as sábias palavras em seu coração.
Veio a hora de Èsú vir à Terra.
O processo envolveu trabalhar a relação entre tempo e infinito.
Òrun, o mundo das origens, pertence a lae-lae, o infinito.
Ayè, a terra, pertence ao mundo do tempo.
Para se deslocar do òrun ao ayè, do ayè ao òrun, do mundo das origens a terra, da terra para o
mundo das origens, você precisa trabalhar a relação entre tempo e infinito. Cada pessoa tem que
fazer isso individualmente, porque a relação entre o infinito e o tempo é universal e único para
cada pessoa.

Èsú tentou trabalhar essa relação.


0 = T?
Onde 0 é infinito e T é o tempo.
O infinito é igual ao tempo?
Não. Isso não pode ser.
Será que o infinito não é a transcendência do tempo?
0-T?
É infinito, a ausência de tempo?
Mas a noção de infinito implica tempo, pelo menos como um conceito de oposição, porque sem
algo diferente do infinito como conceber o infinito?
0 + T?
Bem ... podem ser infinitos e unificados, uma vez que ambos estão relacionados com a duração?
Hmm, intrigante, mas problemático.
Mas eles não se excluem mutuamente?
Será que o infinito não implica a ausência de eternidade no tempo?
Mas mesmo se eles devem ser entendidos como unificados, será em termos de adição?
Ou é em termos de implicação mútua, em que um implica o outro? "
Èsú continuou buscando o relacionamento certo, ainda lutando para descobrir uma equação que
iria ajudá-lo a passar de uma zona para a outra.
"0> T? É o infinito maior do que o tempo?
Que pode ser visto como implícita minhas reflexões anteriores, mas não essa idéia, que ainda
implica uma oposição entre o tempo e o infinito? "
T <0
Seria o tempo inferior ao infinito?
Hmm ... provável.
Mas é a relação entre o infinito e o tempo é uma conta de maior ou menor?

o
-------------- ?
T

Seria divisível o tempo pelo infinito?


Intrigante.
Isso é possível?
Se o infinito é a eternidade posso dividi-lo em unidades?
Ou deve ser entendido como o infinito um movimento contínuo do tempo?
Eu suspeito que eu preciso de uma maneira que demostre o tempo e infinito como parte um do
outro.
Então Èsú pensou...
Espere.
Em vez de tentar descobrir as relações lineares entre o tempo e o infinito, por que não tento uma
relação imaginativa?
Por que não tentar relacionar as formas visuais dos símbolos que estou usando para o tempo e
infinito e ver o que surge?
Como?
Usarei a topologia demonstrando relacionamentos através da manipulação imaginativa da forma.
Mostrando duas formas diferentes porque uma semelhante pode ser transformada
imaginativamente e a outra por conta de suas semelhanças subjacentes e visual.
Pode o símbolo T para o tempo, ser mostrado para ter um relacionamento com 0, o símbolo de
infinito?
Esticarei o T em um formulário como o 0.
Assim?
∞?
Sim.
Finalmente.
Tempo e infinito, então, são mostrados para serem correlativos através de um símbolo visual.
Èsú elogiou o Bàbáláwo.
O Bàbáláwo elogiou Ifá.
O Bàbáláwo consulta sempre Èsú, a fim de falar com Ifá, para aprender com Èsú e como se
mover entre o tempo e o infinito.
Fizemos o caminho e encontramos o rio.
O caminho, é o caminho que tenho andado desde o início dos tempos.
O rio é de muito tempo atrás.
O rio é de antes do tempo.
O rio é do tempo do criador do universo.
A solução de Èsú para o dilema infinito x tempo é representado pelo Opon Ifá, que são as
bandejas de divinação.
Èsú sempre é mostrado no topo do opon Ifá, com vista para o espaço vazio da bandeja onde o
babalawo, o mestre do conhecimento esotérico de Ifá, explora questões no contexto da
intersecção do tempo e do infinito.
Este cruzamento pode ser visto como sugerido pela imagem no opon Ifá de círculos entrelaçados
formando uma espiral, como descrito por Babatunde Lawal em "Aya gbo Aya to: Novas
Perspectivas no Edan Ogboni" com referência a Edan Ogboni, Ogboni arte, que compartilha o
simbolismo centrais e valores metafísicos com Ifá:
A espiral ou os círculos concêntricos .... representa o spin (ranyinranyin) com base em forma de
cone do pequeno caracol (okoto), o movimento dinâmico e por extensão, com o poder
transformador de Èsú, o mensageiro divino que medeia entre os Òrìsá e o ayè.
Outros identificam o tema com o movimento de um redemoinho, significando o poder expansivo
de Òlókún, a deusa do mar e da abundância. ... Terra e Água ... na essência ... duas vertentes do
mesmo fenômeno .. Ìyá Nlá (a Mãe Poderosa - Mãe Natureza), álias Òlókún Ajaro okoto (A
deusa do mar, que gira como okoto).

... lama negra de um rio ou lago é uma parte vital dos ingredientes utilizados em consagrar um
altar para Ilé e uma figura de peixe com patas muitas vezes domina a decoração em relevo nas
portas de Templos Ogboni e tambores que ligam o reino terrestre com o aquático. ... o tema
espiral ou os círculos concêntricos [é] uma metáfora para o ritmo da vida e o aumento (iresi) ".’

Como descrito por Denis Williams, a presença da lama no símbolo Ogboni e matriz energética
que encarna o simbolismo da Terra.O recorrido de lama em correlação com a espiral em
cosmologia Ogboni evoca a Terra como mãe universal. Em Ifá cosmologia evoca Odùduwa,
entendida tanto como progenitor histórico do povo iorubá e como progenitor primitivo da raça
humana, na criação da Terra.
Como descrito por Bascom, Johnson, Gleason e Soto, a presença da lama no Igba Iwá, a cabaça
da existência incorporando a unidade do ser, indica Odùduwa como um dos quatro principais
constituintes deste unidade.O Igba Iwa também é conhecido e está relacionado com o Odù Igba,
a cabaça de Odù, uma cabaça, muitas vezes usada tanto como encarnação e símbolo do
encapsulamento do poder criativo entendido em termos das capacidades geradoras sugerido pela
semelhança visual entre o estômago da gestante e a cabaça.
Odù é o manifesto da personalidade geradora na intersecção da matéria e da consciência, como
descrito por Falokun Fatumnbi em "O Conceito de Ifá na História" e sugeriu pela descrição
Joseph Ohomina de Odù Ifá como os nomes de todas as possibilidades da existência, do abstrato
ao concreto, das situações abstratas a objetos e emoções.
A sabedoria de Ifá emerge através da intersecção da sabedoria cósmica do Odù com as
especificidades de existência ativa da criação da Terra e como um dos quatro constituintes
primários de Iga Iwa, a cabaça da existência, a unidade do ser, associada Odù, o manifesto da
personalidade geradora da intersecção da matéria e da consciência, como descrito por Awo
Falokun Fatumnbi em "o Conceito de História de Ifá" e sugerido por Joseph Ohomina descrito
no Odù Ifá como os nomes de todas as possibilidades de existencia, do abstrato ao concreto, a
partir de situações sobre objetos e emoções.
Witte descreve o tema padrão de entrelaçamento tão expressivo em "Osumarè, a serpente do
arco-íris sempre em movimento, símbolo da continuidade e permanência ... que circunda o
mundo para mantê-lo unido ... o princípio do movimento, a força de integração que mantém os
elementos primordiais juntos".
Tomados em conjunto, as interpretações Lawal e Witte correlacionam imagens de continuidade
cósmica, ligações entre diferentes formas ontológicas, com elementos macro e microscópicos do
processo de mediação entre eles, como estas mediações sugerem mudança e transformação de
um estado de ser para outro.
As três primeiras linhas do poema são de "Akan Tambor Poesia" traduzido por Kwabenia Nketia.
A última estrofe do poema é adaptado de "Akan Tambor Poesia" traduzido por Kwabenia Nketia.
A estrutura deste ese Ifá é inspirado nos ese Ifá coletados e traduzidos por Wande Abimbola em
Uma Exposição de Ifá Corpus Literário e Poesia Adivinhação Ifá.
Palavras onde as mulheres tecem na Terra e é descrito por Martin McLaughin a correlação
filosófica, o cômico e o cósmico em Italo Calvino O Cosmicomicos Completo, Penguin Modern
Classics 2010, em sua introdução ao livro.
O poema é parte de um esforço para desenvolver um sistema de conhecimento inspirado na
tradição antiga de Ifá, o desenvolvimento destes termos em contexto moderno que chamamos de
uma gama tão ampla de conhecimento possível, refletindo uma interpretação das aspirações
cósmicas, alguns dizem que é o alcance cósmico, de Ifá.
Pode a autenticidade espiritual do ese Ifá, Ifá literatura, que é usado em um contexto de
adivinhação estar vinculado com valores mágicos, ser atualizado em um contexto diferente
daquele sancionado pelo guardiões do entendimento tradicional de Ifá?
Qual é o valor dessa literatura para além deste contexto espiritual?
Pode servir como uma forma de inspiração para uma literatura puramente secular?
É o desejável?
Estas perguntas surgem no contexto do fato de que este ese Ifá tem sido pouco abordado,
adaptado ou utilizado fora do seu contexto tradicional, embora seja talvez a maior coleção do
mundo de textos literários desenvolvidos dentro de um sistema, embora tenha sido criado por
diferentes artistas ao longo dos séculos , em diferentes partes de Yorubaland e atuais Nigéria e
seus vizinhos.
Vou analisar essas questões com o tempo, bem como apresentar as opiniões dos outros sobre
estas questões.
A estrutura deste Ifá ese é inspirado nos ese Ifá coletados e traduzidos por Wande Abimbola em
“Uma Exposição de Ifá Corpus Literário e Poesia na Adivinhação Ifá”.

Gbàdúrà ti Éégun

Ikú ayé, a kí ì bo òrun!

Mo júbà re Éégun mònrìwò.

Hei! Hei! Hei! Bàbá l’èsè awo ìfé.

Ikú l’onon, Ikú l’èhin,

Ikú ó, Ikú o!

Salve Ikú, Nós o saudamos e cultuamos no òrun!

Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o som de tua voz.


Hei! Hei! Hei! Pai que estás aos pés do culto do amor.

Ikú no caminho adiante, Ikú no caminho atrás,

Salve Ikú, Salve Ikú.

Gbàdúrà si Egúngún

Ìkú ònòn Ìkú lé èhin, Hei! Hei! Hei!

Bábá l’èsè awo ìfé

Pèlé-pèlé ó dára

A wò sílé, a dúpé,

Omo ni won dára

A wé Olúwa ìkú ó bàbá

A wúre, a wúre, Bàbá Olúkòtún.

A wúre, a wúre, Bàbá Alápáàlà.

A wúre, a wúre, Bàbá Igi.

A wúre, a wúre, Bàbá Igi-S’àwórò

A wúre, a wúre, Bàbá Alápoyò.

A wúre, a wúre, Bàbá Erin rin.

A wúre, a wúre, Bàbá Omo Orò ó mi tótóo.

A wúre, a wúre, Bàbá Isota isso.

A wúre ré èrin.

A wúre rìn rere.

Àse!

A Morte no caminho adiante, a Morte no caminho atrás, Hei! Hei! Hei!

Pai, estamos aos seus pés do culto de amor.


Gentilmente Eu vos saúdo, sois o bem.

Olhai para Nós e para nossa casa, agradecemos.

Façai com que vosso filhos estejam bem.

Envolvei-nos, Senhor da Morte e Pai.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor do Lado Direito.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, que tem o àlà ao seu lado.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das árvores.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor das árvores a quem fazemos culto tradicional.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Senhor que traz alegrias.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai que caminha como o elefante.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Filho de Orò, perdoai-nos Senhor.

Desejai-nos o bem, desejai-nos o bem, Pai, Pedra resistente que frutfica.

Desejai-nos o bem e façai-nos sorrir.

Desejai-nos o bem para que caminhemos no bem.

Assim seja!

Nkí Bàbá Olúkòtún

(Saudando o Senhor do Lado Direito)

K’òtún bájà dé o

K’òtún oba

K’ó sìn nkon se

Éégun ò pààràká

K’òtún nbo a’re

Gbà rú Olúsemòn
Olúkòtún Olóri Éégun

Éégun e ki to lésè Olórun

E Olúkòtún bàbá Éégun

N won nílé wa ní

N ará àiyé tàbí araalé

E Olúkòtún!

Saudamos o Senhor do Lado Direito, que chegou e lutou.

Saudamos o Rei do Lado Direito.

Saúdo aquele a quem servirei e farei as coisas.

Como um Éégun menos importante, que segue o mais importante.

Saudamos o Senhor do Lado Direito, cultuando-o estamos bem.

Faremos oferendas ao Senhor que tem a Sabedoria.

Senhor do Lado Direito, Cabeça (chefe) dos Egúngún.

Éégun, saudamos aquele que está aos pés de Deus.

Senhor do Lado Direito, Pai Éégun.

Que com os demais está em nossa casa,

Com os espíritos da Terra ou com os Ancestrais da Família.

Nkí Bábá Éégun

(Saudando Bàbá Éégun)

Éégun a yè, a kíì gb’òrun,

Mo júbà re Éégun mònrìwò

Í dé mi ó kí e Egúngún

Ìkú gbálé sálè


A si ìwà

Ìkú tu gon

Àse fún wa.

Salve Éégun, saudamos aqueles que vivem no céu.

Meus respeitos a ti Éégun ao ouvirmos o som de tua voz.

Chega-te a mim, aquele que te saúda Egúngún.

Que a Morte seja varrida para a terra.

Que vejamos a existência.

Que a Morte seja acalmada (aplacada) e cortada.

Que assim seja, para nós!

Gbàdúrà ti Éégun

(Reza de Éégun)

Ìkú són a lè

Níbi Bàbá Alápáàlà.

Ìkú don ohun bàbá

Ó kí s’àlà ojú wa

Ní ìfé agà to ní gbè

Osó Ìkú a fó a wé to

Ìkú á lè, ìkú á lè, Ìkú àjò!

Morte, fique amarrada na terra

Aqui, Pai que tem o àlà (o pano branco) ao seu lado

Contra feitiços, a Morte e outras coisas.

Pai, ponha o àlà e o olhar sobre nós.


Tenha amor e que estejamos aptos à proteção

Contra os feitiços da Morte, eleve-nos e envolva-nos bastante.

Morte na terra, Morte na terra, Morte viaje (vá embora)!

Gbàdúrà ti Egúngún

(Reza de Egúngún)

Bàbáláàse se yìn se Ìkú

Olúwà kòtún

K’òtún a sáà nun gó-n-gó

Ìkú a dé.

Pai detentor do axé, podeis quebrar (abrandar) a Morte.

Senhor da existência, saudamos o Lado Direito.

Saudamos o Lado Direito certamente ficaremos limpos.

Que a Morte nos seja branda.


A Iniciação em Ifá, Umbanda e/ou Candomblé não é uma panacéia
Publicado em 15/02/2013 por caboclopanteranegra
Por Mário Ifágbóògùn Filho

Alguns dos seguidores das religiões e cultos de matriz africana e afro-brasileiros (Ifaismo,
Candomblé, Umbanda, entre outros) têm a errônea noção de que ao se iniciarem no caminho de
Ifá ou dos Orixás todos os problemas de sua vida serão eliminados, que esse ato iniciatório lhes
dará o poder de transcender as dificuldades e os fará imunes às tragédias. Todas essas noções são
inexatas e equivocadas. A iniciação neste caminho não é, em nenhuma hipótese, uma panaceia,
ou seja, uma cura ou remédio para todos os males, sejam espirituais, mentais, emocionais ou
físicos.

O propósito da iniciação nessas religiões e cultos é dar à pessoa uma consciência mais profunda
de si mesma e do mundo. Essa consciência se torna a base de um processo de solução dos
problemas, processo este que está baseado em uma visão complementar da interação pessoal e
espacial do iniciando. A cerimônia iniciatória estabelece uma nova maneira de ver, de ouvir e de
ser. Ela não remove, de forma mágica, as dificuldades da vida do Iniciado; ao contrário, posso
dizer, piora-os, num primeiro momento, pois obriga o iniciado a lidar com seus problemas, erros,
enganos e desacertos, algo que não fazia antes. A iniciação o obriga a buscar as soluções em si
mesmo, não em algo exterior, mas em seu âmago. Isso é extremamente difícil e doloroso, por
isso é um processo difícil.

Ainda assim, a iniciação não é apenas a cerimônia realizada por um Sacerdote/Sacerdotisa, mas a
reafirmação diuturna do Iniciado dos princípios dos Orixás, tal como são experimentados durante
o processo ritualístico iniciatório, que realiza o renascimento dos indivíduos para uma nova vida.
Este é um processo de transcendência das limitações. Cada nova revelação, compreensão,
experiência ou cerimônia trás o potencial necessário para cada um dos iniciados.

Em sua iniciação o velho deve morrer e renascer com uma nova profundidade de sabedoria.
Deixar ir ao velho ser, deixar as velhas idéias, as velhas maneiras e manias pode ser uma tarefa
difícil e dolorosa. A experiência de deixar esse estado anterior, no contexto da Iniciação, dá ao
iniciado uma experiência simbólica de mudanças internas e externas que ocorrem cada vez que
expandimos nossa consciência.

Os que estão buscando o fim das dificuldades, dos conflitos, dos desafios estão buscando o final
da vida, não as bênçãos da vida. Na cosmologia e cosmogonia de matriz africana e afro-brasileira
todas as formas de abundância chegam como consequência das transformações que acontecem
durante a vida religiosa. Por isso não podemos enxergar a Iniciação aos cultos Afro-brasileiros
como uma panacéia, mas sim como um meio de ser melhor para si mesmo, para os demais seres
humanos e para toda a Criação.
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A lenda da Kianda - Angola
Lendas....

Quem não se lembra daquelas histórias que ouvimos quando crianças e que ficam na nossa
memória e nos acompanham toda a vida. Quantas vezes não nos surpreendemos pensando nestas
histórias?
E se fossem verdade?
Será?
Terá acontecido mesmo?
Ou será que são histórias contadas para crianças?

O fato é que todos os povos tem os seus mitos que vão passando de geração à geração e às vezes
nem sabemos mais de onde vieram e como entraram em nossa mente.

A partir de hoje, vamos publicar algumas lendas selecionadas dos países de lingua portuguesa.
Será que você conhece?
Começamos por Angola.

A lenda da Kianda
O povo angolano acredita em sereias.
Estes seres sobrenaturais podem fazer o bem e o mal. Transmitem o medo mas também cultivam
o amor.
Pelo menos é nisso que se acredita. Em quimbundo, língua Bantu a sereia é conhecida como
Kianda.
Cada rio, cada lago, cada poço, cada reservatório de água pode ter uma Kianda.

Mas a rainha das Kiandas mora mesmo no mar.


A sereia das sereias!Ela é a mais poderosa de todas as Kiandas.
É amada e venerada e não há pescador que não lhe ofereça uma prenda ou busque por sua
atenção.

Dizem que Kianda morava nos rochedos ao redor da Fortaleza de São Miguel perto da Praia do
Bispo em Luanda. Um dia, Kianda vagava sozinha quando viu um pobre pescador que andava
triste e sem esperanças. Num momento de bondade, mostrou-lhe um tesouro escondido e que só
ela conhecia.

O homem enriqueceu da noite para o dia, mas ao mesmo tempo tornou-se egoísta e avarento.
Passou a usar este dinheiro para seu próprio proveito sem se preocupar com mais ninguém.

Kianda que o acompanhava de longe, não gostou nada do que viu. Resolveu dar-lhe uma lição e
fez o tesouro desaparecer deixando o pescador mais pobre do que antes.

Decepcionada, Kianda jurou que jamais ajudaria a outro homem e em retorno passou a enfeitiçar
com seu canto, a todos os que se aproximassem de suas águas, prendendo-os no fundo do mar.

Há quem diga que Kianda passeia pelas aldeias à noite encantando vilas inteiras. Há quem jure
pelo “sangue de Cristo”, que já ouviu o som da rainha das sereias e o ladrar de cães ou mesmo o
cantar de galos vindo de uma aldeia condenada a viver para sempre no fundo das águas.

Você sabia?
ERINLÈ (Òsòòsin): Grande caçadora, muito poderosa, tem forte ligação com a Magia (Ìyámi) e
Òsanyìn, para muitos é esposa de Ògún, para outros de Òsanyìn e para outros ainda, é esposa de
Olóògùn Ede. Ligada aos Elefantes, é protetora das caçadoras. Cultuada para trazer prosperidade
e coragem.
IYAMI A, GRANDE MÃE

“... E KÚNLÈ O, E KÚNLÈ F’OBINRIN O,


E OBINRIN L’Ó BÍ WA, K’ÀWA TÓ D’ENIA
OGBON ÀIYÉ T’OBINRIN NI, E KÚNLÈ F’OBINRIN
E OBINRIN L’O BÍ WA O, K’ÀWA TÓ D’ENIA...”.

(Ajoelhem-se para as mulheres,


A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos
A mulher é a inteligência da terra
A mulher nos colocou no mundo, nós somos
seres humanos).
A virtude de poder trazer filhos ao mundo que têm as mulheres, um fato quase mágico,
maravilhoso que as acerca ao divino, é e foi também motivo de temor em muitos povos antigos,
algo que era inexplicável, pelo qual as mulheres sempre foram vistas como possuidoras de certo
poder especial. Fala-se da famosa "intuição feminina", mas mais do que nada, em todas as
culturas há uma tendência a transformá-la em "BRUXA", no sentido de crer que tem poderes
inatos para comunicar-se com forças além do alcance do entendimento do homem. O mito da
"bruxa" que voa na
vassoura acompanhada por pássaros macabros é quase mundial, com pequenas diferenças
segundo o lugar do mundo do qual falemos.

Também se relaciona a fecundidade com o misterioso sangue menstrual, que é a marca que pauta
a conversão da menina numa mulher, daí em mais será considerada também uma Iyami, aquela
que em qualquer momento deixará de ter a regra, inchando-se o ventre, revelando que tinha em
seu interior a "cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Orun para o Aye. Mais
para confirmar dita transformação em "mulher" levam-se a cabo os "ritos de passagem" nos que
as meninas-mulheres estarão isoladas durante vários dias, alimentadas e vestidas de um modo
especial, onde conhecerão todos os segredos relacionados com as mulheres, os que serão
devidamente dados pelas anciãs de sua comunidade.

Os ritos assegurarão entre outras coisas que seja possuidora de uma "cabaça” fértil e o
alinhamento de seu lado espiritual feminino com seu corpo, convertendo-a numa mulher em todo
sentido. Há ao final uma apresentação em público das garotas que deixaram atrás a etapa da
meninice, para que os homens lhes tenham em conta no momento de querer escolher uma
esposa. A palavra Iyami por si só, em realidade não identifica à mulher com o lado escuro de seu
poder, muito pelo contrário é um modo de exaltar e homenagear sua capacidade de engendrar
apelando a seu lado protetor maternal, pois significa: "MINHA MÃE". Esta forma de referir-se a
qualquer mulher expressa um sentido de reverência àquela que serve de ponte entre os
antepassados e os vivos, bem como também reflete seu importante papel maternal.
Desse modo todas as divindades femininas são chamadas também Iyami, mais não no sentido de
"bruxas" senão por tratar-se de uma homenagem verbal às grandes MÃES ESPIRITUAIS.

Embora a mulher seja fértil (ao menos em teoria por ter a regra), não se lhe considera apta para
encarregar-se de certos aspectos importantes dentro das religiões africanistas. Por muitos
motivos, os principais não podem revelar-se aqui por tratar-se de um conhecimento que só
devem possuir sacerdotes que adquiriram certo status na comunidade. Mais algumas razões
práticas têm a que ver com o atendimento constante que requer o culto e uma mulher não pode
dedicar-se por inteiro ao mesmo já que segue tendo a regra, pois devem abster-se do contato com
as divindades durante esse período e no caso de ficar grávida, durante os últimos meses, o parto e
a posterior quarentena (sem contar que depois por vários meses todo seu atendimento deve ser
para o bebê).

Quando se fala de Iyami Osoronga muda bastante o conceito antes exposto, pois se refere ao
mito sobre o poder
feminino associado às AVES a partir de certas espécies que atracaram a mente do homem por sua
rareza ou comportamentos macabros. Ainda que também não isolado das mulheres ou dos Orisas
o mito Iyami se relaciona com estas por seus estômagos, mais precisamente com seu útero, ao
qual sempre nos referimos como IGBA IWA (a cabaça da existência). Trata-se da comparação
metafórica entre um ovo fecundado e a barriga da mulher grávida, onde se costuma dizer que a
mulher tem o “poder do pássaro encerrado na cabaça”.
No útero da mulher não se vê a simples vista ao bebê, mas sim se sentem seus movimentos,
enquanto no ovo (de uma galinha, por exemplo) não se aprecia o movimento, mas se pode ver a
depois de luz ao filhote, em ambos
os casos se pode apalpar a fecundidade e o surpreendente poder "mágico" que isto implica.

O mito Iyami Aye então, não é o culto às mulheres bruxas nem às aves macabras, senão que é a
associação mágica e metafórica entre o poder feminino da fecundação e o poder místico de
algumas aves noturnas (principalmente) que somado a certos temores e sentimentos negativos
dos seres humanos cria no espaço etéreo os Espíritos Coletivos das Eleye (donos das aves) ou
Iyami Aje (Minha mãe feiticeira) ou mesmo Iyami Osoronga, todas estas denominações que
aludem ao mesmo.
Estes espíritos são impessoais, nunca tiveram corpo humano nem o terão, fazem parte do homem
e a natureza ao mesmo tempo, espécie de "parasitas" que aparece junto com o homem no mundo
por causa de sua existência, não têm consciência, são alimentados pela idéias malignas e os
temores, por isso se tornam consideravelmente perigosos no plano astral. Podem ter sexo
masculino ou feminino e sempre vem em casal, representando o equilíbrio, a dualidade existente
em todos os planos, inclusive no de nossos próprios temores mais escuros.

A crença popular yoruba se crê que têm forma humanóide com plumas, mais nunca se
representam em imagens ou gravuras, só se intui seu poder através dos pássaros, os que
majoritariamente são usados como símbolos nas bengalas metálicas (osun) dos Babalawos ou nas
coroas dos Obas, representando que o possuidor tem a autoridade para acalmar-lhes e que para
ganhar tal titulo primeiro teve que render homenagem ao Poder Feminino. As Iyami Aje atuam
sob a supervisão de Oso e têm estreita relação com outros Orisá como Ogun que é o dono dos
sacrifícios e quem provê o sagrado líquido pertencente à Eléye.

Quando há uma influência negativa por parte dos Eleye masculinos se diz que são os Oso quem
estão trabalhando na contramão da pessoa, ainda que nunca haja um culpado externo responsável
destes ataques, pois em verdade sempre é a própria pessoa que muitas vezes ganha "o castigo"
através de seu comportamento. As Eleye são executoras da lei num sentido inverso, isto é,
procurar o bem a partir do mal. Toda pessoa que tenha certa inclinação às características
negativas para os demais está alimentando estas forças e ao mesmo tempo antevendo o mal
perigosamente, o que em longo prazo faz com que a própria energia negativa da pessoa se
converta em seu próprio juiz, Iyami Osoronga posará suas patas em cima de sua cabeça.
Não há nenhum ebó capaz de vencer o trabalho destes Espíritos, o único que se pode no máximo
é apaziguar-lhes e isso é porque "vivem" em nossas entranhas, em estado latente. Sua função se
torna importante, pois apesar de ser "inimigas" das pessoas tendem a regular o comportamento
do Ser Humano através de seus medos. Quem deseja que Iyami Osoronga não se torne um
obstáculo em sua vida deve frear os sentimentos de inveja, ciúmes, rancor, bem como qualquer
pensamento negativo para Crê-se que as Iyami se reúnem em assembléia numa mesa presidida
por Oso, onde se conspiraria e especularia sobre as maldades a realizar enviando os Ajogun após
o questionamento se foi feito ou não os ebó marcados por Babalawos através de Ifa. Deste modo
servem de reguladores do comportamento frente às dívidas geradas ante as divindades, por causa
de ter rompido o equilíbrio existente de alguma maneira seja numa vida anterior ou na presente.
A Iyami Ayé pertence toda sangue derramado na terra e também são quem controlam o sangue
menstrual a que quando aparece revela a presença próxima destas criaturas, o que explicaria as
dores típicas e o comportamento histérico que costuma ter as mulheres nessa etapa.

Isto também é outra razão pela qual nos sacrifícios para Orisá o sangue não deve tocar a terra -
existindo um método ritual que evita isso - e por que a mulheres com sua regra devem manter-se
afastadas do culto. Ao suceder qualquer
das duas coisas ou ambas, seria um tabu e a cerimônia estaria quebrada, devendo conferir ao
oráculo por alguma solução.

Costuma-se oferecer-lhes preferencialmente as vísceras, pois se considera que é sua comida


favorita, as que se preparam sempre depois de qualquer sacrifício para os Orisá de um modo
especial e são apresentadas em pratos de barro forrados come EWE LARA (folha de mamona).
Os etutus para IYAMI são conhecidos como Iyala e significa "que o mal desapareça". Se lhes
oferece também, durante qualquer sacrifício, um eko (massa feita de farinha de milho branco)
que serve para proteção, pois as acalma quando é despejado na terra, este representa o poder
feminino, pois entre outros ingredientes leva: plumas - simbolizam muitos filhos e proteção;
sangue - representa a menstruação e a vida.
Presume-se que a palavra Aje utilizada como "bruxa" prove da contração de IYA JE (a mãe que
come) aludindo a seu voraz apetite, sempre atraída pelo cheiro a sangue e vísceras ela pode vir
sob a forma de mosca, pássaro, gracioso ou inclusive outros animais.
(Autor desconhecido)

ÌYÀMÌ ÒSÒRÓNGÀ - PODER FEMININO NO CONTRASTE DE AMOR E MEDO

Sem sombra de dúvida, a mulher e seu Poder é um dos Mitos mais profundos da história
humana. Principalmente, por serem possuidoras de uma força misteriosa, até nos dias de hoje são
exageradamente cercadas de medos, o que provocou no ocidente muitos equívocos referente a
forma de cultuar ÌYÀMÌ ÒSÒRÓNGÀ. Irrevogavelmente o Poder da mulher em todas as
culturas do planeta sempre foi reverenciado e consequentemente muito temido. Se olhássemos
para trás alcançaríamos as analises bem especificas do desempenho da mulher e os cultos
originados através de seus poderes...Isso principalmente nas Culturas Africanas, e se pudéssemos
ainda voltar para ouvir dentro de nós a VOZ do Poder da Fêmea Universal, escutaríamos
possivelmente algo bem próximo a isto:

Meu culto data desde a Idade da Pedra. Na forma centralizada de um grande culto à fertilidade.
No inicio da existência quando os seres humanos davam seus primeiros passos para evolução
sobre as planícies intocadas do planeta... Eu ÌYÀMÌ, estava lá também. O tempo passou...
passou... passou, e os homens desceram das planícies e foram construir suas cidades. E eu
abstratamente fui com eles. Eles me cultuaram na Babilônia onde fui adorada e chamada de
ISTHAR. Já no terceiro milênio antes de Cristo, os homens me invocavam de tal maneira com
sabedoria, meu Poder era apaziguado... e minha força então podia ser detida, como poder
feminino gerei muitos filhos (seres humanos) mais de cem ao dia. No Egito fui amada com o
nome de NEITH apreciada como a mais velha e a mais sábia das Divindades, sempre à frente das
artes úteis. Contemplada no céu noturno que se arqueava sobre a Terra formando com minhas
mãos e pés as portas da Vida e da Morte. Por isso fui também cultuada principalmente em seus
cultos fúnebres como Guerreira Protetora de seus mortos, Eu, era associada a vida e a morte,
como a principal representante de DEUS, para os Egípcios, Eu era uma totalidade do Supremo.
Posteriormente fui relacionada a ÍSIS, por ser Ela, uma deusa da beleza e fertilidade.

Entre os Hebreus fui chamada de ASTARTE. Na Frígia apareci como CIBELE (a guerreira
caçadora possuidora dos 9 fogos), indicando a fertilidade. Na Grécia, recebi o nome de REA,
GEA e DEMETER, por ser sempre densa, profunda, misteriosa e escura (TERRA). Senhora do
mundo inferior no sentido vertical das profundezas da terra, por isso fui relacionada também à
Morte. Meu ventre terreno e magnético que guarda os mortos, numa eterna restituição, Meu
ventre que é também o centro da fertilidade de onde a vida emana. Por isso sou como labirinto
que significa entrar no ventre para encontrar a morte, e dele tal qual o grão de trigo
gloriosamente brota.

Na Grécia, sou chamada de LAMIA, amada e alimentada por homens e seus filhos homens.
Como Deusa celta fui chamada de ANNIS e meu culto alcançou a Europa. Porém, a forma que
mais fui conhecida e meu culto se desenvolveu, foi como Mãe-Negra (Densa Terra). Fui cultuada
na cultura Cretense-Egéia, onde Eu era originariamente venerada em grutas e cujos sacerdotes
eram mulheres. Eu era e sou a Lady of the Beasts (Senhora Pássaro) mulher de instinto animal
venerada nas montanhas. Como em várias culturas fui comparada como a Mãe Animal de seios
sempre descoberto que amamenta seus filhotes, como a cabra, vaca, etc. como indicam as vestes
de peles e as roupas das sacerdotisas que sempre apareciam diante de meu altar com seus seios
descobertos. Em algumas culturas, Eu tinha nas costas linhas verticais que lembravam penas da
cauda dos pássaros. Em outras culturas, uma pequena estatueta na qual Eu era representada com
uma criança em meu colo, às vezes com cabeça de cobra.

Na Suméria fui cultuada como INANNA, popularíssima força de dupla personalidade: Eu era
tida de manhã como uma valorosa mulher "Senhora Guerreira" a deusa de muitos heróis, e de
noite Eu era a deusa da fertilidade, dos prazeres e do amor, fertilizando as sementes na terra
como também o próprio homem. Por isso, fui chamada de Divindade Decaída, isso, por meus
vários aspectos e características, ou seja, a própria posição vertical da Terra, metade inferior da
cabaça, a posição da mulher quando recebe seu homem para ser fecundada numa posição da
vida, como também a posição da morte, sempre
de barriga ou ventre para cima.
O medo dos homens ainda é imenso, eles acham que sou culpada de suas fraquezas e até por suas
incapacidades. Assim, eles abençoavam e ainda abençoam as espadas, com as quais matam uns
aos outros, e eu, por minha empatia as sinto atravessarem em minha garganta. Figurativamente
eles me submergem nas
Chamada também de divindade decaída, por Eu ser força (energia) contida mundialmente em
todas as mulheres, por isso, sou a Força que não é subordinada a um só homem, mas a vários...
Fato que minhas sacerdotisas respeitosamente representam de forma figurativa as "sagradas
prostitutas", por não pertencerem a um e sim a todos os homens (Òrìsà’s Masculinos) sem
distinção. Assim eu possuo múltiplos ventres, pois sou Eu o ventre principal (Mãe Terra), na qual
todas as minhas sacerdotisas sobrenaturais se transformam e ganham distinções. Esta era a
necessidade que a humanidade tinha de conciliar sexualidade e religião, como me cultuavam nos
primórdios, me integrando ao poder dos opostos. Regressando-me ao primeiro plano da
consciência coletiva para lhes assegurar a queda da rigidez patriarcaL.
Em Roma, sou apaziguada pelo terrível festival de Lemúria, com suas cerimônias de deificação à
seus mortos... Minhas equivalentes romanas são TELLUS, CERES e MAIA.
águas, me cremam e espalham minhas cinzas ao vento. Eles extraem meu coração e
cozinham com vinagre. Selam em minha sepultura quente com pétalas de rosas,
arroz e ferro... tentando me destruir, e Eu, sempre acabo voltando. Ao redor do mundo eu sempre
volto.

Os Japoneses me chamam de HANNYA, temendo minha boca e meu andar. Seus homens, jovens
macios se escondem e tremem diante de minha presença, mas eu sinto seu sangue pulsar quando
os revelo meus lábios.
Entretanto, os mexicanos me chamam de LA-LORONA (A Chorona) por Eu ser o jorro
menstrual de minhas filhas, possibilitando nascer em todo mundo milhões de seres ao mesmo
tempo, abundantemente como o choro das águas nas cachoeiras.

Na Índia fui chamada de RAKSHASI, tão bela e terrível, cultuada, Amada e temida pelos
homens aqui como em qualquer lugar. Eu existo muito antes das tribos, e o medo dos homens de
pronunciarem o Meu Nome já é passado, como um grito herdado de pai para filho século a
século. Eu, sempre aparentemente tenho uma função para com eles, suas estranhas sociedades
são constituídas e firmadas sob uma ameaça imaginaria, o que me faz, ser cuidadosamente
colocada além das luzes de suas tochas.
Evolutivamente, enquanto suas tochas se transformam em lampiões, e seus lampiões se
transformam em luz néon, sua pequena casa de medo honrado (consciência) permanece
intocável.
Hoje, eles até acham que me conhecem profundamente, mas apesar de Eu possuir muitos nomes,
sou Única, e eles nem conseguem considerar tal fato. Por tantos outros Povos eu ÌYÀMÌ,
singularmente sou chamada de tantos nomes diferentes, Ex.: ÒSÒRÓNGÀ - ANANANGEL -
CIVATATEO, SWAWMX – IYEMONJA – IYEMONJA-ODUA – TALAMAUR – UPYR –
ÒDU – EGAEPONA – DIANNA – NÃNÃ – IYAORI
–NANBUKU - CIBELLE – IYANILÈ – ONILÉ – IYALAIYE – AZERI – IYABUKU –
NANKUABA – IYANLÀ – IYELALA – IYAMASE – IYAMI-AJÉ – ELEYE – ALAYÉ –
IYAALÉ – IYEMOWO – MAWÙ – ÒDUWA e centenas de outros nomes já citados
anteriormente... Mas todos para mim significam quase que a mesma coisa. Os nomes não dizem
nada do que penso ou do que sinto. Sou quase sempre, uma coisa a ser deturpada, caçada e
metaforicamente morta. Coisa que os seres humanos fazem quando suas mentes vazias requerem
algo negro (sujo) para suas fantasias, principalmente sexuais. Assim me desonram, fazendo
comigo o mesmo que fazem com minhas físicas Filhas, através delas me transformando em
objeto de seus prazeres e maus-tratos.
Ainda sim sou Divindade decaída, que além de tudo, sou Aquela que é base da humanidade
sustentando seus pés, amparando suas almas e corpos em minha residência, propiciando estrutura
de vida, aquela que provê abundância e riquezas, sou sim, á MÃE UNIVERSAL, chamada pelos
Yorubà’s, ODÙ para uns, e ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ para outros.
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O CULTO GELEDE
Segundo os mitos da tradição afro-descendente, já que o mito é o discurso em que se
fundamentam todas as justificativas da ordem e da contra-ordem social negra, a luta pela
supremacia entre os sexos é constante, simbolizada na ìgbá-dù (cabaça da criação), já que o òrìsà
Ye moja Odùa, princípio feminino de onde tudo se cria - representação coletiva das Ìyámí ou
mães ancestrais, é a metade inferior da cabaça e Obatálá ou Òòsààlà, princípio masculino, a
metade superior. A relação Odùa/Obatalá, entendida simbolicamente, não representa uma simples
relação de acasalamento do princípio feminino com o masculino.
Há um princípio de completude do outro, de que a vida se constrói de mãos dadas e de que cada
um de nós à medida em que estabelece esta relação, estabelece um elo mais completo com as
coisas que estão à volta.

Significa todo um processo de equilíbrio e de harmonia. Para se entender bem tal relação, se faz
necessário situar as mulheres do ritual G È L È D È , que representam o culto às ÌYÁMÌ, as
grandes mães ancestrais, encabeçadas por: Nàná ,Y e m o ja Odùa, Òs un Ijimu, Òs un
Ìyánlá,Yewa e O ya. ODÙA simboliza a grande representante do princípio feminino, sendo o
elemento responsável por todo o poder criador, do poder das mulheres, liderando o movimento
das ÌYÁMÌ, grandes mães ancestrais, que tudo criaram, transformaram e transmutaram desde o
princípio dos princípios da formação do universo.
A sociedade G È L È D È S, que já existiu no Brasil, é um ritual de mulheres que vestem panos
coloridos - diferentes panos mostrando diferentes procedências. São as diferentes raízes que as
pessoas podem ter na maternidade. A máscara È F É -G È L È D È que cobre a cabeça da mulher
vai representar o mistério, o maravilhoso, na cultura negra. O uso da máscara significa o símbolo
de outro espaço, um espaço vivo, um espaço invisível que não se conhece, mas sente-se!
No Brasil esta sociedade existiu, sua ultima sacerdotisa suprema foi O m ó ník é Ìyálóde-Erelú
que tinha o nome católico Maria Julia Figueiredo, uma das Ìyálà se do Il è Ìyá-Nàsó , com sua
morte cessaram-se as festividades , que eram realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da
sociedade G È L È D È é propiciar os poderes míticos das mulheres, cuja a boa vontade deve ser
cultivada porque é essencial a continuidade da vida para esta sociedade.
Sem o poder feminino, sem o princípio de criação não brotam plantas, os animais não se
reproduzem, a humanidade não tem continuidade. Assim, o princípio feminino é o princípio da
criação e preservação do mundo: sem a mulher não existe vida, sendo, segundo os mitos, ser
reverenciada e respeitada pelos orixás e pelos homens.
As G È L È D È e suas máscaras se tornam uma metáfora, sendo uma linguagem para a mãe
natureza. O G È L È é um símbolo das G È L È D È porque personifica o útero, pois ele carrega
as crianças e as protege. Através das Ìyámì (mães ancestrais) a arte das máscaras é usada para
aglutinar as pessoas que se relacionam como filhos de uma mesma mãe, fazendo com que o
espírito se manifeste através desta máscara, seguindo e alimentando o espírito humano.
Representam o não uso da violência para resolver questões. Nas culturas negras a mulher está
presente em todos os lugares.

As máscaras tem grande importância na vida religiosa, social e política da comunidade,


mostrando as diferentes categorias de mulher:
- mulher secreta - ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo
dos vivos, por gerar frutos.
-mulher símbolo político - não usa violência para resolver as questões, aglutinando as pessoas,
vivendo o cotidiano.
- mulher sagrada - símbolo de todos os tempos, pois está virada para o futuro, sempre vulnerável
e frágil, mas é aquela que abre o céu ( Ò run) e deixa lugar para a mudança, o futuro, e para a
transformação.
A sexualidade da mulher negra faz parte da sua essência de princípio feminino, sendo muitos os
mitos que representam a função e o papel mulher vista como útero fecundado, cabaça que
contem e é contida, responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da
comunidade. Não se encontra pecado nesta sexualidade.

Através das ÌYÁ as comunidades - terreiros se constituam num verdadeiro sistema de alianças.
Desde a simples condição de irmão de santo até a mais complexa organização hierárquica, há o
estabelecimento de um parentesco comunitário, como uma recriação das linhagens e da família
extensiva africana. Os laços de sangue são substituídos pelos de participação na comunidade, de
acordo com a antigüidade, as obrigações e a linhagem iniciática. Todos estão unidos por laços de
iniciação às divindades cultuadas, aos demais iniciados, às autoridades, aos antepassados e aos
ancestrais da comunidade.

Através do rito se tem todo um sentido de manifestação das mulheres do grupo: rodando,
dançando, se integrando com o cosmos, mostrando que temos consciência de que somos
elementos dinâmicos, de que o movimento da roda - já que as mulheres são os elementos que
dançam em círculo - representa o altar da criação, da vida, já que a terra está em movimento, o
universo está em movimento e só se conseguirá estar em sintonia com o universo através do
movimento.
G È L È D È é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso,
existente nas sociedades tradicionais yorubás , que expressam o poder feminino sobre a
fertilidade da terra, a procriação e o bem estar da comunidade.
O culto Gèlèdè visa apaziguar e reverenciar as mães ancestrais para assegurar o equilíbrio do
mundo. As principais representações do culto também nos fala um itòn de òséyèkú, que obàtálá e
odù logbojé são uma única coisa e no culto a Obàtálá, Ò s òrongà é diretamente participante , o
próprio it ò n nos fala: "tudo aquilo que o homem vier a conseguir na terra, o será através das
mãos das mulheres . esta é uma tradição do culto a Obàtálá, pela relação direta de Y e m o ja
Odùa. - ìtòn òsá méjì ( o mito da roupa de Éégún)- quanto ao culto È f é -G è l è d è , os homens
participam , até nas chamadas "incorporações"- dàpò sòkan - e uma das principais diferenças,
estão nas próprias danças rituais, quando "feminina" e lenta e nobre, quando "a masculina" é
firme e agressiva, e cabe aos òsò de Òò s ààlà' esta função.- Seja ako, baká, mundiá, tetedè,
okunriu, onilu e "às outras" .

Mas quando se trata da essência da filosofia, na relação Obàtálá (símbolo da ancestralidade


masculina) e, Y e m o ja Odùa - (Ò s òròngà - símbolo da ancestralidade feminina) como uma
relação perfeita, trazida por Òsé-òyèkú , e também pela relação de ambos com Ikú.
O culto anual de È f é -G è l è d è , originário da cidade de Ketu no décimo quarto século, é
organizado no começo da estação agricultural exatamente por uma importante questão dentro da
cultura Yorùbá - a Fertilidade. Este culto se organiza da seguinte forma- sua parte diurna é
exatamente G è l è d è e sua parte noturna é È f é ( o pássaro ). Os dançarinos são homens,
contudo representam homens e mulheres em suas representações.
Isto prova que o culto das G è l è d è não é vetado aos Homens.
Na dança feminina G è l è d è é poderosa e contida, entretanto, na dança masculina é violenta e
agressiva.Os nomes citados são os próprios nomes das 9 principais G è l è d è em sua ordem de
entrada na praça do mercado, pois este culto , e na verdade todos de acordo com a direção da
cabaça de Odù que vai ser desperta( òséyèkú) deveriam ser feitos ao livre como nos ensina o
antigo culto à Olòrun. Akò,Baká,Mundiá,Tetedè,Okunriu,Onilu,Isa-orò,Alopajanja-eledè e
Woogbáwoobaarsan )
Sendo assim, é exatamente no conhecimento deste culto que podemos perceber que os homens
principalmente os "òsò" participam de toda uma enorme variedade de fundamentos do culto na
sociedade Ò s òròngà, pois se assim não o fosse, como explicar o tabu de que as mulheres não
podem olhar Odù ( ìtòn irètégbè ), como entender que são os Bàbáláwo - filhos de Òrúnmílá que
entregam as cabaças com os pássaros as mulheres iniciadas no culto à Ò s òròngà ( itòn irèté méjì
)

“ È f é “são as máscaras rituais que simbolizam o espírito das ancestrais femininas e os diferentes
aspectos de seu poder sobre a terrasimbolizados pelos pássaros.
As orixás femininas cultuadas nos candomblés brasileiros representam aspectos socializados
deste poder conforme a visão de mundo negro africana segundo a qual homens e mulheres se
equivalem e controlam determinadas forças da natureza Porém a continuidade da vida sobre a
terra, atributo eminentemente feminino nesta tradição é reverenciado de modo especial.
Por isso O barì s à o grande ancestral masculino canta:
“E kúnl è o, e Kúnl è f’obinrin o
E obinrin l’ó bí wa, k’àwa tó d’enia
Ogbon àiyé t’obinrin ni, e kúnl è f’obinrin
E obinrin l’o bí wa o, k’àwa tó d’enia”
(Ajoelhem-se para as mulheres.A mulher nos colocou no mundo,nós somos seres humanos
A mulher é a inteligência da terra. A mulher nos colocou no mundo,nós somos seres humanos).
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ÌYÁMÍ Ò S ÒRÒNGÀ

O f ó ( Encantamento)

Mo júbà ènyin ÌYÁMÍ Ò S ÒRÒNGÀ.


(Meus Respeitos a Vós Minha Mãe OXORONGA!)
Mo júbà è nyin Ìyámí Ò s òròngà
O T ò n ó n È j è e nun
O T òo k ó n è j è è d ò
Mo júbà è nyin Ìyámí Ò s òròngà
O T ò n ó n È j è e nun
O T òo k ó n è j è è d ò
È j è ó yè ní Kál è o
Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò
È j è ó yè ní Kál è o
Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò
(Meus respeitos a vós minha mãe Oxoronga)
Vós que seguíeis os rastros do Sangue interior.
Vós que seguíeis os rastros do sangue do coração e do sangue do fígado.
Meus respeitos a vós minha mãe Oxoronga
Vós que seguíeis os rastros sangue interior
Vós que seguíeis os rastros do sangue do coração e do fígado
O sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos,e ele sobrevive, sobrevive ó mãe
muito velha o Sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos e ele sobrevive,ó mãe
muito velha)
Ìyámì Ò s òròngá não é um orixá, mas sim uma energia ancestral coletiva feminina, cultuada
pelas GÈLÈDÈ; sociedade feminina fechada da Ìyámì El é ey e (minha mãe senhora dos
pássaros), representada pela máscara dos pássaros. A sociedade Òsòròngá congrega as àjé–
feiticeiras que têm poderes de se
transformarem em determindos pássaros è hurù, e luùlú,àtióro,àgbìgbò e ò s òròngà ,este ultimo
refere-se ao próprio som que a ave emite e da nome a Sociedade. Exercem sua força máxima nos
horários mais críticos – meio-dia e meia-noite – ocasiões em que é preciso muita cautela para
que elas não pousem na cabeça de ninguém.

Suas cerimônias são realizadas no início da


estação do plantio relacionado à fertilidade.
Estas cerimônias tiveram início na região de Ketú, dividindo-se em duas partes a diurna e a
noturna. Segundo nos conta um ìtàn do Odù Ogbé Ò sá , diz que quando as Ìyámìs chegaram do
Ò run pousaram em sete árvores.

Segundo um Ìt ò n as 7 ávores das Ìyámìs seriam:


Orobo - Garcinea Cola
Àjànrèré - Ficus Elegans
Iroko - Chlorophora Excelsis
Orò - Antiaris Africana
Ogun Bereké - Delonex Régia
Arere - Triplochiton Nigericum
Igi ope - Elaeis Guineensis

Porém outra ìtàn nos da outra apresenta uma relação diferente das sete árvores estas seria as
árvores sagradas das Mães Ancestrais:
Ose - Adansanonia Digitalia
Iroko - Chlorophora Excelsis
Ìyá - Daniellia Olivieri
Asunrin - Erythrophelum Guineense
Obobo - Não identificada
Iwó - Não identificada
Arere - Triplochiton Nigericum

A contrario do que se pensa aqui no Brasil existe sim a presença masculina no culto a ìyámí.
São detentoras de poderes terríveis,consideradas as donas da barriga(por onde circularia a
energia vital do corpo) Ninguém pode com seus E b o,dos quais, o Òjijì (sombra) é o mais
fatal.São ligadas diretamente ao ODU ÒYEKU MEJI, são
propiciadoras para a alteração do destino de uma pessoa. Seus poderes são tamanhos que só se
consegue no máximo apaziguá-las,vence-las jamais.Relacionam-se com as ìyámìs Òsun a quem
estão ligadas pela ancestralidade feminina, bem como a Y e m o ja Odúa, considerada fundadora
do culto G È L È D È.

Deve-se lembrar portanto, que "òsò" é um título de quem trás o Égan (símbolo de È s ù o qual
foi dado através das mãos de Ò s òròngà ( it ò n ò s éòtúrá )e mesmo assim se foi iniciado no
tradicional culto de `Obàtálá /Y e m o ja Odùa e ainda tiver profunda relação com Ikú,através de
algumas se suas principais ònifás,como Òyèkú méjì,Òbàrà méjì,Òtúrúpòn méjì e algumas outras
poucas.O sangue( è j è )não é de nenhum Òrì s à a não ser de Ò s òròngà como vemos no Oriki
( è j è ó yè ní kál è o - o sangue fresco que recolhe na terra cobre-se de fungos )

Afirma a tradição que as Ìyámí segue o rastro do sangue do fígado e do coração, isto se deve por
os chamados À se das oferendas são de Ò s òròngà! estes orgãos se classificam em
comportamentos Ofú (aqueles que produzem a fazem circular a energia no corpo) estômago,
bexiga,vesícula biliar,intestino grosso e o intestino delgado,como também em comportamentos
Osa (coração,pulmões,rins,
fígado e baço - pâncreas) Estes detalhes são importantíssimos no culto à Ò s òrongà e
principalmente no culto È f é -G è l è d è ainda mais se falamos do sacrifício de e l é d é (porco )
Relacionam -se com Ò s òròngà:
È s ù : somente com sua ajuda é que conseguimos a comunicação com as Ìyámí,além de ser a
prova viva do poder das Ìyámís.
Ògún: o senhor da cabaça de èédú (carvão) - onà iwó oòrùn (caminho do oeste) é bem mais
íntimo de Ò s òròngà,se não fosse ele o senhor do sagrado ato da oferenda de animais,
juntamente com È s ù e Ò s òròngà .
Y e m o ja Odùa* :(Yemòwo) Grande Ìyá, Senhora do ìgbá- e y e (cabaça dos pássaros) é a
Ìyá'nlá seu nome é modificação da palavra Odù Logboje, a mulher primordial, também
denominada E l e yinjú E g é ,a dona dos olhos delicados fazendo parte das divindadesgeradoras
representada pelo Preto, fundadora do culto e sociedade G è l è d è.

Òs un :Grande protetora da gestação, é a Ìyámí-Àkókó, mãe ancestral suprema.


Òs un Ìjimu e Ìyánla:A duas mais velhas Òs un, são as duas ancestrais das mulheres.
Nàná: patrona da lama e dos primórdios da criação do Àiyé,é a O m o Àtìóro oké O fa.
O ya e Yewa:são todas Ìyá- E l é y e possuidoras da cabaça com pássaro símbolo do poder
feminino.
Olórí ìyá-àgbà Àj é E l é y e ,chefe supremo de nossas mães ancestrais possuidoras d pássaros.
Ògágun ati Ò gájùlo ninu awon ìyámí ò s
òròngà.chefe supremo,comandante entre todas as Ìyámí.
Òrúnmìlà:Este foi o único òrì s à que quando as ìyámí estavam zangadas conseguiu apaziguar
sua fúria e desta forma salvou o àiyé e
restabeleceu a Harmonia,entre os Homens e Mulheres.
Toda mulher é uma Ajé,porque as Ìyámí
controlam o sangue menstrual elas representamos poderes místicos das mulheres no seu aspecto
mais perigoso.São as Avós,as mães em cólera que em sua boa vontade a
própria vida na terra não teria continuidade

Ìtàn do Odù Ò sá Méjì


* Odùa TORNA-SE Ìyámí *
Nos primórdios da criação,Olódùmarè, o Ser Supremo que vive no Ò run,mandou vir ao àiyé
(universo conhecido) três divindades:Ògún (senhor do ferro),O barì s à (senhor da criação dos
homens) (2 -Um dos òrìsà funfun, sto é,òrì s à que têm como principal preceito o uso do branco
nos ritos e nas oferendas) e Odùa(Y e m o ja), a única mulher entre eles.Todos eles
tinham poderes,menos ela, que se queixou então a Olódúnmarè.

Este lhe outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (ìgbá e l é y e ) e ela se tornou
então,através do poder emanado de Olódùmarè, Iyá Won,nossa mãe para eternidade (também
chamada de Ìyámí Ò s òròngà,minha mãe Òshòròngà)
Mas Olódùmarè a preveniu de que deveria usar este grande poder com cautela sob pena de ele
mesmo repreendê-la.
" Olódùmarè diz qual é o seu poder?
Ele diz: você será chamada para sempre de Mãe de todos.
Ele diz:você dará continuidade.
Olódùmarè lhe entrega o poder.
Ele entrega o poder de e l é iy e para ela.
Ela recebe,o pássaro de Olódùmarè.
Ela,recebe,então,o poder que utilizara com ele.
Ele diz:utilize com calma o poder que eu te dei a você.
Se você utilizar com violência,ele o retomara.
Porque aquela que recebeu o poder se chamar Odù.
O homem não poderá fazer nada sozinho na
ausência da mulher"
"Lati ìgbá náà ni Olódùmarè ti fun obirin l'à se"
(Desde aquela época,Olódùmarè outorgou axé as mulheres)
Elas exerciam todas as atividades secretas:
"O mú Éégún jáde
O mú Orò jáde
Gbogbo nkan,kò si ohun ti ki se nigba náà"
(Ela conduz Egun
Ela conduz Orò
todas as coisas,não ha nada que ela não faça nesse tempo)

Mas ela abusou do poder do pássaro.Preocupado e humilhado,O barì s à foi até Òrúnmìlà fazer o
jogo de Ifá,e ele o ensinou como conquistar
apaziguar e vencer Odùa,através de sacrifícios,oferendas( e b o com ìgbín e pas ò n Haste de
Àtòrì) e astúcia.
Ele lhe oferta e ela negligentemente, aceita,a carne dos ìgbín.
"Odù náà gba omi ìgbín,o mu ú
Nigbati Odù mu omi ìgbín tán ,inú Odù nr ò di e di e "
(Odù recebe a água de caracol para beber,
quando odù bebeu,o ventre de Odù se
apaziguou)
O barì s à e Odùa foram viver juntos.Ele então lhe revelou seus segredos e,após algum tempo,
ela lhe contou os seus, inclusive que cultuava
Éégún.Mostrou-lhe a roupa de Éégún,o qual não tinha corpo,rosto nem tampouco falava.Juntos
eles cultuaram Éégún.
Aproveitando um dia quando Odùa saiu de casa, ele modificou e vestiu a roupa de
http://egúngún.Com/ um bastão na mão (opa),O barì s à foi à cidade (o fato de Éégún carregar
um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas.

Quando Odùa viu Éégún andando e falando,


percebeu que foi O barì s à quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a
Éégún e a O barì s à,conformando-se com a vitória dos homens e aceitando para si a derrota. Ela
mandou então seu poderoso pássaro pousar em Éégún, e lhe outorgou o poder: tudo o que Éégún
disser acontecerá.Odùa retirou-se para sempre do culto de Egúngún, e partiu para partir o culto G
è l è d è .Só e l é iy e , indicara seu poder e marcara a relação entre Egúngún e Ìyámí.
" Gbogbo agbára ti Egúngún si nlò agbára e l é iy e ni."
(Todo o poder que utilizara Egúngún é o poder do pássaro)
AS SENHORAS DO PÁSSARO DA NOITE
Iyami Oshorongá é o termo que designa as terríveis ajés, feiticeiras africanas, uma vez que
ninguém as conhece por seus nomes. As Iyami representam o aspecto sombrio das coisas: a
inveja, o ciúme, o poder pelo poder, a ambição, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas
são capazes de realizar grandes feitos quando devidamente agradadas. Pode-se usar os ciúmes e a
ambição das Iyami em favor próprio, embora não seja recomendável lidar com elas.
O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode
pertencer igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de
suas avós.

Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba,
depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo.
Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam infinitamente menos
virulentos e cruéis que as ajé (feiticeiras).

Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua
família, enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami são tenazes,
vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se
aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influência.
Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é
recebendo-o que ela se torna ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os
trabalhos maléficos.
Durante as expedições do pássaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o
momento do retorno da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta
vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o
corpo maculado por seu interdito.
Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva
os feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das
casas, e é silencioso.
"Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de alguém, levarão".
Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os
pulmões das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não
deixa as grávidas darem à luz.

As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vítimas. Toda Iyami deve levar
uma vítima ou o sangue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e
uma Iyami não pode atacar os protegidos de outra Iyami.
Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres
humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou
solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num
esquecimento desprovido de glória. Tudo é pretexto para que Iyami se sinta ofendida.
Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer
voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com
rigor, mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se alguém leva uma vida
muito
virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por
demais bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos filhos, e se essa pessoa não
pensa em acalmar os sentimentos de ciúme dela com oferendas em segredo. É preciso muito
cuidado com elas.
E só Orunmilá consegue acalmá-la.

Fragmentos sobre o culto Gelede e textos de:


Pierre F.Verger - do livro " As Senhoras do Pássaro da noite" e do art.publicado em 1965 no
"Journal de la Societe des Africanisters"
..."Grandeur et decadence du culte de Iyami Osoronga "
Organização e tradução-Carlos Eugenio M.de Moura.
https://www.facebook.com/photo.php?
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INTEGRANTES DA SOCIEDADE DE CAÇADORES - EGBÉ-ODE

OLÚ-ODE
Chefe dos caçadores é ele quem declara a guerra e coordena as atividades do grupo. Recebendo
autorização para uma eventual guerra, determina a seu subordinado BALÓGUN que a inicie.

BALÓGUN
O segundo na hierarquia é ele quem organiza e lidera a guerra. A derrota e a vitória são de sua
interia responsabilidade. Treina os caçadores que guerrearão, buscando apoio, conhecimento e
experiência de outros notáveis para o planejamento e a execução da luta.

ABOGUN
Aquele a quem são confiados os sacrifícios realizados para Ogun. É ele que cuida do OJUBO-
OGUM, local onde ficam os símbolos de Ogum. Para o bom andamento e realização das
atividades de guerra, o sacrifício é um elemento essencial. Daí ser de fundamental importância o
trabalho do ABOGUN.

ASÍWÁJÚ-ODE
O responsável pela coordenação das reuniões dos caçadores que visam o planejamento
estratégico e representante dessa sociedade, quando necessário.

ASIPA-ODE
O relações públicas dos caçadores e da comunidade local. Seu instrumento de trabalho é o
agogo, instrumento musical de ferro, percutido com vara do mesmo metal. Através da percussão
do agogo atrai a atenção da comunidade para, então, anunciar oralmente acontecimentos como
reuniões, batizados, casamentos e mortes dos anciões.

AKAPO-ODE
Secretário e tesoureiro são responsáveis pelas despesas da sociedade dos caçadores. Transmite ao
ASIPA-ODE as informações a serem divulgadas a respeito de reuniões ocorridas mensalmente.

Observamos que na cultura iorubá todos são importantes, bem como as funções que exercem.
Com isso, vale dizer que a diferença entre as pessoas está na otimização da chamada força vital
que, é herança natural, herança ancestral e herança social. Decorre dos esforços pessoais de cada
um e o bom adestramento e acúmulo de conhecimentos para benefício da coletividade.

(Ogun - Dor e Júbilo nos rituais de Morte - Prof. Sikiru Salami)


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Aboru Aboye.
O conceito de Iku Lobi Osha tem sido o objecto de mais de uma discussão filosófica e religiosos
ao longo dos anos. Eu consultei Oluwos várias santeros mais velhos e médiuns diversos em
vários países. Esta é a minha opinião baseada em minha pesquisa.
O Irunmole original são seres divinos (nunca nascido / não humano). Para a tradição judaico-
cristã, que seria o equivalente para as várias hierarquias de anjos e arcanjos, a partir da
perspectiva iorubá refere-se a vários níveis de seres divinos, que têm o link direto para Olofin e
Olodumare. Os Irunmoles iniciais existia antes da criação do homem, ou coisas vivas na Terra.
Agora no que diz respeito ao conceito de Iku Lobi Osha ou Orixá. Ori é uma entidade divina
para que os cristãos Judeo chamam a alma. A alma é imortal, mas como a Ifa sinal OgbeDi
afirma que se ajoelha alma antes de Olodumare para escolher a sua missão quando se desce à
terra para aprender e se desenvolver através do destino ou
Odun o Ori / Soul escolhe. Milhares de anos atrás alguns Ori veio à terra várias vezes e viveu e
desenvolveu e em cada encarnação, Ori se juntou a uma "personalidade" distinta ou "caminho".
Quando o ciclo de reencarnação (vida / morte / vida / morte) terminou e Ori cumpriu sua missão,
Olodumare ou Olofin concedeu a virtude de ser Irunmole sobre estes Oris especial e associado a
uma natureza característica / domínio para eles. Olofin / Olodumare também recebe essas orisas
recentemente reconhecidas com a capacidade de ser coroada por seus filhos, a fim de ajudá-los
através de sua jornada através da reencarnação. Assim, o ciclo de vida / morte / vida dá sentido
ao termo Iku Lobi Osha (Death deu à luz o Santo / Orixá). Além disso, o Timbelaye Eggun
(Espíritos que permanecem neste reino e não ir para Ara Onu / céu), devido à sua presença em
nosso plano de existência tem (prioridades), ou simplesmente pode ter a pessoa mais rápida e
pode até mesmo bloquear a chegada de um Saint / Orisa. É o mandato do Guia Espiritual que
acompanha Ori / Soul na sua encarnação de salvaguardar a alma encarnada e espírito e controlar
as entidades que pode possuir a pessoa. Portanto, este novamente reforça o fato de que o espírito
do morto ter uma prioridade sobre o Orixá ou Santo quando se trata da influência ou posse da
pessoa. Espero que este humilde opinião é de algum valor para os membros da associação e
gostaria de ouvir as opiniões de Babalawôs meus irmãos e também daqueles que têm coroado
Orisa. Se qualquer meio ou espiritualista tem algo a contribuir, por favor, fazê-lo. Esta questão é
muito importante, pois fala de um tema central desta fé. E se, por sua atenção. O dabo. Ona'reo
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Ìyá kéré gbo ìyámi o


Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros quando eu
Ìgbàmú ile
Cumprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí
Todas as senhoras dos pássaros da noite
Ìgbàmú ile
Todas as vezes que comprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Iya mi, as bruxas e a desinformação.
Iya mi, as bruxas e a desinformação.
Eu sempre me digo uma pessoa calma ,mas diante de tantas asneiras sendo ditas sobre Iya mi na
internet,minha paciência desapareceu,chamar a mãe da terra de bruxa, é no mínimo
desinformação ,Iya (mãe)mi(minha) minha mãe não é bruxa ,e eu entendo o motivo da afirmação
,falta de cultura,mas não concordo com a falta de informação nos dias de hoje, pois nunca na
história da humanidade foi tão fácil se informar.
Dizer q Iya mi é um culto só de mulheres é mais um absurdo, o que dizer dos Osos?
Eu já ouvi de tudo até que Iya mi é cultuada para maldade,eu só posso dizer que tudo isso é
loucura ,a função de iya mi na filosofia yoruba, é a coordenação dos Ajoguns,Iku a morte,arun a
doença,ofo o prejuízo ou perda,e outras dificuldades que o homem encontra em sua existência,a
liberação dos ajoguns ou não esta ligada a uma série de fatores,assim como o próprio destino que
conforme a cultura religiosa yoruba em parte é escolhido por nós mesmos.
Diante de tais informações,erradamente divulgada eu tenho a dizer que se você quiser agradar
seus antepassados femininos e buscar uma existência em harmonia com passado e o presente eo
futuro certamente deve cultuar Iya mi.
A essência jamais deve ser esquecida não existe figura mais respeitada para os yorubas que a
mãe ,é muito difícil aceitar que a mais importante das divindades se tornou uma bruxa no nosso
país essa que representa todas as mães inclusive a mãe terra deve ser respeitada em todos
momentos.
O culto a Iya mi faz parte da historia da humanidade e não é um grupo de desinformados que vai
mudar a cultura trazida para o Brasil por nossos antepassados.
Mitos e ritos ll

11-As pessoas que não foram feitos para o seu Orisa, iniciados como se diz no Brasil, podem ser
iniciados no culto a Egungun ?

Certamente pois todas pessoas tem antepassados, se após uma consulta a Ifa houver a
necessidade ,sim uma pessoa pode até ser iniciado como Ojé.

12-Uma pessoa iniciada em Orisa pode ser também ser iniciada como Ojé?

Se essa for a orientação de Ifá, uma mesma pessoa pode ser inicia da em vários Orisas, assim
como no culto de Egungun, e na egbe de Iya mi,Oro, podendo também ser Ojé,ou até mesmo um
Apena Ogboni, tudo depende do seu odu, assim como tem pessoas que devem ser feitas e outras
somente iniciadas.

13-Ifá é para todas as pessoas?

Deveria ser, mas em nosso país as pessoas desconhecem essa necessidade, mal comparando se o
Orisa é o veiculo que vai te transportar por toda uma vida, Ifá é o mapa da estrada, a orientação,
o caminho pelo qual você deve seguir com o veiculo.

14-Existe a necessidade de ter um igba ori para dar comida a minha cabeça?

Não existe essa necessidade, na realidade o igba Ori só deveria ser montado após a pessoa
consultar Ifá e ter conhecimento de seu odu, na consagração do igba é fundamental conhecer o
odu e os Orisas que devem ser cultuados.

15-Uma pessoa pode usar um obé em rituais de Orisa sem ser iniciado no culto de Ogum?
Na verdade eu já vi isso acontecer muito, deve ser por desconhecimento, alguns rituais se
perderam, uma pessoa que não foi iniciada em Ogum não pode usar Obé, uma pessoa que não foi
iniciada no culto de Osun jamais pode atender alguém com o jogo de búzios.

Assim como alguém que jamais foi iniciado como Alabe, deve tocar um instrumento de ritual
religioso que foi devidamente consagrado.

Embora tudo isso seja parte do nosso dia a dia ainda existe pessoas que conhecem e praticam os
rituais de forma correta.

16-Em uma casa durante os rituais de feitura de Orisa, pessoas que não foram iniciadas podem
participar?

Quero deixar bem claro aqui, que uma pessoa iniciada, quando muito pode participar de uma
iniciação, mas jamais deve participar de uma feitura.

17- qual a diferença entre os Obés usados em rituais de Orisa?

Foi criado uma variação de formas para consagrar os Obés, mas todo obé deve ser consagrado
em Ogum, sendo assim não existe diferença entre um e outro obé, a diferença é uma opção de
escolha ou uma questão de pratica no uso, conforme o ritual que vamos praticar.

18-Qual a quantia de búzios deve usada no merindilogun, para consultar os Orisas?

O próprio nome está dizendo merindilogun (dezesseis) o número dezesseis é muito importante na
religião tradicional yoruba.

Existem alguns casos que podem ser consagrados mais de dezesseis búzios, isso pode acontecer,
para substituir os usados em jogo por desgaste.

19-Existe uma regra que deve ser seguida na ordem dos rituais para os Orisas?

Cada situação é determinada por Ifá, se houver a necessidade de culto a um Orisa que
normalmente não é cultuado no dia a dia, devemos seguir a orientação de Orunmila; não existe
uma receita cada pessoa tem seu próprio Ori,e cada Ori pode exigir um ritual diferente do outro,
assim como cada Orisa,a história do bori com peixe ninguém mais aguenta, é como se todas as
pessoas tivessem as mesmas necessidades em seu destino.

20-Toda pessoa tem um cargo na religião?

Na religião como na vida de um modo geral, existem diferentes funções, mas cargos só podem
ser determinados por Ifá.
https://www.facebook.com/photo.php?
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Mitos e ritos lll

21-É necessário ser feito para Orisa para ser iniciado no culto de Iya mi?
Na verdade existe só uma indicação forma para ser iniciado em Iya mi, Ifá é quem indica essa
iniciação.
Normalmente isso acontece quando aparece na consulta a Ifá um determinado odu.

22-Todo mundo pode ser inciado no culto de iya mi?


Como expliquei na pergunta anterior, não é toda pessoa que pode ser iniciada no culto a Iya mi,
tanto homens como mulheres necessitam indicação de Ifá para essa iniciação.

23-Existe qualidade de orisa?


Não existe qualidade de orisa, ou caminho de Orisa;no Brasil se usa muito essa expressão, mas
na verdade toda Osun é uma só, o rio Osun em Osogbo é um só, existe sim várias denominações
para o mesmo Orisa.

24-Como fico sabendo se preciso ser feita para o Orisa?


Somente existe uma maneira de saber se você precisa ou não ser feita ou iniciada para um
Orisa,em uma consulta a Ifa ou através do merindilogun.

25-Preciso esperar sete anos para jogar os búzios?


Essa pratica foi inventada em alguns lugares do Brasil,em nenhum outro lugar do mundo existe
isso;na religião tradicional o (jogo de búzios) Merindilogun é preparado no exato momento da
feitura do Orisa.
Deve existir sim a autorização para atendimento, se a pessoa não estiver preparada para isso, o
jogo deve ser usado para um contato pessoal do iniciado com seu Orisa.
A autorização para atender outras pessoas varia de pessoa para pessoa, eu mesmo conheço
pessoas com mais de trinta anos de feito que não sabe jogar.

26- Quantos anos são necessários para abrir uma casa de culto afro?
Cada pessoa é uma história diferente, existem pessoas que nunca poderão abrir uma casa porque
não nasceram para isso.
A dedicação e o conhecimento devem servir de base para essa autorização acontecer.

27- Dentro do barracão é verdade que os abikus tem apenas que ser confirmado no santo e não
raspados?
Na verdade,isso é só mais um mito que existe,muitas pessoas que nasceram abiku e foram
raspados,continuam suas vidas normalmente.
As pessoas abikus podem ser feitas,iniciadas e confirmadas,tudo depende da indicação de ifá.

28- Iya mi só poder ser cultuada por filhas de Osun?


Não existe isso como eu já expliquei,todas as pessoas pode cultuar as Iya mi,isso sim depende de
uma indicação de ifá,a pessoa sendo feito de Osun ou de Obatalá não faz diferença.

29-Como possa saber se sou abiku?


Somente através de uma consulta a Ifa,ou Merindilogun.
30-O que fazer se fui feita no Orisa errado?
Não existe uma maneira de consertar isso fazendo outro Orisa na verdade tudo isso é bem mais
simples que parece, constatado o erro a principal atitude é tratar os dois Orisas em igualdade, o
(orisá) que deveria ter sido feito e o outro (orisá) que foi feito, devem ser cultuados de forma
bem semelhante.
É claro que existem algumas particularidades para manter isso tudo em harmonia.

Bàbàláwo Ifágbaíyin Agboolà


https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=297860666983535&set=a.293478320755103.46045.293412427428359&type=1&relevant_
count=1
Mitos e ritos I Ao longo dos anos alguns mitos foram criados, nessa oportunidade tentaremos
aqui auxiliar para que tais equívocos sejam esclarecidos:
1-Deve dar azeite de oliva para Obatala?
Obatala come comidas temperadas com banha de ori,entre algumas coisas; não se usa azeite de
oliva conhecido como azeite doce para nenhum orisa.

2-Sango tem medo de Egungun?


Sango convive em perfeita harmonia com Egungun.

3-Existe vários orisas que não aceitam dendê?


Somente Obatala não aceita dendê.

4-Obatala não aceita bebidas de álcool.


Obatala não deve consumir vinho de palma.

5-Se deve colocar obé em vários Orisas?


Somente Ogun é o dono do obé,que serve para os outros orisas.

6-Vai quartinha com água em todos Orisas?


Em poucos orisas vai quartinha com água, os principais é Osun,Yemonja e Obatala.

7-Ogun pode ser arrumado em vasilha de barro?


Jamais, Ogun pode ser arrumado em vasilha de barro, somente em vasilha de ferro,Ogun pode
ser assentado.

8-Olooogun Ede pode ser arrumado em vasilha de louça?


Olooogun deve ser arrumado em vasilha de barro.

9-Os búzios das vasilhas dos orisas devem ser abertos?


Os búzios abertos servem somente para jogo, os búzios das vasilhas sempre devem ser fechados.

10-Osun não aceita pombo?


Os únicos impedimentos de Osun seriam os igbin e a banha de Ori.
11-Esu pode ser assentado com pedra de rio?
Jamais Esu deve ser assentado com pedra de rio.

12- Sango deve ser assentado com pedra de rio?


Sango somente pode ser assentado em edun ara.

13-Agamju é assentado em edun ara?


Não, somente dois orisas levam em seu assentamento edun ara e não é Aganju.

14-Iya mi só deve ser cultuada por mulheres?


O culto a Iya mi está ligado a fecundidade, então não poderia haver fecundidade sem a presença
de ambos os sexos.

15-O culto de Egungun é somente praticado por homens.


Toda mulher tem antepassados masculinos que devem ser homenageados.

16-Iya petebi é um cargo que todas as mulheres de Osun podem ocupar.


Iya petebi é uma função da mulher do Babalawo ,independente do orisa que ela cultue.
17-Existe qualidade de orisa?
Não existe qualidades de orisa,o que existe são nomes diferentes, em lugares diferentes dados ao
mesmo orisa.

18-Sango não aceita obi?


Sango prefere orogbo,mas aceita obi.

19-O orogbo deve ser aberto com faca e descascado para oferecer ao orisa?
O orogbo não deve ser aberto com faca e não deve ser descascado para oferecer ao orisa.

20-O sacerdote não deve iniciar seus filhos carnais?


O sacerdote não só pode como deve iniciar seus filhos carnais existe um odu de Ifa que fala
sobre a iniciação dos próprios filhos.

Bàbàláwo Ifágbaíyin Agboolà


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História da Casa de Òsùmàrè .


Atualizado: na sexta

Final do século XVIII

Final do século XVIII


Tàlábí, fundador da casa de Òsùmàrè, chega ao Brasil.
Tàlábí era oriundo da antiga cidade Kpeyin Vedji, localidade africana ao noroeste de
Abomey, conhecida e respeitada pelo conglomerado de Sacerdotes do Culto à
Sakpata (Ajúnsún). No final do século XVIII, com aproximadamente dez anos, foi
encaminhado do Porto de Eko (atual cidade de Lagos, na Nigéria) para rumar ao
Brasil, na condição de escravizado. Chegando a Bahia, Tàlábí foi comprado por
Manoel José Ricardo, influente comerciante pernambucano, que vivia em
concubinato com Umbelina Júlia de Carvalho.

Inicio do século XIX

Inicio do século XIX


Tàlábí foi batizado na Igreja da Nossa Senhora da Conceição da Praia.

Os senhores costumavam batizar seus escravos e dar-lhes nomes cristãos, um dos


primeiros atos de negação da identidade étnico-cultural. Assim ocorreu com Tàlábí,
que foi batizado na Igreja da Nossa Senhora da Conceição da Praia, com o nome de
Manoel Joaquim Ricardo. Contudo, mesmo sob a insígnia de um novo nome, Tàlábí
nunca esqueceu sua origem.

Por volta de 1820

Por volta de 1820


Tàlábí inicia o culto a Ajúnsún no Calundu do Obítedò, em Cachoeira – Bahia.

Após ter curado o seu senhor de uma grave enfermidade, Tàlábí passa a viver como
liberto. A partir de 1820, reúne-se com outros negros e inicia, na Cidade de
Cachoeira-BA, o culto a Ajúnsún no Calundu do Obítedò. Este local tornar-se-á a
ascendência religiosa primordial da Casa de Òsùmàrè.

1830

1830
Tàlábí estabelece um comércio no Mercado de Santa Bárbara, em Salvador-Bahia.

Em 1830, Tàlábí estabelece um comércio no Mercado de Santa Bárbara, em


Salvador [BA], onde comercializava grãos, fumo, azeite de dendê, além da venda
secreta de produtos para o culto aos Òrìsà. Já nesta época também realizava
viagens constantes ao continente africano na busca de conhecimento religioso e
produtos para manutenção do estabelecimento comercial.

13 de outubro de 1845

13 de outubro de 1845
A Casa de Òsùmàrè é fundada na Cruz do Cosme, Salvador, Bahia.
Em 13 de outubro de 1845, no mesmo mês que ocorriam as celebrações a Ajúnsún,
no Calundu do Obítedò, Tàlábí adquire uma Roça no Bairro da Cruz do Cosme, atual
Bairro da Caixa D' Água, em Salvador, fundando Ilé Òsùmàrè Araká Àse Ògódò.

Meados do século XIX

O Bàbálòrìsà Tàlábí torna a Casa de Òsùmàrè uma instituição de resistência do povo


negro na Bahia.

Líder religioso visionário, Tàlábí criou uma espécie de irmandade, na qual cada filho
de santo deveria trabalhar para comprar outros negros escravizados, agregando-os
à família do Àse e difundindo o culto aos Òrìsà.

Ainda em 1845

Tàlábí inicia seu primeiro barco de ìyáwò.

No mesmo ano em que fundou a Casa de Òsùmàrè, em 1845, Tàlábí inicia seu
primeiro barco de ìyáwò: Salako, Antônio Maria Belchior, iniciado para o òrìsà Dadá;
Obalekon, José Maria Belchior, iniciado para Ogodó; Lará, Maria da Encarnação,
iniciada para Òsun. Três personagens que mais tarde exerceram papéis marcantes
para a história do candomblé na Bahia.

1866

Salako assume a Casa de Òsùmàrè com o apoio de seus irmãos de criação Olavo e
Damázio.

Por volta de 1860, Tàlábí delega aos filhos a missão de perpetuar o legado ancestral
do culto aos Òrìsà fincados na Casa de Òsùmàrè, em razão da idade já avançada.
Assim, a responsabilidade é atribuída a um triunvirato: Antônio Maria Belchior,
Salako e seus dois filhos sanguíneos, Damásio Joaquim Ricardo, Doyin, iniciado para
Ìbèjì, e Olavo Joaquim Ricardo, Salami, filho de Òsàlá. Alguns anos mais tarde, em
20 de junho de 1865, com aproximadamente 90 anos, Tàlábí segue para o òrun ao
encontro dos Ancestrais.

Por volta de 1870

a Casa de Òsùmàrè é transferida para a Rua da Lama, Salvador-Ba.

Após o falecimento de Tàlábí, os bens - entre os quais se incluía a Casa da Cruz do


Cosme - foram objeto de partilha entre seus herdeiros. Assim, para preservar o
Culto aos òrìsà, Salako, Doyin e Salami transferem a Casa de Òsùmàrè para a Rua
da Lama, Primeiro Distrito de Vitória – Salvador, Bahia.

Década de 1880

Salako conta com o apoio de Basília Juliana da Conceição (Tia Bá), na condução da
Casa de Òsùmàrè.

Para conduzir o Ilé Òsùmàrè Araká Àse Ògódò, transferido para Rua da Lama, e
perpetuar os cultos e os àse, transferidos da Cruz do Cosme, Salako também contou
como apoio de Basília Juliana da Conceição, conhecida como Tia Bá. Uma
sacerdotisa africana, também liberta, mãe de Antônio Manoel Bomfim, que foi
iniciado ao Òrìsà Òsùmàrè, aos sete anos de idade, pelo Babalòrìsà Salako
recebendo o orukó, Danjemi, e sendo destinando a ser seu futuro sucessor.

Final do séc. XIX

Antônio de Òsùmàrè, o futuro sucessor de Bàbá Salako, passa a assumir a Casa na


ausência de seu Bàbálòrìsà.

Antônio de Òsùmàrè era quem ficava à frente do terreiro e do estabelecimento


comercial na ausência de seu sacerdote que em virtude de intensas atividades em
Cachoeira, se ausentava periodicamente. Assim, com o passar do tempo, Antônio
de Òsùmàrè,"Cobra Encantada", apelido pelo qual era chamado por seu Bàbálòrìsà,
passa a ficar conhecido pela mesma alcunha de Salako: Antônio das Cobras.

Janeiro de 1904

o Bàbálòrìsà Salako falece na cidade de Cachoeira, é sepultado no jazigo da família


Belchior, no cemitério dos Nagô, mas é imortalizado em histórias mitológicas.

Após 41 anos à frente da Casa de Òsùmàrè, Antônio Maria Belchior, Bàbálòrìsà


Salako, falece, em 14 de janeiro de 1904, na cidade de Cachoeira. Salako foi
sepultado junto ao seu irmão, Obalekon, José Maria Belchior, conhecido como Zé do
Brechó. Mas foi imortalizado em histórias e mitos, em razão do poder de sua magia,
da capacidade de falar com as cobras e de se transformar em pássaro para voar até
a África.

1905

a Casa de Òsùmàrè é transferida definitivamente para a região da Mata Escura,


atual bairro da Federação, em Salvador-Ba.

Com o falecimento de Salako, Antonio de Òsùmàrè assume o Terreiro. Em virtude


das intensas perseguições e das fortes investidas policiais que sofria, transfere o Ilé
Òsùmàrè Araká Àse Ògòdò, para a antiga região da Mata Escura, atual bairro da
Federação, onde está localizada até os dias de hoje.

Ainda em 1905

o Bàbálòrìsà Antônio inicia suas primeiras filhas de Santo, dentre elas Maria das
Mercês, iniciada para o òrìsà Yewá.

Em 1905, o Bàbálòrìsà Antônio inicia suas primeiras filhas de Santo e adquire


grande notoriedade como Sacerdote. Entre elas, Maria das Mercês, iniciada para o
òrìsà Yewá, recebendo o orukó de Yewá Abiamo "Mãe de muitos filhos". A iniciação
de Maria das Mercês, conhecida como Cotinha, teve grande repercussão entre as
outras casas de Àse, pois, antes dela, não se tinha conhecimento de iniciação para
este òrìsà no Brasil.

Por volta de 1920

Bàbálòrìsà Antônio constrói um altar católico dentro do terreiro para confundir a


polícia da época.

O Bàbálòrìsà Antônio de Òsùmàrè torna-se um dos mais conhecidos sacerdotes da


Bahia. Com isso, a Casa de Òsùmàrè passa a ser alvo constante de ações
intolerantes. Para resistir e preservar o culto aos Òrìsà, o Bàbálòrìsà Antônio
constrói, dentro do terreiro, um altar católico, estratégia que foi eficientemente
utilizada para confundir a polícia da época. Nos dias atuais foram substituídas as
imagens de santos católicos por esculturas africanas de Òrìsà.

1927

Mãe Cotinha assume o cargo de Ìyálòrìsà, iniciando a era matriarcal na Casa de


Òsùmàrè.

Em 1927, aos 34 anos, após um ano de falecimento do Bàbálòrìsà Antônio de


Òsùmàrè, Maria das Mercês assume o cargo de Ìyálòrìsà. É a primeira mulher a
ascender ao posto mais alto da Casa de Òsùmàrè, tornando-se conhecida como Mãe
Cotinha de Yewá.

Década de 40

Ìyá Cotinha já havia iniciado mais de 50 filhas e filhos de santo, um número


considerável para uma época de repressão ao candomblé.

Durante a regência à frente da Casa, Mãe Cotinha de Yewá inicia uma grande
número de filhos de santo contribuindo para a difusão do candomblé no Brasil.
Muitas dos seus filhos e filhas se tornaram grandes Bàbálórìsà e Ìyálòrìsà, das quais
são exemplo: Thomazia de Òsun e Teodora de Iyemojá, que fundaram casas de Àse
no Rio de Janeiro; assim como, Bobo de Oya, em São Paulo e Margarida de Ògún,
em Salvador.

1947

Mãe Cotinha nomeia Maria Francelina de Jesus, como sua futura sucessora .

Em 1947, prevendo sua partida para o Orùn, Mãe Cotinha consulta o jogo de búzios
para saber quem se tornaria sua sucessora, os òrìsà revelam que será uma filha de
Ògún. Mãe Cotinha designa o cargo à Maria Francelina de Jesus, a mais velha filha
de Ògún da Casa.

21 de junho 1948

Mãe Cotinha falece. Os mais antigos contam que neste dia o céu ficou cor de rosa,
em sinal que Iyewá recebeu sua filha.

Após o falecimento da Ìyálòrìsà Cotinha, Ìyá francelina assume o terreiro.


Reconhecendo sua avançada idade, recorre aos Òrìsà para que eles indiquem quem
assumiria o posto de Ìyálòrìsà, a escolhida por Yewá é Simpliciana Brasília da
Encarnação, também filha de Ògún.

Final dos anos 40

Simpliciana Brasília da Encarnação aceita seu destino.

Simpliciana Brasília da Encarnação, Simplícia de Ògún como era conhecida, foi uma
filha de santo muito presente e dedicada ao Àse. Desde os 9 anos de idade,
conviveu com os mais antigos do terreiro por ser filha sanguínea de Maria das
Neves, a primeira filha de santo do Bàbálòrìsà Antônio de Òsùmàrè. Seus elos
ancestrais com a Casa de Òsùmàrè vão mais longe, remontam à fundação do
terreiro: sua bisavó paterna, Maria da Encarnação, pertenceu ao primeiro barco de
ìyáwò, de Bàbá Tàlábí.

1950

Simpliciana Brasília da Encarnação se torna Ìyálòrìsà da Casa de Òsùmàrè.

Em 1950, Simpliciana Basília da Encarnação assume o posto de Ìyálòrìsà da Casa de


Òsùmàrè e se entrega por completo ao culto aos Òrìsà. Era, também, uma grande
comerciante, possuindo depósito de carvão, vendia fato de boi, além de vender
quitutes baianos em um tabuleiro.
Anos 50

As edificações da Casa de Òsùmàrè deixam de ser de taipa e adobes e passam a


ser de alvenaria.

Mãe Simplícia de Ògún trabalhou de forma abnegada para realizar as reformas


necessárias na Casa de Òsùmàrè. Substituiu as paredes de adobe e taipa por
alvenaria. O carisma e a postura de Mãe Simplícia de Ògún atraem intelectuais,
artistas, antropólogos e, principalmente, pessoas que procuravam um conselho e
carinho de mãe.

1952

Ìyá Simplícia de Ògún reivindica, ao presidente Getúlio Vargas, a liberdade de culto


para os povos de religiões de matrizes africanas.

Mãe Simplícia, indignada com o sofrimento dos praticantes de religiões de matrizes


africanas, tomou para si esta luta. Em 1952, no início de sua gestão na Casa de
Òsùmàrè teve conhecimento que o presidente Getúlio Vargas, juntamente com sua
comitiva, iria inaugurar o Grande Hotel Caldas do Cipó, no sertão da Bahia. Diante
desta informação, articulou-se para realizar a recepção para o Presidente e
denunciar as práticas violentas promovidas pela polícia da época contra as religiões
de matriz africana.

1953

Ìyá Simplícia realiza suas primeiras cerimônias públicas. A tradicional missa em


louvor a N.Sra do Monte Serrat foi um dos rituais mais esperado.

A tradicional missa de N.Sra do Monte Serrat antecede as cerimônias do mês de


agosto da Casa de Òsùmàrè e oculta uma grande obrigação para o òrìsà Iyewá. É
realizada desde a época do Bàbálòrìsà Antonio de Òsùmàrè e era muito esperada
por Ìyá Simplícia e os Ogá de Yewà, Pai Urbano, Claudionor, Paizinho, que sempre
estavam presentes vestidos elegantemente.

1974

Ìyá Nilzete de Iyemojá assume o trono da Casa de Òsùmàrè.

Iyá Simplícia de Ògún faleceu em 18 de setembro de 1967. Uma perda inestimável


de uma das maiores Ìyálòrìsà do Brasil. Em 1974, sete anos após a sua morte, sua
filha biológica Nilzete Austracliano da Encarnação – Nilzete de Iyemojá – assume a
Casa de Òsùmàrè com a mesma garra e vitalidade de sua mãe.
Meados dos anos 70

Mãe Nilzete escreve seu nome com letras garrafais na historia de luta e resistência
da Casa de Òsùmàrè.

Para preservar o espaço físico do terreiro, que na época estava sendo ocupado
ilegalmente devido ao rápido desenvolvimento urbano, Ìyá Nilzete de Iyemojá luta
incansavelmente e retoma a propriedade, assegurando seus limites territoriais.

Década de 70 e 80

Mãe Nilzete educa o jovem Sivanilton na hierarquia do candomblé, preparando-o


para ser o futuro Bàbálòrìsà da Casa.

Ìyá Nilzete, ciente que seu filho Sivanilton Encarnação da Mata estava predestinado
a ser o futuro Bàbálòrìsà da Casa de Òsùmàrè, conforme havia determinado o Ògún
da Ìyálòrìsà Simplícia, educa o jovem Pecê dentro da hierarquia do candomblé,
transmitindo-lhe os ensinamentos necessários para que ele assumisse o cargo.

1979

Depois de muita luta para pagar os estudos de sua irmã, Ìyá Nilzete, com muito
orgulho, participa da formatura Maye Tânia de Òsóòsi.

Ìyá Nilzete de Iyemojá se torna o esteio da família e da Casa de Òsùmàrè,


assumindo a responsabilidade pelos seus familiares e por sua comunidade de Àse.
Cuidou da educação de seus irmãos e, em 1979, tem a satisfação de presenciar a
formatura de sua Irmã Tânia Bispo dos Santos, conhecida como Maye Tânia de
Òsósi, em magistério.

Anos 80

A árvore consagrada ao òrìsà Ìrókò possuía um tronco tão imenso que não podia ser
abraçada por seis homens.

Ìyá Nilzete de Iyemojá tinha Ìrókò como seu melhor amigo e todos os dias
conversava com ele. Como a força do mar revolto, lutou contra a construção de
uma passarela na Avenida Vasco da Gama que, no projeto original, invadia o terreno
onde está localizado o Terreiro e seus principais símbolos religiosos e sagrados,
como sua fonte de água, elemento essencial para o culto aos òrìsà e a árvore
consagrada a Ìrókò.

1988
Ìyá Nilzete de Iyemojá luta contra a construção de uma passarela na Vasco da
Gama que, no seu projeto inicial, destruiria a fonte sagrada e a árvore consagrada a
Ìrókò.

Ìyá Nilzete de Iyemojá luta com toda sua força contra o governo municipal para
impedir a destruição de elementos sagrados da Casa. Com seu prestígio, obtém
apoio de políticos, intelectuais e líderes religiosos que se organizam em uma frente
denominada "Frente de Defesa da Casa de Òsùmàrè". A luta é exitosa tendo como
principais resultados a mudança do local da passarela e a constituição da
"Associação Cultural e Religiosa São Salvador", entidade de utilidade pública
estadual e municipal.

8 abril 1990

Nove dias depois do falecimento de Mãe Nilzete, Ìrókò tomba sentindo a perda da
amiga.

Em 30 de março de 1990, falece Ìyá Nilzete de Iyemojá deixando um legado de


respeito, luta e resistência para sua comunidade. A perda ainda é muito sentida
pelos seus filhos e filhas de santo. Nove dias após sua morte, Ìrókò desaba e
interdita a Avenida Vasco da Gama por cerca de dois dias demonstrando a força de
sua relação espiritual com Ìyá Nilzete de Iyemojá.

1991

Bàbá Pecê assume a Casa de Òsùmàrè e inicia sua luta em defesa dos direitos dos
povos de religiões de matriz africana.

Um ano após o falecimento de sua mãe biológica, Ìyá Nilzete de Iyemojá, em 1991,
Bàbá Pecê assume o cargo de Bàbálòrìsà da Casa de Òsùmàrè, com apoio da
comunidade religiosa, em especial dos mais velhos. O início da gestão de Bàbá Pecê
marcada por sua luta em busca do respeito e da liberdade religiosa das
comunidades de matriz africana.

1994

Bàbá Pecê recebe Adiro Adetutu, 49º Rei de Keto, que manifestou sua admiração
pelos cultos preservados na Casa de Òsùmàrè.

A visita de Adiro Adetutu, 49º Rei de Keto, em 1994, à Casa de Òsùmàrè representa
um especial momento de integração dos povos de religião de matriz africana e de
fortalecimento da luta pelo respeito à liberdade religiosa. Nesta oportunidade, o Rei
de Keto demonstra sua admiração pela preservação do culto aos òrìsà na Casa de
Òsùmàrè e reconhece sua importância para preservação da história e cultura da
Africana no Brasil. Em 15 de abril de 2002, a Fundação Cultural Palmares
reconheceu a Casa de Òsùmàrè como território cultural afro-brasileiro.

5 novembro 2004

A Casa de Casa de Òsùmàrè é tombada pelo IPAC através do Decreto n. 9.215.

O tombamento da Casa de Òsùmàrè como patrimônio material e imaterial do


Estado da Bahia simboliza o reconhecimento de sua história de luta e resistência
em defesa do candomblé. Representa, ainda, o reconhecimento da importância da
Casa de Òsùmàrè para a preservação da história e cultura da África, que tanto
contribuíram para a construção da nação e do Estado Brasileiro.

2005

Idealizada por Bàbá Pecê, aconteceu a I Caminhada Pela Vida e Liberdade Religiosa.

Em 2005, Bàbá Pecê idealizou e conduziu, em parceria com diversas entidades da


sociedade civil, a "Primeira Caminhada pela Vida e pela Liberdade Religiosa". O
evento reuniu aproximadamente 5 mil pessoas e consolidou um abraço simbólico no
Dique do Tororó, espaço Sagrado para o povo do Àse.

Nos dias atuais

Bàbá Pecê lidera a Casa de Òsùmàrè até os dias atuais com a mesma dignidade e
qualidades de seus antecessores.

Com 20 anos de gestão, Bàbá Pecê perpetua o legado de seus ancestrais


conduzindo a Casa de Òsùmàrè com a mesma garra, determinação e dignidade.
Tem preservado, com extrema dedicação, as tradições e fundamentos da Casa de
Òsùmàrè. Mantém viva a tradição de uma comunidade religiosa que é reconhecida
como símbolo de resistência da cultura negra em nosso país. Seu olhar contempla a
todos, não só aos seus filhos e filhas de santo. Sua bandeira de luta é a defesa da
cultura e religiosidade africana e a união dos povos.

Verso do Odú Osa meji

E kunlẹ o, ẹ kunlẹ f’obinrin o


E obinrin l’o bi wa, k’awa to d’enia
Egbọn aiye t’obinrin ni, ẹ kunlẹ f’obinrin
E obinrin l’o bi wa o, k’awa to d’enia!
Ajoelhem-se para as mulheres
A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos
A mulher é a inteligência da terra
A mulher nos colocou no mundo, nós somos seres humanos.

“O homem deve respeitar a mulher, a mulher deve respeitar o homem.


O homem só existe graças a mulher, e a mulher só pode gerar uma outra vida se amando com um
homem.
Ifá nos ensina que a mulher é a força do mundo, mas essa força precisa ser utilizada pelo homem
de uma forma correta. O homem que não sabe como tratar uma mulher precisa aprender, só
assim ele será completo!”

SENHORA DOS PÁSSAROSGrande dama mística, que carrega os


sete pássaros do bem e do mal, acasalados
em seus ventos noturnos a gelar minha alma.Senhora da magia suprema, que não se
invoca por pura brincadeira, transpassa o
tempo e procura seus encantos encobertos.Senhora que revela o destino daquele
que contempla seu rosto, ora envelhecido,
ora lindo como uma teia a espreitar sua presa.
Senhora dos pássaros a ti reverenciotodo o poder das tempestades noturnas,
da árvore sagrada e da revelação em ti.senhoras da minha vida......
Oseotura
Os Iorubá habitam o sudoeste da Nigéria, onde são entre 12 e 14 milhões, e o sul do Benin (cerca
de 1 milhão). A maioria vive em cidades com mais de 20 mil habitantes.
Uma das mais importantes civilizações da história africana.

Os reinos iorubás floresceram ao sul do rio Níger. Suas origens encontram-se numa antiga
população indígena que tinha como centro a cidade de Ifé. Depois chegaram os conquistadores,
guiados por Oduduwa, o legendário antepassado fundador.
Os filhos de Oduduwa iniciaram as diversas dinastias iorubás que se instalaram na região entre
os anos 600 e 900 da nossa Era, provenientes provavelmente do Alto Nilo.
Alguns especialistas afirmam que a cultura iorubá tem parentesco com a egípcia, e outros, com a
da Núbia. Ambas as opiniões consideram também a possibilidade de que, através da Abissínia
(região onde fica a atual Etiópia), a cultura iorubá tenha parentesco com a helenista.
Há, por fim, os que sustentam que Ifé, cidade santa dos Iorubá, seja Ufa, a cidade mencionada na
bíblia onde os fenícios adquiriam ouro a pedido do rei Salomão.
Até hoje, no entanto, nenhuma das hipóteses foi comprovada.

A decadência da civilização iorubá teve início no final do século 17 e começo do 18, com guerras
fratricidas, a chegada dos europeus, o tráfico de escravos e a pressão exercida pelo povo peul. De
religião muçulmana, os Peul acabaram com a prosperidade agrícola e comercial da região.
Em 1897, os soldados britânicos arrasaram a cidade de Benin e se apoderaram das melhores
obras de arte.
Tendo sido arrancados de sua terra para trabalhar como escravos no Novo Mundo, os Iorubá
trouxeram consigo toda a enorme riqueza de sua cultura. Foi assim que legaram como herança a
este continente a música afro-americana, o blues dos Estados Unidos e o carnaval do Brasil.
Escreve Kevin Carrol: "Os estudiosos afirmam que uma arte não pode ser adaptada a outra fé, já
que cultura e religião formam um todo unitário. Trata-se de uma visão muito estreita. As grandes
culturas africanas não são plantas frágeis, que morrem ao serem tocadas. Podem, pelo contrário,
adaptar-se e absorver novas influências".
A cultura iorubá demonstrou toda sua força ao aceitar a fé cristã e produzir arte, ritos e músicas
que, sem deixar de ser iorubás, são também profundamente cristãos.

As religiões afro-brasileiras têm suas raízes em duas importantes culturas africanas: banto e
nagô.
A cultura banto predomina em grandes espaços do território africano. Um terço da população
negro-africana é banto. Como grupo lingüístico e cultural, o banto se estende da República dos
Camarões até o sul do continente, incluindo Angola e Congo.
Dos antigos territórios desses dois países foi trazido um grande número de escravos para o
Brasil, sobretudo para o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Moçambique e toda a região sul da
África é também de cultura banto.
Os elementos fundantes das religiões afro-brasileiras, porém, procedem das culturas sudanesas,
sobretudo nagô. A contribuição nagô constitui praticamente a base dessas religiões.
Os Nagô - ou Iorubá - fazem parte do grupo cultural sudanês, que ocupou tradicionalmente a
região do Daomé, Nigéria e Sudão, toda uma área que vai do Oceano Atlântico, a chamada Costa
dos Escravos, até os limites do Egito.
Entre os sudaneses se destacaram, além dos Nagô, os Gêge, os Fanti-ashanti (negros-mina) e os
Haussá, de culto islamizado. Todos contribuíram para a confecção desse vasto tecido religioso,
ainda que os Haussá tenham sido fortemente reprimidos no século passado, chegando quase à
extinção.
Sudaneses e banto, entrando no Brasil, misturaram-se em consideráveis proporções, resultando
em cruzamentos biológicos, culturais e religiosos.
Já os Nagô reconstruíram suas práticas religiosas de origem com grande sucesso e fidelidade. O
culto nagô - a religião dos orixás - está presente sobretudo na Bahia, onde mantém e preserva
suas raízes africanas( Antônio A. da Silva).
Fonte Wikipedia
SEM FRONTEIRAS
Mundo Plural: Iorubá
Por Ifá Talabi Solá Oju Obá Omi
Ìyámì Òsòròngá
Apáki ní yéyè’ sòròngà
Ìyá mó ki ó má màà pani
Ìyá mó ki ó má màà sorò
Bá a bá dé siwaju wà ni, bò mi a ò
Ìyá dó tòke igi
Mo omo re wà
Àsási sìpe

Minha mãe senhora dos pássaros, possuidora de asas magnificas


Eu a saúdo, minha mãe, não me mate
Eu a saúdo, minha mãe não me causes perturbações
Se você vem perto de nós, oh, proteja-nos!
Minha mãe que pousa no alto da árvore
Eu sou seu filho
Proteja-me!’
Cultura e Filosofia Africana
ORIGEM DA PALAVRA ÌYÀWÓ

A palavra ÌYÀWÓ possui sua origem numa história conectada com Òrúnmìlà e sua viagem a cidade de Ìwó, e
que ora relato:

“Um certo dia, Òrúnmìlà desejou se personificar em um ser humano. Vestiu-se com folhas de bananeira como
se fosse um maltrapilho e se dirigiu à cidade de Ìwó. Ali viu Oba (Rei) em toda sua imponência, com seus
assistentes e chefes, pois era época de festa anual. Sentou-se em frente a casa do Oba e se serviu das sobras de
comida que jogavam fora. Ao ver isso, o Oba o entendeu como um estranho e ordenou que servissem um
prato de comida para ele. Mais tarde, Òrúnmìlà disse ao Oba que queria dormir um pouco. A fim de se livrar
do estranho maltrapilho, o Oba ordenou a seus servidores que preparassem um lugar para ele, com toda a
roupa de cama salpicada com fiapos e sementes de uma certa planta que provocava comichão. Òrúnmìlà
dormiu sobre isto e, quando acordou sentiu uma coceira pelo corpo, correu para o rio para se banhar. De
manhã cedo, foi até Oba e disse a ele que tinha tido um bom sono. Em seguida, jogou Òpèlè, (o rosário
divinatório) para Oba, e fez previsão para ele, dizendo que teria um reinado longo e próspero. Novamente,
Òrúnmìlà continuou com seu comportamento estranho, comendo sobras de comida, mas predizendo para as
pessoas. No seu terceiro dia em Ìwó, a filha do Oba começou a gostar de Òrúnmìlà, e decidiu se casar com ele.
Todos ficaram horrorizados, uma princesa se casar com o estranho maltrapilho. Mas ela insistiu e o Oba teve
de concordar, dividindo seus bens com Òrúnmìlà, em forma de dote. Òrúnmìlà, então, foi viver fora da cidade
com a princesa. Ficou dono de muitos bens, passou a ter assistentes e muitos cavalos, devido aos presentes que
recebeu de Oba.
Assim, quando as pessoas perguntavam quem era sua esposa, Òrúnmìlà respondia que era uma humilhação
que sofreu em Ìwó. Ìyà significa humilhação, e Ìwó, o nome da cidade onde sofreu humilhação. As duas
palavras formam Ìya Ìwó, e que veio a se tornar Ìyàwó. Desse momento em diante, os yorubá se referiam a
noiva de Òrúnmìlà como Ìyàwó, que, assim passou a ser a palavra que define uma ESPOSA.”
Ogunda Irete: A importância da nossa família, nossa linhagem.

Bile ba baje
A tun ko
Bona na baje
A tun ye
Booko Baba eni ba baje
Eni a dirankiran
Eni a deeyankeeyan
Difa fun Ogun
Nijo ti lo ree dajo awon odale eniyan
Nje Booko Baba eni ba baje
Eni a dirankiran
Eni a deeyankeeyan
Riru ebo
Eeru atukesu
e waa bani laarin ire
Marinrin ire laa bani lese ope

Tradução

Quando a casa é destruída


Podemos reconstruí-la.
Quando uma estrada é destruída
Podemos reconstruí-la
Quando o nome de um pai é destruído
A geração torna-se em ruínas.
A geração torna-se obliterada
Advinhação feita para Ogun
No dia em que ia julgar o caso dos rebeldes
Portanto quando o próprio nome da linhagem é destruído
Ela se tornaria em ruínas
A geração seria destruída
Oferta de sacrificio
E presentes para Esu.
Venha conhecer-nos com boas novas
Um deles será encontrado com boas novas na base da palmeira.
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<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p
class="text_exposed_root text_exposed" id="id_523bc56fb466e3b24637205">ITAN DE
ORUNMILÀ<BR><BR>Ọrúnmìlá, como todos sabem veio em forma de homem,
pelejou pelas terras africanas em missão dada por DEUS, Olorun/Òlodúmarè.<BR><BR>
Em sua vida, teve esposa e filhos e sentia-se velho, não tinha fartura, trabalho, enfim, vivia
desgostoso. Olorun ouvindo as súplicas de Ọrúnmìlá, deu sinais a ele procurar um
Bà bà láwo, que ao consultar Ifá, lhe indicou um ebó.<SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show"><BR><BR> O ebó
consistia em 5 cabaças abertas e sacrifÃcio de um galo. Cada dia uma cabaça e um galo,
completando 5 dias. Ao depositar a oferenda nas encruzilhadas, uma entidade se apossava e se
alimentava da oferenda. A cada dia fortificava seu corpo espiritual até que no quinto dia,
tornou-se um ser humano. As 5 cabaças fecharam e ele as carregava com ele, pois era um
enviado de Olorun para cumprir a missão de oferecer-lhe as 5 cabaças citadas, Paciência,
Longevidade, Fertilidade, Riqueza e Sabedoria.<BR><BR> No quinto dia, este homem seguiu
Ọrúnmìlá até sua casa. Batendo à porta, ofereceu-lhe as cabaças pedindo para que
escolhesse apenas uma.<BR><BR>Ọrúnmìlá em dúvida chamou a esposa que lhe
aconselhara escolher a Fertilidade, assim poderia ter vários filhos, além dos 3 que já tinha.
Não contente, chamou os filhos, que aconselharam escolher a Longevidade, assim poderia
conhecer os filhos dos seus netos. Não feliz, chamou os irmãos, que lhe deram o conselho de
escolher a Riqueza, assim ficaria rico e não passaria mais necessidades.
Ọrúnmìlá mesmo escolheria a cabaça da Sabedoria, mas mesmo assim ficou na
dúvida e chamou seu melhor amigo, Èşu.<BR><BR> Èşu quis saber o que sua famÃlia
havia escolhido e disse que a única cabaça que ninguém se interessou seria a mais
importante. Então Ọrúnmìlá obedeceu aos conselhos de seu amigo Èşu e disse que
quem escolhesse a Cabaça da Paciência, com o tempo teria as demais cabaças
juntas.<BR><BR>Ọrúnmìlá então ficou com a Paciência.<BR><BR> O homem
cumpriu sua tarefa e voltou para rua indo em direção ao Céu. A cada passo seu corpo fÃ-
sico desfazia e no caminho ao Céu uma cabaça acordou.<BR><BR> A primeira que acordou
foi a Sabedoria.<BR> Onde está a Paciência? Perguntou.<BR> Ficou na casa de
Ọrúnmìlá, disse ele.<BR> Sem ela eu não volto pro Orun.<BR> De repente a
Cabaça da Sabedoria sumiu das suas mãos.<BR> Mais adiante, acordou a Fertilidade
fazendo a mesma pergunta.<BR> Até que todas iam acordando e sumindo, indo em
direção à casa de Ọrúnmìlá.<BR> Quando chegou à porta do Orun, a entidade
estava chorando de medo, pois tinha que trazer as Cabaças de volta.<BR><BR> Ao entrar no
Palácio de Òlodúmarè, todos o esperavam, até Òlodúmarè pedir para que entrasse e
disse: "Você cumpriu sua missão?". Sim senhor, mas todas as Cabaças sumiram das minhas
mãos e voltaram para a Casa de Ọrúnmìlá.<BR> Disse Òlodúmarè acalmando-o:
“Sim, quem escolher a Cabaça da Paciência, terá juntado dela toda a riqueza do mundo,
vida longa, fertilidade e sabedoria”. Não se preocupa que sua missão foi cumprida. Agora
Ọrúnmìlá continuará vigiando e pondo ordem na terra.<BR><BR> Esta é uma itan
da qual podemos passar aos desesperados, pois com fé, com certeza Òlodúmarè
olhará por nós, dando-nos tudo que precisamos se tivermos conosco não a Cabaça em si,
mas a paciência que morava dentro dela.</SPAN></DIV>_

<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><SPAN


tabindex="0" class="fbPhotosPhotoCaption" id="fbPhotoPageCaption" aria-live="polite" data-
ft='"type":45,"tn":"*G"

<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p


class="text_exposed_root text_exposed" id="id_523bc7c29e9c03641624990">CULTO
GELEDE<BR><BR> Segundo os mitos da tradição afro-descendente, já que o mito<BR>
é o discurso em que se fundamentam todas as justificativas da<BR> ordem e da contra-ordem
social negra, a luta pela supremacia<SPAN class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN
class="text_exposed_show"><BR> entre os sexos é constante, simbolizada na ìgbá-dù
(cabaça da<BR> criação), já que o òrì s à Y e m o ja Odùa, princÃpio feminino
de<BR> onde tudo se cria - representação coletiva das Ìyámà ou mães<BR>
ancestrais, é a metade inferior da cabaça e Obatálá ou Òòsà à là ,<BR> princÃpio
masculino, a metade superior. A relação<BR> Odùa/Obatalá, entendida simbolicamente,
não representa uma<BR> simples relação de acasalamento do princÃpio feminino com
o<BR> masculino.<BR> Há um princÃpio de completude do outro, de que a vida se<BR>
constrói de mãos dadas e de que cada um de nós à medida em<BR> que estabelece esta
relação, estabelece um elo mais completo<BR> com as coisas que estão à volta.<BR>
Significa todo um processo de equilÃbrio e de harmonia. Para se<BR> entender bem tal
relação, se faz necessário situar as mulheres<BR> do ritual G È L È D È , que
representam o culto às ÌYÁMÌ, as<BR> grandes mães ancestrais, encabeçadas
por:Nà ná ,Y e m o ja<BR> Odùa, Òs un Ijimu, Òs un Ìyánlá,Yewa e O ya. ODÙA
simboliza<BR> a grande representante do princÃpio feminino, sendo o elemento<BR>
responsável por todo o poder criador, do poder das mulheres,<BR> liderando o movimento das
ÌYÁMÌ, grandes mães ancestrais,<BR> que tudo criaram, transformaram e
transmutaram desde o<BR> princÃpio dos princÃpios da formação do universo.<BR> A
sociedade G È L È D È S, que já existiu no Brasil, é um ritual<BR> de mulheres que
vestem panos coloridos - diferentes panos<BR> mostrando diferentes procedências. São as
diferentes raÃzes<BR> que as pessoas podem ter na maternidade. A máscara È F É
-G<BR> È L È D È que cobre a cabeça da mulher vai representar o<BR> mistério, o
maravilhoso, na cultura negra. O uso da máscara<BR> significa o sÃmbolo de outro espaço,
um espaço vivo, um espaço<BR> invisÃvel que não se conhece, mas sente-se!<BR> No
Brasil esta sociedade existiu, sua ultima sacerdotisa<BR> suprema foi O m ó nÃk é
Ìyálóde-Erelú que tinha o nome<BR> católico Maria Julia Figueiredo, uma das
Ìyálà se do Il è Ìyá-<BR>Nà só , com sua morte cessaram-se as festividades , que
eram<BR> realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da sociedade<BR> G È L È D
È é propiciar os poderes mÃticos das mulheres, cuja a<BR> boa vontade deve ser cultivada
porque é essencial a<BR> continuidade da vida para esta sociedade.<BR> Sem o poder
feminino, sem o princÃpio de criação não brotam<BR> plantas, os animais não se
reproduzem, a humanidade não tem<BR> continuidade. Assim, o princÃpio feminino é o
princÃpio da<BR> criação e preservação do mundo: sem a mulher não existe<BR>
vida, sendo, segundo os mitos, ser reverenciada e respeitada<BR> pelos orixás e pelos
homens.<BR> As G È L È D È e suas máscaras se tornam uma metáfora,<BR> sendo uma
linguagem para a mãe natureza. O G È L È é um<BR> sÃmbolo das G È L È D È
porque personifica o útero, pois ele<BR> carrega as crianças e as protege. Através das
Ìyámì (mães<BR> ancestrais) a arte das máscaras é usada para aglutinar as<BR>
pessoas que se relacionam como filhos de uma mesma mãe,<BR> fazendo com que o espÃrito
se manifeste através desta<BR> máscara, seguindo e alimentando o espÃrito humano.<BR>
Representam o não uso da violência para resolver questões.<BR> Nas culturas negras a
mulher está presente em todos os<BR> lugares.<BR> As máscaras tem grande importância
na vida religiosa, social e<BR> polÃtica da comunidade, mostrando as diferentes categorias
de<BR> mulher:<BR> - mulher secreta - ligada ao divino, serve como passagem e<BR>
receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar frutos.<BR>-mulher sÃmbolo polÃtico
- não usa violência para resolver as<BR> questões, aglutinando as pessoas, vivendo o
cotidiano.<BR>- mulher sagrada - sÃmbolo de todos os tempos, pois está<BR> virada para o
futuro, sempre vulnerável e frágil, mas é aquela<BR> que abre o céu ( Ò run) e deixa
lugar para a mudança, o futuro,<BR> e para a transformação.</SPAN></DIV>_

<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p


class="text_exposed_root text_exposed" id="id_523bcb343ebd48131096736">O RITUAL DO
SACRIFÝCIO<BR><BR> Um dos objetivos deste estudo é dar subsÃdios para que os
iniciados, os estudiosos e os freqüentadores do Candomblé e de IFA, possam argumentar
sobre assuntos polêmicos que envolvem nossa religião, a Religião dos Orixás.<BR>
Dentre os vários assuntos, temos os rituais que envolvem os sacrifÃcios animais praticados
habitualmente em nossos Rituais.<BR> Os Cristãos, Católicos e Protes<SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show">tantes, são os que
mais repudiam o nosso sacrifÃcio animal. Eles deveriam estudar mais o seu Antigo Testamento,
em especÃfico o "LevÃtico", onde os sacrifÃcios, não só de animais, são relatados.<BR>
O Livro "The Lion Handbook to the Bible", Lion Publishing – England Herts – 1973 de
autoria de David e Pat Alexander, relata que o LevÃtico é o código das leis dadas por Deus a
seu povo através de Moisés no Sinai. As cerimônias e outros ritos e normas não eram um
fim em si mesmas. A oferta do sacrifÃcio dia após dia, ano após ano, a recordação anual
do dia da expiação recordavam constantemente a Israel o pecado que o separava da
presença de Deus. Os israelitas infringiam a aliança com ele desobedecendo as suas leis e
estavam condenados à morte. Mas Deus, na sua misericórdia, mostrou-lhes que haveria de
aceitar um sucedâneo, a saber, a morte de um animal perfeito e inocente, em lugar da vida do
pecador. Suas leis mostram que Deus age em harmonia com as leis naturais para o bem do povo,
diz o livro.<BR> LevÃtico 1-7 – Os SacrifÃcios<BR> 1 - O Holocausto (capÃtulo 1 e 6,1-6)
único sacrifÃcio em que se queima o animal todo, um sinal de consagração.<BR> 2 -
Ofertas de cereais ou de farinhas (capÃtulo 2 e 6, 7-11) acompanhavam muitas vezes o
holocausto e o sacrifÃcio de comunhão (item 1 acima).<BR> 3 - O sacrifÃcio da comunhão
(capÃtulo 3 e 7, 11-36)<BR> 4 - O sacrifÃcio do pecado (4,1-5,13 e 6, 17-23)<BR> 5 – O
sacrifÃcio da reparação (5,14-26 e 7, 1-10)<BR><BR> O Fiel trazia sua oferta (um animal
sem defeito fÃsico tirado da própria manada ou rebanho ou, no caso do povo pobre, rolas ou
pombos) até o pátio diante do tabernáculo. Colocava a mão sobre ele para significar que
o animal o representava e depois o imolava (sacrificava).<BR> Se o sacrifÃcio era público o
Sacerdote era quem realizava essa operação. O Sacerdote tomava a bacia com o sangue e
com ele espargia o altar, queimando a seguir algumas partes especÃficas do animal que
continham determinadas porções de gordura. O que restava era consumido pelos Sacerdotes
e suas famÃlias ou ainda pelo Sacerdote junto com os ofertantes.<BR> Os sacrifÃcios
exprimiam a gratidão do indivÃduo pela bondade de Deus, ou eram simplesmente
manifestações espontâneas de devoção e homenagem.<BR> O sacrifÃcio pelo pecado
e o sacrifÃcio da reparação (LevÃtico 4-5, 26) referem-se à s transgressões contra a lei de
Deus ou situação em que foi cometida uma falta contra o próximo, porém ambos
demonstram a exigência de enfrentar o pecado pelo uso do sangue.<BR> O Sacerdote como
representante de Deus tinha a função de declarar se o fiel e sua oferta eram aceitos ou
rejeitados por Deus.<BR> A prática do sacrifÃcio animal remonta ao inÃcio das relações
entre Deus e os homens (Gênesis 4,4) e no Novo Testamento explica a morte de Jesus (Hebreus
9,11). O LevÃtico 17,11 diz que o sacrifÃcio é algo dado por Deus ao Homem. A pessoa que
leva a oferta apodera-se da vida do sangue animal sacrificado e pode doá-la a Deus, injetando
nova vida nas suas relações com Deus.<BR> Este é um pequeno espaço histórico, para
a dignificação da Religião dos Orixás, tão agredida pelas Doutrinas Cristãs,
principalmente pelas Protestantes. Então, cabe-nos o direito de mostrar quão hipócritas
são aqueles que nos agridem e nos repudiam com bases em seus Livros Sagrados, que mostram
largamente a pratica de ritos idênticos aos nossos e com a mesma simbologia.<BR> A
Religião dos Orixás é extremamente tradicionalista e não muda sua liturgia com fins
hipócritas, somente para agradar a visão leiga dos fiéis na tentativa de obter fins lucrativos.
O que era feito há 8000 anos é mantido até hoje por nós, mas não com uma
conotação diabólica como desejam nos impor usando uma mÃdia já desgastada. Hoje o
Homem é culto, inteligente, e busca informar-se e encontra a verdade relativa ao nosso mundo
religioso.<BR> O Orixá nunca esteve envolto ao mundo da Magia Negra, ao baixo astral, ao
Satanismo ou muito menos ligado a demônios somente porque realizamos em nossos ritos o
sacrifÃcio animal. Nós pregamos os ensinamentos dos Orixás que são puros em sua
essência, não ficamos pregando mais os atos dos demônios do que a palavra de Deus tirada
de livros sagrados de autoria duvidosa.<BR> Nossa doutrina religiosa foi mantida pela boa
vontade do homem fiel a Deus, mantendo todos os nossos conhecimentos na memória e
transmitindo-os pela oralidade. Não temos livros sagrados adaptados a cada momento da
história em decorrência das necessidades das instituições religiosas. Não expulsamos
demônios em forma de "teatro" para enganar pobres coitados crédulos dizimistas que
acreditam nas encenações de atores bem pagos para se contorcerem em público ou darem
testemunhos suspeitos, sempre idênticos, sem provas. Não "amarramos" espÃritos ruins em
nome de Deus.<BR> O que desejamos é somente poder expor que nossa Religião, a
Religião dos Orixás, tem como objetivo (RELIGAR) o Homem a Deus através da
manutenção de ritos tradicionalistas; através de uma hierarquia rÃgida mantida entre os
seguidores e Iniciados; através da exigência de uma conduta honrada e moral dentro das
verdadeiras Ègbé (Sociedades).<BR> Desejamos mostrar com clareza que nossos
verdadeiros Sacerdotes são homens sábios, estudiosos e perseverantes na sua religiosidade,
tudo isso com base em uma filosofia mitológica milenar. Qualquer outra versão não tem
sustentação real, tratando-se de invencionismo de muitos que pretendem impressionar ou
lucrar em benefÃcio próprio usando o nome dos Orixás Yorùbá.<BR> Se fazemos sacrifÃ-
cios é porque somos autorizados por Deus, conforme também era praticado em Israel.
Além do mais, a energia pura do Orixá, absorve a essência espiritual do animal a ele
imolado e a eleva espiritualmente, evoluindo-o rapidamente, o que deveria levar milhões de
anos para evoluir na escala espiritual, sem contar que, a carne do animal é consumida durante
as festas, proporcionando a energia da satisfação alimentar, que o Orixá absorve e
transforma em realizações das necessidades materiais dos ofertantes. O sacrifÃcio é
necessário, tanto para a evolução espiritual do animal, como para a alimentação dos
participantes (comer animal vivo, sem sacrificá-lo é realmente impossÃvel!)<BR> Não
podemos esquecer que nas mesquitas, anualmente, até os nossos dias, é sacrificado um
cordeiro para Alláh. Mas ninguém gosta de agredir o Islã. E sabem muito bem o porquê!
<BR> Èjè (sangue) é vida, todos nós aprendemos isso nos templos verdadeiramente
consagrados aos Orixás. Tiradas as partes sagradas dos animais que são ofertadas à s
Divindades, o restante é consumido pelos ofertantes. Não há desperdÃcio nos Ilé
Orixá, em respeito à natureza, conforme nos determinam as Divindades.<BR> Os animais
ofertados não podem sofrer para serem imolados, conforme nos determina o Orixá Ogun
Olóòbe, o Senhor da Faca. O ritual é cercado do máximo respeito seguido de
procedimentos de abstinência, onde a pureza e a limpeza espiritual e orgânica dos presentes
são exigidas com rigor para que eles possam participar desse tipo de oferenda e só aos
Iniciados devidamente preparados por anos cabe exercer o ato de imolar o animal. Isso não
cabe a qualquer pessoa despreparada.<BR> Há uma liturgia a ser seguida à risca em detalhes,
onde o epo pupa (azeite de dendê), iyò (o sal), oyin (o mel), omi (a água), otà (a bebida
destilada), ataare (a pimenta) são rezados e encantados recebendo pela palavra propriedades
mágicas, para poderem ser ofertados à s Divindades como sÃmbolos de doçura, progresso,
prosperidade, fartura, fertilidade, alegrias e paz, afim de que essas bênçãos sejam retribuÃ-
das a todos em troca da oferta. Sem que nunca se esqueça de ofertar para OnÃlè (o globo
terrestre) sua parte, pois é ele quem sustenta os nossos pés. Esta frase metafórica
Yorùbá nos ensina que é a Mãe Natureza quem nos permite mais uma reencarnação
no Àiyé (na Terra) e por isso devemos mostrar nossa gratidão a ela durante os ritos de
oferendas.<BR> Só pode ver maldade em uma ritualÃstica dessa quem é mau, no mais
profundo de sua essência intima, no próprio caráter ou pelo desconhecimento, acabando por
julgar sem saber o que verdadeiramente está sendo realizado num ritual em nome de Deus. Pois
graças a esse Deus, Olodùmarè, nós não fazemos apologia aos demônios, pois os
desconhecemos na nossa cultora religiosa. Para a cultura Religiosa Yorùbá Deus não
"permitiria que os Anjos CaÃssem". Quem faz mal aos homens é o próprio Homem! Nós
somos raÃzes da Energia Universal (Olòórum) e por isso mesmo temos o poder criador.<BR>
O diabo foi criado nada menos que pelos Cristãos, pela necessidade de justificar suas
deficiências e erros e o mesmo (diabo) vem criando poderes através da energia emitida por
determinados evangélicos modernos que o mentaliza e o supre energeticamente através da
suas invocações e exorcismos diários. Nosso Deus jamais criaria o Demônio, pois o
mesmo é a antÃtese de Deus, senão o mesmo não seria Onisciente, Onipotente e
Onipresente!<BR> A Religião dos Orixás não deseja ser melhor que as outras Religiões.
Deseja somente ser respeitada, assim como sabe respeitar. Desejamos somente que as pessoas
possam cumprir seu papel em mais uma passagem pela vida no Àiyé com auxÃlio dos
ensinamentos deixados pelos Orixás.<BR> Desejamos somente crescer nas experiências de
viver. Desejamos poder aprender a conviver num mesmo espaço fÃsico com os outros homens,
porque o nosso espÃrito não tem para onde evoluir já que o Homem é um deus-finito.
Evoluir o espÃrito do Homem seria tentar superar a Deus, pois o nosso espÃrito foi criado de
Deus, portanto somos partÃculas divinas. Já fomos criados sendo deuses. Tudo o que
necessitamos já recebemos de Deus no momento da Criação, só temos que aprender a usar
o que nos foi dado por Ele.<BR></SPAN></DIV>_

Ìyámì Òsòròngá

Ìyámi-Òsòòròngà

• Na vida, o filho que não respeita a “mãe” morre primeiro.

• O homem que não valoriza a mulher sempre acaba na “miséria”, doente e sem ninguém para
ajudá-lo.

• A mulher ainda que não seja “mãe” é uma divindade viva!

• Embora alguns filhos achem que podem subjugar suas mães, cometem com isso o maior erro,
pois estão destruindo as suas origens.

• O homem que maltrata a mulher estampa na “cara” a fraqueza e a inveja. É na verdade


homossexual não assumido, que guarda em si o desejo de ser mulher.

Creio que toda a agressividade que o homem expressa contra a mulher, seja, por cobiça do
charme, dengo, beleza e graça que só a mulher possui. Aí, o machão solta à franga, incorpora a
barraqueira, quebra tudo, ofende, maltrata, humilha..., mas não passa de um Virgulino Lampião
que manda na Maria Bonita, mas cria o filho do Teodoro. É corno por opção ou decisão própria,
mas põe a culpa na mulher.

Há na mulher uma “partícula divina” que não permite indelicadezas. Mesmo que ela não tenha
consciência disso, essa “partícula” reage em sua defesa e torna a vida do incauto um verdadeiro
inferno, onde tudo na vida do sujeito parece um feitiço preparado para causar-lhe a má sorte,
todavia, é somente o Poder de Ìyámi inserido na mulher.

Por causa desse fenômeno dão a Ìyámi e as mulheres a alcunha de “Bruxas Más”, uma visão
equivocada daqueles que não buscam compreender os mistérios da “Alma Feminina”.

Através da observação cuidadosa sobre os costumes do povo africano, os machões, poderiam


perceber de imediato a ternura peculiar que os Yorúbá(s) demonstram às Mães Ancestrais,
Ìyámi(s), somente porque se trata de um Culto de “gente”, onde, as mulheres, em todos os
sentidos ocupam o lugar de destaque.

Também, seria válido que os filhos ingratos lançassem os olhares sobre a maneira respeitosa que
os filhos Yorùbá(s) tratam suas Mães Biológicas “apenas porque lhes proporcionam a
continuidade da vida através dos nascimentos e dos renascimentos”.
Notariam, também, que os filhos Yorùbá(s) não querem saber se suas mães podem proporcionar
algo a mais aos filhos - têm a vida como a doação mais importante, e ponto.

Ìyámi significa: Minha mãe! Mas esse significado foi deturpado, e hoje, Ela é mais conhecida
por Àjé: Aquela que mata e come o próprio filho ou castiga através dos poderes da bruxaria e da
feitiçaria.
Uma visão torpe promovida por pessoas que gostam de apavorar os outros com histórias
macabras. Soma-se, a isto, a ideia de querer atribuir aos povos negros costumes e pensamentos
que pertencem a outras culturas. Visto que, bruxaria é coisa de Inglês e feitiçaria de Português.
Pois, Àjé é sinônimo de encanto, é uma contração da palavra Àya-Àjé que significa: Mulher
Encantadora. Mas, até então, o que tem prevalecido é que Ìyámi seja realmente uma “bruxa
malvada, uma feiticeira terrível!” O que demonstra verdadeira falta de entendimento sobre os
costumes e os pensamentos corretos de um povo que, atribuem à Ìyámi (Mãe da Vida), e a
mulher, o poder de atrair o espermatozoide ao óvulo para transformá-lo em Ser Humano.
• Mas, afinal, o que significa ser Humano?
• Pois, tem gente que é apenas gente!
• Não possui Alma e não deveria sequer ter nascido!
• Logo, chamar certas pessoas de Ser Humano é errado!

Pois, para se tornar um Ser Humano é preciso alcançar luz interior, que esteja completamente
voltado para o bem.
• O nome disso é amor!
• E o único amor verdadeiro que há Terra é o amor de mãe!
• Ìyámi é Luz! É Amor! É Vida!

Sendo Luz pode dominar as Trevas que de certa forma também é Iluminação, haja visto que, é o
peso da Luz carregada pelas Trevas que atribui a Ìyámi, Mãe da Vida, o domínio sobre a Morte.

Texto extraído do livro:


Ìyámi-Òsòòròngà, o Poder da Mulher.
Autor: Orlando J. Santos Bàbá Ògún Dímòlòkò.
Editora Omo Oduwa – São Paulo-SP
https://www.facebook.com/pages/%C3%8Cy%C3%A1m%C3%AC-%C3%92s%C3%B2r
%C3%B2ng%C3%A1/429276750522944
Ìyámì Òsòròngá

Como Òrúnmìlà acalma a cólera de Ìyàmi


Ogbè Ògúndá ou Ogbè Yónú

II
II
II
II I

Como Òrúnmìlà acalma a cólera de Ìyàmi

O que a mim fizeres, farei a ti, a árvore dos campos leva uma coroa na cabeça. O algodão não é
um fardo pesado (mas não é compacto). Ifá é consultado para as pessoas que vieram à terra. Ifá é
consultado para as Eleye que vieram à terra. Quando as Eleye chegaram à terra, Òrúnmìlà diz,
elas são capazes de poupá-lo? Elas dizem que quando chegaram à terra, quando vieram pela
primeira vez à terra, beberam de sete águas. A água de Ògbèrè na cidade de Owu foi a que
beberram em primeiro lugar. Beberam em seguida a água de Majomajo, rio de Apomu. Beberam
em seguida de Oléyò, água de Ibadan. De Iyewa, elas beberam em Iketu. De Ògún, elas beberam
em ibara. De Ibo, elas beberam em Oyan. De Oséréré, elas beberam em Ikirun. Das sete águas
vós bebetes quando viestes à terra. Quando bebestes dessas água quando viestes à terra, estais
com os filhos dos homens, encontrais os filhos dos homens, vós os poupareis? Dizeis que não os
poupareis. Os filhos dos homens correm para a Eégún. À casa de Eégún, vão em primeiro lugar
naquele dia. Esses filhos dos homens vão correndo encontrar Eégún. Eles dizem, tu Eégún,
protege-nos, as filhas de Eleye dizem que não querem poupá-los. Eégún diz que não é capaz de
salvá-los. Ele diz que não é capaz de proteger os filhos dos homens naquele dia. Eles deixam
esse lugar. Vão à casa de Òrìsà, vão à casa de Sàngó. Vão à casa de Oyà, vão à casa de Obà.
Pedem que os protejam. Todos eles dizem que não são capazes de apaziguar a cólera delas. Que,
irá salvá-los neste mundo? Eles devem ir à casa de Òrúnmìlà, quando chegam à casa de
Òrúnmìlà, dizem, Òrúnmìlà, protege-nos. Eles dizem, as filhas de Eleye não nos querem poupar.
Eles dizem, elas nos matarão. Eles dizem, protege-nos, que elas sejam capazes de poupar-nos,
que elas não sejam capazes de matar-nos e comer-nos. Òrúnmìlà diz que com eles farão um
pacto, mediante juramento, naquele dia. Ele diz, somente se alguém o preparar (como Òrúnmìlà
fez outrora), eles serão poupados. Èsù vem dizer veementemente a Òrúnmìlà. Èsù diz que ele
prepare um prqato de barro, que ele prepare um ovo de galinha, que ele prepare mel, que ele
prepare uma pena de papagaio, que ele prepare folhass de ojúsàjú, que ele prepare folhas de
òyóyó, que ele prepare folhas de àánú, que ele prepare folhas de agogo ògún. Òrúnmìlà faz a
oferenda do lado de fora. Quando Òrúnmìlà fez a oferenda. Èsù é isto, é amigo de Òrúnmìlà.
Assim como ele teve um encontro com as Àjé na terra, assim as encontrou no além. No dia em
que elas beberam dessas sete águas, antes de tudo, no dia em que elas começaram a beber, foi na
presença de Èsù. Mo dia em que ela fizeram a reunião, foi na presença de Èsù. Elas decidiram no
momento em que chegaram. Disseram, aquele que decifrar o enigma que elas apresentassem,
disseram, aquele que decifrar o enigma, elas o poupariam. Disseram, aquele que queria ser
poupado, se não soubesse o enigma, elas não o poupariam. Òrúnmìlà não conhece esse enigma.
Mas quando Òrúnmìlà dá comida a Èsù seu ventre se adoça (ele fica contente). Èsù anda sem
fazer barulho (sem que as pessoas não o ouçam), ele fala a Òrúnmìlà. Ele diz que Òrúnmìlà tenha
bucha de algodão na mão, diz que tenha um ovo de galinha na mão. As filhas de Eleye dizem
com insistência: “elas não estão contentes com os filhos dos homens naquele dia”. Elas dizem,
todo caminho pelo qual òrúnmìlà andou, elas dizem que não é bom. Elas dizem que não estão
contentes com pessoa alguma. Elas vão persistindo nesse assunto até a casa de Ogbè Yónú.
Quando chegam à casa, as filhas de Eleye declaram (seu caso), os filhos dos homens declaram
(seu caso).
Os filhos dos homens são (julgados) culpados. Quando os filhos dos homens são julgados
culpados (a despeito) das oferendas que Òrúnmìlà fez na terra, Òrúnmìlà é (julgado) culpado. A
oferenda, Òrúnmìlà fez na terra, diz que elas estão contentes com ele. Èsù diz, filhos de Eleye,
ele diz, deveríveis saber o tipo de indicação dada. Ele diz, o sacrifício que, dessa forma,
Òrúnmìlà trouxe para fora, ele diz, examinai-º quando elas o examinam, elas pegam a folha de
òyóyó. Ah! elas dizem, Òrúnmìlà diz que elas estão contentes com ele. Òyóyó é quem diz que
vós estais contentes comigo, que não deveis lutar comigo. Elas (as Eleye) dizem, quando
òrúnmìlà tinha a folha de òyóyó ele dia que elas estavam contentes com ele, (e) que elas també
estavam contentes com todos os filhos dos homens. Elas vêem em seguida a folha ojúsàjú. Èsù
diz, compreendeis aquilo que ela vos disse? Ele diz que vós, com toda a bondade, o respeiteis,
que ele verá a bondade. Elas dizem que folha é esta? Dizem qual é a terceira folha? Ele diz, que é
a folha àánú. Ele diz, vós todas tereis piedade (sàámu). Elas dizem que terão piedade de
Òrúnmìlà. Elas dizem (o que significa) a folha do agogo ògún? Ele diz vós sabeis. Ele diz que na
casa, nos campos e detrás do muro da cidade, que tem todo lugar aonde lhe agrada ir, vós
deixareis o que seja bom, que tudo aquilo que ele tiver na mão, vós deixareis o que seja bom,
elas dizem que ele peça com agogo ògún. Elas dizem, por que este mel? Elas dizem, como é que
ele conhece a coisa com a qual elas prestaram um juramento? Ele diz, Òrúnmìlà é capaz de saber
de todas as coisas. Elas dizem, por que este efun? E este osùn? Ele diz, giz que vós lhe deis a
felicidade. Ele diz, pó vermelho diz que chegueis com a felicidade. Elas dizem, por que a pena
de papagaio? Hein! Ele diz, quando vós, Eleye, chegardes ao além, ele diz, a pena com qual
fizestes o sacrifício, vós a colocareis na cabeça, ele diz, esta pena que vós utilizais traz com ela a
felicidade, em todos os lugares por onde ela vai.
Quando chegou o tempo, quando Òrúnmìlà cessou de falar, As Eleye dizem, tu Òrúnmìlà; dizem
elas, como então acabaste de falar elas dizem, deixa que elas também falem por elas. As filhas de
Eleye vêm dizer, eles dizem Òrúnmìlà, elas dizem, está bem elas vão apresentar um engma. Elas
dizem, quem deverá ser capaz de resolver o enigma que elas irão apresentar. Elas dizem que ele
devera ser capaz de resolver o enigma que elas vão perguntar. Elas dizem, sua casa será boa, seu
caminho será bom, seus filhos não irão morrer, suas mulheres não irão morrer, ele também não
irá morrer, todos os lugares para onde ele estender a mão serão bons. Mas se ele não conhecia
este enigma, elas não aceitaram sua súplicas, elas ficariam encolerizadas com ele o tempo todo.
Mas se ele for capaz de dar a resposta, acabou. Òrúnmìlà diz que assim está bem, ele diz que elas
apresentam este enigma: “Elas dizem jogar Òrúnmìlà diz pensar”}(sete vezes). Na sétima vez
elas pedem essa resposta a Òrúnmìlà. Elas dizem, Òrúnmìlà, dizem, quando ele diz pegar, dizem,
elas, o que elas lhe enviam para se pegar? Ah! diz ele, vós enviais um ovo de galinha. Dizem
elas, de que dispóem para pegar (o ovo)? Òrúnmìlà diz que é a bucha de algodão. Elas dizem a
Òrúnmìlà que jogue este ovo de galinha para o ar. Elas dizem que ele o pegue sete vezes. Quando
Òrúnmìlà o pegou sete vezes, elas dizem assim acabou? Elas dizem assim está bem. Elas dizem
que eles estão perdoados. Elas dizem, vós, todos os filhos dos homens e tu Òrúnmìlà, elas dizem,
dançai, elas dizem, cantai: “Òrúnmìlà o fez, ganhastes, pessoas, ganhastes, pessoas. As filhas de
Eleye vieram dizer-vos ganhastes, pessoas. Foi a água Ogbèrè em Owu que bebestes em primeiro
lugar, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas. Bebestes em seguida a
água de Majomajo em Aapoinu, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes, pessoas.
Em seguida bebestes a água de Òléyò em Ibadan, ganhastes, pessoas.

Da água de ibo bebestes em Oyan, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem ganhastes ,
pessoas. Da água de Oséréré bebestes em Ikirun, ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem
ganhastes, pessoas. A folha de ojúsàjú diz que vós a respeiteis, ganhastes, pessoas. As filhas de
Eleye dizem que vós ganhastes, pessoas. A folha de òyóyó diz que vós estais contentes, vós
ganhastes pessoas. As filhas de Eleye dizem vós ganhastes, pessoas. A folha de àánú diz que
tereis piedade, vós ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem vós ganhastes, pessoas. A folha
de agogo ògún diz que me enviais a felicidade, vós ganhastes, pessoas. As filhas de Eleye dizem,
vós ganhastes, pessoas. Se não lambermos o mel ficaremos com ar triste, vós ganhastes, pessoas.
As filhas de Eleye dizem, vós ganhastes, pessoas”. Quando Òrúnmìlà terminou seu canto,
Òrúnmìlà dança. Ele vem com um agogo na mão. Eles vêm bater o agogo. Òrúnmìlà acabou de
dançar, elas dizem, Òrúnmìlà, elas dizem, isto está bem. Elas dizem, se deve ir à casa, ou ir ao
campo, ir para fora, todos os caminhos onde ele puser a mão (por onde passar) serão agradáveis.
Elas dizem, se ele deve construir uma casa, elas dizem, se ele quiser dinheiro, elas dizem, se ele
quiser permanecer muito tempo no mundo, elas dizem, se ele desejar que elas o protejam, elas
dizem, se Òrúnmìlà cantasse esse tipo de canção, elas dizem que aceitarão, elas dizem, que
ficarão contentes com esta pessoa, elas dizem, que tudo aquilo que Òrúnmìlà quiser pedir-lhes,
elas dizem, que no lugar onde agradar a Òrúnmìlà permanecer, quer seja nos sete céus de acima,
se ele cantar esta espécie de canção elas responderão.
Então elas farão a coisa que ele pede para a felicidade. Elas dizem que se ele permanecer nos
sete céus de baixo, se ele cantar esta canção, elas então farão a coisa que ele quiser para a
felicdade. Elas dizem que se ele permanecer nos quatro cantos do mundo, se ele permanecer na
casa de Olókun (o mar), se ele permanecer no lado do mar, se ele permanecer no meio de duas
lagoas, se ele permanecer em Iwanran no lugar onde o dia nasce, se ele cantou isto, se ele deu
nomes às água que elas beberam, elas dizem que perdoarão. Elas dizem que está bem. Elas
dizem, o diznheiro que Òrúnmìlà não tem. Òrúnmìlà o terá. Elas dizem, a mulher que Òrúnmìlà
não têm, Òrúnmìlà a terá. Ela dizem, a mulher que não deu à luz, a mulher de Òrúnmìlà ficará
grávida, ela dará à luz. Elas dizem, a casa que Òrúnmìlà a construirá. Elas dizem todas as coisas
boas que Òrunmìlà não viu, ela dizem Òrúnmìlà ficará velho. Elas dizem que Òrúnmìlà ficará
muito tempo ( no mundo), ele se tornará um ancião. Òrúnmìlà diz a todos os seu filhos do alto e
de baixo, ele diz que precisam conhecer esta canção, que precisam conhecer esta história, para
que sejam capazes de contá-la. Toda pessoa a quem esta história for contada, as Eleye jamais
ousarão combatê-la.
<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p
class="text_exposed_root text_exposed" id="id_523f59d0eb7e89974560204">ELENINI, E OS
CUIDADOS COM ESSA ENERGIA <BR><BR><BR> Elenini (Ido-Boo) é o guardião da
Câmara interna do Palácio divino de Eledumarè, aonde todos vamos nos ajoelhar para fazer
os pedidos e juramentos para a nossa permanência no mundo. A grosso modo é o
NEGATIVO de nosso ORI. Somente cultuando e propiciando ORI, poderemos combater ao
ELENINI. Ele age nos motivando a fazer coisas erradas, para mostrar a Eledu<SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show">mare que não
somos dignos de entrar no Palacio Sagrado. Esta é e função fundamental de Elenini.
Espero os outros comentários. Ire o<BR><BR><BR> FALAR DE ELENINI É FALAR DE
UMA FORÇA QUE É TÃO ESPECIAL, MAS RARAMENTE É MENCIONADO,
MAIS POR MEDO DO QUE RESPEITO...<BR><BR> Enfim, existem vários nÃveis de
poder. E aqui está uma participação muito especial.<BR> São "AJOGUN", incluindo a
perda, morte, doença, etc.<BR> Então encontramos outro conceito que chamamos
"ELININI" e que em parte esta no nÃvel dos "AJOGUN”.<BR>Os Ajogun são as forças
malignas e muitas vezes é simplesmente traduzido e citado como "inimigos da humanidade".
<BR> Mas como você pode expressá-las?<BR> De muitas maneiras, mas vamos falar
claramente de "ELININI”. <BR>ELININI é uma força gerada e perpetuada pela natureza
finita dos seres humanos. <BR> Agora vislumbramos nestes conceitos um pouco diferente,
porque é basicamente a idéia da nossa cultura tradicional.<BR> Se olharmos para a perda,
doença ou qualquer manifestação negativa, dependendo do que Ifá nos diz, então,
podemos estar a olhar para as coisas feitas pelo homem, e podemos corrigi-los, se a pessoa o
quer. <BR> ELININI é um acúmulo de forças negativas, o que poderia ser definido como
os budistas fazem quando se referem a "karma". <BR> ELININI tem um impacto negativo
severo que é gerado pelo pensamento negativo, nas pessoas negativas que estão
incentivando esse estado, é gerado na mesma pessoa. <BR> O sagrado ODU IFA-OBARA
ÒKÀNRÀN declara nos seus ensinamentos que "as cinzas no rosto dos desafortunados."
<BR> ELININI e AJOGUN são as cinzas. <BR> ELENINI é o inimigo, o falso testemunho
e o adversário que está ao redor de uma pessoa. E Deus nos lembra, do incômodo, a
desunião, a discordância, em suma, tudo negativo. <BR> ELININI existe no fÃsico e
metafÃsico.<BR> Mas é como o ar, sentir isso, está lá, mas não vêem, e quando ele
chega, ou quando ele está deixando o caos, prejudicando a mente, desengonçada. <BR> É
ELENINI a divindade mitológica da desgraça e do obstáculo que foi enviado por Eledumare
para aniquilar as divindades que manteve um Aye com mau comportamento Em parte, outros
aspectos do ser interior da pessoa como depósito. <BR> ELENINI, ocupando o cerebelo, a
partir do qual executa ações contrárias à verdadeira vontade do homem. ELENINI faz agir
erradamente, com ações malignas atribuÃdas a ele ou com associações do mal.<BR>
Mas não é nenhum Orisa que você adora, porque é baseado no desconhecimento. <BR>
Em outros testes, juntamente ELENINI representa a totalidade ou Ayew Ibis, ou seja, todas as
forças negativas ou mal. <BR> ELENINI não é Seu. <BR> ELE É O GUARDIÃO
DO SALÃO PRINCIPAL DE ELEDUMARE.<BR> Seria, a grosso modo, como um “leão
de chácara”, que existe para mostrar que você não pode entrar nesse salão da
DIVINDADE maior, por ser impuro, desregrado, promiscuo, sem ética e sem moral.<BR> Ele
atrai você para armadilhas, para realizar atos maldosos, perder totalmente a sua noção de
dignidade, e assim mostrar que nós não podemos partilhar do sagrado.<BR> E assim, retornar
a reencarnar tantas vezes quanto necessárias para cumprir nossos objetivos de
CARATER.<BR> Por isso que IWÁ é uma das coisas mais sagradas para o Yorubá.<BR>
ORI E ELININI residem no cérebro e outro no cerebelo, respectivamente. <BR> TAMBÉM
SUGERE QUE APENAS ORI TEM A FORÇA PARA SUPERAR OU CONTROLAR
ELININI E IMPEDIR A SUA INFLUÊNCIA E TOMAR A PESSOA POR UMA ROTA
DIFERENTE ESCOLHIDO ANTES DO NASCIMENTO. <BR> ELENINI não recebem culto
na Nigéria ou em qualquer outro lugar.<BR> Porque sós e combate a ELENINI cultuando
ORI, e “praticando” o bom caráter.<BR> Portanto, não são as OFERENDAS de
qualquer tipo que anula a ação de ELENINI. <BR> UMA DAS SOLUÇÕES É
EVITAR INDIVÝDUOS QUE TENHAM OU SOFRAM DESTE ATAQUE PARA NÃO
ASSUMIR SUAS POSIÇÕES.<BR> ELININI pode ser detectado precocemente, pode ser
tratado, mas não curado.<BR> SE O ELININI ENTRA NA FASE FINAL, OU SEJA, NO
SOBRENATURAL, ENTÃO A PESSOA ESTÁ EM APUROS. <BR> ELININI é muito
democrático, por não discriminar nenhuma pessoa ou posição. O sinal de sua presença
é invisÃvel, especialmente para os não iniciados, torna-se um estigma. <BR> Os membros
da famÃlia, especialmente os amigos mais próximos podemos ser os portadores do mal, sem
estar consciente disso. <BR> ELININI falseia os fatos, e quando a pessoa percebe é tarde
demais. A pessoa começa a perceber o que está acontecendo, mas é impotente.<BR> Não
haverá intercessão mÃstica, e a qualquer momento a pessoa pode estar morto, no pior caso,
porque caso contrário, será condenado a um inferno pessoal marcado pela derrota, fracasso e
ostracismo.<BR> NA MAIORIA DAS VEZES SÃO QUESTÕES DE SEGUNDOS QUE
NOS FAZEM SER MAUS.<BR> VIDE OS CASOS RECENTES DOS “NARDONE”,
OU O MAIS RECENTE, O RAPAZ “LINDEMBERG”.<BR>E TODOS OS DIAS
TEMOS ACESSO A CASOS DOS MAIS ESTAPAFÚRDIOS E HORRENDOS QUE
OCORREM:<BR> FILHOS MATANDO PAIS, AVÓS, ESTUPROS DE CRIANÇAS, E EM
SUA GRANDE PARTE, POR PESSOAS SEM NENHUM ANTECEDENTE CRIMINAL.<BR>
Mas agora com os avanços da ciência ELININI está centrada em certos tipos de transtorno
mental, doenças ou sÃndromes mentais e comportamentais, ao contrário de pessoas que
gosam de uma boa saúde mental. <BR> Em geral, causam sofrimento e prejuÃzo em
importantes áreas do funcionamento mental, afetando o equilÃbrio emocional, o desempenho
intelectual e ajustamento social. <BR> Através da história e das culturas têm descrito
diferentes tipos de transtornos, apesar da imprecisão e as dificuldades de definição. <BR>
Ao longo da história, e até tempos relativamente recentes, a loucura não era considerada
uma doença, mas uma questão moral, o fim da depravação humana, ou maldição e
casos espirituais ou possessão demonÃaca. <BR> Após um inÃcio tÃmido, no século XVI
e XVII, a psiquiatria passou a ser uma ciência respeitável em 1790, quando Philippe Pinel
médico parisiense decidiu retirar as cordas para o doente mental, introduziu uma perspectiva
psicológica e começou a fazer objetivos estudos clÃnicos. <BR> A partir de então, e desde
que se iniciou o trabalho nos centros especializados, se definiriam os principais tipos de
enfermidades mentais e suas formas de tratamento.<BR> Em todo ELININI, chega a este tipo de
situação.<BR> Porém se a pessoa não deseja educar sua situação, então
estará seriamente afetado, a um grau clÃnico real, e para todas essas situações, Ifa nos
dá as soluções.<BR> ELENINI tem um único e exclusivo objetivo que é de frustrar as
intenções de nosso Ori. ELENINI é interpretado e chamado como “O SENHOR DOS
OBSTÁCULOS".<BR> O Senhor dos obstáculos foi criado em harmonia com nós mesmos.
Enquanto Ori reside no nosso cérebro, o senhor dos obstáculos encontra-se no
cerebelo.<BR> Esta força seria para nós a significar as provas do julgamento a utilizar em
nossas vidas, evitando os diversos e variados obstáculos colocados antes de nós.<BR> Por
isso nos obrigaria a média das provas de bom senso para usar em nossas vidas, evitando os
muitos e variados obstáculos colocados diante de nós. <BR> Para vencer e derrotar ELENINI,
nós devemos reforçar o caráter e viver na realidade constante, apegados a nosso Ori, única
Divindade que realmente nos ajudará a realizar nosso destino.<BR> Se decidirmos constituir
um bom caráter, sem ego, sem malicia, com a verdade, sem viver e evitando os IBI (negativo
– como excessos de bebidas, drogas, relacionamentos promÃscuos, lugares onde essas
ações imperam, e amizades nocivas), como já citei, sempre ao lado de nosso ORI, no
sentido comum, obedecendo seus mandatos, cumprindo e aceitando o que IFA nos aconselha,
estaremos vencendo as barreiras impostas por esta entidade em nossas vidas, e este vencimento
de barreiras fará com que nós possamos construir um melhor e bom caráter.<BR> Esta
construção do caráter acarretará um crescimento forte que nos fará cultivar o bem, não
só para vencer as provações e tribulações, mas para ajudar outras pessoas a fazerem o
mesmo.<BR> Na verdade, Ifa frequentemente nos ensina que para alcançar nossos objetivos
teremos que vencer ELENINI.<BR><BR></SPAN></DIV>_

Opa Osun ou Opa Erere

É uma ferramenta de uso exclusivo dos babalawos, da mesma forma que o iroke ou irofá, a
"sineta de Ifá".
Esta última, infelizmente, está vulgarizada e não é raro ver-se pessoas sem qualquer ligação com
o culto de Ifá, sacudindo irokes que, para cúmulo do desrespeito, chamam de "adjázinho de
madeira".
O Opa erere remete ao culto de Ifá e à evocação da proteção de todos os babalawos falecidos
que, seja de que origem forem, descendem de Akoda e Asedá, os primeiros seres humanos
iniciados no culto, segundo as lendas, pelo próprio Orunmilá.
Como todo opá ou a maioria deles (excetuando-se as bengalas assim denominadas), o Opa Erere
ou Osun, representa a união entre o aiyé e o orun, ou seja, o mundo material e o céu metafísico
habitado por diferentes entidades espirituais.
Assim sendo, esta "ferramenta" não é um Orixá, como pretendem muitos e de tal forma, que
chegam a sincretizá-la com santos católicos como San Manuel, San Dimas, San Juan Bautista,
Divina Providência.
(Vide: ARÓSTEGUI, N.B. Los Orishas en Cuba . Habana, Ediciones Unión, 1990. )

“Osun”
Esta palavra quando se refere ao bastão em questão, significa apenas “não dormir” o que a
identifica em atributos e função ao “Opa Erere” que significa ”bastão da insônia”.

"Opa Orere” é o bastão-simbolo que confere poder ao Babalaô, que também é denominado Osun,
este bastão é tão sagrado que tem que ser mantido permanentemente em pé, pois a sua caída,
significa também a caída do Babalaô, isto é, a morte. No topo do Opa Orere, há uma ave com a
forma de um pombo, que lembra a história de Eiye kan, o primeiro pombo que veio reproduzir
graças a Ifá, este pombo passou a chamar-se Eiyele, e agora simboliza a honra e a autoridade, por
isso ali colocado. O Opa Orere (Osun) é plantado na terra onde se veneram os ancestrais. O Opa
Orere (Osun) deve ficar sempre em pé. Diz-se dele:
ÒSÙN O! ÒSÙN DÓRÓ KÓ O MÁ DÚ BÚLÈ.
Ó Ósún! Ósún fique erguido, não se deite.

OSUN – OPÁ ERÉRÉ – (Akrelele – fon)

O Osun ou Opa eréré é o bastão de segurança do babalaô. Vive dentro do igbodu-ifá, com a
ponta de baixo cravada firmemente na terra e, onde quer que o babalaô vá adivinhar deverá levar
o seu bastão para crava-lo na terra ao seu lado.
Deverá ser empunhado pelo babalaô durante a caminhada ao local onde for proceder a uma
adivinhação, servindo aí, como uma espécie de bengala.
O Osun deverá permanecer sempre na posição vertical e no local onde fica será colocada uma
cabaça de pescoço onde se guardam diversos pós medicinais.
O Osun evoca uma antiga lenda que faz referência à uma palmeira milagrosa, pertencente a
Orunmilá que possuía 16 pequenos ramos distribuídos no seu tronco em quatro seções distantes,
umas das outras, aproximadamente dois metros. Cada uma destas ramificações possuía, segundo
o itan, quatro folhas direcionadas para cada um dos pontos cardinais.
Os Osuns posteriormente construídos seriam uma representação desta sagrada árvore.
Trata-se, na verdade, de uma ferramenta de fácil confecção. Seu “tronco” é feito com uma haste
de ferro roliço cuja extremidade inferior tem a forma de um ponteiro, o que facilita sua fixação
na terra. O tamanho do bastão varia de acordo com a preferência de seu proprietário.
No alto do bastão, é afixado uma espécie de prato de ferro de cujas bordas pendem pequenas
sinetas de forma cônica, do mesmo metal. Sobre o prato deve ser afixado a figura, também em
ferro, de um pássaro, como as existentes nas ferramentas de Ossain.
É comum enfeitar-se o bastão com franjas de mariwo que são penduradas nas bordas do prato
que o encima.
Alguns Osuns, usados principalmente no Abomehi, possuem além do prato superior, quatro
seções superpostas distribuídas de forma eqüidistante em sua haste. Em cada uma destas seções,
quatro sinetas idênticas às que pendem da plataforma superior, são penduradas, direcionadas,
cada uma, a um ponto cardeal. Observa-se aqui uma referência mais fidedigna à palmeira
anteriormente descrita.
Sempre que um babalaô se sentir ameaçado por qualquer situação, será com este bastão que irá
recorrer ao auxílio de outros sacerdotes de Ifá já falecidos.
O Osun é sacralizado junto com o Ifá do babalaô, ocasião em que recebe parte das oferendas
destinadas a Ifá, assim como um pouco do sangue de cada animal a ele sacrificado e o sacerdote
pode possuir mais de um destes bastões de diferentes tamanhos.
Quando o babalaô morre, antes dos funerais seus Osuns são levados para fora do igbodu Ifá onde
ficam deitados no solo. Depois do sepultamento do sacerdote, procede-se os devidos rituais.
Extraído da Página de Pai Carlos de Oxossy
Orìkí fún Òsun

Ìba Òsun sekese


Ìba Òsun olodi
Latojoki awede we’mo
Ìba Òsun ibu kole
Yeye kari
Latokoko awede we’mo
Yeye opo
O san rere o
Àse

Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora,


Eu elogio a deusa do rio
Espírito que limpa de dentro para fora
Eu elogio a deusa da sedução
Mãe do espelho
Espírito que limpa de dentro para fora
Mãe da abundância
Nós cantamos seus elogios
Asé
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Por Ayo Salami:

Desconhecido para muitos, Egbe Orun é tão importante quanto Ori, a essência espiritual do
destino de qualquer homem. É porque o Ori de Òrúnmìlà trabalhou para o seu bem que deu
Orunmila a popularidade que ele tem até a data, assim como todos os Òrìsà. Se o Òrìsà quer para
ajudar a um ser humano e os Ori da recusa humana, não há nada que o Òrìsà pode fazer. Da
mesma forma, não importa o esforço de um indivíduo faz em uma tentativa de melhorar sua vida
ou afastar o mal, se o seu Egbe não assiná-lo, todo o esforço será nada. Boa sorte pode estar
vindo para o indivíduo e sua Egbe será jogá-la fora. Na minha opinião, quando um homem
deseja algo de seu criador, Ori e Egbe são as primeiras divindades para apaziguar antes de
qualquer divindade, porque ambos são sobre o conteúdo intrínseco do homem sitiado ....

Trechos do meu livro mais recente, Egbe - The Heavenly Clone of Every Human
O Conceito de Esu Ifa

Na metafísica Ifa Esu é o Mensageiro Divino do Espírito que permite que os seres humanos para
se comunicar com o Espírito. Esu traduz a linguagem da natureza para a linguagem dos seres
humanos ea linguagem dos seres humanos para a linguagem da Natureza. Ifá ensina tudo na
natureza tem Ori ou consciência. Se você já foi para a praia sentimento deprimido e voltou a se
sentir melhor por estar na presença do oceano, então você pode dizer que se envolveram em
algum tipo de diálogo ou de comunicação com o Espírito do Oceano. O fator de transformação
nessa interação é uma força espiritual Ifa chama Esu.

Os versos de Ifa escritura oral são organizadas através do uso de dois gramas Quadra compostas
de linhas simples e duplas. Linhas simples representam a luz, linhas duplas representam
escuridão. Esses padrões são representações tridimensionais de três padrões de energia
dimensionais que ocorrem na Natureza. Eles representam a polaridade entre a gravidade e
radiação, a polaridade entre expansão e contração.

O padrão de energia primária que encarna Esu é o Ose'tura Odu, que aparece como segue:
II
II II
II
I II

Esta é a representação simbólica do padrão de energia que encarna a capacidade humana de se


comunicar com as Forças da Natureza. O Odu é usado como um magneto para invocar o poder
do mensageiro Devine.

Em Ifa mito da criação, o Universo emerge da Rocha Eterna da Criação chamado Oyigiyigi. No
início desta rocha separados em quatro cabaças de criação. Estes quatro cabaças interagiram com
um e outro para formar dezesseis princípios sagrados chamados Olu Odu que significa que eles
são os princípios primordiais da criação. Em Ifá o número sagrado 17 representa o Odu 16
primal mais Ose'tura que é o décimo sétimo Odu de Ifá. Este Odu tem a função de chamar o Odu
Olu copular criando o 240 omo odu ou seja, os filhos dos primeiros dezesseis princípios. Isto
sugere que Esu, além de ser o mensageiro divino, é também a semente primária da criação. Ose-
Tura descreve a relação entre Esu e as pessoas da Terra. Para ser mais específico, há um número
de manifestações de Esu e neste verso a manifestação é chamado Esu O'dara significando o
mensageiro Divino divide e espalha ou inicia transformação.

Dor de garganta tira o bom do prato


Foi quem lançou Ifa para todas as pessoas em
Terra, quando eles estavam aflitos com a doença. Esu
Diz que o sacrifício será eficaz, se quiserem
Faça como ele diz. O povo da terra veio e deu sacrifícios
...... Daquele dia em diante, o mundo começou a ser bom.

Ifa Divination comunicação entre Deus e os homens na África Ocidental


William Bascom Indiana University Press 1991 página 466.

Esu como o mediador entre o Espírito e os seres humanos tem um papel fundamental na
manutenção da harmonia e equilíbrio no mundo. Se os seres humanos se mover para longe da
idéia de viver em alinhamento com a Lei Natural, Esu como o malandro provoca perturbações na
forma de doenças, má sorte, e ruptura. As doenças que são mais comuns nas grandes cidades são
frequentemente o resultado de mau planejamento, falta de higiene, superpopulação e ganância.
Esses mesmos fatores levam a ruptura política e revolta. Azar é descrito em IFA como sendo o
resultado da resistência pessoal para o potencial pessoal. Ose-tura está dizendo seres humanos
não podem separar-se de comunicação com o Espírito sem sofrer as conseqüências de sua
arrogância.

Ifa também descreve Esu como o Enforcer Divino em questões de Justiça Espiritual. Isso
significa que os seres humanos não podem se comportar de uma maneira que é contra a sua
natureza essencial, sem eventualmente pagar um preço. Esu também tem um papel de Esu
significado Divino Malandro pode criar ilusões baseadas em arrogância projetado para nos
ensinar a humildade. Porque vivemos em um universo infinito nossa percepção finita da
realidade não coincide com as circunstâncias objetivas que cercam a nossa experiência. Esu é a
força na natureza que ilumina a consciência dessa contradição. Essa consciência nos traz as
lições expressas por meio de papel Esu como Malandro, as forças da natureza que nos empurra
para além das limitações de nossa percepção para ampliar nossos horizontes.

Ifa diz vidas UDE na parte de trás do pescoço, o cruzamento entre a cabeça eo coração. Em Ifa
parte de trás do pescoço é chamado ipako, que significa literalmente, não desconexa. Quando
experimentamos tensão é nos ombros e no pescoço que apertar. A gíria expressão "dor no
pescoço", transmite a idéia de como é entendido na cultura ocidental. Limpar a parte de trás do
pescoço é um passo importante na iniciação e iniciação é essencialmente uma elevação de
consciência ou uma manifestação completa da jornada do herói em forma de ritual.

No papel de Esu como Malandro Divino, a maior parte da literatura antropológica identifica o
Trickster como uma forma aleatória de assédio. Em alguns literatura acadêmica Esu é descrito
como "o mal". Esta descrição não consegue apreciar a função sagrada para todos os Malandros
em todas as culturas tradicionais. O papel de Esu como Malandro é trazer cada um de nós a
verdade que estamos todos interligados e inter-relacionados. É uma manifestação da verdade
eterna que ninguém pode ser totalmente auto-suficientes. Uma vez que você tem a idéia de que
você pode lidar com todos os seus problemas se você está invocando um encontro com o
Trickster Devine. Coisas acontecem e não temos todas as respostas. Negamos a nossa
vulnerabilidade, resistindo à mudança. Nossa resistência é quebrada e ficamos com a sensação de
perda de identidade. Em Ifa a força da natureza que provoca essa perda é chamado Esu. Na
cultura iorubá tradicional a morte do velho homem é percebido como uma experiência positiva.
É considerada a fundação de todo o crescimento pessoal e elevação.

A razão, podemos considerar Esu uma verdadeira força da Natureza que reside em cada um de
nós é porque vivemos em um universo holográfico. Cada átomo continua o projeto enter para
toda a Criação. Ifa ensina que se consciência existe em seres humanos que existia no potencial
latente no início de cada vez. Esta consciência meios infunde tudo o que é e várias formas de
consciência são capazes de se comunicar uns com os outros através da Força da Natureza Ifa
chama Esu.

Esta não é uma força, arbitrário malévolo que está fora para começá-lo se você não se comportar.
Este é o cristão "Boogy homem" do modelo. O malandro divino é um princípio fundamental da
estrutura da realidade, baseada na idéia de que se você ver e eclosão de larvas e algo sai com
asas, há uma boa chance de que é um pássaro. O universo não é arbitrário. Os elefantes não dão à
luz aos tigres. Os seres humanos são essencialmente bons, se mover para longe de nossa natureza
essencial; Esu nos traz essas experiências que podem potencialmente levar-nos de volta ao nosso
eu essencial. É o papel do malandro Divina para sugerir que poderia ter um destino pessoal e
poderíamos ter um propósito para estar na Terra.

Quando Ifa descreve Esu como Malandro esse papel está intimamente associada com a função
simbólica de portas de abertura que nos guia para uma melhor compreensão do nosso destino. Ifa
elevação (abori) é o processo de anciãos que orientam o novato até os sete passos da iniciação.
Os anciãos bater na porta e chutá-la abrir, antes de recuar. Esta é a porta se abre Esu, não é uma
porta física. Iniciação ocorre toda vez que expandimos a nossa própria consciência. Uma porta se
abre cada vez que abandonar os limites seguros de auto-percepção. Isto pode ser no contexto de
um ritual comum, ou pode ser, no contexto de superar dificuldade em todo o mundo. A porta que
estamos falando é a porta de crescimento pessoal.

Ifa usa um círculo que contém uma cruz igual armado como um símbolo ou consciência. Imagine
um círculo com uma cruz do tamanho de uma bola. Este círculo representa a consciência de um
jovem no dia antes da puberdade. Então chega a puberdade e sua consciência é forçado a lidar
com as questões de ser um adulto, criar uma família, e encontrar um papel produtivo na
sociedade. A consciência do homem que assimilou esses novos papéis é representada por um
círculo do tamanho de uma bola de basquete. Para começar a partir do beisebol para o basquete
exige a morte do velho homem. O menino não existe mais. Em linguagem simbólica a porta para
a infância está fechado. Em seu lugar está um homem. Em linguagem simbólica a porta para se
tornar um adulto responsável abriu. Essa mudança na consciência só pode ocorrer se derrubar os
parâmetros de consciente que definem a forma como vemos a nós mesmos no mundo. Nada na
experiência humana é mais assustador do que a perspectiva de deixar ir de seu antigo eu. O medo
nos faz resistir à mudança, e prolonga a agonia. Ifa chama isso ibi ou resistência à mudança.

Quando a resistência à mudança quebra, passamos por um período de morte e transformação que
conduz ao renascimento. Este processo envolve sempre andando através de alguns porta, algum
portal, e uma barreira que nos leva para o reino do desconhecido. Isto é sempre verdadeiro, não
há exceção. O processo ocorre diariamente, se você está consciente de seu relacionamento com
Esu. Ifá diz que, uma vez que são iniciados, é o nosso rumo para voltar a encarnar a nossa auto
todos os dias. Cada dia você tem que incorporar, assimilar e integrar as lições de vida que
ocorrem no mundo. Caso contrário, você tornar-se estagnada, regridem você eo círculo que
representa os parâmetros da sua consciência se torna menor. Regressão exige esforço e do
esforço pode levar a doença física e emocional.

Como alternativa à resistência que existe uma porta que percorremos que nos dá a oportunidade
de saltar para o nível ninho de consciência. A chave para esta porta é a vontade de enfrentar o
medo do desconhecido. Enfrentando o medo do desconhecido sempre envolve abraçar a
necessidade de mudança. Abraçando a necessidade de mudança sempre requer coragem. Este é o
caminho do crescimento espiritual, é um mapa da jornada do herói. Quando você se vê
claramente, você agarrar-se pelas lapelas, se olhar nos olhos e você diz: "O que eu tenho que
fazer para dar o próximo passo?"

Esu é o Orisa que abre a porta para o nosso encontro com o eu interior (ORI INU).
Historicamente, uma das razões pelas quais Esu tende a ser descrito como "mal" ou "negativo"
está se tornando a complacência e de segurança é erroneamente associado com a Divindade. Se
você não gosta da experiência de crescimento, se você não pode lidar com a mudança, a
tendência é culpar o diabo, em vez de admitir a sua própria falta de coragem. Se você estiver
disposto a caminhar através da porta que abriu Esu, a resposta humana comum é culpar o goleiro
porta. Matar o mensageiro e ignorar a mensagem. Esu como o abridor de portas é que nós
invocamos para enfrentar os nossos medos no processo de auto-descoberta. A porta nunca abre a
menos que o nosso próprio ORI compreende que há uma necessidade de mudança. Culpar o
diabo coloca a nossa consciência em conflito consigo mesma e este conflito deve ser resolvido
para que a mudança ocorra. A única maneira de resolver este conflito é reconhecer que não existe
diabo e que Esu aparece em resposta à nossa necessidade de iniciar a jornada do herói, e que esta
viagem é um esforço conjunto. É um encontro entre o eu interior eo eu superior.

O ponto chave neste processo é que Ifá não se trata de aspersão de pó juju que lhe dá a coragem
de enfrentar seus medos, cada vez que você tem um problema que você viria para mim e eu iria
borrifar o juju em sua cabeça e os problemas vai embora . O que você estaria criando é a
confiança em mim e não a capacidade de trabalhar através de seu medo. Há apenas um antídoto
para o medo e que é a coragem. Ninguém pode vender-lhe coragem e ele não vem em uma
garrafa. Não há antídoto para o medo e não há maneira de chamar a coragem que não seja para
fazer a coisa certa, apesar do medo.

Há uma idéia em Ifa que aparece em todas as religiões terra centrada eu encontrei. É a idéia de
que tudo está interligado. Se você ler todos os escritos grandes místicas da literatura, todos eles
são sobre a tentativa de explicar como se sente quando você realmente tem a idéia de conexão
Universal. É uma idéia maravilhosamente nobre e amplamente reconhecida. Mas é ainda uma
idéia até que você realmente experimentá-lo. Aqueles que escrevem sobre a experiência dizem
que o prelúdio para a experiência do que eu chamo a Mãe de todos os medos. Ifa literalmente
chama de "Medo das Mães." É o medo da perda total de si, que é seguido por um sentido de
conexão com tudo. Conexão com o espírito é a conseqüência de enfrentar o medo com a ação
corajosa. Ifá diz que somos todos filhos de Oyigiyigi a pedra eterna da criação.

Como isso se relaciona com a idéia de Esu como divino Enforcer? Você só pode mover para
longe da idéia de conexão Universal antes que a natureza cria equilíbrio de forças contra a guiá-
lo de volta ao centro. Esu tem a função de Divino Enforcer significa aquele que mantém a
criação consciente de sua verdadeira essência. Podemos perguntar sobre a tragédia e morte
prematura saber essas são perguntas difíceis. Em Ifá, há uma crença um quadro maior, onde a
Justiça Divina está no trabalho. Essa perspectiva nem sempre é claro para a consciência humana
e, por isso voltamos ao espírito de orientação.

A analogia simbólica usada em Ifá é Ifá Olokun o saro Dayo, ou seja, o Espírito do Oceano
sempre proporciona para aqueles que vivem no mar. Todos os peixes vivem no oceano tem uma
casa e comida para comer. As criaturas que vivem no oceano percebi isso, aqueles de nós que
vivem em terras ainda estão trabalhando nisso. A idéia de Esu como o Enforcer Divino é que a
Natureza cria limites para aqueles que ignoram a realidade.

A ciência ocidental tem uma disciplina chamada Teoria do Caos, que postula a idéia de que as
coisas que parecem ser simétrico no universo tem uma faixa de variação quando vistos de perto.
Também postula que as coisas que aparecem aleatória tem um grau de simetria quando visto à
distância. Isto significa que as questões de justiça e injustiça, o caos ea ordem são questões de
perspectiva. Se você começa o retrato grande, as peças começam a cair no lugar. Esu como o
Enforcer Divina é o que nós invocamos para obter a imagem grande. Você pode fazer as coisas
no curto prazo que se sentem eficaz, justo e ético que pode ter a longo prazo efeitos negativos.
Um provérbio sul diz que o caminho para o inferno está pavimentado com boas intenções. Por
outro lado você pode fazer coisas que parecem negativas no momento e acabam tendo resultados
positivos. É Esu que invocamos para obter perspectiva sobre onde estamos na polaridade.
Ifá ensina que todo o Universo é criado pelo Odu 256 que são manifestações primitivas de
consciência. Estes Odu 256 criar todas as formas de consciência, porque todos eles surgiram fora
da luz do Big Bang (Oyigiyigi). Consciência inclui o Odu Ose-tura que encarna Esu. Em algum
lugar dentro de você Esu está vivo e esperando para ir trabalhar. Quando oramos a Esu estamos
diante de uma rocha e estamos chamando-o de Esu, Esu, na realidade, faz parte da nossa própria
consciência e estamos saltando-lo fora do rock. Porque Ose-tura existe no resto do mundo as
nossas orações podem atrair outras manifestações do Odu. Estes irão criar uma convergência de
forças que vai criar uma convergência de forças que permitam o diálogo ea inspiração de fontes
além de nossa própria consciência. Chamamos isso de orientação do Espírito.

Ninguém na cultura iorubá tradicional acredita que Esu é uma rocha. A rocha é o lugar que
enfrentamos quando dizemos que nossas orações. É um espaço sagrado criado por nossas
intenções. Cada casa iorubá tradicional tem uma sala especificamente para Orisa (representações
espirituais das forças na natureza). Indivíduos rezar todas as manhãs para o Orixá em seu
santuário para apoiar o seu crescimento pessoal e para apoiar as suas responsabilidades comuns.

A coisa que eu não percebi quando fui para a África pela primeira vez foi a importância da
família alargada em relação a Ifá e Orisa culto. Em primeiro lugar, Ifá é a santificação da família
é uma estrutura eterna que existe para sempre, enquanto rostos diferentes evoluir para o papel
dos anciãos dentro da unidade familiar em curso. Eu não sabia o que uma família que funciona
como uma escola para o treinamento espiritual eo desenvolvimento de habilidades de comércio
parecia até que eu cheguei em Ode Remo, Nigéria.

O papel de avó e avô são eternos papéis dentro da família que são assumidos pelas gerações
subseqüentes. As crianças estão sendo treinados para o dia quando eles se tornam avó e avô. Na
cultura iorubá tradicional assume-se que pelo tempo que você se tornar um avô que aprendeu as
lições de bom caráter e tornaram-se um mensageiro claro para o Espírito que estão em
alinhamento constante com os Imortais.

Em trabalhos tradicionais da cultura iorubá também sancionado através da iniciação. A profissão


de ferreiro é sancionada através da iniciação para Ogun. O papel do herbalist é sancionada
através da iniciação a Osanyin. A adivinhação é sancionada através da iniciação em Ifa. Dentro
da família há diferentes papéis que sustentam o bem-estar da família.

Em um nível comum há uma santificação da agricultura e uma santificação do papel daqueles


que dirigem o mercado. Todos esses papéis se encaixam em uma versão ideal de como uma
família e uma funções de comunidade. Santificação significa alguma forma de bênção comum,
outra maneira de dizer iniciação. A santificação é um processo comum que identifica certas
pessoas como portadores de um tipo particular de sabedoria. Isto não faz uma iniciação melhor
do que outra. Todo mundo tem um papel, todo mundo contribui para o bem-estar do ser de toda a
comunidade.

Superficialmente, a família iorubá tradicional estendida parece um patriarcado. Isso não é


verdade, as mulheres têm poder de veto sobre o que é aparente em público. Há um equilíbrio de
poder dentro da estrutura da comunidade. Por exemplo, se você passar por uma iniciação Ifá,
parece que você está sendo iniciado por uma fraternidade de homens. Mas a última coisa que
você faz envolve uma bênção das mães. Se eles não dão a sua benção você não está iniciado.
Você tem que passar por eles para vir ao mundo depois de renascer. Há uma trama de influências
que sustenta a estrutura eterna da família. Ninguém é chefe o tempo todo. Todo mundo tem um
ancião, dependendo das circunstâncias. A vida é visto como uma convergência de influências em
que são mudanças de papéis pessoais dependendo da experiência e perícia.

Parte da função de Esu é o de manter o tecido coesiva da estrutura da família. Esu pode começar
a dar-lhe uma visão do quadro geral. Essa visão nos dá uma visão sobre como podemos nos
relacionar como família em áreas onde a família tenha sido danificado. Na África não existe uma
palavra para o tio e não existe uma palavra para primo. Qualquer pessoa mais velha do que você
é pai ou mãe, e se você não chamá-los de pai ou mãe você está sendo rude. Essa é a idéia eterna
de respeito pelos mais velhos, como parte do processo de desenvolvimento pessoal. Ifá é uma
visão particular de como fazer o trabalho familiar. Há outros, e todos olham para a Natureza para
orientação e inspiração.

Com base na idéia de Esu como Divino Enforcer, Ifá ensina a noção de ética que se a sua vida
fica melhor a minha vida fica melhor, se você sofre, eu sofro. Esta idéia requer um exame da
possibilidade de que o ciúme é inadequado, a concorrência é inadequado, a fofoca é inadequado,
de volta a morder é inapropriado, diminuindo alguém verbalmente é inapropriado e denegrir
qualquer grupo particular de pessoas não é consistente com os princípios éticos da Lei Divina.

Quando você se encontra vivenciando essas emoções há um trabalho de transformação que


precisa ser feito. Não é difícil identificar e não é difícil reconhecer. O problema é tomar essas
emoções e transformá-los em algo digno de louvor. Isto exige o poder espiritual, a capacidade de
colocar-se tão perfeitamente em alinhamento com as forças da natureza que os cercam que sua
vida torna-se constantemente transformada. Mais uma vez, o poder espiritual não é polvilhar juju
em sua cabeça, ele está assumindo uma posição em relação à natureza que se torna
transformação, simplesmente porque você é um canal para o equilíbrio essencial da própria
natureza. Na Índia ele é chamado dharma, você se abençoado pelos anciãos, sentado em sua
presença e que não precisa dizer nada. É tudo a ver com a experiência real de poder espiritual.
No Taoísmo é chamada chi, em Sinto que é chamado de ki, no hinduísmo é chamado prana e em
Ifá é chamado ase. Este é um poder real que se sente de certa forma ea essência do trabalho
cerimonial dentro de Ifá é para desbloquear esse poder. Se você não conseguir desbloquear o
poder espiritual em seu próprio ser na presença de quem pode é de valor. Ase será desbloqueado
dentro de você simplesmente por estar ao seu redor. Nesse ponto, o que você chamá-lo é
profundamente irrelevante, porque nesse momento você vai saber o que se sente e você será
capaz de acessá-lo para uso em crescimento pessoal.

A jornada do herói envolve encontros com Esu que nos empurra além da complacência dos
nossos limites normais. Isto coloca-nos em território desconhecido, onde há um profundo
sentimento de confusão, pânico e medo. A única maneira de interagir com sucesso neste lugar
desconhecido é expandir nossa consciência, para mudar a nossa percepção de si e do mundo.
Expansão da consciência sempre envolve a morte do velho homem, e experiência da origem do
medo do desconhecido. Em termos simples o encontro com Esu é um apelo à coragem. O apelo à
coragem é uma chamada para fazer a coisa certa, apesar do nosso medo. É uma exploração
daqueles espiritual que nós para elevação e renovação.
Para entender essa mudança como um princípio metafísico vamos examinar o Odu que encarna
Esu. O Odu é Ose-tura e aparece como segue:
II
II II
II
I II

O Odu são dois Quadra-gramas são lidos da direita para a esquerda. No lado direito é o princípio
metafísico de Ose. Este princípio dá à luz a força da natureza ou Ifá Orisa chama Osun. Ose em
termos simples é a capacidade para projectar as suas orações através da utilização de ase ofo que
significa que o poder da palavra. Em Ifa tradicional o poder por trás oração eficaz é chamado aje.
Ifá ensina que aje é uma habilidade herdada que passa de mãe para filha. Esta habilidade é
melhorada e aplicados de forma efectiva em secretam as mulheres sociedade chamada Ìyáàmi
Osoranga significado de minha mãe me trazer o poder da viagem astral da elisão Iya mi oso
correu ga. A palavra iorubá significa oso viagem astral e viagem astral é um componente da
oração eficaz porque é a capacidade de projetar a consciência humana para o reino invisível que
sustenta a criação.

O lado esquerdo da odu é Otura que é uma manifestação da força da natureza Ifa chama Obatalá.
O Obatalá palavra do Oba elisão ita ala ou seja, o rei da estrada de luz. Em Otura somos
abençoados com a visão mística, ou seja, temos um vislumbre do universo holográfico que vem
em resposta direta às nossas orações. No processo de adivinhação o lado direito da Odu
representa o que tem manifesto e do lado esquerdo representa a que existe no potencial latente.
Em Ose-tura espírito nos dá a promessa da iluminação a qualquer hora que chegar para a clareza
e resolução de conflitos.

A ciência nos diz que o universo é uma onda enorme e sinal de que tudo o que vemos é uma
manifestação de luz. Uma onda de sinal pode ser visualizado como uma série de W de ligados
entre si. Se traçarmos uma linha horizontal através do centro da W podemos considerar tudo
acima da linha como expansiva e tudo abaixo da linha como contracionista. Na mitologia Ifa as
polaridades entre a luz ea luz expansiva contracionista é simbolizado pela polaridade entre os
espíritos masculinos conhecidos como Orisa Okunrin e espíritos femininos conhecidos como
Orisa Obinrin. Estes não são forças independentes que fazem parte de um continuum que emerge
de uma única fonte. No local da onda onde a linha horizontal intersecta a polaridade entre
expansão e contração das polaridades opostas se unem e se tornam um. Em Ifá este lugar de
unidade é simbolizada pelo Uroborus ou a cobra come sua cauda. A cauda representa o falo ea
boca representa a vagina. Na Terra, centralizada religiões ao redor do mundo, ao longo da
história, o momento do organismo é considerado o ponto de unificação. Naquele momento
Natureza abraça a possibilidade de re-criação, é o momento da concepção. Em Odu Ifa a unidade
entre Osun e Obatalá resultados no nascimento de Esu.

Em um nível pessoal isso significa que quando temos acesso ao poder da oração que nós criamos
a possibilidade de receber e responder do Espírito na forma de visão mística. A fim de tornar este
manifesto visão no mundo precisamos implementar essa visão. O primeiro passo para a
implementação é para abrir a porta que inicia a jornada do herói. Na mitologia Ifa Esu é
considerado o guardião do portal que faz esta viagem possível. Andando pela porta requer
coragem, porque a viagem envolve go completamente deixando de seu antigo eu. Exige desistir
todos os dogmas, todas as idéias preconcebidas, e todas as fronteiras que definem o self. Exige
vivendo em um estado de confusão, desequilíbrio e perda de identidade. Este é o momento mais
terrível que a experiência de seres humanos. É um apelo à coragem é por isso que a viagem é
sempre associado com os Ebora Orisa espíritos guerreiros significado, que nos guiam para Akin
l'ona ou a jornada do herói.

Osun o Espírito do Rio nos dá o segredo de como projetar as nossas orações para o reino da spirt.
Ela faz isso o meu nos empurrando para a idéia de criar uma vida melhor. Obatalá responde a
este impulso, mostrando-nos que uma vida melhor parece. Esu nos dá a coragem de dar o
primeiro passo para tornar a visão do Espírito de uma realidade.
- Com Osakuleya Babalawo, Araba Awo Olusoji Awo Ifakoya Oyekanmi Oyekale
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Esu, O Desenvolvedor de Iwa.

Aleweisise é um nome de Esu, que significa “aquele que faz as coisas acontecerem”.
É utilizado também para se referir a Olodumare, Oba Aleweisise, o Rei que faz as coisas
acontecerem, trazendo então a compreensão da forte relação entre Olodumare e Esu.

Esu é o Orun Olopa ou o policial do céu. Isso mostra o papel maior que Esu tem no panteão dos
Irunmole e na experiência humana e da existência.

É a mentalidade ocidentalizada que sugere que Esu é aquele que engana. Esta idéia reduz a nossa
responsabilidade para os nossos comportamentos. Sugere que há um demônio que nos faz as
coisas negativas que impedem a nossa boa vida, eximindo as nossas próprias fraquezas e
desobediência a Olodumare.

É mais fácil adotar essa postura, fundamentada no cristianismo.


Mas na tradição de Ifa nossa responsabilidade é viver a vida na verdade. Portanto, devemos ver o
profundo impacto que a Verdade de Olodumare tem em nossas vidas. Ifa é a Verdade e a Verdade
é a face de Olodumare.
Precisamos buscar esta formação, o verdadeiro estado de espírito que Ifa está ensinando.

Quando nós, seres humanos viemos ao mundo chamado Aiye, a partir de Orun (céu), estávamos
na companhia de Seres Onisciente pertencentes ao panteão de Orun.
Olorum (Deus) tem, através do amor mais maravilhoso por nós Seus filhos, nos dado a
oportunidade de nos desenvolvermos e crescermos, de modo que a nossa condição na presença
de Olorun seja excepcional e aceitável. Um dos seres com a responsabilidade de ajudar, com esta
tarefa de ser "o desenvolvedor de Iwa" dos humanos é o nosso Baba Esu.

Esu na qualidade de Olopa Orun, o policial do Céu traz à nossa mesa a verdade.
Mas há uma compreensão mais profunda que esta Divindade realiza por Olodumare. Sob a
direção do Eleri Ipin Ibekiji Olodumare, Esu apõe os registros de cada indivíduo, prestando conta
de todos nossos atos, viabilizando ou não a nossa re-entrada ao Orun.
Cada palavra, cada pensamento, cada moção, toda a alegria e dor que temos feito nesta vida
conosco e para com os outros é Esu a divindade responsável pela comunicação da Verdade de
Ifa. E, a fim de realizar esta tarefa Esu tornou-se também o espelho que tem uma luz ligada ao
seu lado, de modo que nada se esconde de sua vista.
"Esu não é apenas o guardião da força vital, mas é sinônimo disso." Esu é o ponto de encontro,
as encruzilhadas que colocam as coisas em conjunto, e junta coisas que estão separadas.
Esu é a energia e voz quando você está no processo de tomada de decisões de um destino; é esse
sentimento de ambiguidade. A voz da indecisão e do Espírito, que diz pra se fazer isso e você
deve fazer isso. Como adoradores e devotos de Ifá é nossa responsabilidade investigar e entender
como esta energia funciona em nossas vidas. O Movimento.

Temos dado oferendas e orações. Rogamos e imploramos a Esu para levar nossas orações a
Olodumare e outros Irunmole. Ainda temos pouca compreensão de como Esu usa a nossa energia
para nos corrigir até a morte. Dissemos a ele para fazê-lo em Orun. Esquecemo-nos disso na
nossa passagem e transição para a vida. É nossa tarefa abrir o nosso Ori como uma nova e
maravilhosa flor para as conversas que tivemos no Orun. Toda noite e dia a nossa oração deve
ser para que também nos permita lembrar a vida de nosso Espírito, em Orun. É importante que
nós invoquemos a presença de Esu e pedirmos essa ajuda.

Mais uma vez a partir de sua posição de centro do mundo, ou seja, Opon Ifá, Esu usa muitas de
suas ferramentas à sua disposição para tornar-se o espelho, o refletor do Ase, o poder de fazer as
coisas acontecerem Aleweilese.

Esu está sempre a coagir o indivíduo a olhar internamente para as escolhas que fazemos trazendo
uma imagem que se assemelha ao acordado por nós antes de entrar em Aiye. Para isso utiliza-se
do Ogo, arma que não aparece em olho nu. O cetro que o transporta e permite que Esu se mova
através do tempo e espaço em um piscar de olhos, portanto Alagongon o proprietário da rapidez.

Iwa não é apenas uma declaração de comportamento ou um status ou posição do mesmo.


Também não é a definição da chave do caráter de um traço distintivo, qualidade ou atributo que o
padrão de comportamento ou de personalidade encontrado em um sinônimo individual.
Deve-se sempre ir a Esu com um coração puro e lembrando que Ori escolheu os elementos-
chave necessários a alcançar nosso destino. A elevação principal do caráter é essencial. Não
temos escolha, nossa conduta traz consequências e responsabilidade. E somente aderindo às
orientações de Ifá e que poderemos voltar a entrar na nossa casa, em Orun.
Oseotura
Èwa faz parte da coletividade de Orisà .
Responsável pelo ciclo contínuo,sua força está concentrada numa cobra que engole a própria cauda, o que
denota um sentido de perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina.
Èwà é o Orisà da alegria, do belo, dos cantos, das maravilhas que formam a vida.É o mistério da cobra
escondida,no veneno que ataca a mordida,após ser surpreendida.Èwá é quem rege todas as mutações, sejam
elas orgânicas ou inorgânicas
É o desabrochar de um botão de rosa, uma lagarta que se transforma em borboleta, água que vira gelo e o
gelo que vira água...é quem faz e desfaz. Èwá é a própria beleza contida naquilo que tem vida é o som que
encanta, é a alegria, é a transformação do mal para o bem. O vir a ser sendo...
"Dança a cobra que cisca para fazer brotar a vida"
Onde ela pisa nasce uma flor,arco-iris que cruza o firmamento... E que com seu chocalho espanta todas as
vibrações negativas,e com seu rastejar troca a energia contida no Orun/Ayê.A dança com Osumare representa
o belo em passos divinizados o arco-íris em movimento.E quando come com Osun,fortalece o ventre-mãe.
Como não ser a rosa que resplandece a esperança em nós,em seus raios solares de cores semelhantes.
O recriar-se através de um olhar voltado à África faz de Éwa Ireti , o fortalecimento na potencialização do do
Ser Belo,Ser Pret@!
A transformação do velho no novo e a circularidade incessante,identificando no descartado, a beleza
reconhecida em meras linhas impressas e sem valor após o vencimento do papel.Ewa é
vida,recriação,transmigração,Ireti/esperança é o caminhar do lixo ao luxo,é a beleza em si,mostrada por si,no
design ancestral...
Ri Ro Èwa!!!!

Asè

Por Kati Èwa Ireti ...

( Esúbiyí Taladè)
<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p
class="text_exposed_root text_exposed" id="id_527ffc9191d875184447165">O RITUAL DE
SACRIFÝCIO NA RELIGIÃO YORUBÁ<BR> PARTE 2<BR><BR> A religião africana,
tratando-se aqui especificamente da vertente yorubá, tem por finalidade, além do
desabrochar da semente de Energia Divina - o Orixá - que gerou a vida da pessoa na presente
encarnação, promover harmonia na sua existência presente na Terra, a fim de que cumpra o
seu carma, da melhor maneira possÃvel.<BR> Num Universo em constante <SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show">movimento, esta
harmonia se viabiliza mediante o intercâmbio energético para restauração do equilÃbrio
de forças que transitam entre o orun (o além) e o ayiê (o mundo material). Esta energia,
contida nos diversos elementos da Natureza - que é viva – denomina-se “axé” e
permeia os reinos animal, vegetal e mineral . Uma das três categorias de axé encontradas no
reino animal é o sangue.<BR> O sangue, veÃculo da Vida por excelência, é considerado
Divino, não pode ser fabricado artificialmente (sangue não é plasma) e é a sagrada
essência da Vida em matéria.<BR> Como religião das mais antigas ainda atuante no
planeta Terra, com suas instruções ritualÃsticas registradas na literatura de Ifá que, segundo
a tradição, foram estabelecidas diretamente pelo Orixá da Sabedoria e Testemunha da
Criação (Orunmilá), mobiliza e transfere axé através de rituais de sacrifÃcio de
várias espécies.<BR> Os sacrifÃcios animais são oferendas que movimentam o fluido vital
liberado – axé - que, atuando num âmbito não-fÃsico, tem o poder de alterar
situações indesejadas na vida humana. Há uma crença simplória e não destituÃda de
preconceito maldoso, que identifica um suposto primitivismo dos Orixás como “espÃritos
apegados ao ato de comer”.<BR>Como Forças / Energias da Natureza, é óbvio que os
Orixás não necessitam de comida e, muito menos, de sangue. O sangue é o fluido vital que
corre nas nossas veias nos assegurando a sobrevivência e é inerente à vida orgânica na
Terra. Mediante os rituais de sacrifÃcio, no momento em que a Vida é liberada, este sagrado
fluido vital é transferido e usado para operar, sanando o problema do ser humano
necessitado.<BR> Quem afirma que esta prática pode estar superada, alegando que os mesmos
resultados podem ser obtidos sem derramamento de sangue animal, desconhece o que seja axé.
Pode até estar inventando uma nova religião mas, certamente, não estará lidando com a
energia dos Orixás.<BR> Os sacrifÃcios animais praticados pela religião yorubá, além de
movimentar e utilizar axé, servem para alimentar as pessoas, uma vez que a carne é, na
quase totalidade das vezes, consumida como alimento.<BR> Ali o animal é encaminhado de
forma indolor, com rezas, respeito e gratidão. Nenhum sacrifÃcio é realizado de forma
leviana e jamais o sangue é derramado em vão. Uma religião multi milenar que venera a
Mãe Natureza (Onilé) só poderia respeitar a vida animal e encará-los como nossos
parceiros na saga da vida terrestre.<BR><BR> Muito nos surpreende a veemência com que
pessoas que ignoram esses fundamentos e, incapazes de resolver as situações gravÃssimas
com que a religião yorubá muitas vezes se defronta e soluciona, atacam a prática do
sacrifÃcio ritual como “incivilizada”.<BR>Civilizada é, para eles, a situação dos
matadouros que fornecem carne de animais crescidos e torturados em confinamento para saciar a
simples gulodice das classes mais abastadas no seu dia a dia e inclusive nas suas festas
religiosas. São as touradas na Espanha católica, os safáris e caçadas na Inglaterra
protestante. As brigas de galo e de cães.<BR> Civilizado é o consumismo de caros
acessórios de couro e pele. Curiosamente, não se costuma questionar como e por que animais
são mortos quando se trata de algum petisco gastronômico, um sapato ou casaco de couro ou
uma forração de pele que não salvam a vida ou restabelecem a saúde de alguém, mas se
destinam exclusivamente a saciar a sua vaidade.<BR> Vista grossa se faz para o tráfico e
extinção de animais exóticos, para os pássaros em cativeiro enfeitando gaiolas
domésticas e a tortura a que são submetidos os animais marinhos.<BR> Mais grossa ainda,
para a intolerância com que o Cristianismo - a religião que, segundo eles, veio implantar o
amor na Terra - dizimou civilizações inteiras em vários continentes e assassinou centenas
de pessoas, durante séculos, nas fogueiras da Inquisição. Discriminar e perseguir a
religião alheia é, certamente, um crime bem mais grave do que oferecer animais aos Deuses
e, posteriormente, comê-los.<BR> A religião yorubá não é hipócrita e não tem a
pretensão de criar na Terra condições de vida que ignorem o ciclo da Vida e da
Morte.<BR> Enquanto estivermos encarnados em matéria, nestes corpos fabricados pela
Terra, onde corre sangue como fluido vital em nossas veias e ininterruptamente seres vivos
comem uns aos outros para sobreviver, dentro e fora dos nossos corpos onde a própria Terra
é um manancial de Vida proveniente de um grande cemitério, alimentada por todos os
corpos animais e vegetais que aqui se decompuseram desde o inÃcio dos tempos, constataremos
que, mesmo as plantas estão impregnadas de sangue - qualquer pretensão que transgrida
essas Leis, será, no mÃnimo, utópica.<BR> Por Ifa Aduroja Abayako Korede Oya Gbemi
Eliane Haas</SPAN></DIV>_

<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><p


class="text_exposed_root text_exposed" id="id_527ffcf02fc9b8982567867">O RITUAL DE
SACRIFÝCIO ATRAVÉS DOS TEMPOS... <BR> - PARTE 1<BR><BR> O sacrifÃcio de
animais é a mais antiga expressão de re-ligação com o Divino e presente em todas as
civilizações da Terra, tendo sido praticado em todos os continentes. Este ritual data da
época em que, segundo os mitos, os “deuses habitavam a Terra” e ensinaram aos
humanos esta forma de conexão e culto à Divindade Suprema através das suas m<SPAN
class="text_exposed_hide"></SPAN><SPAN class="text_exposed_show">últiplas formas de
expressão.<BR><BR><BR> Sua prática é historicamente conhecida dentre egÃpcios,
gregos, romanos e todos os povos do Mediterrâneo e do Oriente Médio.<BR> Tendo como
base achados arquelógicos, podemos constatar que na totalidade das civilizações das
Américas, do Alasca à Patagônia, a prática dos sacrifÃcios animais foi uma constante.
Incas, maias, astecas, nos seus perÃodos de franca decadência, recorreram também a
oferendas humanas. Aliás, a prática sacrificial dos povos derrotados em guerra foi uma
constante em quase todas as civilizações da Terra, inclusive dentre as diversas etnias do
nosso atual Brasil.<BR><BR> O Yajurveda, um dos quatro Vedas, contém grande parte da
liturgia e dos rituais necessários para a prática religiosa hindu, incluindo os ritos sacrificiais.
No perÃodo de 1000 a 800 a.C., o HinduÃsmo passou a basear seu sistema de crenças na
constante necessidade de sacrifÃcios. A população podia consumir a carne apenas de animais
abatidos por sacerdotes. Neste perÃodo surgiu no HinduÃsmo o sistema de castas, o conceito de
Carma, reencarnação e a concepção de que almas animais podiam evoluir até a
condição humana.<BR> Textos como o Ramayana e outros demonstram que os sacrifÃcios
de animais eram comuns na prática religiosa hindu. Mais tarde, com o advento de novas
concepções religiosas, os sacrifÃcios foram abandonados, em sua maior parte. Por não ser,
no entanto, uma religião organizada, o HinduÃsmo permite uma variedade de rituais
nitidamente destoantes. Enquanto que na maior parte dos lugares os Templos abriguem animais
desamparados e os devotos lhes ofereçam alimentos como parte de seu rito, em outras
regiões cadáveres humanos expostos acabam sendo consumidos pelos mesmos animais por
eles preservados.<BR> Devido a profunda ignorância em que decaÃram muitas
concepções religiosas no seio das populações mais primitivas da Ýndia, de vez em
quando ocorrem intervenções policiais detendo pessoas que tentam oferecer sacrifÃcios
humanos, principalmente à deusa Kali.<BR> É um ironia que, justamente na terra que, para
todos os efeitos, prega o vegetarianismo e a não violência (embora seja, na prática, onde
sangrentos distúrbios determinem a tônica polÃtica) degenerações desta ordem se
manifestem.<BR> SacrifÃcios eram, e por vezes ainda são, também praticados no seio das
antigas religiões da Ásia. Confúcio descreve a existência de sacrifÃcios na China do
século VI a.C.<BR> No Islam, o perÃodo de peregrinação à Mecca (Hajj) é marcado
por um rito sacrificial denominado Eid-ul-Adha (comemoração do sacrifÃcio). Este sacrifÃ-
cio lembra que Abraão esteve prestes a sacrificar seu filho (que, de acordo com a tradição
muçulmana não era Isaac, mas Ismael) e, passando na prova de obediência a Deus, acaba
oferecendo um animal surgido de repente mediante intervenção divina. Na peregrinação,
quem tem condições leva um cabrito, uma cabra, uma ovelha, um camelo ou uma vaca, para
serem sacrificados. A carne destes sacrifÃcios é compartilhada com a famÃlia e os amigos e
um terço é dada aos pobres. Todos estes preceitos estão contidos na Surata Al-Hajj (o
capÃtulo do Al-Corão que trata da peregrinação a Mecca).<BR> No Al-Corão (22:37)
está explicado que Deus não se beneficia da carne nem do sangue dos animais que são
sacrificados, mas que a fé do devoto e sua boa intenção é que são considerados. O
animal deve ser abatido tendo sua jugular cortada e seu sangue drenado. Não é permitido
supliciar o animal. Só assim esta carne é considerada “halal” - própria para
consumo.<BR> O sacrifÃcio animal sempre existiu entre os hebreus, muito antes da entrega da
Torah (Lei recebida por Moysés no Monte Sinai). Caim e Abel, Abraão e filhos, Noé e
famÃlia, todos ofereciam sacrifÃcios. Quando as leis de sacrifÃcio foram entregues aos filhos
de Israel na Torah, a pré existência de um sistema de oferta de sacrifÃcio foi então
regulamentado e praticado no Templo de Jerusalem. Esta prática foi interrompida no ano 70 da
era atual, devido à destruição do Templo pelos romanos.<BR> Como a Torah autoriza os
rituais de sacrifÃcio exclusivamente naquele local (Deut. 12:13-14), sòmente com a chegada do
Messias e o conseqüente restabelecimento deste local de culto, os sacrifÃcios poderão ser
retomados. Como o JudaÃsmo não reconhece poder centralizado, certa vez um grupo de
rabinos emitiu parecer para a prática de sacrifÃcios em outro lugar e algumas comunidades
retomaram esta prática em ocasiões especÃficas.<BR> No entanto, a maioria baseou-se na
Torah para se pronunciar contra e os sacrifÃcios rotineiros cessaram. Por enquanto os judeus
realizam serviços de oração para a vinda do Messias, a restauração do Templo e o
restabelecimento dos rituais que a Torah preconiza, incluindo os sacrifÃcios.<BR><BR> Os
judeus procedem hoje o ritual de abate de animais para alimentação da mesma forma
respeitosa com que realizavam os sacrifÃcios, com rezas e uma lâmina afiada que cause morte
rápida e indolor.<BR><BR><BR> Vamos encontrar na Lei judaica os três conceitos
fundamentais subjacentes ao sacrifÃcio (Korban) que norteiam as Leis de sacrifÃcio também
nas religiões africanas atuais : doação, substituição e louvor.<BR> O primeiro aspecto
é a doação: o sacrifÃcio exige a renúncia de algo que de melhor pertence à pessoa que
está ofertando. Assim , os sacrifÃcios são realizados com animais domésticos que sirvam
para alimentação. Animais selvagens estão excluÃdos, por não constituÃrem patrimÃ
´nio. Os objetos de sacrifÃcio devem ser fisicamente perfeitos, sem marcas ou lesões,
preferivelmente jovens e sadios.<BR> Também a oferta de alimentos, na forma de cereias
(minchá) e derivados, por exigirem trabalho / sacrifÃcio no seu preparo. Representa a
devoção dos frutos do trabalho do homem para o seu Criador, algo obtido e confeccionado
através do seu próprio esforço. Dentro deste mesmo princÃpio há também a oferta de
bebida (nesekh) .<BR> O de substituição é a idéia de que o objeto que está sendo
oferecido é um substituto para a pessoa que faz a oferta. A oferta substitui o ofertante em
sistema de troca. Trata-se de um procedimento bem comum nos rituais de Magia.<BR> O
terceiro é a idéia de reverência e homenagem, com a finalidade de estabelecer
aproximação com o Divino, como gesto de amor de gratidão. Esta oferenda, ao invés de
ser consumida como alimento é completamente queimada no altar exterior, pois representa a
completa submissão à vontade de Deus, expressando o desejo de comunhão com Ele.<BR>
Embora o Cristianismo, ao se estabelecer como religião, não tenha adotado sacrifÃcios
animais como prática ritual, os cristãos primitivos, sem dúvida, praticavam sacrifÃcios no
Templo de Jerusalém até a sua destruição.<BR> Jesus e seus pais quando se dirigiram
ao Templo (no conhecido episódio em que ele discutiu a Torah com os sacerdotes), para lá se
encaminharam com a intenção de participar do ritual da páscoa (Pessach), que òbviamente
incluÃa o oferecimento de um animal para sacrifÃcio.<BR> Há, no entanto, resquÃcios de
práticas sacrificiais na tradição católica ibérica como podemos verificar na selvageria
das touradas e nos “sacrifÃcios” humanos impostos pelo Santo OfÃcio, à tÃtulo de
expiação de pecados.<BR> A teologia cristã estabeleceu que todos os sacrifÃcios teriam
sido substituÃdos pelo sacrifÃcio de Jesus na crucificação e a mera fé neste fato conduz o
devoto à sua salvação. No entanto, o culto e a eucaristia são práticas que remontam ao
sacrifÃcio, representando o vinho o sangue e a hóstia a oferenda de carne ( no caso católico).
O simples fato de Jesus ter sido considerado uma oferenda válida, demonstra, porém, que o
Cristianismo aceita, teologicamente, a validade dos sacrifÃcios.<BR> Com efeito, sem a idéia
de que Jesus serviu como cordeiro sacrificial para expiar os pecados do mundo, o Cristianismo
ficaria destituÃdo do seu sentido de existência.<BR> Por Ifa Aduroja Abayako Korede Oya
Gbemi Eliane Haas</SPAN></DIV>_
*Irmãos Iorubá Alakija.
Os homens mais ricos da comunidade brasileira, ou seja, ex-escravos do Brasil que voltaram a África,
mandavam seus filhos para estudar na Europa ou na Bahia. Assim se formaram os primeiros médicos e
advogados da Nigéria, como Plácido e Honório Assumpção. As carreiras de funcionário do governo colonial
inglês e em empresas estrangeiras atraíam muito dos chamados "brazilian descendants". Os irmãos acima
adotaram o nome iorubá Alakija. Parte da família voltou para a Bahia no começo do sec. XX. (Documento da
família fotografado por Pierre Verger).
https://www.facebook.com/photo.php?
fbid=672301779469313&set=a.649694841730007.1073741828.649498868416271&type=1&ref

=nf
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Ìyámì Ò s òròngá não é um orisá, mas sim uma energia ancestral coletiva feminina, cultuada
pelas GÈLÈDÈ; Sociedade feminina fechada da Ìyámì El é ey e (minha mãe senhora dos
pássaros), representada pela máscara dos pássaros. A sociedade Ò s òròngá congrega as àjé
feiticeiras que têm poderes de se transformarem em determinados pássaros è hurù, e luùlú,
àtióro, àgbìgbò e ò s òròngà, este ultimo refere se ao próprio som que a ave emite, e da nome a
Sociedade. Exercem sua força máxima nos horários mais críticos, meio-dia e meia-noite,
ocasiões em que é preciso muita cautela para que elas não pousem na cabeça de ninguém.
Extraído do maravilhoso ensaio "As Senhoras da Noite" de Marco Mattos.
INGREDIENTES DO ATIM
Açucar mascavo
Cinzas de carvão vegetal
Orogbô ralado
Obi. Ralado
Dandâ da Costa ralado
Lelecum. em pó
Canela, em pó
Sandalo em pó
Erva.doce
Aridã ralado
Noz-moscada ralada
Pitchuri em pó
Corimã ralada
Folha de capeba seca.
As Kuras de Fechamento de Corpo

Em algumas casas des Keto , a Kura é tomada como infusão de ervas.

Porém na maioria das Casas de Candomblé, as Kuras de origem africana, são feitas como incisões ou talhos, e
nesse talhos são colocados pequenos punhados de ATIM, que é feito conforme explicação abaixo, para que esse
ATIM penetre no corpo e o guarneça de males exteriores anviados contra a pessoa.

Normalmente, as Kuras são feitas no peito, dos dois lados, nas costas, também dos dois lados e no braço .
Além dessas, na feitura do Santo, abre-se o FARIM, que é uma Kura no centro do ORI, do Yawo, e na sola dos pés,
fazendo ainda, alguns zeladores, uma kura na língua de seus Yawos, para que os mesmos não comam de comidas
trabalhadas, e se comerem, para que essas comidas não lhe façam mal.

PREPARO DO ATIM

OBI RALADO / OROGBO RALADO / DANDÁ DA COSTA RALADO / SÂNDALO EM PÓ

CANELA EM PÓ / ERVA-DOCE / CARVÃO / NOZ MOSCADA RALADA / ARIDÁN RALADO

LELECUM EM PÓ / PITCHULIM EM PÓ / AS FOLHAS DO SANTO DA PESSOA, SECAS E

SOCADAS, PARA SE OBTER O PÓ.

Coloca-se tudo num vidro ou qualquer outro recipiente fechado, para não perder o aroma. O ATIM tem outras finalidades, como
seja, a de se espalhar pela casa para limpá-la e a de soprá-lo antes de começar os trabalhos, etc.

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SIGNIFICADO DO AZEITE DE DENDÊ .

O azeite de dendê tem a função de legitimar como africana a religião dos Orixás,
porque é consumido exclusivamente pelo Candomblé. Tornou-se, então, o símbolo
do sangue africano. Sua árvore representa a própria África no Brasil.
Também chamado de "epô pupá", pelos iorubás, ou de "mazi", pelo povo bantu, é
um óleo de cor vermelho-amarronzada, extraído por prensagem do fruto do
dendezeiro.
É muito utilizado para os Orixás denominados "quentes e aguerridos", que
participam ativamente da casa de Candomblé em quase todos os momentos, a
começar por Exú e Ogum. O seu uso, contudo, não é exclusivo destes dois Orixás.
Também ao ser humano é dado o privilégio de saboreá-lo, como ingrediente
principal ou como coadjuvante em variados tipos de comida....
Possuidor de um aroma exótico e forte, tem a relevante função de ser propulsor da
energia, do dinamismo e da vitalidade da cor vermelha, representando o
movimento. Mas também produz a calmaria e o apaziguamento ao ser oferecido
àqueles Orixás que se caracterizam pelo aspecto turbulento e aguerrido, como
Ogum e Exu. Neste aspecto, o azeite de dendê serve como um símbolo que
distingue os Orixás, agindo como um divisor dentro da religião e do sistema
simbólico dos Orixás. De um lado, estão os denominados "Orixás do dendê" e, do
outro, os chamados "Orixás funfuns", que não aceitam o azeite de dendê. Porém,
dentro deste panteão existem alguns Orixás que aceitam pequenas porções do
azeite de dendê, produzindo assim um contrabalanço entre a placidez e a sua
personalidade dinâmica e enérgica.
Dentro de uma casa de Candomblé, além do uso na culinária, o dendê tem várias
outras utilidades porque participa também da confecção de sabão e de velas,
reforça alguns assentamentos, lubrifica ferramentas de certos Orixás, amacia o
couro dos atabaques etc.
O consumo do azeite de dendê reforça sempre as raízes africanas em nossas vidas,
e nos permite ver essa cultura advinda de outros povos reinterpretada em nosso
dia-a-dia, trazida de além-mar e nos oferecendo seu cheiroVer mais

<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><SPAN


class="userContent">ESU - A PEDRA PRIMORDIAL DA TEOLOGIA YORUBA<BR> por
Awofa Ifakemi Miguel<BR><BR> Bons Pensamentos<BR><BR><BR><BR> É muito triste
para nós, que praticamos a Religião dos Òrìsà , ver a forma com que ela é tratada, com
sinais pejorativos, nos meios religiosos e mais populares da imprensa. Uma grande maioria de
pessoas nunca se preocupou em buscar informações adequadas quanto as Origens e PrincÃ-
pios desta Doutrina Religiosa para tecer suas opiniões. <BR><BR> Veja que refiro-me Ã
Religião dos Òrìsà e não aos Cultos Afro-brasileiros que receberam o nome de
Candomblé e Umbanda. Portanto, peço que não seja confundida pelo simples fato de
possuir nomes parecidos, ou carregarem como estandarte o nome dos Òrìsà . <BR><BR> A
Religião dos Òrìsà é Puramente Tradicional aos Costumes Religiosos do Povo
Yorùbá, que vivem no Oeste Africano, em um território que compreende parte da República
Federativa da Nigéria, República de Benin e Togo. <BR><BR> Há, na Religião dos
Òrìsà , uma Filosofia de Vida Extremamente Pura, onde se busca conhecer, estudar, e utilizar
as Forças e os Elementos da Natureza. Para vários Elementos, e Forças, da Natureza foram
criados arquétipos humanos e transformados em Divindades, no intuito de buscar o auto
conhecimento. Buscar o sentido de uma encarnação, de uma passagem pela vida terrena e
também explicações para várias situações vividas. <BR><BR> Estudiosos e
pesquisadores de origem Yorùbá, há aproximadamente 6.000 anos, vem analisando o
comportamento humano, configurando os arquétipos da personalidade e caráter das
Divindades, com base naquilo que vão presenciando e vivendo. Formaram uma
configuração de 4096 lendas que recebem o nome de Odù, e que um Sacerdote, que deseja
recebe o TÃtulo de Babaláwo deve conhecer profundamente, para poder dar diagnósticos dos
acontecimentos vividos por aquele que tenha intenção de Consultá-los. <BR><BR> Sabem,
estes Estudiosos Sacerdotes Babaláwo que, a vida é cÃclica, e os fatos estudados, e
configurados nas lendas dos Odù, vão se repetir na Vida de outros. Cientes disso preparam-se,
pelo estudo e conhecimentos das lendas e, quando consultados, sabem de antemão o que esta
previsto nos acontecimentos futuros, em decorrência da situação para que eram
consultados. Aconselham então as mudanças de atitudes necessárias para que os fatos
desagradáveis das lendas não tornem a acontecer. Aconselham que sejam feitas oferendas
para as Divindades, a fim de que, Elas, como Emissárias de Deus na Terra, propiciem os
acontecimentos desejados, ou a reversão de um fato desagradável apontado pela lenda do
Odù, que o ciclo faria acontecer novamente. <BR><BR> Esta é a maneira de utilização
dos sistemas Oraculares, que recebem o nome de Ifá. Várias são as formas dos Oráculos
de Ifá, mas a sistemática para obtenção do aconselhamento Divino é uma só. A que
sintetizei anteriormente. Quem estuda as Tradições Religiosas Yorùbá irá encontrar uma
semelhança muito grande, posso até dizer que, exagerada é essa semelhança, com os
estudos esotéricos e holÃsticos que hoje revolucionam o Planeta, onde a Ciência comprova,
e atesta, a Fé. <BR><BR> A opinião pública popular transformou várias Figuras e
geraram controversas, opostas a Tradição Religiosa dos Òrìsà .Uma dessas figuras
deturpadas é a da Divindade Èsù (Exú). <BR><BR> ÈSÙ é a DIVINDADE DA
VIDA, DO MOVIMENTO E DA AÇÃO. PRIMOGÊNITO da Criação, portanto é o
primeiro ser Criado por Elédùmarè.<BR><BR> Elédùmarèé o Deus Único e
Supremo. Onipotente, Onipresente e Onisciente. Na mitologia Yorùbá somente três
Divindades são capazes de Suportar o Esplendor de Elédùmarè, são elas: ÈSÙ,
ÒRÚNMÌLÀ (DIVINDADE DOS ORÁCULOS IFÁ) E ÒSÉÈTURÀ. Nenhuma
outra Divindade poderá estar "diretamente" diante, ou na presença, de Deus. <BR><BR> Ã
‰ ÈSÙ quem forma a Santa Trindade Yorùbá, juntamente com Obà tálá e
Odùduwà . Semelhantemente, o Cristianismo utilizou-se de uma Trindade parecida, onde
citam: Pai, Filho e EspÃrito Santo. A Trindade Yorùbá é composta pelas duas primeiras
figuras criadas "de" Elédùmarè, ou seja, Obà tálá, o princÃpio masculino da
Criação, e Odùduwà , o princÃpio feminino. O terceiro elemento, como ser criado
"por” Elédùmarè, é o Filho, ÈSÙ, gerado de um montÃculo de barro, que
Elédùmarè ficou fascinado pela beleza dele. Podemos então assemelhar a lenda da
criação de Èsù, com a lenda da criação de Adão. Por este motivo, encontramos em
Cuba, Èsùsincretizado com o Menino Jesus, pois em todas as lendas Èsù sempre é citado
como um jovem adolescente, com todas as propriedades caracterÃsticas de personalidade que
essa faixa etária permite ter. <BR><BR> Assim, ÈSÙ e ÒSÉÈTURÀsão os
Mensageiros de todas as outras Divindades, e é claro, são Eles que conduzem os pedidos dos
Homens até Deus, e voltam com as "respostas". Também são os únicos que tem acesso
livre do Òrun (o Além) para o Àiyé(O Mundo). Èsùleva o pedido, a solicitação, o
desejo dos homens, e Òséèturà leva as oferendas, só formando esse par é que são
aceitos na presença de Deus. <BR><BR> Notem que a concepção Religiosa da Divindade
ÈSÙ (Exú) está muito distante da concepção popular pejorativa formada, e divulgada,
no Brasil. Com os conhecimentos que as Divindades Yorùbá são Forças e Elementos da
Natureza, e não seres espirituais, e também cientes que o homem não gera somente seres
humanos, de corpo fÃsico, de carne e osso, os Sacerdotes Babaláwo observaram, por análise,
que o homem também gera seres energéticos, que convivem a sua volta e coabitam suas
residências. Muito semelhante ao que os esotéricos chamam, e denominam, por Egrégora.
<BR><BR> Esse ser criado, a partir da Energia do Pensamento Humano, convive e mora nas
residências dos homens. Para essa Egrégora, os Yorùbá dão o nome de Èsù OnÃlé.
Ou seja, a tradução literal é OnÃlé= Dono da Casa. Portanto, Èsù OnÃléé um
ser energético criado a partir da Energia do Pensamento de Todas das Pessoas que habitam um
lar. Èsù OnÃlé é merecedor de um Altar de Louvor, que recebe também o nome de
Ojúbo, e é colocado o mais próximo da porta, ou passagem de entrada, das residências
Yorùbá. Ali Ele recebe oferendas de comidas e rezas, no sentido de manter o equilÃbrio, a
paz, a harmonia, a saúde, a prosperidade, a fartura daquele lar. Porém, temos que notar:
Èsù OnÃlépode ser bom ou ruim, ágil ou estático, saudável ou doente, guerreiro ou
pacÃfico, e assim sucessivamente, em decorrência da energia do "pensamento" das pessoas que
habitam aquele lar, que o criaram, o desenvolvem, ou o mudam. Èsù OnÃléestá sempre
em desenvolvimento e mutação, é óbvio que, em decorrência dos atos e pensamentos
dos que o mantém, por isso ele é um Èsù, pois Èsùé Vida, é Movimento, portanto
é tudo o que pode acontecer naquele ambiente. Èsù OnÃlénão muda de residência ou
habitação. Quando uma famÃlia se muda de residência, Èsù OnÃlépermanece onde foi
criado, e aqueles que vierem a residir futuramente naquela casa, irão estar sobre a influência
do Èsù OnÃléque a antiga famÃlia, ou pessoas, formaram e configuraram. Desta forma,
toda casa, toda construção civil tem um Èsù OnÃlé, seja ela uma construção
residencial ou comercial. <BR><BR> Posso também aproximar Èsù OnÃlé das
chamadas Larvas Espirituais, velhas conhecidas pelos adeptos das Doutrinas de Kardec. Larvas
que, segundo essa Doutrina, se movimentam vivas, pelas paredes das residências. Quando
Èsù OnÃlé é criado a partir de uma energia ruim, pesada, desagradável, pessimista,
inerte, configura-se parecidÃssimo com as larvas, que deprimem os habitantes de uma casa, seja
ela comercial ou residencial. Posso afirmar com toda segurança que, um imóvel que possua
um Èsù OnÃléruim, mal formado, nunca será um imóvel claro, por mais lâmpadas que
se mantenham acesas. Será um imóvel "doente" energeticamente, merecedor de terapias e
tratamentos apropriados. Muito trabalho e dedicação são necessários por todos que vivem
em uma casa, para manter Èsù OnÃléequilibrado. Pior é quando se vai viver em uma casa
onde os antigos moradores geraram um Èsù OnÃlé sobre bases de energias ruins e pesadas.
A transformação dele requer extrema dedicação e perseverança, muita força do
pensamento, muito otimismo, muita Fé na reversão do quadro. Mas é plenamente possÃ-
vel a mudança de estado emocional do OnÃlé. <BR><BR> O que pretende mostrar a
Religião dos Ã’rìsà , com essa apresentação ritualÃstica toda, é que, um Lar, ou um
ambiente de trabalho, harmonioso, saudável e próspero, é formado pelos bons pensamentos
e atitudes das pessoas que convivem nele. Pessoas alegres, sorridentes, otimistas, saudáveis,
religiosas irão viver o progresso, tanto espiritual quanto material, em um equilÃbrio quase
perfeito. Com esse objetivo, essa Cultura Religiosa faz louvores e oferendas à Deus, através
daquilo que convencionou chamar por Èsù OnÃlé. <BR><BR> Este conhecimento, do
Povo Yorùbá, faz parte da Filosofia da Religião dos Òrìsà e que se assemelha com
muitos outros estudos esotéricos, ou também filosóficos de outras Religiões. Essa é
outra Verdade Religiosa envolvendo uma Doutrina Singular, que é a Doutrina dos Òrìsà , e
não a versão pejorativa, mais conhecida popularmente, imposta pelos que nunca nela se
aprofundaram.<BR><BR><BR><BR>
********************************************<BR><BR><BR><BR> ESU A PEDRA
PRIMORDIAL DA TEOLOGIA YORUBA<BR><BR> ESU OTA ORISA<BR><BR> Esu a
pedra fundamental do Orisa<BR><BR> ESU OFI OKUTA DIPO IO<BR><BR> Esu transforma
o sal em pedra<BR><BR><BR><BR> 1. "O PRINCIPIO ERA A PEDRA"<BR><BR> Em
todos os momentos da vida dos afro-descendentes que cultuam Orisa, a terra é o elemento
mais importante a ser reverenciado e, em conseqüência disso, a pedra, o fruto da
condensação da terra, a desagregação particulada e formadora do microcosmo
Yoruba.<BR><BR> Essa singularidade pode ser vista na gênese Yoruba, amplamente
documentada, por diversos autores.<BR><BR> Olodunmarê após um tempo imemorial de
inércia resolve criar o mundo, e sua primeira criação é a pedra primordial chamada por
ELE de Esu Yangi e, posteriormente, de Esu Obasin, cultuado até os dias de hoje em Ile
Ifé.<BR><BR> Pode-se dizer que sem pedra "Ota" não há Orisa.<BR><BR> KOSI
OKUTA<BR><BR> KOSI ORISA<BR><BR> "Sem pedra<BR><BR> Sem
Orisa"<BR><BR><BR><BR> KOSI ESU<BR><BR> KOSI ORISA<BR><BR> "Sem
Esu<BR><BR> Sem Orisa"<BR><BR><BR><BR> Todo Orisa tem que, obrigatoriamente, ser
assentado em uma pedra ou em algum material que dela tenha vindo; exemplo: o ferro em que se
assenta Ogun é a transmutação da pedra, transformada em ferro por intermédio do fogo.
Dessa forma pode-se dizer que Ogun é assentado na pedra.<BR><BR> Outro aspecto
interessante é que o corpo humano é composto de vários elementos, e entre eles um dos
mais importantes é o barro modelado por Ajala, onde, posteriormente, é inserido por
Obatala, o Bara, o ESU do movimento.<BR><BR> Outro aspecto de grande importância
relacionado à terra é o Ikomojade (imposição de nome ou batismo). Nele o pai pega a
criança e coloca o pé dela sobre a terra fofa, especialmente preparada para o momento,
recitando o seguinte verso de Ifa:<BR><BR><BR><BR> Yoruba<BR><BR> ILÃ
‰<BR><BR> A O GBE OMO, AO FI ESE OMO NAA TE ILE,<BR><BR> A O WA WURE
BAYI PE,<BR><BR> ILE REE O,<BR><BR> ILE OGERE,<BR><BR> ILE NI A NTE KI A
TO TE OMI,<BR><BR> A KI NBINU ILE KI A MAA TE,<BR><BR> BI O BA NRIN NILE
KI OMO ARAYE MA BINU RE,<BR><BR> A KI NBALE SOWO KI A PADANU,<BR><BR>
GBOGBO OHUN TI O BA DAWOLE LORI,<BR><BR> ILE AYE YI,<BR><BR> KO NI
PADANU.<BR><BR><BR><BR> Português<BR><BR> Terra<BR><BR> Os pais pegam a
criança e colocam o pé dela sobre a terra, iniciando a recitação. Eles chamam o nome da
criança e falam:<BR><BR> 1. (Nome da criança) Aqui está a terra,<BR><BR> 2. A terra
que está espalhada pelo universo,<BR><BR> 3. É nela que se pisa
primeiramente,<BR><BR> 4. Antes de se pisar na água.<BR><BR> 5. Ninguém que tenha
ódio da terra,<BR><BR> 6. Priva-se de pisar nela.<BR><BR> 7. Quando você anda sobre a
terra,<BR><BR> 8. Os seres humanos não terão ódio de ti.<BR><BR> 9. Todos que fazem
negócios com a terra lucram com ela,<BR><BR> 10. Tudo que você se propor a fazer na sua
vida,<BR><BR> 11. Não será em vão, você lucrara na vida.<BR><BR><BR><BR>
Portanto, é muito claro que Esu foi criado por OLODUNMARÊ, da matéria primordial e
divina da qual, posteriormente, ELE fez todos os Orisa. A mesma matéria que daria forma Ã
toda existência divina, assim como toda a humanidade que, um dia, Ikú "a Morte"
devolverá à esta lama primordial.<BR><BR> Assim, Yangi é o primeiro ser criado da
existência e passa a ser o sÃmbolo primal dos elementos criados.<BR><BR> Yangi é
conhecido como "Esu Agba”, o Ancestral primordial, e seus assentamentos mais antigos e
tradicionais eram simples pedras de laterita vermelha, colocadas no chão, onde eram feitas suas
oferendas e sacrifÃcios.<BR><BR> Em alguns lugares, como a Orita Meta ou a Encruzilhada de
Três caminhos, a laterita vermelha está cercada por 7, 14 ou 21 pedaços de ferro
enferrujados.<BR><BR> Na cidade de Ile Ife, pode-se ver o assentamento de Esu Yangi como o
descrito acima.<BR><BR> Para se chegar a casa de OBATALA, entra-se em uma rua que vai
exatamente até a entrada, e acerca de 10 metros antes da entrada, a rua principal abre-se em
duas outras ruas laterais, formando um . No meio do vértice do está a casa de OBATALA, e
na ponta do vértice o assentamento de Yangi, uma montÃculo de cimento armado com uma
laterita fincada no alto. ** <BR><BR> Yangi é por excelência o sÃmbolo da existência
diferenciada e, em conseqüência disso, o elemento dinâmico que leva à propulsão, Ã
mobilização, à transformação e ao crescimento.<BR><BR> Ele é o principio dinÃ
¢mico de tudo que existe e do que virá existir.<BR><BR><BR><BR> 2. OS MÚLTIPLOS
NOMES E FUNÇÕES DE ESU<BR><BR> Um mito relata como, em função de seu
poder, Esu se descontrola, e começa a devorar toda a preexistência, sendo então obrigado
por Orunmila, após uma longa perseguição, a vomitar tudo de volta.<BR><BR> Tendo sido
cortado em milhares de pedaços, transforma-se no + 1, ou em 1 multiplicado pelo infinito.
Neste caso, ele é Esu Okoto, o Caracol agulha, cuja estrutura óssea espiralada parte de um
ponto único, abrindo-se para o infinito, e nos dá a idéia do crescimento, da evolução e
da multiplicação, tendo-se tornado o sÃmbolo da restituição e da recomposição,
tornando-se Oba Baba Esu, Esu agbo, o Rei e o Pai de todos os Esu, gerados por seus
pedaços.<BR><BR> Durante muitos anos conviveu-se com uma pretensa superioridade
cultural, racial, religiosa na África e na região dos Yoruba que provocou guerras étnicas,
fato que repercute ainda nos dias de hoje.<BR><BR> A suposta ação evangelizadora
desarticulou sofisticadas estruturas religiosas, imprimindo aspectos negativos e demonÃacos Ã
imagem de Esu que, ainda hoje, habitam o universo religioso e pratico dos mais renomados
Baba/Iya.<BR><BR> A perda dos valores primais africanos foi causada, sobretudo, pela
escravidão, e posteriormente pela miscigenação com as seitas espÃritas cristãs,
permitindo assim que os mais sérios seguidores do Orisa ressaltem os aspectos negativos dos
demônios, referindo-se a Esu como:<BR><BR> Exu Lucifer, Exu Tranca Rua das Almas, Exu
sete poeiras do inferno, Exu Rei das sete encruzilhadas, ou mudam seu sexo, Exu Pomba Gira ou
Exu Maria Padilha.<BR><BR> Os nomes e atributos deste importante Orisa do panteão
Yoruba não permitem interpretações errôneas como as perpetuadas pela inércia e
ignorância de pseudos experts em cultura Yoruba.<BR><BR> Nomes<BR><BR>
Atributos<BR><BR> ESU YANGI<BR><BR> O primeiro da criação, a laterita
vermelha<BR><BR> ESU AGBA<BR><BR> Aquele que é o ancestral<BR><BR> ESU
IGBA KETA<BR><BR> O dono da cabaça, o Igba Odu<BR><BR> ESU
OKOTO<BR><BR> O dono da evolução, o caracol.<BR><BR> ESU OBASIN<BR><BR>
O pai de todos os Esu<BR><BR> ESU ODARA<BR><BR> O Esu da felicidade<BR><BR>
ESU OJISE EBO<BR><BR> O Esu que leva as mensagens ao Orisa<BR><BR> ESU
ELERU<BR><BR> O Esu que leva o carrego dos iniciados<BR><BR> ESU
ENUGBARIJO<BR><BR> O Esu que trás a prosperidade<BR><BR> ESU
ELEGBARA<BR><BR> O Esu que detém o poder da transmutação<BR><BR> ESU
BARA<BR><BR> O Esu dono do movimento do corpo humano<BR><BR> ESU
OLONAN<BR><BR> O dono de todos os caminhos<BR><BR> ESU OLOBÉ<BR><BR> O
dono da faca ritual<BR><BR> ESU ELEBÓ<BR><BR> O Esu que recebe as
oferendas<BR><BR> ESU ODUSO<BR><BR> O Esu que vigia os oráculos<BR><BR> ESU
ELEPO<BR><BR> O Esu do azeite de dendê<BR><BR> ESU INA<BR><BR> O Esu do
fogo (saudado no Ipade)<BR><BR><BR><BR> Poderia-se fazer uma lista imensa dos nomes de
Esu ancestrais cultuados no Brasil e África, mas esse exercÃcio é desnecessário no
momento.<BR><BR> O mais importante é destacar as funções desses Esu ancestrais nos
rituais:<BR><BR> Esu Yangi:<BR><BR> É o princÃpio de tudo, a própria memória de
Olodunmarê, seu criador.<BR><BR> Esu Agba ou Esu Agbo:<BR><BR> É o nome que
mostra sua ancianidade; ele é o mais velho e, por conseqüência, o pai que é retratado no
mito em que Orunmila o persegue através dos nove Orun.<BR><BR> Esu igba
keta<BR><BR> É o terceiro aspecto mais importante de Esu que está ligado ao número
três, a terceira cabaça onde ele é representado pela figura de barro junto aos elementos da
criação.<BR><BR> Esu ikorita meta:<BR><BR> É ligado ao encontro dos caminhos ou a
encruzilhada; o encontro de três ruas ( Y ).<BR><BR> Esu Okoto:<BR><BR> É o
representado pelo caracol agulha, mostra a evolução de tudo que existe sobre a
terra,<BR><BR> E está ligado ao Orisa Aje Saluga, o antigo Orisa da riqueza dos
Yoruba.<BR><BR> Esu Obasin:<BR><BR> É por este nome é conhecido e cultuado em
Ile Ifé.<BR><BR> Esu Odara:<BR><BR> É o que, se satisfeito através do sacrificio,
traz a felicidade ao sacrificante.<BR><BR> Esu Ojisé ébó:<BR><BR> É ele que
observa todos os sacrifÃcios rituais e recomenda sua aceitação, levando as súplicas a
Olodunmarê.<BR><BR> Esu Eleru:<BR><BR> É o que leva os carregos dos iniciados
(Erupin)<BR><BR> Esu Enugbarijo:<BR><BR> É o que devolve a todos o sacrifÃcio em
forma de benefÃcios.<BR><BR> Esu Elegbara:<BR><BR> É o todo poderoso que
transforma o mal em bem, cujo poder reside na transformação das coisas.<BR><BR> Esu
Bara:<BR><BR> É um dos mais importantes aspectos de Esu, pois ele é o Esu do
movimento do corpo humano, infundido no corpo pré-humano, ainda no Orun por Obatala,
sendo "assentado" no momento da iniciação, junto com o Ori e o Orisa
individual.<BR><BR> Esu Lonã:<BR><BR> É o senhor de todos os caminhos do
mundo.<BR><BR> Esu Olobé:<BR><BR> É dono do obé (faca), tem que reverenciado
ao começar todos os sacrifÃcios, onde a faca é necessária.<BR><BR> Esu Ã
‰lébó:<BR><BR> É o carregador de todos os Ébo.<BR><BR> Esu Odusô ou
Olodu:<BR><BR> É ele que tem seu rosto retratado no Opon Ifa, e vigia o Babalawo para
que este não minta; é o que vigia os oráculos (Opélé-Ikin-Erindilogun)<BR><BR>
Esu Elepo:<BR><BR> É ele que recebe o sacrifÃcio do azeite de dendê.<BR><BR> Esu
Inã:<BR><BR> É um dos aspectos mais importantes deste Esu primordial, é presidir o
Ipade, sendo o dono do fogo. É a Esu Inã que os Babalorisa/Iyalorisa se dirigem no
começo do Ipade, uma das mais importantes cerimônias do ritual afro-descendente
religioso:<BR><BR> E Inã mojuba<BR><BR> Inã Inã Mojuba Aiye<BR><BR> Inã
mojuba<BR><BR> Inã Inã Mojuba Aiye...etc.<BR><BR><BR><BR> Outra forma de se
dirigir a Esu, e que causa certa confusão, é quando seus acólitos a ele se dirige por seus
EPITETOS que, por serem mais comuns, transformaram-se erroneamente em nomes:
Exemplo;<BR><BR> Esu Tiriri<BR><BR> Esu Akesan<BR><BR> Esu Lode<BR><BR> Esu
Barabo<BR><BR> Esu Alaketu<BR><BR> Esu Ijelu<BR><BR> Esu Bara lajiki<BR><BR>
Esu Marabo...etc.<BR><BR><BR><BR> DA PEDRA A PEDRA<BR><BR> A ação
repressiva dos cristãos europeus e, posteriormente, latino-americanos sobre os africanos,
escravos e seus descendentes forjou o sincretismo entre os Orisa e os Santos
Católicos.<BR><BR> Consequentemente, Esu e o diabo cristão na sua forma mais primitiva,
teologicamente.<BR><BR> Assim sendo, a idéia de um Esu reelaborado pelos cristãos e,
essencialmente maléfico e tenebroso, é inconcebÃvel na Teologia e na cosmovisão
Yoruba, que não tem um “inferno” declarado, e os homens não são punidos a post
mortem.<BR><BR> Muito embora, existam lendas e mitos populares onde Esu é retratado
como manhoso, trapaceiro ou encrenqueiro. Se Esu for reverenciado com o Ebo designado nada
disso será verdadeiro e a sua suposta imagem de malignidade, decorrente dessas lendas,
cairá por terra.<BR><BR> Na verdade, Esu é o Executor Divino, punindo aqueles que
descumprem o sacrifÃcio prescrito, recompensando aqueles que o fazem.<BR><BR> Ele nada
faz por conta própria. Está sempre servindo de elemento de ligação entre OLORUN e
Orunmila ou então servindo aos Orisa.<BR><BR> Segundo a Teologia Yoruba, nenhum ser
divino pode punir um ARA AIYE "ser da terra", diretamente, sem a consulta a
Olodunmarê.<BR><BR> Diversos Itan Ifa nos dão conta que Esu também é
encarregado por OLORUN para vigiar os Orisa no Aiye. Isso só pode ser feito porque ele é
imparcial no seu papel de Executor Divino.<BR><BR> É por isso que todos os devotos de
todos os Orisa sacrificam para Esu, por recomendação de Ifa, nos tempos de dificuldades,
buscando dessa forma sua intermediação com Olodunmarê.<BR><BR> E, para que os
Babalawo não se excedam ou mintam na prescrição dos ébó, o próprio Esu na
qualidade de Odusó sempre estará presente no jogo, cuidando para que o Iwa "caráter" do
consulente e do Babalawo não sejam maculados.<BR><BR> Esu reporta-se diretamente a
OLORUN e mantém um inter-relacionamento com os Orisa e com os Egungun
"ancestrais".<BR><BR> Ele não é vingativo e nada executa por sua própria conta, apenas
cumpre fielmente as ordens de OLORUN, conforme os ditames do Iwa contido no Ori
individual, destino escolhido por cada Ori no Ipori Orun `Lugar em que o ser humano é
preparado.<BR><BR> E necessário, o mais depressa possÃvel, esquecer, "desumbandizar" e
"deskardekizar" as religiões de matriz africanas, pois não se pode viver com o paradigma de
bem e mal, inexistente nessas religiões.<BR><BR> Em sÃntese, transmutar, teologicamente, a
pedra primordial em pedra angular sobre a qual se sustenta a cosmografia tradicional
Yoruba.</SPAN>_

ÀDÚRÀ ÒRÚNMÌLÀ PARA PEDIR QQ COISA

ÒRÚNMÌLÀ BARA AGBONMIREGUN OKURIN KEKERE OKE IGETI ENTI O GBE AIYE
TI O RI IPONJU TI O SI LO SI OKE AGBARANSALA LATI WE GBOGBO IPONJU RE NU
ÒRÚNMÌLÀ NI AJE NI O PON NI LOJU ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI
OLOJO RERE WO ILEWA ÒRÚNMÌLÀ NI AYA NI O PON NI LOJU ÒRÚNMÌLÀ PA LASE
PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE WA PELU AYA RERE ÒRÚNMÌLÀ NI OMO
NI PON NI LOJU ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE WA
PELU OMO ALAFIA ÒRÚNMÌLÀ NI AI ROJU AI RAYE LO PON ILU LOJU ÒRÚNMÌLÀ
PA LASE PE KI ASI ILEKUN KI OLOJO RERE WOLE WA PELU ITURA ATI IFE SI ARIN
ILU ÒRÚNMÌLÀ NI AI NI ORUNGBOGBO NO PON NI LOJU ÒRUNMÌLÀ PA LASE PE KI
A SI ILEKUN KI OLOJO RERE WO LE WA PELU EKUN OHUN GBOGBO ÒRÚNMÌLÀ NI
AISA ATI ARUN NI BANI JA ÒRÚNMÌLÀ PA LASE PE KI A SI LEKUN KI OLOJU RERE
WO LE WA PELU ALAFIA BABA ORO ÒRÚNMÌLÀ NI IJU NI KAN LEKUN ENI
ÒRÚNMÌLÀ NI EWE DIDIMONISAAYUN NI YO DI IKU NA EWE DIDIMONISAAYUN NI
YIO DI ARUN NA NI YIO DI OFO, EGBA ESE NA EWE DIDIMONISAAYUN NI YIO DI
GBOGBO AJOGUN NA ÒRÚNMÌLÀ BARA, AGBONGIREGUN NI YIO GBE OHUN RERE
KO NI ÀSÉ ÀSÉ

ÒRÚNMÌLÀ o dono de todas as sabedorias O pequeno homem da cidade de OKE IGETI Aquele
que viveu na terra e passou por muitas dificuldades Aí foi para a montanha de AGBARANSALA
Para se limpar de todas as sua necessidades ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de lucros que nos
perturba ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da
bondade possa entrar ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de uma esposa que nos perturba
ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da bondade
possa entrar com uma boa esposa ÒRÚNMÌLÀ diz que se é falta de um filho que nos perturba
ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da bondade
possa entrar com um filho saudável ÒRÚNMÌLÀ diz que se é tumulto ou desordem que perturba
a cidade ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da
bondade possa entrar com paz e amor na cidade ÒRÚNMÌLÀ diz que se estamos sentindo a falta
de tudo ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas Para que a dona da chuva da
bondade possa entrar com todas as bondades da vida ÒRÚNMÌLÀ diz que se é doença e
epidemias que nos perturba, ÒRÚNMÌLÀ deu ordem para nós abrirmos nossas portas, Para que a
dona da chuva de bondade possa entrar com saúde. o pai de todas as riquezas ÒRÚNMÌLÀ diz
que se é a morte que bate na nossa porta ÒRÚNMÌLÀ diz que é a folha de DIDIMONISAAYUN
Que vai ajudar a evitar a morte, A folha de DIDIMONISAAYUN Que vai ajudar a evitar todos
os males, Que vai evitar todos os prejuízos, epidemias e acidentes na vida. A folha de
DIDIMONISAAYUN Que vai evitar as ações negativas em nossas vidas. ÒRÚNMÌLÀ o dono
de todas das sabedorias, Que vai levar até nós todas as bondades da vida.
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Conceito dos Mandamentos de Ifá

Muitos andam pela vida sem rumo e acaba indo buscar os conselhos de Ifá. Este era o caso dos
ancestrais que buscaram cobrar de Ifá a promessa feita por Olódùmarè (Deus), que dava a eles
uma vida longa.
Assim Ifá advertiu:

1 - Não diga o que não sabem


(èsúrú pode ser tanto uma conta sagrada como um nome de uma pessoa);

2 - Não façam ritos que não saibam fazer


(novamente avisa não troquem a conta sagrada pelo nome);

3 - Não enganem as pessoas (trocando a pena de papagaio por morcego);

4 - Não conduzam as pessoas a uma vida falsa


(mostrando a folha de ìrókò e dizendo que é folha de oriro);

5 - Não queiram ser uma coisa que vocês não são


(não queiram nadar se vocês não conhecem o rio);

6 - Não sejam orgulhosos e egocêntricos;

7 - Não busquem o conselho de Ifá com más intenções ou falsidade


(Àkàlà é um título usado para Òrúnmìlà);

8 - Não rompam (não mudem) ou revelem os ritos sagrados, fazendo mal uso deles;

9 - Não sujem os objetos sagrados com as impurezas dos Homens; busquem nos ritos sagrados
somente coisas boas;

10 - Os templos devem ser lugares puros, onde a sujeira do caráter humano deve ser lavada;

11 - Não desrespeitem ou inferiorizem os que têm maior dificuldade de assimilar conhecimentos


ou deficiências no caráter, ajude-os a mudar;

12 - Não desrespeitem os mais velhos, a sabedoria está com eles, a vida os fez aprender;
13 - Não desrespeitem as linhas de condutas morais;

14 - Nunca traiam a confiança de seu semelhante;

15 - Nunca revelem segredos que lhe são confiados; falar pouco e somente o necessário
demonstra sabedoria;

16 - respeitem os que possuem cargos de responsabilidade maior; o Babalawo é um Pai, portanto,


é devido grande respeito aos Pais.

Mas os ancestrais não cumprem as determinações de Deus, trazidas e mostradas por Òrúnmìlà.
Deus usa os Òrìsà para advertir o Homem, mas não obtém sucesso. O Homem não ouve os
conselhos. Mesmo assim, em erro, o Homem ainda acusa a Òrúnmìla. Mais uma vez não
reconhecendo seus próprios erros. O Homem tem esse hábito, o de culpar os outros pelas suas
maneiras erradas. Diante de tais atitudes, Deus fica desobrigado de cumprir Sua palavra com o
Homem, permitindo então que o Homem morra idoso e venha a renascer jovem, para que uma
nova caminhada de aprendizados se inicie, em outra vida, em outro lugar, e quem sabe assim,
nessa nova etapa, o Homem aprenda os mandamentos de Ifá pondo fim a esse ciclo sofrido.
Assim se repetirão esses ciclos, até que o Homem aprenda a mudar, tornando-se um Egúngún
Àgbà (Ancestral Ilustre) que recebe funções mais importantes no Òrun (no Além)!
<HTML><META HTTP-EQUIV="content-type" CONTENT="text/html;charset=utf-8"><SPAN
class="userContent">* COMO O HOMEM VEIO DO CÉU PARA A TERRA<BR> *
ELENINI - O GUARDIÃO DA CÂMARA INTERNA DO PALÁCIO DIVINO DE
DEUS<BR><BR> Há sempre a tendência de ver o homem absolutamente de uma perspectiva
biológica. Um homem e uma mulher unem-se e uma criança nasce deles, a criança nova
é vista como uma identidade independente. Nós já vimos que no inÃcio da colonização
terrestre, seres humanos viajavam para este mundo sob as ordens de uma ou outra das
divindades.<BR><BR> Nós veremos que a permanência de um homem no mundo é
simplesmente uma continuação de suas atividades no céu. Nós já vimos que antes do
homem vir viver no mundo, os habitantes do céu viajaram a pé para a terra, completavam
suas tarefas na terra e retornavam para o céu. Foi Èşù quem bloqueou a livre passagem
entre o céu e a terra e fez do útero feminino o caminho de passagem entre os dois
lugares.<BR><BR> Então antes, a pélvis em todos os animais como nas plantas era na
cabeça, mais especificamente na testa e também não era reconhecida e nem respeitada,
tanto nos animais como nos seres humanos. A pélvis, que era um organismo vivo no céu, foi
para a divinação e lhe foi dito para fazer sacrifÃcio com um bode preto para Èşu e assim
foi feito. Depois disso Èşu pediu a fêmea para abrir suas pernas e tirou a pélvis para fora
de sua testa e a posicionou entre as pernas dela. Ele então extraiu uma parte do couro do corpo
do bode com o qual a pélvis havia lhe feito o sacrifÃcio, e Èşu usou o para revestir a
pélvis completamente no seu novo domicÃlio entre as pernas femininas. Depois disso
Èşù foi até a fronteira entre o céu e a terra e a bloqueou para sempre com uma
escuridão total.<BR><BR> Aquela parte do sistema planetário a qual se aproxima na
mitologia grega do chamado Erebus. Foi Èşu quem bloqueou permanentemente e ordenou
que fossem guardados os portões do céu, permanentemente ocupado por viajantes vindos da
terra para pedir por crianças no céu, a partir daÃ, qualquer um, animais e seres humanos
igualmente que queriam ter crianças apelariam à pélvis; e o útero de todas as fêmeas foi
feito para simbolizar a escuridão e o mistério da passagem pelo Erebus. O perÃodo de
gestação que leva para uma fêmea dar a luz a um jovem, também se aproxima do tempo
levado pelas diferentes espécies de famÃlias animais para viajar do céu, do tempo que uma
criança leva.<BR><BR> Nós veremos como a atração mútua entre os órgãos
reprodutores de macho e fêmea veio a caracterizar a base de toda a existência. Nós
também descobriremos como o pênis e a pélvis por um lado e o óvulo e o
espermatozóide no outro, fizeram o sacrifÃcio para tornar possÃvel a eles cooperaram para dar
a luz a uma criança do céu.<BR><BR> Antes de vir para o mundo, todos os seres humanos
fazem seus próprios pedidos e comprometimento no PALÁCIO DIVINO DE DEUS. Alguns
preferem fazer visitas breves ao mundo e retornar ao céu tão rapidamente quanto eles
vieram. Outros preferem retornar na fase inicial da vida, meia idade, enquanto outros preferiam
retornar na idade madura. Quando nós fazemos nossos pedidos no altar divino no Palácio de
Deus, o servo favorito de Deus, chamado INFORTÚNIO, a mais poderosa das divindades, é a
única presente. Os Yorùbá chamam-no ELENINI enquanto os Bini o chamam de Ido-Boo.
Esta é a única força capaz de ser obstáculo à realização do nosso destino na terra,
por que ele está presente quando nós fazemos nossos votos de vida. Aqueles que são
cuidadosos o suficiente em pagar homenagem a ele antes de partida do céu recebem uma
licença para ir ter com seus negócios na terra sem problemas ou obstáculo.<BR><BR> A
INFLUÊNCIA DO OBSTÁCULO DIVINO NO NOSSO DESTINO<BR><BR> Iworà -
gogbe, um dos Odu mais velhos (discÃpulo) de Ọrúnmìlá, revelará mais tarde a
influência em nossas vidas da divindade chamada Infortúnio. ELENINI (Ido-Boo) é o
GUARDIÃO DA CÂMARA INTERNA DO PALÁCIO DIVINO DE DEUS, aonde todos
vamos nos ajoelhar para fazer os pedidos e juramentos para a nossa permanência no mundo.
Uma vez tendo completado as providências para nossa partida, seremos conduzidos por nossos
“anjos guardiões” à câmara interna, aonde fazemos nossos próprios desejos. Deus
não nos conta o que vai ou não vai acontecer conosco ou nos dar algum desÃgnio especial.
Tudo aquilo que vemos, desejamos fazer ou transformar, Ele simplesmente abençoa dizendo:
“- QUE ASSIM SEJA MINHA CRIANÇA!”.<BR><BR>Quando IworÃgogbe estava
indo para a terra, ele fez um pedido, que queria modificar a face da terra, eliminando todo mal e
elementos viciosos. Para ser capaz de executar sua tarefa, ele solicitou de Deus um poder
especial sobre a vida e a morte. Deus respondeu que seu pedido estava concedido.<BR><BR>
Envolvido pelo poder concedido a ele por Deus, partiu rapidamente em sua jornada para a terra.
Seu anjo guardião o relembrou da necessidade de assegurar seus pedidos com ELENINI a mais
poderosa divindade, mas ele disse ao seu anjo que não havia força maior que Deus e desde
que ele tinha obtido autorização divina, não via porque se justificar com alguma divindade
inferior. Assim que deixou o palácio divino, ELENINI inverteu os desejos de IworÃbogbe. Na
chegada a terra, ele descobriu que ao contrário de seus pedidos, estava se encontrando por
acaso em dificuldades. Veio a saber que tudo aquilo que ele pediu estava acontecendo sempre ao
contrário. Quando ele rezava para pessoas viverem, eles morriam, enquanto aqueles que ele
desejava mortos viviam.<BR><BR> Ele se tornou muito amargurado e desiludido, por que
ninguém se atrevia a ir até ele para consultar o oráculo, ou pedir auxÃlio, desde aquilo
que havia feito, pagava muito caro por isso. Após passar fome dentro de sua frustração por
algum tempo, ele decidiu retornar ao céu.<BR><BR> Chegando ao céu, ele foi ao seu anjo
que o relembrou do aviso dado a ele antes da partida do céu. <BR><BR> Foi neste ponto que
ele concordou em ir ao oráculo, aonde foi informado a fazer sacrifÃcios elaborados para
ELENINI, a mais velha das divindades. Ele fez o sacrifÃcio e retornou subsequentemente para a
terra para uma vida produtiva e realizada.<BR><BR> A OBRA COMPLETA DE
ỌRÚNMÌLÁ A SABEDORÝA DIVINA<BR> Autor: Mr. Cromwell
Osamaro</SPAN>_

CULTURA E FILOSOFIA

Iyami Akókó Nas escrituras yorubás, Oxun é citada como chefe suprema do poder
ancestral feminino, o que a faz, “o cabeça” da sociedade das Iyámis, também
chamadas de Iyá –Àgbà (as Mães Anciãs). Tem associações com os pássaros, como
todas as Iyámis. Da mesma forma que os peixes, os pássaros são seus filhos. As
escamas e as penas fazem parte de seu poder. Oxun pode apresentar-se como um
enorme peixe ou pássaro. Desta preposição, nasceu o preceito de que Oxun não
deve receber pombos em suas obrigações. É respeitada como Ajé, isto é, bruxa e
feiticeira. Segundo lenda, “No tempo da criação, quando Oxun estava vindo das
profundezas do Orun (Céu), Olodunmare confiou-lhe o poder de zelar por cada uma
das crianças criadas por Orixá que iriam nascer na Terra. Oxun seria a provedora de
crianças. Ela deveria fazer com que as crianças permanecessem no ventre de suas
mães, assegurando-lhes, medicamentos e tratamentos apropriados para evitar
abortos e contratempos antes do nascimento; mesmo depois de nascida a criança,
até ela não estar dotada de razão e não estar falando alguma língua, o
desenvolvimento e a obtenção de sua inteligência estariam sob o cuidado de Oxun.
Ela não deveria encolerizar-se com ninguém a fim de não recusar uma criança a um
inimigo e dar a gravidez a um amigo. E foi a primeira Iyami, encarregada de ser a
Olùtójú awon omo ( aquela que vela por todas as crianças) e a Álàwòyè omo
(aquela que cura as crianças). Oxun não deve vir a ser inimigo de ninguém”.
Arquétipo Oxun é a genitora por excelência, ligada à procriação e associada à
descendência no AIYÊ (TERRA). É a patrona da gravidez ou gestação. Todo embrião
ou feto é colocado sob sua responsabilidade e proteção, até o momento em que o
bebê começa a falar. Por analogia, ela é responsável pela iniciação de neófitos
(yawôs), que são considerados “embriões”, até o momento da cerimônia de “Dar o
Nome”. Assim, toda a iniciação deve ter o cuidado de “louvar” Oxun durante o
período de reclusão. A demonstração e comprovação de que Oxun é a “Mãe das
Iniciações”, é o uso dos ekodidés, nos oris escanhoados dos iniciandos. Leia a seguir
a lenda: “Uma sacerdotisa cujo nome era Omo Òsun (filha ou descendente de Oxun)
servia a Òrísànlá e estava encarregada de zelar por seus paramentos e
particularmente por sua coroa. Alguns dias antes do festival anual, umas seguidoras
de Òrísànlá, invejosas da posição de Omo Òsun, decidiram roubar a cora e joga-la
nas águas. Quando Omo Òsun descobriu o furto, seu desespero foi profundo. Uma
menina que ela criava aconselhou-a a comprar, no dia seguinte de manhã, o
primeiro peixe que encontrasse no mercado. No dia seguinte, Omo Òsun não
conseguiu encontrar nenhum peixe e foi somente na sua volta que encontrou um
rapaz que trazia um grande peixe à cabeça. Chegando à sua casa, Omo Òsun não
conseguia abrir o peixe. A garota apanhou um pedaço de faca muito usado –
cacumbu – e facilmente conseguiu fender a barriga do peixe no interior da qual
luzia a coroa. Chegando o dia da grande cerimônia, as invejosas sabendo que Omo
Òsun havia miraculosamente encontrado a coroa, decidiram recorrer a trabalho
mágico para desprestigiar Omo Òsun em frente a Òrísàlá. Elas colocaram um
preparado na cadeira de Omo Òsun , situada ao lado do trono de Òrísàlá.

Poderoso Orixá, é considerada como a mais enigmática das Iyás (mães). Símbolo do
“feminino”, cujo culto praticado no Brasil tem origem em Ijèsà (África). Seu templo
principal encontra-se em Osogbo – Nigéria (ver fotos). Domina a água e a terra que,
segundo a teologia Yorubá, são os agentes naturais do AXÉ GENITOR (procriador). É
o Orixá do Rio de mesmo nome, e no Brasil, não está vinculada a nenhum rio
específico, mas à todos os córregos, cascatas, cachoeiras e até mesmo ao mar. As
águas predominantemente lodosas, são destinadas ao Orixá Nanan. Nas cachoeiras,
costuma-se entregar a Oxun, as comidas rituais votivas e presentes de seus Filhos-
de-Santo. Alguns dizem que o Rio Osun não é navegável. Outros, por superstição,
afirmam que só é possível atravessá-lo de uma margem para outra e nunca subi-lo
ou descê-lo. Crocodilos que neste rio vivem, são considerados seus mensageiros.
Oxun é representada, em algumas narrações como “Peixe Mítico”. Há uma lenda em
que Larô, o primeiro rei, de uma região na qual o Rio Oxun passa e suas águas são
sempre abundantes, lá se instalou e fez um pacto de aliança com o Orixá. Na época
em que chegou, uma de suas filhas foi se banhar. O rio a engoliu sob as águas. Ela
só saiu no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que Oxun a havia bem
acolhido no fundo do rio. Larô, para mostrar sua gratidão, veio lhe trazer oferendas.
Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitação,
os alimentos jogados nas águas. Um grande peixe chegou nadando nas
proximidades do lugar onde estava Larô. O peixe cuspiu água, e Larô a recolheu
numa cabaça e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida, ele
estendeu suas mãos sobre a água e o grande peixe saltou sobre ela. Isto é dito em
yorubá: Atewo gba ejá, o que deu origem a Ataojá, título dos reis do lugar. Ataojá
declarou então: “Oxun gbô!” – “Oxun está em estado de maturidade; suas águas
são abundantes”, dando origem ao nome da cidade de Oxogbô. Todos os anos faz-
se, grandes festas no local, em comemoração a todos esses acontecimentos.
Iyalodê é o título mais honorífico que uma mulher pode receber. Oxun possui este
título: A Senhora Suprema de todas as Mulheres. Árbitra das diferenças entre elas.
Mãe Ancestral
Xangô criador de Culto a Egungun

Alguns insistem em dizer que Xangô tem medo de Eguns, ou não gosta de Eguns,
aqui esta um testo que esclarece esta duvida!!!

Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los,
como diz um trecho de um Itã:

"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos
ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun,
vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos
correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos
espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo
momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava
alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram,
derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou
desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito
próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha,
Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e
Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da
entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de
Orunmilá.

Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios
de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as
vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de
mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun.
Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que
pagar pela maldade de suas ancestrais."

Xangô criador de Culto a Egungun

Alguns insistem em dizer que Xangô tem medo de Eguns, ou não gosta de Eguns,
aqui esta um testo que esclarece esta duvida!!!

Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los,
como diz um trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos
ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun,
vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos
correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos
espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo
momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava
alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram,
derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou
desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito
próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha,
Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e
Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da
entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de
Orunmilá.

Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios
de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as
vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de
mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun.
Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que
pagar pela maldade de suas ancestrais."

XANGÔ x EGUNGUN

A AFIRMAÇÃO QUE SÒNGÓ TEM ÈÈWÒ COM EGÚNGÚN É ERRADA. O TABÚ QUE ELE
TEVE COM OS MORTOS E COM A MORTE É A MESMA QUE TODOS NÓS, HUMANOS,
TEMOS, EM DETERMINADOS MOMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS. COMO O ÚNICO ÒRÌSÀ
QUE FOI HOMEM, SÒNGÓ, NAQUELE PERÍODO COMO HUMANO, TEVE MUITOS
MEDOS, FALHAS E TABÚS. PORÉM, COM ISSO, CONSEGUIU UM PRODÍGIO ÚNICO
DENTRE AS DIVINDADES: O DE SER HOMEM, EGÚNGÚN E ÒRÌSÀ. MOSTRANDO, COM
SEU EXEMPLO, O CAMINHO QUE TODOS NÓS, HUMANOS, DEVEMOS LUTAR POR
ATINGIR. OU SEJA, O SENTIDO, A META, O OBJETIVO, DESTES INÚMEROS CICLOS DE
ENCARNA E DESENCARNA QUE TODOS NÓS ESTAMOS PERCORRENDO.

INFELIZMENTE PARA UNS, TENHO QUE ADENTRAR A CERTOS PRECEITOS


RELIGIOSAS PRESERVADOS A SETE CHAVES PARA COMPROVAR MEUS ARGUMENTOS.
MAS ME SINTO NO DEVER DE FAZÊ-LO, POIS NÃO ESTAREI REVELANDO SEGREDOS,
MAS SIM INFORMANDO AOS QUE BUSCAM CONHECIMENTOS E, PRINCIPALMENTE,
ENTENDIMENTOS SOBRE NOSSA RELIGIÃO.

COMPROVA MINHA AFIRMAÇÃO QUANTO A SÒNGÓ, NOS RITOS DO ÀSÈSÉ (AXÊXÊ),


ONDE ESTA DIVINDADE É POR DEMASIA EXIGIDO COMO "ENCAMINHADOR"
DAQUELE QUE ESTA DEIXANDO O AIYÉ E PARTE PARA A VIAGEM DE RETORNO AO
ÒRUN ACOMPANHADO, DAÍ POR DIANTE, SOMENTE POR ORÍ.

POR QUE?

PORQUÊ SÒNGÓ É O ÚNICO QUE CONHECE PERFEITAMENTE ESTE CAMINHO QUE


ELE UM DIA PERCORREU (HOMEM-EGÚNGÚN-ÒRÌSÀ). SE ASSIM É FEITO, PORQUE SE
ANUNCIAR, E PREGAR AOS QUATRO CANTOS, QUE SÒNGÓ TEM ÈÈWÒ COM
EGÚNGÚN?

NÃO É ELE QUEM MOSTRA O CAMINHO, PARA O ÒRUN, PARA AQUELE RECENTE
EGÚN ?

PORTANTO, CONTRÁRIAMENTE AO QUE SE AFIRMA, A RELAÇÃO DE SÒNGÓ COM IKÚ


E COM EGÚNGÚN É, NA VERDADE, ESTREITA.

MORTO, SÒNGÓ SE TORNOU UM ÒKÚ (CADÁVER) E ESTREITOU SEU


RELACIONAMENTO COM A MORTE, TORNOU-SE UM IMOLÈ, EM CONTATO DIRETO
COM A TERRA, E POR ISSO SE LOUVA ONILÈ JUNTO COM SÒNGÓ, RELEMBRANDO
ESTE ACONTECIMENTO.

Cultura e Filosofia Africana

Oyá é uma Divindade do rio. Seu nome significa “aquela que rasga” no caso, o rio
Niger. É o arquétipo da guerreira, plena de atributos, todos conquistados por esforço
próprio, assim como da transformação. Por isso, embora Yemojá seja a “dona” das
mentes, é à Oyá que recorremos nos processos de autoconhecimento e superação
de crises. Oyá é a própria eletricidade dos raios que transmutam as energias na
atmosfera do planeta. Como Senhora dos ventos, distribui as sementes expandindo
a Vida e por outro lado, dissemina as doenças. Como transita entre as nove
dimensões da Terra, preside e está presente também no portal da morte. Associada
ao irrefreável poder animal representado pelo búfalo, carrega chifres, como todas as
Divindades lunares nas diversas civilizações. Oyá é a contraparte feminina do Òrìsá
Sango. Eliane Hass

Oya alágbárá inú aféfé - A poderosa Oya que vive no vento!

Cultura e Filosofia Africana

Kàabo Kabiecy! Oloju Orogbo! Sàngó Olukoso oko Oya, Sàngó Olukoso Làálu! Alàádo
Bàbá gbe awa fun Isegun awon Ota! Igba Ota Arira fun S'ete o, Igba Ota Arira fun
isegun s'ete iku ati arun ati ota ile, Sango Isegun osi gbe wa! Ase O!

OBA TÓ TÓ, KÁBÍYÈSÍ Ò! SÒNGÓ OBA! JÉ KÍ GBOGBO OJÓ AYÉ MI Ó YEMÍ O!


(GRANDE REI, VOSSA MAJESTADE! REI SÒNGÓ! PERMITA QUE TODOS OS DIAS DA
SUA VIDA SEJAM FELIZES!)

Kàabo Kabiecy! Oloju Orogbo! Sàngó Olukoso oko Oya, Sàngó Olukoso Làálu! Alàádo
Bàbá gbe awa fun Isegun awon Ota! Igba Ota Arira fun S'ete o, Igba Ota Arira fun
isegun s'ete iku ati arun ati ota ile, Sango Isegun osi gbe wa! Ase O!

OBA TÓ TÓ, KÁBÍYÈSÍ Ò! SÒNGÓ OBA! JÉ KÍ GBOGBO OJÓ AYÉ MI Ó YEMÍ O!

(GRANDE REI, VOSSA MAJESTADE! REI SÒNGÓ! PERMITA QUE TODOS OS DIAS DA
SUA VIDA SEJAM FELIZES!)

yawo Obakoso,

Odo kun ko kun, ko si

eniti Oya ko le gbe lo,

Maa jeki gbe mi lo,

Maa jeki nku iku odo,

Maa jeki nku iku ina,

Iya mi borokinni,

Jowo emi nfe oro lati

Odo re,

Emi nfe alafia,

Emi nfe ailera,


Emi nfe ilosiwaúu,

Iyawo onibon-orun, jowo

somi di oloro.

Ase.

Tradução

Esposa de Obakoso (Xangô)

O rio enche ou não, não há

ninguém que Oia não leve,

Não deixe o rio me levar.

Não me deixe morrer afogado,

Não me deixe morrer no fogo,

Minha mãe é bonita,

Eu quero prosperidade de você,

Eu quero paz,
Eu quero saúde,

Eu quero progresso,

Esposa de dono da trovoada

no céu (Xangô), favor faça-me rico.

Axé.

OMOLU

DIA: Segunda-feira

CORES: Preto, branco e vermelho.

SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.

ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.

DOMÍNIOS: Doenças epidémicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.

SAUDAÇÃO: Atotoó!!!

Omolú é a Terra! Essa afirmação resume perfeitamente o perfil deste orixá, o mais
temido entre todos os deuses africanos, o mais terrível orixá da varíola e de todas
as doenças contagiosas, o poderoso “Rei Dono da Terra”.
È preciso esclarecer, no em tanto, que Omolú está ligado ao interior da terra (ninù
ilé) e isso denota uma íntima relação com o fogo, já que esse elemento, como
comprovam os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta.

Toda a reflexão em torno de Omolú ocorreu colocando-o como um orixá ligado à


terra, o que é correcto, mas não deixa de ser um erro desconsiderar a sua relação
com o fogo do interior da terra, com as lavas vulcânicas, como os gases etc. o que
pode ser mais devastador que o fogo? Só as epidemias, as febres, as convulsões
lançadas por Omolú!

Orixá cercado de mistérios, Omolú é um deus de origem incerta, pois em muitas


regiões da África eram cultuados deuses com características e domínios muito
próximos aos seus. Omolú seria rei dos Tapas, originário da região de Empé. Em
território Mahi, no antigo Daomé, chegou aterrorizando, mas o povo do local
consultou um babalaô que lhes ensinou como acalmar o terrível orixá. Fizeram
então oferendas de pipocas, que o acalmaram e o contentaram. Omolú construiu
um palácio em território Mahi, onde passou a residir e a reinar como soberano,
porém não deixou de ser saudado como Rei de Nupê em pais Empê (Kábíyèsí
Olútápà Lempé).

As pipocas, ou melhor, deburu, são as oferendas predilectas do orixá Omolú; um


deus poderoso, guerreiro, caçador, destruidor e implacável, mas que se torna
tranquilo quando recebe sua oferenda preferida.

Em África são muitos os nomes de Omolú, que variam conforme a região. Entre os
Tapas era conhecido Xapanã (Sànpònná); entre os Fon era chamado de Sapata-
Ainon,que significa ‘Dono da Terra’; já os Iorubás o chamam Obaluaiê e Omolú.

Omolú nasceu com o corpo coberto de chagas e foi abandonado pela sua mãe,
Nanã Buruku, na beira da praia. Nesse contratempo, um caranguejo provocou
graves ferimentos na sua pele. Iemanjá encontrou aquela criança e criou-a com
todo amor e carinho; com folhas de bananeira curou as suas feridas e pústulas e
transformou-a num grande guerreiro e hábil caçador, que se cobria com palha-da-
costa (ikó) não porque escondia as marcas de sua doença, como muitos pensam,
mas porque se tornou um ser de brilho tão intenso quanto o próprio sol. Por essa
passagem, o caranguejo e a banana-prata tornaram-se os maiores ewò de Obaluaiê.
O capuz de palha-da-costa-aze (aze) cobre o rosto de Obaluaiê para que os seres
humanos não o olhem de frente (já que olhar directamente para o próprio sol pode
prejudicar a visão). A história de Omolú explica a origem dessa roupa enigmática,
que possui um significado profundo relacionado à vida e à morte.

O aze guarda mistérios terríveis para simples mortais, revela a existência de algo
que deve ficar em segredo, revela a existência de interditos que inspiram cuidado
medo, algo que só os iniciados no mistério podem saber. Desvendar o aze, a
temível máscara de Omolú, seria o mesmo que desvendar os mistérios da morte,
pois Omolú venceu a morte. Debaixo da palha-da-costa, Obaluaiê guarda os
segredos da morte e do renascimento, que só podem ser compartilhados entre o
iniciados.

A relação de Omolú com a morte dá-se pelo facto de ele ser a terra, que
proporciona os mecanismos indispensáveis para a manutenção da vida. O homem
nasce, cresce, desenvolve-se, torna-se forte diante do mundo, mas continua frágil
diante de Omolú, que pode devorá-lo a qualquer momento, pois Omolú é a terra,
que vai consumir o corpo do homem por ocasião da sua morte.

Obaluaiê andou por todos os cantos de África, muito antes, inclusive, de surgirem
algumas civilizações. Do ponto de vista histórico, Omolú é a idade anterior à Idade
dos Metais, peregrinou por todos os lugares do mundo, conheceu todas as dores do
mundo, superou todas. Por isso Omolú se tornou médico, o médico dos pobres, pois,
muito antes da ciência, salvava a vida dos necessitados; durante a escravidão, só
não pôde superar a crueldade dos senhores, mas de doenças livrou muitos negros e
até hoje muitos pobres só podem recorrer a Omolú que nunca lhes falta.

Características dos filhos de Obaluaiê/Omolú

Os filhos de Omolú são pessoas extremamente pessimistas e teimosas que adoram


exibir os seus sofrimentos, daqueles que procuram o caminho mais longo e difícil
para atingir algum fim.
Deprimidos e depressivos, são capazes de desanimar o mais optimista dos seres;
acham que nada pode dar certo, que nada está bom. Às vezes, são doces, mas
geralmente possuem manias de velho, como a rabugice.

Gostam da ordem, gostam que as coisas saiam da maneira que planearam. Não são
do tipo que levam desaforo para casa e se se sentirem ofendidos respondem no
acto, não importa a quem. Pensam que só eles sofrem, que ninguém os
compreende. Não possuem grandes ambições.

Podem apresentar doenças de pele, marcas no rosto, dores e outros problemas nas
pernas. São pessoas sem muito brilho, sem muita beleza. São perversos e adoram
irritar as pessoas; são lentos, exigentes e reclamam de tudo.

São reprimidos, amargos e vingativos. É difícil relacionar-se com eles. Parece que os
filhos de Omolú são pessoas que possuem muitos defeitos e poucas qualidades,
mas eles têm várias, e uma qualidade pode compensar qualquer defeito: são
extremamente prestáveis e trabalhadores. São amigos de verdade.

O lado positivo da maioria dos filhos de Omolú supera em muito esse lado
autodestrutivo que todos têm uns mais, outros menos, mais tem sim.

São extremamente alegres, perseverantes, pacientes e amorosos, tiram a roupa do


corpo para agradar uma pessoa, tratam o dinheiro pelo lado do prazer, da
satisfação.

Extremamente fiéis a uma causa. A justiça para os filhos de Omolú não é a dos
homens e sim a de Deus (Olorun), super limpos e vaidosos, ao contrário de muitos
arquétipos, são na maioria muito bonitos, se não fisicamente, são espiritualmente e
ainda tem grande afinidade pela atração que exercem nas pessoas. Tem uma
capacidade mental atualizada ao seu tempo, raramente adoecem e quando
acontece se recuperam mais rápido ainda.

As pessoas de Omolú têm a tendência da mudança propriamente dita, para


qualquer coisa que desejarem, parecem dançar Opanijé o tempo todo, procurando
por tudo. Trabalhadores incansáveis, filhos de Omolú numa roça fazem de um tudo,
apenas não os magoem nem os tratem com indiferença, ciumentos são capazes de
exageros, se sentem incompreendidos e, muitas vezes não sabemos o que lhes
causam repentinas depressões.

Filhos do Sol e da Terra de Orixá vivo, os filhos de Omolú são maravilhosamente


despretensiosos. Um tanto radicais, podem mudar de opinião de uma hora para
outra. Também, céticos em sua fé, intuitivos, andarilhos e aguçados

Sàngó

Yorùbá bò wọọ́n ni àjànàkú kojá a morí nnkan fìrí, bí a bá rí erin, káwípe a rí erin ní
òrò sàngó jé láàárin àwon òrìsà ilee Yorùbá. Sàngó jé òrìsà takuntakun kan gbòógì
láàárín àwon òrìsà tókù ní ilèe Yorùbá. Ó jé orisà tí ìran rè kún fún ìbèrù. Ìrísí, ìṣe àti
ìsọọ̀rọọ̀ rẹọ̀ pàápàá kún fún ìbèrù nígbàtí ó wà laaye nítorípé ènìyàn la gbọọ́ pé sàngó jẹọ́
télè kí ó tó di òrìṣà àrá. Ìtàn so wí pé omo Òrányàn ni sàngó i ṣe àti pé Oya, Òṣun ati
Obà jẹọ́ ìyàwó rẹọ̀.

Ìhùwàsí búburú ati dídá wàhalá ati ìkolura pèlú ìjayé fàmílétè-kí-n-tutó pò lówó
sàngó gégé bí Oba tó bẹọ́ẹọ̀ títí ó fi di òtéyímiká, èyí jásí wí pé tọmọdé tàgbà dìtè mó
o. Wón fi ayé ni í lára. Ó sì fi ìlú Òyó sílè nígbèyìn-gbéyín. Ó pokùnso sí ìdí igi àyàn
kan lébà ònà nítòsí Òyó nígbàtí Oya: Ìyàwó rẹọ̀ kan tókù náà sì di odò.

Ogbón tí àwon ènìyàn sàngó tókù dá láti fi bá àwon òtá rè jà nípa títi iná bolé won
àti béèbéè lo ni ó so sàngó di òrìṣà tí wọọ́n ń bo títí dòní tí wón sì ńfi enu won túúbá
wí pé sàngó kò so: Oba koso.

ÀWON ORÚKO TÍ SÀNGÓ Ń JÉ

Oríṣiríṣi orúko ni a mọ sàngó sí nínú èyí tí gbogbo won sì ní ìtumò tàbí ìdí kan pàtó ti
a fi ńpè wọọ́n béè. Àwon orúko bíi ìwònyìí:

1. Olúkòso: Ẹnití a mò mọọ́ kòso tàbí oba tí ó wolè sí kòso.


2. Arèkújayé:

3. Àjàlájí:

4. Ayílègbe Òrun:

5. Olójú Orógbó: nítorípé orógbó ni obì tirè, òun ni ó sì máa ń ṣàféérí nígbà ayé rè.
Orógbó náà sì ni a máa ń lo ní ojúbo sàngó títí di òní.

6. Èbìtì-àlàpà-peku-tiyètiyè: Òrìṣà tí ó máa ń fi ìbínú gbígbóná pa ènìyàn ni àpalàyà


tàbí àpafòn.

7. Onibon òrun: gégé bí òrìsà ó ń mú kí àrá sán wá láti ojú òrun pèlú ìrókèkè tó
lágbára.

8. Jàkúta: gégé bí òrìṣà tí ń fi òkúta jà (edùn àrá). Irúfẹọ́ òkúta kékeré kan tí ó máa
sekúpa ènìyàn nípasẹọ̀ sàngó

9. Abotumo-bí-owú: Òrìsà léè wolé pa ènìyàn bi eni pé erù ń lá ni ó wólu irú eni bẹọ́ẹọ̀.

10. Èbìtì-káwó-pònyìn-soro: Irúfẹọ́ Òrìṣà tí ó jẹọ́ wí pé ìṣowó-sekúpa asebi rẹọ̀ máa ńya
ènìyàn lénu gidigidi.

11. Alágbára-inú-aféfé: Òrìsà tí ó jé wípé owọọ́jà a re, máa ńwá láti inú aféfé tàbí
òfurufú ni.

12. Abánjà-májẹọ̀bi: òrìṣà tíí jà láì ṣègbè léyìn aṣebi tàbí ṣe àṣìmú elòmíràn fún oníṣé
ibi.
13. Lánníkú-oko-oya: Òrìsà tí o ni èrù iku níkàwó.

14. Òkokonkò èbìtì: Òrìsà tí ó le subú lu ènìyàn bii ìgànnán tí ó ti denukọlè.

15. Eléèmò: Òrìsà tí ó ni èèmò.

AWON IWE ITOKASI

OMOLU:

ORISA JINGBINNI

ORISA TII MU OMO ATI IYA

BI O BA MU NWON TAN

O TUN LE PADA WA MU BABA

ORISA BI AJE

O MO ILE OSO, O MO ILE AJE

O GBA OSO LOJU

OSO KU FINRINFINRIN

O SO AJE LERUKALE

ORISA JINGBINNI

A MOMO OHUN

O POMO-OLOMO KU FINRINFINRIN

O FOJU OMO OLOMO GBEDORO

JOWO MA SE MI

Tradução

ORISA das chagas

ORISA que pode levar ao filho e à mãe a doença


Quando ele os leva à doença

Ele pode voltar e levar a doença ao pai também

ORISA igual a um feiticeiro

Conhece a casa do feiticeiro, conhece a casa da feiticeira

Bateu no rosto do feiticeiro

O feiticeiro morreu sem se mexer

Tirou a carga de maldade da feiticeira

ORISA das chagas

Leva as coisas com consciência

Matou o filho do outro sem o filho se mexer

Usou o rosto do filho do outro para cravar a dor

Por favor, não me faça mal

XANGO POR YIA PALMIRA

Xangô

Oxóssi é considerado o Rei da nação de ketu, enquanto Xangô é considerado o rei


de todo o povo. Deus do raio e do trovão, dono do fogo, foi um grande rei que
unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único
Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo
não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se
manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de
saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns. Xangô
era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado.
Comportou se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder,
chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo.
Filho de Yamasse (Torosi ) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo. Ele
também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os
objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela, sendo que o pilão de Xangô deve
ter duas bocas, que representa a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um
ancestral( Egungun ). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e
poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessários. Tem também
uma forte ligação com Oxumaré, considerando ele como seu fiel escudeiro.
Xangô é cultuado no Brasil, sob 12( doze ) qualidades. Vale salientar , que muitos
seguem cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia , e não é bem assim por
exemplo Airá é um outro Orixá que não se dá com Xangô, e não deve ser cultuado
da mesma forma. As qualidades de Xangô são essas:

- Afonjá - Afonjá, o Balé (governante)da cidade de Ilorin. Afonjá era também Are-
Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder do exército do império. Segundo a história de Oió, no
início do século dezenove, Oió era governada pelo rei Aolé, ele possuía aliados que
eram espécies de Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio mantendo assim o
podes absoluto sobre o Reino Iorubá e os reinos anexados. Mas um dia um desses
generais resolveu se rebelar contra Oió e se unir com os inimigos, esse general se
chamava Afonjá que era conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se
independente de Oió. Com isso o Rei de Oió Aolé se envenenou para não ver o
desmembramento do Império. Afonjá traíu o Império Iorubá, mas quando os
rebeldes assumiram o poder Afonjá foi decaptado pelo seu novo aliado. Este alegou
que se um homem traíu seu antigo rei ele voltaria a trair tantos outros.

- Obá Kosso - Título que Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos arredores de
Oió, tornando-se seu Rei. Título dado também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô
quando de sua chegada em Oió foi aclamado como o Rei Não se Enforcou, Obá Kô
Sô.

- Obá Lubê - Título de Xangô que faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode
ser traduzido como Senhor Abastado.

- Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar ao apogeu do império,
quando cria o culto de Egungun, é aclamado como a forma humana do Deus
primordial Jakutá sobre a terra,senhor dos raios, tempestades, do Sol e do fogo em
todas as suas formas. Ele acaba por destroir a capital do Reino numa crise de cólera
e depois arrependido, se suicida , adentrando na terra.

- Obá Ajakà - Também entitulado Bayaniym," O pai me escolheu ", que faz
referência a ele por ser o filho mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o
trono, irmão mais velho de Xangô.

- Obá Aganjù - Ele representa tudo que é explosivo, que não tem controle, ele é a
personificação dos Vulcões.

- Obá Orungã - Filho de Aganju Solá e Iemanjá, dono da atmosfera é o ar que


respiramos, dono da camada que protege a Terra. Ver mais abaixo.

- Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se diz sobre Xangô, pois,
Ogodô é o verbo bocejar. Então, quando está trovejando, o que se diz é que Xangô
está bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de Xangô.

- Jakutà ou Djakutà - Esse Orixá, é a representação da justiça e da ira de Olorun,


míticamente Xangô foi iniciado para este Orixá sendo considerado como a forma
divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em sua forma divina por Olorun para
estabelecer a ordem e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação durante um
momento de conflito entre as divindades. É o próprio Xangô.

- Obá Arainã - Oroinã e Oraniã - Personificação do fogo, o magma do centro da terra


é o pai de Xangô e de Aganju em sua forma humana.

- Olookê - Orixá dono das montanha, em algumas lendas é um dos filho de Oraniã,
foi casado com Yemanjá.

Aspectos Gerais

DIA: Quarta-Feira

DATA: 29 de junho

METAIS: Cobre, ouro e chumbo.

CORES: Vermelho (ou marrom) e branco

COMIDA: Amalá

SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê

ELEMENTOS: Fogo, raios, formações rochosas.

REGIÃO DA ÁFRICA: Òyó e Kossô(reino vizinho ou subdistrito de Òyó)

PEDRA: Rubi

FOLHAS: Cabuatá, hortelã grosso, manjerona, musgo de pedreira, mentrasto.

ODU QUE REGE: Ejilaseborá e Obará

DOMÍNOS: Fogo, Sol, tempestades e os raios.

SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!

A saudação de Xangô, pode ser traduzida como, Venham ver sua real majestade
sobre a terra. Já quando na saudação não acrescentamos o Lé no fim é traduzida
apenas como, Venham ver vossa real majestade.

Os seis Obas da direita são :


- Oba Abi Odun

- Oba Yirê

- Oba Arolu

- Oba Telá

- Oba Otopi

- Oba Kankunfo

Os seis Obas da esquerda são :

- Oba Onoxokun

- Oba Aressa

- Oba Elerin

- Oba Onikoin

- Oba Olubon

- Oba Xorun

ORÌKÌ SÒNGÓ

Sòngó olukoso

Baalé ori Oya.

Má báa mi já.

N’o sí nínu wón.

A bitamóra bí ahere,

Ó bonibode se pínpin n’pin

Má fi osé re na mi.

N’ò sí nínu won, ba mi Segun awon ota mi.

Sòngó o bóniyan j’iyan igángán pomo ré síloro,


Aní séré Ogun léiinjú

A kógboona - kálúú.

Má ba mi já .

N’o sí nímú won. Omó oworan ti won ku lose,

A bi gbogbo ara wa sígásígá.

Sòngó a fà wón ya bi agbádo oojó.

O gbóná ó ju na ló.

TRADUÇÃO

Xangô é o deus que não se enforcou.

Homem, marido de Oyá.

Não brigue comigo!

Não faço parte deles!

Aquele cujo guarda-roupas é grande

Como uma casa de fazenda.

Ele que divide os impostos com quem os recolhe.

Não faço parte deles!

Ajude-me a vencer os meus inimigos.

Xangô que come o inhame espinhoso com quem o preparou

E deixou seu filho sem proteção.

Que tem olhar de guerreiro.

Ele causa problemas na cidade.

Não brigue comigo!

Eu não faço parte deles.


Homem forte que espanta a morte com o seu machado.

Xangô com o corpo todo trêmulo.

Xangô que rasga como quem abre a palha do milho fresco.

Ele é quente. Muito mais quente que o fogo.

Orin Xangô

Oba kawòó o Ó

Oba kawòó o Ó

O, o, Kabíyèsílè

Oba ni kólé

Oba séré

Oba njéje

Se´re aládó

Bongbose O ( wo ) bitiko

Osé Kawòó

O, o, Kábíyèsilé

Rei, meus cumprimentos.

Rei, meus cumprimentos.

Sua majestade, o Rei mandou construir uma casa.

O Rei do xere, o Rei prometeu e traz boa sorte,

o dono do pilão.

Bamboxé abidikô, meus cumprimentos ( ao )

Oxé, sua majestade.

Meus cumprimentos.
Orìkí fún Sóngò

Kàwó Kàbìésìlé

Etàlá mó júbà gdágbà mó júbà

Ólùóyò

Etàlá mó júbà gdágbà mó júbà

Óbà kó só

Etàlá mó júbà gdágbà mó júbà

Ásè

Orìkí para Sóngò

Eu cumprimento o rei

13 vezes eu o cumprimento a você

Chefe do buraco (vulcão)

13 vezes eu o cumprimento a você

O chefe que não morreu

13 vezes eu o cumprimento a você

Axé

ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU

ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,


ELEYÍNJU OGUNNA,

OLUKOSO LALU

A RI IGBA OTA, SEGUN,

EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,

KABIYESU,

ASANGUN DEYINJUM

ONIGBEE A NSURE FUN,

ALEDUN-LABAJA,

ASA-NLANLA-ORI-PAMO,

ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI

A LAPA-DUPE

OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,

JOWO MA LU MI PELU OSE RE,


MA JEKI NRI AISAN,

OKO ABEGBE (OSUN),

BA MI SEGUN OTA MI,

AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,

SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,

AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,

MA JEKI NRI IJA RE,

MA JEKI NDARAN IJOBA,

MA JEKI NRI EJO,

MA JEKI ODO O GBE MI LO,

MA JEKI NKU IKU INA,

MA JEKI ÀRÁ PA MI,

MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.


BAMA SEGUN OTA MI,

BAMI SEGUN OTA MI,

MA JEKI NRIN FE SE SI,

MA JEKI NSORO FENU KO.

OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.

Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,

Pessoa cujos olhos brilham como tigrem

Olukoso, da cidade.
Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,

Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,

Kabiyesi (eu honro você)

Pessoa que é forte até nos olhos,

Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,

Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,

Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,

Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,

Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,

Obakoso não deixe me Ter tristeza,

Favor não me bata com seu Oxé,

Não me deixe ficar doente,

Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,


Meus inimigos nunca vão Ter paz,

Sòngó não me mate e não me provoca a matar outras pessoas,

Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,

Não me deixe ver a sua briga,

Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,

Me poupa de casos de justiça,

Me proteja de afogamento,

Me proteja da morte de fogo,

Não me deixe morrer de raio,

Me proteja das pessoas mas.

Me ajuda a derrotar os meus inimigos,

Me ajuda a proteger meus filhos,

Seja o guia dos meus passos,


Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.

Obakoso, dê muito dinheiro para mim, seu filho,

Dono da trovoada no céu, favor fique no meu lado sempre.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

Roda de Xangô

Ó níìka, ó Níìka Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).

Áwè jè atètú Eu jejuo para o punidor.

Badé, badé ìyá Tèmi Badé, badé, meu espírito sofre

Ó níìka, ó níìka árá ìn álàde o Ele é cruel, o trovão é cruel sim. O dono da coroa é
cruel.

Ó níìka àwe jé atètu Ele é cruel, ele é cruel(o trovão )Eu jejuo para o punidor.

Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai
ruidosamente.

Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).

Aira ma sá re awo, ariwo, ale odó Airá(o trovão), verdadeiramente voa e cai
ruidosamente.

Ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).

Yèyé, kèrè-kèrè lo ni joko ayagba O pássaro vagarosamente senta e chora para as


grandes mães.

Ale odó ma sè Forte como um pilão, como um tambor ( barulho ).


Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.

Oba ìrú l´òkò O Rei lançou uma pedra.

Ìyámasse kò wà Iyámasse cavou ao pé de uma grande

Ìrà oje árvore e encontrou.

Aganju ko má nje lekan Aganju vai brilhar, então , mais uma vez como trovão.

Árá l´okò láàyá Lançou uma pedra com força (coragem)

Tóbi òrìsà, O Grande Orixá do orum (terra dos ancestrais) vigia.

Oba só òrun O Rei dos trovões, está no pé

Árá oba oje de uma grande árvore ( pedra de raio )

Béè ni je a! pá bo Sim, comer(amalá)dentro(de uma gamela) com satisfação, de


uma só vez, adorando.

Je bí o o ni a! pá bo Comer, nascer dele, dentro(de uma gamela)com satisfação, de


uma só vez, adorando.

E ni pá léèrín àdá bá lài Cortado muitas vezes(o quiabo),sempre com cutelo, dentro
da gamela

Ìmó wá mònà mòwé Procurar conhecimento,

Kó je nà mímò àsé certamente torna inteligente.

Kó je nà mímò àsé A comida (amalá) faz adquirir

Kó je nà mímò àsé e aumenta o conhecimento do Axé.

Àwa dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.

A dúpé ó oba dodé Nós agradecemos a presença do Rei que chegou.


A dupé ni mòn oba e kú alé

A dupé ni mòn oba e kú alé Nós agradecemos por conhecer o Rei, boa noite a vossa
majestade.

Ó wá , wá nilè Ele veio, está na terra.

A dupé ni mòn oba e kú alé

Fé lè fé lè Ele quer poder…ele quer poder ( vir )

Yemonja wé okun Iemanjá banha (lava) com água do mar

Yemonja wé okun Dê-nos licença para vermos através dos

Àgó firè mòn seus olhos e conhecer-mos…

Àgó firè mòn Dê-nos licença…

Ajaká igba ru , igba ru Ajaká traz na cabeça, traz na cabeça ( água do mar )

Ó wá e Então estas de volta.

Sàngbá sàngbá Ele executou feitos maravilhosos, feitos maravilhosos.

Didè ó ní Ígbòdo Pairou sobre Igbodo,

Ode ni mó os caçadores

Syìí ní, òní ó sabem disto.

Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!

Òní Dàda , àgò lá rí Senhor Dadá, permita-nos vê-lo !!

Dàda má sokun mò

Dàda má sokun mò Dadá não chore mais.

Ò feere ó ní feere É franco tolerante,

Ó bgé l´orun ele vive no orun,

Bàbá kíní l´onòn da rí é o pai que olha por nós nos caminhos.
Báyànni gìdigìdi , Báyànni olà

Báyànni gidigidi , Báyànni olà Baiani ( Ajaká ) é forte como um animal e muito ,
muito rico.

Báyànni adé , Báyànni òwò A coroa de Baiani é honrosa e muito rica.

Báyànni adé , Báyànni òwò

Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.

Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.

Fura ti ´ná, Fura ti ´ná e , Fura ti ´ná, Desconfie do fogo, desconfie do fogo.

Àrá lò si sá jó O raio é a certeza de que ele queimará.

O cântico chama a atenção para que os descuidados, não tenham a devida cautela
e respeito com o fogo.

Este elemento, fundamental na vida do homem, pode lhe proporcionar conforto,


mas quando sem controle, pode significar a morte. O raio é a certeza de que ele
queimará, pois seu direcionamento é incerto.

Ìbà òrìsà

Ìbà Onílè Abenção dos orixás,

Onílè mo júbà o Abenção do Senhor da terra,

Ìbà òrìsà , Ìbà Onílè Ao Senhor da terra (Onilê)

Onílè mo júbà o minhas saudações.

O cântico saúda Onilê o “Senhor da terra”, nas cerimônias dedicadas a Xangô,


oferendas são destinadas á terra, para que este orixá permita sobre seu templo, “A
Terra” ser acesa a fogueira de Xangô.

Òràn in a lóòde o Sim, a circunstância o colocou de fora.

Bara enì já, ènia rò ko O mausoléu real quebrou ( não foi usado )
Oba nù Ko´so nù rè lé o O homem não se pendurou.

Bara enì já, ènia rò ko O rei sumiu, não se enforcou, sumiu no chão e reapareceu.

Ó níìka wòn bò lórun kéréjé O mausoléu real quebrou ( não foi usado )

Ó níìka wòn bò lórun O homem não se pendurou.

Kéréjé àgùtòn Ele é cruel, olhou, retornou para o rum,

Ìtenú pàdé wá lóna deu um grito enganando ( seus inimigos ).

Í níìka si relé O carneiro mansamente procura e encontra o caminho

Ibo si òràn in a lóòde o Ele é cruel contra os que humilham.

Bara enì já, ènia rò ko A consulta ao oráculo foi negativa.

Oní máa, ni wó èjé O verdadeiro senhor é contra juras ( falsas ) .

Bara enì já, ènia rò ko Sim, a circunstância o colocou de fora. O homem não se
pendurou.

Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Oba ni wá ìyé bè l´órun Suplique ao rei que existe e vive no orum.

Oba sérée la fèhinti Incline-se o rei do xere salvou-se

Eye kékéré O pequeno pássaro na cabeça, é da esquerda,

Adó Òsi arálé é parente da mãe do rio , mase.

Ìyá l´odó mase

Eye ko kéré lánú Apanhou com gentileza, o pequeno e sofrido pássaro

Soko ìyágba l´odò mase a grande mãe do rio , mase.

A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.

A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência

A níwà wúre Nós temos a existência e a boa sorte.


A wúre níwà Nós temos a boa sorte e a existência

Oba lùgbé obaladó O rei afugentou ( os maus feitores ) o rei do pilão.

Obaladó rí sò O rei do pilão olha e arremessa ( os raios )

Obaladó O rei do pilão.

Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente

Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.

Kó mà bò Aquele que definitivamente dá proteção.

Olówó Abastado Senhor, aquele que definitivamente

Kó mà bò , mà bò dá proteção, dá proteção.

Aláààfín òrìsà Senhor do palácio e orixá.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )

Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )

Èkó inón, Lóòde roko fogo de Ékó, ao redor das plantações.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )

Èkó inón, Èkó inón fogo de Ékó ( lagos ), o culto do fogo de Ékó.

Omo àsìkó Bèrè Os filhos , com o tempo, iniciaram o ( culto do )

Èkó inón, fogo de Ékó,

Èrù njéjé com medo extremo.

Àgó l´óna e Licença no caminho.

Dìde máa dáago Levantem-se, eles estão chegando na hora

Àgo àgo l´óna prevista ( de costume )

E dìde máa yo Levantem-se com alegria habitual

Kórò wà nise o Que o ritual teve trabalho.


Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão;

Ó bé rí omon Aquele que cumprimenta como um guerreiro os filhos,

Oba ní sà rè lóòkè odó Ele é o Rei que pode despedaçá-lo sobre o pilão.

Oba kòso ayò O Rei de kosó com alegria.

Máà inón inón

Máà inón wa inón inón Não mande fogo, não mande fogo sobre nós,

Oba Kòso vos pedimos em vosso templo, não mande fogo;

Olóko so aráaye o lavrador pede pela humanidade,

Máà inón inón não mande fogo,

Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade

Máà inón inón não mande fogo,

Oba Kòso aráaye rei de Kosó que governa a humanidade

Aláàkòso e mo júbà O Senhor de Kosó, a vós meus respeitos,

Á ló si oba ènyin nós iremos a vós,

Oba tan jé ló síbè rei a quem iremos

Ló si oba ènyin contar tudo.

A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que

Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.

A sìn e doba àra Nós vos cultuamos, rei dos raios, que

Àra yìí ló síbè ènyin estes raios vão para (lá)longe de nós.

Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Ele possui um axé enorme
Gbáà yìí l’àse senhor da riqueza.

Gbáà yìí l’àse onílá lòkè, baàyònnì Que governa acima das coroas.

Gbáà yìí l’àse

Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata com o raio sobre a terra.

Sàngó e pa bi àrá aáyé aáyé Xangô mata arremessando raios sobre a terra.

Fírí ínón fírí ínón Ele lança rapidamente o fogo, lança rapidamente o fogo

Fírí ínón bàiyìnjó rapidamente o fogo o fogo às vezes fraco(poucas luz)

Máà ínón, máà ínón Não nos mande fogo, não nos mande fogo

Fírí ínón bàiyìnjó Ele lança o fogo às vezes fraco.

Barú de sobo ada Barú faz emboscada em Sobô de facão.

se ké èré, se ké èré Faz gritar e é vitorioso.

de sobo ada

Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.

Àjàká máa bè ká wòóo Ajaká não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.

A e bàbá àjàká máa bè ká wòóo Nosso pai Ajaká

Àjàká máa bè ká wòóo não implora nem mesmo ao poderoso Xangô.

Àjàká máa bè ká wòóo

Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.

Àjàká òké Òrìsá O orixá do monte Ájàká.

Ò be ri ó, ní Dàda sókun, Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora


Àwa ri ó ó ní Dada sókun. Ele existe, eu vi, e é Dada quem chora

Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.

Aé aé ó gbè lê mònsó ojú omon Aê aê ele reconhece pelo olhar seus filhos.

Oba olórí légé ó ni yé oba olórí Chefe dos Reis, fino e agradável

Ilú Àfonjá dé ó, aé aé bé, ri ó Chefe da terra, ele é Àfonjá que chega aê aê

aé aé bé, ri ó aé aé bé, ri ó Ele existe, eu o vi, aê aê ele existe, eu o vi,

Ò bé, ri ó ( ikú kójáàdé-ó kótà èrú) eu o vi, (ele levou a morte para fora – ele vende
os medrosos)

Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni

Agonjú Órìsá awo Ògbóni Aganjú orixá do culto Ògbóni

Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.

Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni Ògbóni, Ògbóni, Ògbóni

Àwúre, Sàngò àwúre Nos dê boa sorte, Xangô, nos dê Boa sorte.

Káwòóo, Káwòóo Sàngò Dàhòmì Vossa Alteza Real,

Káwòóo Ka biyè si e Sua Real Majestade !!

Sàngò Dàhòmì Poderoso Xangô! Proteja-nos das guerras do Dàhòmi.

Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que
queremos cultuar

Oba sérée òwa fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que
queremos cultuar

Oba àwa òjòó oro ní oba Nosso rei da tempestade, ele é o rei

Oba sérée oba fé yìí sìn É para o rei que tocamos o xere, e é a este rei que
queremos cultuar
Kíní ba, kíní ba, àrá won pè Poderoso Senhor que racha o pilão e oculta-se

Kíní ba, o sérée alado àwúre. Que impõe os raios e os chama de volta, abençoe-nos.

Obaladô é um dos títulos de Xangô significando “o rei que racha o pilão”

Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não
seja roubada.

Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, que ela não
seja roubada.

Àwa bo nyin maá ri àwa jalè Nós que o cultuamos, jamais veremos nossa casa
roubada.

Àwúre lê, Àwúre lé kólé Abençoe-nos e traga boa sorte à nossa casa, e que não
venham ladrões.

Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro…

Ó fì làbà, làbà…. Ò fì làbà Ele usa bolsa de couro.

Ó jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Ele é imenso, o maior de nossa casa, ele é gigantesco

Jìgòn àwa lé npé ó jìgòn nlá Em nossa casa o chamamos de o maior entre os
gigantes.

E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação


Tapa.

E kí Yemonjá ago, Tapa Tapa Cumprimentemos Iemanjá pedindo licença a nação


Tapa.

Oba sà rewà ele mi jéé jéé Rei que ama o belo, senhor que me conduz serenamente

Kù tù kù tù awo dé rè sé antes do culto chega com o seu oxê

Oba sà rewà O rei que ama o belo


Sòngó tó rí olá È imensa, é imensa a riqueza que eu vi

Tó e tó rí olá tó Xangô, é imensa a riqueza que eu vi

Sòngó tó rí olá

Tó e tó rí olá to

Ofó de Xangô

Arirá

Bambi

Olu Oió

Atobajayê o

Tradução

O rápido relâmpado

O renascido

Senhor de Oió

Aquele que é suficiente para sustentar o universo.

Aganju Solá

Aganju Solá é irmão gêmeo de Xangô, Jakutá, e representa, assim como Xangô, as
forças da natureza os vulcões, os terremotos e o magma incandescente. Aganju
rege tudo o que é explosivo, a ele é atribuído o poder de movimento do universo.
Aganju representa tudo o que se move, assim como Xangô, Aganju é o Orixá dos
desertos, seu nome pode ser traduzido como deserto, ou mais precisamente,
Aganju Solá, aquele que cobre o deserto com sua voz.

Aganju assim como Xangô é um Orixá do fogo, de caráter colérico e guerreiro. Ele é
considerado como um dos Orixás da Terra e é cultuado na sociedade de Ogboni.

Oraniã
Óránmìyán, o primeiro Oba Aláàfin de Oyó.Casado com Morèmi, uma bela mortal ,
nativa de Òfà ,que se tornou mais tarde uma heroína em Ilê-Ifé, da qual tem um
filho filho, que recebe o nome de Ajaká. Após algum tempo, Òrànmíyàn investe em
novas conquistas e volta a guerrear contra a Nação dos Tapas, onde havia sido
derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitória sobre Elémpe, na época rei
dos Tapas. Por sua derrota, Elémpe entrega-lhe sua filha Torosí, para que se case
com ele. Retornando a Oyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí e com ela tem um filho,
chamado de Sàngó, um mortal, nascido de uma mãe mortal e um pai semideus,
portanto com ascendentes divinos por parte de pai.

Após este período com inúmeras vitórias, a cidade de Oyó torna-se um poderoso
império, Òrànmíyàn, prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Ilê-Ifé,
deixando em seu lugar, em Oyó, o príncipe coroado, seu filho Ajaká, que torna-se o
segundo Aláàfin de Oyó. Em uma de suas conquistas, a da cidade de Benin, anterior
a fundação de Oyó, Òrànmíyàn termina com a dinastia de Ogìso, o então rei,
expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o primeiro Obabínín, e inicia sua
dinastia tendo um filho, chamado Èwékà, com uma mulher do local. Antes de deixar
a cidade, ele torna Èwékà como seu sucessor no trono do Benin. (Atual cidade na
Nigéria, antigo Reino do Benin, não confundir com a República do Benin, antigo país
chamado Daomé.)

Durante sua longa ausência em Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin ,seu irmão mais
velho, se tornou o segundo Óòni de Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando
Obàlùfan morreu, e ninguém sabia do paradeiro de Òrànmíyàn, o povo de Ifé
aclamou Obàlùfan Aláyémore como sucessor direto de seu pai. Quando Òrànmíyàn
chega em Ifé, Obàlùfan Aláyémore já reinava como o terceiro Óòni de Ifé, mas com
um fraco reinado. Enfurecido com o povo de Ifé que haviam aclamado Aláyémore, e
que o tinham chamado para combater possíveis inimigos, o poderoso guerreiro
colérico ,comete varias atrocidades e só para quando uma anciã grita desesperada
que ele está destruindo seus "próprios filhos", o seu povo. Atônito, ele finca no chão
seu asà (escudo) que imediatamente se transforma em uma enorme laje de
pedra ,num lugar hoje chamado de "Ìta Alásà" ,e decide ir embora e nunca mais
voltar à Ifé.

Quando rumava para fora dos arredores de Ifé ,em Mòpá, foi interceptado pelo povo
que o saudavam como Óòni de Ifé e suplicavam por sua volta. Ele então satisfeito e
envaidecido ,atende ao povo e finca no chão seu òpá (seu bastão de guerreiro)
transformando-o em um monólito de granito (Òpá Òrànmíyàn) selando assim o
acordo com o povo e volta em uma procissão triunfante ao palácio de Ifé.
Sabendo disso, Obàlùfan Aláyémore abandona o palácio e se exila na cidade de
Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono e se torna o 4ª Óòni de Ifé até sua morte.
Obàlùfan Aláyémore, retorna do exílio e reassume como o 5ª Óòni de Ifé e reina
deste vez, com sucesso até a sua morte.

Orungã

Orungan é o filho de Aganjú com Yemanjá, Este nome é combinaçãode orun, do céu,
e de gan, do ga, para ser elevado; e parece significar "na altura do céu." Parece
responder ao khekheme, ou "à região livre de ar" dos povos Ewe, para significar o
espaço aparente entre o céu e a terra. A prole da terra e da água seria assim o que
nós chamamos de ar. Orungan é um Orisá de grande fundamento no culto de Ifá,
nasceu em Ofun, por esse motivo esse Odú também é chamado de Orungan em
honra a esse Orisá. Orungan é o pai o Oráculo de Ifá, é o Orisá mais belo de toda a
criação. Orungan vive na pele das pessoas, ele é o dono dela e da juventude. Rege
tudo o que é coberto pela pele seres humanos e os animais.

Quando olhamos um Orisá o primeiro que se reflete é Orungan. Orungan representa


o amor proibido e tudo o que ocorre em segredo, dizem que sua beleza era
irresistivel a tudo e todos.

Este Orixá possui muitos Itans e fundamentos importante dentro do panteão dos
Deuses Africanos assim como Xangô, Ogum ou Oxalá. Orungan é o verdadeiro deus
dos espelhos é o deus do ar que respiramos e da pele. Quando nos olhamos no
espelho a primeira coisa que vemos é Orungan.

oloje iku ike obarainan

OMOLU POR MAE PALMIRA

Xapanã o Obaluaiê

É cultuado como o poderoso Orixá da Varíola. É o senhor das doenças. de pele


Obaluaiê está ligado ao elemento terra, sendo detentor de seus segredos. Tem,
também, ligação com as árvores e com os espíritos que as habitam. Todos o temem,
por enviar as doenças, muitas vezes, como castigo ou como desígnios divinos para
uma renovação da vida. Da mesma forma que ele traz as enfermidades ele pode
levá-las. Ele é um imã de doenças.
Na África, ele é venerado e temido por seus desígnios, sendo considerado uma
figura repressora e perigosa, que pode trazer facilmente a morte, mas, por outro
lado, é o grande redentor de todas as mazelas que atingem os seres humanos. Ele é
cultuado e adorado com todo o respeito, evitando-se, inclusive, pronunciar seu
nome sem um motivo real, por isso Xapanã é chamado de Obaluaiê.

Ao contrário de Omolú, Obaluaiê não se cobre totalmente com o Azê. Obaluaiê usa
apenas um filá de búzios, todos os seus fundamentos devem ser repletos de búzios,
já que Obaluaiê é considerado como o senhor da riqueza da terra desta forma,
todos os grãos seriam sua propriedade, ele é um equivalente Jeje do Orixá Okô.

Os desígnios de Obaluaiê nos faz refletir sobre o valor da vida humana e o quanto
ela é frágil. Infelizmente, o ser humano só dá valor ao que tem quando está
perdendo, como a saúde, por exemplo.

Aspectos Gerais

DIA: Segunda-feira

DATA: 13 ou 16 de Agosto

METAL: Chumbo

CORES: Preto, branco e vermelho.

COMIDAS: Pipoca (deburu), abado, mostarda (latipá), aberém.

SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.

ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.

REGIÃO DA ÁFRICA: Daomé

PEDRA: Turmalina negra, mármore.

FOLHAS: Canela-de-velha, erva-de-bicho, barba-de-velho, mamona.

ODU QUE REGE: Odi e Etaogundá.

DOMÍNIOS: Doenças epidêmicas, cura de doenças, a vida e a riqueza que brotam da


terra.

SAUDAÇÃO: Atotoó!!!
A saudação de Obaluaiê, assim como a de Omolu pode ser traduzida literalmente
como Silêncio.

Sakpatá é a denominação fon do Orixá Xapanã Obaluaiê. É o grande Ayi-vodun do


panteão Ewe-fon, por isso intitulado Ayinon é o Rei do Mundo, originariamente
Vodum Senhor da varíola e de inúmeras enfermidades contagiosas que deformam o
corpo. Todo o povo fon o teme enormemente e o cultua fervorosamente e possui
uma grande quantidade de representações, cada uma sendo um aspecto de
doenças e infecções.

Obaluaiê

Órìsà jìngbìnì

Orixá forte

Abàtà, arú bí éwè ájò

Abatá que floresce exuberante como as folhas da árvore ajó

Órìsà tí mú ómó mú íyá

Orixá que pune a mãe juntamente com o filho

Bí Óbàlùáìyé bá mú won tún

Depois que Obaluaê acabar de castigá-los

O tún lè sáré lo bábà

Ainda poderá castigar o pai

Órìsà bí Ájè

Orixá semelhante a uma feiticeira

Óbàlùáìyé mo ílé Osó, ó mo ílé Ájè

Obaluaê conhece tanto a casa do feiticeiro como a da bruxa

O gbá Osó l'Ójú,

Desafiou o feiticeiro

Osó kún fínrínfínrín


E este correu desesperado

O pa Ájè ku ìkan soso

Matou todas as bruxas permitindo que apenas uma vivesse

Órìsà Jìngbìnì

Orixá forte

Óbàlùáìyé a mú ni toùn toùn

Obaluaê, que faz as pessoas perderem a voz

Óbàlùáìyé sí Odù re hàn mí

Obaluaê, abra seu odu para mim

Kí ndi olówó

Para que eu seja uma pessoa próspera

Kí ndi olomo

Para que eu seja uma pessoa fértil.

Oríkì fún Obàlúàiyé

ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Abàtà, Arú Bí Ewé Ajó.

ÒRÌSÀ Tí Nmú Omo Mú Ìyá

Bí Obàlúàiyé Bá Mú Won Tán

O Tún Lè Sáré Lo Mú Bàbá


ÒRÌSÀ Bí Àjé

Obàlúàiyé Mo Ilé Osó, O Mo Ilé Àjé

O Gbá Osó L’ójú

Osó Kún Fínrínfínrín.

O Pa Àjé Ku Ìkan Soso

ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Obàlúàiyé A Mú Ni Toùn Toùn

Obàlúàiyé Sí Odù Re Hàn Mí

Kí Ndi Olówó

Kí Ndi Olomo.

Àse

Oríkì para Obàlúàiyé

Òrìsà forte
Abàtà que floresce como as folhas de ajó.

Òrìsà que pune a mãe junto com o filho

Depois que Obàlúàiyé acabar de pegá-los

Poderá ir pegar o Pai.

Òrìsà igual ao feitiço.

Obàlúàiyé conhece tanto a casa do feiticeiro, quanto a casa da bruxa

Desafiou o feiticeiro

O feiticeiro correu desesperado.

Matou todas as bruxas e só permitiu que uma sobrevivesse

Òrìsà forte

Obàlúàiyé que faz as pessoas perderem a voz

Obàlúàiyé abra seu odù para mim

para que eu tenha prosperidade


para que eu tenha muitos filhos.

Assim seja, assim seja, assim seja.

ISURE ÒRÌSÀ ÒBÁLUÀIYÉ

IBA OBA OLUWAIYE

FARÌORO, ONI-WOWO-ADO, ARUNMOLOOFUN DANU,

AJE-IGBA-OOGUN MAKUU,

OBA EMITOTO, OBA EMILARE,

OBA EMITOTO LAAPE IFÁ

OBA EMILARE LAAPE ODU,

IWO OBALUWAIYE, IWO LO FI AWON ORISA MOKANLENIRUNGBA TI

BEM LODE ISALAYE JE OYE

WA FI EMI NAA JOYE LODE AIYE ISALAYE,

KI NRI JE, KI NRI UM


IDAKUDA NI KOO MA LO DA AWON OTA MI,

MAA JEKI NRI IKU, MA JEKI NRI ARUN,

MAA JEKI NRIKI OMO, IKU AYA, IKU OKO,

AGAN TI O RI BI FUN LOMO

KI ABOYUN BI TIBI TIRE,

KI OPO ILE KIRI MOLE,

OBALUWAIYE, JEKI MBIMO, KI O TO DI ODUN TO MBO,

TO BA FUN MI LOMO ATI OWO, EMI O FUN O NI EWURE.

OBALUWAIYE, FUN MI NI ALAFIA,

FUN MI NI ILOSIWAJU ATI IRE RE,

ALUJOGUN GBA MI

JOWO WO MI SAN,

MA JEKI NRI IJA RE,


KI NKAN MA SE MI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Eu te saúdo Obálùaiyé.

Farìoro, você que tem muitas cabaças pequenas cheias de medicinas e pessoa
quem faz medicina das pessoas ineficaz

Você que come veneno que não tem efeito sobre você,

O deus de Emitoto, deus de Emilare,

O deus de Emitoto é o nome dado ao Ifá,

O deus de Emilare é o nome dado ao Odù,

Você, Obálùaiyé quem coroa todos os duzentos e um òrìsàs que residem no mundo,

Favor, me coroa também neste mundo,

Forneça-me todos os materiais de bem-estar,

Cria confusões com os meus inimigos,


Me proteja da morte e doenças,

Proteja meus filhos,esposa, marido da morte

Dá filhos para àquelas que ainda não tem

Faz que aquelas grávidas Ter seus partos sem problemas,

Não deixe o espírito do mau entrar na minha casa

Obàlúaiyé, faz que eu tenha filho antes do final do próximo ano,

Se você me der filho e dinheiro, matarei a cabra para agradar.

Obàlúaiyé, me dê a paz,

Me dê progresso e bondade.

Alujogun, me salva,

Favor me curar de qualquer que pode me afligir,

Não deixe me ver sua raiva, e que nada aconteça comigo.

Axé do Senhor Supremo.


Benção do Senhor Supremo.

Voduns tratados como qualidades de Xapanã - Obaluaiê

Afoman /Akavan

Azonsu / Ajansu / Ajunsu

Azoani

Ajoji

Avimaje / Ajiuziun

Ahosuji / Segí

Savalu / Sapekó

Sapata / Sakpatá

Orin Obaluaiê

Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo

Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo”

Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.

Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.

È é é ajeniníiyá, ajeniníiyá

Àgò ajeniníiyá

Máà kà lo, ajeniníiyá,

Ajínsùn aráaye, ó ló ìjeniníiyá

E wa ká ló

Sápadà aráaye, ló ìjeniníiyá,


E wa ká ló

Ìjeniníiyá aráaye

A vós punidor, te pedimos licença, não nos leve embora.

Ele pode castigar e levar-nos embora, mandar-nos embora de volta para o outro
mundo( outro, o dos mortos).

Pode castigar e levar-nos embora, castigar nos humanos.

Opeèré má dó péré

Ó bèré ké se

Má dó há, má dó pèré

Opeèré má dó péré

Ó bèré ké se

Má dó há, má dó pèré

Don hòn há

Don hòn há é à , Empé

Don hòn há

Don hòn há é à , Empé

Opèré má dó péré

Dó sú, màá dó é

Dó sú, màá dó , Dó sú, màá dó

Dó sú, màá má n’gbé

Ayò kégbe hún hún

Ayò kégbe hún hún

Operé(Pássaro) não ficará só

Ele começará a gritar.


Partilhara sua comida,não ficará só

Somente Operé não ficara só.

Ele proclamará a todos.

Ele ficará e gritará, e não ficará só.

Os de Empé usarão barreiras contra feitiços,

se tornarão visíveis

e dividirão a sua comida

Operé não ficará só

ficará cansado, ficará bem

ficará cansado e será ajudado.

Contende gritara, sim , sim

Ágò n’ilé , n’ilé

N’ilé ma dàgó

Sápadà, A jí nsún,

Ma dàgó

Ágò n’ilé ágò.

Permissão ( licença )

para entrar na casa.

licença Sapatá

Ajinsun, permissão

Para entrar na casa, licença.

Ó gbélé ìko , sàlàrè

Sálà rè lórí
Ó gbélé ìko, Ó gbélé ìko

Sálà rè lórí

Ele vive em casa de palha

que é o seu alá, que cobre a sua cabeça

vive em casa de palha

o alá que cobre a sua cabeça.

Olórí ìjeníiyà a pàdé

Olorí pa

Olórí ìjeníiyà a pàdé

Olorí pa

O Senhor que mata, o Senhor que castiga

vem ao nosso encontro.

O Senhor que mata, o Senhor que castiga

vem ao nosso encontro.

Jó alé ijó , é

Jó alé ijó , é jó

alé ijó ,

Àfaradà a lé

Njó ó ngbèlé

Dance em nossa casa.


dance, dance , dance em nossa casa.

dando força e energia à nossa casa.

Dançando ele dá proteção à casa.

Àká ki fàbò wíwà

Àká ki fàbò wíwà

Wáá kalé , wáá

Kalé sé awo orò

Wáá kalé , wáá

Kalé sé awo orò

Ò kíní gbé fáárà farotì

Ò kíní gbé fáárà àfaradà

Oní pópó oníyè

Kíní ìyìyá wa ìfaradá

Ò ní a ló ìjeníìyà

Ajàgun tó ló

Ìjeníìyà olúwàié

Táálá bé okùnrin

O táálá bé okùnrin

Wa ki ló kun

Táálá bé okùnrin

Abénilorí ìbé

Rí ó ní je olúwàié

O táálá bé okùnrin

Celeiro para onde retorna a existência,


que possa você ter celeiro para onde

retorna a existência, longa vida

para cultuar as tradições, e que

possa você ter longa vida

para culturar as tradições.

Ele é aquele que pode aproximar-se e dar apoio

aquele que pode dar força e energia

com sua proximidade. Senhor das estradas

e dos campos, Senhor da boa memória,

que pode nos dar força para resistirmos à dor.

Ele pode fazer secar a cabeça do homen,

levá-lo embora e

esculpir a cabeça do homem.

Ele pode fazer definhar,

matar a cabeça do homen.

É o executor que decapita,

que pode nos castigar.

O guerreiro que pode castigar.

O senhor da terra.

O guerreiro que pode punir.

Wúlò ní wulò

A nilè gbèlé ibé kò

Wúlò ní wulò

A nilè gbèlé ibé kò


Ele é importante e necessário

para nós da terra, dá proteção à casa

não permita que nossas cabeças também

para nós da terra, dá proteção à casa

Onilè wà àwa lèsé òrisá

Opé ire onílè wà a lèsé òrisá Opé ire

E kòlòbó e kòlòbó sín sín sín

Kòlòbó

E kòlòbó e kòlòbó sín sín sín

Kòlòbó

Omolú pè olóre a àwúre e

Kú àbó

Omolú pè olóre a àwúre e

Kú àbó

Jé a npenpe e ló gbé wàiyé

Tó ní gbón mi

Jé a npenpe

Obalúwaiyé

Tó ní gbón mi ó

O Senhor da terra está entre nós que cultuamos orixá.

Agradecemos felizes pelo Senhor da terra

estar entre nós que cultuamos orixá.

Agradecemos felizes.

Em sua pequena cabaça traz remédios


para livrar-nos das doenças

Omolu te pedimos Senhor da boa sorte,

que use seus remédios ( sortilégios )

para nos trazer boa sorte.

Seja bem-vindo!

Senhor que tem boa memória e pode tornar-se inteligente.

pois eu sou insignificante ( pequenino )

É ele que pode dar proteção ao nosso mundo.

È ele que pode dar inteligência, eu sou pequenino

Rei, Senhor da terra, torne-me inteligente.

Kóró nló awo , kóró nló awo

sé ó gbèje

Kóró nló awo , kóró nló awo

sé ó gbèje

Ele vai embora,

embora da cerimônia,

embora do culto.

Ele aceitou comer.

Omolu

Omolu é um Orixá africano cultuado no candomblé e na umbanda.Muitas vezes


confundido com o Orixá Obaluaê, tanto que, no Brasil, muitas casas de santo
cultuam Obaluaê e Omolu como um só Orixá, Omolu é, no entanto, um Orixá que se
aproxima de Obaluayê devido a regência sobre as doenças, mas possui uma
identidade própria. Na realidade Omolu é filho de Nanã e de Obaluaê. Omolu é a
semelhança de Obaluaê. Essa afirmação pode ser facilmente notada no
desmembramento do nome das duas divindade. O desmembramento de de
Obaluaê é Óbà-ólù-áìyé = Rei Senhor da Terra. E o de Omolu é Ómó-ólù = Filho do
Senhor, uma clara referência a Obaluaê o Senhor da terra.

Assim como Obaluaê, Omolu pode trazer a doença mas também a leva. Os devotos
lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou
doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.

Em algumas casas de santo, as pipocas são estouradas em panelas com areia da


praia aquecida, lembrando a relação desse Orixá. Afinal, conta uma lenda que
Omolu, muito doente, foi curado à beira-mar pela água salina, tendo Iemanjá o
tomado como filho adotivo. Por isso, também são realizadas oferendas a Omolu nas
areias das praias do litoral brasileiro.

Orin Omolu

Omolú Kíí bèrú jà

Kòlòbó se a je nbo

Kòlòbó se a je nbo

Kòlòbó se a je nbo

Aráayé.

Omolu não teme a briga.

Em sua pequena cabaça traz axé e feitiço.

Vamos comer cultuando-o

Omolu não teme a briga.

Em sua pequena cabaça traz axé e feitiço.

Vamos comer cultuando-o, todos juntos.

Omolú tó ló kum eron ènìòn

E ló e ló e kum

Omolú tó ló kum eron ènìòn

E ló e ló e kum
Omolú tó ló kum eron ènìòn

Omolú tó ló kum eron ènìòn

Omolu é aquele que pode

esculpir na carne das pessoas.

Omolu é aquele que pode

esculpir na carne das pessoas.

Ele pode, ele pode e ele esculpe

oloje iku ike obarainan

OS NOVE ÒRUNS

ÒRUN AFÉÉFÉ - Espaço da aragem; local de correção e onde os espíritos


permanecem até serem reencarnados.

ÒRUN ÌSÁLÚ - Também denominado ASÁLÚ, onde são realizados os julgamentos dos
espíritos.

ÒRUN ÀPÁÀDÍ - O local dos erros impossíveis de reparar

ÒRUN RERE - Lugar para aqueles que foram bons em vida

ÒRUN BURÚKÚ - O espaço destinado às pessoas más

ÒRUN ÀLÀÁFÍÀ - O local de paz e tranquilidade

ÒRUN BÀBÁ ENI - O òrun do pai das pessoas.

ÒRUN ÀKASÒ - Espaço destinado à passagem dos espíritos do òrun ao àiyé, no


momento de sua reencarnação.

ÒRUN OKÉ ORA - Local do òrun, de onde partiu Odùdúwà para o àiyé. Ora é também
o nome de um lugar perto de Ilé Ifé onde Odùdúwá e seus amigos teriam vivido por
várias gerações antes de invadir as terras Yorùbá.

Ifaatogun relata no livro de Juana Elbein, e destacou os 9 òrun e os separou da


seguinte forma: * 4 em cima que seria a paz de Orun, a parte destinada a OBATALÁ
ALAABALASE, a indicação do seu poder ao Cetro, em quatro em baixo, indicação
destina por ODÙDÚWA.

* O 5 espaço é destinado a gente que ainda não soube saber indicar o local que
fica, até mesmo porque é só detalhar as semelhanças dos 9 òrun com o Arco íris de
Besen. São nove espaços, 9 significados diferentes, 9 estilos de cores, 9 nove
maneiras de "manipulações" no àiyé.

O problema é saber onde exatamente ficam estes espaços, qual a sua significação
para a gente.

A visão Yòrúba por vezes é bastante diferente da brasileira e da ocidental, que


muito se misturou as outras crenças. Não acreditamos em karma e não
compartilhamos da visão cristã de pecado, uma vez que não somos CRISTÃOS.
Existem sim normas de conduta dentro de uma sociedade. Só isso já faz com que
acreditemos que esses nomes foram meras traduções e interpretações para ajustar
a nossa religião à Cristã, vista como a mais certa pela sociedade. ERRONEAMENTE,
É CLARO.

Aprende que o Òrun está situado dentro de Ilú Àiyé (Ilú = cidade Àiyé= vida -
Planeta Terra), todos eles sem exceção. O Òrun é o lugar da morada dos Deuses e
Ancestrais, o Àiyé é o lugar das realizações, no Òrun após a morte somos seres
estáticos.

O primeiro Òrun é constituído pelo elemento pedra.

O segundo pelo elemento metal.

O terceiro pelo elemento vegetal.

O quarto é justamente Ilú Àiyé, nossa morada.

O quinto é o espaço reservado a Egúngún.

O sexto é reservado a Igbamole.

O sétimo é reservado a Irunmole.

O oitavo é reservado a Òrìsà.

E finalmente o nono e último é reservado a Olodumare, o Deus Criador.

Todos eles estão ligados à natureza e não tem qualquer relação com a cultura
nipônica que acredita que o ser humano reencarne como árvore ou animal, isso não
ocorre dentro do pensamento e crença yorùbá. Não acreditamos em CÉU e
INFERNO, espaços de purificação da alma, evolução kármica, evolução do espírito, a
possibilidade de morrer hoje e renascer Òrìsà amanhã, etc. Quando retornamos, o
único espaço que nos cabe é o quinto. Nossa matéria retorna a natureza, e vai para
cada um dos espaços a elas destinados, só o nosso ÈEMI é imortal e será lembrado
posteriormente. No dia em que ajoelhamos perante Olodumare e escolhemos
retornar, ele recolhe novamente o material e entrega a Obatalá e Baba Ajala.

E então retornamos, para cumprir nossos desígnios escolhidos no Órun, e que


buscaremos, aqui na Terra, segui-los.

Perdemos totalmente a memória desses ditames, mas poderemos saber deles se


consultarmos Ifá e iniciarmos e saber nosso ODU, que traz toda a história de quem
somos e o que estamos a buscar aqui.

Algumas vezes temos recordações esporádicas, o que o ocidental chama de


DEJAVÚ.

Sabe aquele momento rápido de que: "ACHO QUE JÁ ESTIVE AQUI", OU "ACHO QUE
JÁ FIZ ISSO", OU "ACHO QUE CONHEÇO ESSA PESSOA" ?

ESSAS SITUAÇÕES SÃO LEMBRANÇAS DE OUTRAS VIDAS.

TUDO ESTÁ DENTRO DE NÓS. PARA TANTO É PRECISO QUE NÓS CONTATEMOS COM
O NOSSO EU PRIMORDIAL, ABRAMOS A NOSSA "CAIXINHA DE PANDORA" (expressão
usada por mim), E ASSIM DESENVOLVERMOS TODA A NOSSA POTENCIALIDADE A
QUE ESTAMOS DESTINADOS.

PROMOVER O NOSSO BEM ESTAR É DETERMINANTE, POIS ELEDUMARE (DEUS) NÃO


DESEJA QUE SOFRAMOS, QUE SEJAMOS MISERÁVEIS, DOENTES, FRACOS.

PELO CONTRÁRIO, SOMOS TODOS FORTES E SAUDÁVEIS, MAS...ESTRAGAMOS


NOSSAS VIDAS JUSTAMENTE PQ NÃO OUVIMOS O NOSSO EU INTERIOR, NOSSO EU
VERDADEIRO E NOS DEIXAMOS INFLUENCIAR PELOS OUTROS, E POR SITUAÇÕES
QUE "APARENTAM" SER CORRETAS, MAS NÃO SÃO.

SÃO AS FANTASIAS COM QUE O "TAL" DE ELENINI NOS ARMA.

AS ARMADILHAS PARA NOS DESTRUIR E NOS AFASTAR DE IWÁ PELE (CARÁTER) E DO


ONOON RERE (BOM CAMINHO).

PENSEM NISSO.

É o que eu costumo dizer, para exemplificar, que ODU é o nosso DNA espiritual.

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