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Apostila - Aproveitamento Integral Do Pescado
Apostila - Aproveitamento Integral Do Pescado
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2. Higiêne do local....................................................................................... 01
3. Abate e processamento........................................................................... 01
3.1. Abate............................................................................................... 01
3.1.1. “Sangria.............”.................................................................. 02
3.2. Processamento................................................................................ 03
6. Defumação de pescados…………………………………..........................; 12
7. Salga de pescados……………………………........................................... 13
10 Bibliografia recomendada…………………………................................... 21
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA – I…………………………………………….. 23
1. Higiêne manipulador
- vestimenta: preferencialmente branca ou jaleco branco
- avental de plástico lavável
- bota borracha lavável (preferencialmente branca)
- toca branca de tecido lavável ou descartável
- luvas de borracha ou descartável ou própria para peixes
2. Higiêne do local
- piso e paredes com tinta lavável
- bancada de aço inoxidável ou azuleijos ou revestimonto de borracha lavável
- portas e janelas com telas mosquiteiro
- ambiente fresco ou refrigerado
- água potável preferencialmente clorada (mínimo 5ppm)
3. Abate e processamento
3.1. Abate
Atualmente o abate dos peixes pode ser realizado adotando-se os seguintes
métodos:
3.1.1. “Choque térmico”: este método consiste em colocar os peixes,
imediatamento após a despesca, dentro de um tanque com água e gelo fundente na
proporção de 1:1, permanecendo por alguns minutos neste tanque. Desta forma a
água permace a zero graus Celsius de temperatura, conferindo ao abate menor stres
proporcionando melhora na qualidade do filé, conseqüentemente aumentando o
tempo de estocagem do produto final. A figura um apresenta a imersão dos peixes na
caixa com água e gelo fundente na despesca.
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Figura 1. Imersão dos peixes na caixa com água e gelo fundente na despesca.
3.1.2. “Choque térmico e sangria”: este consiste na insensibilizaçaõ dos peixes em
água e gelo fundente; em seguida efetua-se uma incisão na guelra ou uma punção na
espinha dorsal; após esta etapa coloca-se o peixe em outro tanque contendo água e
gelo para que ocorra a sangria. Este método é o mais indicado, pois os produtos
obtidos são de melhor qualidade. A Figura 2 ilustra a operação de sangria realizada
em uma bancada especifica e o tanque da sangria, após a insensibilização.
3.2. Processamento
Após o abate e a sangria os peixews entram na linha de processamento, essa
será de acordo com o corte a ser praticado.
3.2.1 Cortes de peixes
Os cortes de peixes mais praticados na cadeia aquicola estão apresentados nas
Figuras de 3 a 8. O peixe utilizado para representar os cortes é a tilápia sp. Os cortes
são peixe eviscerado; corpo limpo, filés, postas; borboleta ventral e bandas. Os cortes
inteiros e bandas são os mais utilizados para os peixes defumados, enquanto que
para os sagados são utilizados além do corte em bandas o corte borboleta. O corte
em “v” do filé sem pele é utilizado principalmente na tilápia para a retirada dos oito
espinhos remanescentes da filetagem desta espécie. Lembrando que é imprescindivel
a retirada destes espinhos pois um dos fatores de divulgação para aumentar o
consumo desta espécie é a ausência de espinhos nos filés.
(a) (d)
(b) (e)
(c)
(f)
Figura 3: (a) peixe inteiro, eviscerado Figura 4: (d) corpo limpo com
com escama, e cabeça; (b) peixe pele; (e) corpo limpo sem pele e
eviscerado, com escama, e sem (f) corpo limpo sem pele e com
cabeça e (c) peixe eviscerado, sem nadadeira caudal.
cabeça e escama.
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(j)
(g)
(h) (k)
(n)
(l)
(o)
(m)
Peixe Inteiro
Filetagem manual
CMNS
O segundo grupo inclui os resíduos que podem ser submetidos a processos para
a obtenção de matéria-prima destinados a elaboração de produtos de valor agregado
(empanados, embutidos, entre outros) para uso na alimentação humana. O principal
resíduo usado para esta finalidade é a carcaça (com carne aderida após a retirada do
filé) além das aparas obtidas durante a toilete dos filés de tilápia.
A Tabela 4 apresenta a composição centesimal dos resíduos do processamento
de tilápias pertencentes ao segundo grupo, carne mecanicamente separada (CMS) e
manualmente separadas (CMNS).
Tabela 4 Composição centesimal de resíduos carne mecanicamente separada (CMS)
e manualmente separadas (CMNS).
Nutrientes CMS CMNS
Umidade (%) 73,00 70,27
Proteína Bruta (%) 15,87 14,47
Gordura (%) 10,23 14,37
Cinzas (%) 1,17 1,00
B
A
Carne Mecanicamente
Corte “v” (CMNS) Separada (CMS)
1ª Moagem (2 mm)
Homogeneização
Formatação
(manual ou mecanizada)
Congelamento -25°C
6. Defumação de pescados
A defumação é um processo de conservação que tem sido usado há milhares de
anos, sendo que atualmente, seu emprego deve-se principalmente aos efeitos
atrativos que a fumaça confere aos produtos. A defumação baseia-se na desidratação
parcial e deposição, nos pescados, de substâncias que agem como conservantes e
aromatizantes permitindo ainda a formação da cor característica de produtos
defumados.
A defumação pode ser realizada a quente ou a frio, dependendo da temperatura
da câmara de defumação. Considera-se que a defumação é a frio quando a
temperatura é mantida entre 30 e 400C, não podendo ultrapassar 550C. O tempo de
duração do processo de defumação a frio é de 1 a 4 dias, e os produtos assim
defumados tem longa duração, mas devem ser cozidos antes de serem consumidos.
No processo de defumação a quente, o pescado é exposto inicialmente ao calor
geralmente originado da queima de madeira ou carvão, e posteriormente também à
fumaça, proveniente da queima de serragem fina, por um período variável de 2 a 16
horas. Desta forma ocorre um cozimento e uma pasteurização do pescado, já que ele
fica exposto a temperaturas que variam de 60 a 1200C. Os produtos defumados pelo
processo á quente tem duração menor que os defumados a frio, mas podem ser
consumidos sem necessidade de cozimento.
A defumação é um processo indicado para peixes gordurosos, pois a gordura
ajuda na deposição dos componentes aromáticos da fumaça; no entanto peixes
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7. Salga de pescados
A salga de pescados é uma das técnicas mais antigas de preservação, sendo
praticada desde a pré-história. Alcançou seu máximo de utilização nos séculos 18 e
19, mas com o desenvolvimento de outros métodos de conservação, ocorreu uma
redução na produção de peixes salgados. Embora seja uma técnica simples é comum
verificar-se perdas de produtos salgados por diferentes fatores: insuficiência de sal
utilizado, secagem deficiente e embalagem inadequada, etc. Apesar das deficiencias,
o processo é amplamente usado, porque uma parcela significativa da população, já
se acostumou a consumir produtos de baixa qualidade, isto é, dotado de alguma
oxidação ou rancidez.
O princípio básico do processo da salga é a remoção de água dos tecidos e a sua
parcial substituição por sal, visando diminuir ou até mesmo impedir a decomposição
do pescado, seja pela autólise, seja pela ação dos microrganismos. Desta forma
obtém-se um produto com pequena atividade de água.
A fim de se obter um produto de boa qualidade, o ítem mais importante a ser
condiderado é o estado de conservação da matéria prima. Devemos recordar que
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A quantidade de sal a ser utilizada, vai depender do tipo de produto que se quer
produzir, variando de 10 a 40% de sal por peso de pescado, variando de 2 a 20 dias.
Este tipo de salga é mais adequado para pescados magros como bacalhau ou
merluza e tilápia, sendo inadequado para peixes gordurosos (pacu, sardinha,
arenque), pois haverá maior contato das gorduras com o oxigênio do ar, podendo
ocasionar a rancificação das mesmas. É recomendável também, efetuar-se o
tombamento das pilhas de pescado e sal. Tombamento é o processo de se alternar
as camadas inferiores com as mais superiores durante o tempo de salga, visando
obter-se um produto mais homogeneamente curado.
Posteriormente à salga, é efetuada a secagem em túneis de secagem, onde se
controla a velocidade, temperatura e a umidade relativa do ar circulante, ou
simplesmente expondo-o a uma secagem natural ao vento.
O teor de água do músculo do peixe salgado deverá estar entre 53 e 58%, antes
da secagem e da prensagem.
Salga úmida (em salmoura), neste processo, a salmoura formada ou acrescentada
deve permanecer no recipiente que contenha o peixe, garantindo a ausência do
oxigênio do meio, protegendo desta forma a gordura, do processo de oxidação
Na salga em salmoura , os peixes podem ser mergulhados em salmoura de várias
concentrações;
a) fraca → 17%
b) média → 17-22%
c) forte ou saturada → 22 - 26,5% , e aí permanecerem por até 30 dias.
Este é um método muito usado, pois vários processos de conservação incluem a
salga úmida como operação preparatória (enlatamento, defumação, etc). No processo
de enlatamento de sardinhas, a imersão dos peixes em salmoura concentrada tem
como objetivo remover o sangue remanescente e o muco da pele, conferindo-lhes um
certo enrijecimento.
A salga mista é um processo combinado de salga seca inicial, seguido por
salmoura saturada (salga em salmoura) que se formou naturalmente com a saída de
água do peixe. É também considerado um processo de salga seca sem drenagem.
Os peixes são colocados entre camadas de sal, até o alto do recipiente, que deverá
receber uma tampa, com um peso em cima, para prensar os peixes e garantir que a
água deles exsudada forme a salmoura necessária para cobrir todas as unidades.
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É o método mais empregado atualmente nas industrias de salga, por não exigir
recipientes especiais para o preparo da salmoura artificial de imersão. Apenas
recipientes, geralmente de alvenaria, são usados, empregando-se um sistema de
pesos que garanta que todo o pescado permaneça imerso na salmoura formada.
A grande diferença que existe entre a salga em salmoura e a salga mista está na
qualidade final do produto. O peixe salmourado mantém a forma original, possuindo
maior teor de água, e depois de removido o sal por imersão em água pura, o peixe
pode ser utilizado na culinária como se fosse peixe fresco; ao contrário, a compressão
da salga mista deixa o tecido do peixe mais seco, um pouco deformado e com maior
dificuldade para se reidratar, não reproduzindo as condições do peixe fresco.
De um modo geral o processo de salga não produz perda de proteínas, a não ser
dos compostos nitrogenados não proteicos que podem ser quase que completamente
lavados se o volume da salmoura for suficientemente grande ou se a salmoura for
renovada durante o processo. Muitos compostos indesejáveis são removidos na
salmoura, por issso é um processo adequado para cação, pois permite eliminar acima
de 50% da uréia muscular, e quando se faz troca de salmoura, até 60%. A prensagem
posterior à salga é também muito importante para essa diminuição de amônia e uréia.
Os produtos que após a salga ficarem com umidade acima de 50% deveriam ser
submetidos à secagem para garantir maior durabilidade e dispensar o uso de
refrigeração durante a estocagem na indústria, esperando a comercialização. Os
produtos que serão secos devem antes serem prensados durante um ou dois dias. A
água que é eliminada na prensagem não constitui uma parcela apreciável reduzindo
apenas de 55 para 52% o teor de umidade, porém tem a grande vantagem, de
permitir uma estrutura fibrosa mais aberta, que se traduz em uma desidratação bem
mais rápida que nos peixes não prensados. A secagem não deve exceder 35oC pois
produzem alterações indesejáveis de suculência ficando produtos duros que dão
sensação de secura. O peixe seco até 40% de água é completamente estável por
meses e até anos se embalado convenientemente.
O teor de umidade e a concentração salina do pescado, após a salga e posterior
desidratação, são variáveis em função do processo utilizado, tipo de peixe e sua
espessura, intensidade de desidratação, etc. Assim, no bacalhau submetido à salga
a seco, a umidade pode variar de 10 a 30%, ao passo que a concentração salina
oscila de 25 a 35%. Peixes submetidos a salga intensa podem apresentar 40% de
umidade e 32% de sal.
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Figura 15. Caixas para produção de composto orgânico, com telhas de amianto.
60
50
Temperatura (oC)
40
30
20
10
0
1 8 15 22 29 36
Tempo (dias)
Pó de serra Palha de arroz Palha de milho e arroz
Matéria-prima Matéria-prima
Matéria-prima
(97,8% da massa (98,8% vísceras)
(89,8% da massa
ensilada)
ensilada ou vísceras)
Moagem Moagem
Homogeneização Homogeneização
Homogeneização
Procedimento:
Pesar o peixe inteiro e anotar;
Eviscerar e pesar as vísceras e a carcaça com cabeça, anotar os pesos;
Decapitar e pesar a cabeça e a carcaça sem cabeça, anotar os pesos;
Retirar a pele e pesar a pele e o corpo limpo, anotar os pesos;
Retirar os filés e pesar, anotar os pesos;
Pesar todos os resíduos juntos (pele, cabeça, vísceras, etc.), anotar os pesos.
Defumação de peixes
Procedimento:
Evisceração de descamação: abrir os peixes e retirar as vísceras, lavando com
bastante água para remoção dos resíduos de sangue e membranas;
Salga: fazer uma salmoura com 30% de sal, colocar os peixes na salmoura por um
período de 3 horas, de forma que fiquem cobertos;
Secagem: colocar os peixes para secar ao sol durante um período de 30 a 40 min,
apenas para retirar o excesso de água superficial;
Defumação: pendurar os peixes nos ganchos e acondiciona-los no defumador, iniciar
a defumação a uma temperatura de 50°C por 1 hora, a umentar a temperatura para
80°C por um período de 4 a 8 horas (até os peixes a dquirirem uma cor dourada).
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Produção do quibe
Deixar o Mix hidratar em toda a água
Em seguida misturar a CMS de forma homogênea até que tenha obtido a formação
de liga (tempo máximo 10 min)
Embalar e congelar de forma rápida
Observação: a relação de água pode ser ajustada, para mais se a massa ainda ficar
seca, menos, caso a CMS tenha muita água.
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Produção do hamburgueres
Misturar 92% de CMS; 4% de proteína de soja texturizada (triturada); 2% fécula de
mandioca; 0.05%de orégano; 1% de sal e 0,05% de cebola e alho desidratado.
Homogeneizar para que massa lisa que possa formatar os hambúrgueres.
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