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ABSTRACT:
Parental alienation (AP) is responsible for the deterioration in the relationship
between parents and children and for the emotional exhaustion generated by those
involved. Thus, with the increase in the incidence of cases of alienation within
Brazilian families, this institute gained prominence in the legal scenario, especially
after the advent of the Law of Parental Alienation - Law 12.318 / 2010. The theme of
the present work begins by conceptualizing the AP institute, with a clearer and more
succinct understanding of the differences between Parental Alienation (AP) and
Parental Alienation Syndrome (SP), highlighting in the work the means used to
identify Parental Alienation and the behavior of the alienating agent and the victim.
Also noteworthy are the appropriate judicial measures provided for in Law 12,318 /
2010. We will address issues related to parental alienation in the procedures for
regulating visits, which is often a legal form of alienation, without the parties involved
being aware of this fact. This research proposes to analyze probable cases that the
regulation of visits being used as a form of parental alienation and the effective
instruments that can be used in the fight against repeated acts of alienation. The
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Teodolina Batista da Silva Candido Vitorio
present study will discuss the key points, characteristics, and judicial remedies of
conflicts arising from this institute.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. 2 ALIENAÇÃO PARENTAL: CONCEITO E EVOLUÇÃO
HISTÓRICA. 2.1 EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL. 3
DIFERENÇAS ENTRE SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL E ALIENAÇÃO
PARENTAL. 4 CARACTERÍSTICAS DO AGENTE ALIENADOR E A VÍTIMA DA
ALIENAÇÃO PARENTAL. 4.1 QUEM PODE PRATICAR ALIENAÇÃO. 4.2. COMO
IDENTIFICAR O ALIENADOR. 4.3 COMO IDENTIFICAR A VÍTIMA. 5 A SINDROME
DA ALIENAÇÃO PARENTAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. 5.1.
A LEI 12318/2010. 5.2 MEDIDAS CAUTELARES. 5.3. PENALIDADE. 5.4 PROJETO
DE LEI 4488/2016 – CRIMINALIZAÇÃO NA LEI 12.318/2010. 6 CONCLUSÃO. 7
REFERÊNCIAS.
1 INTRODUÇÃO
ou homologado pelo juiz. Ainda assim, será que no exercício desta convivência
ainda pode ocorrer a Alienação Parental (AP)?
Sendo assim, o objetivo geral do trabalho é compreender de que forma a
regulamentação do direito de visitas pode se tornar uma forma de alienação
parental. Especificamente, pretende-se descrever de forma sucinta a diferenciação
entre Alienação Parental (AP) e Síndrome de Alienação Parental (SAP); mostrar
características do agente alienador e a vítima de alienação parental; e demonstrar
meios jurídicos cabíveis para o enfrentamento deste drama tão nefasto para a paz
social.
A importância do tema se justifica porque é preciso romper os velhos
paradigmas e inaugurar uma nova concepção para a educação dos filhos de pais
separados.
Com o presente trabalho se pretende fazer refletir sobre procedimentos, que
configuram uma Alienação Parental, sem esquecer-se que envolve relações
familiares eivados de sentimentos e emoções.
No tocante ao procedimento metodológico, utilizou-se pesquisa bibliográfica,
artigos de internet, lei federal, com a finalidade de proporcionar melhores e mais
precisas informações sobre o tema.
O texto está dividido em seis partes, além desta introdução. O capítulo dois
descreve sobre alienação parental seu conceito e características. O terceiro capítulo
expõe as diferenças entre Alienação Parental (AP) e Síndrome de alienação
Parental (AP). O quarto capítulo define as características do agente alienador e
vitima da alienação parental. O quinto, analisa os meios jurídicos cabíveis nas
hipóteses de alienação parental segundo a lei 12.318/10. Finalmente, a conclusão é
feita no capítulo seis.
O genitor conhece seu filho, seja por um simples olhar, a maneira de andar,
se vestir, um sorriso, se está mais quieto ou mais agitado do que o de costume, seria
até juridicamente incorreto afirmar, mas é instintivo.
Um indício para detectar a síndrome, é por meio do medo que a criança
manifesta de desagradar ou discordar do genitor alienante. Simplificando, o genitor
alienante coloca em prática o ditado: "Do meu jeito ou vai morar com seu pai/mãe”.
Se a criança desobedece esta diretiva, especialmente na reprovação e no
afastamento do pai/mãe, as conseqüências podem ser muito graves. Não é
incomum um genitor alienador rejeitar a criança, muitas vezes dizendo-lhe que ela
deve ir morar com o outro. Quando isso ocorre, muitas vezes a criança não percebe
que esta ameaça não pode ser concretizada, no entanto, essa ameaça serve como
uma mensagem de alerta constante.
A criança é então colocada em uma posição de refém do genitor alienador, e
está continuamente submetido a vários testes de lealdade. A questão importante
aqui é que o alienador força a criança a escolher um dos pais. Não se importando
com o bem-estar emocional da criança.
Ao longo do tempo, esses padrões de comportamento podem ter um efeito
erosivo sério sobre a relação da criança com o genitor alvo, e trazerem sérias
conseqüências a saúde mental da criança.
Conforme apontados em alguns estudos podem seguir alguns sinais de alerta
que auxilia os pais a identificar, quando a criança ou adolescente pode estar sendo
vítima da alienação parental:
a) Campanha de descrédito: Esta campanha se manifesta verbalmente e nas
atitudes. Justificativas fúteis: O filho dá pretextos fúteis, com pouca
credibilidade ou absurdos, para justificar a atitude.
b) Ausência de ambivalência: O filho está absolutamente seguro de si, e seu
sentimento exprimido pelo genitor alienado é maquinal e sem equívoco: é o
ódio.
c) Fenômeno de independência: O filho afirma que ninguém o influenciou e que
chegou sozinho a esta conclusão.
d) Sustentação deliberada: O filho adota, de uma forma racional, desafiando
genitor alienador no conflito.
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e) Ausência de culpa: O filho não sente nenhuma culpa por denegrir ou explorar
o genitor alienado.
f) Situações fingidas: O filho conta casos que manifestadamente não viveu, ou
que ouviu contar.
g) Generalização a outros membros da família do alienado: O filho estende sua
animosidade para a família e amigos do genitor alienado
5.3. PENALIDADES
A Lei prevê punição para quem apresentar falsa denúncia contra o genitor,
contra familiares ou contra avós, para dificultar a convivência deles com a criança ou
adolescente; ou mudar o domicílio para local distante sem justificativa, para dificultar
a convivência da vitima de AP com o outro genitor, avós ou familiares.
Multa, acompanhamento psicológico e a perda da guarda da criança para
quem manipular os filhos.
Contudo, oportuno esclarecer que esse dispositivo ressalva a possibilidade de
responsabilização civil, além das medidas por ele determinadas. Dessa forma, além
dessas medidas não importarem em sanção penal, o próprio artigo 10 da Lei
12.318/2010, que alteraria o artigo 236 da Lei 8.069/90, criando um parágrafo único
a ele, conforme a redação original do Projeto de Lei 20/2010, passando a tipificar a
conduta de alienação parental como crime, foi vetado pelo então Presidente da
República.
Assim, a alienação parental seria tipificada como crime, nas mesmas penas
determinadas pelo caput do artigo 236, para aquele que apresentasse relato falso ao
agente indicado no caput ou a autoridade policial, cujo teor pudesse ensejar
restrição à convivência de criança ou adolescente com o genitor.
Em linhas gerais, a razão do veto presidencial, que acompanhou a
promulgação do texto dessa Lei, foi a de que a imposição de sanção de natureza
penal acabaria por acarretar danos psicológicos ainda maiores aos menores
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Vale dizer, o artigo 6º da lei não tipificou a prática de alienação parental como
crime, as normas tomadas pelo juiz não importam em responsabilização na ceara
penal, com aplicação de sanção penal, seja ela pena (privativa, restritiva ou prisão
simples) ou medida de segurança.
A proposta é do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a proposta
acrescenta parágrafos e incisos à lei que dispõe sobre a alienação parental (AP),
com acréscimo do novo texto, determina que a pena para esse crime seja de 3 (três)
meses a 3 (três) anos e pune também, quem de qualquer modo, participe de forma
direta ou indiretamente das ações praticadas pelo infrator. A pena ainda será
agravada caso o crime for praticado: Por motivo torpe; uso irregular da Lei Maria da
Penha - Lei 11.340/06; por falsa denúncia de qualquer ordem; e ainda se a vítima for
submetida à violência psicológica ou se for portadora de deficiência física ou mental.
O texto acrescenta que, se comprovado o abuso moral, o judiciário deverá,
após ouvir o Parquet, aplicar a reversão da guarda dos filhos à parte inocente,
independente de novo pedido judicial
Em sua tramitação a proposta será analisada pelas comissões de Seguridade
Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o
Plenário.
Em referente lei em seus parágrafos acrescidos ao art. 3.º do supracitado
dispositivo legal, estabelece que:
Art. 3.º
§ 1.º - Constitui crime contra a criança e o adolescente, quem, por ação ou
omissão, cometa atos com o intuito de proibir, dificultar ou modificar a
convivência com ascendente, descendentes ou colaterais, bem como
àqueles que a vítima mantenha vínculos de parentalidade de qualquer
natureza.
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6 CONCLUSÃO
estudos que possam tecer comentários cada vez mais valiosos sobre o surgimento,
sua causa e suas consequências na vida dos envolvidos.
Portanto, é dever dos pais, da família, da sociedade, dos guardiões, do
Estado e do Poder Público, proteger a criança e o adolescente das práticas e atos
de alienação parental e dos possíveis problemas que podem ser desencadeados,
pois deve sempre seguir o preceito exposto pela doutrina da proteção integral da
criança, pois é sabido que a prática de alienação parental constitui abuso contra os
filhos, contra a pessoa do alienado e contra a família.
REFERÊNCIAS
______. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o código civil. In: Vade Mecum
Saraiva. 22. ed. atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2016.
______. Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre Alienação Parental. In:
Vade Mecum Saraiva. 22. ed. atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2015.
______Novo código de processo civil. Saraiva. 22. Ed. atual. E ampl. São Paulo:
Saraiva, 2016.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 6. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2010
DIAS, Maria Berenice. Manual direito das famílias: de acordo com o novo código
de processo civil. 11. ed. atual e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2016.
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PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de direito civil. 25. ed. atual. e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2017. Vol. V.
PINHO, Marco Antônio Garcia de. Alienação parental: histórico, estatísticas, projeto
de lei 4053/08 & jurisprudência completa. Conteudo Jurídico, Brasilia-DF: 16 dez.
2009. Disponível em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.25670&seo=1>. Acesso em: 05
junho. 2017. p. 2