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22 de Abril de 2019

Escola de Ensino Médio Francisca Moreira de Souza


Rua Carmozita Ferreira Cassiano, Sucatinga, Beberibe-CE
Escola de Ensino Médio Francisca Moreira de Souza
Rua Carmozita Ferreira Cassiano, Sucatinga, Beberibe-Ce
Fone (85) 3327-4990 – CEP: 62842-000
INEP: 23244828 E-mail: fcamoreira@escola.ce.gov.br

PROJETO DO TEODOLITO
Profº Natanael Lima – UFC/Ceará
professor.natanael.lima@gmail.com

Objetivo

O projeto tem como objetivo induzir e transmitir o cálculo através de uma


ferramenta para medir ângulos, descobrindo qualquer altura apresentada e dando
ênfase as práticas matemáticas.

O teodolito é um instrumento de precisão óptico que mensurar ângulos


verticais e horizontais, aplicado em diversos setores como na navegação, na
construção civil, na agricultura e na meteorologia.

Conceitos de operação

Ambos os eixos de um
teodolito estão equipados com
círculos graduados que podem ser
lidos através de lentes de aumento.
(R. Anders ajudou M. Denham a
descobrir essa tecnologia em 1864.) O
círculo vertical que se move sobre o
eixo horizontal deve estar a 90°
quando o eixo horizontal é visto.

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Estrutura física

A estrutura de um teodolito é feita a partir do movimento circular de dois eixos


independentes, sendo um fixo e outro móvel (eixo duplo). O eixo móvel é fixado pelos
parafusos de pressão. O limbo horizontal permite o travamento em qualquer posição,
realizando leitura de graus, como também de minutos e segundos. Para a leitura, é
necessário outras como o tripé regulável, o contrapeso, os limbos horizontais e
verticais, o nômio, o nível de bolha, o filtro de luz e as lupas oculares.

Metodologia

O professor responsável pelo projeto selecionará 10 alunos para a participação


do mesmo.

O projeto será realizado durante 10 encontros, quizenalmente. Os alunos


participará de pesquisas, estudo indutivo ao cálculo, principicio da criatividade ao
interpretar problemas, trigonometria e, muitas práticas para a construção do
Teodolito.

1º AULA DESENVOLVIMENTO
História do Será apresentado para os alunos a história do Teodolito, um
Teodolito cronograma de datas historicas, como era feito os cálculos antes, e
que tipos de Teodolitos existem hoje. Os alunos fará uma
simulação de como eles poderiam fazer um cálculo sem a
ferramenta do Teodolito e realizar a conclusão sobre a importância
do Teodolito.
2º AULA DESENVOLVIMENTO
Inclinômetro Mostrar aos alunos o que é um Inclinômetro, Taqueômetro e
Taqueômetro Distanciômetro, estudar qual é a função de cada um e como se
Distanciômetro procede ao cálculo.
3º à 10º AULA DESENVOLVIMENTO
Construção do Será disponível um guia para os alunos seguirem junto com as
Teodolito orientações do professor, para a construção do Teodolito.

Conclusão

Por fim, os alunos sairão para uma aula de campo e aplicará a prática do
Teodolito, mostrando e afirmando que a Matemática e suas aplicações estão
conectadas no seu dia-a-dia rodeando na maioria das vezes aquilo que você faz.

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ANEXO I

Componentes do teodolito e suas funções


Componente: Função:
Serve para proporcionar o equilíbrio do instrumento, com a
Contrapeso compensação de peso da luneta superior e do círculo vertical.

Limbo ou círculo Região onde se encontra as graduações e as divisões angulares


horizontal e do instrumento.
vertical
Aplicado na observação de imagens e objetos a uma
determinada distância. Ela é composta de um tubo e três lentes:
uma objetiva (com capacidade de convergir a maior radiação
Luneta solar possível para o aparelho observa ângulos em grande
distância focal), uma lente analisadora (aplicado para focar a
imagem) e um ocular(para a ampliação do foco das lentes
objetivas).

Instrumento aplicado para a ampliar o foco e a visão das


Lupas oculares marcações do limbo e aumentar a precisão das medidas dos
ângulos.

Utilizado a mostrar o nivelamento em relação ao objeto. Para


saber o nivelamento é necessário observar se a bolha está em
Nível de bolha cima do marcador. A manipulação dos reipés proporcionam a
regulação do nível de bolha.

Sistema de regulagem micrométrica adaptado ao limbo para


Nônio adquisição de medidas de pequenos ângulos.

Estrutura para escorar toda a estrutura do teodolito com a


Tripé regulável possibilidade de regulação.

Material desenvolvido para a minimização da intensidade da


Vidro despolido intensidade luminosa solar e facilitar a leitura do limbo graduado.

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ANEXO II

História do Teodolito
Antes da invenção do teodolito já foram desenvolvidos outros materiais para a
mensura dos ângulos. A cilivização egípcia utilizava a groma que era uma versão
original do teodolito, útil na construção das pirâmides e a civilização romana
desenvolveu a dioptra com a mesma finalidade, sendo descrito nos textos antigos
como um sinônimo do teodolito. Porém no ano de 1571, Leonard Digges construiu o
que seria um teodolito primitivo do qual chamou de "theodolitus". era um instrumento
com um círculo dividido e um quadrado com uma bússola no centro sem o telescópio.

Em 1773, Jesse Ramsden inventou um motor de divisão mecânico viabilizando


a ampliação da oferta do dispositivo por ter uma melhor precisão à época, do qual
proporcionou a Inglaterra a vanguarda na produção deste instrumento.

Porém a construção do primeiro teodolito foi


feita por Jonathan Sisson com quatro parafusos
niveladores, apesar de sua invenção ser atribuída
a Ignácio Porro, inventor de instrumentos óticos,
em 1835. Na época, Ignácio Porro inventou o
taquímetro auto-redutor, um instrumento que tinha
todos os componentes do teodolito, mas com um
dispositivo ótico. A invenção do teodolito tinha o
objetivo de substituir o círculo de borda. Conforme
o telescópio, o mesmo instrumento que permitia a
medição de distância, elevação e direção,
reduzindo significativamente o tempo usado para
um levantamento topográfico e aumentando a precisão.

Em 1838, o engenheiro inglês William John Macquorn Rankine desenvolveu a


integração de todos os dispositivos do teodolito, melhorando significativamente no
trabalho nas edificações. Este instrumento foi muito importante para as expedições
cartográficas e nas demarcações territoriais como do Planalto Central do Brasil, em
1892, e pela Comissão de Limites entre Brasil e Bolívia. O teodolito não houve desde
então alterações significativas até 1950, do qual adiciona-se os processos de
automatização e a adotação das medidas eletrônicas. Além disso, foram
desenvolvidos novos instrumentos baseados no teodolito, como a estação total.

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ANEXO III

Tipos de Teodolito

Existe uma diversidade de teodolitos para diversos tipos de usos, precisões e


alcances. Originalmente apenas um aparelho óptico, hoje, estão disponíveis no
mercado teodolitos automáticos que, por meio de dispositivos eletrônicos, fazem a
leitura dos pontos e os armazenam na memória, sendo possível exportá-los por
software para confecção de mapas com as características topográficas do local
medido.

Uma estação total é um instrumento óptico usado em inspeção moderna. É


uma combinação de um teodolito eletrônico (trânsito), um dispositivo de medição
eletrônica de distância (EDM) e software que correm em um computador externo. Com
uma estação total a pessoa pode determinar ângulos e distâncias do instrumento para
pontos a serem inspecionados. Com a ajuda da trigonometria, pode-se usar os
ângulos e distâncias para calcular as coordenadas de posições atuais (X, Y e Z ou
northing, easting e elevação) de pontos inspecionados ou a posição do instrumento de
pontos conhecidos, em condições absolutas. Os dados podem ser carregados do
teodolito para um computador e lido por um software de aplicação gerará um mapa da
área inspecionada. Algumas estações de totais também têm uma interface de GPS.

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ANEXO IV

Inclinômetro

(português brasileiro) (português europeu)


O inclinômetro ou inclinómetro , também
conhecido como clinómetro ou hipsômetro é um instrumento utilizado para medir
ângulos de inclinação e elevação, sendo o hipsômetro um medidor mais moderno que
já mede a altura.

Há variados tipos de inclinômetros:


desde um simples pêndulo, até outros
naturalmente embutidos no cardam de
uma bússola.

Os inclinómetros também podem


ser utilizados para a monitorização de
obras geotécnicas, nomeadamente os
túneis.
Um inclinômetro exterior no casco de um navio

Taqueômetro

(português europeu)
Estação Total ou taqueómetro ou
(português brasileiro)
taqueômetro é um instrumento eletrônico
utilizado na medida de ângulos e distâncias. A evolução dos
instrumentos de medida de ângulos e distâncias trouxe como
consequência o surgimento deste novo instrumento, que pode
ser explicado como a junção do teodolito eletrônico digital com
o distanciômetro eletrônico, montados num só bloco.

A estação total é capaz de inclusive armazenar os


dados recolhidos e executar alguns cálculos mesmo em
campo. Com uma estação total é possível determinar ângulos e distâncias do
instrumento até pontos a serem examinados. Com o auxílio de trigonometria, os
ângulos e distâncias podem ser usados para calcular as coordenadas das posições
atuais (X, Y e Z) dos pontos examinados, ou a posição do instrumentos com relação a
pontos conhecidos, em termos absolutos.

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A informação pode ser enviada do teodolito para um
computador e um software aplicativo irá gerar um mapa da
área estudada. Algumas estações totais também tem uma
interface de GPS que combina essas duas tecnologias para
fazer uso das vantagens de ambas (GPS - não necessita que
os pontos a serem estudados estejam na linha de visão;
Estação Total tradicional - medição de alta precisão
especialmente no eixo vertical comparado ao GPS) e reduz as
consequências das desvantagens de cada tecnologia (GPS - Prisma refletor.
baixa precisão no eixo vertical e menor precisão sem longos períodos de ocupação;
Estação Total - requer observações no campo de visão e deve ser feita sobre um
ponto conhecido ou dentro do campo de visão de 2 ou mais pontos conhecidos).

A maioria dos instrumentos das Estações Totais medem ângulos através de


scanner eletro-óptico de extrema precisão de códigos de barra digitais atados em
cilindros ou discos de vidro rotativos dentro do instrumento. As Estações Totais de
melhor qualidade são capazes de medir ângulos abaixo de 0,5". A típica Estação Total
EDM pode medir distâncias com precisão de cerca de 0,1 milímetros, mas a maioria
das aplicações requer precisão de 1,0 milímetro. Essas estações totais usam um
prisma de vidro como refletor para o sinal EDM, e pode medir distâncias de até
quilômetros, mas alguns instrumentos não possuem refletores e podem medir
distâncias de objetos que estão distintos por cor, limitando-se a poucas centenas de
metros.

Alguns modelos modernos são robotizados permitindo ao operador controlar a


máquina à distância via controle remoto. Isso elimina a necessidade de um assistente
a segurar o prisma refletor sobre o ponto a ser estudado. O próprio operador segura o
refletor e controla a máquina a partir do ponto observado.

Distanciômetro

Um distanciômetro (br.) ou distanciómetro (pt.) é um instrumento destinado


a medir distâncias inclinadas. Deve ser acoplado a um teodolito para possibilitar a
medição do ângulo vertical para calcular a distância horizontal e a distância vertical.
Muito utilizado por profissionais da área da Geomensura e da Topografia, porém com
avanços da tecnologia este aparelho é
pouco usado atualmente.

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ANEXO V

Construção do Teodolito

Como construir um teodolito?

Material:
-Pote redondo com tampa (o pote deve possuir movimento circular fixado a tampa)
-Canudo oco em formato cilíndrico reto (o buraco interno deve ter o diâmetro de forma
que seja possível visualizar o outro lado)
-O desenho de um transferidor (com os ângulos estejam dispostos num círculo de
diâmetro maior que o pote) que será confeccionado pelos alunos
-Madeira ou papelão que caiba a imagem do transferidor
-Tabela da tg
-cola
-arame de comprimento maior que o diâmetro do transferidor

Fazendo o Transferidor

OBS: Para fazer o desenho usaremos o software CABRI


*desenhar uma circunferência
*passar uma reta pelo centro da circunferência.
*criar segmentos de extremos na intersecção reta/circunferência
*esconder a reta rotacionar o segmento de acordo com a precisão desejada.
(aconselhamos 5 em 5 graus)
*escolher o angulo 0° e marcar os outros

Montando o seu Teodolito

Recorte o transferidor e fixe-o na madeira, fure a parte superior do pote com o arame e
deixe aparecendo igualmente dos dois lados, cole o pote de cabeça para baixo no
meio do transferidor, fixe o canudo paralelamente ao arame em cima do pote.

Obs: cada criança pode enfeitar o pote da maneira que achar mais criativa.

Como se usa:

Posiciona o teodolito caseiro de modo que a sua base fique perpendicular ao objeto
que vamos medir a altura. Medimos a distância do objeto até o teodolito com um
metro. Através do canudo, miramos o pico do objeto (o ponto mais alto), com isso o
arame marcará um ângulo no transferidor.

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Com esse ângulo usamos a trigonometria para medir a altura. (tangente do ângulo é
igual ao cateto oposto (altura) dividido pelo cateto adjacente (distância do objeto ao
teodolito)).

Experimento:

Colocar crianças de diferentes alturas a 1 metro de distância do


prédio a ser medido. Fazer elas observarem através do Teodolito o ângulo
dado para enxergar o pico deste prédio e, com a tabela das tangentes,
fazer cada um deles calcular a altura do prédio. Os cálculos resultarão
alturas distintas, pois os ângulos não serão os mesmos devido à
diferença entre as alturas dos alunos. Então o professor questionará porque
isso ocorre se estão medindo o mesmo prédio. O objetivo é fazer que os
alunos pensem uma maneira (única) para calcular a altura do prédio

Gestão Escolar

Diretor: Sandro José Costa Rebouças


Coordenadores: Renato Salgado; Edivaldo Bessa; Marcos Gondin; Lilian Moura
Professores de Matemática: Natanael Lima; Taiana Monteiro; Raimundo Narciso;
Azael Lima

Observações:
Nos ANEXOS estão fixados o material de todo o projeto.

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