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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO EXTRATO AQUOSO DE Terminalia catappa

EM EMBRIÕES E LARVAS DE Danio rerio

BARBOSA, Isabela Brosco1; FERREIRA, Cláudia Maris2; LOPES-FERREIRA, Mônica3;


HERNANDES, Renan4; MAYWORM, Marco Aurélio Silveiro5; BADARÓ-PEDROSO, Cintia6

1. Bolsista PIBIC/CNPq/IP - Centro de Pesquisa de Aquicultura/Instituto de Pesca/APTA/SAA-SP


e-mail: isabelabrosco@gmail.com
2. Pesquisadora Científica – Centro de Pesquisa de Aquicultura/Instituto de Pesca/APTA/SAA-SP
3. Pesquisadora Científica - LETA/Instituto Butantan/Secretaria da Saúde-SP
4. Estagiário - Universidade São Judas Tadeu
5. Universidade Santo Amaro (UNISA)
6. Orientadora - Pesquisadora Científica – Centro de Pesquisa de Aquicultura/Instituto de Pesca/APTA/SAA-SP
e-mail: pedrosos@pesca.sp.gov.br

O extrato aquoso das folhas da amendoeira Terminalia catappa vem sendo estudado como
potencial bactericida e fungicida em doenças relacionadas à piscicultura. À vista disso, objetivou-
se avaliar a toxicidade de diferentes concentrações do extrato aquoso das folhas secas desta
amendoeira em embriões e larvas do peixe D. rerio, por meio de ensaio agudo (teste FET) e crônico
de curta duração, para verificar a partir de qual concentração o extrato aquoso pode ser indicado
como produto terapêutico. Para o ensaio agudo, embriões com menos de 2 horas pós-fecundação
foram expostos a concentrações de 0,01562%; 0,03125%; 0,0625%; 0,125%; 0,25% e 0,5% do
extrato aquoso da folha de amendoeira, além do controle, durante 96 h em ensaio estático, sendo
avaliados a cada 24 horas em relação a um dos parâmetros indicativos de letalidade: coagulação dos
ovos, ausência de somitos, não desprendimento da cauda e ausência de batimentos cardíacos. A
eclosão das larvas foi observada como um parâmetro subletal, indicativo de atraso no
desenvolvimento. Em ensaios crônicos de curta duração, larvas recém-eclodidas foram expostas,
preliminarmente, a concentrações de 0,125%; 0,25%; 0,5% e 1% e controle. Posteriormente, em ensaios
definitivos (n=2), as larvas foram expostas a concentrações de 0,003906%; 0,007812%; 0,01562%;
0,03125%; 0,0625% e 0,125% do extrato aquoso durante 168 h, sendo avaliadas a cada 24 horas
quanto à imobilidade, como indicação de letalidade. Os resultados do ensaio agudo foram obtidos
utilizando-se o método estatístico Trimmed Spearman Karber, que sinalizou uma CL50(I); 96 h de
0,09% da solução do extrato. O cálculo da CL(I) 15, 96 h para o parâmetro de eclosão das larvas
indicou, pelo método de interpolação linear, um valor de 0,0117%. No ensaio crônico preliminar houve
100% de mortalidade em todas as concentrações. Os resultados dos ensaios crônicos definitivos
foram obtidos pelo método de interpolação linear para obtenção dos valores de CL(I) 15, 168 h e do
valor crônico estimado (VCest(I) = CL(I)15 x 0,3). Os valores das CL(I)15; 168 h para os dois ensaios
crônicos foram de 0,0109% e 0,0321%, e dos VCest (I) foram iguais a 0,00327% e 0,00963% do
extrato, respectivamente, com valor médio (n=2) de 0,00211%. Os resultados obtidos para os valores
das CL(I)15 indicaram sensibilidade semelhante entre as metodologias do ensaio agudo de 96 h
(CL15= 0,0117%) utilizando-se o parâmetro de eclosão das larvas (n=1) e o ensaio crônico de 168 h
(n=2) utilizando-se a letalidade (CL15= 0,0215%). De acordo com os resultados obtidos, concentrações
menores que 0,0117% do extrato aquoso de T. catappa não causam efeitos deletérios em embriões
de D. rerio em exposição contínua com duração de 96 h, enquanto que exposições contínuas das
larvas recém-eclodidas a concentrações iguais ou inferiores a 0,00211% do extrato de T. catappa
durante 168 h não causam efeitos tóxicos.

Palavras-chave: peixe zebra, folhas de amendoeira, fitoterápico, efeito tóxico agudo, valor crônico
estimado (VCest), eclosão das larvas

Resumos...XIII Seminário de Iniciação Científica do Instituto de Pesca, 7 agosto 2018, São Paulo, SP

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