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Princípios do

Direito Processual Civil


e suas repercussões práticas

José Miguel Garcia Medina


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1.a Parte

Premissas

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Lide:

“Conflito de interesses

qualificado por uma

pretensão

resistida ou insatisfeita.”

Francesco Carnelutti

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Cenário

Sociedade

- urgência/fugacidade

- “pós-modernidade” “modernidade líquida”


(ansiedade, frustração, cinismo)

- complexidade

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Cenário

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Jurisdição:

“função do Estado que tem por escopo


a atuação da vontade concreta da lei

por meio da substituição,


pela atividade de órgãos públicos,
da atividade de particulares ou de
órgãos públicos, já no

afirmar a existência da vontade da lei,


já no torná-la, praticamente, efetiva.”

Giuseppe Chiovenda

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Que é norma jurídica?

- Textos com conteúdo vago/indeterminado

- Cláusulas gerais

- Princípios jurídicos

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Estado constitucional, democrático e de direito

- Força normativa e supremacia da Constituição

- Estado democrático: participação

- Estado de direito: segurança jurídica (previsibilidade + estabilidade)

- Concretização de direitos fundamentais

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Alguns dos problemas que temos enfrentado:

- Onde termina “moral”, onde começa o direito?

- Judicialização da política

- “Lentidão” dos órgãos legiferantes

- Ativismo judicial

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“No momento, nós estamos em
um interregno.

Um interregno que significa,


simplesmente, que a
antiga maneira de agir
não funciona mais,
e novos modos de agir
ainda não foram inventados.

Esse é o interregno”

Zygmunt Bauman

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2.a Parte

Direito processual civil moderno:

de quê estamos falando?

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“Sendo assim, é de se esperar, na medida em que aumenta
a frequência com que se recorre a princípios para a
solução de problemas jurídicos, o crescimento também da
importância daquele ramo do Direito ocupado em
disciplinar os procedimentos, sem os quais não se chega
a um resultado aceitável, ao utilizar um meio tão pouco
preciso de vago de ordenação da conduta, como são os
princípios. Isso significa também que a determinação do
que é conforme ao Direito passa a depender cada vez
mais da situação concreta em que aparece esse
problema, o que beneficia formas de pensamento
pragmáticas, voltadas para orientar a ação (grego:
pragma) daqueles envolvidos na tomada de uma
decisão”

Willis Santiago Guerra Filho

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Processo Civil Moderno

a) É democrático
- Participação das partes
- Contraditório efetivo/ influência / não surpresa

b) Deve dar segurança às partes


- Decisões fundamentadas
- Estabilidade jurisprudencial

c) Deve servir ao direito material


- Deve ser simples
- Questões processuais são mais importantes que as de
direito substantivo?

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O que é Jurisdição?

O que é processo?

O que é ação?

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3.a Parte

Exemplos extraídos do CPC/2015,

a partir das premissas apresentadas

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Meios consensuais de solução de conflitos e arbitragem

Art. 3.o ...


§ 1.o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2.o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução
consensual dos conflitos.
§ 3.o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes,
advogados, defensores públicos e membros do Ministério
Público, inclusive no curso do processo judicial.

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Citação para comparecimento à
audiência de conciliação ou mediação

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o


caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de
conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1.º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na
audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste
Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
...
§ 4.º A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na
composição consensual;
II – quando não se admitir a autocomposição.
§ 5.º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na
autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10
(dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

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Boa-fé objetiva e cooperação

Art. 5.o Aquele que de qualquer forma participa do processo


deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Art. 6.o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si


para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito
justa e efetiva.

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STJ, EDcl no AgRg no REsp 1.394.902-MA:

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Convenção das partes sobre matéria processual

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam


autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes
estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a
validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes
aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção
abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

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Calendário processual

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar


calendário para a prática dos atos processuais, quando for o
caso.
§ 1.º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele
previstos somente serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados.
§ 2.º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato
processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem
sido designadas no calendário.

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Saneamento compartilhado

Art. 357.
...
§ 2.º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação,
delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se
referem os incs. II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o
juiz.
§ 3.º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou
de direito, deverá o juiz designar audiência para que o
saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a
integrar ou esclarecer suas alegações.

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Contraditório

Art. 9.o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que
ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311,
incisos II e III;
III – à decisão prevista no art. 701.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição,


com base em fundamento a respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

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Fundamentação deficiente da decisão judicial

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


...
§ 1.o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
...
IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;

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Falsa fundamentação da decisão judicial

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


...
§ 1.o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I – se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo,
sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II – empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III – invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
§ 2.o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os
critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que
autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que
fundamentam a conclusão.

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Valoração da prova
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e
indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.

Valoração da prova pericial


Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o
disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o
levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões
do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

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Fundamentação da decisão judicial e jurisprudência

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


...
§ 1.o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
...
V – se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.

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Improcedência liminar da demanda

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,


independentemente da citação do réu, julgará liminarmente
improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1.º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o
pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de
prescrição.

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Tutela de evidência

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da


demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto
propósito protelatório da parte;
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas
documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental
adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de
gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir
liminarmente.

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Jurisprudência íntegra

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e


mantê-la estável, íntegra e coerente.
[...].

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Alteração da jurisprudência

Art. 927. [...].


§ 3.o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela
oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da
segurança jurídica.
§ 4.o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência
pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos
repetitivos observará a necessidade de fundamentação
adequada e específica, considerando os princípios da
segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.

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Observância da jurisprudência

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:


I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade;
II – os enunciados de súmula vinculante;
III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou
de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de
recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em
matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em
matéria infraconstitucional;
V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais
estiverem vinculados.

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Assunção de competência

Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o


julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo
de competência originária envolver relevante questão de
direito, com grande repercussão social, sem repetição em
múltiplos processos.
...
§ 3o O acórdão proferido em assunção de competência
vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver
revisão de tese.

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“Casos repetitivos”

Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de


casos repetitivos a decisão proferida em:
I - incidente de resolução de demandas repetitivas;
II - recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por
objeto questão de direito material ou processual.

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Incidente de resolução de demandas repetitivas

Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de


demandas repetitivas quando houver, simultaneamente:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia
sobre a mesma questão unicamente de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
...

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Incidente de resolução de demandas repetitivas (cont.).

Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:


I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre
idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do
respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados
especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que
venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo
revisão na forma do art. 986.
§ 1o Não observada a tese adotada no incidente, caberá
reclamação.
...
Art. 986. A revisão da tese jurídica firmada no incidente far-se-á
pelo mesmo tribunal, de ofício ou mediante requerimento dos
legitimados mencionados no art. 977, inciso III.

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Observância da jurisprudência e reclamação

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público


para:
I – preservar a competência do tribunal;
II – garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de
decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de
incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de
assunção de competência.
§ 5.º É inadmissível a reclamação:
I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada;
II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso
extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão
proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos,
quando não esgotadas as instâncias ordinárias.

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Solução da lide

Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a


solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

Art. 6.o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si


para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito
justa e efetiva.

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Direção material do processo
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
...
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive
nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
...
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;
...
IX – determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de
outros vícios processuais;
...
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser
determinada antes de encerrado o prazo regular.

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Saneamento dos vícios

Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz


deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir
o vício.

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Abordagem funcional dos requisitos processuais.

Dogma da prioridade do exame dos requisitos processuais


Preponderância do exame do mérito.

Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que
a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual
pronunciamento nos termos do art. 485.

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Inversão do ônus da prova

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
§ 1.º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da
causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade
de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2.º A decisão prevista no § 1.º deste artigo não pode gerar
situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.

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Instrumentalidade recursal. Regra geral

Art. 932. [...].


Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o
relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para
que seja sanado vício ou complementada a documentação
exigível.

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Continuação. Regra, quanto aos recursos extraordinário e
especial

Art. 1.029. [...].


§ 3.º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça
poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou
determinar sua correção, desde que não o repute grave.

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Fungibilidade. Embargos de declaração e agravo interno

Art. 1.024. [...].


§ 3.º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração
como agravo interno se entender ser este o recurso cabível,
desde que determine previamente a intimação do recorrente
para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões
recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1.º.

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Fungibilidade. Recursos extraordinário e especial

Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que


o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá
conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente
demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a
questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o
relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo
de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de
Justiça.

Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a


ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por
pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado,
remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como
recurso especial.

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“Prequestionamento ficto”

Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que


o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda
que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.

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