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2014-CienciasContabeis-RODOLFO MORAES MARTINS
2014-CienciasContabeis-RODOLFO MORAES MARTINS
Volta Redonda
2014
RODOLFO MORAES MARTINS
Volta Redonda
2014
Dedico este trabalho aos meus pais,
Maria Izabel Junqueira Moraes
Martins e Ariovaldo Peixoto Martins,
por todo afeto e participação em
minha formação acadêmica e moral.
E, em especial a Rayssa Gonçalves
de Paula Silva, minha noiva.
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO
O varejo é uma estrutura de comércio que ganha cada vez mais destaque no
cenário econômico brasileiro. Essa estrutura é tão importante para o país que o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) produz indicadores em uma
pesquisa denominada Pesquisa Mensal de Comércio. Os indicadores permitem
acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País,
investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas,
com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
O gráfico abaixo evidencia o resultado dos últimos anos do comércio varejista
no Brasil. Nota-se uma oscilação positiva no acumulado dos anos de 2003 até 2013.
lado a ascensão das classes de menor renda fez com que os bancos assediassem o
varejo para financiar suas carteiras de crédito. Porem, os bancos observaram o
aumento do “calote”, e com a política monetária restritiva imposta pelo BACEN,
através dos seus instrumentos de política monetária, aconteceu um achatamento
dos spreads (diferença entre o custo de captação e o do empréstimo). Assim, esse
produto tornou-se desinteressante para as instituições bancárias, pois não havia
margem para elas conseguirem bancar este crédito.
Neste cenário, os varejistas foram pressionados a voltar a assumir os riscos
de conceder crédito aos clientes. Contudo, observa-se que o custo para varejo
demandar crédito no mercado para repassar aos clientes é maior que o dos bancos.
E, isso significa juros maiores.
Neste sentido, torna-se muito importante o reconhecimento, mensuração e
evidenciação desta receita futura gerada pelos financiamentos, pois os próprios
varejistas financiam a compra por parte dos seus clientes. Assim, a mensuração “por
quanto registrar” torna-se um aspecto de profunda relevância para o varejista na
apresentação das suas demonstrações contábeis. Ou seja, estas empresas vendem
a valor futuro, que equivale a dizer que o valor da operação é dado por uma quantia
em data futura, principal acrescido de juros.
De acordo com o CPC 12: “uma atividade de financiamento (por exemplo,
entidades de varejo e de incorporação imobiliária) e, nessa situação, é aplicável o
conceito do AVP.” O AVP, ou ajuste a valor presente tem como objetivo efetuar o
ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro.
Dado a relevância do tema, para o cenário econômico atual, este trabalho
pretende analisar algumas publicações de companhias abertas do setor de varejo,
para entender a aplicação do ajuste a valor presente e verificar se há um padrão nas
contabilizações e nas taxas utilizadas pelas empresas do setor de varejo que
negociam suas ações em bolsa de valores. Trata-se de uma análise comparativa
referente ao último exercício, ou seja, ano de 2013, entre empresas abertas do
varejo, especificamente: LOJAS AMERICANAS S.A., LOJAS RENNER S.A., VIA
VAREJO S.A. E LOJAS MARISA S.A.
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
REVISÃO DE LITERATURA
A contabilidade no Brasil, desde o início do século XX, era muito voltada para
atender às demandas fiscais. Ou seja, toda informação gerada tinha o objetivo se
não total, principal, de prestar contas aos órgãos governamentais. No sentido
contrário, a contabilidade no mundo era pensada como ferramenta de gestão
patrimonial.
A partir dos anos 60, a contabilidade brasileira foi marcada pela preocupação
com a divulgação da informação contábil, os Contabilistas da época começaram a
sofrer influência da escola americana.
Conceituação
Representação Fidedigna
Ativo
Contas a Receber
prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver
efeito relevante”.
As contas de ajuste a valor presente são contas redutoras de contas a
receber, assim como, as Perdas estimadas em crédito de Liquidação duvidosa.
Receitas
O CPC “00” define receita como: “receitas são aumentos nos benefícios
econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do
aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do
patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos
detentores dos instrumentos patrimoniais”.
tributos sobre valor adicionado, não devem ser tratados como benefícios
econômicos.
PRÁTICA
Prática financeira
Onde, i = 11,98%.
23
Prática contábil
Transação de Vendas:
-valor: R$ 100.000,
-juros embutidos: 5% a.a.
-época da operação: 30/12/2010
-época da liquidação: 30/12/2012
Contabilização:
Razonetes:
Duplicatas a
receber LP
100.000 100.000
Receita de
vendas
90.000
Ajuste a valor
presente LP
10.000
5.000
5.000
Receita
financeira (valor
presente)
5.000
5.000
Duplicatas a
receber
100.000
100.000
25
Ajuste a valor
Presente
5.000
5.000
CAIXA
100.000
Observações:
I. Percebe-se que uma transação a prazo não deve ser realizada pelo mesmo
valor de uma à vista. Entende-se que quando o vendedor efetua a venda a
prazo há uma receita financeira embutida ao valor da transação, por estar
financiando a operação ao comprador, já que ele não deseja desembolsar o
total da transação no ato da compra. Esta conta de receita, porém, não pode
ser reconhecida no resultado no momento da operação, já que não houve
fato gerador (que corresponde ao tempo que falta para transformação do
título em disponível), assim deverá ser registrada na conta “Ajustes ao Valor
Presente LP”, conta retificadora de “Duplicatas a Receber LP”, no Ativo Não-
Circulante/Realizável a Longo Prazo;
II. A tributação não é afetada pelo fato da operação ter sido reconhecida como
parte receita comercial e parte financeira, pois as alterações decorrentes da
Lei nº 11.638/07 não devem interferir em bases tributárias (art. 177, Lei
11.638/07);
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Notas explicativas
LOJAS RENNER
Notas explicativas
Diante da análise das demonstrações verifica-se que a empresa Via Varejo S.A.
traz as seguintes informações acerca do valor presente no contas a receber: ” O
ajuste a valor presente das vendas a prazo tem como contrapartida a rubrica
“Contas a receber” e sua realização é registrada na rubrica “Receita operacional
líquida”, pela fruição do prazo.”.
Notas Exlicativas
Marisa S.A.
Diante da análise das demonstrações verifica-se que a empresa Marisa S.A. traz
as seguintes informações acerca do valor presente no contas a receber: “O ajuste a
valor presente das vendas a prazo tem como contrapartida a rubrica “Contas a
receber de clientes” e sua realização é registrada na rubrica “Receita com operações
de cartão de crédito”, pela fruição do prazo.”, conforme nota explicativa 4.P.
Nota explicativa
COMPARATIVO
estimados, horizonte
temporal estimado ou
esperado,
expectativas em
termos de montante e
temporalidade dos
fluxos (probabilidades
associadas);
(g) outras informações Nada além do Nada além Nada além Nada além
consideradas necessário. do do do
relevantes. necessário. necessário necessário.
.
Taxa utilizada Média de 8,69% Média de Média de Não há
a.a 24,31% a.a, 8,99% a.a, informação
já que: (100% já que: acerca da
+ 1,83%)^12 (100% + taxa
- 100%, 0,72%)^12 utilizada.
onde, 1,83 é - 100%,
a taxa onde, 0,72
mensal é a taxa
utilizada. mensal
utilizada.
Fonte: Próprio autor.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 13 ed. São Paulo: Atlas, 2007.