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I Seminário sobre

Prevenção à
Exposição ao
Benzeno
Acordos nacional do Benzeno

SINDIPETRO – LP
outubro de 2017

Arline Sydneia Abel Arcuri

FUNDACENTRO
Desde o início da história

Criação: Ferreira
Sindicalista
Trabalhador da Petrobrás
Paraná
PRIMEIRAS LEGISLAÇÕES
1932  Decreto 21.417-A: proibição do trabalho de
mulheres em atividades insalubres e perigosas com Benzeno;
1939  Portaria Ministerial no SCM 51 MTIC: cria o quadro
de substâncias insalubres (dentre as quais o Benzeno) cuja
manipulação ou atividades com, passa a conferir o direito ao
adicional de insalubridade;
1943 - proibição do trabalho do menor com benzeno e seus
homólogos através do decreto no 5.462

1973 - aposentadoria especial  25 anos


CASO IMPORTANTE

1973
Óbito de quatro trabalhadoras em empresa
de colagem de peças plásticas por
imersão em benzeno, que ficava em pires
e copos sobre as mesas de trabalho
Legislação
da década de 1970
1972  Portaria 3.237: Obrigatoriedade dos SESMT nas
empresas (versão final em 1978 através da Portaria
3.214);

1977  Lei 6.514: reformula o Capítulo V da CLT;

1978  Regulamentação do Capítulo V da CLT através da


Portaria MTb 3.214 que introduz na legislação brasileira
o conceito de Limite de Tolerância (LT);

Para o Benzeno o LT é estabelecido em 8 ppm com VM de


16 ppm (acima do qual  risco grave e iminente).

Mantidos, contudo, os critérios qualitativos até que o MT e


órgãos técnicos pudessem se aparelhar
Legislações
década de 1980
1982  Portaria Interministerial (Trabalho e Saúde):
“proíbe em todo o território nacional a fabricação
de produtos que contenham benzeno em sua
composição, admitida, porém, a presença dessa
substância, como agente contaminante com
percentual não superior a 1% em volume”;

1983  Portaria MTb no 12: introduz na NR-7 da


Portaria 3.214 o Limite de Tolerância Biológico
(alteração ou concentração máxima que não pode ser
ultrapassada de uma substância endógena no
organismo determinada nos fluidos biológicos, tecidos,
ar exalado, quando da avaliação da intensidade da
exposição ocupacional a agentes químicos), para o
Benzeno (e diversas outras substâncias)  Fenol
urinário (50 mg/l).
MARCO DO MOVIMENTO
SOCIAL/SINDICAL
1983  o Sindicato dos Metalúrgicos de
Santos denuncia a existência de centenas
de casos de leucopenia entre
trabalhadores da coqueria da COSIPA
(Cubatão-SP).

1984  Casos de leucopenia entre


trabalhadores da manutenção e montagem
industrial denunciados pelo Sindicato da
Construção Civil de Santos;
MARCO DO MOVIMENTO
SOCIAL/SINDICAL
Denúncia de benzenismo: COSIPA
proporção de epidemia (1983-1992)
mais de 2.000 trabalhadores afastados

Início da década de 80
As médicas
Lia Giraldo (sindicato dos metalúrgicos de Santos) e
Edlamar (sindicato dos trabalhadores da construção civil)
detectaram epidemia de leucopenia em trabalhadores que
atuavam na COSIPA, expostos ao benzeno
MARCO DO MOVIMENTO
SOCIAL/SINDICAL
consequências
1983 - Seminário sobre Toxicologia do Benzeno- Riscos
e meios de Controle/ABPA

1984 – Centro de Saúde de Cubatão (dirigida pela Dra.


Lia Giraldo) determinou como de notificação
compulsória as alterações hematológicas, dentre
outras doenças ocupacionais
MARCO DO MOVIMENTO
SOCIAL/SINDICAL
consequências
1985  Denúncia de 50 casos de Leucopenia na CSN pelo
Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda;

1985  Comissão Interinstitucional (Santos) coordenada pela


DRT-SP para avaliar e exigir medidas de controle da exposição
ao Benzeno na COSIPA.
Formado grupos de trabalho pluripartites, multidisciplinares e
interinstitucionais, que definiram os principais pontos a serem
priorizados na COSIPA e que foram objeto de acompanhamento
realizado pela Comissão
Tais comissões são estendidas a outros estados nos anos
subsequentes.
Marco Importante na
Fiscalização

1985 - Interdição pela primeira vez da fábrica de BHC


das indústrias Matarazzo (DRT)  metade dos
trabalhadores com leucopenia e um caso fatal de
leucemia mielóide aguda (1984)
60 casos na fábrica de BHC/Matarazzo
1986 - Interdição definitiva da fábrica de BHC,
devido a exposições a benzeno da ordem de 200
ppm, mesmo depois de realizadas todas as melhorias
a que se propôs. Antes destas melhorias, a
concentração de benzeno chegava até 1.000 ppm.
Legislações Decorrentes dos Movimentos
Sociais e Sindicais
no Estado de São Paulo
1986 - Circular 297/86 INAMPS da Secretaria Regional de
Medicina Social de São Paulo
“Critérios para caracterização de leucopenia”.
1986 - Secretaria de Saúde do ESP
Criado o Sistema de Vigilância Epidemiológica de Doenças
Ocupacionais, que inclui alterações hematológicas por exposição
ao benzeno
1987 - Circular 03/87 do INPS estende para todo o Estado de
São Paulo os critérios da Circular 297/86, estabelecendo ainda
os “Procedimentos Médico-Periciais e de Reabilitação
Profissional para os Segurados Portadores de Leucopenia”,
onde são definidos procedimentos para enquadramento e
aposentadoria por invalidez acidentária.
1986  I Conferência Nacional
de Saúde do Trabalhador
Explicita que as dificuldades no reconhecimento de casos de
Benzenismo baseavam-se:
Fragmentação dos SESMTs nas empresas;
Tecnicismo da prática da Higiene Ocupacional descolada da
Engenharia de Produção e dos SESMTs das empresas;
Baixa credibilidade dos SESMTs, acostumados a não
divulgar e manipular exames de saúde e participar da
demissão de trabalhadores adoentados;
Excessiva valorização de EPI’s como medida de proteção à
saúde;
Fragmentação da atenção à saúde;
Monetarização do risco com o pagamento de adicionais;
Ausência de informações quanto aos riscos dos processos
industriais;
Desconsideração da percepção que os trabalhadores têm do
processo de trabalho.
PRINCIPAIS MOVIMENTOS
SOCIAIS/SINDICAIS
NACIONAIS
1987  Simpósio “Leucopenia” (São Roque-SP):
reafirma o papel carcinogênico do Benzeno e seus
efeitos hematológicos recomendando a extensão a
nível nacional da circular do INAMPS;

1988 - Em São Paulo, o DIESAT organiza o


Seminário “Leucopenia: Morte Lenta”, do qual
participaram 21 sindicatos dos ramos petróleo,
petroquímico, químico, siderúrgico, construção civil
e outros, de todo o país
PRINCIPAIS MOVIMENTOS
SOCIAIS/SINDICAIS
NACIONAIS
Resulta do Seminário “Leucopenia: Morte Lenta” 
Campanha Nacional que procurava articular diversas
experiências e ações no âmbito institucional e no
interior das empresas. À época, a maior preocupação
era garantir o diagnóstico do benzenismo e os direitos
dos trabalhadores atingidos. Este grande momento de
articulação sindical foi entremeado pelos encontros
nacionais dos trabalhadores do Setor Siderúrgico nos
anos de 1987 (Volta Redonda/RJ), 1988 (Ouro
Branco/MG), 1989 e 1992 (Vitória/ES).
PRINCIPAIS MOVIMENTOS
SOCIAIS/SINDICAIS
NACIONAIS

1989- Publicação do livro


“Insalubridade Morte Lenta no Trabalho”
lançado pelo DIESAT, que registra parte
destas experiências, difundindo ainda mais
pelo país as estratégias sindicais utilizadas.
MARCO IMPORTANTE NA
FISCALIZAÇÃO

1990 – Interdição Nitrocarbono/BA


Duas mortes por benzolismo
(nome antigo substituído por
benzenismo)
CAMPANHA DO INST/CUT
1991  INST/CUT:
“Operação Caça Benzeno”
Sindicatos de diversos estados;
Farto material de divulgação;
Desencadeada após a morte de dois
trabalhadores do Pólo petroquímico
de Camaçari (NITROCARBONO) por
Benzenismo, um dos quais seu
Médico do Trabalho.
Às vésperas do lançamento da
campanha: óbito de um Técnico de
Segurança da PQU;
Até essa época: 3.500
trabalhadores afastados por
Leucopenia sendo 2.200 em SP.
Legislações Estaduais/Nacionais
decorrentes destes movimentos

1987 - Secretaria Regional de Medicina Social do Rio


de Janeiro adota os critérios de São Paulo, em
caráter provisório (CSN)

1991 - Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde e


do Meio Ambiente cria o Comitê Estadual do
Benzeno, também organizado com caráter
interinstitucional e que padroniza critérios
hematológicos.
LEGISLAÇÕES
ESTADUAIS/NACIONAIS
DECORRENTES DESTES MOVIMENTOS
1992 - Santo André, Estado de São Paulo
Decreto Nº 13.055 de 22 de setembro, da
Prefeitura Municipal, atribui à Secretaria de Saúde
a responsabilidade pela realização de um estudo
químico epidemiológico sobre benzenismo, destinado
aos trabalhadores da Indústria Petroquímica, e o
Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais, da
Previdência Social (NUSAT) relaciona 97 casos de
hemopatias por benzeno (PQU).
Trabalho científico
"BASES METODOLÓGICAS PARA
ABORDAGEM DA EXPOSIÇÃO
OCUPACIONAL AO BENZENO"
TEREZA CARLOTA PIRES N0VAES
FUNDACENTRO
USP - 1992
UMA DAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS
BRASILEIRAS “TRIPARTITE” DE ELABORAÇÃO
DE NORMAS TÉCNICAS EM SEGURANÇA E
SAÚDE DO TRABALHADOR
1992: Resolução SS-184 de 08/06/93
“Norma Técnica de Diagnóstico e Controle da Exposição ao Benzeno”
Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado as Saúde do Estado
de São Paulo
Introduz vários conceitos importantes: reconhece benzeno como cancerígeno,
afirma de que a reversão do quadro hematológico periférico para valores
considerados “normais” do indivíduo não significa “estado de cura” e não
exclui a possibilidade de evolução para hemopatias malignas tardias; coloca a
restrição do benzeno para fins que não sejam os de participação como
componente de síntese químicas (indústria de transformação); a definição de
critérios claros e precisos para implantação de Programas de Prevenção das
Exposições ao Benzeno, introduz aspectos de diagnóstico médico, periciais-
previdenciários e preventivos da exposição ao benzeno, etc.
Teve grande influencia na Norma Previdenciária de 93.
Ambas constituem marco referencial na história de normatização em
Saúde do Trabalhador no Brasil.
UMA DAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS
BRASILEIRAS “TRIPARTITE” DE ELABORAÇÃO DE
NORMAS TÉCNICAS EM SEGURANÇA E SAÚDE
DO TRABALHADOR

1992: Resolução SS-184 de 08/06/93


“Norma Técnica de Diagnóstico e Controle da Exposição ao
Benzeno”
Teve a participação federal da DRT, FUNDACENTRO e INSS;
de órgãos estaduais como a Secretaria de Saúde, do
Trabalho, Meio Ambiente (CETESB), Ministério Público; de
órgãos municipais como as Secretarias Municipais de Saúde de
São Paulo e de Santo André; da Universidade como as
Faculdades de Medicina, Saúde Pública e Instituto de Química
da USP; a Faculdade de Ciências Médicas de Santos; de
órgãos técnicos sindicais como DIESAT e o INST/CUT; órgãos
empresariais como o SESI, SINPROQUIM, UNIPAR,
Petroquímica União e Companhia Brasileira de Estireno, entre
outros (LACAZ, 1993) (apud CARVALHO et col., 1995).
OUTRAS LEGISLAÇÕES
1992 - Presidência do Senado Federal promulga
Convenção Nº 136 e a Recomendação Nº 144
da OIT, sobre a “Proteção Contra os Riscos da
Intoxicação Provocada pelo Benzeno”.
1994 – Presidência da República através do
DECRETO Nº 1.253, DE 27 DE SETEMBRO
DE 1994 - Promulga a Conversão nº 136, da
Organização Internacional do Trabalho, sobre
a Proteção contra os Riscos de Intoxicação
Provocados pelo Benzeno, assinada em
Genebra, em 30 de junho de 1971.
Eventos decorrentes destes
movimentos
1988 - Seminário sobre o benzeno (FUNDACENTRO)

1988/1989 - Controle interlaboratorial da análise de


fenol urinário / ana Maria Tibiriçá – Fundacentro

1991 - Bahia - Seminário de Grupo Interinstitucional


constituído por órgãos públicos ligados à saúde e
fiscalização, universidades, sindicatos, Conselho Regional
de Medicina da Bahia e Sociedade Bahiana de
Hematologia, que elabora o “Protocolo de Intenções para
Controle do Benzenismo e Outras Doenças Ocupacionais
do Pólo Petroquímico de Camaçari” (Nitrocarbono).
Eventos decorrentes destes
movimentos
1993 - “Seminário Nacional sobre Exposição ao
Benzeno e outros Mielotóxicos”, em Belo
Horizonte/MG.

Tirada moção para que os ministérios da


previdência e trabalho alterassem suas
legislações sobre benzeno
LEGISLAÇÕES ESTADUAIS/NACIONAIS
DECORRENTES DESTES MOVIMENTOS

1993 - Divisão de Perícias Médicas do


Ministério da Previdência e Assistência Social
(MPAS)
Publicação da “Norma Técnica sobre
Intoxicação ao Benzeno” que segue
basicamente a norma paulista e as questões
previdenciárias discutidas no “Seminário
Nacional sobre Exposição ao Benzeno e outros
Mielotóxicos”, de Belo Horizonte/MG.
CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO
TÉCNICO TRIPARTITE
1993 – MTE
Elaborar documento que apresente subsídios
técnicos para estabelecer normas e outras
ações que visem a prevenção da exposição
ocupacional ao benzeno.
Final de 1993  “Benzeno - Subsídios Técnicos à
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
- SSST/MTb”
Documento levanta vários dados sobre a
situação brasileira e propõe medidas de
controle
MUDANÇAS NO MTE E
MOBILIZAÇÕES SINDICAIS

Começo de 1994  mudança no


Ministério do Trabalho

Esta perspectiva levou a publicação,


pela Secretaria de Segurança e
saúde no Trabalho da Portaria nº 3
MUDANÇAS NO MTE E
MOBILIZAÇÕES SINDICAIS
1994 - Portaria n3 (10/3/94)
Benzeno é inserido no Anexo 13 da NR 15 como
substância cancerígena
. benzeno é cancerígeno
. nenhuma exposição é permitida
. utilização em sistema hermético
. situação de risco grave e eminente
. 90 dias para adequação
. cai o uso do fenol urinário como indicador de
exposição
MUDANÇAS NO MTE E
MOBILIZAÇÕES SINDICAIS
1994
Portaria n6
Adiamento dos prazos de adequação por mais 90 dias
constituição de grupo técnico tripartite, por sugestão dos
setores empresariais siderúrgico e petroquímico

Anúncio do Grupo Técnico de Trabalho com ostensivo


predomínio de figuras ligadas à concepção da Saúde
Ocupacional e aos setores do patronato
Exclusão de profissionais do setor público e acadêmico com
acúmulo de conhecimento na questão foi prontamente
denunciado pelo movimento sindical
MUDANÇAS NO MTE E
MOBILIZAÇÕES SINDICAIS

1994 Mobilização de setores sindicais e de


técnicos para alteração do grupo, resultando
em nova portaria

1994 Portaria n10 prorroga por mais 180 dias o


início da aplicação da portaria n6 e cria grupo
de trabalho tripartite com assessorias
Grupo de Trabalho Tripartite do Benzeno – GTT/Bz
GOVERNO
Ministério do Trabalho
Ministério da Saúde
Ministério da Previdência e Assistência Social
FUNDACENTRO

TRABALHADORES
CNTI
CNTM
CUT
Força Sindical
EMPREGADORES
CNI
ABIQUIM
IBS
SINPROQUIM
FINALIZAÇÃO DO TRABALHO DO
GRUPO TRIPARTITE TÉCNICO
28/09/1995  Fim da negociações do GTT-Bz

Proposta de ACORDO NACIONAL TRIPARTITE, Assinado em 20/12/1995


Paulo Paiva, MTb
José Carlos Seixas, Sec. Exec. MS
Reinoldes Stephanes, MPAS
Arnaldo Gonçalves, Força Sindical
José Gabriel Santos, CNTI
Paulo Machado, CNTM
Remigio Todeschini, CUT
Lourival Novaes Dantas, CNI
Augusto Carvalho, IBS
Décio Novaes, SINPROQUIM
Guilheme Moraes, ABIQUIM
Antonio Anastasia, MTb (testemunha)
João Carlos Alexim, OIT (testemeunha)
Plínio Sarti, SRT (testemunha)
FINALIZAÇÃO DO TRABALHO DO
GRUPO TRIPARTITE TÉCNICO

1995
Comissão aprova quatro documentos
Portaria 14
Instrução normativa 01
Instrução normativa 02
Acordo coletivo.
PORTARIA 14 – Anexo 13A da NR15

 Anexo se aplica a todas as empresas que produzem,


transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e
suas misturas líquidas contendo 1% (hum por cento) ou mais
em volume e aquelas por elas contratadas, no que couber.
(esta era a concentração permitida de benzeno, como
contaminante, em produtos acabados, na época)
 Regulamenta as ações, atribuições e procedimentos da
prevenção da exposição ocupacional ao benzeno;
 Exclui as atividades de armazenamento, transporte,
distribuição, venda e uso de combustíveis derivados de
petróleo;
 Cria um novo parâmetro para a avaliação da concentração
ambiental VRT-MPT que diferentemente do tradicional limite
de tolerância, não exclui risco à saúde;
PORTARIA 14 – Anexo 13A da NR15

Proíbe a utilização de benzeno exceto nas


industrias e laboratórios que o:
 produzem; utilizem em processos de síntese
química;
 empreguem em combustíveis derivados de
petróleo;
 empreguem em trabalhos de análise ou
investigação realizados em laboratórios, quando
não for possível sua substituição;
 empreguem como azeótropo na produção de
álcool anidro (proibição desde 1999)
PORTARIA 14 – Anexo 13A da
NR15
Estabelece:
9. As empresas abrangidas pelo presente Anexo, e aquelas por elas
contratadas, quando couber, deverão garantir a constituição de
representação específica dos trabalhadores para o benzeno
objetivando acompanhar a elaboração, implantação e
desenvolvimento do Programa de Prevenção da Exposição
Ocupacional ao Benzeno.
9.1. A organização, constituição, atribuições e o treinamento desta
representação serão acordadas entre as representações dos
trabalhadores e empregadores.
10. Os trabalhadores das empresas abrangidas pelo presente Anexo,
e aquelas por elas contratadas, com risco de exposição ao
benzeno, deverão participar de treinamento sobre os cuidados e as
medidas de prevenção.
PORTARIA 14 – Anexo 13A da NR15
estabelece:
 a obrigatoriedade de cadastramento das empresas que
utilizam benzeno;
 a obrigatoriedade da elaboração do PPEOB (programa
de Prevenção a Exposição a Benzeno), que deve ter
seu conteúdo conforme estabelecido na NR9, com
acréscimos;
 que a sinalização deve conter os dizeres:
“PERIGO:PRESENÇA DE BENZENO – RISCO Á
SAÚDE” e que os trabalhadores devem ter acesso à
FISPQ
 a necessidade de rotulagem adequada
 requisitos de segurança nas situações de emergência.
AS INSTRUÇÕES NORMATIVAS
01 E 02
Critérios para a Avaliação das
concentrações de benzeno no ambiente de
trabalho (necessária para harmonizar as metodologias
de avaliação ambiental, para verificar o cumprimento do
VRT)

Vigilância da Saúde dos trabalhadores na


prevenção da Exposição Ocupacional ao
Benzeno (Complementada depois pela portaria 776 e
um protocolo com fluxograma para estabelecimento de
diagnóstico de benzenismo)
ACORDO COLETIVO
 Competências dos órgãos, empresas e trabalhadores;
 A criação da Comissão Nacional Permanente do Benzeno
- CNP-Benzeno - órgão Tripartite de discussão,
negociação e acompanhamento do acordo;
 A participação dos trabalhadores através do Grupo de
Representação dos Trabalhadores do Benzeno - GTB;
 Estabelecimento de prazos de adequação das empresas
ao VRT- MPT;
 Criação do Certificado de Utilização Controlada do
Benzeno;
 Estabelecimento de penalidades às empresas
infratoras, além daquelas penalidades previstas pelos
órgãos de fiscalização.
ACORDO COLETIVO
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO BENZENO – CNPBz:
Fórum nacional tripartite de discussão, negociação e acompanhamento do
acordo com funções executivas, relacionando-se diretamente com o
DNSST;
Participação ativa em pontos fundamentais do acordo
Tripartite e interinstitucional;
Viabilizar tarefas definidas no acordo;
Complementar o acordo nas questões relacionadas às questões de saúde
dos trabalhadores;
Propor e acompanhar estudos, pesquisas e eventos científicos
priorizando:
Definir indicadores biológicos de exposição 
Realização de seminário internacional 
Propor inclusões e alterações nos dispositivos legais, priorizando:
Atividades excluídas do campo de aplicação (ex: benzeno na gasolina)
Discutir e propor a redução dos limites de exposição;
Discutir a substituição do benzeno em processos industriais;
ACORDO COLETIVO

Destaque
Capítulo IV item 8.7
A CNP-Benzeno respeitará as instâncias
locais e regionais de negociações
existentes ou que venham a ser
constituídas, seguindo os princípios de
respeito mútuo e de cumprimento do
acordo
PORTARIA 14 – Anexo
13A da NR15
• Exclui as atividades de armazenamento,
transporte, distribuição, venda e uso de
combustíveis derivados de petróleo;

Motivos:
• Não havia representante do setor nas discussões
do acordo e legislação
• Características da exposição muito diferentes das
empresas e entre os próprios PRCs
• Priorização na produção e utilização do agente,
por questão de gestão do problema
Acordo do benzeno
Mas o acordo propõe inclusões e
alterações nos dispositivos legais,
priorizando:
Atividades excluídas do campo de
aplicação (ex: benzeno na gasolina)

Discussão iniciada já em 2000, que deu


origem ao anexo 2 da NR 9, publicada
no D.O.U. em 22.09.2016
BALANÇO DAS ATIVIDADES DA
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO
BENZENO
Pontos importantes acordados em 1995:
• VRT (Valor de referência tecnológico)
• GTB (Grupo de trabalhadores representantes do benzeno)
• CNPBz (Comissão Nacional Permanente do Benzeno)
• PPEOB (Programa de prevenção da exposição ocupacional
ao benzeno)
• Proibição do uso do benzeno, com exceção das
empresas que o produzem utilizam em sínteses químicas,
siderúrgicas e laboratórios onde ele não possa ser substituído
• Proibição do uso de benzeno para obtenção de álcool anidro
• Obrigatoriedade de cadastramento das empresas
autorizadas  permitiu construir o mapa do benzeno no Brasil
Quais Empresas Necessitam de Cadastro

• Plataformas
• Refinarias
• Petroquímicas de primeira geração
• Petroquímicas de segunda geração
• Armazenadoras, distribuidoras e transportadoras de:
– benzeno;
– produtos que contenham benzeno acima de 1%;
– combustíveis que recebem gasolina TIPO A
• Siderúrgicas integradas que tenham como produto gás de
coqueria
• Empresas que o contenham sub-produto acima de 1%
• Laboratórios onde não há possibilidade de substituição
Valor de Referência Tecnológico

DEFINIDO NR 15 anexo 13A


“concentração de benzeno no ar considerada
exeqüível do ponto de vista técnico, definido em
processo de negociação tripartite.
Deve ser considerado como referência para os
programas de melhoria contínua das condições
dos ambientes de trabalho.
O cumprimento do VRT é obrigatório e NÃO
EXCLUI RISCO À SAÚDE.”
Valor de Referência Tecnológico
O VRT
não é nem limite de tolerância nem limite de
exposição.
É um valor de referência para concentração ambiental.
Nenhuma exposição do trabalhador é permitida

NÃO HÁ LIMITE DE EXPOSIÇÃO SEGURO PARA O


BENZENO

O VRT é um indicador de controle ambiental e deve ser


utilizado para comprovação de melhoria continua obtida
através da implementação de medidas tecnológicas para
evitar emissão da substância para o ar.
Valor de Referência Tecnológico

Os valores estabelecidos para os VRT-MPT são:


- 1,0 (um) ppm para as empresas abrangidas por este
Anexo (com exceção das empresas siderúrgicas, as
produtoras de álcool anidro e aquelas que deverão
substituir o benzeno a partir de 01/01/97);
- 2,5 (dois e meio) ppm para as empresas siderúrgicas.

O Fator de Conversão da concentração de benzeno de ppm


para mg/m3 é:
1 ppm = 3,19 mg/m3
nas condições de 25º C, 101 kPa ou 1 atm.
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

GRUPO DE REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES DO


BENZENO - GTB:
Objetivo de acompanhamento da elaboração, implantação e
acompanhamento do PROGRAMA DE PREVENÇÃO DA
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO – PPEOB
Composto por 20% dos representantes dos trabalhadores da
CIPA ; desde 2003  30%
Problema sem acordo  suplentes eleitos fazerem parte do
GTB
GTB das empresas contratadas devem se adequar ao da empresa
contratante
Membros do GTB devem participar de treinamento sobre os
riscos do benzeno com carga horária mínima de 20 horas – desde
2003 curso deve ser para toda a CIPA
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

CADASTRAMENTO OBRIGATÓRIO:

 Das empresas produtoras, transportadoras,


armazenadoras ou que utilizam e manipulem
benzeno e suas misturas contendo 1% ou
mais em volume e aquelas contratadas, no
que couber.
 Problema  empresas com análises de
correntes com 0,9 % não se cadastram!
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO


OCUPACIONAL AO BENZENO - PPEOB:

Instrumental técnico de prevenção e


controle das exposições;
Indicar os responsáveis por sua elaboração
e implementação
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma


Regulamentadora n.º 9 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, com a redação dada pela Portaria n.º 25, de 29.12.94,
acrescido de:
- caracterização das instalações contendo benzeno ou misturas que o contenham em concentração maior do
que 1% (um por cento) em volume;
- avaliação das concentrações de benzeno para verificação da exposição ocupacional e vigilância do ambiente
de trabalho segundo a Instrução Normativa - IN n.º 01;
- ações de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e de terceiros, segundo a Instrução Normativa - IN
n.º 02;
- descrição do cumprimento das determinações da Portaria e acordos coletivos referentes ao benzeno;
- procedimentos para o arquivamento dos resultados de avaliações ambientais previstas na IN n.º 01 por 40
(quarenta) anos;
- adequação da proteção respiratória ao disposto na Instrução Normativa n.º 01, de 11.4.94;
- definição dos procedimentos operacionais de manutenção, atividades de apoio e medidas de organização do
trabalho necessárias para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno. Nos procedimentos de
manutenção deverão ser descritos os de caráter emergencial, rotineiros e preditivos, objetivando
minimizar possíveis vazamentos ou emissões fugitivas;
- levantamento de todas as situações onde possam ocorrer concentrações elevadas de benzeno, com dados
qualitativos e quantitativos que contribuam para a avaliação ocupacional dos trabalhadores;
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

O conteúdo do PPEOB deve ser aquele estabelecido pela Norma


Regulamentadora n.º 9 - Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, com a redação dada pela Portaria n.º 25, de 29.12.94,
acrescido de:
- procedimentos para proteção coletiva e individual dos trabalhadores, do risco de exposição ao benzeno nas
situações críticas verificadas no item anterior, através de medidas tais como: organização do trabalho,
sinalização apropriada, isolamento de área, treinamento específico, ventilação apropriada, proteção
respiratória adequada e proteção para evitar contato com a pele;
- descrição dos procedimentos usuais nas operações de drenagem, lavagem, purga de equipamentos,
operação manual de válvulas, transferências, limpezas, controle de vazamentos, partidas e paradas de
unidades que requeiram procedimentos rigorosos de controle de emanação de vapores e prevenção de
contato direto do trabalhador com o benzeno;
- descrição dos procedimentos e recursos necessários para o controle da situação de emergência, até o
retorno à normalidade;
- cronograma detalhado das mudanças que deverão ser realizadas na empresa para a prevenção da exposição
ocupacional ao benzeno e a adequação ao Valor de Referência Tecnológico;
- exigências contratuais pertinentes, que visem adequar as atividades de empresas contratadas à
observância do Programa de contratante;
- procedimentos específicos de proteção para o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos, mulheres grávidas
ou em período de amamentação.
Resultados Concretos do ACORDO NACIONAL
TRIPARTITE que afetam o setor petróleo

Estabelecimento de indicador biológico de


exposição ao benzeno – situação atual  não
houve acordo ainda para uma nova proposta de
IBE.
Nota técnica explicitando que as plataformas e
terminais estão incluídas no acordo do benzeno
Influência na portaria da ANP sobre o teor de
benzeno na gasolina
BALANÇO DAS ATIVIDADES DA
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO
BENZENO
Pontos importantes negociados após o acordo

Proibição do uso do benzeno na produção de


álcool anidro, o que evitou a exposição de
milhares de trabalhadores a este agente,
assim como a circulação de centenas de
caminhões transportadores pelas estradas
USINAS DE ÁLCOOL ANIDRO NO
ESTADO DE SÃO PAULO

·
BALANÇO DAS ATIVIDADES DA
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO
BENZENO
Pontos importantes negociados após o acordo
Portaria 776 – Estabelece Normas do Ministério da Saúde
para acompanhamento e diagnóstico com estabelecimento
de critérios de retorno para os trabalhadores com alta
do INSS
Esta norma tem por objetivo:
Regulamentar os procedimentos relativos à vigilância da
saúde dos trabalhadores expostos
ao benzeno.
Portanto também se aplica aos trabalhadores de postos de
revenda de combustível
Observação: o GTB deverá participar do processo de
seleção das áreas/atividades para o retorno
BALANÇO DAS ATIVIDADES DA
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO
BENZENO
Pontos importantes negociados após o acordo

SIMPEAQ – sistema de monitoramento de populações


expostas a agentes químicos

Organização de encontros de GTBs (último


ocorreu em Brasília, 2016)
BALANÇO DAS ATIVIDADES DA
COMISSÃO NACIONAL PERMANENTE DO
BENZENO

Cronograma para diminuição da


porcentagem de benzeno em produto
acabado – em vigor desde 2007
Marco 2004
 Morte de Roberto Krappa na RPBC
 Afastamento de onze trabalhadores da RPBC para
área administrativa em Santos
 Afastamento de dois trabalhadores da RPBC

Aprovado na reunião de março de 2012 a proposta da


bancada de trabalhadores, na plenária da CNPBz, de
declarar o dia 5 de outubro, data do falecimento do
Krappa, como
Dia Nacional em Defesa do Trabalhador do Benzeno
PROBLEMAS/ CRISES

• Dificuldade na Caracterização de áreas de


risco de estabelecimento de áreas de risco –
insistência do setor petróleo em considerar o
LT da ACGIH para o benzeno e só considerar
exposto quando a concentração ambiental está
acima do nível de ação.!!!
•  redundou na nota técnica nº
207/2013/CGNOR/DSST/SIT, assinado pelo
Luiz Sergio, coordenador da CNPBz.
Últimas Discussões

• Estabelecido novo critério para cadastramento e


descadastramento 
• Novo modelo de reunião 
• Melhores práticas
• Terceirizadas (parecer do MTE)
• VRT de curta duração (discussão parada)
• Nota técnica de laboratórios (portaria esclarecendo
a necessidade de cadastramento mas sem precisar
enviar PPEOB para a DSST)
• Diminuição do valor do VRT
Últimas Discussões
• Capacitação
• 2011 - Subcomissão benzeno na gasolina
em postos de combustível  PORTARIA
N.º 1.109, DE 20 DE SETEMBRO DE
2016 (Aprova o Anexo 2 - Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos
Revendedores de Combustíveis - PRC - da Norma Regulamentadora n.º 9 -

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA) .


• Atualização do IBE - parado
• Documento da Petrobrás pedindo retorno
do limite de tolerância para o benzeno
entregue à DSST em janeiro de 2011
Últimas Discussões
Julho 2011 bancada patronal retira documento da
Petrobras
Dezembro 2011 bancada patronal entrega novo documento
onde não deixa claro o pedido de retorno do limite de
tolerância para o benzeno.
Bancada patronal propõe congresso internacional sobre
benzeno. Bancada de governo  organização deve ser
tripartite
Julho 2012 a bancada de governo entregou a resposta ao
documento patronal
Nesta reunião a bancada patronal trouxe proposta pronta
de seminário NACIONAL com o qual nenhuma das
outras bancadas concordou.
Últimas Discussões

Aprovado portaria que estabelece critérios para


os novos regimentos das comissões regionais
Em dezembro de 2012, em Brasília, ocorreu
encontro de GTBs e seminário patronal sobre
benzeno
E, agosto 2013 saiu NT 207/2013 sobre
“Critérios para caracterização de risco à
saúde relacionado ao benzeno”
NT 207/2013
Conclusão
O critério do Nível de Ação estabelecido pela NR 9 não pode ser
utilizado com a finalidade de caracterizar ou descaracterizar o risco
de agravos à saúde, mas sim, deve servir exclusivamente para
desencadear medidas de controle para as substâncias para as quais
existe limite de tolerância proposto, sendo que para o benzeno a
adoção de medidas de controle deve ser permanente, visando à
melhoria contínua.
A presença de benzeno no processo produtivo ou no ambiente de
trabalho caracteriza o risco de agravos à saúde dos trabalhadores
e, por esta razão, tal risco deve ser reconhecido nos respectivos
ASO. A inexistência do risco de benzenismo só é possível se não
houver a presença do benzeno no ambiente ou processo produtivo.
Da mesma forma, não há que serem isentados do risco de exposição ao
benzeno os trabalhadores relacionados no PPEOB das empresas, tão
somente em razão das concentrações ambientais realizadas em seus
ambientes de trabalho se situarem em valores inferiores aos dos
VRT.
Últimas Discussões
• Portaria para descadastramento
voluntário
• Portaria para os postos
revendedores de combustíveis
• Discussão para atualização do
acordo e do anexo 13 A
Reuniões 2017

73ª Reunião Ordinária – 05 a 07/04 – deveria haver visita


em uma empresa mas foi cancelada. Reunião será em SP
Pauta: Dia 05; Reuniões técnicas – Emissões fugitivas e
GTB: cursos ministrados
Dia 06: manhã: Reunião de bancadas (participação
livre); tarde: Reunião Ordinária da CNPBz (pauta
abaixo).
Dia 07: manhã: Reunião Ordinária da CNPBz; tarde:
Plenária de Governo e Trabalhadores (participação livre);
(Nos horários em que a participação é apenas dos representante sindicados
normalmente há palestras para os trabalhadores que forem a reunião)
74ª Reunião Ordinária – 05 a 07/07 – SP (FUNDACENTRO)
– vista técnica na RPBC
75ª Reunião Ordinária – 29/11 a 01/12 – RJ (FIRJAN) –
visita técnica na CSN
Obrigada

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