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manuais escolares de música no Colégio Pedro II. In: IX Congresso Luso-Brasileiro de
História da Educação, 2012, Lisboa. Atas do IX Congresso Luso Brasileiro de História
da Educação. Lisboa: Guide Artes Gráficas, 2012. v. 1. p. 5805-5818.
Durante alguns anos entrava para lecionar na Sala do Coral, local no qual
acontecem atualmente as aulas de Educação Musical, e lembrava-me dos livros velhos
guardados no armário encostado na parede do fundo. A rotina das aulas e outras
pesquisas adiaram o momento em que decidi debruçar-me sobre esse precioso material.
Empoeirados, depositados de forma desalinhada e embaralhada, empilhados nas
prateleiras de um antigo armário de madeira e vidro, encontrei os livros que passei a
folhear para conhecer um pouco mais a cerca das práticas de educação musical que eles
poderiam revelar. Esses livros são manuais escolares de música pertencentes ao acervo
de Educação Musical da Unidade Centro do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e
apresentam uma possibilidade ímpar de se conhecer um pouco mais sobre os saberes
musicais mobilizados nas práticas pedagógicas e musicais da arte dos sons nessa
instituição.
Esse texto é, portanto, uma primeira aproximação que faço no sentido de tecer
reflexões sobre esses livros guardados. Nessa abordagem inicial, objetivo analisar os
manuais de música, observando os processos de produção, de circulação e de recepção,
tal como nos propõe Roger Chartier (1988).
Ao analisar as fontes, observo diversos aspectos do conteúdo dos textos
impressos: os assuntos privilegiados; os elementos constitutivos da música; os
elementos de escrita musical e de cultura musical; seja de âmbito mais erudito como o
popular ou folclórico; as práticas musicais propostas e o repertório a ser praticado nas
aulas e atividades musicais. São importantes, também, os aspectos relacionados à
materialidade dos manuais escolares, pois possibilitam revelar e analisar as práticas
pedagógicas nas aulas de música, a formação dos professores de música e os usos desse
material, já que apresentam diversas marcas e apontamentos.
Sendo assim, o que importa, como recomenda Armando Petrucci (2003), é olhar
para a documentação escrita impondo-lhe uma série de problematizações, ou seja,
indagar sobre: quem escreve , quando escreve e de que lugar, com que técnicas, onde
redige, como, quem é o autor e quais os objetivos que o levam fazer uso da palavra
escrita e impressa. Assim, busco ampliar as possibilidades de compreensão dos usos e
práticas pedagógicas musicais relacionadas a essas fontes escritas.
O foco principal de análise são os manuais editados nas décadas de 1930 a 1950,
justamente por causa da importância que a Educação Musical no Brasil desempenhou
nesse período e pelos fortes indícios da participação do Colégio Pedro II como um dos
pólos que implantaram o Canto Orfeônico e contribuíram para a difusão da metodologia
proposta pelo compositor Heitor Villa-Lobos.
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Assim, indago sobre que editoras publicaram esses livros, quem foram os
autores, em que cidade foram publicados, que indícios revelam da distribuição e das
escolas que utilizaram esses livros, que dispositivos editoriais apresentam que permitam
refletir sobre as práticas de leitura dessas obras.
Os discursos, as práticas e as representações, recorrendo a uma proposição de
Antonio Castilho Gómez (2003) também são objeto desta análise. Reflito, portanto,
sobre qual o conteúdo impresso, o que era valorizado pelos autores quanto a conteúdos
musicais e extra-musicais, que práticas musicais e pedagógicas permitem apreender,
como são utilizadas pelos autores imagens e representações, dentre outros aspectos.
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INSTITUTO Nacional de Música para a Escola Elementar Rio de Janeiro: INEP, 1955
Estudos Pedagógicos
LACOMBE, Laura Jacobina; Vamos Cantar: teoria e canto São Paulo: Editora do Brasil,
BEVILACQUA, Octavio orfeônico segundo o programa 1951
oficial: segunda série – curso
ginasial
LIMA, Florêncio de Almeida A música e o canto orfeônico no Rio de Janeiro: Baptista de
curso secundário: 1ª. e 2ª. séries Souza & Cia, 1954
LIMA, Florêncio de Almeida A música e o canto orfeônico no Rio de Janeiro: Baptista de
curso secundário: 3ª. e 4ª. séries Souza & Cia, 1954
MASSON, Agnes Leckie; God’s Wonderful World: a New York: The American
OHANIAN, Phyllis Brown unique and joyous songbook for Library World Literature, 1954
children: for home, kindergarten
and Sunday school use
SIQUEIRA, José Música para Juventude: segunda Rio de Janeiro: Companhia
série Editora Americana, 1953
SIQUEIRA, José Música para Juventude: segunda 2ª. ed. Rio de Janeiro:
série Companhia Editora Americana,
1954
SIQUEIRA, José Música para Juventude: terceira Rio de Janeiro: [s. ed.], 1953
série
SIQUEIRA, José Música para Juventude: quarta Rio de Janeiro: [s. ed.], 1953
série
SIQUEIRA, José Música para Juventude: primeira Rio de Janeiro: Companhia
série Editora Americana, 1954
RIBEIRO, Dora Pinto da Costa Coletânea de Brinquedos V. 1. Rio de Janeiro: Escola
Cantados Nacional de Educação Física e
Desportos da Universidade do
Brasil, 1955
RIBEIRO, Dora Pinto da Costa Coletânea de Brinquedos V. 2. Rio de Janeiro: Escola
Cantados Nacional de Educação Física e
Desportos da Universidade do
Brasil, 1955
UNIVERSIDADE do Brasil – Programa de Ensino e Exames: Rio de Janeiro: Imprensa
Instituto Nacional de Música aprovados pelo Conselho em Nacional, 1930
sessão de 28 de junho de 1926
UNIVERSIDADE do Brasil – Revista Brasileira de Música V. IX, 1943
Escola Nacional de Música
UNIVERSIDADE do Brasil - Programa de Piano: cursos de Rio de Janeiro: Universidade do
Escola Nacional de Música formação de professores, Brasil, 1952
formação profissional,
aperfeiçoamento, pós-graduação
VILLA-LOBOS, Heitor Solfejos: originais e sobre temas V. 1. São Paulo: Mangione,
de cantigas populares para 1940
ensino de canto orfeônico:
adotado nos cursos do serviço de
educação musical e artística da
prefeitura do Distrito Federal e
no Ex-ternato Pedro II
VILLA-LOBOS, Heitor Guia Prático: estudo folclórico V. 1. São Paulo, Rio de Janeiro:
musical Irmãos Vitale, 1941
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Quadro 2: Relação de Editoras
EDITORAS QUANTIDADE
Irmãos Vitale (SP/RJ) 2
Companhia Editora Nacional (SP) 2
Oficinas de Santa Cecília (RJ) 1
INEP (RJ) 1
Editora do Brasil (SP) 1
Baptista de Souza & Cia (RJ) 2
Companhia Editora Americana (RJ) 5
American Library World Literature (NY) 1
Escola Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil (RJ) 2
Imprensa Nacional (RJ) 1
Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil (RJ) 2
Mangione (SP) 1
s. ed. (RJ) 1
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Se foi conservado apenas um livro datado na década de 1930, o quantitativo
cresce para 4 livros na década de 1940 e para 17 na década de 1950. O maior número
de obras nessa última década pode indicar uma consolidação do mercado voltado para o
canto orfeônico, mas também pode ser uma marca do processo de aquisição e
conservação de livros que as professoras que trabalharam no colégio adotaram.
Apesar de 7 publicações de autoria institucional (Universidade do Brasil e o
Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, Comissão Arquidiocesana de Música Sacra
do Rio de Janeiro), os autores dos livros do acervo são de músicos e professores de
canto orfeônico. Na publicação de Dora Pinto da Costa, muito embora ela exercesse a
profissão de professora de Educação Física, há a colaboração de diversas professoras de
músicas e compositoras, como a compositora Cacilda Borges Barbosa. A presença
feminina se faz notar não apenas como autoras principais das obras, mas também como
autoras de letras de músicas nos cancioneiros, compositoras das músicas, colaboradoras
e autoras de artigos em revista.
Vicente Aricó Junior, escreveu diversas publicações para canto orfeônico, teoria
musical, músicas para piano e o método de solfejo Bona, que foi amplamente utilizado e
ainda encontrado à venda no mercado editorial de música. A publicação mais
conhecida de Yolanda de Quadro Arruda foi o livro que consta no acervo estudado com
temática relacionada ao canto orfeônico, sendo ainda encontrada no mercado à venda a
23ª. edição do livro Elementos de Canto Orfeônico, comprovando sua ampla circulação.
Arnaldo Sodoma da Fonseca foi professor de Prosódia no Conservatório de Canto
Orfeônico, tendo trabalhado na equipe de Villa-Lobos nessa instituição. Laura Jacobina
Lacombe também desenvolveu trabalhos na área de educação e educação musical.
Octavio Bevilacqua, Florêncio de Almeida Lima, José Siqueira e Heitor Villa-Lobos,
além de compositores foram fundadores da Academia Brasileira de Música, criada por
esse último em 14 de julho de 1945. Os autores, além da atividade de publicação
desenvolveram outros trabalhos relevantes como músicos e professores.
Os títulos das publicações utilizam palavras que indicam o conteúdo da obra e o
público para o qual se destinava a publicação. Nesse sentido são recorrentes palavras
que fazem referência ao canto, à música, à escola, à juventude e ao canto orfeônico.
Os títulos desses livros podem ser compreendidos como mais uma estratégia
editorial visando uma circulação dessas publicações em determinados espaços,
instituições e a identificação de um público específico: escolas, conservatórios,
professores, alunos e demais profissionais relacionados ao projeto do Canto Orfeônico.
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Os segmentos escolares também são destacados, tais como, escola normal, escola
elementar, curso ginasial, curso secundário, primeira série, curso de formação de
professores, aperfeiçoamento e pós-graduação. Um colégio, entretanto, é destacado, o
Externato Pedro II, atual Colégio Pedro II, que durante muito tempo foi referência para
os programas escolares de todo o país.
não existe nenhum texto fora do suporte que o dá a ler, que não há
compreensão de um escrito, qualquer que ele seja, que não dependa
das formas através das quais ele chega ao seu leitor (CHARTIER,
1988, p. 127; 1994, p.45).
Sendo assim, as estratégias que os autores e editores utilizam nos livros podem
revelar as intenções de uso e as práticas de leitura implícitas. O significado que um
leitor estabelece por meio da leitura, não se restringe às intenções do autor do texto.
Para se estabelecer significados de textos, há que estar inserido em um conjunto de
relações que envolvem o texto escrito pelo autor, as estratégias do editor e a ação
criativa empreendida pelo leitor. Um mesmo texto pode ser apreendido de diferentes
formas dependendo dessa ação criativa e de como o leitor se relaciona com os
elementos utilizados pelo autor e pelo editor. Em resumo, há que se considerar o texto,
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as diferentes características do objeto que serve de suporte para o texto e as práticas de
leitura e escrita que se fazem dele (CHARTIER, 1994, p. 41-45).
Assim, observo que os livros do acervo, apesar de apresentarem marcas do
tempo, como páginas com colorido envelhecido, poeira acumulada, pequenas
perfurações causadas por insetos, não trazem muitos indícios de uso. Os livros estão em
excelentes condições de conservação, o que poderia indicar um bom cuidado com o
manuseio e a conservação, mas a impressão é de que, a maioria deles, foi guardada no
armário e tiveram pouca utilização. Há, entretanto, algumas exceções que podem ser
bem significativas. É o caso do livro Guia Prático, de Heitor Villa-Lobos que apresenta
dobras na lateral, a costura das páginas não está muito firme, e há espaço entre as folhas
na parte central indicando que o livro foi muito manuseado. Há também anotações à
lápis, com indicações de instrumentos de percussão para acompanhar um determinado
arranjo, como no caso da música Na Baia Tem, que no início da partitura está escrito a
palavra chocalho e no compasso 7 há a inscrição indicando o uso de clavas. Outro tipo
de anotação que essa obra apresenta é um círculo à lápis na numeração de algumas
músicas. Pode-se inferir que essas músicas foram cantadas ou estudadas pelo usuário
do livro.
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pensamento na escola, contudo, acredito que esses livros não eram utilizados nas aulas e
sim faziam parte do acervo de algum professor, uma vez que o Colégio Pedro II é uma
escola laica desde a sua fundação.
Vejamos, então, cada um desses grupos.
Quadro 8: Cancioneiros
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Companhia Editora
Americana, 1954
SIQUEIRA, José Música para Juventude: terceira série. Rio de Janeiro: [s. ed.],
1953
SIQUEIRA, José Música para Juventude: quarta série. Rio de Janeiro: [s. ed.],
1953
SIQUEIRA, José Música para Juventude: primeira série. Rio de Janeiro: Companhia
Editora Americana, 1954
VILLA-LOBOS, Heitor Solfejos: originais e sobre temas de cantigas V. 1. São Paulo: Mangione,
populares para ensino de canto orfeônico: 1940
adotado nos cursos do serviço de educação
musical e artística da prefeitura do Distrito
Federal e no Ex-ternato Pedro II
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contraponto, harmonia, estética, história da música. Apesar desse caráter muito
conteudista, ou seja, prioriza a memorização de informações, há diversos exercícios de
leitura rítmica e melódica e apreciação musical de obras de compositores consagrados
no repertório de música erudita.
Encontra-se, também, indicações para os professores, atendendo, provavelmente,
a uma demanda pela formação desse professorado, já que muitos deles haviam sido
habilitados para o magistério em cursos de curta duração (FUKS, 1991, p. 113). O livro
Música para a Escola Elementar, publicação do INEP (Instituto Nacional de Estudos
Pedagógicos), é um exemplo com seção mais direcionada para os professores, contendo
dados sobre a legislação que regia projeto de canto orfeônico na década de 1940.
Sabe-se que, além de livros editados para o trabalho dos professores e alunos de
canto orfeônico, existiram outras publicações com grande circulação e também
encontradas no acervo estudado, editadas pelo SEMA. Eram boletins utilizados para
fornecer informações para orientar os professores de canto orfeônico em suas aulas,
além das indicações do repertório a ser ensinado para a participação dos alunos nas
grandes concentrações orfeônicas que fizeram parte do projeto villalobiano. Outros
nomes ligados a este setor e ao Conservatório de Canto Orfeônico figuram dentre os
autores de textos nesses boletins como: Sylvio Salema Garção Ribeiro, Ceição de
Barros Barreto e Florêncio de Almeida Lima, para apenas fornecer alguns exemplos.
Apesar da presente texto ter analisado apenas os livros encontrados no acervo, desça-se
aqui a importância desses Boletins para a circulação das ideias, práticas musicais,
repertório e conceitos trabalhados nas aulas de canto orfeônico. A presença de diversos
exemplares desse tipo de publicação pode ser compreendido como mais um elemento
que evidencia como o canto orfeônico esteve presente no colégio. Outro indício do
intercâmbio entre o SEMA, o Conservatório de Canto Orfeônico e o Colégio Pedro II
são as fotos emolduradas que fazem parte da decoração de uma das paredes da Sala do
Coral nas quais figuram o compositor. Uma foto especial aparece o músico ao centro,
ladeado pelas professoras e alunas do Colégio Pedro II, estas últimas vestidas com o
uniforme de gala, em visita a esse conservatório.
São livros com cantos religiosos, que podem apresentar partituras das músicas,
partituras de canto gregoriano e texto litúrgicos. Os hinários do acervo pesquisado eram
todos destinados de cantos para a Igreja Católica.
O Colégio Pedro II, apesar de ter sido originado de um Seminário para órfãos,
sempre foi uma escola laica, desde sua fundação em 1837. Acredito, entretanto, que os
livros encontrados faziam parte do acervo particular de D. Laura, que era muito
religiosa, conforme depoimento de D. Elza, e porque encontramos dedicatória para ela,
como no livro de Agnes Masson e Phyllis Ohanian e seu nome escrito no livro Hosana.
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Quadro 11: Livros para Professores
FONSECA, Arnaldo Sodoma Noções de Prosódia Musical: para Rio de Janeiro, [s.ed.], 1952
uso dos Conservatórios de Canto
Orfeônico
UNIVERSIDADE do Brasil – Programa de Ensino e Exames: Rio de Janeiro: Imprensa
Instituto Nacional de Música. aprovados pelo Conselho em sessão Nacional, 1930
de 28 de junho de 1926
UNIVERSIDADE do Brasil – Revista Brasileira de Música V.IX, 1943
Escola Nacional de Música
UNIVERSIDADE do Brasil - Programa de Piano: cursos de Rio de Janeiro: Universidade
Escola Nacional de Música formação de professores, formação do Brasil, 1952.
profissional, aperfeiçoamento, pós-
graduação
Considerações Finais
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a importância e riqueza deste pequeno, mas significativo patrimônio escolar, constituído
ao longo da carreira daqueles professores de música do Colégio Pedro II que
trabalharam na Unidade Centro, sobrevivendo à diversos deslocamentos de armário para
armário, de sala para sala, favorecendo descartes e perdas, mas que oferecem dados
relevantes e possibilitam pensar sobre como as propostas de políticas publicas e práticas
de educação musical se concretizaram nas salas de aulas, nos corredores, nas
sonoridades dos cantos patrióticos, dos solfejos e músicas que ecoaram dentre os
espaços do antigo prédio da Rua Larga.
Referências Bibliográficas
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