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Tempo
Tempo histórico - A referência ao “Reino das Astúrias” permite
localizar a acção por volta do século IX ou IX já que os árabes
invadiram a península ibérica no século VIII; por outro lado, no
século X encontramos já constituído o Reino de Leão, que sucedeu
ao das Astúrias.
A acção central inicia-se na manhã de domingo e progride durante o dia. À medida que
a noite se aproxima a tragédia vai-se preparando.
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Personagens
Outubro 1, 2007 às 1:40 pm (O Tesouro)
RUI
Caracterização física: gordo, ruivo, barbudo, pescoço peludo,
Caracterização psicológica: “avisado”, decidido, cínico, bravio, calculista, traiçoeiro,
vingativo, ganancioso, ambicioso, sonhador, ansioso, receoso.
GUANES
Caracterização física: magro; pele negra, pescoço de grou.
Caracterização psicológica: desconfiado, bêbado, jogador, leviano, invejoso, bruto,
calculista, traiçoeiro.
ROSTABAL
Caracterização física: alto, cabelo comprido, barba longa, olhos raiados de sangue,
destro.
Caracterização psicológica: ingénuo, analfabeto, cerdo, torpe, vingativo, desconfiado,
ingénuo, impulsivo.
Predomina o processo de caracterização directa, visto que a maior parte das
informações são-nos dadas pelo narrador.
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A Estrutura da acção
Outubro 1, 2007 às 1:25 pm (O Tesouro)
Da conclusão infere-se que, se considerarmos a história dos “três irmãos de Medranhos”,
estamos perante uma narrativa fechada; ao invés, se nos centrarmos sobre o “tesouro”,
teremos de considerar a narrativa aberta, dado que ele continua por descobrir (“…ainda lá
está, na mata de Roquelanes.”).
Por sua vez, o desenvolvimento tem também uma estrutura tripartida: Descoberta do
tesouro e decisão de o partilhar; Rui e Rostabal decidem matar Guanes; morte de Guanes;
morte de Rostabal; Rui apodera-se do cofre e morre envenenado.
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Estrutura da Acção
Introdução
(Primeiros parágrafos)
Apresentação do rei e do seu reino. Partida do rei para a guerra, deixando
sozinhos a rainha, o filho e o reino. Desenvolvimento
(de “A rainha chorou magnificamente o rei …” até ” Era um punhal de um
velho rei (…) e que valia uma província.”)
Comportamento das personagens aquando da morte do rei: a aia troca as
crianças quando pressente o ataque ao palácio pelo ambicioso e malvado tio
e a sua horda; morte do tio e do escravozinho; reacção das personagens à
morte do suposto principezinho.
Conclusão
Neste conto estamos perante uma narrativa fechada, pois apresenta um desenlace
irreversível.
A articulação das sequências narrativas (momentos de avanço) faz-se por
encadeamento. Os momentos de pausa abrem e fecham a narrativa e interrompem, por
vezes, a narração com descrições (espaço, objectos, personagens).
Personagens
Caracterização física das personagens
Espaço
A acção localiza-se num reino grande e rico « abundante em cidades e searas». , e
decorre num palácio. Toda acção decorre nesse espaço, sendo que alguns recantos do
palácio são sobrevalorizados por oposição a outros, por exemplo, a câmara onde o
príncipe e o filho da escrava dormiam e a câmara dos tesouros.
No entanto, alguns espaços exteriores adquirem alguma importância como por
exemplo: o primeiro espaço é onde o rei é derrotado e consequentemente morto o que
vai deixar a rainha viúva, o filho órfão e o povo sem rei; o segundo acaba por ser um
elemento caracterizador do vilão do conto: « vivia num castelo, à maneira de um lobo,
que entre a sua alcateia, espera a presa». Através desta apresentação, o leitor fica na
expectativa do que irá acontecer, visto que ela é indicadora de confrontação e de
tragédia. É também determinante no clima que se vive no palácio, que denota temor e
insegurança.
O espaço é descrito do geral para o particular, do exterior para o interior.
Primeiramente, é nos apresentado «um reino abundante em cidades e searas», onde se
situa um palácio, habitado por um príncipe frágil que é protegido no seu berço pela
sua ama. À medida que se desenrolam os acontecimentos, o espaço vai-se
concentrando cada vez mais, acabando a Aia por se suicidar na câmara dos tesouros.
Verifica-se um afunilamento do espaço.
No exterior, no alto, encontramos um «castelo sobre os montes», « o cimo das serras»,
povoado pelo tio bastardo e a sua horda, que vigiam a presa – o príncipe que vivia no
palácio. Cá em baixo, «na planície, às portas da cidade» existe um palácio, onde a
população e o príncipe estão desprotegidos e são presa fácil. No interior da «casa
real» há uma câmara com um berço, um pátio, a galeria de mármore, a câmara dos
tesouros, onde estão a rainha, a aia, o príncipe e o escravo.
Quanto ao espaço social temos a descrição de um ambiente da corte – palácio, rei,
rainha, aias, guardas.