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RIGIDEZ E SUPREMACIA DAS

CONSTITUIÇÕES

1. PRINCÍPIO DA RIGIDEZ CONSTITUCIONAL


- Constituições rígidas: são somente alteradas por um processo
solene e complicado, bem mais específico e rigoroso do que aquele
usado para modificar as leis comuns.

1.1. GRAUS DA RIGIDEZ CONSTITUCIONAL


- Existem três graus de rigidez:
a) Grau máximo: constituições super-rígidas
O procedimento para serem reformadas é rigorosíssimo, mediante
freios jurídicos de elevado teor proibitório de revisões ou emendas
constitucionais.
Ex: Constituição dos EUA de 1987.
b) Grau médio: constituições rígidas
O quórum para serem modificadas procura conciliar os requisitos
de progresso com os de estabilidade.
Ex: CF/88 do Brasil.
c) Grau mínimo: constituições pouco rígidas
Possui um processo de alteração solene, formal e complexo, mas
bem mais brando que as modalidades anteriores.
Ex: Constituição da Prússia de 1850.
Obs: se difere das constituições flexíveis.

2. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL


- Supremacia constitucional: é o vínculo de subordinação dos
atos públicos e privados à constituição de um Estado.

2.2. REFLEXOS DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL


NA ORDEM JURÍDICA
 Princípio da adequação (simetria): os atos públicos e
privados deve, adequar-se à superioridade das normas
constitucionais;
 Princípio da hierarquia: o ordenamento normativo é uma
estrutura escalonada, formada de diferentes níveis. No ápice
dessa estrutura está a constituição (Hans Kelsen);
 Princípio da razoabilidade: os atos públicos e privados
devem ser praticados com base nos fins estatuídos nas
constituições;
 Princípio da defesa da constituição: por conta da
superioridade hierárquica, deve ser feito o controle de
constitucionalidade;
 Princípio da força normativa da constituição: tem como
escopo atribuir eficácia social ao texto maior (Konrad Hesse);
 Princípio da rigidez constitucional: não se confunde o ato
de elaboração das leis comuns com o procedimento utilizada
para a reforma da constituição.

2.3. SUPREMACIA FORMAL DA CONSTITUIÇÃO


- Supremacia formal: relação de superioridade da constituição
com os atos públicos e privados.
- Só existe em constituições rígidas.

2.4. SUPREMACIA MATERIAL DA CONSTITUIÇÃO:


- Supremacia material (substancial): é uma supremacia
sociológica que gera uma espécie de acatamento que faz com que
os Poderes Públicos e os particulares sujeitem suas condutas às
normas constitucionais.
 Constituições flexíveis e histórico-costumeiras: o dever de
acatamento aos seus preceitos não vem registrados num texto
escrito, mas sim de uma consciência constitucional que
deriva do fator sociológico, responsável pela estabilidade da
ordem jurídica;
 Constituições rígidas: a consciência de que se deve acatar
os seus preceitos surgem de documentos solenes e
cerimoniosos, elaborados para esse fim.
- Presente em constituições flexíveis e rígidas.
- O verdadeiro acatamento à superioridade dos preceitos
constitucionais depende da sua eficácia social.

3. SUPREMACIA CONSTITUCIONAL E FORÇA


NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO

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