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Indicações bibliográficas:
• Curso de Direito Constitucional, Bernardo Gonçalves Fernandes
Palavras-chave:
• Conselho Nacional de Justiça
• Tribunais Superiores
Observações
• O STF já deixou consignado na ADC nº12 a competência do CNJ para a edição de ato
normativo primário no âmbito das matérias descritas no art. 103-B §4º da CR/88 à luz
de sua função de controle administrativo e correcional.
• Na ADI 4638, o STF decidiu, por maioria de votos, que o CNJ pode iniciar investigação
contra magistrados independentemente da atuação da corregedoria do Tribunal, sem
necessidade de fundamentar a decisão. Ou seja, temos aí a definição da chamada
competência concorrente e originária do CNJ para a investigação de juízes.
Portanto, a competência do CNJ é autônoma, não sendo subsidiária. Nesses termos,
o CNJ pode atuar mesmo que não tenha sido dada oportunidade para que a
corregedoria local pudesse investigar o caso.
• Já entendeu o STF em 2019, que não é seu papel fazer a revisão do mérito das
decisões do CNJ. Assim, os atos e procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao
• O STF também já decidiu que não é competente para ser instância revisora de
denúncias sobre comportamento de magistrados que já foram apreciadas e rejeitas pelo
CNJ, que é o órgão competente para tal. Nesses termos, o MS nº 26.605.
Assim sendo, tínhamos uma regra (de interpretação restritiva desenvolvida pelo STF) e
exceções com as devidas peculiaridades dos casos.
Como exemplo: O STF já conheceu e julgou ação ordinária proposta por sindicato de
servidores públicos contra uma decisão do CNJ. No caso concreto, foram apresentados
dois argumentos (fundamentos) para fixar a competência no STF: a) o caso concreto
discutia os poderes do CNJ para afastar lei inconstitucional. Se o STF não julgasse a
causa, isso significaria conferir à Justiça Federal de 1ª instância a possibilidade de definir
os poderes atribuídos ao CNJ para o cumprimento de sua missão, subvertendo, assim, a
relação hierárquica constitucionalmente estabelecida; b) Além da ação ordinária proposta
pelo Sindicato, diversos servidores impetraram mandados de segurança contra a decisão
do CNJ.
Acontece que esse posicionamento para ter se alterado na Rcl 15551 AgR/GO com
decisão em 26.11.2019.
Nesse julgado a 2ª Turma do STF afirmou que compete ao STF apreciar ação ordinária
ajuizada contra ato do Conselho Nacional de Justiça. A ministra Cármen Lúcia na
decisão argumentou que o julgamento das questões surgidas do desempenho das
atribuições do Conselho Nacional de Justiça é de competência do Supremo Tribunal
Federal, não havendo no art. 102, I, “r”, da CR/88 nenhuma restrição ou diferenciação
Fundamentos:
• Composição do CNJ
Obs.: Ementa: (...) 4. Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Órgão de natureza
exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa,
financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes
situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste,
como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão
sujeitos a seu controle jurisdicional. Inteligência dos art. 102, caput, inc. I, letra “r” e §4º, da
CR. O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o STF e seus
ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está
sujeito. 5. Poder Judiciário (...).
TRIBUNAIS SUPERIORES
Composição: 11 membros
o Presidente - 1ª turma (5 ministros) e 2ª turma (5 ministros)
Requisitos:
1) Brasileiro nato;
2) Estar no gozo dos direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e conduta ilibada;
4) Idade mínima de 35 anos e máxima de 65 anos; para a aposentadoria compulsória a
idade é de 75 anos.
Art. 101 da CR/88 - O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos
dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.
Art. 104 da CR/88: O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três
Ministros.
Requisitos:
1) Ser brasileiro nato ou naturalizado;
2) Estar no gozo do exercício dos seus direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e reputação ilibada;
4) Idade mínima 35 anos e idade máxima de 65 anos;
1/3 Desembargadores de TJ
1/3 Desembargadores de Tribunais Regionais Federais
1/3 Advogados com notável saber jurídica, reputação ilibada e com mais de 10 anos de
exercício efetivo da atividade; membros do MP com mais de 10 anos de exercício efetivo
da atividade;
O STJ faz uma lista tríplice e envia para o Presidente da República. O Presidente
escolhe um nome e indica ao Senado Federal para ser aprovado. Após aprovação do
nome, por maioria absoluta dos membros do Senado Federal, o Presidente da
República faz a nomeação.
• Advogados
A OAB faz uma lista sêxtupla e envia para o STJ. O STJ escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
aprovação Senado Federal. Após aprovação por maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do escolhido.
• Membros do MP
O MP faz uma lista sêxtupla e envia para o STJ. O STJ escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
Observação:
Vaga de advogado para o tribunal – O STJ tem o direito de devolver a lista para a
OAB se entender que os requisitos não foram atendidos.
Composição: 27 ministros
4/5 Desembargadores do Trabalho de carreira (EC 45/04)
1/5 Membros do MP do Trabalho e advogados (mais de 10 anos de efetivo
exercício do trabalho).
Requisitos:
1) Brasileiro nato ou naturalizado;
2) Estar no gozo do exercício de seus direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e reputação ilibada;
4) Idade mínima de 35 anos e idade máxima de 65 anos;
Procedimento
• Advogados
A OAB faz uma lista sêxtupla e envia para o TST. O TST escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
aprovação Senado Federal. Após aprovação do nome por maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do
escolhido.
Procedimento
Composição – 15 ministro
10 oficiais gerais do mais alto posto (4 oficiais gerais do Exército, 3 oficiais
gerais da Aeronáutica e 3 oficiais gerais da Marinha);
5 civis (brasileiros natos ou naturalizados): 1 juiz militar, 1 membro do
MPM e 3 advogados com mais de 10 anos de exercício efetivo de
atividade.
Procedimento
O Presidente da República indica e envia o nome para o Senado. O Senado aprova por
maioria simples e o Presidente nomeia.
Art. 94 da CR/88: Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Tribunal de Justiça
o advogados (com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade): OAB faz
uma lista sêxtupla e encaminha para o TJ. O TJ faz uma lista tríplice e
encaminha para o governador. Governador nomeia.
o membros do MP (com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade): o MP
faz uma lista sêxtupla e encaminha para o TJ. O TJ faz uma lista tríplice e
encaminha para o governador. Governador nomeia.
Observações Finais:
1) O STF já decidiu também para o quinto constitucional que se o TJ entender que a lista
sêxtupla da OAB não atende os requisitos ele pode devolvê-la.
3) ADI 1289 (Tese “Pensamento do Possível” – Peter Haberle) – Se não tem membros
com mais de 10 anos para a lista sêxtupla, poderão ser chamados membros com
menos de 10 anos para participar da lista sêxtupla.