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DISCIPLINA: Direito Constitucional

PROFESSOR: Bernardo Fernandes


MATÉRIA: Poder Judiciário

Indicações bibliográficas:
• Curso de Direito Constitucional, Bernardo Gonçalves Fernandes

Leis e artigos importantes:


• Art. 101 da CR/88
• Art. 103-B § 4º da CR/88
• Art. 102, I, r da CR/88
• Art. 104 da CR/88
• Art. 119 da CR/88
• Súmula 649 do STJ

Palavras-chave:
• Conselho Nacional de Justiça
• Tribunais Superiores

TEMA: Poder Judiciário

PROFESSOR: Bernardo Fernandes

Conselho Nacional de Justiça

O Conselho Nacional de Justiça, apesar de estar incluído no texto constitucional como


órgão do Poder Judiciário não dotado de função jurisdicional. Assim sendo, o CNJ instituído
pela Emenda nº 45 de 2004, tem por função exercer o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário, bem como fiscalizar os juízes no cumprimento dos seus deveres
funcionais.

Art. 103-B § 4º da CR/88: Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e


financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes,
cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da
Magistratura:

Observações

• O STF já deixou consignado na ADC nº12 a competência do CNJ para a edição de ato
normativo primário no âmbito das matérias descritas no art. 103-B §4º da CR/88 à luz
de sua função de controle administrativo e correcional.

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• Conforme o STF no MS 28.611-MC-AgR: “(...) O Conselho Nacional de Justiça, embora
integrando a estrutura constitucional do Poder Judiciário como órgão interno de controle
administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura – excluídos, no entanto, do
alcance de referida competência, o próprio STF e seus ministros (ADI 3.367/DF) –
qualifica-se como instituição de caráter eminentemente administrativo, não dispondo de
atribuições funcionais que lhe permitam, quer colegialmente, quer mediante atuação
monocrática de seus conselheiros ou, ainda, do corregedor nacional de justiça,
fiscalizar, reexaminar e suspender os efeitos decorrentes de atos de conteúdo
jurisdicional emanados de magistrados e Tribunais em geral, razão pela qual se
mostra arbitrária e destituída de legitimidade jurídico-constitucional a deliberação do
corregedor nacional de justiça que, agindo ultra vires, paralise a eficácia de decisão que
tenha concedido mandado de segurança.

• Segundo o STF em decisão do MS 28.872-AgR: “(...) O CNJ, embora seja órgão do


Poder Judiciário, possui, tão somente, atribuições de natureza administrativa e, nesse
sentido, não lhe é permitido apreciar a constitucionalidade dos atos administrativos,
mas somente sua legalidade.

• A segunda Turma do STF já concedeu mandado de segurança para anular decisão do


CNJ que declara a invalidade de norma do regimento interno de tribunal de justiça
estadual, que dispõe sobre a competência Vice-Presidentes do Tribunal. Entendeu o
STF no MS 30.793/RJ, que o CNJ não pode declarar inválido artigo do Regimente
Interno do Tribunal de Justiça que trate sobre competência jurisdicional. No caso,
para o STF o CNJ interferiu em matéria de competência jurisdicional do TJ,
matéria essa que é estranha às funções, tendo em vista que o CNJ tem a competência
de exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

• Na ADI 4638, o STF decidiu, por maioria de votos, que o CNJ pode iniciar investigação
contra magistrados independentemente da atuação da corregedoria do Tribunal, sem
necessidade de fundamentar a decisão. Ou seja, temos aí a definição da chamada
competência concorrente e originária do CNJ para a investigação de juízes.
Portanto, a competência do CNJ é autônoma, não sendo subsidiária. Nesses termos,
o CNJ pode atuar mesmo que não tenha sido dada oportunidade para que a
corregedoria local pudesse investigar o caso.

• Entendeu a 2ª turma do STF no MS 27.750/DF, que o Conselho Nacional de Justiça


não pode decidir, em procedimento administrativo, matéria que já foi judicializada, ou
seja, que está sendo discutida em uma ação judicial. Nesse sentido, o CNJ tem
atribuições de natureza exclusivamente administrativas, razão pela qual não lhe é
permitido decidir questões que estejam submetidas à análise judicial.

• Já entendeu o STF em 2019, que não é seu papel fazer a revisão do mérito das
decisões do CNJ. Assim, os atos e procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao

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controle de legalidade por parte do STF. Nesses termos, mandado de segurança não se
presta ao reexame de fatos e provas analisados pelo CNJ em processo disciplinar.

• O STF também já decidiu que não é competente para ser instância revisora de
denúncias sobre comportamento de magistrados que já foram apreciadas e rejeitas pelo
CNJ, que é o órgão competente para tal. Nesses termos, o MS nº 26.605.

• Conforme o MS 33.163, julgado em 05.05.2015, o STF não tem competência para


processar e julgar ações decorrentes de decisões negativas (nada determina, nada
aplica, nada ordena, nada invalida) do CNJ (e do CNMP que posteriormente será
trabalhado na obra). Segundo decidiu a 1ª Turma do STF, se o conteúdo da decisão do
CNJ (ou CNMP) for “negativo”, ele não decidiu nada. E se não decidiu nada, não
praticou ato algum. E se não praticou nenhum ato, não existe ato do CNJ (ou CNMP) a
ser atacado no STF.

• O STF já adotou uma interpretação restritiva ao dispositivo normativo previsto no art.


102, I, r da CR/88 (Compete ao Supremo Tribunal Federa, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o
Conselho Nacional do Ministério Público). Ele a princípio consolidou entendendo de que
somente seria de competência do Pretório Excelso as demandas em que o próprio CNJ
(que não possui personalidade jurídica própria) figure no polo passivo. Seriam os casos
dos mandados de segurança, mandados de injunção, habeas corpus e habeas
data contra ato do CNJ.

Assim sendo, tínhamos uma regra (de interpretação restritiva desenvolvida pelo STF) e
exceções com as devidas peculiaridades dos casos.

Como exemplo: O STF já conheceu e julgou ação ordinária proposta por sindicato de
servidores públicos contra uma decisão do CNJ. No caso concreto, foram apresentados
dois argumentos (fundamentos) para fixar a competência no STF: a) o caso concreto
discutia os poderes do CNJ para afastar lei inconstitucional. Se o STF não julgasse a
causa, isso significaria conferir à Justiça Federal de 1ª instância a possibilidade de definir
os poderes atribuídos ao CNJ para o cumprimento de sua missão, subvertendo, assim, a
relação hierárquica constitucionalmente estabelecida; b) Além da ação ordinária proposta
pelo Sindicato, diversos servidores impetraram mandados de segurança contra a decisão
do CNJ.

Acontece que esse posicionamento para ter se alterado na Rcl 15551 AgR/GO com
decisão em 26.11.2019.

Nesse julgado a 2ª Turma do STF afirmou que compete ao STF apreciar ação ordinária
ajuizada contra ato do Conselho Nacional de Justiça. A ministra Cármen Lúcia na
decisão argumentou que o julgamento das questões surgidas do desempenho das
atribuições do Conselho Nacional de Justiça é de competência do Supremo Tribunal
Federal, não havendo no art. 102, I, “r”, da CR/88 nenhuma restrição ou diferenciação

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quanto ao instrumento processual a ser utilizado. Quando a Constituição de 1988 quis
restringir a competência do STF para determinados tipos de “ação”, ela o fez
expressamente, como é o caso do art. 102, I, “d” da CR/88. Na alínea “r” não houve,
portanto, nenhuma restrição, razão pela qual não se deve fazer essa interpretação
restritiva.

Fundamentos:

1) A definição da competência originária da Corte não dever se pautar na natureza


processual da demanda, mas sim no objeto dos atos do CNJ ou CNMP impugnados;

2) Possível fragilização institucional do CNJ (e também CNMP) por estarem sendo


submetidos a controle dos juízes de 1ª instância. Ou seja, a missão constitucional do
CNJ (e CNMP) restaria prejudicada quando seus atos e deliberações são submetidos à
jurisdição de membros e órgãos subordinados a sua atividade fiscalizatória.

Obs.: Na sequência e no mesmo sentido de ruptura em 27.11.2019, o ministro Gilmar


Mendes, na ADI 4412/DF, concedeu medida cautelar para determinar “a suspensão de
todas as ações ordinárias, em trâmite na justiça federal, que impugnem atos do CNJ
praticados no âmbito de suas competências constitucionais estabelecidas no art. 103-B
§4º, da CF”.

• Composição do CNJ

 9 membros do Poder Judiciário (1 ministro do STF, 1 ministro do STJ, 1 ministro


do TST, 1 desembargador do TJ, 1 desembargador de TRF e 1 desembargador de
TRT, 1 juiz de direito, 1 juiz federal e 1 juiz do trabalho.

 6 membros de fora do Poder Judiciário (2 membros do MP – 1 MPU/ 1 MPE, 2


advogados e 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada - 1 indicado
pela Câmara do Deputados e 1 indicado pelo Senado Federal)

Procedimento: Os membros do CNJ serão nomeados pelo Presidente da República após


aprovação da maioria absoluta do Senado para um mandato de 2 anos. É permitida uma
única recondução, mas o procedimento de aprovação pelo Senado deverá ser realizado
novamente.

Exceção: O Presidente do STF obrigatoriamente será membro e presidente do CNJ. O


ministro do STF não precisa passar pelo procedimento de aprovação pelo Senado porque
ele é membro nato do CNJ. EC 61/09.

 Presidente do CNJ é o ministro Presidente do STF


 O Corregedor do CNJ é o ministro do STJ

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• A ADI 3367 sobre a Constitucionalidade do CNJ – tinha como argumento que o CNJ
era inconstitucional porque seria um controle externo do Poder Judiciário na medida que
tinha membros de fora do Poder Judiciário. Ferindo o artigo 2º da CR/88 (separação
dos poderes) e o artigo 60, §4º, III.

Súmula 649 do STJ: É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, de


órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem
representantes de outros poderes ou entidades.

O STF por 7 votos a 4 declarou a constitucionalidade do CNJ. O STF entendeu que a


súmula 649 continua valendo, mas somente para os Estados.

Obs.: Ementa: (...) 4. Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Órgão de natureza
exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa,
financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes
situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste,
como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão
sujeitos a seu controle jurisdicional. Inteligência dos art. 102, caput, inc. I, letra “r” e §4º, da
CR. O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o STF e seus
ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está
sujeito. 5. Poder Judiciário (...).

TRIBUNAIS SUPERIORES

• Supremo Tribunal Federal - STF

Composição: 11 membros
o Presidente - 1ª turma (5 ministros) e 2ª turma (5 ministros)

Requisitos:
1) Brasileiro nato;
2) Estar no gozo dos direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e conduta ilibada;
4) Idade mínima de 35 anos e máxima de 65 anos; para a aposentadoria compulsória a
idade é de 75 anos.

Procedimento para ingresso no STF

Art. 101 da CR/88 - O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos
dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo


Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal.

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• Superior Tribunal de Justiça

Composição: mínimo de 33 ministros

Art. 104 da CR/88: O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três
Ministros.

Requisitos:
1) Ser brasileiro nato ou naturalizado;
2) Estar no gozo do exercício dos seus direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e reputação ilibada;
4) Idade mínima 35 anos e idade máxima de 65 anos;

Procedimento de escolha dos ministros do STJ

1/3 Desembargadores de TJ
1/3 Desembargadores de Tribunais Regionais Federais
1/3 Advogados com notável saber jurídica, reputação ilibada e com mais de 10 anos de
exercício efetivo da atividade; membros do MP com mais de 10 anos de exercício efetivo
da atividade;

• Desembargadores de Tribunais de Justiça e Desembargadores de Tribunais


Federais. (Desembargador de carreira ou que entrou pelo quinto)

O STJ faz uma lista tríplice e envia para o Presidente da República. O Presidente
escolhe um nome e indica ao Senado Federal para ser aprovado. Após aprovação do
nome, por maioria absoluta dos membros do Senado Federal, o Presidente da
República faz a nomeação.

• Desembargadores de Tribunais Regionais (Desembargador de Carreira ou que


entrou pelo quinto)
O STJ faz uma lista tríplice e encaminha para o Presidente da República. O Presidente
escolhe um nome e envia para o Senado Federal. O Senado aprovando por maioria
absoluta o nome escolhido, o Presidente faz a nomeação do aprovado.

• Advogados
A OAB faz uma lista sêxtupla e envia para o STJ. O STJ escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
aprovação Senado Federal. Após aprovação por maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do escolhido.

• Membros do MP
O MP faz uma lista sêxtupla e envia para o STJ. O STJ escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para

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aprovação Senado Federal. Após aprovação por maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do escolhido.

Observação:
Vaga de advogado para o tribunal – O STJ tem o direito de devolver a lista para a
OAB se entender que os requisitos não foram atendidos.

• Tribunal Superior do Trabalho

Composição: 27 ministros
4/5 Desembargadores do Trabalho de carreira (EC 45/04)
1/5 Membros do MP do Trabalho e advogados (mais de 10 anos de efetivo
exercício do trabalho).
Requisitos:
1) Brasileiro nato ou naturalizado;
2) Estar no gozo do exercício de seus direitos políticos;
3) Notável saber jurídico e reputação ilibada;
4) Idade mínima de 35 anos e idade máxima de 65 anos;

Procedimento

• Desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho


Surgindo uma vaga o TST recebe os nomes dos candidatos e faz uma lista tríplice. Essa
lista é encaminhada para o Presidente da República que vai indicar um nome para o
Senado Federal. O nome sendo aprovado por maioria absoluta do Senado, o nome segue
para nomeação pelo Presidente da República.

• Advogados
A OAB faz uma lista sêxtupla e envia para o TST. O TST escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
aprovação Senado Federal. Após aprovação do nome por maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do
escolhido.

• Membros do Ministério Público do Trabalho


O MPT faz uma lista sêxtupla e envia para o TST. O TST escolhe três nomes da lista
sêxtupla e faz uma lista tríplice. Essa lista tríplice é encaminhada ao Presidente da
República que escolhe um nome. O nome escolhido pelo Presidente é enviado para
aprovação Senado Federal. Após aprovação do nome por maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, o Presidente da República realiza a nomeação do
escolhido.

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• Tribunal Superior do Trabalho

Composição: 7 ministros (mandato de 2 anos permitida uma única recondução de igual


período)
3 ministros do STF
2 ministros do STJ
2 advogados com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade.

Procedimento

• Ministros do STF – são escolhidos em votação secreta no STF


• Ministros do STJ - são escolhidos em votação secreta no STJ
• Advogados – é feita uma lista sêxtupla pelo STF. O STF envia a lista para o Presidente
da República que vai escolher e nomear os dois advogados. (não há Senado)

Art. 119 da CR/88: O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete


membros, escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de


notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-


Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral
dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

• Superior Tribunal Militar

Composição – 15 ministro
10 oficiais gerais do mais alto posto (4 oficiais gerais do Exército, 3 oficiais
gerais da Aeronáutica e 3 oficiais gerais da Marinha);
5 civis (brasileiros natos ou naturalizados): 1 juiz militar, 1 membro do
MPM e 3 advogados com mais de 10 anos de exercício efetivo de
atividade.

Procedimento

O Presidente da República indica e envia o nome para o Senado. O Senado aprova por
maioria simples e o Presidente nomeia.

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QUINTO CONSTITUCIONAL

Art. 94 da CR/88: Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao


Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.

 Tribunal de Justiça
o advogados (com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade): OAB faz
uma lista sêxtupla e encaminha para o TJ. O TJ faz uma lista tríplice e
encaminha para o governador. Governador nomeia.
o membros do MP (com mais de 10 anos de efetivo exercício da atividade): o MP
faz uma lista sêxtupla e encaminha para o TJ. O TJ faz uma lista tríplice e
encaminha para o governador. Governador nomeia.

Observação: TJDFT – o Poder Executivo é o Presidente da República, porque o


TJDFT é organizado e estruturado pela União, art. 22, XVII, da CR/88.

 Tribunal Regional Federal - advogados e os membros do MPU (Presidente da


República)

 Tribunal Regional do Trabalho – advogados e os membros do MPT com mais de


10 anos de efetivo exercício da atividade

Observação: O Poder Executivo nos TRTs é o Presidente da República porque os


TRTs são federais.

Observações Finais:

1) O STF já decidiu também para o quinto constitucional que se o TJ entender que a lista
sêxtupla da OAB não atende os requisitos ele pode devolvê-la.

2) Se o número de membros do Tribunal não for múltiplo de 5, as vagas do quinto devem


ser arredondadas para cima.

3) ADI 1289 (Tese “Pensamento do Possível” – Peter Haberle) – Se não tem membros
com mais de 10 anos para a lista sêxtupla, poderão ser chamados membros com
menos de 10 anos para participar da lista sêxtupla.

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