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1º Horário
Organização da Administração Pública
Forma da Administração de prestação da atividade administrativa
Forma de descentralização administrativa
Administração Pública em sentido formal ou subjetivo
Administração Pública Direta
Teorias
2º Horário
Administração Pública Indireta
Conceito
Princípios
Integrantes
Autarquias
Fundações Públicas
1º HORÁRIO
José dos Santos Carvalho Filho, entende que quando o Estado descentraliza não transfere a
titularidade da atividade administrativa, e que apenas a execução é passível de transferência.
Nessas hipóteses ocorre delegação, seja por lei ou por negócio jurídico.
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c) Descentralização por colaboração ou delegação, é aquela em que o Estado transfere a uma
pessoa que já existe apenas a execução da atividade administrativa. Obs.: nessa modalidade
de descentralização está inserida a permissão, concessão, autorização.
3. Administração Pública em sentido formal ou subjetivo refere-se aos sujeitos e órgãos que
desenvolvem a atividade administrativa; compreende a Administração Pública Direta e Indireta.
Conceito:
- Em sentido amplo: essa expressão alcança todos os órgãos no âmbito dos três poderes
encarregados de prestar de forma típica ou atípica a atividade administrativa (art. 37, caput,
CF).
- Em sentido estrito: a administração direta é os órgãos do Poder Executivo. Nesse sentido, o
art. 4°, I, do decreto-lei 200 de 1967. O decreto foi recepcionado pela CF de 1988.
Teorias que buscaram explicar a natureza da relação entre o Estado e o seu agente público
1. Teoria do Mandato: segundo ela, o agente público seria um mandatário do Estado. O Estado é
o mandante, o agente público é o mandatário. Criticas: 1) se o Estado não tem ânimo próprio,
como ele outorga mandato? 2) O mandante não responde quando o mandatário viola a lei ou
excede os poderes do mandato, o que tornaria o Estado intocável e irresponsável.
2) Teoria da Representação: segundo ela o Agente Público seria o representante legal do Estado.
Críticas: 1) equipara o Estado ao incapaz, porque o instituto jurídico da representação existe para
suprir incapacidades. 2) Persiste o problema da responsabilidade civil, porque o representado não
responde quando o representante viola a lei.
3) Teoria do Órgão. Elaborada por Otto Gierke, sustenta que o Estado exerce suas atribuições por
meio dos seus órgãos internos, que possuem atribuições definidas em lei e que tais competências
são apenas exercidas pelos agentes públicos. Substitui-se a idéia de representação, pela idéia de
imputação.
Conceito de órgão:
- conceito doutrinário: é um centro especializado de competências.
- conceito legal: art. 1º, § 2º, II, da Lei 9.784/99.
Criação e extinção: por lei, que extingue ou cria órgãos públicos. Obs.: cuidado com o art. 84, VI,
da CF.
Principal característica do órgão público: órgão jamais tem personalidade jurídica. Obs. 1: a
Instrução Normativa 200 da Receita Federal, diz que órgão deve ter CNPJ, para fim de controle.
Ter CNPJ, não significa ter personalidade jurídica. Obs. 2: alguns órgãos têm capacidade
processual, mas isso não significa ter personalidade jurídica.
Classificação dos órgãos públicos [pelo fato do tempo ser curto, o professor não explicou esta
parte. Contudo, disponibilizou a classificação na página do material de apoio do curso.]
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2º HORÁRIO
1. Autarquia
a) Conceito: Legal: art. 5º, do Decreto-lei 200 de 1967. É uma pessoa jurídica de direito público,
criada para desempenhar atividade típica de administração pública.
b) Criação e extinção: por lei específica (art. 37, XIX, CF).
c) Bens: públicos, impenhoráveis, imprescritíveis (art. 98, CC).
d) controle: sujeita-se ao controle administrativo, legislativo e judicial. Obs.: ler o art. 71 da CF,
que fala do TCU.
e) Responsabilidade civil é o dever de reparar o dano e se esgota com a indenização. A
responsabilidade da autarquia é objetiva. Sendo subsidiária a responsabilidade do ente
político instituidor (art. 37, § 6º da CF).
f) Privilégios tributários: art. 150, § 2º da CF. Trata-se de imunidade tributária recíproca relativa.
É relativa porque só incide sobre os bens e serviços vinculados à autarquia.
g) privilégios processuais: 1. prazos dilatados: em dobro para recorrer e em quádruplo para
contestar. O prazo para contrarazões e outros é simples. 2. reexame necessário, também
chamado de recurso de ofício, também chamado de duplo grau de jurisdição obrigatória (vide
exceções: dir. processual civil). 3. regime especial de execução: precatórios (art. 100 da CF).
Exceção: RPV (Requisição de Pequeno Valor).
h) Prescrição: quinquenal (5 anos). Decreto 20.910 de 1932.
i) Regime de pessoal: vide aula da professora Daniela Melo.
j) Atos e contratos: pratica atos administrativos e celebra contratos administrativos (com licitação
prévia).
k) conselhos profissionais: o entendimento dominante é que essas pessoas têm natureza de
autarquia. Salvo a OAB, que, segundo o STF, nem sequer integra a administração indireta.
l) agencias reguladoras: 1. origem: essa figura surge com a reforma do Estado, inspirando-se
nitidamente no direito norte-americano. 2. Conceito: em sentido amplo, essa expressão se
refere tanto a órgãos da administração direta, quanto a pessoas da Administração Indireta,
criadas para exercer regulação, sobre serviços públicos que foram concedidos ao particular ou
sobre atividades econômicas consideradas estratégicas. Obs.: no Brasil, as agências
reguladoras, foram criadas sob a forma de autarquias de regime especial. A especialidade
da autarquia reside em sua maior independência em relação ao ente político instituidor.
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- O que a torna especial? Investidura especial dos seus dirigentes, que são nomeados pelo
PR após aprovação do Senado.
- Dirigentes possuem estabilidade no curso do mandato.
- Suas decisões administrativas não estão sujeitas a recurso hierárquico impróprio. Portanto
não podem ser alteradas administrativamente.
m) Agência executiva: é uma autarquia, ou fundação pública, que celebrou com o ministério
superior um contrato de gestão com o objetivo de aumentar sua autonomia administrativa,
ficando sujeita a controle de resultados.
Natureza Jurídica:
- 1ª corrente: toda fundação pública tem personalidade de direito privado. Hely Lopes Meireles.
Art. 5º, IV, do Decreto-lei 200 de 1967.
- 2ª Corrente: após a CF de 1988, toda fundação pública tem personalidade de direito público.
Portanto tem natureza de autarquia. Nesse sentido, Celso Antonio Bandeira de Melo.
- 3ª Corrente: quem define o regime jurídico da fundação é o ente político instituidor. Assim
podemos ter fundação pública de direito público e podemos ter fundação pública de direito
privado. Se de direito público, é a autarquia ou autarquia fundacional. Regime jurídico das
autarquias: se a fundação é de direito privado, a doutrina a chama de fundação governamental
(expressão utilizada por Di Pietro), ela é publica, mas com personalidade de direito privado. O
regime jurídico aplicado é semelhante ao das empresas públicas prestadoras de serviços
públicos. Entendimento da última corrente, também do STF. Obs.: lei complementar definirá a
área de atuação das fundações públicas (art. 37, XIX da CF). Criação e extinção apenas por
lei ordinária.
Referências
CARVALHO FILHO. José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Editora Lumen Juris.