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Filosofia da História DFI0274 (60h/a - 4c) 2019.

2
Prof. Dr. Deyvison Lima
Horário: 2ª e 4ª, das 10 às 12 horas
Consultas: a combinar com o professor
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Programa de curso. O curso consiste numa introdução ao Teorema da Secularização (TS)


como problema fundamental da Filosofia da História. De modo geral, o teorema da
secularização pode ser compreendido seja em torno da relação entre religião e política, seja
como o problema da filosofia da história. As teses da querela podem ser delimitadas como a
seguir: a primeira leitura do TS é descrita ou bem como uma transferência de conceitos
teológicos para a esfera temporal, isto é, passagem ou mundanização do sagrado para o profano
na forma de conceitos jurídico-políticos, ou bem como uma liquidação ou resolução e, por
conseguinte, emancipação da religião através do processo de desencantamento, qual seja, de
dominação racional e técnica sobre a natureza. No primeiro caso, temos a tese da secularização-
transferência; no segundo, a tese da secularização-resolução. Em ambos, a teologia política
como relação entre bem e poder fornece uma chave para a compreensão da constituição do
mundo moderno.
Dessa forma, se, por um lado, apesar do termo secularização ser empregado nos mais
diversos contextos, um sentido geral poderia ser proposto, qual seja, o de um processo de
emancipação da modernidade diante de qualquer tutela religiosa ou transcendente, assumindo
a organização da vida como algo terreno; por outro lado, restam dúvidas quanto à emancipação
completa da esfera do terreno diante da religião. A questão que se impõe é: ocorreu uma
secularização da esfera espiritual ou uma espiritualização da esfera secular? Desse ponto de
vista, o próprio TS, um capítulo fundamental da filosofia da história, torna-se problemático.

Objetivos. Introdução aos principais conceitos da Filosofia da História.

Metodologia. As aulas serão desenvolvidas a partir dos textos indicados abaixo. É necessária
a leitura prévia dos textos e a discussão em sala de aula. Aulas expositivas com utilização de
multimídia. Trabalhos em grupos com intuito de socializar os conhecimentos e exercitar a
argumentação filosófica. Estimular a escrita como elemento constitutivo da produção e
expressão do conhecimento. Seminário de leituras, análise e discussão de textos (aspectos
estruturais).
Avaliação. O corpo discente será avaliado quanto ao desempenho nos seguintes aspectos: (i)
capacidade de relacionar teoria e prática na realização dos exercícios; (ii) capacidade de
argumentação e sistematização de ideias e técnicas; (iii) participação e interesse nas atividades,
bem como assiduidade e pontualidade; (iv) elaboração de papers e seminários; (v) 3 avaliações
(datas conforme calendário disponibilizado no sistema on line da instituição).

Bibliografia Geral

BODEI, Remo. A história tem um sentido? São Paulo, EDUSC, 2001.

PECORARO, Rossano. Filosofia da História. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2009.

LÖWITH, Karl. O sentido da história. Lisboa, Ed. 70, 1991.

COHEN, Gerald. A. A teoria da história de Karl Marx: uma defesa. Campinas, SP: Editora da
UNICAMP, 2013.

Bibliografia complementar

CRUZ, Juan. Filosofia da história. São Paulo: Instituto Raimundo Lúlio, 2007.

DRAY, William. Filosofia da História. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1977.

GARDNER, P. Teorias da História. Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 1984.

HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2ª edição. Brasília: Editora da UnB, 1999.

Teresina, 5 de agosto de 2019

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Deyvison Rodrigues Lima

Departamento de Filosofia UFPI


Plano de curso
5 de agosto – Apresentação do tema e Introdução.

7 de agosto/12 de agosto.
Texto 1. MARRAMAO, Giácomo. Céu e Terra. Genealogia da secularização. São Paulo:
Unesp, 1997, p. 15-74

14 de agosto/19 de agosto.
Texto 2. SCHMITT, Carl. Teologia Política. Belo Horizonte: Del Rey, 2006, cap. 1 e 3.
[Texto opcional: SÁ, Alexandre. “Do decisionismo à teologia política” in: Poder, direito e
ordem. Rio de Janeiro: Via veritas, 2012, p. 45-77].

21 de agosto/26 de agosto.
Texto 3. BENJAMIN, Walter. “Fragmento teológico-político”, in: O anjo da história. Belo
Horizonte: Autêntica, 2016, p. 23-24.
[Texto opcional: BENTO, Antonio. “Forma de lei, messianismo e estado de exceção”]

28 de agosto/2 de setembro.
Texto 4. AGAMBEN, Giorgio. O tempo que resta. Belo Horizonte, Autêntica, p 33-57; 61-
94, 107-129.

4 de setembro/9 de setembro.
Texto 5. CACCIARI, Massimo. O poder que freia. Belo Horizonte: Âyiné, 2016.
[Texto opcional: AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória. São Paulo: Boitempo, 2011, cap.
1 e 2]

11 de setembro/16 de setembro.
Texto 6. SOUSA, Draiton. “Religião e sociedade pós-secular no pensamento de Habermas”
in: Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito (RECHTD)
7(3):278-284, setembro-dezembro 2015.
[Texto opcional: ARAÚJO, Luiz Bernardo. Religião e modernidade em Habermas. São
Paulo: Loyola, 1996 - excertos].
18 de setembro/23 de setembro.
Texto 7. SCATOLA, Merio. Teologia Política. Lisboa: edições 70 (Excertos).

25 de setembro/30 de setembro
Texto 8. LÖWITH, Karl. De Hegel a Nietzsche. São Paulo: Unesp, 2014, p. 37-60 e
LÖWITH, Karl. O sentido da história. Lisboa, Ed. 70, 1991.

2 de outubro/7 de outubro
Texto 9. CARTOGA, Fernando. Entre deuses e césares. Secularização, laicidade e religião
civil. [Cap. 1 - As teorias da secularização e cap. 2 - A semântica da secularização] Coimbra:
Almedina, 2010.
[Texto opcional: KANTOROWICZ, Ernst. Os dois corpos do rei. São Paulo: Cia. Das
Letras, 1998].

9 de outubro/14 de outubro
Texto 10. BLUMEMBERG, Hans. The legitimacy of the Modern Age. Cambridge: MIT,
1991.
MONOD, J. La querella de la secularización. Buenos Aires: Amorrortu, 2015, p. 304-350.

16 de outubro – 1ª avaliação parcial


21 de outubro/23 de outubro

Texto 11. NIETZSCHE os usos da historia 2 consideracao extenoporanea

/ LEBRUN/HEGEL/KANT/ HEIDEGGER /ESPOSITO

30 de outubro/4 de novembro

Texto 12. HISTORIA CONCEITO

6 de novembro/11 de novembro

Texto 13. TEMA: REVOLUCAO

13 de novembro/18 de novembro

Texto 14. TEMA: PROGRESSO

20 de novembro/25 de novembro

Texto 15. TEMA: NIILISMO. GALLI, P. 127 GIACOIA... LOWITH E HEIDEGGER

27 de novembro/2 de dezembro

Texto 16. TEMA: MESSIANISMO

4 de dezembro – 2ª. Avaliação parcial.

9 de dezembro – Exame Final.

11 de dezembro – Encerramento da disciplina.


O substantivo saeculumé termo de uso reconhecidamente antigo. Servindo para
designar século, idade, era, no sentido daquele intervalo de tempo que marca
uma geração(“sementeira”) humana, manifesta aqueloutra polaridade imemorial entre
tempo sagradoe tempo profano, que nos aparece já na admonição de Paulo na Carta aos
Romanos (12, 2: «Nolite conformari huic saeculo, sed transformamini renovatione mentis...» /
«Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da mente…». É
nesse sentido que, durante séculos, a entrada em religião (profissão religiosa) foi dita saída do
século. Já o adjectivo saecularis aparece-nos muitas vezes na Idade Média quer para designar
tanto o modo de vida de clérigos sem Regra monástica (os que tinham Regra chamavam-
se regulares) dedicados à cura paroquial das almas, como o poder temporal dos senhores
feudais e dos reis (potestas saecularis) face ao poder espiritual do papa (potestas spiritualis).
Por comparação, a noção de saecularisatio(secularização)é mais recente. Surgiu no princípio
do séc. XVI para designar, em direito canónico, a passagem clérigo regular a clérigo canónico,
ou seja, com o significado de exclaustração, a redução à vida laical de alguém que tivesse
recebido ordens sagradas ou professado uma regra conventual ou ainda a expropriação de bens
eclesiásticos em favor dos príncipes ou das igrejas nacionais reformadas. Mas, a partir daqui,
e de um modo que se diria viral, as acepções e os sentidos do termo multiplicam-se e
disseminam-se pela História, Sociologia, Filosofia, Direito, Economia, gerando geometrias
variáveis e apreciações que chegam por vezes – dadas as antinomias que as constituem – ao
“diametralmente oposto” e ao “paradoxalmente coincidente”. É manifestamente o caso dos
vivos e intensos debates do século XX em torno da categoria de «secularização», nos quais se
envolveram e empenharam, cada um a seu modo, autores da grandeza de Karl Löwith, Hans
Blumenberg, Carl Schmitt e Leo Strauss. No sentido geral que este termo adquiriu – quer no
seu uso metafórico enquanto instrumento de uma “política das ideias”, quer na função
estratégica que desempenha na história e cultura modernas – pode dizer-se que a noção de
«secularização» é uma categoria hermenêutica que procura traduzir o processo global de
emancipação – filosófica, ética, política, jurídica, económica, social – da Modernidade de
qualquer tutela religiosa e transcendente, reivindicando o direito de organizar a vida civil dentro
dos «limites da simples razão». Mas não terá sido este processo, que na versão da
«secularização» de Max Weber corresponde a um «desencantamento do mundo» e a uma
mundanização da ascese puritana na ética capitalista do trabalho, apenas uma metamorfose
ainda religiosa de um élan secularizador que se encontra já no judaísmo e, de um modo especial,
nos evangelhos? Terá porventura razão Ernst Kantorowicz quando sustenta que na transição da
Igreja tardo-medieval para o Estado protomoderno ocorreu «não uma secularização da esfera
espiritual, mas uma espiritualização da esfera secular»? Ou será antes Carl Schmitt quem,
numa estratégia inversa à de Max Weber, perscruta rigorosamente o problema quando afirma:
«Todos os conceitos pregnantes da doutrina moderna do Estado são conceitos teológicos
secularizados. Não apenas segundo o seu desenvolvimento histórico, porque foram transpostos
da teologia para a doutrina do Estado, mas também – na medida em que, por exemplo, o Deus
todo-poderoso se tornou no legislador omnipotente – na sua estrutura sistemática, cujo
reconhecimento é necessário para uma consideração sociológica destes conceitos»? Mas, será
que não deveremos inverter o célebre “teorema da secularização” de Carl Schmitt e afirmar
antes: «Todos os conceitos pregnantes da teologia são conceitos políticos teologizados»? Ou a
«secularização», afinal, como a concebe, por exemplo, Giorgio Agamben, não é, nem nunca
foi, verdadeiramente um conceito, mas antes aquilo que Michel Foucault descreveu como uma
«assinatura», isto é, uma espécie de dispositivo que transfere e desloca os conceitos e os signos
de uma esfera para outra (neste caso do «sagrado» para o «profano» e vice-versa), sem os
redefinir semanticamente, de modo que a «secularização» actuaria no sistema conceptual da
Modernidade como uma «marca» ou «assinatura» que o vincula indissoluvelmente à teologia:
«A assinatura teológica age aqui como uma espécie de trompe l’œil, em que justamente a
secularização do mundo se torna na contra-senha da sua pertença a uma oikonomia divina»?
Neste caso, o que estaria verdadeiramente em jogo no debate travado no final dos anos sessenta
do século XX entre os autores acima elencados não seria tanto a «secularização» quanto a
«filosofia da história» e a «teologia cristã» que está na sua base. Nesta hipótese, o cristianismo
não seria «a religião da saída da religião» (Marcel Gauchet). Ao invés, seria a própria
«economia» moderna (e já não apenas ou não sobretudo a política), seria em todo o caso uma
«economia» moderna de que a “verdade” estabelecida pelas regras do «mercado» é o necessário
efeito, que se constituiria como um paradigma teológico secularizado retroagindo sobre a
própria teologia. Dito de outro modo, a teologia cristã, sob a forma trinitária, seria desde o início
marcadamente “económica”, não se tornando “económica” apenas posteriormente através do
processo da sua «secularização», pois que a própria teologia cristã implica que a vida divina e
toda a história da humanidade desde os seus começos sejam concebidas como
uma oikonomia divina. Como quer que seja que a entendamos (como «teologia política» ou
como «teologia económica»), poderá a «secularização» querer significar que o projecto da
Modernidade está, afinal por cumprir, que a Modernidade, bem vistas as coisas, se revela como
um processo inacabado? Formulando a questão de outro modo: será que na pós-modernidade
se assiste a uma espécie de “vingança” contra a Modernidade, que dá azo a discursos e a práticas
variadas de dessecularização? Terá neste caso razão Fernando Catroga quando afirma –
contrariando a concepção da modernidade de Hans Blumenberg – que a «secularização»,
entendida como «uma transferência do conteúdo, dos esquemas e dos modelos elaboradosno
campo religioso, para o campo profano, acaba por relativizar a novidade radical dos tempos
modernos, assim reduzidos à condição de herdeiros,não obstante todas as suas ilusões de auto-
fundação»? É certo que as instituições tradicionais da crença e de produção de sentido, muito
em especial as Igrejas e os Estados (na medida em que se suportaram mutuamente), não mais
são os detentores da produção simbólica. Mas a religião, o sagrado e outras formas de
legitimação transcendente não desapareceram: metamorfosearam-se e reocuparam outras áreas
da vida. Eis a razão por que, caso não se tenha a acuidade e a sensibilidade para perceber a
«assinatura» teológica (em chave política ou em chave económica) da «secularização»,
seguindo pacientemente as mudanças e as deslocações que ela efectua permanentemente na
história das ideias, a simples rememoração cronológica do seu conceito, ficando aquém de uma
genealogia da sua «assinatura», pode ser incompleta e insuficiente. Ao contrário dos muitos
manifestos sobre o sentido da terra e da recusa em organizar a vida política e social a partir de
qualquer sagrado, vemos que o sonho das Luzes não apenas não se cumpriu, como se
obscureceu significativamente. Daí uma pergunta – entre tantas outras possíveis – que o
presente colóquio se propõe formular, e à qual, se possível, ele deve procurar responder: «–
Que sentido ainda para a “secularização”?» «– É a “secularização” uma categoria de leitura
caduca?» «– Ainda tem futuro?» «– Que futuro?»
Filosofia das Ciências Sociais (60h) – 2019.2
Prof. Dr. Deyvison Lima
Horário: 2ª e 4ª, das 10 às 12 horas - Consultas: a combinar com o professor
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Programa de Curso. Desde A estrutura das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, em 1962, as
ciências passaram a ser compreendidas a partir de sua historicidade. Ao invés de uma estrutura universal
e necessária, em busca da verdade como descrição do mundo ou da sua origem e sentido, os saberes
sofreram, pouco a pouco, uma desconstrução. É, precisamente, uma leitura dessa desconstrução que
propomos como tema do curso. A proposta pretende recuperar, através de uma abordagem filosófica da
ciência, desde as discussões do Methodenstreit entre ciências da natureza e ciências do espírito até o
problema do saber e a historicidade da razão, tratando de alguns temas relativos à fenomenologia,
materialismo histórico, hermenêutica e estruturalismo, entre outros. Na segunda parte do curso, após a
apresentação dos principais conceitos, analisaremos a obra de Foucault, sobretudo, os textos As palavras
e as coisas (1964) e Arqueologia do saber (1969), suas consequências para as ciências humanas e, de
certa forma, seu abandono após Vigiar e Punir (1975).
Objetivos. Introdução aos principais conceitos da Filosofia das ciências humanas.

Metodologia. As aulas serão desenvolvidas a partir dos textos indicados abaixo. É necessária a leitura
prévia dos textos e a discussão em sala de aula. Aulas expositivas com utilização de multimídia.
Trabalhos em grupos com intuito de socializar os conhecimentos e exercitar a argumentação filosófica.
Estimular a escrita como elemento constitutivo da produção e expressão do conhecimento. Seminário
de leituras, análise e discussão de textos (aspectos estruturais).

Avaliação. O corpo discente será avaliado quanto ao desempenho nos seguintes aspectos: (i) capacidade
de relacionar teoria e prática na realização dos exercícios; (ii) capacidade de argumentação e
sistematização de ideias e técnicas; (iii) participação e interesse nas atividades, bem como assiduidade
e pontualidade; (iv) elaboração de papers e seminários; (v) 3 avaliações (datas conforme calendário
disponibilizado no sistema on line da instituição).

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Plano de aulas
6 de agosto – Apresentação da disciplina, proposta, avaliações, textos, objetivos, exercícios e
leituras.

8 de agosto/13 de agosto – STEIN, Ernildo. “Dialética e Hermenêutica. Uma controvérsia


sobre o método em Filosofia”. In: Síntese no 29 - p. 21-48, 1983.

15 de agosto/20 de agosto – SOARES, Luiz Eduardo. “Hermenêutica e Ciências Humanas”.


Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 1. 1988. p. 100-142.

22 de agosto/27 de agosto – DOMINGUES, Ivan. O grau zero do conhecimento. O


problema da fundamentação das ciências humanas. São Paulo: Loyola, 1991, p. 15-83.
[Texto opcional: DOMINGUES, Ivan. Epistemologia das ciências humanas. Tomo 1:
Positivismo e hermenêutica. São Paulo: Loyola, 2004 (Excertos)]
29 de agosto/1º de setembro - JAPIASSU, Hilton. A crise das ciências humanas. Rio de
Janeiro: Cortez, 2006.
3 de setembro – 1ª avaliação
5 de setembro/10 de setembro – AGAMBEN, Giorgio. Signatura Rerum. Sobre o método.
São Paulo: Boitempo, 2019, p. 9-43.
[Texto opcional: KUHN, Thomas. A estrutura das reviravoltas científicas. São Paulo:
Perspectiva, 2013]

12 de setembro/17 de setembro – AGAMBEN, Giorgio. Signatura Rerum. Sobre o


método. São Paulo: Boitempo, 2019, p. 115-160.

19 de setembro/24 de setembro - MACHADO, Roberto. Nietzsche e a verdade. Rio de


Janeiro: Paz e Terra, 1999 (cap. 2).
26 de setembro/1º de outubro - MACHADO, Roberto. Foucault, a ciência e o saber. Rio
de Janeiro: Zahar, 2006 (Excertos).
3 de outubro/8 de outubro – FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas I (excertos)
10 de outubro/15 de outubro – FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas II (excertos)
17 de outubro/22 de outubro – FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas III (excertos)
24 de outubro/29 de outubro - FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas IV (excertos)
31 de outubro/5 de novembro – FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber I (excertos)
7 de novembro/12 de novembro – FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber II
(excertos)
14 de novembro/19 de novembro – FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber III
(excertos)
21 de novembro/26 de novembro – FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder (excertos)
28 de novembro – 2ª avaliação
3 de dezembro – Entrega de trabalhos
5 de dezembro – Exame Final
10 de dezembro – Encerramento
Teresina, 6 de agosto de 2019
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Prof. Dr. Deyvison Rodrigues Lima
Departamento de Filosofia UFPI
Filosofia da Ciência e Metodologia Científica (60h) – 2019.2
Prof. Dr. Deyvison Lima
Horário: 3ª e 6ª (18h às 20h) - Consultas: a combinar com o professor
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Ementa. Noções de Filosofia da Ciências. O conhecimento Científico. Metodologia do fazer


acadêmico-científico: as técnicas e modalidades de registros das leituras científicas esquema, resumo e
resenha; normalização dos trabalhos científicos.
Objetivos. I. Prover técnicas para a produção de documentos acadêmicos; II. Introduzir noções acerca
das atividades científicas e filosóficas; III. Discutir a questão da contribuição teórica entre filosofia e
ciência.
Metodologia. As aulas serão desenvolvidas a partir dos textos indicados abaixo. É necessária a leitura
prévia dos textos e a discussão em sala de aula. Aulas expositivas com utilização de multimídia.
Trabalhos em grupos com objetivo de socializar os conhecimentos e exercitar a argumentação. Estimular
a escrita como elemento constitutivo da produção e expressão do conhecimento. Seminário de leituras
e análise de textos (aspectos estruturais).
Avaliação. O corpo discente será avaliado quanto ao desempenho nos seguintes aspectos: (i) capacidade
de relacionar teoria e prática na realização dos exercícios; (ii) capacidade de argumentação e
sistematização de ideias e técnicas; (iii) participação e interesse nas atividades, bem como assertividade,
assiduidade e pontualidade; (iv) elaboração de papers e seminários; (v) 3 avaliações (datas conforme
calendário disponibilizado no sistema on-line da instituição).

Conteúdo programático: Teórico – problemas e formas de conhecimento: senso comum, mito,


filosofia e ciência; origem e evolução da ciência e o método científico. Instrumental – procedimentos
para a leitura de textos teóricos; elaboração de resumos, resenhas e fichamentos; normas de referência
bibliográficas (ABNT); artigo, projeto de pesquisa, monografia.

Plano de Aulas
6 de agosto – Apresentação da disciplina, proposta, avaliações, textos, objetivos, exercícios e
leituras.

8 de agosto/13 de agosto – O que é ciência? O que é pesquisa? O que é método científico?


Estudo, documentação e trabalho acadêmico; origem e desenvolvimento da ciência e do
método científico.
Texto: DOMINGUES, Ivan. O grau zero do conhecimento. São Paulo: Loyola, 1991, p. 13-
125.
15 de agosto/20 de agosto – Introdução ao método científico. Os discursos sobre a ciência:
paradigmas e tipos.
Textos: CHALMERS, A.F. O que é ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 23-108;
137-150.
BERTEN, André. Filosofia social. São Paulo: Paulus, 2004, p. 13-52.
22 de agosto/27 de agosto– Introdução ao método científico II. Os discursos sobre a ciência:
paradigmas e tipos.
Textos: CHALMERS, A.F. O que é ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 23-108;
137-150.
BERTEN, André. Filosofia social. São Paulo: Paulus, 2004, p. 13-52.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2018
(Excertos).
29 de agosto/1º de setembro – Introdução ao método científico III. Os discursos sobre a
ciência: paradigmas e tipos.
Textos: CHALMERS, A.F. O que é ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 23-108;
137-150.
BERTEN, André. Filosofia social. São Paulo: Paulus, 2004, p. 13-52.
FEYERABEND, P. Contra o método. São Paulo: UNESP, 2011 (Excertos).
3 de setembro/5 de setembro – As críticas filosóficas à ciência (I): Adorno e Horkheimer.
Textos: ADORNO; HORKHEIMER, Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar,
1985, p. 19-80.
Textos: HEIDEGGER, M. A Questão da técnica. In: HEIDEGGER, M. Ensaios e conferências.
Petrópolis: Vozes; Universidade São Francisco, 2001. p. 11-38.
BERTEN, A. Filosofia social. São Paulo: Paulus, 2004, p. 53-77.
HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e Interesse. São Paulo: Unesp, 2014 (Excertos)
10 de setembro/12 de setembro – As ciências humanas; Elementos para a leitura de textos
científicos: (I) estratégias de leitura; (II) análise e interpretação.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 5-100.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 19-43.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007, p.
38-74.
17 de setembro - 1ª Avaliação.
19 de setembro/24 de setembro – Fichamento – Tipos, estrutura, exemplos e exercícios.
Texto: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 101-122.
GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2002, p.
337-360.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 49-68.
26 de setembro/1º de outubro – Resumo – Tipos, estrutura, exemplos e exercício.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 123-144.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 68-73.
3 de outubro/8 de outubro – Resenha – Tipos, estrutura, exemplos e exercícios.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 145-166.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 264-267.
LÉTOURNEAU, Jocelyn. Ferramentas para o pesquisador iniciante. São Paulo:
Martins Fontes, 2001, p. 19-36.
10 de outubro – 2ª Avaliação.
15 de outubro/17 de outubro – Paráfrase, citações e notas de rodapé; Regras para
formatação e revisão textual
Textos: Regras da ABNT e Vancouver
22 de outubro/24 de outubro – Elaboração de referências bibliográficas; Regras para
formatação e revisão textual
Textos: Regras da ABNT e Vancouver.
29 de outubro/31 de outubro – Projeto de Pesquisa I.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 189-202.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 174-227.
NICOLAU, Jairo. “Breve roteiro para redação de um projeto de pesquisa” In:
Revista Estudos Políticos. N°6 2013/01, p. 345-353.
5 de novembro/7 de novembro – Projeto de Pesquisa II.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 189-202.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 174-227.
NICOLAU, Jairo. “Breve roteiro para redação de um projeto de pesquisa” In:
Revista Estudos Políticos. N°6 2013/01, p. 345-353.
12 de novembro/14 de novembro – Tipos de publicação científica I: artigo científico,
comunicação científica, ensaio.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 203-216, p.
217-244.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 228-233; 234-
264.
19 de novembro/21 de novembro –Tipos de publicação científica II: relatório de pesquisa,
projeto de pesquisa, monografia, dissertação, tese.
Textos: MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. São Paulo: Atlas, 2008, p. 203-216, p.
217-244.
LAKATOS, Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2003, p. 228-233; 234-
264.
26 de novembro – 3ª Avaliação.
28 de novembro – Entrega de trabalho.
5 de dezembro – Exame Final.
10 de dezembro – Encerramento da disciplina.

Bibliografia Geral
BERTEN, André. Filosofia social. São Paulo: Paulus, 2004.
CHALMERS, A.F. O que é ciência, afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.
DOMINGUES, IVAN. O grau zero do conhecimento. O problema da fundamentação das
ciências humanas. São Paulo: Loyola, 1991.
FEYERABEND, P. Contra o método. São Paulo: UNESP, 2011.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
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Teresina, 6 de agosto de 2019

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Prof. Dr. Deyvison Rodrigues Lima

Departamento de Filosofia UFPI

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