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A mais longa viagem que um homem pode fazer

é sair da mente e chegar ao coração.


DANAAN PARRY
Jornada Solar 2020
Um livro+agenda de autoconhecimento
para homens com base nos ciclos do Sol

Esta Jornada pertence a

Caso tenha encontrado, por favor entre em contato

1
Índice
conteúdos
Homem, seja bem-vindo! 3
Quem somos 4
É tempo de travessia 6
Afinal, o que é ser homem? 8
Que masculinidade é essa? 11
Responsabilidade e privilégio 13
Jornada do Herói 16
Homem Sol 19
Homem Lua 22
Aprendendo com a natureza 24
Arquétipos de homens 25
Como usar a agenda 32
Calendário Lunar 36
Fases da Lua 38
A vida é cíclica, nós também 41
Ciclos biológicos, sexo e energia 42
A Jornada através do céu 44
Mapa da Jornada 46

Agenda Jornada 2020


Estrutura 47
Revolução 57
Emoções 67
Ação 77
Sensações 87
Dualidade 99
Raízes 109
Expressão 119
Organização 131
Relações 141
Sombras 151
Renascimento 161
Celebração 171

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Homem, seja bem-vindo!
Este livro que você segura em suas mãos representa um chama-
do, e não é por acaso que você o recebeu. Seja porque você foi atrás ou
porque ele foi atrás de você, o chamado é o mesmo: um convite para
trilhar uma jornada de autoconhecimento, um olhar para dentro de si,
suas luzes e sombras. Nesse caminho, a sabedoria - ancestral e contem-
porânea - dos ciclos da natureza o guiará a perceber os seus próprios
ciclos internos, em um movimento de resgate e reconhecimento das suas
mais profundas virtudes.
Para trilhar a Jornada, assim como na vida, esteja atento a duas
leis universais: a primeira é que todo aprendizado conquistado é propor-
cional ao esforço e à intenção colocada. Busque ser seu melhor e o
melhor de si virá à tona.
A segunda é que você não deve encarar nada do que consta aqui
- ou em qualquer lugar - como uma verdade absoluta. Ao invés disso,
teste em sua vida os conhecimentos que encontrar pelo caminho, e a
partir disso aprenda o que faz sentido para você.

Dar um novo passo, pronunciar uma nova palavra


é o que as pessoas mais temem.
FIÓDOR DOSTOIÉVSKI

Lembre-se também que a jornada é individual, mas caminhamos


juntos. Cada homem segue seu caminho e temos uns aos outros: sonha-
mos, lutamos e celebramos lado a lado. Que graça teria fazer isso
sozinho?
Nesta vida somente se conquista algo quando se passa por desa-
fios - cada um sabe os seus. Eles acontecem todos os dias em nossos
trabalhos, relações e questões internas. Aqui na Jornada você encontra
um espaço seguro para olhar de frente suas próprias escolhas, e assim
seguir seu caminho mais consciente de quem é e o que quer. Confie. O
que você precisa, merece e deseja virá no tempo certo.

3
Quem somos

4
A Jornada Solar é uma concepção de quatro homens:
Eduardo Pereira, Lucas Schinkoeth, Airton Gregório e Juliano
Trevizan. Esse projeto nasceu do desejo de compreender nossos
próprios ciclos internos e espalhar sementes de uma nova era.
Somos do Sul do Brasil, latino-americanos, terráqueos. Viemos
de diferentes cidades, contextos sociais, ancestralidades, identifi-
cações étnicas e de orientação sexual. Essa Jornada carrega,
assim, nossas visões de mundo, construídas a partir de vivências
e estudos.
Pedimos perdão se, em algum momento, as informações
aqui contidas forem ofensivas. Selecionamos cada palavra e
imagem com atenção e amor, mas sabemos que somos limitados
em nossa capacidade de compreensão do mundo.
Nós somos quatro homens adultos cisgêneros (sendo cis
quem se identifica com o seu sexo biológico atribuído no nasci-
mento), e portanto a linguagem aqui contida é consequente-
mente adulta e marcadamente cisgênera. Intencionamos, porém,
que todos que se identificam como homens e de todas idades
possam utilizar a Jornada Solar, aprender e nos ensinar. Temos
muito o que melhorar, e essa é recém a primeira edição da Jorna-
da. Estamos abertos a sugestões de como torná-la mais inclusiva
na linguagem e nos temas.
Não viemos ensinar ninguém a “como ser homem”; nós
também estamos aprendendo. Viemos oferecer um espaço
seguro para que você, como homem, possa se expressar e buscar
a versão mais inteira de si. Entendemos que, dessa forma, todos
e todas serão mais felizes.

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é tempo de travessia
Olhe lá para fora. Também percebe o quanto o mundo parece
estar caótico? Mudando a cada instante?
Nunca na história da humanidade houve um tempo em que as
transformações aconteceram com tanta velocidade e de forma tão
descentralizada - que época incrível para estar vivo, não é mesmo? Hoje,
a cada dia somos inundados com a mesma quantidade de informações
que nossos antepassados recebiam durante uma vida toda! Recebemos
esses conteúdos e é impossível ficar indiferente, pois nos forçam um
posicionamento. Somos forçados a conviver com o diferente, e assim nos
transformamos.
Se antes a separação física era suficiente para conseguirmos nos
afastar “deles”, agora ligamos o celular e está ali, o outro expressando suas
ideias nas redes, nos afetando. Isso mostra um importante sinal de que,
cada dia mais, não adianta nos recolhermos em nossa “caixa”, porque
logo algo virá abri-la e nos convidar para mais um desafio.
Como exemplo, vemos instituições políticas e religiosas sendo
ameaçadas constantemente diante dos nossos olhos. Ao perceber esse
movimento, as velhas estruturas de poder tentam se proteger, vendo
surgir no outro extremo um outro movimento, de pessoas com anseios
de um novo mundo. Esses extremos formam assim um “cabo de guerra”,
nos mostrando as polaridades do mundo em que vivemos.
Ao mesmo tempo, sentimos algo emergindo dentro de nós. Não
há como nomear o que é, mas parece um convite a algo desconhecido. O
que percebemos no externo também ocorre no interno, afinal fomos nós
que criamos todas essas estruturas sociais. Aquilo em que acreditávamos
e que serviu de base por tanto tempo parece que não nos sustenta mais.
É como se tudo estivesse ruindo, e todo nosso corpo e mente se tensio-
nam para encontrar um novo caminho.
Nessa hora o autoconhecimento surge como um importante
aliado para aliviar tensões de todos os tipos. Ao invés de se deixar levar
pelos anseios alucinados do coletivo, nos firmamos em nossa essência
para escolher os nossos próprios passos. Não ficamos reféns de rígidas
6
ideologias e padrões familiares ou sociais. Nesse sentido, autoconheci-
mento se trata de liberdade, pois nos permite sonhar nossos próprios
sonhos e, assim, criar nossa própria realidade.
Carregamos um passado gigantesco atrás de nós, uma herança
que guiou nossa história até aqui. Agora, porém, essas estruturas já não
estão mais se sustentando, e é necessária uma revolução em nós mesmos.

Qualquer árvore que queira tocar os céus


precisa ter raízes tão profundas ao ponto de tocar os infernos.
CARL G. JUNG

Através dessa jornada de autoconhecimento adentramos em um


estado de presença a partir da conexão com nossos ciclos e ritmos inter-
nos, gozando de mais prazer, deleite e leveza na vida. Encontramos o Sol
da nossa existência, irradiando cada vez mais aquilo que realmente
viemos ser nesse grande espetáculo.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a


forma do nosso corpo, esquecer os caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares; é o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
FERNANDO TEIXEIRA DE ANDRADE

Vê agora o porquê, a razão da sua Jornada? É importante que,


antes que comece a caminhar, entenda o motivo pelo qual você decide
trilhar esse caminho de autoconhecimento. Lembrar disso lhe trará
forças para seguir seu caminho com a confiança e a entrega que você
precisa!

Aqui embaixo você encontra um espaço em branco para escrever e refletir sobre esse assunto.

Qual é o motivo da minha Jornada?

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Afinal, o que é ser Homem?
Com quantas pessoas você já teve essa conversa?

Desde criança ouvimos inúmeras frases e definições do que é ser


homem. Você lembra quais eram as frases que você escutava? Qual é a
imagem de homem com a qual você cresceu?
O quanto que nossas ideias do que é "ser homem" vêm das
referências e do que ouvimos desde criança? Você lembra o que costu-
mava ouvir sobre como homem deve ou não ser? Vamos lá, todo mundo
já ouviu as variações das mesmas frases em algum ponto do caminho:

Vamos deixar isso mais lúdico?


Marca aí do lado das frases, quais delas você já ouviu.
Foi uma, foram duas? Quantas foram?
Homem não chora.
Isso é frescura.
Isso é coisa de mulher.
Homem é mais forte que mulher.
Você tem que dar conta.
Você tem que pegar todas.
Você não pode brincar de boneca.
Se ajeita!
Não mexa seu corpo assim.
Não requebre.
Fala grosso.
Bixa!
Eu hein.
Homem é assim mesmo.
Esse ninguém vai segurar.
Aguenta!
Homem tem que sustentar a família.
Você tem que saber se defender.
Viado!

8
E aí, ser homem se resume ao que se tem entre as pernas? Como
entendemos a masculinidade pode ser decisivo para transformarmos
padrões sociais, especialmente aqueles que alimentam violência e
repressão. Estamos num momento de expansão, revendo muitas crenças
- que de certa forma podem limitar as potencialidades de ser homem,
você não acha? Por isso estamos aqui reexaminando esses conceitos,
num processo que pode gerar diversas dúvidas e incômodos.
Muitos de nós podem se sentir confusos, perdidos ou com raiva.
Muitos homens ainda não entenderam as demandas de inúmeras
mulheres, pessoas negras e LGBT+. São diversos os homens que não
sabem como se posicionar em relação às mudanças na sociedade, à
expansão do conceito de homem e de família, ao questionamento dos
papéis tradicionais de gênero e dos privilégios. Inclusive, muitos homens
ao ouvirem as palavras "gênero", "feminismo" e "privilégios" já se fecham
e outros desvalorizam o assunto categorizando rapidamente como algo
partidário, um incômodo, um exagero.
Por que é tão incômodo conversar sobre isso? Esses desconfortos
são frutos do nosso processo transição. O que vem depois, o desconheci-
do? Está tudo bem ter medo do desconhecido, estamos todos aprenden-
do. E, além do mais, quantos milhares de anos vivemos sob essas
normas? O que é isso que está surgindo que todos questionam? Sim,
pode dar medo, angústia, raiva, incômodo. O importante é estar atento
aos movimentos e entender os questionamentos. Além disso, talvez seja
porque dificilmente conversamos sobre isso tudo com escuta, atenção e
cuidado.
Lançamos a pergunta "O que é ser homem?" para várias pessoas
e abaixo estão algumas das respostas que recebemos:
Ser homem é:
Se sentir e se entender como homem. Ser homem, na nossa sociedade, é
Ter honra, paciência, força e ponderação. gozar de privilégios.
No atual contexto, é buscar desenvolver seu lado
feminino e equilibrá-lo com o masculino.
É agir com responsabilidade identifi-
Sentir-se responsável.
cando seus privilégios.
É ser bem sucedido, ter uma família e ter um bom emprego.
É honrar o que tem entre as pernas. É uma construção social.
9
Jornada do herói
Neste livro-agenda, usamos diferentes ferramentas para auxiliar
nosso processo de conhecimento e desenvolvimento. A Jornada do
Herói foi uma das escolhidas para nos apoiar nessa missão. Este conceito
foi criado por Joseph Campbell, um importante estudioso de mitologia.
Através do estudo dos mitos, Campbell nos ensina que as narrativas de
inúmeras culturas possuem partes muito semelhantes, padrões.
A história que se repete é: o Herói, em seu “mundo comum”, que
recebe “um chamado para a aventura”, é guiado por um mestre, conhece
aliados e inimigos, passa por provações, ganha poderes e experiências,
tem seu teste final e retorna para casa transformado. Já viu essa história
em algum filme, livro ou mito? (Tá, sabemos que para alguns pode pare-
cer um clichê, mas nosso convite é para irmos além desse primeiro julga-
mento. Sugerimos trocar pela pergunta: como esse conhecimento pode
me auxiliar?) Campbell nos ajuda a entender essa jornada dividindo-a
em um ciclo de 12 estágios.
Retorno como Mundo
novo homem 1 comum Chamado à
12 2 aventura

Ressureição Recusa ao
11 3 chamado

Caminho
de volta Jornada Encontro
4 com o mentor
10
do Herói
Recompensa Abertura para
5
9 um novo mundo

Provação 6 Testes, aliados e inimigos


suprema 8
7
Aproximação da
caverna oculta

16
A todo momento somos convidados - ou até convocados - a
novos desafios: por vezes relutamos, mas algo muito forte acaba nos
levando a entrar na aventura. Garantimos aliados através das nossas
relações, enfrentamos nossos inimigos (coisas, pessoas ou nós mesmos).
A vida é, invariavelmente, movimento, o qual se mostra como ciclos -
com um ponto de partida, seu “Eu”, indo ao mundo. Quando o herói
volta a si percebe que, apesar de estar no mesmo lugar, está diferente,
identificando uma trajetória mais espiralar do que circular, pois sempre
há uma evolução. Os aprendizados nos fazem saltar, ocupando novas
posições de nós mesmos.
Vê alguma semelhança na sua vida?
Em seu livro “O Poder do Mito”, Campbell faz a seguinte citação
sobre a saga do herói: “Não precisamos correr sozinhos o risco da aven-
tura, pois os heróis de todos os tempos a enfrentaram antes de nós.
Temos apenas que seguir a trilha do herói, e lá, onde temíamos encontrar
algo abominável, encontraremos um Deus. E lá, onde esperávamos
matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde imaginávamos viajar
para longe, iremos ter ao centro da nossa própria existência. E lá, onde
pensávamos estar sós, estaremos na companhia do mundo todo”.
Portanto, todas essas narrativas nos contam de forma romântica
as nossas etapas frente aos desafios da vida. Quando Hércules mata o
Leão de Nemeia, nos ensina a necessidade de matar nosso próprio
animal puramente instintivo e descontrolado. São monstros que nos
incomodam através do nosso interior e precisam ser olhados, enfrenta-
dos e integrados, assim como Hércules sai vestindo a pele do Leão. O que
nos leva a também pensar: quantos “poderes” nossos não estão escondi-
dos por trás dessas partes conflituosas? Trata-se de um resgate interno.
Sabe as donzelas em perigo no alto das torres? Das possibilidades de
interpretação, podemos ler mais como uma narrativa simbolizando a
busca do homem por sua “mulher interior” aprisionada do que por uma
mulher externa. Essa parte interna feminina também é chamada de
Anima pelos junguianos, e pode ser uma grande aliada em nossa Jorna-
da.
A vulnerabilidade é a nossa medida mais precisa de coragem.
BRENÉ BROWN

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Todos nós somos únicos. Ninguém apresenta o mesmo conjunto
corporal, emocional e vivencial que nós. Somos centelhas divinas imer-
sas nesse oceano cósmico, e a Jornada nos leva a um caminho de indivi-
duação. Nos ajuda na estruturação de um ego mais saudável, que não
projete suas dores de forma destruidora no mundo e respeite as outras
individualidades que coexistem. A Jornada nos apoia na construção de
um herói que assume a responsabilidade sobre sua própria vida e encara
as provações de cada etapa. Não é uma tarefa simples abandonar seu
“mundo comum”, onde há conforto e segurança. Lançar-se em um
mundo incerto, como os heróis fazem nas narrativas, exige coragem.
A questão aqui não é não ter medo, pois o medo é uma emoção
importante, representada pela terceira fase da Jornada do Herói, quando
há uma “Recusa ao chamado”. Por vezes, nosso instinto tenta nos prote-
ger das ameaças do desconhecido, o que nos leva a ter mais cautela, a
olhar com mais respeito o desafio que chama. Só não podemos deixar

Que herói é você? Qual é sua missão? Que parte de você está indo resgatar?
Refletir sobre essas perguntas faz parte da sua preparação para a jornada que
está começando!

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Mapa da Jornada

CELEBRAÇÃO 20
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RELAÇÕES
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20mar - 19abr
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EXP RAÍZES
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Equinócio de Outono - 20 Março


Solstício de Inverno - 20 Junho
Equinócio de Primavera - 22 Setembro
Solstício de Verão - 21 Dezembro
46
Estrutura
01 jan - 20 jan

Passo 1 da Jornada: Mundo Comum


Elemento Terra - Sol em Capricórnio

47
estrutura
Ei, homem! Você mesmo que está lendo essa página nesse
momento. Independente do quanto já trilhou no autoconhecimento, da
sua orientação sexual, idade ou classe social. É você quem está sendo
chamado agora. Seu “homem interno”, que você mesmo construiu com
suas experiências, está sendo convidado para uma jornada de transfor-
mação. O Sol brilha no signo de Capricórnio, iniciando o ano gregoria-
no. Ao estar nessa posição, ele faz esse mesmo convite que lhe fazemos.
Que seu homem interno se expresse. E a pergunta é: “O que está aí
dentro pronto para ser externalizado?”
O Sol em Capricórnio fala sobre estrutura, base, responsabilida-
de. Representa muito bem as características do arquétipo do Pai. Então,
que tal reconhecer, com autorresponsabilidade, a situação desse homem
interno?
Perceba-se.

O que te rodeia, te move, te sustenta? Quais valores você guarda dentro


de si, que te deixam tão seguro ou estável que te aprisionam?

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Toda vez que você não segue o seu guia interior, você sente uma
perda de energia, de força. É uma sensação de morte espiritual.
SHAKTI GAWAIN

Veja, é momento de criar uma base para prosseguir na jornada,


então não projete nada ainda para o futuro. Não estabeleça metas: priori-
ze entender onde você está. Esse signo de Capricórnio se iniciou em
dezembro de 2019, no ciclo do ano anterior, então é uma fagulha que nos
ensina que não há um futuro sem um passado. Para uma nova jornada, é
importante que perceba aquilo que você traz consigo. A vida se trata do
seu Eu em movimento pelo mundo, estabelecendo diversas conexões,
como tecendo uma teia com os outros seres. Você é o centro da sua
própria existência e, consequentemente, principal responsável por ela.
Então, antes de olhar para o futuro e traçar metas, esse “Eu” precisa estar
bem consciente de onde se encontra, qual é o seu “mundo comum”.
Nas páginas seguintes você encontra um espaço para escrever
sobre suas reflexões ao longo dessa etapa. Aproveite o controle de hábitos
para registrar atividades e emoções que queira acompanhar.

Para viver uma vida criativa, precisamos perder o medo de


estarmos errados.
JOSEPH CHILTON PEARCE

49
Estrutura
Estrutura 01 jan - 19 jan
Controle de hábitos Sol em Capricórnio

hábitos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Foco do ano

Hábito a perder
Observe seus pensamentos, eles se tornam suas palavras; observe suas palavras, elas
se tornam suas ações; observe suas ações, elas se tornam seus hábitos; observe seus
hábitos, eles se tornam seu caráter; observe seu caráter, ele se torna seu destino.
LAO TZU

Jornada 2020 52 Estrutura


Jornada 2020 53 Estrutura

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