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Ciência e tecnologia
Anos 70
Começa a mudança relativamente ao estudo da
Inspiram-se nos estudos de Robert King Merton
ciência, tecnologia e sociedade
- Exterior ao acto científico
Desenvolve-se uma sociologia do próprio
conhecimento científico a partir da visão crítica
O ponto de vista construtivista social de Thomas Kuhn e Ludwig Fleck
Construção social: Mais tarde,
- Campo da ciência Adopta - se uma estratégia etnográfica, começa
- Campo da tecnologia a sublinhar a importância dos artefactos, das
mediações técnicas…
- sociologia da técnica
As sociedades de hoje em dia já não são o que eram. Evoluíram em vários aspectos
e, um pouco por toda a parte, alterando a forma de vida dos indivíduos e mais
concretamente a vida em sociedade. Por exemplo os valores presentes nas
sociedades de hoje em dia, são diferentes dos valores presentes nas altura dos
nossos avós. Mas não é só a nível dos valores que há uma profunda mudança.
Também relativamente aos avanços da tecnologia e ciência há uma evolução
notória que veio alterar a forma de vida dos indivíduos e a vida em sociedade.
Podemos assim afirmar que cada vez mais a tecnologia e a ciência estão presentes e
constituem uma das principais características das sociedades modernas. Contudo, a
partir dos anos 70 começa uma mudança relativamente à análise da questão
tecnológica uma vez que começam estudos acerca da ciência, tecnologia e
sociedade, onde se defende que a tecnologia e a ciência não seguem uma lógica
interna de pensamento, mas sim, são um processo/ produto social onde os
elementos não técnicos como os valores, convicções, interesses profissionais,
interesses de classes… desempenham um papel decisivo na génese e evolução da
tecnologia e ciência. Os estudos relativamente ao estudo da ciência, tecnologia e
sociedade inspiram-se nos estudos de Robert King Merton .Desenvolve-se uma
sociologia do próprio conhecimento científico a partir da visão crítica de Thomas
Kuhn e Ludwig Fleck.
Mais tarde, esta sociologia do conhecimento científico, ao adoptar uma estratégia
etnográfica, começa a sublinhar a importância dos artefactos, das mediações
técnicas, das inscrições o que permitiu uma articulação com outro domínio além da
ciência, a técnica... ou seja, desenvolve-se um novo domínio de estudo, a sociologia
da técnica. Relativamente ao estudo da sociologia da técnica, há uma nova
abordagem que surge, o construtivismo social, ou também conhecido de
construção social da tecnologia. Começasse assim a compreender a ciência de uma
outra maneira: o conhecimento científico não é mais analisado como o produto de
um processo cognitivo especial mas sim como o resultado de práticas sociais e dos
interesses de determinados grupos, ou seja, as tecnologias e as teorias não estariam
determinadas, nem por critérios científicos, nem por critérios técnicos.
Também se abre a “caixa negra” da ciência, percebe-se quais os seus verdadeiros
pressupostos e, posteriormente descobre - se o seu carácter de mediação técnico
apercebendo-se que os objectos da ciência não eram nem apenas técnicos, nem
apenas sociais.
Primeiramente vários estudos foram realizados em alguns países europeus como
por exemplo a França, Inglaterra e Holanda tendo como ponto de partida a
afirmação de que a tecnologia desenvolvida era marcada por um carácter
determinista. Contudo, há autores que não concordam com tal pressuposto e
surgem assim, enumeras teorias e crenças relativamente à construção social da
tecnologia, (muitos autores deram o seu contributo relativamente a este tema, o
que resultou na sua grande visibilidade e grande importância do campo
Tecnologia, Ciência e Inovação 2010/2011
de certos grupos sociais que integram as sociedades. Pode – se assim afirmar que, a
tecnologia se vai adequando, alterando e moldando face aos problemas e
necessidades que vão surgindo nas sociedades. Assim, não se pode explicar a
tecnologia apenas por artefactos, Bijker introduz ainda o termo “sociotechonoly”.
Numa sociedade não temos todos os mesmos interesses e nem todos temos o
mesmo poder e liberdade de acção. Há certos grupos que tem mais poder e mais
influencia em alguns aspectos e a sociedade acaba por se sujeitar aos gostos e
interesses desses grupos. É o acontecesse com a tecnologia e nomeadamente com
a evuloçao da tecnologia. Há grupos sociais dominantes que interpretam a
tecnologia à sua maneira, conforme os seus interesses (flexibilidade interpretativa)
e atribuem significados que vão influenciar todo o resto…
construtivismo, uma vez que defende um sujeito passivo na relação com o objeto do
conhecimento, consistindo num estranho tipo de objetivismo, no qual o mundo físico
não tem papel. Conclui‐se que esta abordagem se afastou profundamente da tradição
filosófica construtivista, uma vez que renuncia à idéia de sujeito construtor de suas
cognições em prol de uma sociedade que as causa. Além disso, o construtivismo
social não só não tem qualquer semelhança com a investigação científica, como
sequer pode ser considerado uma teoria filosófica consistente, pois reedita antigas
auto‐refutações relativistas e cientificistas, usa de forma descuidada a linguagem e
beira em alguns momentos ao irracionalismo.