Equipamentos

A aplicação eficaz começa na seleção do equipamento

adequado ao tamanho da área, espaçamento de plantio,
distância do ponto de reabastecimento etc. e relaciona-
Elaboração
se também à formulação do produto, a cultura e em al- Divino Nunes Mesquita
guns casos aos estágios de crescimento e desenvolvi- (Engº. Agr. EMATER-AC)
mento, devendo o agricultor utilizá-los em função de suas mesquit@agronomo.eng.br
necessidades, buscando sempre aumentar a eficiência. Cel: (68)9.9967-0413
Então, antes da tomada de decisão é necessário conhe-
cer o alvo, o tratamento mais adequado e a eficácia da
aplicação. A escolha das pontas é um fator de suma im-
Colaboração
portância e depende da classificação do produto em fun- Rafael Cardioli
ção do alvo. Para aplicação de fungicidas, inseticidas, (Assistente de Ciência Regulatória– ANDEF)
fungicidas e acaricidas pode-se utilizar pontas em mode- rafael@andef.com.br
lo cônico e leque para aplicação de herbicidas. Cel: (11) 97304-3709
Para qualquer equipamento, maior eficiência ocorre sob
umidade relativa do ar mínima de 55%, velocidade do Obs: proibida a reprodução e a distribuição,
Agrotóxicos e afins:
vento 3 a 10 km/h e temperatura: abaixo de 30º C. salvo pelo autor Uso correto em pequenas propriedades
Calibração do pulverizador costal
1. Abasteça o pulverizador somente com água e marque
o nível no tanque;
2. Coloque o pulverizador nas costas e ajuste as alças; Fotos: ANDEF, 2013
3. Demarque uma área linear para culturas em linhas
contínuas, conte as plantas para culturas perenes em
linhas descontínuas ou calcule o tamanho para aplicação
em área total; Solicitação deste documento pode ser feita à:
4. Pulverize a linha, área/número de plantas marcada a
uma velocidade confortável e que seja sustentável Av, das Nações,2.604, Estação Experimental
(nunca pare e permaneça pulverizando num só local) nas Rio Branco –AC, CEP 69908-620
condições normais da área que será pulverizada no perí- Tel: (68) 3226-4365
odo de trabalho normal;
5. Retire o pulverizador das costas;
6. Determine o volume de aplicação em 1 hectare para
conhecimento da dosagem; e,
7. Leia a bula do produto para verificar se o volume
está dentro dos limites recomendados.
Caso haja necessidade da troca das pontas, o procedi-
mento de calibração deve ser repetido.

Calcule o número de tanques que serão gastos em um

hectare, dividindo a quantidade de água gasta por hecta- EMATER ACRE
re pelo volume do pulverizador (ex. 200 ÷ 20=10).

Leia a bula do produto para identificar a dosagem reco-

mendada. Se a capacidade do pulverizador for de 20l, o
volume de calda de 200 l/há e a dosagem recomendada
for 2,0 l/ha a quantidade do produto a ser colocada no
tanque a cada reabastecimento será (20 ÷ 200) x 2,0 = Apoio
0,2 litros de produto por tanque.
Introdução
O ideal seria não utilizarmos agrotóxicos, porque so-
mente devem ser utilizados quando os outros métodos
de controle não forem eficazes, mas quando se preten-
de iniciar uma lavoura, logo se pensa nos cuidados ne-
cessários para que ela seja de boa qualidade. Esses
cuidados são muitos: a escolha do lugar, a seleção das
sementes ou mudas, os equipamentos, os insumos, as
pessoas que vão trabalhar e muitos outros. É preci-
so plantar com consciência para colher bons resultados,
produzir alimentos saudáveis e de forma econômica. Os
produtos fitossanitários são a última medida de controle,
mas muito importantes para proteger as plantas do ata-
que de pragas, doenças e do mato, porém perigosos se
forem usados de forma incorreta.
Aquisição
Antes de comprar um produto fitossanitário, é fundamen-
tal consultar um Engenheiro Agrônomo para fazer uma
avaliação correta dos problemas da lavoura, como o ata-
que de pragas, doenças e plantas espontâneas, bem
como da necessidade real de aplicar ou não defensivos.
Não compre agrotóxicos sem orientação de um Enge-
nheiro Agrônomo!
Cuidados necessários
Evite adquirir agrotóxicos além da necessidade imediata
para não armazená-los a longo prazo, mas quando fizer
não transporte junto com alimentos, mantenha-os nas
embalagens originais e guarde-os em ambiente aerado,
distante da residência, longe de pessoas e animais do-
mésticos e identificado com placa específica.
O manuseio deve ser realizado por pessoa treinada,
com uso obrigatório de EPIs.
Preparo da calda
Usando EPIs, romper o lacre, abrir a embalagem e pre-
parar a calda na dosagem recomendada vertendo no
pulverizador com 3/4 do volume com água, exceto para
a formulação PM (pó molhável). Evitar mistura de agro-
tóxicos, mas em caso de recomendação por profissional
habilitado, solicitar treinamento específico.
Após uso as embalagens vazias deverá ser submetido a
tríplice lavagem e perfurações e o pulverizador, após o
uso de cada produto.
Aplicação dos produtos Recomendações
O sucesso do controle de pragas, doenças e plantas es- Sempre use EPIs para aplicar produtos fitossanitários;
pontâneas depende muito da qualidade da aplicação. A Evite aplicar produtos fitossanitários nas horas mais
maioria dos problemas de mau funcionamento dos produ- quentes do dia;
tos nas lavouras é devido à aplicação incorreta. Não coma, não beba e não fume durante a aplicação;
Além de desperdiçar o produto, uma aplicação mal feita Não desentupa bicos com a boca; e,
poderá contaminar os trabalhadores, os animais e o meio Após a aplicação, mantenha as pessoas afastadas das
ambiente. O prejuízo pode ser imenso e de cunho socioam- áreas tratadas, observando o período de reentrada na
biental. lavoura.
Período de carência
Vento Descrição Sinais Pulverização O período de carência vem escrito na bula do produto e
representa o número de dias que deve ser respeitado
entre a última aplicação e a colheita. . Este prazo é im-
portante para garantir que o alimento colhido não possua
< 2 km/h Calmo Não aplicar resíduos acima do limite máximo permitido.
2,0 - 3,2 km/h Quase calmo Não aplicar
3,2 - 6,5 km/h Brisa leve Ideal
Evitar pulverização
6,5 - 9,6 km/h Vento leve
de herbicidas
Higiene
As contaminações pós-aplicação devem ser evitadas. Os
produtos químicos normalmente penetram no corpo do
Vento mo- Impróprio para pul- aplicador através do contato com a pele. Roupas ou equi-
9,6 - 14,5 km/h
derado verização pamentos contaminados deixam a pele do trabalhador
em contato direto com o produto e aumentam a absorção
pelo corpo. Outra via de contaminação é através da bo-
Destinação das embalagens ca, quando se manuseiam alimentos, bebidas ou cigarros
O revendedor deverá informar na nota fiscal o endereço da com as mãos contaminadas. Para evitar essas contami-
unidade de recebimento de embalagens vazias, pois a le- nações recomendam-se:
gislação brasileira obriga o agricultor a devolver as embala- Lavar as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar;
gens em unidade de recebimento. Ao final do dia de trabalho, lave as roupas usadas na
As embalagens de produtos cuja formulação é granulada aplicação, separadas das roupas de uso da família;
ou em pó, geralmente são sacos plásticos, sacos de papel Tomar banho com água e sabonete, lavando bem o cou-
ou mistas. Estas embalagens são flexíveis e não podem ro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais; e,
ser lavadas. Mantenha sempre a barba bem feita, unhas e cabelos
Antes de devolver, o agricultor deverá preparar as embala- bem cortados.
gens, ou seja, separar as embalagens lavadas das embala- A relação dos primeiros socorros estão contidas na
gens contaminadas. bula das embalagens, leiam-nas!