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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
RETIFICAÇÃO AULA 02
O artigo mencionado quanto à Autotutela na aula anterior, referente ao “exercício arbitrário das próprias razões”,
é, em verdade, o 345 do Código Penal.
1.3.3. Jurisdição
O juiz não pode delegar suas funções a outro juiz. Um órgão jurisdicional não pode delegar suas funções a outro
órgão jurisdicional.
EXCEÇÕES à Indelegabilidade:
I- Art. 102, I, M, CF: o STF pode delegar a execução de suas decisões ao primeiro grau;
II- Os Tribunais com mais de 25 membros podem criar o órgão especial, caso em que, o Plenário irá delegar suas
funções ao órgão Especial;
III- Na ação rescisória, o relator pode delegar a instrução ao primeiro grau.
Obs.:
Nas Cartas Precatórias não há delegação.
Nas Cartas de Ordem, em regra, há delegação.
EXTENSIVO REGULAR
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
O Poder Judiciário não pode se recusar a julgar, ainda que exista lacuna na Lei, pois, a Jurisdição é um dever do
Estado/do juiz.
A doutrina clássica, para garantir esse princípio, sugere a anterioridade do órgão julgador e sua competência.
A rigor, o órgão pode ser criado depois do fato ou a sua competência ser criada/modificada depois do fato, atraindo
processos antigos, sem violar o princípio do juiz natural, DESDE QUE, o critério de competência tenha aplicação
objetiva, isto é, alcance todos os processos na mesma situação (Exs.: tornar uma Vara especializada; criar uma Vara
depois).
Cada juiz ou Tribunal exerce seu poder (de jurisdição) sobre uma área fixada pelas regras de competências.
Por conta desse Princípio existem as Cartas Precatórias e Rogatórias, além dos Instrumentos de Cooperação.
EXCEÇÕES em que o juiz pratica validamente um ato que vai além dos limites territoriais:
I- Citações por e-mail, edital (ambas valem em qualquer lugar do mundo) e correio (em qualquer comarca do país);
II- Penhora online (dinheiro, imóvel e veículos em qualquer lugar do país).
Obs.: imóvel pertencente a mais de uma comarca (contíguas) -> o juiz de qualquer das comarcas exerce jurisdição
sobre ele.
EXCEÇÃO: Convenção de Arbitragem que, quando alegada, afasta a jurisdição. Mas, cuidado com o artigo 337, §5º,
CPC, pois ela é preliminar que depende de alegação do réu, sob pena de preclusão e renúncia tácita.
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II- é possível recorrer direto ao Poder Judiciário, sem antes esgotar as vias administrativas.
Em ambos os casos, há relação com o Interesse de Agir, no âmbito da Necessidade (falta interesse de agir por
desnecessidade – é o mesmo caso citado na aula passada a respeito do C.A.R.F.).
Obs.: A Garantia de Acesso à Justiça da década de 80, foi interpretada pelo Professor Kazuo Watanabe como
Garantia de Acesso à Ordem Jurídica Justa e, posteriormente, entendida como Garantia à Tutela Jurisdicional
Adequada, pelo Professor Marinoni, na década de 90/anos 2000.
As duas últimas exigem:
I- Facilitação do acesso à Justiça;
II- Participação efetiva em contraditório;
III- Decisão com justiça;
IV- Efetividade.
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