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18/03/2020 Pigmaleão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Pigmaleão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pigmaleão, na mitologia grega, foi um rei da ilha de Chipre,[1][2]
que, segundo Ovídio, poeta romano contemporâneo de Augusto,
também era escultor e se apaixonou por uma estátua que
esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal.[1] Ele havia
decidido viver em celibato na ilha por não concordar com a
atitude libertina das mulheres dali, conhecidas como cortesãs[1]

O mito
Segundo Higino, Busíris, filho de Netuno, era seu irmão. A terra
de Busíris, no Egito, estava sofrendo com a fome após nove anos
de seca, e o rei chamou adivinhos da Grécia. Thrasius, filho de
Pigmaleão, anunciou que a chuva chegaria se um estrangeiro
fosse sacrificado, e provou suas palavras quando ele mesmo foi
sacrificado.[3]
Pygmalion and Galatea, por
A deusa Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a um pedido Ernest Normand (1886)

seu, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés
da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e
osso, com quem Pigmaleão casou-se e, nove meses depois, teve uma filha chamada Pafos, que deu
nome à ilha.[4]

Em Pseudo-Apolodoro, Pigmaleão tem uma filha de nome Metharme, e ela se casa com Cíniras,
tendo dois filhos, Oxyporus, Adônis, e três filhas, Orsedice, Laogore e Braesia.[2]

Interpretação
O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade
de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas. Em
Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmaleão ao efeito de nossas expectativas e percepção da
realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade
de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.[5]

Clemente de Alexandria relata outro mito parecido, de uma estátua de Afrodite em Cnido pela qual
um homem se apaixona, e com quem ele tem relações sexuais.[6]

A versão mais antiga da lenda está em Ovídio, em sua obra Metamorfoses.[1][carece de fontes?] A
lenda de Pigmalião tem atraído vários artistas. O nome da estátua, depois que ela vira mulher,
Galathea, não é encontrado nos textos antigos, mas aparece em representações artísticas
modernas do mito. Uma versão moderna da lenda é a peça de George Bernard Shaw, Pigmalião,
ou My Fair Lady, em que, em vez de uma estátua transformada em mulher, temos uma mulher do
povo transformada em mulher da alta sociedade. A peça é também um musical e um filme.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pigmaleão 1/2
18/03/2020 Pigmaleão – Wikipédia, a enciclopédia livre

Referências
1. Ovídio, Metamorfoses, 243
2. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.14.3
3. Higino, Fabulae, LVI, Busíris
4. Ovídio, Metamorfoses, 244
5. Rosenthal, Robert & Jacobson, Lenore Pygmalion in the classroom (1992). Expanded edition.
New York: Irvington
6. Clemente de Alexandria, Exortação aos gregos, Livro IV

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