Você está na página 1de 9

Metodologia

Na preparação do estudo foi utilizado dados essenciais recolhidos do local designado


para a pesquisa, como dados fotográficos do posto de trabalho dos operadores de
telemarketing para fazer a análise.

Figura 1 - Postura das costas, braços, pernas e esforço

Fonte – SOFTWARE ERGOLANDIA

Para se realizar o estudo da postura de forma segura que não contenha erros, foi
escolhido o método OWAS (Ovako Working Posture Analysing System) e o software
Ergolândia 6.0 conforme a figura 1.
O método OWAS é utilizado para análise da postura, onde cada postura é descrita por
um código de seis dígitos, representando posições do dorso, braços, pernas e cargas
sendo que os dois últimos indicam o local onde a postura foi observada, considerando
as forças ou cargas necessárias para fazer a tarefa.
De acordo com as variações, concede pontuação para cada posição, se o resultado é
menor tem mais chances do operador está com uma boa postura, caso contrário, um
resultado maior tem grande chance do operador está realizando as tarefas com a
postura inadequada com risco a sua saúde.

Figura 2 - Postura de dorso, braços, pernas e cargas


Figura 3 - Classificação das posturas pela combinação das variáveis

Deve ser levado em consideração o tempo de permanência numa determinada


posição com o tempo de horas trabalhadas.
Figura 4 - Classificação das posturas de acordo com a duração das
posturas

Conforme a classificação o sistema OWAS sugere algumas ações que devem


ser tomadas.

Figura 5 - Classificação da postura e ação a ser tomada

Classe 1 Postura normal, que dispensa cuidados,


a não ser em casos excepcionais.
Classe 2 Postura que deve ser verificada durante
a próxima revisão rotineira dos métodos
de trabalho.
Classe 3 Postura que deve merecer atenção a
curto prazo.
Classe 4 Postura que deve merecer atenção
imediata.

Resultados e discussões

Após realizado o estudo da postura através do método OWAS com o auxílio do


software ergolândia 6.0 utilizando a imagem do funcionário do setor de televendas, foi
possível obter os seguintes resultados.

Figura 6 - Posto de trabalho do operador de televendas


Após a analise da figura 6 para aplicar o método OWAS no primeiro operador, o
software usado gerou os seguintes resultados.
Figura 7 - Resultados e classificação a ser tomada

O mesmo estudo foi feito para a postura de outro operador que exerce a mesma
função.
Figura 8 - Posto de trabalho do operador de televendas

Após a análise da figura 8 para aplicar o método OWAS no primeiro operador, o


software usado gerou os seguintes resultados.
Figura 9 - Resultado e classificação da ação a ser tomada

Segundo o resultado do método OWAS fornecido pelo software engolândia, foi


possível identificar que para a postura do operador 1 do setor de televendas
participante do estudo, deu-se a categoria de ação 1, ou seja, “não são necessárias
medidas corretivas”. Porém para o operário 2 do mesmo setor e que realiza as
mesmas funções, deu-se a categoria de ação 2, ou seja, “são necessárias correções
em um futuro próximo”.
Porém o software analisa apenas a postura, mas para obter um melhor resultado
aplicando a ergonomia no setor, deve-se levar em conta outros fatores, assim como a
lei NR-17 regulamenta a capacitação, pausas, pausas para banheiro, o ambiente de
trabalho, mesas de trabalho, cadeira entre outros fatores que possibilitam ao
trabalhador uma saúde adequada durante a sua jornada de trabalho.

NR-17
Capacitação: é obrigatório o treinamento sobre os riscos das atividades e medidas de
prevenção. Deve ter, no mínimo, quatro horas na admissão e uma reciclagem a cada
seis meses.
Banheiro: os operadores podem sair de postos a qualquer momento para satisfazer
suas necessidades fisiológicas, sem repercussão sobre avaliação e remunerações.
Pausas: para jornadas de 6h, além do intervalo de 20 minutos para alimentação e
repouso, devem ser concedidas duas pausas de 10 minutos contínuos. Para jornada
de 4h, deve ser concedida uma pausa de 10 minutos.
Ambiente: deve existir local para lanche, ambiente adequado para descanso durante
as pausas e armários individuais com chave.
Mesas de trabalho: devem ter 75 cm de profundidade e 90 cm de largura, se usadas
sem material de consulta e 90 cm de profundidade e 100 cm de largura, quando
usadas com material de consulta.
Cadeira: estofadas, ter bordas arredondadas, cinco pés de apoio com rodízios,
regulagens para a posição do contorno e altura do assento permitindo o correto apoio
dos pés no chão.
Ar condicionado: como prevenção à “Síndrome do Edifício Doente” é obrigatório o
controle dos sistemas de climatização, conforme normas do ministério da saúde e da
ANVISA. A temperatura no ambiente pode variar entre 20°C e 23°C.
Prevenção: as empresas devem manter programas de vigilância epidemiológica para
prevenção e detecção precoce de doenças relacionadas ao trabalho.
PPDs: os mobiliários devem ser adaptados para atender as necessidades de
portadores de necessidades especiais, assim como acesso as instalações, aos
sanitários e outros equipamentos.
Voz: as empresas devem programar diálogos que favoreçam micro pausas e evitem
carga vocal intensa para os atendentes. Também deve ser estimulada a ingestão de
água potável, que deve ser fornecida gratuitamente.
Uma ergonomia bem feita e alinhada traz saúde para o profissional com a ausência de
problemas osteomusculares e gera um melhor clima para as empresas, com
profissionais satisfeitos e com maior produtividade.

Você também pode gostar