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Rogers 2
Rogers 2
Carl Rogers (1902-1987) nasceu em Oak Park, Illinois, nos Estado Unidos, no dia 8 de
janeiro. Era o filho do meio de uma família protestante, onde os valores tradicionais e
religiosos, juntamente com o incentivo ao trabalho duro eram amplamente cultivados. Aos doze
anos, Rogers e sua família mudam-se para uma fazenda, onde, em terreno tão fértil e
estimulante, passou a se interessar por agricultura e ciências naturais.
Foi trabalhando em Rochester que Rogers atingiu novos insights e percepções do tratamento
psicoterpêutico que lhe liberou da forte amarra acadêmica e conceitual que havia no ensino e
prática da psicologia. Em 1949, Rogers passou a ocupar a cátedra de Psicologia da Universidade
de Ohio. Por ter passado muito tempo envolvido diretamente com a clínica, ficou claro que,
durante seu trabalho ativo com clientes, ele tinha atingido novas formas de pensar a prática
psicoterapêutica que eram muito diferentes das abordagens acadêmicas convencionais. De todo
modo, as críticas iniciais a que foi submetido e o interesse que os estudantes demonstravam em
sua teoria compeliu-o a explanar melhor seus pontos de vista, resultando uma série de livros,
principalmente Counseling and psychoterapy (1942).
Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade em que se graduou, Winconsin, até 1963.
Durante esses anos, ele liderou um grupo de pesquisadores que realizou um brilhante estudo
intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada com pacientes esquizofrênicos,
obtendo, em alguns pontos, muito material sobre a relação terapêutica e muitos outros dados de
interesse científico, em termos estatísticos, com estes e com seus familiares. De qualquer modo,
foi o início de uma abordagem mais humana junto aos pacientes hospitalares. Desde 1964,
Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La Jolla, Califórina, entrando em
contato com outros teóricos humanistas, como Maslow, e filósofos, como Buber e outros.
Rogers passou a ser agraciado por muitos psicólogos pelo seu trabalho científico, e atacado
por outros, que viam nele e em sua teoria uma abordagem tola e perigosa para o status e o poder
que tinha, principalmente nos meios médicos que se viram forçados a reconhecer, a custas das
inúmeras pesquisas sérias levadas por Rogers e seus auxiliares, que o psicólogo pode ter tanto
ou mais sucesso no tratamento pisco-terapêutico quanto um psiquiatra ou psicanalista. Rogers
foi, por duas vezes, eleito presidente da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta
mesma associação os prêmios de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional.
Rogers morreu em 1987, aos 85 anos de idade.