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2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

MODELO PARA DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DE REDES DE HIDRANTES.

Autores: Vitória Maria F. CHAMOUN1


Aron L. PETRUCCI2

Trabalho vinculado ao Projeto de Pesquisa em Ensino nº 00687

Resumo
Com a utilização do fogo pelo ser humano, e o adensamento populacional das
cidades com suas edificações cada vez mais complexas e com maior número de
habitantes, torna-se necessário a utilização de sistemas eficazes de combate a
incêndio. Dentre tais sistemas, merece destaque os sistemas de hidrantes. Embora
existam muitas fontes bibliográficas que discorrem sobre sua composição,
posicionamento, e outros detalhes construtivos, há certo hiato no que se refere a seu
dimensionamento hidráulico, ou por falta ou por ocultação de informações. No
presente trabalho é proposto forma se resolução de problemas de dimensionamento
e verificação hidráulica de hidrantes, partindo-se de formulações tradicionalmente
aceitas, com base nas Leis de Conservação de massas e de Conservação de
Energia, com o uso de software livre para soluções numéricas, em conjunto que seja
didaticamente e profissionalmente viável em termos de recursos computacionais e
softwares necessários.

Palavra-chave: Hidrantes; Incêndio; Corpo de Bombeiros.

Introdução

Desde tempos imemoriais o fogo se faz presente na Natureza. Quando


dominado pelo Homem, tornou-se marco de civilização, permitindo a cocção de
alimentos, a calefação de ambientes para sobreviver ao frio, a forja de metais, e
muitas outras atividades que, por assim dizer, são características do ser humano; o
único ser que hoje, tanto quanto se sabe, domina o fogo.

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Estudante do Curso de Engenharia Civil da UEL
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Docente e Coordenador do Projeto
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No entanto, esse domínio não se mostra absoluto, por vezes o fogo sai do
controle do Homem, destruindo e matando de forma não programada e muito menos
desejada. Quando assume tal condição, convencionou-se chamá-lo incêndio.

Ainda nos primórdios, aprendeu-se que uma forma rápida e bastante eficaz
de eliminar o fogo, quando este não é desejado, é extingui-lo com o uso de água.
Sendo esta o agente extintor mais comum e adequado à grande maioria dos
materiais combustíveis disponíveis na Natureza e mesmo aos “sintéticos”,
produzidos pelo Homem e presentes na vida atual.

Em SEITO (2008) há relato de vários incêndios de grandes proporções que


causaram grande impacto humano ou econômico, tanto no Brasil quanto no resto do
mundo. Mostra-se ainda que, com o fenômeno da urbanização e a diversificação das
atividades humanas, as cidades tornam-se mais propensas a incêndios, advindo daí
uma série de normas e regulamentos visando sua prevenção e, em caso de sua
ocorrência, seu combate imediato de forma a poupar vidas e prejuízos econômicos.

Dentre os vários sistemas utilizáveis para que se minimize o risco de incêndio


e a possível perdas de vidas, chama a atenção o sistema de hidrantes.

O sistema de hidrantes é um sistema fixo à edificação, sob comando, que


permite o lançamento de grande quantidade de água ao foco do incêndio, mantendo
o operador a distância segura daquele. Tem a função precípua de extinção do foco
de incêndio apresentando ainda muita utilidade no resfriamento de peças estruturais
ou equipamentos que podem colapsar sob o forte calor de um incêndio, ou mesmo
para o resfriamento de passagens de pessoas em rotas utilizadas para fuga.

Durante a evolução da normatização técnica do setor, o sistema de hidrantes


também segue sua evolução, sempre em busca de um ajuste adequado entre
eficiência, segurança e custo.

Há muitas fontes bibliográficas que tratam da conceituação dos sistemas, sua


classificação, posicionamento dos hidrantes, modelo de componentes, especificação

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de materiais, requisitos para operação, vazões e pressões mínimas ou máximas


desejáveis, alcance de jatos, tipos de jatos em utilização, e muitas outras
informações similares. Um apanhando extenso dessas fontes pode ser obtido em
CBPMPR (NPT-022/2015), SEITO (2008) e muitas outras.

No entanto, apesar de existir certa profusão de exigências e limites citados


pertinentes aos parâmetros hidráulicos, como pressões e vazões, há pouca
informação sobre modelos, métodos e técnicas de dimensionamento das redes
hidráulicas e dos componentes do sistema de hidrantes; ainda se observa que
quando se encontra tais informações, elas se mostram geralmente de forma
simplificada, e fragmentada entre diversas fontes bibliográficas.

Também se observa que, vários Corpos de Bombeiros (CB) no Brasil exigem,


para aprovação dos projetos que envolvam tal sistema, que seja apresentado o
memorial de cálculo hidráulico dos mesmos, dimensionamento das tubulações,
escolha de bombas, curvas de bombas, interação dessas com o sistema, e uma
série de informações nesse sentido. Tais informações por vezes são apresentadas
em planilhas ou folhas de cálculo simplificadas, carecendo de fundamentação
teórica, não raramente criando impasses entre projetistas e analistas do CB.
Impasses esses muitas vezes oriundos de mal-entendidos, cada qual pensando
existir somente um modelo justificável para o cálculo desejado, tendo como
referência “o seu modelo”.

Há também no mercado alguns softwares que contêm funções destinadas a


tais cálculos, no entanto, geralmente não apresentam documentação técnica
fundamentando os processos, métodos e requisitos de cálculo, dificultando
sobremaneira sua verificação manual; e não permitindo aferição da certeza de que
se ajustam realmente a determinadas exigências normativas ou critérios de projeto.
Tais softwares ainda costumam gerar memoriais de cálculo ininteligíveis do ponto de
vista didático.

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Diante de tal situação: exigências normativas estritas e pouca disponibilidade


de modelos inteligíveis para dimensionamento e análise hidráulica de redes de
hidrantes, surgem duas lacunas a serem preenchidas com:

a) criação de modelos de avaliação de redes hidráulicas que tenham


fundamentação teórica sólida e possuam praticidade de uso no dia a dia da atuação
profissional, tanto de engenheiros projetistas como de analistas do CB.

b) explanação didática e atual desses modelos para que estudantes, que


em breve se tornarão profissionais, e profissionais da área tenham sólida base
teórica para seu trabalho e para a solução de divergências que às vezes surge entre
projetistas e analistas do CB.

Diante de tal quadro, faz-se necessário agrupar de forma sistemática, e


didaticamente adequada, métodos e técnicas para dimensionamento e análise
hidráulica de redes de combate a incêndio por hidrantes.

Tal conjunto precisa ser atualizado e realista, em termos de recursos


computacionais a serem utilizados, e investimentos a serem feitos por parte de
quem deseje utilizá-lo.

Dessa forma, o presente trabalho propõe, através de uma coletânea de


elementos que caracterizem os sistemas de combate a incêndio por hidrantes e sua
sistematização, apresentar modelo que permita o dimensionamento e estudo de
comportamento hidráulico dessas redes, com a utilização de ferramentas
computacionais inespecíficas e pertencentes ao universo dos chamados softwares
livres.

Como condição de contorno, o modelo apresentado deve ser passível de


implementação somente com a utilização de recursos disponíveis a estudantes de
Engenharia Civil, apresentando resultados comparáveis com aqueles obtidos por
sistemas proprietários profissionais.

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Metodologia

Para a consecução do presente trabalho, inicialmente, faz-se a revisão de


cada elemento componente das redes hidráulicas de acionamento de hidrantes,
especialmente em seus aspectos de comportamento hidráulico que envolvam
parâmetros como vazão, perdas de carga, velocidade de fluxo e similares. Tal
comportamento hidráulico é caracterizado pela relação quantitativa de tais
parâmetros que possam ser descritos através de equações características que são
determinadas segundo as referências bibliográficas, ou por ajustes de curvas
características e relações algébricas a dados apresentados nas mesmas.

Após a caracterização de cada elemento (esguichos, mangueiras, tubulações,


bombas, etc.) na forma de equações algébricas, procede-se a análise de cada
trecho da rede em foco, aplicando-se duas leis físicas básicas: a Lei de
Conservação das Massas, e a Lei da Conservação de Energia.

Tal enfoque resulta em uma série de condições a serem contempladas: Lei


que rege o escoamento em cada elemento considerado, Lei de Conservação de
Massas e Lei de Conservação de Energia, que podem ser expressas como uma
série de equações não lineares, relacionando vazões, perdas de carga e desníveis
geométricos; havendo somente um conjunto solução, fisicamente viável, que satisfaz
a todas simultaneamente – sendo essa a solução que caracteriza o funcionamento
real do sistema.
De posse do conjunto completo de equações, é possível encontrar tal solução
com a utilização de um software desenvolvido para solução de problemas numéricos
complexos; nos exemplos deste texto foi utilizado o software livre de nome “Octave”.

Análise e Discussão

Cada trecho de um sistema de hidrante pode ser constituído de até três tipos
de elementos hidráulicos: tubulação, mangueira ou esguicho. Além desses
elementos, que comportam formulações próprias, pode ainda haver a presença de
bombas centrífuga no sistema.

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Conversão de carga no esguicho.

Em diversas literaturas sobre o assunto, e mesmo em vários documentos


normativos, há referência a termos como “pressão na saída do esguicho”, ou
“pressão residual na saída do esguicho” ou ainda “pressão mínima considerada na
expedição do esguicho”. Obviamente se ali for instalado um manômetro (instrumento
adequado para medição de pressões), com entrada posicionada a 90º em relação ao
fluxo (posição padrão de instalação de manômetros) esse indicará valor nulo em
qualquer que seja o caso. Dessa forma, observa-se que não há sentido em
expressar grandeza de pressão na saída de um esguicho.

No entanto, há carga hidráulica na seção indicada como “saída do esguicho”,


que se apresenta em forma de taquicarga. A taquicarga ali presente pode ser
medida com o auxílio de um tubo de Pitot, na forma esquematizada na figura 1, e
assim convertida em unidades de pressão; essa prática, embora simples, pode levar
o projetista à confusão fazendo-o, às vezes, erroneamente, somar uma altura
manométrica adicional àquela necessária ao escoamento da vazão desejada. Tal
prática apenas faz com que a vazão realmente aferida seja superior à desejada, mas
não há, de fato, o surgimento de qualquer pressão manométrica à saída do
esguicho.

Para a análise do esguicho, não é correto usar o termo “perda de carga”, uma
vez que a maior parte da carga hidráulica (piezocarga e taquicarga) aplicada à
entrada desse componente é convertida em taquicarga na saída do mesmo.

Também não se pode afirmar ser tecnicamente correto o emprego do termo


“pressão”, quando se faz referência à saída do mesmo. Observa-se que, à saída do
esguicho, a pressão é nula, ou seja, tem-se pressão atmosférica.

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Figura 1 – Esquema de utilização de um Tubo de Pitot à saída de esguicho.


Assim, a especificação de determinada pressão mínima à saída do esguicho
é, somente, uma maneira indireta de especificação da velocidade na linha central do
escoamento à saída do mesmo. Para os cálculos tradicionalmente utilizados, essa
velocidade é tomada como velocidade média do escoamento.

Em termos teóricos, a velocidade à saída do esguicho pode ser avaliada, a


partir da leitura do Tubo de Pitot, como mostrado nas equações 1a e 1b:

v=√ 2∙ g ∙ P (1a)

para “P” expresso em metro de coluna do líquido (mca);

2∙P
v=
√ ρ
(1b)

para “P” expresso em unidades de pressão (p.e. Pa).

Para esguichos tronco cônicos3, é possível determinar essa conversão de


carga – de piezocarga+taquicarga, na entrada, para taquicarga. Na saída, através do
Teorema de Bernoulli.
A abordagem mais intuitiva e direta, é a aplicação da equação de Bernoulli às seções 1-1 e
2-2 da figura 2 conduz à equação 2.

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Observe que essa afirmativa exclui esguichos ajustáveis.
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Figura 2 – aplicação do Teorema de Bernoulli a um esguicho tronco cônico.

−1
π D4−d 4
Q= ∙ (
√ 8 ∙ ρ D4 ∙ d 4 ) 2
∙ √P 1 (2)

Onde Q – vazão que passa pelo esguicho;


ρ – massa específica da água;
D – diâmetro da seção de entrada;
d – diâmetro de saída;
P1 – pressão manométrica na entrada do esguicho.

Essa vazão teórica é, na prática, afetada pela contração do jato, próximo à


saída do esguicho, e por uma ligeira queda de velocidade do mesmo, em relação
àquela teoricamente calculada, correspondendo à perda de carga no mesmo.

Assim, as equações acima passam a ser afetadas por um coeficiente de


descarga “Cd”, assim como a perda de carga no esguicho – que embora pequena, e
não devendo ser confundida com a conversão de carga, deve ser levada em
consideração. Tal abordagem gera as equações apresentadas no Quadro 1.

Quadro 1 – Equações de conversão de carga para esguichos.


[Q] [d] [P] completa Simplificada
[D]
D 4−d 4
3
m /s m Pa P=8,42996× 10 ∙ 4
D ∙d 4
2
(
∙ Q2 ) P=8,42996× 102 ∙ d −4 ∙ Q2

D 4−d 4
L/s mm kPa P=8,42994 ×10 ∙ 4
D ∙d 4
5
(
∙Q 2 ) P=8,42994 ×105 ∙ d−4 ∙Q 2

D4 −d 4
Lpm mm mca P=23,8782 ∙ ( 4
D ∙d 4
∙ Q2) P=23,8782 ∙ d−4 ∙ Q2

D 4−d 4
Lpm mm MPa P=2,34165 × 10−1 ( 4
D ∙d 4 )
∙Q 2 P=2,34165 × 10−1 ∙ d −4 ∙ Q 2

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D 4−d 4
Lpm mm Kgf/cm2 P=2,3878 ( 4
D ∙d 4 )
∙Q 2 P=2,3878 ∙ d−4 ∙ Q 2

D 4−d 4
gpm in psi P=1,16930 ×10−3 ∙ ( D 4∙ d4)∙ Q2 P=1,16930 ×10−3 ∙ d −4 ∙ Q 2

Servindo para esguichos tronco cônicos de jato sólido, essa formulação não
se aplica a esguichos de jato ajustável. Para tal caso, depende-se inteiramente dos
dados publicados por seus fabricantes, obtidos através de ensaios.

Mangueiras de incêndio.

O parâmetro hidráulico mais importante das mangueiras de incêndio é sua


perda de carga.
Segundo a NBR 11861, o ensaio de perda de carga é obrigatório, e feito com
a mangueira esticada e retilínea. Tal disposição, embora não ocorra completamente
em sua operação, traduz bem sua característica hidráulica em campo, onde as
curvas geralmente são poucas e de raio longo.

Segundo a NBR 11861, cada fabricante deve, para cada mangueira, ou


família dessas, apresentar os resultados dos ensaios de perda de carga. A partir das
curvas apresentadas, poder-se derivar equações que os exprimam de forma
algébrica.

Hickey (pg 127) apresenta uma compilação de perdas de carga para várias
mangueiras, executados por vários autores e entidades. Desses resultados
depreende-se que há significativa variação, em alguns casos ultrapassando 50%,
entre os valores obtidos.

Dentre as diversas expressões apontadas por Hickey, está aquela proposta


por Purington; uma expressão para perda de carga em mangueiras de 65mm
(2.1/2”) conhecida como “Fórmula 2Q2”. Há ainda a proposta da expressão “24Q2”
para mangueiras de 40mm (1.1/2”). Essas expressões, válidas para o sistema US de
unidades, e ajustadas para a simbologia aqui utilizada, podem ser vistas nas
equações 3ª e 3b.

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J=2∙ Q2 – para mangueiras de 40mm; (3a)


e
J=24 ∙Q 2 – para mangueiras de 65 mm. (3b)

Onde: J – perda de carga unitária [psi/100 ft];


Q – vazão [100 gpm];

Ajustando essas expressões para unidades SI tem-se as equações 4a e 4b:

Para mangueiras de 40mm;


J=1,36382 ×10−1 ∙ Q2 (4a)

Onde: J – perda de carga unitária [KPa/m];


Q – vazão [L/s].

Para mangueiras de 65mm;


J=1,13652 ×10−2 ∙ Q 2 (4b)

Onde: J – perda de carga unitária [KPa/m];


Q – vazão [L/s].

No quadro 2 apresenta-se um resumo para as equações 24Q 2 e 2Q2.

Quadro 2 – Equações para perda de carga unitária em mangueiras


D [DH
[L] [Q] equaçã o
[mm] ]
KPa m L/s ∆ H =1,36382×10−1 ∙ Q 2 ∙ L
40 mca m m3/s ∆ H =1,39072×10 4 ∙Q 2 ∙ L
mca m Lpm ∆ H =3,86311 ×10−6 ∙ Q 2 ∙ L
KPa m L/s ∆ H =1,13652×10−2 ∙ Q2 ∙ L
65 mca m m3/s ∆ H =1,15839× 103 ∙ Q 2 ∙ L
mca m Lpm ∆ H =3,21775× 10−7 ∙Q2 ∙ L

Tubulações.

As tubulações utilizadas em redes de hidrantes são, em sua maioria, de aço,


galvanizado ou não, seguindo os padrões da NBR 5580. Ocasionalmente há

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utilização de tubos de cobre, ou mesmo de PVC, sendo estes para passagens


subterrâneas entre edificações. Também podem ser executados tais sistemas em
tubos e conexões de ferro fundido, no entanto tal opção é bastante rara.

Para efeito do presente trabalho, serão considerados os tubos de aço


galvanizado, classe leve, segundo a NBR 5580; podendo tal abordagem ser
facilmente conduzida a qualquer outro material, desde que este seja bem
caracterizado em termos de suas dimensões e rugosidade interna.

A determinação das perdas de carga nas tubulações empregadas nos


sistemas de hidrantes costuma ser feita com a utilização da Fórmula Universal
(Darcy-Weisbach) ou da Fórmula de Hazen Williams.
Outras fórmulas podem ser utilizadas, como Flammant ou Fair-Whipple-
Hsiao, no entanto observa-se variação significativa em seus resultados se
comparadas à Fórmula Universal.

No presente texto, para efeito da exemplificação aadotada, utiliza-se a


fórmula de Hazen-Williams.

A Fórmula de Hazen-Williams (H-W) é empírica, ou seja, foi desenvolvida


ajustando-se uma função irracional a um conjunto de dados medidos em campo 4.

Q 1,85
J=10,68 ∙
C 1,85 ∙ D4,87

onde: J – perda de carga unitária [mca/m];


Q – vazão [m3/s];
C – coeficiente de Hazen Williams5 [0]
D – diâmetro interno do tubo [m]

Para aderência maior ao SI, a equação se torna:


5 Q 1,85
J=1,047 × 10 ∙
C1,85 ∙ D 4,87

onde: J – perda de carga unitária [Pa/m];


Q – vazão [m3/s];

4
Ver ajuste da fórmula de Hazen Williams ao SI, no apêndice A
5
O coeficiente de H-W, “C”, assume o mesmo valor em qualquer sistema de unidades. As correções
de unidades ficam exclusivamente por conta do coeficiente numérico que precede os termos variáveis
da equação.
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C – coeficiente de Hazen Williams6 [0]


D – diâmetro interno do tubo [m]

Tradicionalmente, fórmulas empíricas têm limitação de uso. Para H-W,


PORTO (pg 53) apresenta a as seguintes condições de contorno:
 escoamento turbulento de transição;
 escoamento com água a 20°C;
 diâmetro maior que 4”7;

Para sua utilização em tubos de aço galvanizados com costura, Porto (pg 54)
indica C=125.

É oportuno, para as duas formulações, sua expressão nas unidades mais


usuais aos serviços de combate a incêndio no Brasil, embora este não se constitua
em um sistema homogêneo de unidades, como apresentado na equação 5.

6 Q 1,852
∆ H =6,1556 ×10 ∙ ∙<¿ (5)
C 1,852 ∙ D 4,87

Onde: ΔH – perda de carga no trecho analisado [mca];


Q – vazão [Lpm];
C – coeficiente de HW;
D – Diâmetro interno [mm];
Lt – comprimento total (real + equivalente) [m];

Bombas centrífugas.

Dentre os vários tipos de bombas existentes, as bombas centrífugas são as


mais utilizadas em serviços e instalações de combate a incêndio.
Os parâmetros hidráulicos das bombas centrífugas são apresentados em
forma de tabela, contendo pares (Q,H) ou, de curvas plotadas em gráfico contendo
tais pontos.
A figura 3 mostra um exemplo dessas curvas.
6
O coeficiente de H-W, “C”, assume o mesmo valor em qualquer sistema de unidades. As correções
de unidades ficam exclusivamente por conta do coeficiente numérico que precede os termos variáveis
da equação.
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Alguns autores admitem esse limite em 2”, o que viabiliza sua utilização para sistemas de combate a
incêndio por hidrantes.
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Figura 3 – Exemplo de Curva Característica de Bomba centrífuga.


As curvas apresentadas são de uma bomba comercial, marca KSB, modelo
Meganorm 065-040-160.1 com rotação de 3600 rpm.

O gráfico apresenta para essa bomba, três opções de rotor, 130mm, 150mm
e 179mm, cada qual com sua curva característica.

Bombas centrífugas, ao operarem, o fazem necessariamente sobre um dos


pontos de sua curva, ou seja, independentemente do restante do sistema a ela
conectado, caso opere em sua faixa de aplicação, o fará sobre um dos pontos
pertencentes a sua curva característica, jamais fora desta. O sistema a ela
conectado determina qual o ponto de operação, mas esse sempre pertence à curva
da bomba.

A curva Qb x Hb, como pode ser vista na figura 3, apresenta aspecto de


parábola e, como tal, pode ser modelada segundo um polinômio na forma

Hb=a ∙ Q b2 +b ∙Q b+ c

E, utilizando-se método numérico adequado, determinar os coeficientes a,b,c


a partir de pontos tomados na figura.

O ajuste utilizando-se se uma ferramenta numérica adequada, aqui o software


Octave, conduziu ao polinômio apresentado na equação 6.

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Hb=1,5945 ×10−2 ∙ Qb 2−2,4717 ×10−1 ∙Qb+57,374 (6)

Onde: Hb – altura manométrica da bomba [mca]


Qb – vazão da bomba [m3/h].

A figura 4 apresenta a comparação dos ajustes com a curva fornecida pelo


fabricante.

Figura 4 – Comparação de curva característica de bomba fornecida pelo fabricante com


ajustes numéricos.

Sistemas por recalque

Muitas vezes não é possível a operação do sistema exclusivamente por


gravidade. São comuns os casos em que o desnível geométrico disponível não é
suficiente para proporcionar, nas saídas dos esguichos, as vazões mínimas
necessárias. São também comuns os casos em que esses desníveis nem mesmo
existem, em sentido descendente, ou mesmo se apresentem em sentido
ascendente, ou seja, os hidrantes se localizam acima do reservatório. Como na
figura 5

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Figura 5 – Esquema de montagem para um hidrante simples com bomba

Uma vez definidos, através de pré-dimensionamento, o diâmetro da


tubulação, e através das exigências normativas, o diâmetro e comprimento da
mangueira, assim como o diâmetro de saída do esguicho; sabendo-se que o
desnível geométrico é dado pela própria estrutura da obra na qual o sistema se
insere, observa-se serem conhecidos todos os parâmetros necessários para cálculo,
exceto a altura manométrica fornecida pela bomba, que depende da definição desta
perante as opções disponíveis no mercado, e a vazão “Q”, por sua vez dependente
da escolha que se tenha feito de bomba.

Primeiramente, para a determinação das características que orientarão a


seleção da bomba, da vazão em questão, lança-se mão da equação de Bernoulli,
aplicada à entrada de água na tubulação, e a sua saída, da extremidade do
esguicho.

Toma-se as mesmas hipóteses simplificadoras apresentadas no capítulo


sobre hidrantes acionados por gravidade.

Resta assim a formulação da equação 7.

Dg+ Hb−( ∆ H t +∆ H m + ∆ H e ) =0 (7)

onde: Dg – desnível geométrico (+ caso descendente e – caso ascendente);


Hb – altura manométrica fornecida pela bomba;
DHt – perda de carga na tubulação e peças utilizadas no recalque;
DHts – perda de carga na tubulação e peças utilizadas na sucção;
DHm – perda de carga na mangueira;
DHe – conversão, e perda, de carga no esguicho.

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Ou seja, com tal formulação, o fenômeno pode ser analisado a partir do


equilíbrio energético, em que toda a energia proporcionada pelo desnível geométrico
e pela bomba se transforma parte em perda de carga, e parte em taquicarga a
jusante do esguicho.

Pode-se então analisar cada parcela da equação.

Desnível geométrico [Dg]: diretamente obtido da geometria da edificação.


Deve ser tomado entre o ponto A e a saída do esguicho, sempre sem considerar o
trajeto entre os pontos, considerando-se apenas sua resultante. Como a altura de
operação do esguicho não é padronizada, toma-se por referência a válvula do
hidrante. Deve-se tomá-lo com sinal positivo (+) caso o desnível seja descendente,
ou negativo (-) caso aquele seja ascendente.

Perdas de carga nas tubulações [DHt] e [DHts]: para a determinação da


perda de carga na tubulação são necessários o conhecimento de seu diâmetro [D],
seu comprimento total [Lt], que engloba aquele real e o equivalente, sua rugosidade
[C] função do material de que é constituída, e a vazão que a percorre [Q]. Aqui
separa-se a de sucção daquela de recalque unicamente porque os diâmetros desses
trechos costumam ser diferentes; caso sejam iguais, não há inconveniente que
sejam tomados conjuntamente para bombas de sucção positiva (afogadas).

Perda de carga na mangueira [DHm]: para a determinação da perda de


carga na mangueira são necessários o conhecimento de seu diâmetro [D], seu
comprimento [L] e da vazão que a percorre [Q];

Conversão de carga no esguicho [DHe]: Para a determinação da


conversão de carga no esguicho, deve-se conhecer seu diâmetro de entrada [D],
seu diâmetro de saída [d], e a vazão que circula pelo mesmo ou, para os esguichos
ajustáveis, seu coeficiente de perda e a vazão que circula pelo mesmo.

Altura manométrica fornecida pela bomba [Hb]: Para a determinação


desse parâmetro é necessário conhecer especificamente o modelo de bomba que se
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pretende utilizar. Na realidade, a determinação desse mesmo parâmetro, em


primeiro momento, permite subsidiar a escolha da bomba, uma vez escolhida esta,
observa-se que o mesmo é função da vazão que circula pela mesma (Hb=f(Q)), o
que permitirá determinar finalmente, a vazão de circulação.

Para um sistema devidamente pré-dimensionado, a análise dos parâmetros


envolvidos, juntamente com o conhecimento da vazão mínima desejada, permite a
escolha da bomba. Dessa forma, ao assumir para a vazão “Q”, a vazão mínima
almejada, resta na equação 7 somente uma incógnita “Hb”. Portanto determinável
por sua solução.

A seguir, de posse do par vazão x altura manométrica (Q;Hb) mínimo


necessários, é possível eleger-se a bomba a partir de dados fornecidos pelos
fabricantes.

De posse do modelo específico escolhido, e de sua curva característica, é


possível ajustá-la a um polinômio de grau 2, de modo similar ao exemplo da
equação 6.
A solução de um sistema não linear de equações simultâneas com duas
equações – equação de equilíbrio energético acima, e equação característica da
bomba – e duas incógnita – Q e Hb, fornece a resposta almejada.

O exemplo numérico que segue esclarece melhor o proposto.

Exemplo 1 - Dada a montagem esquematizada abaixo, indica-se o modelo de


bomba adequado e determina-se a vazão real de operação.

17
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

a) perda de carga na tubulação de sucção [DHts]:


Dref = 3” – Di =81,2 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 7,50 m
Lequiv = 1 entrada de borda 3” = 2,20 m
1 Registro de gaveta aberto 3” = 0,50 m
1 Válvula de retenção vertical 3” = 9,70 m
1 Cotovelo 90° 3” = 2,82 m
L equiv. = 15,22 m
Ltotal = 22,72 m

6 Q 1,852
∆ Hts=6,1556 ×10 ∙ ∙22,72
1251,852 ∙81,2 4,87

∆ Hts=9,1762 ×10−6 ∙ Q 1,852


para DHts em mca e Q em Lpm.

b) perda de carga na tubulação de recalque [DHt]:


Dref = 2.1/2” – Di =68,5 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 10,50 m
Lequiv = 1 Cotovelo 90° 2.1/2” = 2,35 m
1 Registro de ângulo 2.1/2” = 10,00 m
L equiv. = 12,35 m
Ltotal = 22,85 m

6 Q 1,852
∆ Ht =6,1556 ×10 ∙ ∙ 22,85
1251,852 ∙ 68,54,87

∆ Ht =2,1128 ×10−5 ∙ Q1,852

para DHt em mca e Q em Lpm.

c) Perda de carga na mangueira [DHm]:


D = 40 mm;
L = 25 m;
185,883 ∙ 25 2
∆ Hm= Q
404,86
∆ Hm=7,6062× 10−5 ∙Q 2
para DHm em mca e Q em Lpm.

18
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

d) Conversão da carga no esguicho [DHe]:


D = 40 mm
d = 13 mm

40 4−13 4 2
∆ He=23,8782∙ ( )
404 ∙13 4
Q

∆ He=8,2671× 10−4 ∙ Q2

e) Desnível geométrico:
Dg = 6,0 m

f) Equação de conservação de energia, expressa na equação 8:

6,0+ Hb−( 9,1762× 10−6 ∙Q 1,852 +2,1128 ×10−5 ∙ Q1,852 +7,6062 ×10−5 ∙ Q 2 +8,2671× 10−4 ∙ Q 2 )=0
−9,0277 × 10−4 ∙ Q 2−3,0304 ×10−5 ∙ Q 1,852+6,0+ Hb=0 (8)

Essa equação tem duas incógnitas (Q e Hb) de modo que admite inúmeras
soluções – tantas quantas existam bombas no mercado capazes de serem
instaladas como indicado.
Obviamente, há necessidade da escolha de uma dentre tantas. Tal seleção é
feita tendo como critério “o menor modelo – mais econômico – que seja capaz de
fazer com que o sistema possa fornecer a vazão mínima desejada 8”.
Na sequência do exemplo, toma-se a vazão como o mínimo de 200 Lpm (12
m3/h).
Isolando-se Hb, a equação 8 torna-se:

Hb=9,0277 × 10−4 ∙ 2002 +3,0304 ×10−5 ∙ 2001,852 −6,0

Hb=30,66 mca

Ou seja, a bomba escolhida deve ser capaz de atender, ou superar de pouco,


o ponto Q=12 m3/h ; H=30,7 mca).
Dentre as opções comerciais existentes escolheu-se a bomba marca KSB,
modelo Megabloc 032.125.1 operando a 3500 rpm, equipada com roto de 134mm,
cuja curva é mostrada juntamente com o ponto de operação mínimo desejado, na
figura 5.

8
Via de regra a vazão mínima desejada é aquela exigida como mínima pela normalização vigente.
19
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Figura 5 – Curva de Bomba e Ponto de operação desejados


Como se pode observar, o ponto desejado não pertence à curva da bomba
especificada, assim sendo, sabe-se que a vazão real será superior à mínima,
restando determina-la.
Para a determinação analítica da vazão, é necessário dispor da curva
apresentada, em forma de polinômio de grau 2. Da curva assim destacada tomam-
se cuidadosamente os seguintes pontos.
Q[m3/h] Q[Lpm] H [mca]
0 0 34,1
3 50 34,1
5 83,33 34,0
8 133,33 33,8
10 166,67 33,6
13 216,67 32,9
15 250 32,2
18 300 31,0
20 333,33 29,9
23 383,33 27,6
25 416,67 26,0
28 466,67 24,0

pelo Octave, com o código abaixo:


% não esquecer do "pkg load optim" (sem as aspas) para carregar o pacote que tem
% a função leasqr()

clear;
home;
% Salvar como módulo do Octave sob nome: "Meganorm_050_032_125_1_3600_134.m"

FuncaoProposta = @(x, p) p(1)*x.^2 + p(2)*x + p(3);

%% dados tomados do gráfico ou dos ensaios

q = [0;50;83.33;133.33;166.67;216.67;250;300;333.33;383.33;416.67;466.67]; %
vazões em Lpm
h = [34.1;34.1;34;33.8;33.6;32.9;32.2;31;29.9;27.6;26;24]; % Hb em [mca]
p = [-5e-5; 0.015; 34]; % aproximação inicial dos parâmetros buscados
20
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

F = FuncaoProposta; % função que se deseja ajustar


stol=1E-5; % critério de parada por precisão alcançada
niter=500; %critério de parada por número de iterações

global verbose; verbose = false; % mudar de "false" para "1" caso deseje ver
% todo o conjunto de resultados e o gráfico da
% aproximação.

[f1, p, kvg1, iter1, corp1, covp1, covr1, stdresid1, Z1, r21] =...
leasqr (q, h, p, F, stol, niter); % chamada da função que implementa o
% algoritimo de regressão não linear de
% Levenberg-Marquardt.

printf("Coeficientes do polinomio: \n\n");


printf("%12.4e\n",p);
printf("\n Coeficiente de correlacao..: %f\n",r21);

ao digitar, na janela de comandos


>> Meganorm_050_032_125_1_3600_134
obtém-se a resposta:
Coeficientes do polinomio:

-6.6729e-05
9.6814e-03
3.3867e+01

Coeficiente de correlacao..: 0.997012

gerando, portanto, a equação 9, característica da bomba escolhida.

Hb=−6,6729 ×10−5 × Q 2+ 9,6814 ×10−3 ∙ Q+33,867 (9)

Na realidade, essa equação, juntamente com a equação de conservação de


energia, formam um sistema não linear de duas equações a duas incógnitas, e
assim poderiam ser resolvidas. No entanto, para o caso de somente um hidrante
simples, é mais elegante sua resolução por substituição, ou seja, substituindo-se Hb
na equação de conservação de energia, e resolvendo a mesma para a vazão “Q”.

−9,0277 × 10−4 ∙ Q 2−3,0304 ×10−5 ∙ Q 1,852+6,0−6,6729 ×10−5 ∙ Q 2+ 9,6814 ×10−3 ∙ Q+33,867=0

−9,6950 ×10−4 ∙Q 2 −3,0304 ×10−5 ∙ Q 1,852+9,6814 × 10−3 ∙Q+39,867=0

Solucionando-se essa equação, com Octave,


% Procedimento para solução de equação não linear
% gravar no diretório atual como "f1.m"

function f = f1(q)
f = -9.6950E-4*q.^2 - 3.0304E-5*q.^1.852 + 9.6814E-3*q + 39.867;
endfunction
%
% comandos para a janela de comandos
21
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

%
% >> fun = @f1;
% >> q0 = 200; % aproximação inicial
% >> fzero(fun,q0)

Na janela de comandos,
>> fun = @f1;
>> q0 = 200;
>> fzero (fun,q0)
ans = 206.34
>>

Ou seja, a vazão de operação será de 206,34 Lpm (12,4 m3/h), com a bomba escolhida.

O ponto de operação da bomba pode ser determinado por:


Hb=−6,6729 ×10−5 × 206,342 +9,6814 × 10−3 ∙206,34 +33,867
Hb=33,0 mca

Pode ser observado que o ponto Q=12,4 m3/h com H=33,0 mca pertence à curva da bomba,
sendo, portanto, o ponto de operação do sistema.

Cumprida a função introdutória do problema apresentado, é necessário


observar quer, na prática diária, os sistemas de hidrantes acionados por bomba
utilizam mais de um hidrante acionado simultaneamente. Para o estudo desses
sistemas, observa-se o esquema mostrado na figura 6, para operação simultânea de
dois hidrantes.

Figura 6 – Esquema para dois hidrantes simples em uso simultâneo.

Uma vez pré-dimensionados a tubulação, as mangueiras e esguichos, e


conhecidos os desníveis geométricos, restam quatro incógnitas para a solução
completa do problema: vazões q1, q2, q3 e altura manométrica Hb. Deve ser
observado que o ponto de operação da bomba equivale ao par q3, Hb.

22
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Para a determinação dessas incógnitas, dispõe-se de quatro equações não


lineares e independentes.

Equação 10, resultante da aplicação da Lei de Conservação das Massas ao


ponto “A”.

q 1+ q2−q3=0 (10)

Equações 11 e 12, resultantes da aplicação da Lei de Conservação da


energia no trajeto desde o ponto “R” até a saída de cada esguicho.
Dg 3 + Dg 1+ Hb− ( ∆ Hts+ ∆ Ht 3+ ∆ Ht 1+∆ Hm 1+∆ He 1 )=0 (11)
e
Dg3+ Dg2+ Hb−( ∆ Hts +∆ Ht 3+∆ Ht 2+∆ Hm 2+∆ He 2 )=0 (12)

E a equação 13, da curva característica da bomba.

Hb−( a ∙ q32+ b ∙ q3 +c ) =0 (13)

O processo de cálculo, como pode ser visto no exemplo que segue, é muito
similar àquele apresentado para um hidrante: determinam-se as equações de
conservação de massas e de energia, faz-se a vazão do hidrante mais desfavorável
igual à vazão mínima requerida e resolvem-se as três primeiras equações (10, 11 e
12) simultaneamente, obtendo-se q3 mínimo e Hb. Com esses valores procede-se a
escolha da bomba, dentre aquelas ofertadas pelos fabricantes. De posse da curva
da bomba escolhida, é possível a determinação dos coeficientes a, b e c da equação
13. A solução simultânea das quatro equações traz à luz as três vazões reais e a
altura manométrica de operação da bomba.

O exemplo mostrado na figura 7 esclarece melhor o processo.

23
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Figura 7 – Exemplo de sistema com dois hidrantes simples e utilização de bomba.

a) perda de carga na tubulação de sucção [DHts]:


Dref = 3” – Di =81,2 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 1,50 m
Lequiv = 1 entrada de borda 3” = 2,20 m
1 Registro de gaveta aberto 3” = 0,50 m
L equiv. = 2,70 m
Ltotal = 4,20 m

6q 31,852
∆ Hts=6,1556 ×10 ∙ ∙ 4,20
1251,852 ∙81,2 4,87

∆ Hts=1,6963 ×10−6 ∙ q31,852


para DHts em mca e Q em Lpm.

b) perda de carga na tubulação de recalque – trecho 3 [DHt3]:


Dref = 3” – Di =81,2 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 0,50 + 10,50 + 5,0 = 16,0 m
Lequiv = 2 Cotovelo 90° 3” = 2 x 2,82 = 5,64 m
1 Válvula de retenção horizontal 3” = 6,30 m
L equiv. = 11,94 m
Ltotal = 27,94 m

6 q31,852
∆ Ht =6,1556 ×10 ∙ ∙ 27,94
1251,852 ∙ 81,24,87

∆ Ht 3=1,1284 ×10−5 ∙ q31,852

para DHt em mca e Q em Lpm.

24
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

c) perda de carga na tubulação de recalque – trecho 1 [DHt1]:


Dref = 2.1/2” – Di =68,5 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 1,50 + 2,00 = 3,50 m
Lequiv = 1 Tê de passagem direta 2.1/2” = 0,41 m
1 Cotovelo 90° 2.1/2” = 2,35 m
1 Registro de ângulo 2.1/2” = 10,00 m
L equiv. = 12,76 m
Ltotal = 16,26 m

6 q 11,852
∆ Ht 1=6,1556 × 10 ∙ ∙ 16,26
1251,852 ∙68,5 4,87

∆ Ht 1=1,5035 ×10−5 ∙ q11,852

para DHt em mca e Q em Lpm.

d) perda de carga na tubulação de recalque – trecho 2 [DHt2]:


Dref = 2.1/2” – Di =68,5 mm
Aço galvanizado – C=125;
Comprimentos: Lreal = 17,50 + 4,50 = 22,00 m
Lequiv = Tê de saída direta e lateral 2.1/2” = 4,11 m
2 Cotovelo 90° 2.1/2” = 2 x 2,35 = 4,70 m
1 Registro de ângulo 2.1/2” = 10,00 m
L equiv. = 18,81 m
Ltotal = 40,81 m

6 q 21,852
∆ Ht 2=6,1556 × 10 ∙ ∙ 40,81
1251,852 ∙ 68,54,87

∆ Ht 2=3,7735 ×10−5 ∙ q 21,852

para DHt em mca e Q em Lpm.

e) Perda de carga nas mangueiras [DHm1 e DHm2]:


D = 40 mm;
L = 20 m;
185,883 ∙20 2
∆ Hm 1= q1
40 4,86

∆ Hm 1=6,085 ×10−5 ∙ q 12
de forma análoga
∆ Hm 2=6,085× 10−5 ∙q 22
25
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

para DHm em mca e Q em Lpm.

f) Conversão da carga nos esguichos [DHe]:


D = 40 mm
d = 16 mm

404 −16 4 2
∆ He 1=23,8782 ∙ ( )
40 4 ∙ 164
q1

∆ He 1=3,5715 ×10−4 ∙ q12


de forma análoga
∆ He 2=3,5715 ×10−4 ∙ q22

g) Desníveis geométricos:
Dg1 = -1,50 m
Dg2 = -4,50 m
Dg3 = -6,00 m
observar que são desníveis ascendentes.

h) Equação de conservação de massa – ponto “A”.


q 1+ q2−q3=0 (14)

i) Equação de conservação de energia – (de “A” à saída de H1):

−6,0−1,5+ Hb−( 1,6963 ×10−6 ∙ q 31,852+1,1284 × 10−5 ∙ q 31,852+1,5035 ×10−5 ∙ q11,852 +6,085 ×10−5 ∙ q12 +3,571

−4,18× 10−4 ∙ q12−1,5035 ×10−5 ∙ q 11,852 −1,298 ×10−5 ∙ q 31,852+ Hb−7,5=0 (15)

j) Equação de conservação de energia – (de “A” à saída de H2):

−6,0−4,5+ Hb−( 1,6963 ×10−6 ∙ q31,852+ 1,1284 ×10−5 ∙ q31,852+ 3,7735× 10−5 ∙ q21,852+6,085 ×10−5 ∙ q 22+3,571

−4,18× 10−4 ∙ q22−3,7735 ×10−5 ∙ q 11,852 −1,298 ×10−5 ∙ q 31,852+ Hb−10,5=0 (16)

k) Seleção da bomba.
A solução do sistema de equações simultâneas, formado pelas equações 14, 15 e 16.

q1 +q 2−q3 =0

{
−4,18 ×10 ∙ q1 −1,5035 ×10−5 ∙ q11,852−1,298 ×10−5 ∙ q31,852 + Hb−7,5=0
−4 2

−4,18 ×10−4 ∙ q22−3,7735 ×10−5 ∙ q11,852−1,298 ×10−5 ∙ q31,852 + Hb−10,5=0

26
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

fornece a solução do problema. No entanto, observa-se que ele tem 4


incógnitas (q1, q2, q3 e Hb) e somente três equações. É necessário definir a curva
da bomba, que traduz a relação q3 x Hb, constituindo-se na 4ª. equação.

Dentre tantas bombas existentes no mercado, cumpre selecionar a menor


delas, dentre aquelas que atendam à vazão mínima desejada no hidrante mais
desfavorável.

Supondo que esta vazão mínima seja igual a 300 Lpm, em q2, tendo-se H2
como hidrante mais desfavorável9, resolve-se o sistema não linear para q1, Hb e q3.
Através do software Octave:
Módulo sistema_1_2hid_bomba.m
function F = sistema_1_2hid_bomba(q)

F(1) = q(1) + 300 - q(3);


F(2) = -4.1800E-4*q(1)^2 - 1.5035E-5*q(1)^1.852 - 1.2980E-5*q(3)^1.852 + q(2) -
7.5;
F(3) = -4.1800E-4*300^2 - 3.7735E-5*300^1.852 - 1.2980E-5*q(3)^1.852 + q(2) - 10.5;

% Atenção - observe que a posição q(2) foi utlizada para conter o valor de Hb,
% neste primeiro momento. Observa-se ainda que a vazão q2 foi direta-
% mente substituída pela vazão mínima 300 Lpm.

% Código para o Command Window


% fun = @sistema_1_2hid_bomba;
% q0 = [300,35,600];
% q = fsolve(fun,q0)

Na tela de comandos:

>> fun = @sistema_1_2hid_bomba;


>> q0 = [300,35,600];
>> q = fsolve(fun,q0)
q =

314.878 51.477 614.878

Resultando, especificamente, no ponto de operação mínimo da bomba necessária, qual seja


q3 = 614,9 Lpm ou 36,9 m3/h e Hb = 51,5 mca.
Resulta na escolha de uma bomba marca KSB-065-40-200 a 3500 rpm, equipada com rotor
de 175mm, apresentando a curva característica na figura 8.

9
No exemplo apreciado, vê-se claramente que H2 é o hidrante hidraulicamente mais desfavorável
(está mais distante e mais elevado em relação ao ponto “A”). Caso a escolha recaia sobre o hidrante
errado – aquele menos favorável – ao resolver o sistema de equações a vazão no hidrante mais
desfavorável trará resultado inferior àquela mínima desejada, denunciando o hidrante desejado. Basta
então refazer esta etapa.
27
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Figura 8 – Curva característica almejada (175mm) e ponto de operação mínimo

l) Modelagem da curva da bomba selecionada.

Procedendo-se o ajuste:
Código do módulo
% não esquecer do "pkg load optim" (sem as aspas) para carregar o pacote que tem
% a função leasqr()

clear;

% Salvar como módulo do Octave sob nome: " Meganorm_065_040_200_3600_175.m"

FuncaoProposta = @(x, p) p(1)*x.^2 + p(2)*x + p(3);

%% dados tomados do gráfico ou dos ensaios

q = [0;66.67;166.67;233.33;333.33;400;500;566.67;666.67;733.33;833.33;900;1000;1033.33]; %
vazões em Lpm
h = [58.2;58.2;58.2;58.1;57.5;57.2;56.1;54.8;52.8;50.6;46;42;34.1;30.7]; % Hb em [mca]
p = [-5e-5; 0.015; 50]; % aproximação inicial dos parâmetros buscados

F = FuncaoProposta; % função que se deseja ajustar


stol=1E-5; % critério de parada por precisão alcançada
niter=500; %critério de parada por número de iterações

global verbose; verbose = false; % mudar de "false" para "1" caso deseje ver
% todo o conjunto de resultados e o gráfico da
% aproximação.

[f1, p, kvg1, iter1, corp1, covp1, covr1, stdresid1, Z1, r21] =...
leasqr (q, h, p, F, stol, niter); % chamada da função que implementa o
% algoritimo de regressão não linear de
% Levenberg-Marquardt.

printf("Coeficientes do polinomio: \n\n");


printf("%12.4e\n",p);
printf("\n Coeficiente de correlacao..: %f\n",r21);

28
2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Na janela de comandos
>> pkg load optim
>> Meganorm_065_040_200_3600_175
Coeficientes do polinomio:

-4.3077e-05
2.1344e-02
5.6575e+01

Coeficiente de correlacao..: 0.982964


>>

Resultando na equação 16, característica da bomba:

Hb=−4,3077 ×10−5 ∙ q32 +2,1344 ×10−2 ∙ q 3+56,575 (16)

Portanto, a quarta equação do sistema apresentado, de tal forma que a solução de

q1 +q 2−q3 =0

{ −4 2 −5 1,852 −5
−4,18 ×10 ∙ q1 −1,5035 ×10 ∙ q1 −1,298 ×10 ∙ q3 + Hb−7,5=0
1,852

−4,18 ×10−4 ∙ q22−3,7735 ×10−5 ∙ q11,852−1,298 ×10−5 ∙ q31,852 + Hb−10,5=0


−4,3077 ×10−5 ∙ q 32+2,1344 × 10−2 ∙ q3−Hb+56,575=0

apresenta a solução final do problema proposto.

m) Solução
Como apresentado, a solução do sistema 4 x 4 acima pode ser implementada por:

Módulo sistema_2_2hid_bomba.m
function F = sistema_2_2hid_bomba(q)

F(1) = q(1) + q(2) - q(3);


F(2) = -4.1800E-4*q(1)^2 - 1.5035E-5*q(1)^1.852 - 1.2980E-5*q(3)^1.852 + q(4) -
7.5;
F(3) = -4.1800E-4*q(2)^2 - 3.7735E-5*q(2)^1.852 - 1.2980E-5*q(3)^1.852 + q(4) -
10.5;
F(4) = -4.3077E-5*q(3)^2 + 2.1344E-2*q(3) + 56.575 - q(4);

% Atenção - observe que a posição q(4) foi utlizada para conter o valor de Hb.
%

% Código para o Command Window


% fun = @sistema_2_2hid_bomba;
% q0 = [300,300,600,40];
% q = fsolve(fun,q0)

Na janela de comando:

>> fun = @sistema_2_2hid_bomba;


>> q0 = [300,300,600,40];
>> q = fsolve(fun,q0)
q =

320.470 305.742 626.212 53.049

>>

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2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Resultando em:
q1 = 320,5 Lpm
q2 = 305,7 Lpm
q3 = 626,2 Lpm = 37,6 m3/h
Hb10 = 53,0 mca

Observando-se assim que os dois hidrantes operam com vazões maiores que
as mínimas exigidas, mas não tão superiores a ponto de comprometer o custo do
mesmo.

Considerações Finais
O modelo de cálculo de rede de hidrantes apresentado contribui assim para
um melhor entendimento e previsibilidade da operação dos sistemas de hidrantes.
De forma especial, apresenta uma abordagem visível e explícita do processo
de cálculo, implementável em computador – seja no todo ou em parte – e adequada
à necessidade de produção em um escritório de projetos de prevenção contra
incêndio, ou mesmo em atividade de vistoria e análise de projetos.

Independendo de softwares comerciais, somente aqueles chamados livres,


tem baixo custo de implementação para trabalhos acadêmicos ou profissionais,
sendo assim uma opção viável para o dimensionamento de sistemas de prevenção
contra incêndio por hidrantes.

Concluir se os objetivos foram alcançados a partir da discussão do


desenvolvimento das atividades e dos resultados alcançados. Enfatizar os
resultados e o grau de transformação da situação inicial.

Referências Bibliográficas
Relacionar todas as referências citadas nas demais partes do trabalho
redigido, conforme as normas da ABNT.

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Observa-se que, devido à necessidade das variáveis estarem em vetor único, o valor de Hb, no
código, se encontra referenciado como q(4).
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2º ENCONTRO ANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

8º SIMPÓSIO DE EXTENSÃO DA UEL

Orientações Gerais:

 O Resumo Expandido deverá ter de 4 a 6 páginas, formato A4


 Fonte Arial, corpo 12;
 Margens:
 superior e esquerda: 3,0cm;
 inferior e direita: 2,0cm;
 Espaçamento:
 1,5 cm: título, autores/coautores, número do projeto, instituição, área
temática, e texto;
 simples: resumo, palavra-chave e referências bibliográficas;
 Alinhamento:
 justificado: resumo, palavra-chave, referências bibliográficas e texto;
 Parágrafo:
 1,25cm (padrão Word): texto (introdução, metodologia,
desenvolvimento e processos avaliativos, considerações finais);
 sem parágrafo: resumo, palavra-chave e bibliografia;
 Primeira página sem numeração com logo do evento no cabeçalho;
 Na primeira página, deverá constar o título do trabalho, o nome dos autores, o
nome do Coordenador, número do projeto/programa.
 No rodapé da primeira página deve constar: identificação dos
autores/coautores com nome completo, identificação de vínculo (professor,
aluno (de graduação, de pós-graduação) ou técnico-administrativo), curso;
identificação do coordenador ou supervisor do projeto/programa;
 Resumo com no máximo 300 palavras;
 Referências bibliográficas, tabelas, figuras, quadros e citações devem
observar as normas ABNT;
 Agradecer as agências de fomento por proporcionar a viabilidade do
projeto/programa de Extensão;
 O arquivo deve estar no formato .doc ou .docx, ser salvo com o nome do
autor/estudante líder e com o número do projeto/programa que o trabalho
está vinculado.

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