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Itapiranga – SC
2019
Diéle Barth Ebert
Itapiranga – SC
2019
FOLHA DE APROVAÇÃO
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida e por permitir que eu possa ter chegado até aqui com
saúde e passos firmes.
Aos meus pais, Enio e Nicete, que tanto fizeram e fazem por mim, pelo apoio,
compreensão e amor incondicional. Sem vocês, nada disso seria possível.
Ao meu orientador Professor Engenheiro Mestre Rafael Alvise Alberti, o meu maior e
sincero agradecimento. Primeiramente pela paciência e contribuição com seu conhecimento,
mas acima de tudo, por ter acreditado no meu potencial.
Por fim, a todos os que mesmo de longe sempre me apoiaram e foram minha base e
meus alicerces na construção desta jornada.
“ O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Quem busca
e vence obstáculos, no mínimo fará
coisas admiráveis. ”
José de Alencar
RESUMO
Over the years, project management techniques have become powerful tools for monitoring and
controlling key elements of business success. Companies in the construction sector are
developing and improving their design process through practices aimed at proper planning, with
the definition of goals and methods that will allow them to be achieved. Given that the project
process, as well as its proper management, is essential for the success of a project, the present
work aims to apply the PERT / CPM tool in the planning of a project of construction of a 49m²
single-family residence. This technique consists in identifying the activities and their execution,
which can be carried out in series or in parallel. It also consists in defining the estimated
duration of each activity and the relationships of precedence and dependence, aiming to identify
critical paths, where any delay in one of the activities can cause all work to be affected. In
addition, this tool makes it possible to design and execute a large-scale plan both to pre-set
deadlines for each process activity and to assist in identifying non-compliance with the times
of a given activity during the project. With the conclusion, it was possible to identify the critical
path of the planning project network, represented by 52.51 working days. Compared to the
execution of the work, it resulted in 112 working days, which was because some activities had
longer durations and others shorter than the company planned, resulting in a deficiency in the
planning and control of activities. Finally, the fact of the importance of the study by means of
the PERT / CPM tool is highlighted, because if the project is well planned with as much
information as possible and controlled, it can be observed that the application of this tool is
extremely relevant. because it allows an easy understanding of the sequencing of activities and
the determination of which activities are critical, helping in planning decisions so that the work
is performed with greater assertiveness.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6
2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 8
3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 9
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 40
ANEXO A ............................................................................................................................... 48
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 49
APÊNDICE B.......................................................................................................................... 50
APÊNDICE C ......................................................................................................................... 51
APÊNDICE D ......................................................................................................................... 51
APÊNDICE E.......................................................................................................................... 52
6
1 INTRODUÇÃO
qualidade e produtividade. Para Kovacic, Oberwinter e Müler (2013) a fragmentação das etapas
associadas a execução de um empreendimento interfere na gestão das atividades.
Neste contexto, o estudo baseia-se na análise do gerenciamento de projetos na
construção civil, para melhorar o planejamento e controle das atividades utilizando o método
PERT/CPM em obra de construção civil de pequeno porte, permitindo analisar a sequência das
atividades e identificar o caminho crítico no processo de execução.
8
2 OBJETIVOS
3 DESENVOLVIMENTO
A Engenharia de Produção (EP) pode ser considerada uma área jovem quando
comparada com outras áreas da engenharia como, por exemplo, a Engenharia Civil, que já
possui cursos regulares no Brasil há quase três séculos. No instante em que os colaboradores
começaram a importar-se não somente com a produção, mas com a maneira que a mesma era
organizada, a Engenharia de Produção começou a se introduzir no mercado, organizando
processos de integração, mecanização, medição e aprimoramento (BATISTA; SILVA, 2017).
Segundo Leme (1983), a Engenharia de Produção é muito antiga, seus primeiros
indícios foram no período da Revolução Industrial na Inglaterra. No entanto, a Engenharia de
Produção como é conhecida, iniciou-se nos Estados Unidos no período de 1882 a 1912, com o
surgimento do Scientific Management, que foi desenvolvido por um grupo de engenheiros,
sendo eles: Taylor, Frank, Gilbreth e Gantt, onde passou a ser inserido em muitas empresas por
consultores que se intitulavam Industrial Engineers, surgindo assim a Industrial Engineering.
Conforme Cunha (2002), a fortificação dos ideais da EP se deu durante o século XX por
conta das mudanças drásticas de cenário, como as grandes guerras. Desta forma, houve maior
demanda por novas técnicas e conhecimentos que viessem atender a evolução de tecnologias e
mercado existentes. Desta forma, a EP se reestrutura a cada momento com o objetivo de
melhorar a utilização de recursos, com a otimização e melhoramento de processos e sistemas.
De acordo com Oliveira e Costa (2013), há uma grande necessidade da formação de
engenheiros de produção para um mercado cada vez mais importante, isto se dá por que as
empresas buscam a cada dia processos com mais qualidade, com o objetivo de se sobressair
perante à concorrência. Assim, tornou-se cada vez mais necessária a atuação deste profissional,
principalmente ao buscar maior qualidade e produtividade, que são considerados marcos
importantes para o sucesso de uma organização.
Segundo Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), os objetivos da
EP são o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos
de bens e serviços, em que haja a interação de homens, materiais, tecnologia, informação e
energia. Além do mais, o profissional deve especificar, prever e analisar os resultados
alcançados, utilizando-se de competências específicas da matemática, física, ciências humanas
10
3.2 PROJETO
Conforme descrito por Cavalcanti (2011), para mensurar as durações das etapas é
fundamental realizar uma lista de atividades, com seu sequenciamento, dependências e o tempo
para executar cada uma delas. Andrade (2015) acrescenta ainda, que a interligação entre as
atividades, refere-se ao fato que algumas precisam ser finalizadas para que outras possam
começar.
Considerando os aspectos de custo, prazo e qualidade, o chamado “Triângulo de Ferro”,
há sucesso em um projeto quando o custo se aproxima do orçamento inicial, os prazos são
cumpridos como estabelecido no cronograma e os resultados responderem as necessidades e
expectativas das partes interessadas no projeto (BERSSANETI; CARVALHO, 2015). Esses
motivos encontram-se associados de forma que se algum deles for modificado, no mínimo um
outro aspecto será alterado (MELO, 2017).
de gerenciamento. Contudo, ainda é possível notar problemas ligados a essa prática, muitos
deles estão relacionados a um dos fatores mais imprevisíveis de todos: o tempo (MORAIS,
2012).
De acordo com o PMBOK (2013) os principais processos de gestão de tempo do projeto
são:
a) Planejamento e gerenciamento do cronograma: definir a documentação necessária para ser
utilizada no planejamento, desenvolvimento e controle do projeto;
b) Definir as atividades: identificar quais atividades serão executadas no projeto e a sua
documentação;
c) Sequenciar as atividades: ordenar e organizar o sequenciamento entre as atividades do
projeto;
d) Estimar os recursos das atividades: quantificar e orçar os tipos de materiais, recursos
humanos e equipamentos que serão fundamentais para realizar cada atividade;
e) Estimar as durações das atividades: estimar o número de período trabalhado para finalizar
as atividades com os recursos definidos;
f) Desenvolver o cronograma: analisar as atividades envolvidas com suas sequências,
durações e recursos, visando desenvolver o cronograma do projeto;
g) Controlar o cronograma: ocorre o monitoramento das atividades envolvidas no projeto, a
fim de atualizar o seu progresso e gerenciar as modificações realizadas na linha de base do
cronograma para executar conforme o planejamento.
Silva (2015) caracteriza o tempo como sendo o maior indicador que deve ser trabalhado
no processo de gestão na construção civil, pois se não for administrado de forma correta,
influenciará negativamente no desempenho total do projeto. Silva (2018) conclui que, se a
programação do tempo demonstra alguma deficiência, existe a chance de o prazo estabelecido
não ser cumprido, aumentando custos e insatisfação das partes envolvidas, comprometendo
também a qualidade dos serviços prestados.
Os dois modelos apresentam seus prós e contras, à técnica americana deixa claro qual
atividade precede de qual, mas quando necessário acrescentar uma nova tarefa, é preciso refazê-
lo por completo. Já no modelo francês a inclusão de novas atividades se torna mais fácil, porém
não é possível mostrar as interdependências das atividades (HIRSCHFELD, 1989).
Conforme Andrade (2015), no Métodos das Flechas, o círculo no início representa o
evento inicial, pois é o momento em que a atividade começa. Já no círculo posterior à seta, é
indicado o momento em que a atividade correspondente é finalizada, ou seja, o evento inicial
de uma atividade é o evento final da atividade precedente.
Lachtermacher (2009) afirma que modelos em rede simplificam a visualização das
afinidades entre os componentes do sistema, melhorando o entendimento do problema e seus
16
possíveis resultados podendo ser expressos em lead times1, a fim de representar o tempo total
gasto entre o início e o fim de um dado processo.
Duração
Atividades
Atividade Descrição Estimada
Precedentes
(semanas)
A Escavação - 2
B Fundação A 4
C Paredes B 10
D Telhado C 6
E Encanamento Exterior C 4
F Encanamento Interior E 5
G Muros D 7
H Pintura Exterior E,G 9
I Instalação Elétrica C 7
J Divisórias F,I 8
K Piso J 4
L Pintura Interior J 5
M Acabamento Exterior H 2
N Acabamento Interior K,L 6
Fonte: Nogueira (2010).
1
Lead Time: tempo entre a liberação de uma ordem e o respectivo material estar pronto para uso
(FERNANDES; GODINHO FILHO, 2016).
17
Logo após a lista de atividades ser desenvolvida, o PERT/CPM pode ser iniciado
utilizando as informações da sequência de atividades, seus predecessores imediatos e suas
durações, conforme Figura 2 (CUKIERMAN, 2009).
Segundo Tubino (2007), as atividades são sempre definidas por eventos como:
a) Atividades simultâneas: quando duas ou mais atividades iniciam em um evento só;
b) Atividades Paralelas: ocorre quando a atividade está entre dois eventos em uma única
atividade;
c) Atividade Fantasma: é uma atividade fictícia, sua função é resolver problemas. Não
consome tempo nem recurso, apenas inserida quando é realmente necessário por questão
de numeração ou lógica.
18
Conforme Andrade (2015), após ter estimado os valores nas durações das atividades é
necessário calcular as datas dos eventos iniciais e finais. O evento inicial é a data mais cedo e
o evento final é a data mais tarde, a partir delas pode-se identificar as atividades críticas e não
críticas.
O cedo de um evento é representado pelo tempo necessário para que a atividade se inicie
na data mais cedo possível, sendo concluída sem que as atividades anteriores se atrasem
(TUBINO, 2007; ANDRADE, 2015).
Na Figura 3, no evento “1” é evidenciado a data de cedo “0”, que é quando se inicia a
atividade “A e B”, logo na primeira unidade de tempo adotada. As datas de cedo são calculadas
da esquerda para a direita por toda extensão da rede (ida), quando são somadas as durações das
atividades, sendo indicadas pelo número abaixo da letra (HIRSCHFELD, 1989; TUBINO,
2009).
Andrade (2015) explica que a atividade “B” leva 2 dias para ser executada, onde o
evento 2 é o seu término. Esse valor foi obtido com a soma da data “0” do evento 1 com a
duração da atividade “B”, isto é, “0 + 2 = 2”. Portanto, a data de cedo para o evento 2, é “2”.
19
Ainda, acrescenta-se que deve-se sempre considerar o maior valor entre eles quando o evento
for precedido de duas ou mais atividades.
O tarde de um evento é representado pela data mais tarde possível para que a atividade
inicie, sem causar atraso nas atividades seguintes. Na Figura 4, o tarde das atividades é
simbolizado acima do evento e o cálculo é realizado da direita para a esquerda por toda a
extensão da rede (volta), ou seja, o tarde de cada evento é o tarde posterior menos a duração da
atividade (HIRSCHFELD, 1989; TUBINO, 2007; TUBINO, 2009; ANDRADE, 2015).
Andrade (2015) explica que, na Figura 4 a data mais tarde para o evento 4 é “7” e a
duração da atividade D é 1 dia, por isso, a data no evento 3 será de “7 – 1 = 6”, e assim
retrogradamente para as demais atividades. Quando há opção de escolha, no caso da atividade
E ter duração de 5 dias, o evento 2 é de “7 – 5 = 2”, menor do que o outro caminho seria “6 – 3
= 3”, portanto é adotado o de menor valor calculado.
O caminho crítico auxilia os gestores a controlar o tempo para que o projeto possa ser
concluído de forma eficaz. Desta forma, após a rede ser construída ocorre uma análise
detalhada, a fim de classificar as atividades em críticas e não críticas (VERGARA; TEIXEIRA;
YAMANARI, 2017).
O caminho crítico consiste na rota das atividades desde o início até o final do projeto,
que leva o maior tempo para ser concluído (Figura 5), sendo definido como o caminho da rede
em que todas as atividades apresentam folga zero, com datas de cedo e tarde iguais, ou que
20
corresponde a menor folga total dos demais caminhos (CUKIERMAN, 2009; AVILA, 2003;
VARGAS, 2009).
De acordo com Tubino (2017), Santos e Souza (2018) é muito importante para os
gestores compreender e visualizar as folgas do processo para a tomada de decisão. Devido à
existência de folgas (Figura 6) nos diagramas do PERT/CPM, algumas atividades do projeto
precisam ser priorizadas, as quais geralmente estão no caminho crítico (AVILA, 2003).
21
Conforme Andrade (2015), pelo fato das atividades terem interdependências na rede de
projetos, todas as atividades que não estão no caminho crítico apresentam folgas e cabe ao
gerenciador administra-las adequadamente. O cálculo é realizado a partir das datas de cedo e
tarde, encontrando:
a) Tempo disponível (Equação 3) para a atividade ser realizada, considerando não ter ocorrido
atrasos e nem provocar atrasos.
c) Folga dependente (Equação 5) é o atraso máximo que uma atividade pode sofrer,
considerando-se que vá se iniciar no tarde do evento inicial e terminar no tarde do evento
final. Essa folga baseia-se na diferença entre o tarde e o cedo do evento inicial.
2
𝑃−𝑂 2
σ =( ) (8)
6
𝑃−𝑂
σ=( ) (9)
6
Onde:
σ²= Variância
σ= Desvio Padrão
P= Pessimista
O= Otimista
Com a obtenção da variância dos tempos de atividade, é necessário encontrar o caminho
crítico do projeto. Após a identificação do caminho crítico, as variâncias dos tempos de
atividade devem ser somadas ao longo do caminho crítico (CHASE et al., 2006).
Posterior à descoberta dos tempos esperados e as variâncias das atividades, pode-se
assumir que o desenvolvimento do sistema percorre uma distribuição normal pelas interações
que foram efetuadas, podendo assim, efetuar o cálculo e descobrir a probabilidade de
concretizar o projeto na data pré-estipulada (HULETT, 2011). Essa probabilidade pode ser
calculada utilizando a Equação 10 (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001).
𝐷−𝑇
Z= (10)
√∑ 𝜎²𝑐𝑐
Onde:
D= Data de cumprimento esperado do projeto
25
A indústria da construção civil, quanto setor, é dos mais importantes, com alta geração
de emprego, renda e impostos, sendo responsável pela construção de toda a infraestrutura do
país. Devido a isto, sofre influências de vários fatores, inclusive de políticas econômicas
(OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2012; VIEIRA; NOGUEIRA, 2018). Para analisar o setor é comum
investigar sua contribuição para a geração de riquezas do país, estado ou cidade, por meio de
indicadores do Produto Interno Bruto (PIB) sob perspectiva de produção e demanda. A Tabela
2 demonstra a participação do setor no PIB brasileiro (FIALHO et al., 2014).
Pela óptica da produção, o PIB é a soma do valor acrescentado bruto (VAB) de cada
atividade econômica, ou seja, o valor da produção menos os consumos intermediários, mais os
impostos indiretos líquidos de subsídios à produção. Outro fato que define o PIB na construção
civil, pela óptica da demanda é a formação bruta de capital fixo (FBCF) que corresponde à
aquisição de ativos fixos duráveis, de natureza tangível ou intangível. Exemplos destes
investimentos são máquinas e equipamentos, destinados ao uso das unidades produtivas
visando o aumento da capacidade produtiva (GOMES, 2012).
A Figura 8 apresenta a participação do VAB da Construção Civil no VAB do Brasil, de
acordo com os Bancos de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC)
baseado no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018).
Como apresentado, o setor sempre alavancou a economia, entretanto, sempre foi alvo
de críticas devido ao alto índice de desperdícios e baixa produtividade. Este contraste indica a
necessidade de ações para melhorar o desempenho das construtoras (ARANTES, 2011; LEITE;
FUTAMI; VALENTINA, 2015).
Essa realidade provoca uma preocupação com orçamentos, processos, perdas e
indicadores de desempenho. Aliado a isto, o aumento da concorrência e a evolução tecnológica
têm pressionado as construtoras a avaliarem seus métodos para melhorar sua produtividade e
competitividade (ARANTES, 2010; NOROS, 2012; COSTA et al., 2014; CBIC, 2018).
27
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Aquisição do projeto
Analisar resultados
Fonte: O autor.
28
Durações (dias)
Cód. Descrição da atividade Otimistas Mais provável Pessimistas
Dependências
(O) (M) (P)
A Preparo do local 1,5 2 3 -
B Infraestrutura 3 4 5 A
C Muro 3,5 5 6 B
D Laje e vigas intermediarias 3 4 6,5 C
E Alvenaria de blocos cerâmicos 6 7 9 D
F Pilares 4 5 7 D
G Vigas de respaldo 3 4 6 E,F
H Telhado 2 3 4 G
I Esgoto 2,5 3 5 E
J Instalação hidráulica 3,5 4 5 E
K Instalação elétrica 6 8 10 H
L Revestimento externo da parede 0,4 0,5 1 H
M Revestimento interno da parede 3,5 4 5 J,K
N Pintura interna 3,5 4 5 M
O Pintura externa 3,5 4 5 L
P Forro PVC interno 2 2,5 4 M
Q Forro PVC externo 2 2,5 4 L
R Pisos 2,5 3 5 P,I
S Esquadrias 2,5 3 5 N,O,R
T Limpeza final 1 1,5 3 Q,S
Fonte: O autor.
Em posse destes dados, foram calculadas as durações médias das atividades por meio
da supracitada Equação 7.
O + 4M + P
E= (7)
6
29
Por meio dos dados das durações das atividades apresentadas na tabela 3, foi
desenvolvido o diagrama de rede PERT/CPM, com a utilização do modelo americano, por
apresentar melhor entendimento de suas atividades e precedências. A rede seguiu os passos
básicos para seu desenvolvimento, os círculos (nós) representam os eventos iniciais e finais das
atividades, sendo as mesmas demonstradas por setas, acima a letra da atividade e a abaixo a sua
duração.
Então, por meio do tempo de duração de cada atividade, foram realizados os cálculos
das datas cedo e tarde dos eventos. A data mais cedo foi calculada da esquerda para a direita
onde são somadas as durações das atividades que são indicadas pelo número abaixo da letra. Já
a data mais tarde, foi calculada da direita para a esquerda, onde o tarde de cada evento é o tarde
posterior menos a duração da atividade, identificando assim a folga de cada atividade e o
caminho crítico.
Em posse de todos os possíveis caminhos da rede PERT/CPM, foi realizado os cálculos
das possibilidades de conclusão de cada caminho, para então encontrar a possibilidade de
conclusão do projeto total, conforme a supracitada Equação 10.
𝐷−𝑇
Z= (10)
√∑ 𝜎²𝑐𝑝
Para todo caminho, a partir do valor de Z, verificou-se na tabela de distribuição normal
(Anexo A) o percentual de conclusão, tendo que a probabilidade de conclusão do projeto é o
produto dos percentuais de todos os caminhos.
Posterior a toda a análise PERT/CPM, para uma melhor visualização das dependências
e do avanço das etapas do projeto foi confeccionado o Gráfico de Gantt, para controle do
cronograma de execução.
Após foi realizado o acompanhamento das atividades, duas vezes dia, para observações
e anotações da evolução de cada atividade desenvolvida, com auxílio de uma ficha de
acompanhamento para a obtenção dos resultados (Figura 10).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
que o tempo total de execução de todas as atividades é de 77 dias úteis, caso cada atividade
fosse realizada em sequência, uma por vez, considerando uma carga horária de 8 horas/dia de
trabalho. Porém, mesmo resultando em 77 dias úteis, sabe-se que atividades podem ocorrer
simultaneamente, mesmo assim, o prazo estipulado pela empresa construtora foi de 90 dias
úteis.
De posse das dependências entre as atividades foi possível desenvolver a rede
PERT/CPM, conforme Figura 11, utilizando a representação do modelo americano
(APENDICE B). De acordo com Junior (2016), esse tipo de diagrama permite visualizar
claramente os relacionamentos entre as atividades.
Fonte: O autor.
Analisando a rede PERT/CPM, ficam evidenciados onze caminhos que precisam ser
completados para a finalização do projeto. Estes caminhos estão representados na Tabela 5,
juntamente com o tempo de conclusão total e a folga total. Uma análise mais esmiuçada
encontra-se nos apêndices C e D.
Tabela 5- Caminhos.
Com a análise da Tabela 6, o projetado para concluir a obra foi de 52,51 dias úteis pela
rede, e o esperado pela empresa para concluir a execução da obra era de 90 dias úteis. Assim,
com os dados da rede e o esperado pela empresa pode-se realizar o cálculo através da
supracitada equação 10 para verificar a probabilidade de conclusão do caminho crítico dentro
34
dos 90 dias úteis estimados pela empresa. O resultado para Z= 16,24 foi verificado na tabela de
distribuição normal o qual tem possibilidade de 100% de ser concluído dentro dos 90 dias úteis.
A rede PERT/CPM pode ser demonstrada também pelo Diagrama de Gantt, o qual
dispõem uma melhor visualização de como as atividades se comportam com suas durações ao
longo da sua execução (Quadro 1). De acordo com Leão (2019), o diagrama demonstra um
painel com as atividades que precisam ser executadas, a relação de precedência quando estas
serão iniciadas, sua duração e a previsão de término. A vista disso, facilita para que a equipe de
obra entenda quais são suas responsabilidades ao acompanhar o andamento do projeto.
Fonte: O autor.
Strohaecker (2017) ressalta ainda, que em alguns casos a execução das obras não tem o
planejamento com objetivos e metas a serem cumpridas o que dificulta seu controle, sendo
baseadas somente na vivência em obras.
35
5.1 ACOMPANHAMENTO
Por meio das fichas de acompanhamento da obra, foi possível aferir o trabalho realizado,
os dias úteis em que não houveram atividades, bem como datas de início e fim, conforme
demonstrado Tabela 7.
Observa-se que teve muitos dias úteis em que a equipe responsável pela construção da
residência unifamiliar não veio trabalhar. Alguns desses dias foram por motivo de chuvas, isto
ocorreu nas etapas da infraestrutura e muro, ressalta- se ainda que a equipe trabalha somente de
segundas a sexta-feira. Segundo Capital (2017) a jornada de trabalho na construção civil
estabelecida atualmente pela legislação é de 44 horas semanais, o que equivale a oito horas
diárias de trabalho de segunda a sexta-feira, além de quatro horas no sábado. O autor ainda
comenta que pode ser realizada uma compensação, aumentando- se o equivalente a 48 minutos
diários, de segunda a sexta-feira com folgas nos sábados. O Gráfico 1 demonstra as durações
do projetado com relação ao realizado.
Duração (dias) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
2,08
Preparo do local 1
4
Infraestrutura 17
Muro 4,92
18
Laje e vigas intermediarias 4,25
12
7,17
Alvenaria de blocos cerâmicos 7
Pilares 5,17
7
Vigas de respaldo 4,17
6
Telhado 3
5
Esgoto 3,25
1
Instalação hidráulica 4,08
1
Instalação elétrica 8
2
Revestimento externo da parede 0,57
5
4,08
Revestimento interno da parede 5
Pintura interna 4,08
5
Pintura externa 4,08
2
Forro PVC interno 2,67
1
Forro PVC externo 2,67
1
Pisos 3,25
6
3,25
Esquadrias 3
Limpeza final 1,67
1
Fonte: O autor.
37
De acordo com a rede PERT/CPM o projetado para concluir a obra foi de 52,51 dias
úteis. Entretanto, pode-se observar na Tabela 7 que algumas atividades sofreram alterações em
suas durações conforme demostrado no Gráfico 1, o que resultou em atividades que tiveram
suas durações maiores, que foi o caso da atividade B e C (infraestrutura e muro) em que houve
35 dias úteis com essas atividades iniciadas, porém sem trabalho e muitos desses dias foram
por questão de chuva. Outra etapa que teve uma duração maior foi a atividade D (laje e vigas
intermediarias), resultando em 18 dias úteis sem comparecimento da equipe de obra in loco.
Desta forma, partiu-se de um planejamento da rede de 52,51 dias úteis onde havia 100% de
possibilidade de entrega para uma obra executada e entregue em 112 dias úteis, ficando claro
que não houve um planejamento adequado na execução, o que gerou resultados negativos.
De acordo com Resende (2013), os atrasos que ocorrem na execução das atividades
trazem resultados negativos para o desempenho da obra, não só em relação ao cumprimento de
prazos para a finalização da atividade, como também para as despesas acrescidas.
Portanto é extremamente importante ter um projeto bem planejado, para que não ocorra
imprevistos na execução do empreendimento, porque durante a fase de execução, a atenção
38
passa a estar voltada para o que foi planejado, com o intuito de realizar as etapas da melhor
forma possível.
39
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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basics. International Journal of Project Management, 32: 423–434, 2014.
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1609, 2015.
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YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
48
Fonte: O autor.
50
Fonte: O autor.
51
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
52
Fonte: O autor.