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Direito Administrativo

Profª. Tatiana Marcello

www.tatianamarcello.com.br

@tatianamarcello
LEGISLAÇÃO A SER MARCADA
1 FUNÇÕES DO ESTADO E ORGANIZAÇÃO DA 9 BENS PÚBLICOS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 10 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
2 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PROPRIEDADE
3 AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO 11 INTERVENÇÃO DO ESTADO NO
ADMINISTRATIVO DOMÍNIO ECONÔMICO
4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 12 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
5 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E PRÁTICAS DE COMPLIANCE
6 ATOS ADMINISTRATIVOS 13 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
7 LICITAÇÕES E CONTRATOS Índices remissivos
8 SERVIÇOS PÚBLICOS Normais gerais
Leis processuais
Agentes Públicos - Conceitos Introdutórios

• Órgãos públicos da União, dos Estados, do


Administração Distrito Federal e dos Municípios.
Direta

• Autarquias (Ex. INSS, BACEN)


Administração • Fundações Públicas (Ex. IBGE, FUNAI)
• Empresas Públicas (Ex. CEF, Correios)
Indireta • Sociedades de Economia Mista (Ex.
BB,Petrobrás)
Agentes Públicos

• Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou


não, com ou sem remuneração.

• Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles
sujeitos que exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é
um agente público enquanto as exercita.
Agentes Públicos
Agentes
Públicos

Particulares em Agentes
Agentes Administrativos
colaboração Militares
Agentes Políticos (Servidores Estatais ou (Agentes (Estatuto/Lei
Servidores Públicos em honoríficos) Específica)
sentido amplo)

Servidores Empregados Servidores Temporários


Públicos Públicos (CF, 37, IX) (Contrato
(Estatuários) (Celetistas) prazo determinado)

cargo emprego função


público público pública
Servidores Públicos Empregados Públicos Servidores Temporários

Cargos Públicos (efetivos


Empregos Públicos Função Pública
ou em comissão)

Regime Estatutário ou Regime Celetista ou Contrato com prazo


Legal (Lei nº 8.112/90) Trabalhista (CLT) determinado

Administração Direta, Empresas Públicas e Soc.


Autarquias e Fundações de Economia Mista
Lei nº 8.112/1990
• A Lei nº 8.112/1990 é chamada de Estatuto do Servidor Público Federal e regula o
regime jurídico único dos servidores Federais (União, Autarquias e Fundações Públicas
Federais), sendo que cada ente federativo (Estados, Municípios, Distrito Federal) terá um
Estatuto próprio.
Lei nº 8.112/1990
Aplica-se: Não se aplica:
 Estados e Municípios (têm estatutos
 União (PE, PL e PJ); próprios)

 Autarquias e Fundações Públicas  Empresas Públicas e Sociedades de


(âmbito Federal). Economia Mista (CLT)
Disposições Preliminares

• Art. 2º. Servidor - pessoa legalmente investida em cargo público.

• Art. 3º. Cargo público - é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na


estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
• CF, art. 37, V - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

• CF, art. 37, II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Cargo Público

Efetivo Comissão

Concurso Público Livre nomeação e exoneração


(direção, chefia e assessoramento)

Sem
Estabilidade
estabilidade
Art. 3º, parágrafo único - Os cargos públicos são:

acessíveis a todos os brasileiros (CF: natos, naturalizados, inclusive estrangeiros, na


forma da lei – Art. 5º, § 3º as universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros);
criados por lei; (sempre, sem exceção)
com denominação própria (ex.: Técnico do Seguro Social);
vencimento pago pelos cofres públicos;
para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

• Art. 4º. É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
Art. 5º. Requisitos básicos para investidura em cargo público (posse):

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de 18 anos;

VI - aptidão física e mental.

• Obs.: pode haver outros requisitos, desde que haja Lei prevendo.
• Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e
não na inscrição para o concurso público.
• Art. 5º, § 2º. Reserva de vagas para pessoas portadoras de deficiência

• Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso


público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência
de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas
no concurso.

Súmula 377, STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso
público, às vagas reservadas aos deficientes.

Súmula 552, STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos.
PROVIMENTO
• Ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública ou a um novo cargo,
para prestação de um serviço. Formas de provimento de cargo público: PANR4

Promoção
Aproveitamento
Nomeação
Readaptação
Reversão
Reintegração
Recondução

Obs.: ascensão e transferência não existem mais (revogadas me 1997).


Súmula Vinculante 43, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinada ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
Nomeação
• Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode
ser:

• Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança, inclusive na condição


de interino (de livre nomeação e exoneração).

• Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de cargo de provimento efetivo ou de


carreira (depende de prévia aprovação em concurso público);

Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
Concurso Público

• CF, art. 37, III e Lei 8112/90 art. 11 e 12

• Será de provas ou de provas e títulos.

• Validade de até 2 anos, prorrogáveis uma única vez, por igual período.

• Lei 8112/90 Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.

• CF, art. 37, IV Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Concurso Público

Súmula Vinculante 43, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinada ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

Súmula 16, STF: Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.

Súmula 686, STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público.
Concurso Público

• STF - Tese de Repercussão Gegal RE 837311/PI - “O surgimento de novas vagas ou a


abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame
anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora
das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o
período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o
direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas
seguintes hipóteses:
1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima.”
Posse
• Art. 13. Aprovada em concurso público e nomeada, a pessoa terá
direito subjetivo à posse, que dar-se-á pela assinatura do
respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições,
direitos, deveres e responsabilidades do cargo.

• A posse deve ocorrer no prazo de 30 dias contados do da publicação do ato de provimento


(nomeação), sob pena desta se tornar sem efeito.

• A posse depende de prévia inspeção médica oficial, pois só poderá ser empossado aquele
que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
• Somente há posse no caso de provimento por nomeação.

• A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

• Importante: A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.


Exercício

• Art. 15 É o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da


função de confiança.

• O servidor deverá entrar em exercício em 15 dias contados da posse, sob pena de ser
exonerado do cargo (de ofício) ou tornado sem efeito o ato de sua designação para função
de confiança.
Estágio Probatório
• Art. 20. Segundo expresso no Estatuto, ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 meses (2
anos), sendo avaliado na RAPID

Responsabilidade
Assiduidade
Produtividade
Iniciativa
Disciplina

• A inabilitação no estágio dependerá de processo administrativo prévio (não é PAD)


• ATENÇÃO, o prazo de 2 anos é inconstitucional, já que após a EC 19/98, o prazo de estágio
probatório seria equivalente aos 3 anos da estabilidade da CF. (CF Art. 41. São estáveis após
três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público).

• O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido
ao cargo anteriormente ocupado.
Estabilidade
• CF, Art. 41. São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público +
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.
• Portanto, são requisitos para aquisição da estabilidade:
a) aprovação em concurso público;
b) nomeação para cargo público efetivo;
c) 3 anos de efetivo exercício;
d) avaliação especial de desempenho.
• A estabilidade não é absoluta, sendo que a própria CF prevê que o servidor público estável
só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho.

• Também poderá perder o cargo por despesa de pessoal acima dos limites legais (CF, art.
169, CF). A Lei complementar n. 101/200 (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece que o
limite de despesa com pessoal da União é de 50% da receita líquida, enquanto dos Estados
e Municípios é de 60%. Ultrapassados esses limites, o ente deverá tomar as seguintes
providências: a) reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e
funções de confiança; b) exoneração dos servidores não estáveis; c) se ainda assim ficar
fora dos limites legais, o servidor estável poderá perder o cargo.
NOMEAÇÃO 30 dias 15 dias
3 anos
Estágio
Concurso Nomeação Posse Exercício Estabilidade
Probatório
BANCA TCHAU
Em 30 dias, eu tomo posse
E vou dizer BANCA tchau
BANCA tchau, tchau, tchau
Em 15 dias, é o exercício
E em 3 anos sou o tal ;)
Readaptação (Art. 24)

• É a investidura do servidor (estável ou não) em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica.

• Deve ser readaptado em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível
de escolaridade e equivalência de vencimentos.

• Na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como


excedente, até a ocorrência de vaga (trabalhará ate que surja nova vaga).

• Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.


Reversão (Art. 25)
• É o retorno à atividade do servidor aposentado:

I – De ofício - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da
aposentadoria (será de ofício, independentemente de requerimento do servidor, havendo ou não
cargo vago – ato vinculado). Se não houver cargo vago, fica como excedente;

II – A pedido - no interesse da administração, desde que:


a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) seja estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago.
A Administração pode ou não aceitar o pedido de reversão (ato discricionário).
• A reversão será feita no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

• Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 anos de idade.

De Ofício Havendo ou não cargo vago – é ato


(invalidez) vinculado

Reversão - Solicitação do aposentado;


- Aposentadoria voluntária;
A pedido
- Estabilidade na atividade;
(interesse da Administração)
- Menos de 5 anos;
- Haja cargo vago;
Reintegração (Art. 28 e CF, art. 41, § 2º)

• É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de


sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.

• Se o cargo tiver sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade.

• Se o cargo encontrar-se provido, o seu eventual ocupante será a) reconduzido ao cargo de origem,
sem direito à indenização ou b) aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em c)
disponibilidade.
Recondução (Art. 29)

• É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Ocorrerá em 2


hipóteses:

• inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo


• Reintegração do anterior ocupante
Aproveitamento (art. 30)
• É o retorno à atividade de servidor em disponibilidade. Será efetivado em cargo de
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

• O servidor estável ficará em disponibilidade quando o cargo é declarado desnecessário ou


for extinto, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo. (art. 41, § 3º, CF).
Está disponível? Vou aproveitar!
• Súmula 39, STF: À falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente,
o seu aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração.
Promoção

• É o progresso do servidor, adquirindo maior responsabilidade e complexidade nas


atribuições, porém, dentro da mesma carreira.

• Os critérios para a promoção são merecimento e antiguidade.

• Ocorre apenas nos cargos que possuem planos de carreira.


Funk do Provimento
P de Promoção
A de Aproveitamento
N de Nomeação, é por aí que eu to dentro

R de Reversão, retornou o aposentado


Fez Readaptação, porque ficou bem limitado

Na Reintegração, foi demitido ilegalmente


E na Recondução, rodou no estágio, minha gente?!
Vencimento e Remuneração
• Vencimento (art. 40) - é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei (básico).

• Remuneração (art. 41) - é o vencimento básico + vantagens pecuniárias permanentes


estabelecidas em lei.

• Subsídio (CF, art. 39, § 4º) - é a parcela única recebida pelo servidor, sem o acréscimo de
qualquer outra verba remuneratória.

• Proventos - é o “pagamento” do servidor inativo (aposentado ou em disponibilidade).


Quem está na ativa recebe remuneração; quem está inativo recebe proventos.
Subsídio
• Art. 39, § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido,
em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

• Art. 39, § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em


carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

• Obs.: art. 144, § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos


órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39.
• Teto remuneratório
• XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou
não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
• Obs.: Não serão computadas, para efeito desses limites remuneratórios, as parcelas de caráter
indenizatório previstas em lei.
• STF - tese de repercussão geral (RE) 663696: “A expressão ‘procuradores’ contida na parte
final do inciso XI do artigo 37 da Constituição da República compreende os procuradores
municipais, uma vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando,
portanto, submetidos ao teto de 90,75% do subsídio mensal em espécie dos ministros do
Supremo Tribunal Federal”.
• Acumulação de cargos públicos – CF, art. 37, XVI

• É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, bem como de empregos e


funções; porém é permitida a acumulação, excepcionalmente, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto):
a) a de 2 cargos de professor;
b) a de 1 cargo de professor com 1 técnico ou científico;
c) a de 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.
Obs.: também 1 de vereador + 1 cargo, emprego ou função.

• A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Acumulação lícita:
• Tese de repercussão geral RE 602043 - “Nos casos autorizados, constitucionalmente, de
acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo 37, inciso XI, da
Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados,
afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente
público”.
Mandato eletivo – CF, art. 39

• Ao servidor da administração direta, autárquica e fundacional, investido em mandato


eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
mandato federal, estadual ou ficará afastado do cargo, emprego ou função
distrital recebendo $ do mandato.
mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela remuneração do cargo ou a do
mandato;
mandato de vereador: havendo compatibilidade de horários, perceberá a
remuneração do cargo + a do mandato (acumulará);
não havendo compatibilidade de horários, será
afastado e poderá optar pela remuneração do cargo ou a
do mandato (regra do Prefeito).
• (CF, art. 40) Aposentadoria

• Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência
(Regime Próprio de Previdência Social – RPPS) de caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

• § 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de


livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego
público, aplica-se o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja, o regime geral
aplicável aos trabalhadores da iniciativa provada regidos pela CLT.
• § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

• § 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de


aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

Tempo de
Contribuição $ Aposentadoria

Tempo de
Serviço Disponibilidade
• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, na forma da lei (integrais);
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos
de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; (Lei Complementar
152/2015)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no
serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher (§ 5º, reduzir 5 anos para professor)*;
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
Aposentadoria

• Por invalidez permanente.

• Compulsoriamente.
75 anos de idade.
• Voluntariamente (10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo efetivo que se
aposentar):

• 60 anos de idade + 35 de contribuição (Integral);


• Ou 65 anos de idade (Proporcional ao tempo de contribuição).

• 55 anos de idade + 30 de contribuição (Integral);


• Ou 60 anos de idade. (Proporcional ao tempo de contribuição).
• Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados:
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no
serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições:
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher (§ 5º, reduzir 5 anos para professor)*;

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em


relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio.
Súmula 726, STF: Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o
tempo de serviço prestado fora da sala de aula.
Penalidades
• Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.

 A aplicação de quaisquer das penalidades sempre requer prévio PAD ou sindicância.


Prazo de prescrição das penalidades
• Art. 142. Prazo que a Administração tem para aplicar a penalidade ao servidor.

• A ação disciplinar prescreverá:


I - em 5 anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II - em 2 anos, quanto à suspensão;
III - em 180 dias, quanto à advertência.

• O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

• Abertura de PAD ou Sindicância interrompe a prescrição (e voltam a fluir por inteiro após
decorridos 140 dias desde a interrupção – Súmula 635, STJ).
Prazo para cancelar o registro
• Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Advertência 3 anos
Suspensão 5 anos

• Demais penas (demissão, cassação ou destituição), não há prazo para cancelamento


porque o servidor deixará de ter pasta funcional.
Quadro comparativo:

Penalidades Prescrição Cancelamento Registro

Advertência 180 dias 3 anos

Suspensão 2 anos 5 anos

Demissão, Cassação ou 5 anos -----------


Destituição
Advertência art. 129

• Aplicada sempre por escrito;


• Prazo prescricional 180 dias;

• Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto
em lei (dentre os quais, os deveres do art. 116), regulamentação ou norma interna, que
não justifique imposição de penalidade mais grave.
Suspensão art. 130
• Prazo máximo de 90 dias de suspensão;
• Prazo prescricional 2 anos;
• Sem remuneração.

• Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições do art. 117 que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias.

• Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser


convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o
servidor obrigado a permanecer em serviço.
Demissão art. 132

• Há 3 categorias de demissão (aplicável também para destituição do cargo em comissão):

 Impede nova investidura do servidor ao serviço público federal (desvio de $);

 Impede pelo prazo de 5 anos nova investidura ao serviço público federal;

 Não impede nova investidura do servidor ao serviço público federal.


• Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública (peculato, prevaricação...);
II - abandono de cargo (falta injustificada por mais de 30 dias consecutivos);
III - inassiduidade habitual (falta injustificada por 60 dias interpoladamente em 12 meses);
IV - improbidade administrativa*;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos*;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional*;
XI - corrupção*;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
(+ Incisos IX a XVI do art. 117):
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública; (famosa carteirada) (*5 anos)
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de
cônjuge ou companheiro; (Advocacia Administrativa) (*5 anos)
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; (agiotagem)
XV - proceder de forma desidiosa;
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
Cassação da Aposentadoria ou Disponibilidade
• Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver
praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

• É a “demissão” do inativo.
Destituição de Cargo em Comissão
• Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo
será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
• Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder,
órgão, ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas


mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 dias;

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de


cargo em comissão.
PAD – Disposições Gerais
• Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa.

• Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a
identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
autenticidade.

• Súmula 611, STJ - Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância,
é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima,
em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração.

• Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito
penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.
• Art. 145. Da sindicância poderá resultar:

I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 dias;
III - instauração de processo disciplinar.

• O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por
igual período, a critério da autoridade superior.

• Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de


suspensão por mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
processo disciplinar.
Sindicância
Investigatória Contraditória

Advertência
Instauração de ou Suspensão
Arquivamento PAD
de até 30 dias
PAD – Afastamento Preventivo
• Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na
apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 dias, sem
prejuízo da remuneração.

• O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus
efeitos, ainda que não concluído o processo.
PAD – Propriamente Dito
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

II - inquérito
I - instauração, com
administrativo, que
a publicação do ato
compreende III - julgamento.
que constituir a
instrução, defesa e
comissão;
relatório;
• Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 dias, contados
da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por
igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Conclusão em até 30 dias


Sindicância (prorrogável)

Processo Conclusão em até 60 dias


Disciplinar (prorrogável)

• Súmula 592, STJ: O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo


disciplinar só causa nulidade se houver demonstração do prejuízo à defesa.
Fase I - Comissão
• Comissão: O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 servidores
estáveis designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu
presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter
nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Presidente
Fase II – Inquérito
• Compreende: Instrução, Defesa e Relatório.

• Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada


ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

• Instrução: Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de


depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de
prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
• Defesa: Art. 161, § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da
comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe
vista do processo na repartição (2 ou + indiciados, prazo comum de 20 dias).

• Relatório: Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde
resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para
formar a sua convicção.

O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

• Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade
que determinou a sua instauração, para julgamento.
Parte III – Julgamento
• Art. 167. No prazo de 20 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade
julgadora proferirá a sua decisão.

• Art. 167, § 4º. Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade


instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente
contrária à prova dos autos.

• Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas
dos autos.
Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora
poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor
de responsabilidade.

• Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será
remetido ao MP para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
PAD – Revisão do Processo
• Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
• Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

• Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a
revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

• Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.

• Art. 182, parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de
penalidade.
Hipótese Prazo
Conclusão da Sindicância 30 dias - prorrogável
Conclusão do Processo disciplinar 60 dias - prorrogável
Afastamento Preventivo Até 60 dias - prorrogável
Indiciado apresentar defesa escrita 10 dias - prorrogável
20 dias (se forem 2 ou mais indiciados)
15 dias (se citação por edital)

Julgamento do Processo Disciplinar 20 dias


Conclusão da Revisão do Processo 60 dias
Julgamento da Revisão do Processo 20 dias
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
• Constituição Federal (Art. 37 a 40) • Cotas em Concurso Público
• Servidores Públicos - âmbito federal - Lei n. 12.990/14 - Reserva aos negros 20% (vinte por
- Lei n. 8.112/90 - Estatuto dos servidores públicos cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos no
federais âmbito da administração pública federal, das autarquias,
das fundações públicas, das empresas públicas e das
• Empregados Públicos
sociedades de economia mista controladas pela União.
- Lei n. 9.962-2000 - Disciplina o regime de emprego
público do pessoal da Administração federal direta, • Processo Administrativo federal
autárquica e fundacional - Lei n. 9.784/99 - Processo administrativo federal
- Súmula Vinculante nº 5 – Dispensa Defesa Técnica em - Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Processo Administrativo Disciplinar (LINDB)
• Contratação temporária por excepcional interesse
público
- Lei 8.745/93 - Dispõe sobre a contratação por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula Vinculante 4, STF: Salvo nos casos previstos na constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído
por decisão judicial.

Súmula Vinculante 5, STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a constituição.

Súmula Vinculante 13, STF: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica,
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula Vinculante 15, STF: O cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre
o abono utilizado para se atingir o salário mínimo.

Súmula Vinculante 16, STF: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao
total da remuneração percebida pelo servidor público.

Súmula Vinculante 20, STF: A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa – GDATA,


instituída pela Lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e
sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafo único,
da Lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a
que se refere o artigo 1º da Medida Provisória no 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta)
pontos.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula Vinculante 21, STF: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou
bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula Vinculante 33 STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da
previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal,
até a edição de lei complementar específica.

Súmula Vinculante 34, STF: A Gratificação de Desempenho de Atividade de Seguridade Social e do Trabalho –
GDASST, instituída pela Lei 10.483/2002, deve ser estendida aos inativos no valor correspondente a 60
(sessenta) pontos, desde o advento da Medida Provisória 198/2004, convertida na Lei 10.971/2004, quando
tais inativos façam jus à paridade constitucional (EC 20/1998, 41/2003 e 47/2005).
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula Vinculante 37, STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.

Súmula Vinculante 42, STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais
ou municipais a índices federais de correção monetária.

Súmula Vinculante 51, STF: O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/1993 e
8.627/1993, estende-se aos servidores civis do Poder Executivo, observadas as eventuais compensações
decorrentes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas legais.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal
Súmula Vinculante 55, STF: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.

Súmula 6, STF: A revogação ou anulação, pelo poder executivo, de aposentadoria, ou qualquer outro ato
aprovado pelo tribunal de contas, não produz efeitos antes de aprovada por aquele tribunal, ressalvada a
competência revisora do judiciário.

Súmula 11, STF: A vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o funcionário em disponibilidade, com
todos os vencimentos. (SUPERADA pelo art. 41, §3°, da CF/88)

Súmula 18, STF: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição
administrativa do servidor público.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula 19, STF: É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que se
fundou a primeira.

Súmula 21, STF: Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou
sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

Súmula 22, STF: O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.

Súmula 25, STF: A nomeação a termo não impede a livre demissão pelo presidente da república, de ocupante
de cargo dirigente de autarquia.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula 36, STF: Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade.

Súmula 39, STF: À falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente, o seu
aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração.

Súmula 47, STF: Reitor de universidade não é livremente demissível pelo presidente da república durante o
prazo de sua investidura.

Súmula 359, STF: Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente
ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula 567, STF: A Constituição ao assegurar, no parágrafo 3º do art. 102, a contagem integral do tempo de
serviço público federal, estadual ou municipal para o efeito de aposentadoria e disponibilidade não proíbe a
União, aos Estados e aos Municípios mandarem contar, mediante lei, para efeito diverso, tempo de serviço
prestado a outra pessoa de direito público interno.

Súmula 680, STF: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.

Súmula 681, STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou


municipais a índices federais de correção monetária.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Servidores Públicos - âmbito federal

Súmula 682, STF: Não ofende a constituição a correção monetária no pagamento com atraso dos vencimentos
de servidores públicos.

Súmula 726, STF: Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço
prestado fora da sala de aula.

Súmula 120, STJ: O oficial de farmácia, inscrito no conselho regional de farmácia, pode ser responsável técnico
por drogaria.

Súmula 378, STJ: Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Empregados Públicos

Súmula 20, STF: É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de funcionário
admitido por concurso.

Súmula 466, STJ: O titular da conta vinculada ao FGTS tem o direito de sacar o saldo respectivo quando
declarado nulo seu contrato de trabalho por ausência de prévia aprovação em concurso público.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Concurso Público

Súmula Vinculante 43, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinada ao seu provimento, em cargo que não integra
a carreira na qual anteriormente investido.

Súmula Vinculante 44, STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.

Súmula 15, STF: Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação,
quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Concurso Público

Súmula 16, STF: Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.

Súmula 17, STF: A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse.

Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX,
da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido

Súmula 684, STF: É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Concurso Público

Súmula 685, STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido.

Súmula 686, STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Súmula 266, STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na
inscrição para o concurso público.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Concurso Público

Súmula 377, STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas
reservadas aos deficientes.

Súmula 552, STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de
disputar as vagas reservadas em concursos públicos.
AGENTES PÚBLICOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO
 Processo Administrativo federal
Súmula 373, STJ: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula 591, STJ: É permitida a prova emprestada no processo administrativo disciplinar, desde que
devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e ampla defesa.

Súmula 592, STJ: O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade
se houver demonstração do prejuízo à defesa.

Súmula 611, STJ: Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida
a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever
de autotutela imposto à Administração.

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