Tecnologia educacional e novas ferramentas de ensino-aprendizagem: sujeito
autônomo e conhecimento.
Paulo Menezes de Freitas
Historicamente a escola tratou o currículo como algo isolado e imutável,
desprovido de significações mais profundas e desarticulado da realidade da comunidade na qual a escola se insere. O currículo escolar produzido com base nas teorias pedagógicas tradicionais concebe o conhecimento na perspectiva de uma seriação dos conteúdos escolares, de forma individualista e acrítica, em que cada disciplina é estruturada de acordo com os pré-requisitos estabelecidos para cada etapa da aprendizagem e das exigências e normas da instituição de ensino . Buscando superar essa perspectiva tradicional o uso das ferramentas aplicação tecnológicas no âmbito educacional buscando um processo constante de aprendizagem tem como proposta metodológica o denominado ensino hibrido. Na prática esse método rompe com o modelo tradicional para o estudo de uma determinada conhecimento escolar ou matéria especifica, visto que tem como proposta uma nova relação de ensino- aprendizanem levando o aluno a uma maior interação e ao mesmo tempo mais liberdade através do uso das tecnológicas educacionais, as quais são ferramentas que promovem uma interação entre sujeito e conhecimento mais autônoma. O currículo escolar na sociedade atual nessa perspectiva não pode ser, portanto, como propõe a pedagogia tradicional colocado de forma a exigir aprendizagem de igual maneira aos alunos, sem levar em consideração suas diferenças no processo de aprendizagem. Nesse sentido, o currículo nessa perspectiva hibrida de ensino deixa de ser caracterizado pela forma padronizada de se trabalhar os conteúdos, e nessa nova era da tecnologia, o currículo escolar se forma a partir das necessidades de comunidade escolar, do coletivo e de cada aluno, assim como das experiências que surgem nos projetos pedagógicos desenvolvidos em todo processo educacional. O uso das tecnologias da informação e comunicação como mediadora da aprendizagem é de fundamental importância para os alunos, nesse processo de educação permanente, porque além de ser uma nova forma de aprendizagem dá ao aluno maior autonomia no processo de aquisição e produção do conhecimento. Partindo de uma perspectiva construtivista-interacionista, as ferramentas tecnológicas quando utilizadas na educação devem servir como um instrumento de aprendizagem significativa, onde o aluno atua e participa do seu processo (individual ou coletivo) da construção de conhecimentos de forma ativa, interagindo com este instrumento e com seus pares. A tecnologia quando aliada a educação torna-se um fator fundamental para o processo de aprendizagem. As tecnologias da informação e comunicação já ocupam as diversas atividades do homem na sociedade atual, em função dos avanços na ciência e nos conhecimentos. Este fato exige que a escola esteja atenta aos acontecimentos, e possibilite a sua integração aos diferentes espaços de produção do saber, buscando se apropriar adequadamente da modernização tecnológica e promovendo a educação permanente por meio dessas ferramentas na formação de sujeitos críticos, autônomos e capazes de transformar a realidade social em que está inserido.