Você está na página 1de 37

EDUCAÇÃO INFANTIL

ANALICE OLIVEIRA FRAGOSO

UNIDADE 03
INTRODUÇÃO
Figura 1: Relações sociais na Educação Infantil

Neste tópico, vamos estudar como o


afeto interfere nas relações sociais das
crianças e, a partir daí, aprender como
elaborar o plano didático para Educação
Infantil e as suas respectivas avaliações.

Fonte: Pixabay
OBJETIVOS
A seguir, você verá os quatro objetivos que serão
abordados nesta unidade:
1. Compreender a importância da afetividade na
infância.
2. Entender como a interação social contribui
para o desenvolvimento integral das crianças
na primeira infância.
3. Conhecer os aspectos didáticos pedagógicos
voltados para a infância.
4. Aprender o processo de avaliação na
Educação Infantil.
AFETIVIDADE
Figura 2: Afetividade

Afetividade pode ser definida


como uma condição psicológica
do ser humano, envolvendo as
vontades verdadeiras sentidas
associadas às emoções que
influenciam as relações sociais.

Fonte: Pixabay
DEFINIÇÃO

A afetividade é um aspecto muito importante para o


desenvolvimento cognitivo e para a aprendizagem, considerando
que estão interligados no sujeito e nas suas relações com o
mundo, em sua forma de pensar e agir, de se expressar e
relacionar-se com o seu ambiente.
Os estímulos afetivos e cognitivos auxiliam na percepção do
desenvolvimento emocional e social na primeira infância.

Figura 3: Desenvolvimento emocional e social

Fonte: Pixabay
Figura 4: Desenvolvimento emocional e social

Afeto

A afetividade integra o afeto, a


AFETIVIDADE Emoção
emoção e o sentimento.

Sentimento

Fonte: Elaborado pela autora.


Figura 5: Afeto

O afeto pode ser causado por


estímulos externos, bem como
pode manifestar no interior do
indivíduo. A transmissão do afeto
pode ser por palavras, gestos e
atitudes.

Fonte: Pixabay
Figura 6: Emoções

As emoções são caracterizadas


pelas expressões afetivas vindas
de comportamentos após uma
situação surpresa ou um
acontecimento já esperado.

Fonte: Pixabay
• Os sentimentos são menos explosivos e podem durar mais, pois
não estão ligados às reações orgânicas.
• Podemos pensar na paixão como uma emoção e na amizade
como um sentimento vindo do afeto básico, o amor.
WALLON

Wallon

A afetividade é um aspecto importante


para a construção do ser humano e do
conhecimento. Junto com a afetividade, a
ação motora e cognitiva influencia esse
processo.

Fonte: Wikimedia Commons


VYGOTSKY

Lev Vygotsky

A influência ambiental se forma a partir das relações


de convívio social da criança com as pessoas à sua
volta e, por meio dessas relações, ocorre o processo
de internalização, ou seja, por intermédio dos
instrumentos gestuais e o afeto formado por meio
das emoções e dos sentimentos.
Fonte: Wikimedia Commons
PIAGET

Jean Piaget
Aos 2 anos, a criança passa a desenvolver afetos de
forma intencional, por meio de imitações,
influenciando sua memória e linguagem.
De 2 anos até 7 anos as crianças já são capazes de
recordar e representar seus sentimentos e o afeto
caracteriza-se de forma intuitiva, ou seja, a criança
passa a ter sensações de afinidades ou não pelo
outro.
Fonte: Wikimedia Commons
• Como o afeto influencia a aprendizagem na
primeira infância?
• A única função da escola é atuar somente no
cognitivo?
A afetividade deveria ser desenvolvida no
aluno, pois pode oferecer mudanças de
ações para gerar atitudes alegres e
positivas no momento da aprendizagem.

Fonte: Pixabay
Porém, o aluno precisa de aberturas do professor para desenvolver
essa relação de afeto, não só com ele, mas também com seus colegas e
com o conteúdo das aulas, criando momentos favoráveis durante as
aulas, como jogos para expressão e reconhecimento de sentimentos.
Fonte: Pixabay

Disciplina: esse é um caminho para estabelecer as regras de convivência em sala de aula e os horários por meio do
diálogo e da afetividade, pois os alunos precisam estar envolvidos e comprometidos para entenderem desde cedo
que o processo de aprendizagem também requer cuidados para se concretizar.
Figura 10: Professora

O professor, ao compreender a afetividade como


algo fundamental para sua atuação, passa a
perceber que a criança com base nesse afeto
desenvolve sua autonomia e amplia suas relações
com o meio. É nesse momento que o professor
atua como mediador, contribuindo para todos os
aspectos emocionais, cognitivos e sociais.

Fonte: Pixabay
A criança ao entrar na escola
percorre um caminho, no qual
acumula e constrói experiências
fundamentais para a sua
formação intelectual, social e
afetiva.

Fonte: Pixabay
Figura 11: Educação Infantil

A Educação Infantil objetiva o


desenvolvimento integral da criança e,
por isso, o planejamento das atividades
deve ser pensado a partir das relações
que a criança estabelece com o meio.

Fonte: Pixabay
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
PARA EDUCAÇÃO INFANTIL (RCNEI)

O RCNEI foi criado para atender as determinações da LDB:


Art. 29. A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis
anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade.
OS SEIS EIXOS DO RCNEI
• Movimento

• Música

• Artes

• Linguagem oral e escrita

• Natureza e sociedade
• Matemática
OS SEIS EIXOS DO RCNEI

O objetivo de trabalhar cada um desses eixos na Educação Infantil não é


antecipar conteúdos escolares, mas sim permitir o desenvolvimento
integral das crianças através de atividades que lhes permitam conhecer
seu próprio corpo; explorar o meio pela sua curiosidade natural e ganhar
confiança em suas ações e movimentos; poder expressar honestamente
seus sentimentos, desejos e emoções, utilizando as diferentes linguagens.
OS SEIS EIXOS DO RCNEI

Dentro das orientações contidas no RCNEI também está a


importância de estabelecer uma rotina para organizar a
didática do trabalho.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Figura 12: Sequência didática

Essa estrutura didática pode ser dividida em três


modalidades de organização:

• Atividades permanentes

• Sequência de atividades

• Projeto de trabalho

Fonte: Pixabay
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
(BNCC)

A Base Nacional Comum Curricular


tem como objetivo traçar
percursos de aprendizagem e
desenvolvimento dos estudantes
da educação básica.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
(BNCC)

De acordo com a BNCC, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento devem ser


garantidos a todas as crianças, para que elas possam aprender e se desenvolver.

Figura 13: Direitos de aprendizagem e desenvolvimento

Direitos de aprendizagem e desenvolvimento

Conviver Brincar Participar Explorar Expressar Conhecer-se

Fonte: BRASIL (2018)


O BRINCAR E A DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Figura 14: Didática pedagógica

O brincar é a principal atividade da infância,


pois responde a necessidade de meninos e
meninas de olhar, tocar, satisfazer a
curiosidade, experimentar, descobrir, expressar,
comunicar e sonhar. Ou seja, o brincar se torna
uma necessidade de descobrir, conhecer,
dominar e amar o mundo.

Fonte: Pixabay
O BRINCAR NA VISÃO DE PIAGET

Figura 15: Fases do desenvolvimento cognitivo


FASES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

O brincar deve ser uma ação livre e IDADE ESTÁGIO DESCRIÇÃO

Ocorre o desenvolvimento de uma ação reflexa e


espontânea, partindo do próprio interesse da Nascimento instintiva para uma função simbólica. Neste período, a
Sensório-motor
até os 2 anos criança constrói e percebe o mundo pela coordenação
criança. A partir da brincadeira, a criança de experiências sensoriais e ações físicas.

assimila determinadas informações de acordo Dos 2 anos aos


A criança começa a representar o mundo com suas
próprias palavras e imagens, demonstrando o
Pré-operatório
7 anos desenvolvimento da capacidade simbólica e indo além
com o seu estágio de desenvolvimento e se das pistas fornecidas pelas ligações sensoriais e físicas.

desenvolve de forma integral. Dos 7 anos aos Operatório


A criança apresenta um pensamento lógico a respeito
dos acontecimentos concretos e consegue classificar
11 anos concreto
objetos em diferentes categorias.
Dos 11 anos O adolescente manifesta um pensamento mais lógico,
Operatório formal
aos 15 anos mais abstrato e mais idealístico.
Fonte: Elaborado pela autora.
O BRINCAR NA VISÃO DE VYGOTSKY
Figura 16: Brincar

O brincar reproduz o discurso externo e


o internaliza, construindo seu próprio
pensamento e tem grande influência no
desenvolvimento da criança.

Fonte: Pixabay
O BRINCAR E A CULTURA
Figura 17: Brincadeira e cultura

Além disso, tem grande relação com a cultura,


pois transmite características próprias por meio
das gerações que se sucedem e, com isso, tornam
a brincadeira uma manifestação cultural presente
diariamente no cotidiano das crianças.

Fonte: Pixabay
O BRINCAR
Figura 18: Desenvolvimento infantil

O brincar, além de proporcionar o desenvolvimento


integral das crianças, proporciona o contato com um
aprendizado gradativo em todas as áreas do
desenvolvimento.

Fonte: Pixabay
PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

A avaliação na Educação Infantil


deve ter como objetivo verificar se a
didática trabalhada em sala de aula
está ou não surtindo resultados.

Fonte: Flaticon
PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA BNCC

A BNCC abrange todos os aspectos necessários que


precisam ser avaliados nessa etapa de ensino e, para isso,
ela traz os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
organizados em três grupos por faixa etária. Além disso,
estabelece cinco campos de experiências.
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA BNCC
Figura 19: Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento

A partir desses campos de


experiência, são definidos os
objetivos de aprendizagem
para cada faixa etária.

Fonte: BRASIL (2018)


PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA BNCC
Figura 20: Avaliação na Educação Infantil

A avaliação na Educação Infantil deve ser


contínua, através de observação e registros, bem
como por meio das atividades propostas. É o
professor quem define o que será avaliado.

Fonte: Pixabay
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L. T. G. Afetividade na Educação Infantil. 61 f. Monografia (Licenciatura em pedagogia). Faculdade de Educação
da Universidade de Brasília. Brasília, BR, 2014.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação. Fundamental Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil. Brasília: ME; SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf.
Acesso em: 15 mar. 2021.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2018. Disponível em:


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 15 mar. 2021.

FROZZA, I. Aprendizagem e Afetividade: um encontro de sucesso na escola. 110 f. Dissertação (Programa de Mestrado
em Educação) - Universidade do Oeste de Santa Catarina, Santa Catarina, SC, 2007.

KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. Editora Cortez: São Paulo, 2008.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na educação infantil. Revista Interacções, n. 32, p. 191-201, 2014.

MARÍN, I.; PENÓN, S. Que brinquedo escolher? Revista Pátio Educação Infantil, ano I, n. 3, p. 29-31, 2004.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

Você também pode gostar