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ALIENAÇÃO - MORENO

As religiões pregam que os sofrimentos do homem, a exploração do ser


humano por outro ser humano, existem porque o homem é homem e só poderão
deixar de existir quando este morrer. Por isso falam da salvação do homem “post
morten”, no além. O marxismo, pelo contrário, afirma que o sofrimento humano
e a exploração do ser humano existem porque o homem não é plenamente
homem, porque se alienou, e só deixarão de existir quando o homem se tornar
plenamente homem e se desalienar. Por isso o marxismo fala não de salvações no
além, mas sim do resgate do homem, do reencontro do homem com suas novas
qualidades.
Utilizamos a palavra alienação e desalienação. Estas duas palavras sintetizam
os conceitos fundamentais do marxismo. O conceito de alienação e de luta pela
desalienação são a essência, o coração do pensamento marxista.
Alienação quer dizer que o homem está dominado por coisas que ele mesmo
criou. Alienação quer dizer que o homem projetou partes de si mesmo, que partes
de si mesmo se transformaram em coisas, e que essas coisas dominam o homem
7
. Desalienação quer dizer que o homem põe sob seu controle essas coisas que o
oprimem e que são partes de si mesmo, produtos de seu trabalho. Desalienação
quer dizer que, ao dominar essas partes de si mesmo que se converteram em
coisas que hoje o oprimem, o homem se reencontra consigo mesmo, resgata a si
próprio.
Como se produz a alienação do homem?
Desde que o homem existe, está ligado a três realidades que se vinculam
intensamente entre si; elas são: o trabalho, a produção de novas necessidades e a
família.
O trabalho é a soma de todos os esforços, antes de tudo práticos, e depois,
também teóricos, que o homem tem que realizar para poder sustentar sua vida em
geral. A produção de novas necessidades é produto do trabalho realizado para
satisfazer as necessidades primárias, porque para satisfazer uma necessidade o
homem cria um instrumento, e este por sua vez origina uma nova necessidade, e
assim por diante.
Todavia, os homens não só trabalham para satisfazer suas necessidades
elementares, não só criam novas necessidades, mas também fazem outros
homens, isto é, se reproduzem, entra-se assim na relação entre homem e mulher,
pais e filhos, ou seja, na família.
Pois bem, nestas três realidades - trabalho, produção de necessidades novas e
produção de homens, isto é família - estão dados todos os elementos que
originam a alienação do homem ao longo da história até nossos dias.
Pelo trabalho nascem objetos que possuem uma espécie de existência
independente a respeito de seu criador, que é o homem. Nas sociedades
primitivas, onde o produtor consome seus próprios produtos, a independência do
objeto se esgota rapidamente, no momento em que seu criador os consome. Mas
quando começou a produção de mercadorias, sobretudo na sociedade capitalista,
os objetos, convertidos em mercadorias, escapam ao controle do produtor - que já
não os consome - adquirem independência e dominam o homem através da lei do
valor, do dinheiro, do preço e demais categorias e leis econômicas.
Por outro lado, tanto a produção de objetos como a produção de outros
homens só podem ser feitas pela cooperação de indivíduos distintos. Desta
cooperação surge uma rede de relações sociais e de instituições que vão
aumentando em extensão e complexidade e terminam por dominar ao homem,
dando-lhe a aparência de serem coisas naturais, tão distantes de seu controle
como os astros ou os outros planetas.
No que diz respeito à produção de outros homens, existe uma situação que
cada vez se desenvolve mais, à medida que aumenta o domínio da humanidade
sobre a natureza. Trata-se da divisão do trabalho. Homem e mulher têm distintas
funções no trabalho da reprodução, e esta é a primeira divisão de trabalho
conhecida pelo homem. Mas depois surgem novas divisões. Surge a tremenda
divisão entre o trabalho manual e o trabalho intelectual. E surge a possibilidade -
e logo a realidade - de que uma parte da humanidade se converta em beneficiária
do trabalho da outra parte. Surge a possibilidade para alguns homens de
apropriar-se do produto do trabalho alheio.
E com a divisão do trabalho começa o desenvolvimento unilateral do homem.
Desde o começo da divisão do trabalho cada um tem uma função determinada e
exclusiva que lhe é imposta e da qual não se pode sair. O homem já não é mais
primordialmente homem: é antes de tudo operário, ou camponês, ou burguês, ou
artesão, e tem que continuar sendo assim se não quiser perder o seu meio de
subsistência.
A divisão do trabalho, o trabalho produtivo e a produção de novas
necessidades se desenvolvem através da história. E com eles crescem os objetos
produzidos pelo homem mas que o homem não domina; crescem as instituições
criadas pelo homem, mas que o homem não domina. O homem se aliena no que
diz respeito às suas obras, às coisas que ele criou, isto é, estas lhe parecem como
objetos estranhos regidos por leis próprias que são impostas mesmo contra sua
vontade. E, finalmente, ao se dividir a sociedade em classes, o homem se aliena
de si mesmo e se produz a alienação entre o homem e o homem. Isto é, assim
como os produtos de seu trabalho lhe dão "coisas" cujo controle lhe escapa, o
homem começa a utilizar a outro homem como um meio ou um instrumento,
como uma coisa para a satisfação de suas próprias necessidades.
O homem se converte em coisa, em mercadoria que outros homens compram
para seus fins. E tudo o que o homem trabalhador produz já não só lhe parece
como uma coisa estranha que ele não domina. Agora esse produto de seu trabalho
se converte em um poder estranho, no poder de outra classe, de outros homens
que se encontram sobre ele.
E, desde então, ao ficar alienado, o homem torna alienado seu trabalho. Já não
só os produtos de seu trabalho parecem, ante o homem, coisas e poderes
estranhos. Agora é seu próprio trabalho o que lhe parece estranho, externo. O
homem já não trabalha porque trabalhar é a essência humana e somente no
trabalho ele se realiza. Agora o homem alienado trabalha para viver. Isto é, o
trabalho já não é a condição e o pressuposto superior de vida, mas simplesmente
um meio, um instrumento, não para realizar a vida, mas para poder satisfazer as
mais importantes necessidades biológicas.
Este é o panorama geral num passar de olhos - do que o marxismo chama a
alienação do homem, e que podemos resumir em uns poucos pontos. A alienação
se revela em:
- Os produtos do trabalho do homem têm existência independente; o mundo
das coisas criadas pelo homem se move independentemente da vontade humana;
- As relações sociais entre os homens aparecem como coisas que escapam
também ao controle do homem e parecem ser regidas por leis próprias, quase
"naturais";
- O homem já não existe como homem, mas sim como homem parcial: como
trabalhador ou lojista, como intelectual ou pedreiro, como parte de homem, nunca
como totalidade humana;
- O próprio homem se converte em coisa, em instrumento que outros homens
utilizam para seus próprios fins;
- E por fim ... o próprio trabalho se separa do homem e se converte em coisa.
Já não é a realização da capacidade criadora do homem, mas uma coisa, um
instrumento para satisfazer suas necessidades.
E em que consiste a alienação do trabalho?

Segundo Marx, consiste “primeiro, em que o trabalho é algo externo ao trabalhador,


isto é, não forma parte de sua essência, e, portanto, o trabalhador não se afirma em seu
trabalho, mas se nega; não se sente à vontade, mas desgostoso, não desenvolve suas
livres energias físicas e espirituais, mas mortifica seu corpo e destrói seu espírito. Por
isso o trabalhador somente se sente em si fora do trabalho; enquanto no trabalho se sente
fora de si. Recobra sua personalidade quando não trabalha; e se trabalha não é ele.
Portanto, seu trabalho não é voluntário, mas obrigado; seu trabalho é um trabalho
forçado. Por isso não representa para ele a satisfação de uma necessidade, mas tão
somente um meio de satisfazer necessidades estranhas a ele. O caráter estranho de seu
trabalho se evidencia claramente no fato que tão logo cessa a coação física ou qualquer
outra que o obriga a trabalhar, o trabalhador foge de seu trabalho como da peste. O
trabalho externo, o trabalho em que o homem se aliena, é um trabalho de auto-sacrifício,
de mortificação ... É evidente que o trabalho produz maravilhas para os ricos, mas para
os trabalhadores produz privações e penúria ... Substitui o trabalho por máquinas, mas
joga novamente uma parte dos trabalhadores a um trabalho próprio de bárbaros e
transforma a outra parte deles em máquinas. Produz coisas do espírito, mas estupidez e
cretinismo para os trabalhadores.” i

Isto disse Marx em 1844. Pois bem, em nossos dias os melhores sociólogos norte-
americanos estão, por via empírica, chegando às mesmas conclusões e redescobrem o
problema da alienação do homem.
Propondo-se chegar às massas mais atrasadas, e precisamente para poder
chegar a estas massas, o marxismo se simplificou, se vulgarizou. Pagou um preço
tremendo, pois se desnaturalizou e perdeu sua riqueza, chegou a ser confundido
com uma simples interpretação econômica da história, ou com um simples
programa de melhorias para a classe trabalhadora. A isto foi reduzido.
E então, os aparatos burocráticos que se erigiram sobre a classe operária e que
adotaram o marxismo como um instrumento para a justificação de sua política,
ajudaram com todo seu poderio material a manter as noções vulgares do
marxismo e a ocultar a essência do marxismo, isto é, a luta contra a alienação, a
luta para desalienar o homem. Claro, os aparatos burocráticos têm que ocultar
isso, porque equivale à sua própria liquidação. Se o marxismo fosse só lutar por
melhorias econômicas, ou pela reorganização da economia, os aparatos
burocráticos não correriam nenhum perigo, e até poderiam apresentar-se como
camadas executoras do marxismo. Mas se o marxismo é - e efetivamente o é - a
luta permanente contra a alienação, isto é, contra todas as potências materiais e
místicas que oprimem o homem, então os aparatos burocráticos estão
absolutamente condenados e não há convivência possível entre eles e o
marxismo.
Explica-se, assim, que no chamado "Dicionário Filosófico Marxista"
(Rosental, N. e Ludin, P., 23ª ed., 1940), o conceito de alienação não apareça de
nenhuma forma, nem explícita ou implicitamente, nem direta ou indiretamente.

Em um texto de 1843, Marx se refere à classe operária como “a classe que ...
organiza todas as condições de existência a partir da hipótese da liberdade
social.”ii. Lefebvre retomou esta citação esquecida e afirma com profunda razão
que "o marxismo nasce de uma aspiração fundamental para a liberdade, de uma
exigência impaciente, do desejo de um florescimento".

Em um texto de 1843, Marx escreveu que "a liberdade é a essência do


homem". Lefebvre retomou esta citação esquecida e afirma com profunda razão
que "o marxismo nasce de uma aspiração fundamental para a liberdade, de uma
exigência impaciente, do desejo de um florescimento".

Um crítico stalinista o reprova, dizendo que com isto Lefrebve quer


fundamentar o marxismo “não sobre um materialismo e a ciência, mas sobre
uma exigência moral ...”. Na realidade, o conceito de desalienação, de liberdade
do homem, é a essência do marxismo, tendo Lefebvre razão.
Em 1857, para preparar O Capital, Marx escreve um trabalho sobre economia
política que foi publicado em Moscou em 1939, conhecido como Grundisse.
Nesse trabalho, Marx disse que até então a história registrara dois tipos de formas
sociais: a primeira definida por relações pessoais de dependência; a segunda,
como o capitalismo, na qual existe a independência pessoal fundada na
dependência material. A próxima etapa, o socialismo, será aquela, segundo Marx,
na qual existirá “a individualidade livre, baseada no desenvolvimento universal
dos indivíduos e na subordinação de sua produtividade social coletiva como sua
riqueza social.”iii. Desta forma, a missão da sociedade socialista é inaugurar o
reino da individualidade humana livre sobre a terra.

“O reflexo religioso do mundo real - disse Marx - só pode desaparecer, quando as


condições práticas das atividades cotidianas do homem representem, normalmente,
relações racionais claras entre os homens e entre estes e a natureza. A estrutura do
processo vital da sociedade, isto é, do processo da produção material, só pode
desprender-se de seu véu nebuloso e místico, no dia em que for obra de homens
livremente associados, submetida a seu controle consciente e planejado” iv.

Observe-se: homens livremente associados. Por sua vez, Engels afirma no


Anti-Dühring:

“Cessa a luta pela existência individual. Então, pela primeira vez o homem, em certo
sentido, distingue-se do resto do reino animal e emerge das meras condições animais da
existência para condições realmente humanas. A totalidade das condições de vida que
cercam o homem e têm até agora dominado-o, colocam-se a partir desse instante sob o
domínio e controle do homem, que se transforma pela primeira vez em senhor consciente
e efetivo da natureza porque ele agora se torna o mestre de sua própria organização
social. As leis de sua própria ação social, que até agora se alçavam frente ao homem
como leis da natureza estranhas e que o dominavam, serão então aplicadas com pleno
conhecimento de causa e portanto controladas por ele. A própria organização social do
homem, até aqui confrontando-o como uma necessidade imposta pela natureza e pela
história, agora é o resultado de sua própria ação consciente. As estranhas forças objetivas
que vinham imperando na história passam ao controle do próprio homem. Somente a
partir de então, poderá o homem, com plena consciência, fazer sua própria história... A
humanidade salta do reino da necessidade ao reino da liberdade.” v

“Em lugar do governo sobre pessoas surge a administração de coisas e a direção dos
processos de produção.” vi

E Lênin diz que:

“Mas, aspirando ao socialismo, estamos convencidos de que ele se transformará em


comunismo e, em ligação com isto, desaparecerá toda necessidade de violência sobre os
homens em geral, da subordinação de um homem a outro, de uma parte da população a
outra parte dela...” vii

“Só na sociedade comunista, quando a resistência dos capitalistas estiver


definitivamente quebrada, quando os capitalistas tiverem desaparecido, quando não
houver classes – só então <<o estado desaparece se pode falar de liberdade>>...” viii

Como se vê, os clássicos marxistas insistem decisivamente que a liberdade do


homem é a aspiração fundamental do marxismo.
O marxismo quer homens plenamente humanos, homens livres de coisas e
fetiches opressores. Melhorar o nível de vida é um passo absolutamente
necessário, e o primeiro passo em direção a esta liberação do homem, mas só o
primeiro passo.
O marxismo compreende que a produção da vida material e a satisfação das
necessidades é uma atividade natural e indispensável. O comer, o beber e o
procriar são funções autenticamente humanas. Mas, segundo Marx, nelas não se
revela o que especificamente há de humano no homem. Porque também o animal
come e se reproduz. De modo que se as satisfações materiais são separadas do
resto da atividade humana, e convertidas em propósito único e último, então essas
funções são próprias do animal e não têm em si nada de humano.
Por isso, acrescenta Marx, enquanto existir um regime social no qual para o
homem o comer, o beber e o reproduzir apareçam como os propósitos exclusivos
de seus desejos, enquanto isto ocorrer, o homem será apenas superior a um
animal e estará verdadeiramente distante de alcançar seu verdadeiro estado
humano.

“Um violento aumento de salários - disse Marx - não seria, portanto, mais que uma
melhor remuneração dos escravos, que não concederia nem ao trabalhador nem ao
trabalho a sua função e dignidade humanas.” ix

Isto em 1844. Em O Capital, Marx diz que:

“Elevação do preço do trabalho, em virtude da acumulação do capital, significa que a


extensão e o peso dos grilhões de ouro que o trabalhador forjou para si mesmo apenas
permitem que fique menos rigidamente acorrentado.” x

O marxismo não é simplesmente materialismo, ainda que o ignore o crítico


stalinista de Lefebvre. O marxismo nega que o homem seja produto direto das
circunstâncias e do meio. O marxismo reivindica a autonomia criadora do
homem. Tanto a burocracia dos partidos da Social Democracia Internacional,
como a burocracia soviética, praticavam e praticam esta redução do marxismo a
um materialismo de fácil acesso. Este é o conceito das burocracias porque reduz a
nada a iniciativa criadora do homem, e portanto eleva aos céus o
conservadorismo dos aparatos burocráticos, caracterizados por seu apego e
submissão total às circunstâncias, rejeitando a luta para modificá-las.
Marx explicou tudo isto muito nitidamente nas Teses sobre Feuerbach (Tese
3):

“A doutrina materialista da transformação das circunstâncias e da educação esquece


que as circunstâncias têm de ser transformadas pelos homens, e que o próprio educador
tem que ser educado. Daí que ela tenha que cindir a sociedade em duas partes - uma das
quais fica elevada acima dela.” xi

Pois bem, o que então é o marxismo, o que pretende?


O marxismo é, como já dito, uma concepção do mundo, é uma critica à
sociedade capitalista e um programa de luta para transformá-la.
E como chave destes três aspectos do marxismo, como objetivo único e
decisivo do marxismo, está a luta para desalienar o homem, a aspiração de
resgatar ao homem sua plenitude humana.
No marxismo, todas as outras questões são apenas meios para este fim. O
desenvolvimento material das forças produtivas e a elevação do nível de vida são
importantes porque constituem a base material para a desalienação do homem. A
liquidação do capitalismo é fundamental pois constitui, por sua vez, a condição
básica para um maior desenvolvimento das forças produtivas. A ascensão da
classe operária ao poder é imprescindível pois constitui o requisito básico para a
liquidação do capitalismo. Tudo isto é fundamental e está muito bem, como estão
bem os satélites e as grandes centrais hidroelétricas e os tratores, etc, etc. Mas,
para o marxismo, esses são meios e nada mais. Pois o que o marxismo quer - a
essência do marxismo - é um novo tipo de relação entre os homens, na qual os
homens não sejam dominados por coisas, nem fetiches; na qual o homem seja o
senhor absoluto, dono soberano de suas faculdades e seus produtos, e não escravo
da mercadoria e do dinheiro, da propriedade e do capital, do Estado e da divisão
do trabalho.

Notas

“A história, segundo Marx, não faz nada, não possui riqueza alguma, nem
empreende nenhuma luta. O homem, o real e vivente, quem faz, possui e luta.
Não é a história que emprega o homem como meio para desfrutar de seus fins, a
história não é nada mais que a atividade do homem que persegue seus fins”. O
homem é o autor e o ator de sua história.
“Toda a pretendida história do mundo, segundo Marx, não é outra coisa senão
a produção do homem obtida pelo trabalho humano, e por conseguinte, o
surgimento da natureza por obra do homem.”
O marxismo quer reivindicar para o homem, como propriedade do homem,
“os tesouros que foram dilapidados no céu".
O marxismo nega o além e por conseqüência afirma a capacidade criadora
deste mundo. O marxismo nega uma vida melhor no céu, pois crê no seguinte: a
vida deve e tem que melhorar na terra. O futuro melhor é, para as religiões, o
objeto de uma fé ciosa no que virá após a morte, se transforma no máximo objeto
do dever, da atividade humana.
A alienação é o definido por Heine na Inglaterra: “onde as máquinas se
comportam como seres humanos e os homens como as máquinas.”
“A ação conjunta dos indivíduos, segundo Marx, cria muitas forças
produtivas. Mas, uma vez criadas, estas forças deixam de pertencer aos seus
criadores, quando os tornam hostis e os tiranizam.”

“Assim como na religião o homem está dominado pelo produto de sua própria
cabeça, na produção capitalista está dominado pelo produto de sua própria mão”
(Marx).
“Os preços das mercadorias mudam constantemente, sem que a vontade, o
conhecimento prévio, nem os atos prévios das pessoas entre as quais se realiza a
troca intervenham. Seu próprio movimento social cobra a formação de um
movimento de coisas sob as quais está o controle, em vez de serem elas quem as
controlem" (Marx).

Estas citações que lemos pertencem a: Ely Chinoy, Automobile Workers and
the American Dream (New York, 1955). Charles Walker, The man on the
Assembly Line (tradução para o espanhol, Aguilar, Madrid, 1975)
- Marx, Manuscritos economico-filosoficos de 1844, Ed. Pluma, 1980, p.71
- Marx, Introdução à crítica da Filosofia do Direito de Hegel, www.culturabrasil.org.br
- Marx, The Grundisse, Notebook I, Money, www.marxists.org
- Marx, O Capital, Livro Primeiro, v. I, Ed. Difel, 9ª ed., p. 88
- Engels, Anti-Dühring, Part III: Socialism, www.marxists.org
- Engels em: Lênin, “O Estado e a Revolução”, Obras Escolhidas, v. II, ed. Avante, 1978, p. 233.
- Lênin, O Estado e a revolução, Obras Escolhidas, v. II, ed. Avante, 1978, p. 278
- Lênin, ibid, p. 282
- Marx, Manuscritos economico-filosoficos de 1844, Ed. Pluma, 1980, p.78
- Marx, O Capital, Tomo II, v.l, ed. Difel, 9ª ed., cap. XXIII, A Lei Geral da Acumulação Capitalista, p.
718
- Marx, A Ideologia Alemã, Ed. Centauro, 7ª ed., 2004, p. 108
i
- Marx, Manuscritos economico-filosoficos de 1844, Ed. Pluma, 1980, p.71
ii
- Marx, Introdução à crítica da Filosofia do Direito de Hegel, www.culturabrasil.org.br
iii
- Marx, The Grundisse, Notebook I, Money, www.marxists.org
iv
- Marx, O Capital, Livro Primeiro, v. I, Ed. Difel, 9ª ed., p. 88
v
- Engels, Anti-Dühring, Part III: Socialism, www.marxists.org
vi
- Engels em: Lênin, “O Estado e a Revolução”, Obras Escolhidas, v. II, ed. Avante, 1978, p. 233.
vii
- Lênin, O Estado e a revolução, Obras Escolhidas, v. II, ed. Avante, 1978, p. 278
viii
- Lênin, ibid, p. 282
ix
- Marx, Manuscritos economico-filosoficos de 1844, Ed. Pluma, 1980, p.78
x
- Marx, O Capital, Tomo II, v.l, ed. Difel, 9ª ed., cap. XXIII, A Lei Geral da Acumulação Capitalista, p. 718
xi
- Marx, A Ideologia Alemã, Ed. Centauro, 7ª ed., 2004, p. 108

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