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Responsabilidade Civil

Fernanda Trentin

DANO MORAL (extracontratual)

 Previsão Constitucional: art. 5º, V e X:


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;

 “Reparação”
 Resumida em algumas situações (dificuldade de prova)
 INDIRETA – dano reflexo – (morto)

Questões Controvertidas

 Dano moral X transtorno: enunciado 159 CNJ

“o dano moral, assim compreendido todo o dano extrapatrimonial, não se


caracteriza quando há mero aborrecimento inerente a prejuízo material.”

 “Quebra” de contrato
 Negativa de pagamento de indenização pela seguradora: gera
 Negativa plano de saúde em custear despesas: gera
 Inseto/rato encontrado em refrigerante: gera só se beber
 Pessoa Jurídica: precisa demonstrar o dano – súmula

227, STJ / 189 CNJ - Cabe


Súmula 227, STJ : Pessoa Jurídica - Dano Moral : A pessoa jurídica pode sofrer
dano moral.

286 CNJ – não cabe


STJ 498

Natureza Jurídica da indenização

1ª corrente – compensatório
2ª corrente – punitiva
3ª corrente – compensatório + pedagógico (caso telefonia)

Quantificação do dano

 Extensão do sano

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 Condições socioeconômicas
 Grau de culpa

Função Social da reparação “quantum debratur”

Pedagógica: aprender
Punitiva
Evitar o enriquecimento sem causa
Casuísmo (sempre)

Responsabilidade Objetiva

 Atividade de risco
 Casos previstos em lei: Ex. do pai, em relação aos filhos menores – precisa
comprovar a culpa da criança.

Teoria do Risco:

Risco criado: Está presente nos casos em que o agente cria o risco, decorrente de
outra pessoa ou de outra coisa. Ex. art. 938, CC defenestra mento.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem
lançadas em lugar indevido.
Risco administrativo: Adotado nos casos de responsabilidade civil do Estado (art.
37, § 6º”, CF/88)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.

Risco – proveito: É adotado nas situações em que o risco decorre de uma atividade
lucrativa. Obrigação de resultado, ou seja, o agente tira proveito do risco criado.

Risco Integral: Nesse hipótese, não há excludente de nexo de causalidade, nem


excludente de responsabilidade civil, como nos casos de dano ambiental.

Risco da atividade: Quando a atividade desempenhada cria risco a terceiros, Ex:


Contrato de transporte, exceto: quando se tratar de carona.

Excludentes de responsabilidade civil (não do nexo)

 Legítima defesa
 Estado de necessidade
 Exercício regular do Direito

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Responsabilidade civil por homicídio:

Alimentos aos dependentes.

Beneficiários:

Beneficiários da pensão são apenas aqueles que tinham dependência econômica da vítima.
Conforme entendimento dos tribunais a pensão decorrente de ato ilícito não se compensa
com a previdenciária.

Do nascituro:

Há divergência doutrinária em relação ao início do pagamento. Parte da doutrina entende que


a pensão pode ser fixada de pronto. Já a outra parte entende que a verba só será fixada a
partir do nascimento.

Limite temporal:

O limite temporal máximo é a data em que a vítima completaria 65 anos. No entanto, os


tribunais vem utilizando a expectativa de vida com base nos dados do IBGE.

Vítima menor e apensionamento dos pais:

Em se tratando de pais de baixa renda, estes fazem jus a pensão, tomando-se por termo inicial
a data em que o filho completaria 14 anos e por termo final a data em que ele completaria 65
anos. Em relação ao valor, este deveria ser fixado em 2/3 do salário mínimo.

Se falecer filho que já tenha sua renda, a indenização se contará do evento danoso.

Em se tratando de famílias abastadas ou de classe média, apenas se justificará a indenização se


houver comprovação da renda do menor.

Vítima maior e apensionamento dos pais:

Hipóteses:

a) Se integrante de família de pouca renda;


b) Em caso de família abastada ou de classe média, apenas se comprovada a contribuição
da vítima no sustento da família;

Morte de um dos pais – haverá pensionamento à aqueles que dependiam dos pais até o limite
de 25 anos ou até a expectativa de vida do pai em caso de filho incapaz.

Outros credores: entiados, sobrinhos, etc, que comprovem dependência econômica do


falecido.

Cálculo da pensão:

Súm. 490 STF – a pensão correspondente a indenização deve ser calculada com base no salário
mínimo vigente ao tempo da sentença, levando em consideração quanto o falecido ganhava
descontando-se um 1/3 do total.

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