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Unidade II - Identificando As Necessidades Educacionais Especiais - Especificidades Das Deficiências PDF
Unidade II - Identificando As Necessidades Educacionais Especiais - Especificidades Das Deficiências PDF
Material Teórico
Identificando as Necessidades Educacionais Especiais –
Especificidades das Deficiências
Revisão Textual:
Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini
Identificando as Necessidades Educacionais Especiais –
Especificidades das Deficiências
• Introdução
• Deficiência Auditiva
• Deficiência Visual
• Deficiência Intelectual
• Deficiência Múltipla
• Surda Cegueira
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Unidade: Identificando as Necessidades Educacionais Especiais – Especificidades das Deficiências
Contextualização
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Introdução
Ter a deficiência não é o fator preponderante, que torna difícil a sua existência, permeada
invariavelmente por situações onde estão presentes o preconceito e o estigma. Neste sentido,
voltamos a questionar, como lidar com as atitudes sociais que adotam formas de classificação
para distinguir e separar as pessoas, categorizando-as entre duas posições opostas – capazes e
incapazes, rápidos e lentos ou competentes e incompetentes? Perfeitos e imperfeitos?
Para AMARAL (1995, 67-68), a deficiência primária engloba a deficiência propriamente dita
(dano ou anormalidade de estrutura ou função) e a incapacidade (restrição\perda de atividade).
Refere-se, efetivamente, a fatores intrínsecos, à deficiência propriamente dita, envolvendo a
díade pessoa e corpo, ou seja, a limitação que o indivíduo possui.
Assim, para Amaral (1995), a deficiência secundária refere-se a fatores extrínsecos, responsável
principal pelo impedimento do desenvolvimento do indivíduo, que se torna aprisionado na
rede das significações sociais, com seu rol de consequências, como atitudes, preconceitos,
estereótipos, que culminam legitimando a diferença\deficiência, como consequência, provoca a
exclusão, estereótipo, discriminação e preconceito. Assim, segundo a autora, o preconceito nada
mais é que uma atitude favorável ou desfavorável, positiva ou negativa, anterior a qualquer
conhecimento, ou seja, neste sentido o desconhecimento é a matéria prima do preconceito, que
contribui de forma considerável para a manutenção das atitudes preconceituosas e das leituras
estereotipadas tanto sobre a diferença como, principalmente, a deficiência. Gerando distorções
acerca da deficiência e da própria pessoa com deficiência.
Já o estigma refere-se à
Vimos, na Unidade I, que as pessoas com deficiência\diferença são vistas como um fenômeno,
fazendo com que os membros da sociedade sintam-se ameaçados, daí a necessidade de
defender-se, atacando as pessoas que os ameaçam, por esta razão, ao longo da história da
humanidade, eles foram sacrificados e exterminados – como na Grécia antiga .
Hoje ainda vemos situações de ataque frente o diferente, por exemplo, o ataque a homossexuais,
índios e mendigos. Diante do deficiente também temos atitudes de preconceito, à medida que os
consideramos como vilões (culpando-os pela sua deficiência) ou como vítimas ou coitadinhos.
Ou ainda, quando fugimos ao chamado “problema”, por meio da rejeição – que pode estar
presente nas situações de superproteção excessiva, que impede o desenvolvimento, aquisição
da autonomia e independência da pessoa com deficiência. A forma mais explícita da rejeição é
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Unidade: Identificando as Necessidades Educacionais Especiais – Especificidades das Deficiências
o abandono, mas este também pode ocorrer de forma implícita, quando não há investimento de
cuidados básicos, carinho e afeto para com a pessoa com deficiência ou o diferente.
A outra forma de rejeição é a negação, em que tentamos mascarar a realidade (diferença\
deficiência), causando prejuízo ao diferente, à pessoa com deficiência, aos seus familiares e até
mesmo aos profissionais que atuam junto a elas.
Na escola, temos hoje a vigência de uma legislação que apregoa uma educação de qualidade
para todos, inclusive para as pessoas com deficiência. Assim, dentro da perspectiva inclusiva, é
necessária a flexibilidade dos critérios de admissão e de permanência nos ambientes escolares,
mantendo um ensino de qualidade (Mantoan, 2003).
Para sabermos quem são esses alunos, torna-se importante conhecermos as definições de
deficiência e sabermos como lidar com eles. Por outro lado, também é importante conhecermos
as causas das deficiências, pois muitas ações poderiam ser desencadeadas de modo a evitar a
sua ocorrência, como os programas de prevenção contra as drogas e o álcool, vacinação das
mulheres em idade fértil contra rubéola, programas de assistência materno-infantil, saneamento
básico, segurança no trabalho, dentre outras medidas, que caracterizam o que se denomina de
prevenção primária, contemplando as questões relacionadas à deficiência, ou seja, o impairment.
A prevenção no nível secundário, referido à incapacidade propriamente dita (disability),
seriam todas as ações que reduzem a duração ou revertem os efeitos de problemas já existentes
que podem resultar em deficiência, como gravidez de risco, diagnóstico precoce, rápido
encaminhamento aos recursos específicos, programas de estimulação precoce, tanto das áreas
da saúde como da educação.
Chamamos de prevenção terciária (handcap) as ações que reduzem as consequências dos
problemas gerados pela deficiência e melhora o funcionamento da pessoa, conscientização para
as barreiras arquitetônicas e, principalmente, as barreiras atitudinais, superação dos aspectos
psicossociais, os programas de escolarização, de qualificação profissional para a pessoa com
deficiência, além dos programas de reabilitação.
Quanto à deficiência propriamente dita, Amaral (1995, p. 63), define:
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Deficiência Auditiva
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–– Tetraparesia: paralisia total ou parcial do corpo, comprometendo a função dos braços
e pernas, o grau de comprometimento depende da altura da lesão.
–– Hemiparesia: paralisia total ou parcial das funções de um lado do corpo (direito ou esquerdo).
–– Paralisia cerebral: termo amplo que designa o grupo de limitações motoras resultantes
de uma lesão no sistema nervoso central.
–– Amputação: perda total ou parcial de um membro do corpo pode ser congênita ou adquirida.
Deficiência Visual
Abrange desde a cegueira até a visão subnormal (ou baixa visão), que é uma diminuição
significativa da capacidade de enxergar, com redução importante do campo visual e da
sensibilidade aos contrastes e limitação de outras capacidades. Essas pessoas necessitam de
apoios, como o sistema Braille para a leitura e escrita:
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Além dos softwares específicos para que as pessoas com este tipo de deficiência podem se
beneficiar com o uso dos computadores.
Deficiência Intelectual
As pessoas com a deficiência intelectual têm limitações para as atividades de vida diária, tais
como: vestir-se, fazer a higiene pessoal. A condição de desvantagem (handicap) é um contínuo,
significando que ocorre em vários graus de dificuldade, ou seja, de acordo com cada indivíduo.
Deficiência Múltipla
Surda Cegueira
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Caracteriza-se por
• Incapacidade de desenvolver o contato olho a olho
• Ligação social
• Jogos em grupos
• Comportamento ritualístico e agregado a rotinas anormais de vida
• Resistência a mudanças
• Ligação a objetos estranhos, padrão de brincar estereotipado
oo Respostas anormais a estímulos auditivos e visuais
oo Problemas graves quanto à compreensão da linguagem falada
oo A linguagem custa a aparecer e, quando isto acontece nota-se a ecolalia
oo Uso gramatical imaturo
oo Inabilidade de usar termos abstratos, incapacidade na utilização social, tanto da
linguagem verba como corporal.
Outras características:
Diminuição da capacidade de pensamentos abstratos simbólicos, ou jogos imaginativos.
Possuem desempenho melhor na execução de tarefas que requerem memória simples ou
habilidade visuoespacial, comparando-se com aquelas que requerem capacidade simbólica
ou linguística. Também apresentam dificuldade de estabelecer relações produtivas com o
mundo e com os outros.
Em linhas gerais, o autismo não é considerado uma doença ou uma deficiência em si,
ou ainda um tipo de psicose. O autismo é um transtorno do desenvolvimento da cognição
causado por lesões no cérebro. Existem muitos fatores etiológicos: genéticos, acidentes pré ou
perinatais, infecções, síndromes neurológicas. Portanto, é um transtorno do desenvolvimento
em que a atividade e a participação são dois obstáculos importantes que impedem sua
participação na vida social.
O grau de desvantagem resultante do transtorno também é dependente de fatores
ambientais (Nilsson, 2003).
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Dentro da escola inclusiva, esses alunos precisam participar ativamente de todas as
atividades na escola e na comunidade, assim como terem respeitadas as suas diferenças no
que se refere ao estilo e ao ritmo da aprendizagem.
A Escola Inclusiva entende esses alunos como pessoas que apresentam desafios à capacidade
dos professores e das escolas para oferecer uma educação para todos, respeitando a necessidade
e diversidade de cada um.
A pessoa com deficiência, ao longo do percurso histórico, e até hoje, apesar de todas as
mudanças ocorridas, ainda é vista como alguém que precisa de ajuda para obter alimento,
abrigo e segurança. Obviamente quando pensamos em quem são as pessoas, imediatamente,
pensamos naquilo que as torna diferentes das demais, isto é, a própria deficiência. Porém, nem
sempre estamos ou nos sentimos preparados para enfrentar essa situação. Muitos apresentam
as mais variadas justificativas, no entanto, na maioria das vezes isso acontece porque não
conseguimos nos posicionar frente às pessoas com deficiência.
O nascimento de uma criança com deficiência pode provocar várias reações e sentimentos dentro
da família, bem como pode mudar a estrutura familiar estabelecida antes mesmo de ela nascer.
O impacto sentido pela família, com a chegada de uma criança com deficiência, é muito
intenso. Esse momento traumático pode causar uma forte desestruturação na estabilidade
familiar, que após o impacto do momento inicial, quando as reações: choque, da negação,
raiva, revolta e da rejeição, deverá buscar a sua reorganização interna, que por sua vez,
depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros
individualmente (Silva e Dessen, 2003).
O ambiente familiar pode comprometer a reorganização familiar após a notícia da deficiência,
por outro lado, quanto maior for o apoio mútuo entre o casal, melhor são as possibilidades da
reorganização interna da família, assim, as famílias reestabelecem o seu equilíbrio de maneira
variada, dependendo dos recursos psicológicos utilizados, da qualidade das interações e relações
entre seus membros e dos familiares e pessoas próximas, no que tange às práticas psicossociais
de cuidados e a promoção de um desenvolvimento adequado e saudável da criança.
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A família constitui o primeiro universo das relações sociais da criança, podendo proporcionar-
lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, principalmente das crianças com deficiência,
que invariavelmente, necessitam de atenção e cuidados específicos. Devido à dinâmica das suas
relações, o funcionamento da família muda de acordo com as alterações que podem ocorrer
em um de seus membros ou no grupo como um todo (Silva e Dessen, 2003). Neste sentido, a
elaboração de programas preventivos, com ênfase nas interações familiares e demais membros
familiares, contribuem para uma melhor compreensão do desenvolvimento das crianças com
deficiência e o funcionamento de suas famílias.
Invariavelmente, reagimos com preconceito e discriminação, isto porque tememos o que é
diferente de nós mesmos. Desta forma, não vejo outra forma de romper com esse ciclo vicioso
do preconceito e da discriminação senão através do rompimento das barreiras atitudinais.
Assim, consequentemente, será mais fácil o rompimento, também, das barreiras arquitetônicas,
visando um ambiente escolar acessível.
Desta forma, será possível que as pessoas com deficiência, inclusive aquelas que se utilizam
de cadeira de rodas, possam usar o mobiliário (cadeiras, mesas, balcões, bebedouros, quadros
de avisos, e outros equipamentos), possam movimentar-se por todo o espaço escolar, desde a
entrada principal, salas de aula, sanitários, pátio, quadra, parques.
Fonte: Thinkstock.com
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Material Complementar
Explore
Nesta atividade você deverá assistir ao vídeo “Meu nome é Rádio”, fazer uma reflexão sobre a histó-
ria de Rádio, apontando como se processou a sua inclusão escolar e social.
• http://www.youtube.com/watch?v=46hRs2tjROY
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Referências
MANTOAN, Maria Teresa Égler. Inclusão Escolar. O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo: Editora Moderna, 2003.
MANZINI, Eduardo José (Org.). Educação Especial: temas atuais. Marília: UNESP, Marília
Publicações, 2000.
MANZINI, Eduardo José (Org.). Inclusão do aluno com deficiência na escola: os desafios
continuam. Marília: ABPEE/FAPESP, 2007.
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Anotações
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São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000