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Nome: Eric Gomes Coelho

Data: 10/06/2019

Analise Critica de filme “Que Horas Ela Volta”

Que Horas Ela Volta?, Anna Muylaert, 2015 link:https://www.youtube.com/watch?


v=WNCKSekYi9A

Narração do filme

O filme conta a história de uma pernambucana que trabalha em São Paulo na casa de
pessoa ricas. O filme mostra a realidade de muitas domesticas e a forma que as patroas
trata as domesticas. Val era afastada da sua filha devido confusão com o marido no
passado e sua filha vem para São Paulo depois de 13 anos para fazer um vestibular na
universidade mais concorrida, e as pessoas ricas olham para a filha de Val com indiferença.
Depois de um tempo ela começa a se encaixar, mesmo avendo preconceito da familia sobre
ela. Ela de pouco a pouco vai mostrando que ela é igual os chefes de sua mãe, mas a mãe
não enxergava isso. No inicio a família ver a vinda da filha de val com bons olhos, mas isso
gera varios conflitos por causa dela. Esse filme muitas pessoas vão simpatizar com ele
devido as coisa que ocorre com a Mãe e filha.
Breve análise do filme

O filme mostra as indiferenças que as pessoas passa no local de serviço, Val não tinha
muito direito dentro da casa não dormia em um quarto bom. Mesmo ela sendo visto como
uma pessoa da família ela tinha pouco direito sobre o local. Vemos no filme desconforto da
elite ao saber que pessoa de outra classe podia tirar elas daquele lugar. Eles agiram com
preconceito contra a filha de Val achando que ela não é capaz de passar no vestibular mais
concorrido. Sua filha mostra para os chefes da sua Mãe que ela tambem é igual a eles e
demonstra isso quando ela pede para ficar no mesmo quarto e quando ela entra na piscina.
Também, este filme é interessante sociologicamente porque podemos ver que a filha não
conhece as normas sociais próprias a estes dois grupos sociais. Ela não conhece os limites
e as fronteiras visíveis e invisíveis entre estes dois grupos. A menina rompe a fronteira
invisível que existe entre estes dois mundos porque ela não integrou estas normas sociais.
Ela leva a questão: esta fronteira é realmente necessária?
Quando a menina não respeita as normas sociais próprias ao grupo de sua mãe, recebe
sanções de graus diferentes. Por exemplo, quando a filha brinca na piscina, recebe várias
sanções. Primeiro, sua mãe briga afirmando que ela não pode fazer isso. A mãe da família
fica brava. Porém, o filho da família gosta de poder brincar com a menina. Então, várias
relações de poder entram em jogo e isso acaba gerando inúmeras consequências. Cada um
atua de maneira diferente. O preconceito ajuda bastante nesse ponto devido a classe social
da filha de val isso é um dos principais fatores que gerol conflitos. Tambem a inveja pode ir
para esse lado devido as coisa q a menina pode conquistar.
Posicionamento crítico
Vemos o desconforto de uma família da elite paulistana com os seus espaços e privilégios
sendo ameaçados por parte de uma classe social que até ontem seguia um estatuto
implícito de submissão imposta. Regina Casé interpreta uma tradicional empregada de
família de classe média alta. Vive no quarto dos fundos, onde a janela dá para uma parede,
veste branco quando no papel de babá do filho da família e sabe qual é o seu lugar
geográfico na casa: da cozinha para trás. É consciente também das regras que deve seguir,
embora estas não estejam escritas em lugar algum. Na sequência, o que temos é Jéssica
sendo aprovada na primeira fase do vestibular, enquanto o filho dos patrões da mãe,
Fabinho, é reprovado. Bárbara, a patroa, manda o aviso simbólico: “Ela só passou na
primeira a fase; a segunda é bem mais difícil, não se anime muito”. O que resta de todo
esse retrato feito anteriormente? Um verdadeiro conflito de posições entre as classes
sociais. E demonstrando que os hábitos de classe dominante no cinema, por falarem
durante a sessão, são de certa forma tão bárbaros quanto os da personagem Bárbara, é
interessante observar que, enquanto eu via o filme, algumas pessoas comentavam no
cinema: “Como essa mina (Jéssica) é folgada” – como se dissessem “Ela não sabe o seu
lugar”. Verdade seja dita, uma parte da burguesia paulistana vai assistir ao filme e digerir
mal o que viu. A reação aqui é mais do que esperada, já que se trata de uma cidade em que
boa parte dos apartamentos de classe média e alta ainda ostentam um quarto de
empregada ao fundo e há pessoas que impõem de maneira quase selvagem a roupa
branca para a babá de seus filhos, (uma verdadeira estetização da dominação). Não tardará
muito para que alguém diga também: “Vi um rato no cinema”.

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