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DISCENTE: LETÍCIA DA SILVA NUNES

DOCENTE: ROSANGELA APARECIDA RIBEIRO CARREIRA

RESENHA DO FILME - COMO ESTRELAS NA TERRA - TODA CRIANÇA É ESPECIAL

O filme, como as estrelas na terra, é um longa-metragem indiano de 2007 dirigido pelos


diretores Aamir Khan e Amole Gupte. No longa é mostrada a vida cotidiana do pequeno
Ishaan Awasthi, um garotinho de 9 anos, que, por conta de sua dislexia não diagnosticada,
é obrigado a enfrentar diversos problemas na escola e em casa. E quando ele é enviado
para um internato como castigo dado por seu pai, sua vida tem uma grande reviravolta.
O aparente objetivo da obra cinematográfica é nos mostrar as dificuldades enfrentadas por
aqueles que por algum motivo não se encaixam na nossa sociedade. E essas dificuldades
vão muito além de não conseguir ler e escrever, como é no caso do Ishaan. A película nos
mostra como a rejeição e falta de conhecimento por parte da sociedade afeta de forma
estratosférica a vida de pessoas com algum transtorno neural.
Pois o longa mostra de forma bem clara que se todos os adultos que tinham uma
convivência diária com o garoto, tivessem alguma noção sobre transtornos mentais, todos
teriam tido bem menos problemas e dor de cabeça, principalmente a criança, que foi o mais
prejudicado nessa relação conturbada, sem diálogo e intolerante. Porque se ao invés de
todos ficarem gritando com o ele, tentassem entendê-lo, a grande maioria dos transtornos
futuros teriam sido, no mínimo, amenizados. Pois ele não era uma criança burra e incapaz
de aprender, ele simplesmente via o mundo a sua volta de uma forma diferente e especial.
E como Ishaan via o mundo, foi, na minha opinião, um dos melhores pontos do filme. A
dislexia não foi retratada como um entrave para ele, o seu mundo era, além de complexo e
encantador, único e onírico. Porque mesmo que ele não conseguisse resolver de forma
convencional uma conta de matemática, por exemplo, sua mente, de diversas formas
criativas, mas nem sempre assertivas, lhe dava uma resposta. E os meios que o filme
utilizou para mostrar isso, com muitas imagens, cores, animações e músicas, foi muito
envolvente e emocionante.
Entretanto, no começo do filme, a dislexia parecia, de fato, ser o problema a se enfrentar. A
falta de estrutura das escolas, a ignorância e despreparo dos professores, mais a forma
como o Ishaan encontrou para se livrar do estresse do dia a dia (sendo indisciplinado e
aprontando muitas travessuras) fazia parecer que o problema estava nele, e que todos os
outros, principalmente os professores, eram vítimas das circunstâncias. Essa visão só
começa a mudar definitivamente, quando o professor Nikumbh, professor substituto de
artes, aparece. É ele que mostra uma nova forma de enxergar Ishaan para todos.
A chegada do novo professor, é um grande marco e traz muitas mudanças para todos. Por
ter uma visão diferente e mais empática e ainda uma grande experiência pessoal com
crianças especiais, ele logo percebe que tem algo incomodando o nosso pequeno
protagonista. E imediatamente vai a seu socorro.
Após muito esforço, perseverança e amor, Nikumbh consegue ajudar o menino e mostra,
até mesmo para o próprio, que sua condição não o tornava nem um pouco inferior às outras
crianças, que da sua própria maneira ele era incrível e especial.
Essa película fala de aceitação e compreensão. Nos mostra de uma forma bonita e
envolvente que nossos atos e ações têm grande impacto na vida dos outros, tanto positiva
quanto negativamente. Evidencia, de forma clara, que o amor, o apoio e o incentivo dos
nossos professores e familiares nos ajudará a crescer e a sermos nós mesmos de uma
forma mais fácil e gostosa.
Certamente, esse filme é uma obra de suma importância, pois ela nos mostra novas
perspectivas, quase um novo mundo. Todos deveriam ter a oportunidade de assistir essa
obra-cinematográfica, principalmente se você for um futuro professor, porque ele enriquece
nossas almas e nos ensina que sempre devemos olhar para os outros de uma forma gentil
e compreensiva, pois nunca vamos poder ter certeza do que, mesmo uma pequena pessoa,
tem dentro de si. Afinal de contas, todos nós somos únicos e especiais, como verdadeiras
Estrelas na Terra.

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