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ATIVIDADE

Com base nos nossos estudos e debates realizados na disciplina Políticas Educacionais no
Brasil, reflita e responda: Para que, de fato, caminhemos para a construção de uma educação
básica inclusiva, democrática e de qualidade, o que se espera do Estado, da sociedade, das
universidades e de você (estudante de licenciatura)?

Conforme as aulas foram passando, cada vez mais, me pareceu quase que uma
causa perdida lutar por uma educação de qualidade e inclusiva no Brasil, mas até
que ainda tenho um pouco de esperança.
O problema educacional brasileiro vai muito além de um simples erro no currículo,
ele é totalmente social. Só consigo ver algo mudando com, no mínimo, uma
pequena revolução dentro do país, porque a cada dia que passa parece que estamos
caminhando pelo pior caminho possível, como se tivessem descartado a realidade
descaradamente e vivessem em um mundo bem diferente do que realmente
estamos. Parece que o Estado está fazendo de tudo para demonstrar que não são
realmente necessários para a regulamentação da educação, o que considero bem
covarde, eles sabem que conseguem nos manipular e fazem isso com maestria, em
contrapartida agimos como se não percebêssemos isso (sei que ainda tem muitas
pessoas lutando, mas não parece que estão chegando muito longe). E com “agimos
como se não percebêssemos" quero dizer a sociedade em geral, não só os
envolvidos diretamente com a educação, mas todo o social brasileiro.
Para que a educação no Brasil começasse a andar, ao meu ver, primeiro seria
necessário que todos tivessem ciência de que são necessários e fundamentais. O
Estado agiria enquanto um provedor e regularizador das instituições estudantis,
provendo a verba, claro, mas também segurança para os pais e alunos, isso com
políticas públicas, não só de impacto imediato e de pouca duração, mas também
com projetos ininterruptos, mesmo com a mudança de governos, para termos algo
com mais estabilidade e certezas, e para que não ocorra como está acontecendo
agora, onde a cada novo governo, projetos e mais projetos são iniciados e
interrompidos sem o menor senso de continuidade, como se mudanças surgissem
em apenas 4 anos, e se isso não aconteceu só pode ser porque a estratégia deu
errado. O social tem o importante, e difícil, papel de exigir seus direitos, de cobrar, de
não aceitar calado como se depois que terminaram os estudos a escola não tivesse
mais nada relacionado a eles, como se educação fosse só uma palavra bonitinha e
que enfeita alguns discursos por aí. Atualmente a sociedade até cobra por uma
“melhor educação”, mas jogam todo o peso para o lado mais fraco desse circo: os
professores, ignoram que docentes ainda não sabem fazer milagre e acreditam que
todo o desastre educacional nacional é porque um professor não ensinou um
adolecente a fazer o imposto de renda, é porque as escolas não sabem criar um
bom ambiente, porque os professores não tem carisma o suficiente para cativar
seus alunos, porque eles não tem pulso firme o bastante, e não porque não existe,
sequer, uma estrutura minimamente decente para acomodar um ser humano com
dignidade, ou porque pessoas com fome não querem aprender, ou porque quando
um aluno e um professor olha pra situação do seu país e da sua família eles não
vêem sentido algum em continuar com isso, porque parece que não importa o
quanto eles se esforcem, é como se tudo à sua volta estivesse dizendo que eles
nunca vão ser o suficiente. Já o nosso papel enquanto estudantes de licenciatura
(vou falar sobre possíveis ações imediatas, e não uma mais futura, para ações
futuras nos vejo na parte social.), me parece ser simplesmente não desistir de
tentar, não desistir mesmo parecendo que não tem muito sentido, e que não importa
o que nós façamos não vamos conseguir mudar nada, continuar acreditando que as
coisas vão melhorar e que daqui pra frente vamos conseguir trazer alguma mudança
um pouco mais positiva enquanto membros da sociedade, e não somente como
professores, ter esperança.

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