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SOCIOLOGIA

LAURA GUSMÃO BARBOSA

ATIVIDADE ESTRADA DA VIDA

Coronel Murta, MG
2022
1) A ESTRADA DA MINHA VIDA.
Coloque no topo da estrada o projeto que você tem para médio prazo
(aproximadamente daqui a 3 anos). Coloque (desenhe) uma pedra na estrada,
simbolizando as dificuldades que você precisa superar para atingir o seu objetivo.
Dê um nome para essa dificuldade.
2) REDAÇÃO: MEU PROJETO DE VIDA
Após ler os textos acima, elabore uma redação (narrativa em primeira pessoa)
expondo o seu projeto de vida (não só daqui a 3 anos), começando pela maneira
como ele foi surgindo em sua cabeça, passando função social da sua escolha, pela
importância ou contribuição social (como pode melhorar a vida das pessoas ou do
mundo) desse projeto até chegar às dificuldades que você encontra ou encontrará
para efetivá-lo e as estratégias que você utilizará para vencê-las.

Um dos principais projetos que almejo para minha vida é entrar na


universidade. Minha mãe e nem mesmo meu pai tiveram a oportunidade de estudar
e ingressar em um curso superior. Sempre tive o sonho de me dedicar 100% aos
estudos como já faço no IFNMG, na verdade, ingressar no IF foi um dos principais
objetivos que eu tinha, pois o instituto oferecia um bom Ensino Médio e um curso
técnico. Quero cursar história, durante toda minha vida eu tinha uma grande paixão
por essa área e meus professores sempre me elogiavam por ser boa nisso. Mas
durante muito tempo não via a história como uma possibilidade de curso. Antes, eu
queria cursar direito. Soava importante quando eu dizia que “eu quero cursar direito”
e logo as pessoas diziam que eu seria uma “doutora” e tudo isso me animava.
Direito parecia ser um curso legal e que combinava um pouco comigo, mas eu não
tinha paixão iria fazer apenas porque a sociedade dizia que era um curso de
“respeito” e porque a sociedade em si dava mais importância. Acho que quando
Durkheim disse que a sociedade estava na cabeça de cada um, era isso que ele
queria dizer, a sociedade muito antes de nascermos já nos dita imensas regras de
como agir, como nos comportar e o que fazer de nossas vidas. A sociedade até
mesmo já vem com uma receitinha pronta do que vem a ser o sucesso e qualquer
pessoa que fuja um pouco dessa receita é um fracassado. É claro que tudo isso
tem a ver com a cultura e com tudo que a constrói (história e tradição), mas a
sociedade se torna um fantasma que silenciosamente nos dita o que devemos fazer.
Isso é muito perigoso porque somos seres coletivos e para nos encaixar no grupo
fazemos aquilo que não queremos, como cursar o curso que você não gosta de
verdade só porque a sociedade diz que ele é o melhor.
Essa redação já tá quase parecendo uma mine aulinha sobre socialização,
mas a questão é que depois de perceber que eu só estava indo fazer direito por
causa do que as pessoas achavam me fez perceber que eu realmente deveria fazer
algo que eu gostasse de verdade. Comecei a ver história de fato como uma opção
de curso quando entrei no IF e tive aulas com uma professora de história incrível e
logo de cara percebi que o que eu queria de fato era estar fazendo aquilo que ela
estava fazendo, numa sala de aula falando sobre aquilo que eu gosto e me
interesso de verdade. Acho que apesar do governo não dar o devido
reconhecimento aos professores, para mim é uma das mais nobres profissões
porque ela é responsável pela formação dos indivíduos. Não há nada mais bonito do
que ensinar, compartilhar conhecimento e encorajar as pessoas. A educação todos
os dias transforma vidas e digo isso porque ela mudou a minha também. Sei que
vão haver muitos desafios, infelizmente no Brasil educação não é para todos e para
uma pessoa de baixa renda e da classe trabalhadora chegar a universidade é
extremamente difícil, mas não impossível. Os caminhos deveriam ser mais fáceis e
o discurso capitalista de “se você quiser e trabalhar duro você consegue, todos nós
temos as mesmas oportunidades” é uma grande baboseira. Não, infelizmente eu
não tenho as mesmas oportunidades de entrar na universidade que uma filha de um
empresário super rico tem. A sociedade não é justa e está longe de ser, mas espero
que apesar desse cenário eu consiga chegar lá e vou lutar e persistir por isso. Me
vejo no futuro dando aulas e falando alguma coisa sobre Rev. Francesa e me
dedicando a pesquisa e a investigação histórica ou qualquer outra coisa que eu
goste de fato. A vida é cheia de surpresas, mas aos 18 anos esse é o meu projeto
de vida e sei que tudo é um grande tiro no vazio e que tudo é imprevisível, então
quem sabe o que há de ser.. E se for para ser que seja pelo menos algo parecido
com isso aí.

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