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A condição fundamental do homem é o trabalho e assim como trabalho e

capital não se separam, homem e educação não. A educação é uma dimensão


social que surge para atender determinadas relações sociais que o trabalho
não consegue suprir também, assim como o trabalho gera desigualdade social
a educação também.

Um proletário busca para seu filho uma educação simplista que não
atrapalhe nas suas outras obrigações enquanto o outro tem todo suporte
necessário em uma escola privada de alto renome com outros alunos de
mesma situação, a educação pode ser comprada, pode-se ver isso em vários
cursinhos preparatórios ou até mesmo escolas que o único objetivo é preparar
o aluno para um curso superior, óbvio que um trabalhador pobre não consegue
colocar o seu filho lá e na maioria das vezes a sua preocupação não é que ele
faça um curso superior, mas sim, que o ajude em outras atividades necessárias
para a sobrevivência da família, a educação por vezes é deixada de lado,
quando não deveria acontecer.

A educação deve ser libertadora e acessível, mas entrando em algumas


escolas de rede pública é notável que o estado não tem a menor preocupação
em fazer isso acontecer, e mesmo dentro da própria escola é possível notar
desigualdades que influenciam diretamente no processo de aprendizagem dos
alunos, por exemplo, um aluno que não tem condições de se alimentar bem ou
descansar também, não irá ter o mesmo desempenho de outro que pode focar
diretamente em suas atividades escolares.

O novo ensino médio surge para provar que o estado quer criar
trabalhadores alienados, mecanizados e não seres pensantes, visto que,
priorizam cursos técnicos e demonizam as ciências humanas como
desnecessárias, e assim os alunos crescem aprendendo que o que na verdade
importa, é ter um curso técnico no currículo para facilitar o ingresso num futuro
emprego quando terminar o ensino médio, ou em cursos superiores que
realmente importam para eles como direito, engenharias ou medicina.
Trabalhadores da educação não são levados a sério, tem seus salários
atrasados e são tratados como se fossem tudo, menos trabalhadores, e são os
próprios que acompanham o crescimento intelectual de futuros engenheiros e
doutores. O governo sabe que a arma mais forte que os estudantes podem
empunhar nessa futura revolução é a educação, então a luta é constante e
diária, para quem sabe num futuro próximo, sejamos capazes de ver todos com
as mesmas oportunidades.

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