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19/02/2018

Curso: Licenciatura em Geografia

Acadêmico: Jonas Fabiciaki

Os desafios do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente no Século XXI

O “breve” Século XX fora marcado por profundas transformações no meio


social, econômico e político, principalmente no social onde os direitos e os deveres do
cidadão ficaram mais evidenciados e muito mais dignos. Haja vista a discussão em
torno de nossas crianças e nossos adolescentes, que visa assegurar que seus direitos
sejam garantidos. Estamos caminhando para que tal situação garanta as nossas crianças
seus direitos a escola, saúde, bem-estar social dignos para que possam se desenvolver
no meio em que habitam.

Apesar de quase três décadas de estatuto da criança e do adolescente ter surgido,


ainda precisamos melhorar e muito nossas estruturas, para que possamos avançar na
discussão, e quando nos referimos a estrutura é desde a estrutura familiar até a estrutura
jurídica, lembro – vos que não vejo que estas estruturas na teoria têm problemas, são
não pratica que as coisas não funcionam como deveriam funcionar.

Partimos do princípio, somente no final do século XX que o estatuto da criança e


do adolescente fora criado, apesar das discussões acerca do tema, vinham sido
discutidas desde o início do mesmo século, e quando fora criado o código, ou seja, o
Estatuto, importantíssimo para que nossas crianças tenham seus direitos assegurados,
quase trinta anos depois ainda não obtivemos resultados expressivos a cerca disso.

Nossas escolas bem como os conselhos tutelares e outras estruturas responsáveis


para garantir o direito a essas crianças, estão na maioria a mercê de situações cotidianas
que atrapalham o avanço na garantia desses direitos, bem como a má interpretação por
grande parte da sociedade que ainda não compreendeu a importância de se garantir
escola, saúde, moradia, para nossas crianças e jovens, para que eles no futuro possam
dar continuidade no nosso projeto de nação.

Vejamos os seguintes aspectos:

 A sociedade mal informada;


 Escola de mãos atadas com relação a nossas crianças
 Conselhos tutelares sem infraestrutura de trabalho;
Justificando os pontos acima podemos observar que estamos diante de um
problema seríssimo em nossa sociedade que é a falta de preparo para lhe dar com
situações problemas, nem as famílias que na sua grande maioria das vezes são
desprovidas até de informações para lhe dar com tal situação, ou até mesmo da escola e
das demais estruturas, que por vários motivos, não fazem o seu papel que é de inserir
essas crianças e esses jovens e tentar lhes dar uma visão de mundo, ou até mesmo de
futuro, para que possam sair da situação delicada em que se encontram suas famílias.

Bem como nossas crianças que usam esse artefato, para justificar uma presença
forçada em sala de aula ou até mesmo com relação ao trabalho. Ou seja, temos várias
situações problemas em nosso meio escolar, que implica no citado a cima, temos
crianças que não querem se dedicar aos estudos, conceitos esses construídos a gerações,
principalmente as classes menos favorecidas, a escola sem estrutura necessária para lhe
dar com isso, não consegue fazer com que esse aluno veja que a única forma de ele
transformar sua realidade social é através dos estudos, bem como a função dos
conselhos tutelares, que simplesmente identifica o problema em questão, mas também
pouco resultado se alcança.

Se formos tratar de questões tão importantes precisaríamos pontuar cada uma


delas, e discutir separadamente, mas vejam caros amigos que a questão é bem mais
complexa do que possamos imaginar.

Acreditamos que avançamos muito nos últimos anos, porém precisamos nos ater
a pontos cruciais no desenrolar desta importância, e a questão social e econômica são os
principais, precisamos criar situações em que se caminhe mais juntos, escola, família,
conselho tutelar, precisamos preparar ainda mais nossas escolas e nossos conselheiros
tutelares, para lhe dar com tal situação.

E um dos principais pontos que em nosso ponto de vista precisa urgentemente


ser revisto, é a forma de escolha dos nossos conselheiros tutelares, eleição direta, só
cumprindo alguns requisitos mínimos não está sendo o suficiente, penso que no mínimo
uma formação acadêmica na área de ciências humanas, bem como pedagogia, serviço
social, direito, enfim, algo nesse sentido, poderia ajudar para amenizar o problema. Pois
como citado anteriormente se faz o diagnóstico do problema, mas não se tem a solução
para tal, diante de tantas adversidades, se não houver acompanhamento integral dessas
crianças diagnosticas, penso que todo o esforço fora em vão.

Enfim estamos diante de grandes transformações no século XXI, direitos


exacerbados, pais amedrontados, bem como até o conceito familiar sendo transformado,
haja vista, a baixa taxa de natalidade cada vez menor em nossas famílias. Acredito que
orientação, informação, seria essencial, por que não uma disciplina no currículo escolar
de uma carga horaria mínima semanal, uma aula na semana para o ensino fundamental
ministradas por um conselheiro tutelar, trabalhando em conjunto escola – família-
crianças, penso que ajudaria em muito no avanço da discussão.

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