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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESPITEMOLOGIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR


Reflexões sobre o texto “Educação e poder: A pedagogia do conflito”
Luísa Nunes
Kerolayne Delgado
Giulia Pernigotti

O texto aborda a relação entre educação e política, destacando a


importância da educação na formação de cidadãos críticos e conscientes de
ser papel na sociedade. A reflexão sobre o texto pode ser dividida em três
ponto principais.

Em primeiro lugar, Gadotti destaca que a educação é um processo


político, e não neutro uma vez que ela envolve relações de poder. Nesse
sentido, é fundamental que os educadores estejam cientes de sua posição
política e das implicações políticas do processo educativo, para que possam
agir de forma consciente e crítica.

Em segundo lugar, o autor ressalta a importância da formação de


cidadãos críticos e participativos para o fortalecimento da democracia.
Segundo Gadotti, a educação deve ter como objetivo formar cidadãos capazes
de exercer seus direitos e deveres, de compreender a complexidade da
sociedade e de lutar por transformações sociais que visem a igualdade e a
justiça.

Por fim, Gadotti destaca a necessidade de se repensar o papel da


escola na sociedade contemporânea, frente aos desafios impostos pelas
transformações sociais, culturais e tecnológicas. Nesse sentido, ele argumenta
que a escola deve ser um espaço de formação integral, que não se limite a
transmissão de conhecimentos, mas que também se preocupe com
desenvolvimento pessoal, social e cultural dos alunos.
Além disso no inicio do texto é destacado que não há nenhuma
participação política significativa das classes subalternas na direção política do
país e nos faz refletir: Isso mudou com o governo lula e Dilma? Que traz uma
importante e significativa reflexão sobre a escolha dos representantes no nosso
país e como isso afeta diretamente as classes mais ou menos favorecidas.

Em seguida, o autor afirma que a condição de vida no Brasil é de


extrema pobreza para a maioria da população e traz alguns dados da época,
sobre saúde e educação, o qual podemos perceber que houve mudanças, mas
que alguns anos depois, o Brasil volta a ter uma evasão escolar significativa.
Na página 115 é dito que a situação se agrava a partir da década de 70, o que
se assemelha ao ano de 2016, que tem em comum o avanço do neoliberalismo
e também relata que após esse período houve um aumento do investimento
nos recursos estatais da educação.

Podemos perceber também o quanto as escolhas políticas influenciam


na educação e nessa linha do tempo é perceptível algumas situações que no
passado aconteceram se repetirem e trazendo essa questão, será que no
futuro passaremos novamente por esses ciclos políticos se repetindo na nossa
sociedade? E por que isso ocorre na nossa sociedade?

No texto também percebemos dados importantes sobre as condições de


vida e socioeconômicas do nosso país, como garantir a educação para
pessoas que não têm condições básicas dentro de casa ou que não possuem
condições de estarem alimentadas dignamente. Como disse Paulo Freire “Não
podemos alimentar a ilusão de que o fato de saber ler e escrever, por si só, vá
contribuir para alterar as condições de moradia, comida e mesmo de trabalho
[...] essas condições só vão ser alteradas pelas lutas coletivas dos
trabalhadores por mudanças estruturais da sociedade. (1991, p. 70). O sistema
educacional brasileiro traz essa ilusão, mesmo que o resultado não seja dos
alunos, e o fracasso seja culpa desse sistema, não podemos iludir pensando
que da maneira que funciona nossa sociedade isso será suficiente para mudar
a realidade, a mudança tem de ser profunda.

“Uma escola democrática teria de preocupar-se com a avaliação


rigorosa da própria avaliação que faz de suas diferentes atividades. A
aprendizagem escolar tem que ver com as dificuldades que eles enfrentam em
casa, com as possibilidades de que dispõem para comer, para vestir, para
dormir, para brincar, com as facilidades ou com os obstáculos à experiência
intelectual. Tem que ver com sua saúde, com seu equilíbrio emocional.” (2003,
p. 125) como não pensar que ao não garantir esses direitos teremos uma
educação digna.

Por fim a esta reflexão, um trecho do texto, no parágrafo três da página


126, nos trás uma importante conclusão, a escola é um organismo vivo, e não
nos cabe mais, como sociedade e futuras docentes agir com tanta
inflexibilidade e rigidez nas ações e nas práticas pedagógicas, é preciso formar
cidadãos críticos e reflexivos, inquietar os alunos e faze-los se desacomodar
com suas questões e condições.

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