RESENHA CRÍTICA DO TEXTO - A reforma do Ensino Médio:
A nova formulação curricular e a realidade da escola
pública”
Nome: Luiza Perusia Pacheco
A seguinte resenha crítica vai tratar do texto “A reforma do
Ensino Médio: A nova formulação curricular e a realidade da escola pública”, escrito pelos autores José Juiz Domingues, Nirza Seabra Toschi e João Ferreira de Oliveira, nos anos 2000. Segue a referência bibliográfica do texto: DOMINGUES, José Juiz; TOSCHI, Nirza Seabra; OLIVEIRA, João Ferreira de. A reforma do Ensino Médio: A nova formulação curricular e a realidade da escola pública. Educação & Sociedade, v. 21, p. 63-79, 2000.
2. O texto traz a discussão sobre a novo currículo do Ensino Médio e
como ele afeta a escola pública levando em conta sua realidade e desafios. Ele analisa esse novo Ensino médio em três áreas: currículo, formação de professores e gestão; e seus impactos na educação pública. Analisa também o processo de elaboração da estrutura curricular com base nos conceitos interdisciplinaridade e de contextualização, bem como os pros e contras desse novo modelo curricular. 3. Com 17 páginas, o artigo é divido em tópicos, com um formato de artigo começa com um breve resumo do que será discutido em seu desenvolvimento e suas palavras chaves, esses seguidos da introdução, que apresenta mais profundamente o assunto e contextualiza o leitor um pouco sobre a história da educação brasileira e da atual situação para que esse compreenda melhor a leitura. A seguir os autores dividem o texto em dois tópicos “Diversificação e flexibilização curricular: A formação básica e a preparação geral para o trabalho” e “A escola e a formulação da estrutura curricular: Interdisciplinaridade e contextualização”, onde eles desenvolvem seu tema e apresentam seus pontos, seguindo das considerações finais, notas e referencias.
4. Ele se propõe a discutir sobre a nova formulação do currículo do
novo ensino médio, é apontado a importância dos currículos na política de desenvolvimento do país, mas que mesmo sabendo dessa importância e investindo em reformas educativas, as reformas sempre tendem a falhar. Isso porque essas politicas publicas acabam se caracterizando como programas de governos, que não continuam funcionando após a troca de um mandato, e, isso acaba interferindo na educação brasileira, acarretando descontinuidade administrativa e pedagógica, e ao descrédito no âmbito escolar, uma vez que nem os professores acreditam nelas, já que esse não são verdadeiramente inseridos dentro desse planejamento curricular, segundo os autores “os professores têm sido tomados como recursos nas propostas e não como agentes” (2000, p.03).
No primeiro tópico, Diversificação e flexibilização curricular: A
formação básica e a preparação geral para o trabalho, os autores explicam o contexto histórico do ensino médio, e como ele foi pensado para ser a última etapa do ensino básico, e como ele funciona no sistema contemporâneo. Ele tem como objetivos, segundo a LDB, preparar o aluno para vida, utilizando das novas tecnologias como suporte, mas historicamente o ensino médio é cenário de uma educação seletiva e vulnerável à desigualdade social. Eles também botam em questão a função social da escola, ela deve só prepara o aluno para o mundo do trabalho? os autores acreditam que não. “Se pretende formar para a cidadania, a educação média deve atualizar histórica, social e tecnologicamente os jovens cidadãos. Isso implica a preparação para o bem viver, dotando o aluno de um saber crítico sobre o trabalho alienado” (2000, p.06). Os autores apontam sobre essa nova visão da escola na atual formulação, essa ideia de que o ensino médio é so a passagem entre fundamental e superior, na nova proposta ele possui uma identidade baseado em um currículo flexibilizado e diversificado.
No segundo tópico, A escola e a formulação da estrutura curricular:
Interdisciplinaridade e contextualização, os autores trazem mais a fundo essa nova formulação, como ela foi pensada para funcionar, e apontam como ela funciona, e apontam que são duas realidades diferentes. Com prós e contras, eles explicam o conceito de interdisciplinaridade e contextualização, que na teoria, podem juntas possibilitar a reorganização das experiências dos agentes da escola, e fazer com que eles repensem seu jeito de ensinar e como com essas ideias os alunos teriam suas vivencias relacionadas ao seu ensino, mas também apontam as dificuldades enfrentadas pelas escolas, como falta de preparação docente, materiais didáticos, verbas e etc.
Eles concluem o artigo com as considerações finais, que voltam com
um breve resumo do que o artigo tartou e suas conclusão final sobre o tema, de que os gestores dessa nova formulação precisam olhar para a pratica da escola publicar, enxergar os desafios e adaptar o currículo para que caiba a todos os estudantes e professore d forma confortável.
5. Para falar de reformas curriculares e politicas publicas educacionais
é preciso primeiro falar sobre o que se espera da educação, qual qualidade queremos dela, no artigo de José Carlos Libâneo, João Ferreira Oliveira e Nirza Seabra Toschi, A educação escolar pública e democrática no contexto atual: um desafio fundamental, eles afirmam que ““Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a escola promove, para todos, o domínio do conhecimento e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis aos atendimentos de necessidades individuais e sociais do aluno, bem como a inserção no mundo e a constituição da cidadania também como poder de participação, tendo em vista a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.” (2012, p. 132 e 133).
Enxergo a educação de qualidade como aquela que consegue
trabalhar com o estudante não só sua qualificação profissional, mas também sua cidadania e ética social. A escola tem uma função social e não deve ser ignorada, ela tem que garantir os avanços tecnológicos aos alunos e uma boa qualificação, mas não deve falhar na sua função social.
A escola deve criar cidadãos qualificados cientificamente, que
conheçam sua história, que tenham capacidade de senso crítico, que entendam as diferenças e saibam conviver e respeitá-las. Ela participa da construção daquele individuo para vida, e isso não pode se perder, além de quem todas essas funções devem ser cumpridas com a mesma qualidade de uma escola privada. Então o primeiro passo para melhorar a educação é um governo que a respeite, que entenda suas funções e trabalhe para que ela funcione, um governo que não queira se livrar da educação pública, mas sim fazer do ensino público o melhor que ele pode ser.
Levando isso em consideração, quando escuto sobre a nova reforma
do ensino médio e seu novo currículo, vejo o mesmo erro das antigas politicas publicas acontecendo, O projeto do Novo Ensino Médio foi pensando, planejado e executado por grandes empresários, suas justificativas são a falta de alunos nas universidades, que esses alunos precisam se profissionalizar para trabalhar, que o Brasil possui poucas escolas profissionalizantes. Trabalham em cima da ideia da interdisciplinaridade, que é muito interessante, mas infelizmente executada pelas pessoas erradas, pois essas não vivem a escola, então como vão saber do que a escola precisa. Fazer um novo projeto de educação, que vai interferir na vida de milhares de alunos e professores sem entrar em uma escola e conversar com quem vive a realidade escolar não dá certo, fracassou todas as outras vezes e tende a fracassar novamente, porque não conhecem e não se preparam para a realidade da escola pública.
A nova formulação do currículo conta com a interdisciplinaridade que
é muito importante e é uma ótima oportunidade de pensar diferente, de fazer uma nova educação, uma que da certo, mas so vai funcionar quando quem vive a escola participar, quando as necessidades dos alunos forem supridas, quando o foco for não somente quantitativo para o mercado de trabalho e exames, mas também sobre o social. Se fala tanto de educação de qualidade, mas só vai existir uma quando a sociedade conseguir entender o que eles realmente querem como educação de qualidade, ai sim poderá se pensar em conjunto em um novo projeto de ensino
6. O texto é uma ótima indicação para docentes, em formação e
formados, que estão perdidos em relação a essa nova formulação curricular, não somente em como ela funciona, mas aqueles que ainda não possuem uma opinião sobre. Os autores trazem contexto histórico, apresentam o tema, explicam seu lado bom e ruim e o porquê de cada um de forma muito imparcial, e no momento que colocam sua opinião sobre o assunto ainda continuam reafirmando que existem prós e contras. È uma ótima leitura para quem quer entender um pouco mais e começar a formar uma opinião sobre o tema.
7. José Juiz Domingues: Professor na Faculdade de Educação e pró-
reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Nirza Seabra Toschi: Professora na Faculdade de Educação da UFG e
doutoranda em Educação na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Ela e o João Ferreira de Oliveira escreveram juntos em outro artigo, A educação escolar pública e democrática no contexto atual: um desafio fundamental, que foi ate citado nessa resenha.
João Ferreira de Oliveira: Professor na Faculdade de Educação da UFG
e doutorando na Faculdade de Educação da USP.
8. Me chamo Luiza Perusia Pacheco, sou estudante do curso de
Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas, Sociais e suas tecnologias, na Universidade Federal do Sul da Bahia, também sou bolsista do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), e essa resenha está relacionada a ele, já que como bolsista ativa desse programa estou vivendo o atual ensino médio, participando do dia a dia da escola onde atuo, que tanta da melhor forma lidar com o desafio que esta sendo a educação pós pandemia com o novo ensino médio. Entender mais e ter uma opinião sobre esse novo currículo é extremamente importante no momento, faz parte da minha vivencia e só vou saber a melhor forma de lidar com ela, entendendo mais sobre o assunto, então essa leitura foi muito útil e importante para minhas futuras atividades no programa.