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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA

PROFA: Michelle Belchior

 Nomes: Ana Sérgia Araujo de Souza- 1422391/6

              Anna Gabryelle Cavalcante Feitosa - 1623976/3

Gabrielly Diogo Dias - 1712562 

              Igor Santos Cassiano - 1712229

              Raquel Gadelha Estite - 1422102

                               Análise crítica do filme “Hoje eu quero voltar sozinho”

O filme escolhido para trabalharmos foi “Hoje eu quero voltar sozinho”, onde conta a
história de Leonardo, um adolescente de classe média que tem deficiência visual desde quando
nasceu, e tem como cerne a questão da inclusão, como o protagonista em seu cotidiano supera a
deficiência por conta da superproteção por parte dos pais. 

Dentre as cenas marcantes, pode ser colocado em destaque a cena onde o pai do Léo
conversa com o filho enquanto o ensina a fazer a barba de forma carinhosa e tranquila, abordando
a delicadeza e empatia que pessoas com deficiência tendem a receber para que consigam realizar
atividades que para outras pessoas chegam a ser bem simples e fáceis. Nessa conversa de pai e
filho fica visível a compreensão que o pai tem em relação ao filho ao abordar a repentina vontade
do Léo em realizar um intercâmbio, onde esse pai coloca em ênfase que para ele é necessário
saber os motivos pelos quais o garoto quer viajar e se esses são os motivos certos.

Apesar desse momento, ao longo do filme fica notório que os pais do Leo o limitam
bastante o seu ir e vir exigindo dele que sempre informe onde está, proibindo-o de ficar sozinho
em casa e só permitindo que ele vá as viagens e passeios da escola quando julgam seguro. Além
dessas limitações impostas pelos pais do Leo, também sofre bullying por parte de alguns de seus
colegas, dificultando ainda mais a vivência escolar.
O filme nos mostra como adolescentes com algum tipo de deficiência busca alcançar a
dependência, a forma que eles amam e procuram ser amados. O enredo do filme, ao envolver a
questão da homossexualidade, tem ainda polêmico e de difícil acesso nos dias atuais seja por
videntes ou os eficientes de qualquer natureza, sendo esse um filme que abre um enorme leque de
questões que estão em pautas no nosso dia a dia. 

A escola em que o Leo, o personagem principal do filme, estudava possuía adaptações


se atentaram para a dificuldade visual dele, como uma máquina de escrever em braile e livros em
braile. Dessa forma, conseguimos pensar no conceito de acessibilidade que estamos discutindo na
sala de aula. Acessibilidade nos faz pensar em um mundo sem obstáculos, ou seja, o direito de ir e
vir, respeitado e colocado em prática. Assim, pensando na melhoria da qualidade de vida de
muitas pessoas. Dar acesso, incluir, abraçar a experiência de cada um no mundo é pensar em
cuidado em saúde, e isso se aproxima, e muito, dos nossos objetivos enquanto futuros psicólogos.
(Mendonça, 2018).

No filme, conseguimos perceber a importância da Psicologia Ambiental no que se


refere à acessibilidade e ao cuidado para o Leo. Esse campo da Psicologia tem como objetivo
trabalhar na melhoria da gestão do ambiente, de maneira a facilitar a qualidade de vida e de
desenvolvimento humano sustentável (Nunes & Sobrinho, 2010). 

Leo tem uma melhor amiga chamada Geovana, os dois se conhecem desde que era
criança. Geovana sempre o ajuda na escola ditando o que a professora escreve no quadro e sempre
quando a mesma recebe a visita de Léo na sua casa ela sempre o acompanha até em casa, ela
sempre mostra que está disposta a ajudar o amigo nas suas limitações.

Mesmo nos dias de hoje sabendo que há inclusão de pessoas com deficiência ainda
estamos muitos distantes por parte de alguns indivíduos de entender e aceita que o modelo de
exclusão acabou. Um exemplo disso é visto em uma cena em que mostra Leonardo e Geoavana
sofrendo bullying por parte dos colegas de classe, os mesmos fazendo piadas falando que a amiga
do rapaz é sua cuidadora. O diretor da escola conversa sobre bullying com os estudantes, mas
talvez o errado seja não focar nas dificuldades que Leo passa na sua vida, não só com a sociedade
mais com as suas próprias limitações por conta da deficiência, seria de suma importância reuniões
ou palestras  a respeito disso ou até mesmo com enfoque em trabalhar sobre empatia e aceitação.

Como dito anteriormente, a colega sempre se preocupa quando o amigo vai visitá-la,
pois se preocupa no caminho da volta para casa, seria de suma importância que as autoridades
maiores da sua cidade construíssem um plano de adaptação de linhas nas calçadas, sensores
auditivos em sinais e em faixas de pedestre para esse publicam outra opção também é como a
família possui uma condição boadar um cão guia para Leo. 

Ele também nos fez refletir sobre a sociedade que ela está pouco preparada para que as
pessoas com deficiência visual possam, de fato, realizar todas as atividades que desejam sem
enfrentar dificuldades, riscos ou constrangimentos, como se deslocar, estudar, se divertir, viajar,
etc.  Durante uma das cenas de Leo com o seu amigo Gabriel, onde estão  numa sala de cinema e
Gabriel descreve as cenas para o amigo, fato que incomoda a jovem que assiste ao filme na fileira
da frente. O que o Gabriel fez foi empoderar Leo sobre as informações visuais essenciais
disponíveis aos espectadores videntes. A cena nos permite refletir sobre a respeito do recurso de
áudio-descrição, quer caracteriza quer uma pessoa cega venha assistir a um filme (descrevendo-lhe
a obra), sem perder o conteúdo da imagem essencial do filme, assim  contribuíram com a
independência e o empoderamento das pessoas com deficiências visuais. A áudio-descrição quer
foi usada na cena do Leo e do Gabriel  cumpre seu papel de levar autonomia aos usuários e
proporcionar-lhes uma efetiva inclusão social.

Tivemos muita percepção de que o Leonardo queria muito criar uma certa autonomia e
segurança para poder ser mais independente e poder até fazer intercâmbio fora. No texto Educação
especial, descreve que o conceito de acessibilidade ampliou-se sensivelmente, pois no início
apenas se restringia à ideia de superação de barreiras arquitetônicas, como uma garantia das
condições de segurança e autonomia ou com mobilidade reduzida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

BAPTISTA, Claudio Roberto. Educação especial: Diálogo e pluralidade. 2.


ed. Porto Alegre: Mediação, 2010. 304 p.

HOJE Eu Quero Voltar Sozinho. Direção de Daniel Ribeiro. Produção de


Diana Almeida. Intérpretes: Ghilherme Lobo. Fábio Audi. 2014. (96 min.), Netflix, son.,
color. Legendado. Série Netflix. Da netflix.

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