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SOLIDÁRIA
JUSTIFICATIVA: Todo mundo já viveu essa situação: você tenta aproveitar as férias, vai ao cinema
e esbarra em um filme que faz você lembrar o tempo inteiro sobre a vida na escola, a rotina com
os alunos e ter milhões de ideias quando assistirmos o filme Extraordinário – inspirado no livro
de mesmo nome da autora R. J. Palacio.
O filme conta a história do pequeno August Pullman, um menino de 10 anos, e o início da sua
vida escolar. Auggie – como é chamado pela família – nasceu com uma síndrome rara que causou
diversos problemas de saúde, inclusive uma deformação em seu rosto. Por isso, a família decidiu
não enviá-lo à escola até a 4ª série (nos Estados Unidos, a lei permite que os próprios pais deem
aula aos filhos, a matrícula em uma instituição de ensino não é obrigatória).
A chegada de alunos com deficiência à escola regular é uma realidade cada vez mais comum.
Dados da pesquisa Conselho de Classe, realizada pela Fundação Lemann, mostram que 22% dos
professores brasileiros veem a inclusão como uma das três maiores prioridades para seu
trabalho. Um dos receios sobre a entrada desses alunos é a possibilidade de que sofram bullying
e intimidação – como acontece com Auggie, no filme. Luciene Tognetta afirma que ensinar as
crianças a conviver com outras que reconheçam como diferentes passa pela necessidade de
fazê-las pensar que todos são, em alguma medida, diferentes uns dos outros. “E não basta falar
que todos são diferentes, é preciso viver a diferença”, ressalta ela.
Uma das características do bullying é que ele acontece justamente longe dos olhos dos adultos,
na relação entre as crianças. É o que acontece no filme: por muito tempo, diretor, pais e
professores não tomam conhecimento das intimidações a que Auggie é exposto. Luciene
Tognetta explica que uma boa maneira de contornar essa invisibilidade é investir na formação
dos próprios alunos para que eles ajudem a resolver a situação na escola. “Quando um adulto
trabalha sozinho, as crianças e os jovens tendem a encarar suas falas como ‘ordens’", afirma
Luciene. "Quando o tema é levantado por pares, a compreensão é diferente”. E não basta dar
sermões ou fazer palestras sobre o tema.
Quando conhecemos os pais de Julian, o principal agressor de Auggie no filme, parece ficar claro
o porquê do comportamento do menino. Aqui, vale prestar atenção: as causas do bullying são
múltiplas e, apesar do estilo usado pelos pais na criação dos filhos ser um dos principais fatores
que influenciam no comportamento, ele não é o único. Não faz sentido, portanto, culpar
unicamente os pais pelo bullying. Mas dá para ampliar as ações para as famílias. “Os pais não
receberam formação para discutir essas questões. É importante que a escola também ofereça
formações para eles”, DIZ Luciene.
4. Combata a pressão que outros alunos possam sentir;
Inicialmente, Auggie faz um único amigo, Jack, que passa a sofrer pressão dos outros alunos para
que deixe de se relacionar com o protagonista. Situações como essas não são raras. “Em algumas
instituições, vale a regra do ‘cada um por si’”, conta Luciene. Mudar esse cenário exige um
trabalho sistemático e que tenha foco na prevenção. Garanta que os valores da escola sejam
trabalhados constantemente com os alunos.
O filme se dedica a retratar não somente a rotina de Auggie, mas também de diversas pessoas
com quem o menino se relaciona. Chama atenção a história da irmã mais velha, Via. “Ela faz do
ingresso no curso de teatro da escola uma válvula de escape para sua rotina”, diz Jorge
Assumpção, diretor de Programação e Marketing da Paris Filmes, que distribui o filme no país e
organizou rodadas de discussão sobre a obra com professores de escolas públicas. As angústias
sofridas pela jovem quase sempre passam despercebidas, tanto pela família quanto pela escola
onde ela estuda. Alunos como ela, muitas vezes, passam por situações difíceis sem que os
educadores as identifiquem. Para mudar essa situação, Luciene sugere apostar em novas
metodologias de ensino. “Quando os estudantes têm mais chance de se colocar, fica mais claro
para os adultos os momentos pelos quais estão passando”, conta a especialista.
METODOLOGIA:
Metodologia 1: Convidar todos os alunos na escola Roberto Bianchi para uma sessão cinema
exclusiva para a exibição do filme EXTRAORDINÁRIO.
Metodologia 2: Entre as atividades sugeridas pela especialista estão rodas de conversa em que
cada criança possa expor seus interesses, seus gostos e suas histórias. “Também é possível trazer
espelhos e estimular os estudantes a observar as diferenças físicas também. Assim, eles verão
que não é apenas um colega que é diferente”, afirma Luciene.
Metodologia 3: No site Somos Contra o Bullying, utilizar materiais de apoio para a criação das
equipes de ajuda e sugestões de atividades e materiais para discutir temas como empatia,
cooperação e solidariedade.
CRONOGRAMA:
Sessão cinema
MATERIAL:
BIBILIOGRAFIA:
Esses Adolescentes De Hoje. Livro por Luciene Regina Paulino Tognetta e Vanessa
Fagionatto Vicentin
PRODUTO FINAL: