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Nas últimas décadas tem se debatido bastante a respeito da educação inclusiva nas
escolas. A inclusão escolar focaliza o processo de ensino-aprendizagem dos alunos
público-alvo da Educação Especial e envolve tanto reflexões de temáticas referentes à
educação na diversidade, em uma perspectiva de direitos humanos, como discussões em
torno dos desdobramentos necessários para a sua efetivação, os quais incluem, para uma
aprendizagem bem-sucedida, a reestruturação do espaço educacional e a implicação de
todos os membros da comunidade escolar (FONSECA, FREITAS e MEIDEROS,
2018). A educação inclusiva consiste não somente na aceitação, mas, principalmente,
na valorização das diferenças.
É importante salientar que nem sempre essas diferenças foram uma preocupação. Após
vários anos de exclusão e abandono até antes dos anos 80, as atenções tomam corpo e
são abertos alguns institutos, porém o perfil dessas instituições era mais voltado para as
deficiências visuais e auditivas continuando a exclusão das deficiências físicas e
principalmente as intelectuais (BEZERRA e FARIAS).
No presente trabalho, será feito uma pequena análise do filme, vermelho como o céu, o
qual mostra que na década de 70, crianças com deficiência eram encaminhadas para
escolas de educação especial.
Mirco Balleri, personagem principal do filme, perdeu a visão após um acidente em sua
residência, tal deficiências obrigou os pais à matricula-lo em uma escola de educação
especial, local onde se passou toda trama do filme. Nesse internato o diretor, que
também perdeu a visão, é excessivamente rígido e amargurado e a escola funciona a
base de um regimento de rotina e controle o que torna difícil a adaptação de Mirco
levando o mesmo a ir de encontro as regras do internato, buscando construir a
aprendizagem e realizar as atividades de forma criativa, o que não agrada o diretor. Por
quebrar algumas regras, o garoto é punido pelo diretor, porém o professor, Don Giulio,
entra em sua defesa e dentre algumas de suas ações uma me chamou atenção e ela que
vou retratar no presente trabalho.
“... sei que ele as vezes exagera, mas ele tem um talento, um talento raro de enxergar as
coisas, descobrir e falar sobre elas, totalmente diferente dos outros e não há nada de
errado nisso.”
O diretor responde:
“...sabe que esta escola tem mais de 100 anos? Durante todo esse tempo, as coisas aqui
foram tranquilas, sem nenhum problema, e sabe porquê? Porque seguimos regras. Para
alguns, essas regras podem parecer estúpidas e antiquadas, mas elas dão a estas
crianças uma garantia de vida lá fora.”
Para o diretor, uma criança com deficiência visual se limita a regras e não pode ter uma
vide livre para se expressar, e quando o mesmo foge a regra deve ser punido.
“Estas crianças não enxergam, é verdade, mas estão vivas!! São cheias de entusiasmo e
imaginação, não os ajudaremos se lhes negarmos a liberdade de se expressarem.”
Em seguida, o diretor que também é cego diz que liberdade é um luxo que os cegos não
podem ter, orém o professor lembra a ele que na infância ele não era cego e que teve
oportunidades que os meninos da escola não tiveram, o diretor responde:
E o professor finaliza:
Bibliografia