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Atividade 1 – Usando como referencia a visita a nascente do Córrego Arareau, faça observações

a respeito da análise da água na nascente seguindo os critérios:


a) lixo flutuante ou acumulado nas margens c) material sedimentado
. nenhum lixo (boa qualidade) . ausência, não é possível medir (boa qualidade)
. pouco lixo ou apenas árvores, folhas, aguapés . baixa quantidade, menos de três milímetros (qualidade
(qualidade média ) média)
. muito lixo (água poluída) . alta quantidade, mais de três milímetros (água poluída)
b) peixes d) cheiro
. muitos (boa qualidade) . nenhum (boa qualidade)
. poucos, raros (qualidade média) . fraco, de mofo ou capim (qualidade média)
. nenhum ou só guarus (água poluída) . fétido ou cheiro de ovo podre (água poluída)

Atividade 2 – Usando os mesmos critérios faça observações a respeito da análise da água do


Córrego Arareau ao longo da área urbana.

Atividade 3 – Construa uma linha do tempo que mostre a evolução das sociedades relacionada à
tecnologia do manejo e utilização da água, destacando aspectos como culturas agrícolas irrigadas,
água encanada, esgoto, água tratada, construção da roda d'água, construção de hidrelétricas.

Atividade 4 – Baseando-se nos textos (EM ANEXO), faça um estudo sobre "sociedades
sustentáveis" no aspecto referente à preservação da água e promova as respectivas atividades
solicitadas.

Atividade 5 – Faça um estudo sobre as causas de poluição das águas (como agrotóxicos,
esgotos, detritos industriais etc.) e suas conseqüências para a vida na Terra. Enumere possíveis
soluções para reverter a poluição e escassez da água. Monte um painel temático "Desafios para
o uso sustentável da água".

Atividade 6 – Faça uma pesquisa sobre: Invenções de máquinas movidas à água e sua
importância; Estação de tratamento de água e esgoto; Ecossistemas aquáticos; a partir dessa
pesquisa, elabore desenhos, pinturas, maquetes ou protótipos relativos ao tema.

Atividade 7 – Construa a maquete de uma casa colocando hidrômetro, canos, caixas d'água,
torneiras, chuveiros, vasos sanitários e ralos. E identifique o consumo médio de água em cada
setor da casa.

Características da Água
O que é água potável?
         É a água que pode ser consumida sem riscos à saúde. Ela preenche todos os requisitos de natureza física,
química e biológica, seguindo os padrões estabelecidos pela legislação nacional e internacional. Por isso, deve-se, de
preferência, utilizar a água tratada.

Qual a diferença entre água contaminada e poluída?


 Água poluída – é a água que apresenta alterações físicas, como: cheiro, turgidez, cor ou sabor. Normalmente, a
alteração física é conseqüência da contaminação química, geralmente devido à presença de substâncias, como:
elementos estranhos ou tóxicos.
 Água contaminada – é a água que contém agentes patogênicos vivos, sejam bactérias, vermes, protozoários ou
vírus. Essa água não é potável, logo não deve ser utilizada.

Fontes de Contaminação
            Como a água tratada pode ser contaminada? E nascentes e poços?
A água de abastecimento passa por um tratamento rigoroso e, somente depois, é distribuída para as residências, onde
existem ligações domiciliares. Ali, a água é armazenada em caixas d’água. É nessa etapa que pode ocorrer a
contaminação.
           Também as nascentes, minas e cisternas, que são fontes de suprimento de água, podem apresentar
contaminação, seja por se localizarem na proximidade de fossas, onde há grande presença de matéria orgânica, ou
pelo acesso de animais, água de chuvas ou outras fontes de contaminação e poluição.
Por que a água contaminada ou poluída é prejudicial à saúde?
          Porque a água contaminada ou poluída pode conter organismos patogênicos ou substâncias químicas capazes
de causar doenças ao homem, sendo estas denominadas doenças de veiculação hídrica.
 
Água
Essencial à Vida
As mais bonitas imagens da Terra, aquelas que são agradáveis aos olhos, à imaginação, as que são um convite ao
relaxamento, sempre têm a água em sua composição: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, a neve sobre as
montanhas, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho...
A ciência tem demonstrado que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos.
É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene
pessoal e do lugar onde vivemos; para uso industrial; para irrigação das plantações; para geração de energia; e para navegação.
A água é um elemento essencial à vida. Mas, a água potável não estará disponível infinitamente. Ela é um recurso limitado.
Parece inacreditável, já que existe tanta água no planeta!
Quantidade e Composição
A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01%
vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, iceberg e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que
pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.
Há muita coisa, a saber, a respeito da água. Ela está presente nos menores movimentos do nosso corpo, como no piscar de
olhos. Afinal, somos compostos basicamente de água.
Esse líquido precioso está nas células, nos vasos sangüíneos e nos tecidos de sustentação. Nossas funções orgânicas
necessitam da água para o seu bom funcionamento. Em média, um homem tem aproximadamente 47 litros de água em seu corpo.
Diariamente, ele deve repor cerca de 2 litros e meio. Todo o nosso corpo depende da água, por isso, é preciso haver equilíbrio entre
a água que perdemos e a água que repomos.
Quando o corpo perde líquido, aumenta a concentração de sódio que se encontra dissolvido na água. Ao perceber esse
aumento, o cérebro coordena a produção de hormônios que provocam a sede. Se não beber água, o ser humano entra em processo
de desidratação e pode morrer de sede em cerca de dois dias.
Molécula da Água A água é composta por dois elementos químicos: Hidrogênio e Oxigênio, representados pela fórmula H2O.
Como substância, a água pura é incolor, não tem sabor nem cheiro.
Quimicamente, nada se compara à água. É um composto de grande estabilidade, um solvente universal e uma fonte
poderosa de energia química. A água é capaz de absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias comuns.
Quando congelada, ao invés de se retrair, como acontece com a maioria das substâncias, a água se expande e, assim, flutua
sobre a parte líquida, por ter se tornado "mais leve". De acordo com leis da física, isso não deveria acontecer. Por causa dessa
propriedade incomum da água é que os rios, lagos e oceanos, ao congelarem, formam uma camada de gelo na superfície enquanto
o fundo permanece líquido. No que diz respeito a uma série de propriedades físicas e químicas, a água é uma verdadeira exceção à
regra.
A Terra está a uma distância do sol que permite a existência dos três estados da água: sólido, líquido e gasoso
Tipos de água
A água do mar não é igual a da torneira. Isso acontece porque a água contém, misturados, sais minerais, gases, terra,
micróbios, restos de animais, vegetais mortos etc.
Devido a essa capacidade de dissolver várias substâncias, a água é chamada de solvente universal. Na natureza,
encontramos diversos tipos de água, dependendo dos elementos que ela contém.
Algumas são ideais para o consumo, enquanto outras são prejudiciais à saúde. Encontramos fontes de água quente e à
temperatura ambiente.
Existem até certos tipos de água recomendados para tratamento de doenças.
Água potável - é o tipo ideal para o consumo (beber, cozinhar) é fresca e sem impureza.
Água poluída - é a água suja ou contaminada, isto é contém impureza, micróbios etc.
Água doce - é a água dos rios, lagos e das fontes.
Água salgada - é a água que contém muitos sais dissolvidos (como a água do mar)
Água destilada - é constituída unicamente de hidrogênio e oxigênio. Não existem impureza e nenhum tipo de sal dissolvido nela.
Água minerais - as águas minerais são assim denominadas, porque contém uma grande quantidade de sais minerais, dissolvidos
nela, por isso tem cheiro e sabor diferentes da água que recebemos na torneira de nossas casas. Existem diversos tipos de águas
minerais. As principais são:
- Salobra: é levemente salgada e não forma espuma com o sabão
- Termal: além de apresentar sais minerais dissolvidos, a água termal tem uma temperatura mais elevada que a do ambiente em
que se encontra. Esse tipo de água é usado para curar certas doenças da pele.
- Acidula: contém gás carbônico. É chamada também de água gasosa, tem um sabor ácido e é usada para facilitar a digestão.
- Magnesiana: nesse tipo de água predominam os sais de magnésio. É usada para ajudar o funcionamento do estômago e do
intestino.
- Alcalina: tem bicarbonato de sódio e combate a acidez do estômago.
- Sulfurosa: contém substâncias a base de enxofre e é usada no tratamento da pele e das vias respiratórias.
- Ferruginosas: possui ferro e ajuda no combate a anemia.
Fonte: www.caetenews.com.br
Tipos de água
As águas disponíveis para consumo do Homem não são todas iguais, podendo ser agrupadas em três tipos diferentes:
 Águas Minerais Naturais;
 Águas de Nascente;
 Outros tipos de água consumíveis.
As águas minerais naturais encontram-se no subsolo a grandes profundidades. São sistemas de água sem elementos
de poluição e a sua composição química é totalmente natural, sendo provocada pela interacção água/rocha, possuindo
oligo-elementos benéficos à vida humana.
Têm por isso uma composição química específica, mantendo as suas características ao longo do tempo.
Mas as águas minerais naturais não são todas iguais. Para além de possuírem características químicas e paladares
distintos, algumas águas minerais naturais possuem gás natural. São as chamadas águas gasocarbónicas. Para
preservar todas as suas qualidades e pureza, o engarrafamento das águas minerais naturais só pode ser efetuado no
local da captação.
A diferença das águas de nascente em relação às águas minerais naturais é precisamente o tempo de circulação no
subsolo, o qual é mais curto. Decorrente do curto período de circulação subterrânea, a presença de sais minerais nas
águas de nascente não é constante ao longo do ano.
São águas bacteriologicamente sãs e com características originais. De forma a preservar todas as suas qualidades, o
seu engarrafamento só pode ser efetuado no local da nascente.
Apesar da sua elevada importância, nem todas as águas possuem garantidamente características naturais e
saudáveis. Apenas as águas minerais naturais e as de nascente mantêm a sua pureza original, pelo que a escolha
destas águas é a melhor maneira de ajudar a manter o equilíbrio do corpo.
A água mineral natural e a água de nascente são as únicas águas globalmente naturais que não podem sofrer
quaisquer tratamentos e que são comercializadas sem adição de químicos ou aditivos. A água mineral natural e a água
de nascente têm também de ser submetidas a dois anos de testes rigorosos antes de poderem ser vendidas com essa
designação, dado que é necessário provar que os aquíferos de onde provêm estão isentos de poluição e estão
implantados em locais protegidos de qualquer ameaça poluidora.
Embora a Natureza não produza duas águas naturais com a mesma composição química, é possível o seu
agrupamento por classes ou tipos tendo por base certas semelhanças que entre elas existem. O total de sais
dissolvidos, quantificados através da mineralização total, constitui o parâmetro mais imediato para o agrupamento das
águas naturais em 4 grandes tipos:
Águas hipossalinas ou de baixa mineralização: quando o total de sais dissolvidos não ultrapassa 50mg/L;
Águas fracamente mineralizadas: quando apresentam valores de mineralização total entre os 50 e 100mg/L;
Águas Mesossalinas: quando a mineralização total se situa entre os 500 e 1500mg/L;
Águas Hipersalinas ou ricas em sais minerais: são as que exibem um valor de mineralização total superior a 1500
mg/L.
A presença de certos aniões e catiões em quantidades manifestamente superiores à dos outros constituintes
dissolvidos, constitui igualmente um critério para classificar as águas naturais por tipos:
 Água Bicarbonatada: a quantidade de bicarbonato é superior a 600 mg/L;
 Água Sulfatada: a quantidade de sulfato é superior a 200 mg/L;
 Água Cloretada: a quantidade de cloreto é superior a 200 mg/L;
 Água Fluoretada: a quantidade de fluoreto é superior a 1 mg/L;
 Água Sódica: a quantidade de sódio é superior a 200 mg/L;
 Água Cálcica: a quantidade de cálcio é superior a a 150 mg/L;
 Água Magnesiana: a quantidade de magnésio é superior a 50 mg/L;
 Água Gasocarbónica: a quantidade de anidrido carbónico livre é superior a 250mg/L;
 Água conveniente para um regime pobre em sódio: a quantidade de sódio é inferior a 20 mg/.
Fonte: www.unicer.pt
Tipos de água
Dependendo das condições de uso em que se encontra, a água pode ser classificada em cinco tipos:

A água pura produzida artificialmente em laboratório


ÁGUA PURA - Se for considerada como pura a água composta exclusivamente por
hidrogênio e oxigênio, chegar-se-á facilmente à conclusão de que não existe água
absolutamente pura na natureza. Isso porque, por onde ela passa, vai dissolvendo e
transportando substâncias que a ela se incorporam durante seu caminho. A água pura
somente vai ser encontrada quando produzida artificialmente em laboratório, e a sua
finalidade é, quase sempre, a fabricação de remédios, ou algum outro processo
industrial mais sofisticado.
Estação de Tratamento de Água para torná-la apta ao consumo
ÁGUA POTÁVEL - é a que se pode beber. É fundamental para a vida humana, e é
obtida através de tratamentos que eliminam qualquer impureza.

ÁGUA SERVIDA - é a água que foi usada pelo homem e ficou suja. É o esgoto.
Esgoto
ÁGUA POLUÍDA - é a que recebeu substâncias que a deixou turva, ou que alteraram
sua cor, odor ou sabor, tornando-a desagradável. É a água que sofreu alteração em
suas características físicas e químicas.
ÁGUA CONTAMINADA - é a que contém substâncias tóxicas ou micróbios capazes de
produzir doenças. A contaminação pode ser invisível aos nossos olhos ou imperceptível
ao paladar. É a água que faz mal à saúde.
Fonte: www.cogerh.com.br
Tipos de Água
Água Doce
A vida surgiu no planeta há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Não há ser vivo sobre a face da Terra que possa
prescindir de sua existência e sobreviver. Mesmo assim, outros aspectos desta preciosidade também podem
representar sérios riscos à vida.
As águas utilizadas para consumo humano e para as atividades sócio-econômicas são retiradas de rios, lagos,
represas e aqüíferos, também conhecidos como águas interiores.
O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento ambiental resulta em prejuízos significativos para
a sociedade. Uma das conseqüências do crescimento urbano foi o acréscimo da poluição doméstica e industrial,
criando condições ambientais inadequadas e propiciando o desenvolvimento de doenças, poluição do ar e sonora,
aumento da temperatura, contaminação da água subterrânea, entre outros problemas.
O desenvolvimento urbano brasileiro concentra-se em regiões metropolitanas, na capital dos estados e nas
cidades pólos regionais. Os efeitos desta realidade fazem-se sentir sobre todo aparelhamento urbano relativo a
recursos hídricos, ao abastecimento de água, ao transporte e ao tratamento de esgotos cloacal e pluvial.
No entanto, atualmente, muitos fatores interferem nesse ciclo, comprometendo a qualidade das águas urbanas.
O desenvolvimento e o crescimento das cidades geram o acréscimo da poluição doméstica e industrial, propiciando o
aumento de sedimentos e material sólido, bem como a contaminação de mananciais e das águas subterrâneas.
Dentro das águas doces, as águas residuais ou residuárias são todas as águas descartadas que resultam da
utilização para diversos processos. Exemplos destas águas são:
Águas residuais domésticas:
 provenientes de banhos;
 provenientes de cozinhas;
 provenientes de lavagens de pavimentos domésticos.
Águas residuais industriais:
 resultantes de processos de fabricação.
Águas de infiltração:
 resultam da infiltração nos coletores de água existente nos terrenos.
Águas urbanas:
 resultam de chuvas, lavagem de pavimentos, regas, etc.
As águas residuais transportam uma quantidade apreciável de materiais poluentes que se não forem retirados
podem prejudicar a qualidade das águas dos rios, comprometendo não só toda a fauna e flora destes meios, mas
também, todas as utilizações que são dadas a estes meios, como sejam, a pesca, a balneabilidade, a navegação, a
geração de energia, etc.
É recomendado recolher todas as águas residuais produzidas e transportá-las até a Estação de Tratamento de
Águas Residuais (ETAR). Depois de recolhidas noscoletores, as águas residuais são conduzidas até a estação, onde
se processa o seu tratamento.
O tratamento efetuado é, na maioria das vezes, biológico, recorrendo-se ainda a um processo físico para a
remoção de sólidos grosseiros. Neste sentido a água residual ao entrar na ETAR passa por um canal onde estão
montadas grades em paralelo, que servem para reter os sólidos de maiores dimensões, tais como, paus, pedras, etc.,
que prejudicam o processo de tratamento. Os resíduos recolhidos são acondicionados em contentores, sendo
posteriormente encaminhados para o aterro sanitário.
Muitos destes resíduos têm origem nas residências onde, por falta de instrução e conhecimento das
conseqüências de tais ações, deixa-se para o sanitário objetos como: cotonetes, preservativos, absorventes, papel
higiênico, etc. Estes resíduos devido às suas características são extremamente difíceis de capturar nas grades e,
conseqüentemente, passam para as lagoas prejudicando o processo de tratamento.
A seguir a água residual, já desprovida de sólidos grosseiros, continua o seu caminho pelo mesmo canal onde é
feita a medição da quantidade de água que entrará na ETAR. A operação que se segue é a desarenação, que consiste
na remoção de sólidos de pequena dimensão, como sejam as areias. Este processo ocorre em dois tanques circulares
que se designam por desarenadores. A partir deste ponto a água residual passa a sofrer um tratamento estritamente
biológico por recurso a lagoas de estabilização (processo de lagunagem).
Água Mineral
Denominam-se águas minerais aquelas que, provenientes de fontes naturais ou artificiais, possuem
características químicas, físicas e físico-químicas que as distinguem das águas comuns e que, por esta razão, lhes
conferem propriedades terapêuticas. Esta conceituação é a mais aceita, embora existam outras definições baseadas
em tipos de águas minerais que não se enquadrem completamente no critério acima.
O Código de Águas Minerais do Brasil define as águas minerais como águas provenientes de fontes naturais ou
artificiais captadas, que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas
comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.
Água Salgada
O Brasil apresenta uma extensa área costeira. O mar representa uma importante fonte de alimento, emprego e
energia. Sendo assim, as questões relacionadas aos oceanos assumem importância fundamental para o povo
brasileiro.
Os recursos estão diretamente associados com a sustentabilidade exploratória dos recursos pesqueiros através
da pesca artesanal, do turismo e através das comunidades tradicionais da orla marítima - folclore, tradições, estilo de
vida.
Fonte: www.cetesb.sp.gov.br
O planeta tem sede
Brasil se prepara para cobrar pela água como forma de afastar uma crise que já preocupa o mundo
César Nogueira
Oscar Cabral A água, depois do ar, é o elemento mais vital para o ser
humano. Por existir em grande quantidade, não é encarada
com a veneração que mereceria. As pessoas simplesmente
se esquecem de agradecer pela sorte de poder contar com
um copo de água cristalina na hora da sede. E deleitam-se,
sem consciência de que este é um ritual quase sagrado,
debaixo das cachoeiras domésticas que lhes lançam jatos
de água quente na hora do banho. Pouca gente sabe, mas a
conta de água que chega no fim do mês cobra apenas pelo
tratamento e distribuição da água. O líquido, em si, é de
Seca no Nordeste: graça. Mas essa situação está com os dias contados. Em
prejuízos à economia breve, a água utilizada pela população terá de ser paga,
e 1,2 bilhão de reais como se faz com o gás encanado e a eletricidade. "A
para amenizar a falta cobrança pela água no Brasil é irreversível", diz
d'água Raymundo José Santos Garrido, secretário de Recursos
Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Nos estudos
do governo, a água deverá custar em torno de 1 centavo o metro cúbico (1.000 litros) – o que, só no Estado de
São Paulo, vai gerar uma arrecadação anual de mais de 550 milhões de reais. A cobrança vem com a
justificativa de colocar um torniquete no consumo exagerado e fornecer a verba para obras do setor. Para
gerenciar todo o sistema, está sendo criada a Agência Nacional das Águas, Ana.
Cobrar pela água é prática comum em algumas dezenas de países. Nos Estados Unidos, existe um mercado em
Estados áridos do Oeste, como o Colorado, onde se compram 1.000 litros por menos de 2 cents. Cobra-se pela
água também em países europeus como França, Alemanha e Holanda, em torno de 17 cents pelo mesmo
volume. No Oriente Médio, algumas nações chegam ao extremo de importar água para consumo doméstico. A
política de cobrança é mais disseminada nas regiões em que há escassez, mas mesmo países ricos em recursos
hídricos, como o Canadá, a adotam. Há experiências de cobrança também no Chile, no México e na
Argentina. No Brasil, já se paga pela água no Ceará: 1 centavo por metro cúbico de água para consumo
doméstico, 60 centavos para a indústria.
Medidas como essa fazem parte da cartilha de recomendações da Organização das Nações Unidas, ONU, para
afastar um problema de dimensões globais. Segundo os dados da entidade, um quinto da humanidade não tem
acesso a água potável e o estoque de água doce do planeta estará quase totalmente comprometido dentro de 25
anos. "Até duas décadas atrás, problemas sérios com água estavam confinados a alguns bolsões do mundo.
Hoje eles existem em todos os continentes e estão se disseminando rapidamente", diz a estudiosa americana
Sandra Postel, dirigente da Global Water Policy Project. É preciso, portanto, tratar bem da água e isso não tem
sido feito. Os relatórios da ONU alertam para o fato de que, nos países em desenvolvimento, 90% da água
utilizada é devolvida à natureza sem tratamento, contribuindo assim para tornar mais dramática a rápida
deterioração de rios, lagos e lençóis subterrâneos. Embora hoje estejam mais comportadas, no passado as
nações desenvolvidas também fizeram das suas. Alguns rios no Canadá e nos Estados Unidos chegaram a
ficar tão emporcalhados que era possível atear fogo em sua superfície coberta de óleo. Sob pressão da
comunidade, tiveram de investir também rios de dinheiro para recuperá-los.
Parece surpreendente que o planeta azul, com 70% de sua superfície coberta por água, tenha chegado a esse
ponto. Mas, visto de perto, em volta desse azul há gente como nunca. No início do século, éramos pouco
menos de 2 bilhões de habitantes. Hoje somos mais de 6 bilhões. Em 2025 haverá 8,3 bilhões de pessoas no
mundo. Enquanto a população se multiplica, a quantidade de água continua a mesma. A água doce
corresponde a apenas 2,5% da massa líquida do planeta e a maior parte dela está nas geleiras. Ao alcance do
uso humano, fica apenas uma pequena parcela de 0,007%. Pois ela tem sido consumida vorazmente e é aí que
reside o maior problema. Nos últimos 100 anos, enquanto a população mundial triplicava, o uso de água doce
multiplicava-se por seis. A principal responsável por esse aumento foi a agricultura irrigada. Ela revolucionou
a produção agrícola, mas criou uma nova dificuldade, porque sozinha utiliza 70% da água doce disponível.
Até agora o Brasil tem andado devagar nessa matéria, embora também esteja na roda da escassez. Visto pela
lente das estatísticas, o país está numa situação confortável. Cerca de 8% da água doce do globo está em
território nacional. Pelos padrões internacionais, os problemas ocorrem quando se dispõe, por ano, de menos
de 1.000 metros cúbicos de água por habitante – caso do Oriente Médio e do norte da África. O Brasil, ao
contrário, poderia afogar sua população com uma média anual de 36.000 metros cúbicos de água por cabeça.
É uma falsa impressão. A começar pelo fato de que 80% dessa água estão na Amazônia, onde vivem apenas
5% da população brasileira.
Não se pense que o problema brasileiro restringe-se à região do semi-árido, afetada pelas secas. O Estado
mais desenvolvido do país, São Paulo, enfrenta grandes dificuldades também. A água existe, mas é pouca para
atender aglomerações como a da região metropolitana de São Paulo, com seus 17 milhões de habitantes. Até
setembro do ano passado, o rodízio no abastecimento atingia 5 milhões de pessoas. Elas recebiam água um dia
e ficavam dois sem. Considerando seus próprios recursos, a Grande São Paulo poderia oferecer apenas 200
metros cúbicos de água por habitante ao ano – um volume que daria apenas para o gasto doméstico. Por causa
dessa miséria hídrica, a Grande São Paulo tem de tomar água emprestada de outras bacias, como a do Rio
Piracicaba, que garante 55% de seu abastecimento. "Estamos no limite e temos poucas alternativas", diz Hugo
Marques da Rosa, presidente do Comitê da Bacia do Alto Tietê.
O caso do Nordeste já é clássico. A região recebe mais chuvas do que a Espanha, mas sofre pela falta de água
por uma combinação perversa de três fatores: as chuvas concentram-se em um período muito curto, o solo
rochoso não permite que a água alimente os lençóis subterrâneos e, por fim, a forte insolação transforma em
vapor 90% da água trazida pelas chuvas. As soluções para o problema são difíceis e caras. No ano passado, só
com medidas emergenciais, o governo federal gastou cerca de 1,2 bilhão de reais para atender uma população
de 12 milhões de pessoas atingidas pela seca.
 
Juvenal Pereira Quando a água se torna escassa, a economia balança. No Nordeste
brasileiro, a seca tem um impacto violento sobre a produção. Nos
últimos anos, segundo estudo da Agência Nacional de Energia
Elétrica, ANEE, ela foi responsável por uma redução de 4,5% do
produto interno bruto regional. Sem contar as oportunidades que a
região perdeu. Mesmo o poderoso interior de São Paulo já sofre com
esse problema, segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos,
Antonio Mendes Thame. "Falta água para novas indústrias", diz ele.
Pelo globo afora, à medida que a escassez aumenta, crescem os
investimentos para garantir o abastecimento. No Oriente Médio, a
Agricultura situação é tão crítica que se gasta muito, mesmo que seja para obter
irrigada: pouco. A Arábia Saudita instalou 25 estações de dessalinização da
mais de água do mar – o processo mais caro de obtenção de água doce – para
1 900 litros atender a menos de 4% de suas necessidades.
de água para Os efeitos da falta de água fresca e boa são cristalinos quando se
produzir um fala em saúde. Mais de 5 milhões de pessoas morrem por ano devido
quilo de a doenças relacionadas à má qualidade da água e a condições ruins
arroz de higiene e saneamento. Os dados são da Organização Mundial de
Saúde, cujos especialistas calculam que metade da população dos
países em desenvolvimento é afetada por moléstias originadas na mesma fonte, como diarréia, malária e
esquistossomose. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a diarréia mata 50.000 crianças por ano, em sua
maioria antes de completar 1 ano de idade. Além disso, a falta de água de qualidade e de serviços de
saneamento – apenas 16% dos esgotos sanitários são tratados no país – é responsável por 65% das internações
hospitalares.
O consumo humano de água em coisas básicas como saciar a sede, banhar-se, lavar a roupa e cozinhar é
pequeno. Uma pessoa precisa de um mínimo de 50 litros por dia. Com 200 litros, vive confortavelmente. É
pouco, comparado com os 1.910 litros de água necessários para produzir 1 quilo de arroz ou 3.500 para
garantir 1 quilo de frango. E é nada perto dos 100.000 que se gastam para produzir 1 quilo de carne de boi.
"Uma dieta saudável para uma única pessoa exige 1,2 milhão de litros ao ano", calcula Philip Ball, autor de
H2O, A Biography of Water (H2O, Uma Biografia da Água).
Essa onipresença da água dá uma medida do seu valor econômico ao mesmo tempo que coloca uma
interrogação sobre o impacto que a cobrança pelo seu uso terá sobre o custo de vida. É uma equação difícil de
resolver. Legalmente, no Brasil, o Estado pode cobrar por ela desde janeiro de 1997, quando foi aprovada a
Lei das Águas. A perspectiva da cobrança pode desagradar o cidadão, que já paga impostos demais. Tem a
seu favor, porém, a vantagem de jogar luz sobre um tema que costuma ficar encoberto como os canos.
Revista VEJA Edição 1 624 -17/11/1999
Disponível em http://veja.abril.com.br/171199/p_154.html

Atividade: O mundo beberá dessa água?


Bases Legais: Ciências da Natureza e Matemática
Objetivos: Identificar medidas para combater a poluição, o consumo e o desperdício de água.

O uso e o abuso na prática


Além das discussões, promova algumas práticas simples para que os alunos aprendam a estimar o consumo e
o desperdício. Embora o uso doméstico represente apenas 8% do consumo de água no mundo, número
pequeno frente aos 23% da utilização industrial ou aos 69% da agrícola, é o que permite maior economia em
curto prazo e com pouco investimento.
Uma torneira pingando é um bom exemplo. Os alunos recolhem a água dispendida num frasco graduado e
medem o tempo para atingir determinado volume. Podem ser feitas várias medições ao longo do dia e os
resultados servirão também ao professor de Física ou Matemática para o trabalho com o cálculo e a aplicação
de desvio-padrão. A partir da média obtida, peça que os alunos calculem o volume diário do desperdício.
Como pesquisa em casa, os alunos podem
estimar o consumo de água usada no banho
e comparar com os dados do quadro ao lado.
Peça que recolham num balde a água que sai
do chuveiro durante 10 segundos. Após
medir o volume recolhido, eles podem
calcular a quantidade que usam no banho
marcando o tempo que gastam embaixo do
chuveiro. O mesmo pode ser feito para
outras atividades, como a escovação de
dentes ou a barbeação, agora de dois modos:
alguns alunos deixarão a torneira aberta
enquanto escovam, os outros fecharão a
torneira. Peça que comparem o consumo nos
dois casos. Os alunos podem aprender a
verificar a existência de vazamentos na rede.
Lembre-os de que um filete de 1 milímetros
significa em 24 horas cerca de 1300 litros de
água, o equivalente ao consumo diário de
uma família. Para verificar vazamentos na
rede, basta fechar o registro no cavalete e
depois aproximar um copo cheio de água da
borda da torneira. Se houver sucção da água, há vazamento. Em sanitários, basta jogar cinzas sobre a água. Se
houver movimento é sinal de vazamento.
Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/mundo-bebera-dessa-agua-427004.shtml

Atividades
A. Ao noticiar os estudos governamentais para cobrança da água, a reportagem de VEJA traz um prognóstico
inquietante: a nossa bebida vital está escasseando. E mostra números impensáveis para muitos, como a
quantidade de água necessária para a obtenção de alguns produtos da agropecuária. Discuta sobre as questões:
É válido ou não cobrar a água? A água tratada é um produto ou um serviço? Quem tem direito a ela?

B. Use argumentos para justificar a afirmação: "Poluir é um caso ecológico e contaminar é um caso de saúde
pública". Para tanto, defina os conceitos de água poluída e água contaminada e mostre como a aparência do
líquido não tem nada a ver com a qualidade.

C. Explique por que os esgotos domésticos devem ser tratados?

D. Em geral, relacionamos o consumo de água somente às nossas necessidades. Relate sobre outros usos da
água, como limpeza e manutenção de áreas públicas (hospitais e parques, por exemplo). Relate também onde
você utiliza a água e leve em consideração à questão do consumo público.

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